SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
2009-2010




                                              Daniel Huntington, 1816-1906               Charlotte Weeks, A Young Girl Reading


«Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos
                                                                             2009-2010




da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor
modo de ler bem e ser profundo.»
                                    Fernando Pessoa, Livro do Desassossego
O Homem que Lê




                                                                                                      2009-2010
           Certeza
Se é real a luz branca                                                                                            Eu lia há muito. Desde que esta tarde
desta lâmpada, real                                                                                               com o seu ruído de chuva chegou às janelas.
a mão que escreve, são reais                                                                                      Abstraí-me do vento lá fora:
os olhos que olham o escrito?                                                                                     o meu livro era difícil.
                                                                                                                  Olhei as suas páginas como rostos
Duma palavra à outra                                                                                              que se ensombram pela profunda reflexão
o que digo desvanece-se.                                                                                          e em redor da minha leitura parava o tempo. —
Sei que estou vivo                                                                                                De repente sobre as páginas lançou-se uma luz
entre dois parênteses.                                                                                            e em vez da tímida confusão de palavras
                                                                                                                  estava: tarde, tarde... em todas elas.
Octavio Paz, in Dias Hábeis
                                                                                                                  Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já
Tradução de Luis Pignatelli
                                            Ellen de Groot, Lezen - Reading or The Blue Dress, 2006               as longas linhas, e as palavras rolam
                                                                                                                  dos seus fios, para onde elas querem.
                                  Os Meus Livros                                                                  Então sei: sobre os jardins                        Georges Guequier, The final chapter, 1917
                   Os meus livros (que não sabem que existo)                                                      transbordantes, radiantes, abriram-se os céus;
                   São uma parte de mim, como este rosto                                                          o sol deve ter surgido de novo. —
                   De têmporas e olhos já cinzentos                                                               E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança:
                   Que em vão vou procurando nos espelhos                                                         o que está disperso ordena-se em poucos grupos,
                   E que percorro com a minha mão côncava.                                                        obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas
                   Não sem alguma lógica amargura                                                                 e estranhamente longe, como se significasse algo mais,
                   Entendo que as palavras essenciais,                                                            ouve-se o pouco que ainda acontece.
                   As que me exprimem, estarão nessas folhas                                                      E quando agora levantar os olhos deste livro,
                   Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.                                                   nada será estranho, tudo grande.
                   Mais vale assim. As vozes desses mortos                                                        Aí fora existe o que vivo dentro de mim
                   Dir-me-ão para sempre.                                                                         e aqui e mais além nada tem fronteiras;
                   Jorge Luis Borges, in A Rosa Profunda                                                          apenas me entreteço mais ainda com ele
                              ESCREVER É ESQUECER                                                                 quando o meu olhar se adapta às coisas
                                                                                                                  e à grave simplicidade das multidões, —                   «A ler aprendemos a estar
     Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a                                    então a terra cresce acima de si mesma.                  sozinhos sem estarmos sós.»
vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e                                    E parece que abarca todo o céu:
a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer                                   a primeira estrela é como a última casa.
dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque
usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma                                         Rainer Maria Rilke, in O Livro das Imagens
                                                                                                                  Tradução de Maria João Costa Pereira
vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é
uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa.
                                                                                                      2009-2010




Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que
ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.                                                                                                                            Carla Quevedo, revista Tabu, semanário Sol
                                                Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego
2009-2010
                                      «Sou um homem para quem o mundo exterior é uma realidade interior.»
           Evolução                                                           Fernando Pessoa, Livro do Desassossego                                                                                                     A FONTE
           Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo                                                                                                                                                                     Ciclicamente me revisitam
           tronco ou ramo na incógnita floresta...                                                                                                                                                                       os Cavaleiros de Hipocrene




                                                                                                                                 «Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la.»
           Onda, espumei, quebrando-me na aresta                                                                                                                                                                         trazendo sempre límpidos espelhos
           Do granito, antiquíssimo inimigo...                                                                                                                                                                           nas frontes incomensuráveis.
           Rugi, fera talvez, buscando abrigo                                                                                                                                                                            Pousam em mim
«A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.»




