[1] Em 711, os muçulmanos invadiram a Península Ibérica, derrotando os visigodos e empurrando-os para as Astúrias. [2] Os muçulmanos foram geralmente tolerantes com as populações cristãs, que ficaram conhecidas como moçárabes. [3] A civilização islâmica deixou muitas marcas culturais na Península, como na agricultura, navegação, língua e arte.
1. 7º ano
TEMA C: A FORMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL E A EXPANSÃO ISLÂMICA
SUBTEMA C3: PENÍNSULA IBÉRICA: DOIS MUNDOS EM PRESENÇA
711 - os Muçulmanos invadiram a Península Ibérica. Os Visigodos, que
então dominavam a Península foram derrotados e empurrados para a
zona montanhosa das Astúrias.
De uma maneira geral, os Muçulmanos foram tolerantes com as
populações conquistadas. Os cristãos que permaneceram em território
muçulmano e adoptaram formas de vida dos vencedores, conservando,
porém, a religião cristã, são chamados moçárabes. Na Península Ibérica notava-se o contraste entre o Sul islâmico
e Norte Cristão.
Na Península Ibérica, a civilização muçulmana deixou muitas marcas da sua presença nas ciências, nas técnicas,
na arte e na cultura e até mesmo no vocabulário.
Alguns vestígios
Agricultura
Arroz,
Cana-de-açúcar,
Laranjeiras,
Amendoeiras
etc
Moinhos de
água, nora.
Navegação
Astrolábio
Bússola
Língua
Algarve
Alcofa
Etc
Arte
Azulejo
Mosaico
Arcos em
ferradura
A partir das Astúrias e dos Pirenéus, os cristãos iniciaram a ofensiva militar contra os Muçulmanos e ao alargamento
do seu território para sul. Ao conjunto destas acções chama-se Reconquista.
História 1
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2. 7º ano
A Europa cristã auxiliou os reinos cristãos da Península Ibérica no processo de Reconquista, que considerou ser
uma luta cruzada contra os Infiéis.
Entre os cavaleiros franceses que vieram para a Península no final do século XI para ajudar Afonso VI, rei de Leão e
Castela, destacaram-se D. Raimundo e D. Henrique que, como recompensa pelos serviços prestados, casaram,
respectivamente com D. Urraca (filha legítima do rei) e D. Teresa (filha ilegítima do rei).
D. Raimundo recebeu do sogro o governo da Galiza e D. Henrique o Condado Portucalense (território entre os rios
Minho e Douro).
Embora cumprindo os seus deveres de vassalagem para com o rei de Leão e Castela, o conde D. Henrique tentou
ganhar uma maior autonomia. À sua morte (1112) D. Teresa continuou a política de independência iniciada pelo
marido.
A sua aliança a alguns nobres galegos, não agradou à nobreza portucalense. Estes nobres opuseram-se, então, a
D. Teresa e uniram-se em volta do seu filho, D. Afonso Henriques. Em 1128, o exército de D. Afonso Henriques
vence o exército de sua mãe, na batalha de S. Mamede, passando D. Afonso Henriques a governar o condado.
D. Afonso Henriques tinha agora um duplo objectivo:
alargar o território para Sul, conquistando terras aos Mouros
conseguir a independência do condado e tornar-se rei
D. Afonso VII, rei de Leão e Castela, concede-lhe o título de rei e autonomia do condado em 1143, no Tratado de
Zamora. A Santa Sé só viria a reconhecer esta independência em 1179, com a Bula Manifestis Probatum.
A conquista definitiva do Algarve, só acontecerá em 1249, no reinado de D. Afonso III. Mas as nossas fronteiras só
serão fixadas com Castela, no reinado de D. Dinis, com o Tratado de Alcanises (1279).
Ver site: Reconquista Cristã e formação de Portugal http://www.cercifaf.org.pt/mosaico.edu/ca/swf/fund_info.swf
História 2
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3. 7º ano
TEMA D: PORTUGAL NO CONTEXTO EUROPEU DOS SÉCULOS XII A XIV
D1: DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO. RELAÇÕES SOCIAIS E PODER POLÍTICO. LISBOA NOS CIRCUITOS DO COMÉRCIO EUROPEU
Europa, séculos XII e XIII
Aperfeiçoamentos
Paz Alterações favoráveis no
técnicos na agricultura e
Fim das invasões clima
nos transportes
Exemplos:
Utilização crescente do ferro nos instrumentos
agrícolas
Afolhamento trienal
Adubação das terras
Ferradura e coelheira nos cavalos
Atrelagem em fila dos cavalos
Jugo frontal nos bois
Arroteias e drenagem de pântanos
Acumulação de Aumento da Crescimento Ocupação de
excedentes produção demográfico novos espaços
Desenvolvimento do Centros do Comércio Europeu:
Cidades italianas (Veneza, Génova
comércio interno e externo Florença), Flandres, Liga Hanseática
(mercados e feiras) (Lubeque, Hamburgo e Colónia) e
Ex: Feiras da Champagne Lisboa
A sua subordinação
ao poder real
provocou o
Povoadores nos concelhos
enfraquecimento da
(cartas de foral) Animação e crescimento autoridade dos
das cidades grandes senhores da
nobreza e do clero
Formação e afirmação da Medidas da Coroa
burguesia contra os abusos
da Nobreza e do
Clero:
inquirições,
confirmações, leis de
desamortização,
organização da
administração central
Crescente
Ressurgimento Fortalecimento
desenvolvimento
urbano do poder régio
económico
História 3
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