           Na caverna que ensombra urze e giesta;                                                                                                                                                                        o seu olhar de flecha imponderável
           O, monstro primitivo, ergui a testa                                                                                                                                                                           e jamais me questionam
           No limoso paul, glauco pascigo...                                                                                                                                                                             sobre o que quer que seja.
                                                                                                                                                                                                                         Sabem de mim o suficiente,
           Hoje sou homem, e na sombra enorme
                                                                                                                                                                                                                         exactamente o mesmo que eu sei deles.
           Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
           Que desce, em espirais, da imensidade...                                                                                                                                                                      Viemos do mesmo recanto do Hélicon,
                                                                                                                                                                                                                         crescemos sob a luz de Cassiopeia.
           Interrogo o infinito e às vezes choro...
                                                                                                                                                                                                                         Reencontramo-nos através dos milénios
           Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
                                                                                                                                                                                                                         nas mesmas ilhas de espanto...




                                                                                                                Bertold Brecht
           E aspiro unicamente à liberdade.
                                                             Roland Barthes




                                                                                                                                                                                                                         nesta esfera fecunda
           Antero de Quental, Odes Modernas                                                                                                                                                                              em que a vida nos espera e abandona...

                                                                                                                                                                                                                                              Suy, 23/8/1990




                                                                                                                                                                                                                                                                  Amy Hill, Reader, 2008
            «A leitura é um antídoto do medo. Quem saboreia o prazer da
                                                                                                                                                                                                             2009-2010




            leitura nunca está sozinho. Entende a transitoriedade de tudo, e a
                                                                                                                                                                                                          2009-2010




            possibilidade de mudança. Entende-se a si mesmo, e aprende a
            saber o que quer.»
                                                                                            Inês Pedrosa, in Expresso
USA-Posters Footprints in the Sand on the
                    North Shore Oahu-Hawaii

                                                                                                                                   Joakim Ericsson, Reflection

             Língua Portuguesa
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:                                                                           O mundo estava no rosto da amada
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela                                                                             O mundo estava no rosto da amada –
                                                                                                                 e logo converteu-se em nada, em
Amo-te assim, desconhecida e obscura                                                                             mundo fora do alcance, mundo-além.
Tuba de algo clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,                                                                            Por que não o bebi quando o encontrei
E o arrolo da saudade e da ternura!                                                                              no rosto amado, um mundo à mão, ali,
                                                                                                                 aroma em minha boca, eu só seu rei?
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!                                                                             Ah, eu bebi. Com que sede eu bebi.
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,                                                                                Mas eu também estava pleno de
                                                                                                                 mundo e, bebendo, eu mesmo
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",                                                                        transbordei.
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
                                                          2009-2010




O génio sem ventura e o amor sem brilho!                                                                                                   Rainer Maria Rilke
                                                                                                                               (Tradução: Augusto de Campos)
                            Olavo Bilac, in Poesias              Toby Wright, Dogma, Seeing is Believing, 2008
2009-2010




                                                                                         Jason Price, The Day the Music Stopped
                                                 Anton Arkhipov, Interlude

«A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido — se não
tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a
análise das ideias — a comunicação das almas.»
                                Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido
                                                                             2009-2010




«Linguagem: a música com a qual encantamos as serpentes que guardam
os tesouros dos outros.»
                                     Ambrose Bierce, Dicionário do Diabo
Fuga                                                                                          Exercícios ao Piano




                                                                                       2009-2010
O músico procura                                                                              O calor cola. A tarde arde e arqueja.
Fixar em cada verso                                                                           Ela arfa, sem querer, nas leves vestes
O cântico disperso                                                                            e num étude enérgico despeja
Na luz, na água e no vento.                                                                   a impaciência por algo que está prestes

Porém, luz, vento e água                                                                      a acontecer: hoje, amanhã, quem sabe
Variam riso e mágoa,                                                                          agora mesmo, oculto, do seu lado;
De momento a momento.                                                                         da janela, onde um mundo inteiro cabe,
                                                                                              ela percebe o parque arrebicado.
E em vão a área dos dedos
Se eleva! Não traduz                                                                          Desiste, enfim, o olhar distante; cruza
Os súbitos segredos                                                                           as mãos; desejaria um livro; sente
Escondidos no vento,                                                                          o aroma dos jasmins, mas o recusa
Nas águas e na luz...                                                                         num gesto brusco. Acha que á faz doente.

Pedro Homem de Mello, in Segredo                                                              Rainer Maria Rilke
                                     Caravaggio, 1571-1610, The Lute Player, c. 1600          (Tradução: Augusto de Campos)

                                                                                                                                            Bernardo Cavallino, 1616-c.1656, Clavichord Player, s.d.




                                                                                                   Hora Grave
                                                                                                   Quem agora chora em algum lugar do mundo,
                                                                                                   Sem razão chora no mundo,
                                                                                                   Chora por mim.
                                                                                                   Quem agora ri em algum lugar na noite,
                                                                                                   Sem razão ri dentro da noite,
                                                                                                   Ri-se de mim.
                                                                                                   Quem agora caminha em algum lugar no mundo,
                                                                                                   Sem razão caminha no mundo,
                                                                                                   Vem a mim.
                                                                                                   Quem agora morre em algum lugar no mundo,
                                                                                                   Sem razão morre no mundo,
                                                                                                   Olha para mim.
                                                                                       2009-2010




                                                                                                   Rainer Maria Rilke                                            Christian Vincent,
                                                                                                   (Tradução: Paulo Plínio Abreu)                         New Skins for Old Souls, 1998-99
             Caravaggio, 1571-1610, pintor italiano, The Musicians, 1595-96
«O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.»




                                                                                      2009-2010
                                                      Georges Braque




                                               Oleg Zhivetin, Magic of the Music



«Quero viver como se o meu tempo fosse ilimitado. Quero recolher-me, retirar-
me das ocupações efémeras. Mas ouço vozes, vozes benevolentes, passos que se
aproximam e as minhas portas abrem-se...»                                                         Oleg Zhivetin, Personal Music, 2003
                                                                 Rainer Maria Rilke
                                                                                      2009-2010
2009-2010
                        Estrada de Santiago
                               (excertos finais)
           Aquele que teceu uma só malha da teia
           nela há-de cair.
           Aquele que apenas teceu dádivas e utopias
           com o linho dos dias
           pode ainda ser livre,
           pode ainda entrar no diálogo
           pode olhar e ver a transparência,
A Trama    pode ouvir e escutar o coração de todos os seres.
           Esse vive em demanda e encontra.
           Esse ama o espírito e a matéria
           como uma sublime unidade.
           Esse não desdenha a intuição e as miragens.
           Esse descobrirá o lugar do encantamento.
           Esse abrirá o livro em branco
           e saberá ler a sua brancura.
           Sobre os meus poemas
           não há nada a dizer.
           Tudo o que haveria a dizer
 Epílogo   está lá dito.
           E o que não está
           é símbolo que quer permanecer símbolo,
           é brancura que se abre ao espírito
           daqueles para quem guardar o enigma
           é tão imprescindível como buscar a revelação...
                                                      Suy, 4/12/1993                             Judith Leyster, 1609-1660, Young Flute Player, c. 1635
                                                                                   Por Entre os Sons da Música
                                                                                   Por entre os sons da música, ao ouvido
                                                                                   como a uma porta que ficou entreaberta
                                                                                   o que se me revela em ter sentido
                                                                                   é o que por essa música encoberta

                                                                                   acena em vão do outro lado dela
                                                                                   e eu sinto como a voz que respondesse
                                                                       2009-2010




                                                                                   ao que em mim não chamou nem está nela,
                                                                                   porque é só o desejar que aí batesse.

              Sophie Anderson, Shepherd Piper, 1881                                Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente 1
2009-2010
             «A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza
             em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.»
Nikolay Krusser, Giselle, Russia
                                                                   Leonardo da Vinci
 O Apogeu

          Cada ser humano atinge o seu apogeu de maneira diferente, num dado
 momento. Uma vez alcançado esse ponto alto, é sempre a descer. Fatal como o
 destino. E o pior é que ninguém sabe onde é que se situa o seu próprio auge. A
 linha divisória pode desenhar-se de repente, quando uma pessoa pensa que
 ainda estava a pisar terreno seguro. Ninguém tem maneira de saber. Alguns
 atingem esse pico aos doze anos, e depois espera-os uma vida perfeitamente
 monótona e sem chama. Outros continuam sempre em ascensão até à morte;
 outros morrem no seu máximo esplendor. Muitos poetas e compositores vivem
 em estado de permanente arrebatamento e estão mortos quando chegam aos
 trinta anos. Depois há aqueles, como é o caso de Picasso, que aos oitenta e




                                                                                                       Nikolay Krusser, Giselle, Russia
 muitos anos ainda pintava quadros cheios de vigor e teve uma morte tranquila,
 sem saber o que era o declínio.
                                                 Haruki Murakami, in Dança, Dança, Dança


          A borboleta continuará a pairar sobre o campo e as gotas de orvalho
  ainda brilharão sobre a relva quando as pirâmides do Egipto estiverem
                                                                                           2009-2010




  destruídas e não mais existirem os arranha-céus de Nova York.
                                                               Kahlil Gibran, 1883-1931
2009-2010
                                                                                               «O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.»
                                                                                                                                                                               Platão
                                                                                                                                                   Nikolay Krusser, The Red Dragon, Rússia
                                                                                                   Divina Música!
                                                                                                   (…)
                                                                                                   Inspiradora de poetas, de compositores
                                                                                                   E dos grandes realizadores.
                                                                                                   Unidade de pensamento dentro dos fragmentos
                                                                                                   Das palavras.
                                                                                                   Criadora do amor que se origina da beleza.
                                                                                                   Vinho do coração
                                                                                                   Que exulta num mundo de sonhos.
                                                                                                   Encorajadora dos guerreiros,
                                                                                                   Fortalecedora das almas.
                                                        A. Ganivet, Epistolário                    Oceano de perdão e mar de ternura.
Nikolay Krusser, Seme Red, Rússia                                                                  Ó música.
                                                                                                   Em tuas profundezas
 «Ela dançou a dança das chamas e do fogo, a dança das espadas e das                               Depositamos nossos corações e almas.
 lanças; e ela dançou a dança das flores ao vento. Ao terminar, virou-se para                      Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos
 o príncipe e fez uma reverência. Ele então, pediu-lhe que viesse mais perto e                     E a ouvir com os corações.
 perguntou-lhe: “Linda mulher, filha da graça e do encantamento, de onde
                                                                                   2009-2010




 vem tua arte e como é que comandas todos os elementos em seus ritmos e                                                      Kahlil Gibran, 1883-1931 - poeta e pintor libanês
 versos?"»
                                                        Khalil Gibran, 1883-1931
                                                                                                                                                                         Maurice Béjart

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Reflexões e interferências
Reflexões e interferênciasReflexões e interferências
Reflexões e interferênciasRegina Gouveia
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaguesta742e2e
 
Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)
Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)
Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)Catarina Cruz
 
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa OrtónimoOxana Marian
 
A Mulher leitora na pintura
A Mulher leitora na pinturaA Mulher leitora na pintura
A Mulher leitora na pinturateatrodabarraes
 
Revista Digital Carlos Drummond
Revista Digital Carlos DrummondRevista Digital Carlos Drummond
Revista Digital Carlos Drummondjaobiel
 
Powerpoint 6 Modernidade E HiperestíMulo
Powerpoint 6   Modernidade E HiperestíMuloPowerpoint 6   Modernidade E HiperestíMulo
Powerpoint 6 Modernidade E HiperestíMuloErly Vieira Jr
 
Distraídos Venceremos - Paulo Leminsni
Distraídos Venceremos - Paulo LeminsniDistraídos Venceremos - Paulo Leminsni
Distraídos Venceremos - Paulo LeminsniMarcia Nunes
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaLuci Cruz
 
INTERTEXTUALIDADE
INTERTEXTUALIDADEINTERTEXTUALIDADE
INTERTEXTUALIDADESCMARQUES
 
Campo Contracampo VersãO Pub
Campo Contracampo VersãO PubCampo Contracampo VersãO Pub
Campo Contracampo VersãO PubHome
 

Mais procurados (19)

O Modo LíRico
O Modo LíRicoO Modo LíRico
O Modo LíRico
 
A Hora Do Nada
A Hora Do NadaA Hora Do Nada
A Hora Do Nada
 
Reflexões e interferências
Reflexões e interferênciasReflexões e interferências
Reflexões e interferências
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesia
 
Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)
Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)
Sonho. não sei quem sou. (Fernando Pessoa)
 
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo
"Cansa sentir quando se pensa" - Fernando Pessoa Ortónimo
 
A Mulher leitora na pintura
A Mulher leitora na pinturaA Mulher leitora na pintura
A Mulher leitora na pintura
 
Cinema e Video
Cinema e VideoCinema e Video
Cinema e Video
 
Revista Digital Carlos Drummond
Revista Digital Carlos DrummondRevista Digital Carlos Drummond
Revista Digital Carlos Drummond
 
Powerpoint 6 Modernidade E HiperestíMulo
Powerpoint 6   Modernidade E HiperestíMuloPowerpoint 6   Modernidade E HiperestíMulo
Powerpoint 6 Modernidade E HiperestíMulo
 
Distraídos Venceremos - Paulo Leminsni
Distraídos Venceremos - Paulo LeminsniDistraídos Venceremos - Paulo Leminsni
Distraídos Venceremos - Paulo Leminsni
 
Eugenio andrade (1)
Eugenio andrade (1)Eugenio andrade (1)
Eugenio andrade (1)
 
Diapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesiaDiapositivos dia da poesia
Diapositivos dia da poesia
 
Fernando Pessoa
Fernando PessoaFernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
INTERTEXTUALIDADE
INTERTEXTUALIDADEINTERTEXTUALIDADE
INTERTEXTUALIDADE
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
Campo Contracampo VersãO Pub
Campo Contracampo VersãO PubCampo Contracampo VersãO Pub
Campo Contracampo VersãO Pub
 
Tintapres
TintapresTintapres
Tintapres
 
Tintapres
TintapresTintapres
Tintapres
 

Destaque

Evaluate: 2007 version
Evaluate: 2007 versionEvaluate: 2007 version
Evaluate: 2007 versionJohan Koren
 
Poetry & Drama YA: 2007 version
Poetry & Drama YA: 2007 versionPoetry & Drama YA: 2007 version
Poetry & Drama YA: 2007 versionJohan Koren
 
The Essential Question for LIB 604
The Essential Question for LIB 604The Essential Question for LIB 604
The Essential Question for LIB 604Johan Koren
 
What Is Education?
What Is Education?What Is Education?
What Is Education?Johan Koren
 
Librarian as Teaching Partner
Librarian as Teaching PartnerLibrarian as Teaching Partner
Librarian as Teaching PartnerJohan Koren
 

Destaque (7)

Evaluate: 2007 version
Evaluate: 2007 versionEvaluate: 2007 version
Evaluate: 2007 version
 
QUIMICA DEL CARBONO
QUIMICA DEL CARBONOQUIMICA DEL CARBONO
QUIMICA DEL CARBONO
 
Unnamed
UnnamedUnnamed
Unnamed
 
Poetry & Drama YA: 2007 version
Poetry & Drama YA: 2007 versionPoetry & Drama YA: 2007 version
Poetry & Drama YA: 2007 version
 
The Essential Question for LIB 604
The Essential Question for LIB 604The Essential Question for LIB 604
The Essential Question for LIB 604
 
What Is Education?
What Is Education?What Is Education?
What Is Education?
 
Librarian as Teaching Partner
Librarian as Teaching PartnerLibrarian as Teaching Partner
Librarian as Teaching Partner
 

Semelhante a Toma lá poesia 2009-2010 - 7 artes

Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...São Ludovino
 
A mulher leitora na pintura
A mulher leitora na pinturaA mulher leitora na pintura
A mulher leitora na pinturaRoberta Soares
 
Treinamento de questões abertas de literatura, 01
Treinamento de questões abertas de literatura, 01Treinamento de questões abertas de literatura, 01
Treinamento de questões abertas de literatura, 01ma.no.el.ne.ves
 
Eugenio andrade 1
Eugenio andrade 1Eugenio andrade 1
Eugenio andrade 1carlos2627
 
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBiblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBesaf Biblioteca
 
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr Carrasco
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr CarrascoObra literária "O caçador de palavras" de Walcyr Carrasco
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr CarrascoIEE Wilcam
 
Poucas palavras
Poucas palavrasPoucas palavras
Poucas palavrasovelhaleal
 
Revista literatas edição 7
Revista literatas   edição 7Revista literatas   edição 7
Revista literatas edição 7canaldoreporter
 
Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)
Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)
Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)e- Arquivo
 
Análise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaAnálise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaMargarida Rodrigues
 
teoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptx
teoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptxteoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptx
teoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptxMarluceBrum1
 

Semelhante a Toma lá poesia 2009-2010 - 7 artes (20)

PINTURAS E POESIAS
PINTURAS E POESIASPINTURAS E POESIAS
PINTURAS E POESIAS
 
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...Toma lá poesia   folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
Toma lá poesia folhetos de promoção do concurso literário 2008-2009 - escol...
 
A mulher leitora na pintura
A mulher leitora na pinturaA mulher leitora na pintura
A mulher leitora na pintura
 
Treinamento de questões abertas de literatura, 01
Treinamento de questões abertas de literatura, 01Treinamento de questões abertas de literatura, 01
Treinamento de questões abertas de literatura, 01
 
Eugenio andrade 1
Eugenio andrade 1Eugenio andrade 1
Eugenio andrade 1
 
Uma lua de urano
Uma lua de uranoUma lua de urano
Uma lua de urano
 
Eugenio de Andrade
Eugenio de AndradeEugenio de Andrade
Eugenio de Andrade
 
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre CulturasBiblioteca Global - Ponte entre Culturas
Biblioteca Global - Ponte entre Culturas
 
1 4918339399097254230
1 49183393990972542301 4918339399097254230
1 4918339399097254230
 
Mania
ManiaMania
Mania
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr Carrasco
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr CarrascoObra literária "O caçador de palavras" de Walcyr Carrasco
Obra literária "O caçador de palavras" de Walcyr Carrasco
 
Poucas palavras
Poucas palavrasPoucas palavras
Poucas palavras
 
Revista literatas edição 7
Revista literatas   edição 7Revista literatas   edição 7
Revista literatas edição 7
 
Revista literatas edição 7
Revista literatas   edição 7Revista literatas   edição 7
Revista literatas edição 7
 
Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)
Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)
Passaporte da leitura / 2º Período (2011/12)
 
Poema de mil faces
Poema de mil facesPoema de mil faces
Poema de mil faces
 
Análise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaAnálise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando Pessoa
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de AndradeCarlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
teoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptx
teoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptxteoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptx
teoriadaliteratura-100703164724-phpapp01.pptx
 

Mais de São Ludovino

The Virtual Shield by Suy / São Ludovino
The Virtual Shield by Suy / São LudovinoThe Virtual Shield by Suy / São Ludovino
The Virtual Shield by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
The Vertigo Experience by Suy / São Ludovino
The Vertigo Experience by Suy / São LudovinoThe Vertigo Experience by Suy / São Ludovino
The Vertigo Experience by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
THE SNOW BALLAD, Suy / São Ludovino
THE SNOW BALLAD, Suy / São LudovinoTHE SNOW BALLAD, Suy / São Ludovino
THE SNOW BALLAD, Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
LUMINARIUM, photography by Suy / São Ludovino
LUMINARIUM, photography by Suy / São LudovinoLUMINARIUM, photography by Suy / São Ludovino
LUMINARIUM, photography by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
THE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São Ludovino
THE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São LudovinoTHE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São Ludovino
THE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
TOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição Ludovino
TOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição LudovinoTOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição Ludovino
TOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição LudovinoSão Ludovino
 
DANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São Ludovino
DANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São LudovinoDANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São Ludovino
DANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
ANOTHER JULY, a review by Suy / São Ludovino
ANOTHER JULY, a review by Suy / São LudovinoANOTHER JULY, a review by Suy / São Ludovino
ANOTHER JULY, a review by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
THE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São Ludovino
THE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São LudovinoTHE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São Ludovino
THE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
THERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São Ludovino
THERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São LudovinoTHERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São Ludovino
THERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
MANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São Ludovino
MANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São LudovinoMANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São Ludovino
MANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
HEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São Ludovino
HEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São LudovinoHEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São Ludovino
HEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
A TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São Ludovino
A TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São LudovinoA TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São Ludovino
A TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
LESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São Ludovino
LESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São LudovinoLESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São Ludovino
LESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São LudovinoSão Ludovino
 
THE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição Ludovino
THE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição LudovinoTHE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição Ludovino
THE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição LudovinoSão Ludovino
 
A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---
A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---
A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---São Ludovino
 
REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...
REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...
REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...São Ludovino
 
THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -
THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -
THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -São Ludovino
 
REAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part I
REAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part IREAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part I
REAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part ISão Ludovino
 
Like a Painting, Suy / Conceição Ludovino
Like a Painting, Suy / Conceição LudovinoLike a Painting, Suy / Conceição Ludovino
Like a Painting, Suy / Conceição LudovinoSão Ludovino
 

Mais de São Ludovino (20)

The Virtual Shield by Suy / São Ludovino
The Virtual Shield by Suy / São LudovinoThe Virtual Shield by Suy / São Ludovino
The Virtual Shield by Suy / São Ludovino
 
The Vertigo Experience by Suy / São Ludovino
The Vertigo Experience by Suy / São LudovinoThe Vertigo Experience by Suy / São Ludovino
The Vertigo Experience by Suy / São Ludovino
 
THE SNOW BALLAD, Suy / São Ludovino
THE SNOW BALLAD, Suy / São LudovinoTHE SNOW BALLAD, Suy / São Ludovino
THE SNOW BALLAD, Suy / São Ludovino
 
LUMINARIUM, photography by Suy / São Ludovino
LUMINARIUM, photography by Suy / São LudovinoLUMINARIUM, photography by Suy / São Ludovino
LUMINARIUM, photography by Suy / São Ludovino
 
THE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São Ludovino
THE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São LudovinoTHE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São Ludovino
THE BUTTERFLY OF DINARD, Suy / São Ludovino
 
TOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição Ludovino
TOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição LudovinoTOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição Ludovino
TOMA LÁ! - Série I - 2010-2011 - Prof.ª Conceição Ludovino
 
DANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São Ludovino
DANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São LudovinoDANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São Ludovino
DANCE, BUTTERFLY, DANCE, a poem by Suy / São Ludovino
 
ANOTHER JULY, a review by Suy / São Ludovino
ANOTHER JULY, a review by Suy / São LudovinoANOTHER JULY, a review by Suy / São Ludovino
ANOTHER JULY, a review by Suy / São Ludovino
 
THE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São Ludovino
THE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São LudovinoTHE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São Ludovino
THE FOOTPRINTS OF ETERNITY, a poem by Suy / São Ludovino
 
THERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São Ludovino
THERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São LudovinoTHERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São Ludovino
THERE IS NO CHRISTMAS WITHOUT CHRISTMAS, Suy / São Ludovino
 
MANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São Ludovino
MANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São LudovinoMANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São Ludovino
MANOEL DE OLIVEIRA - TAKE 102, Suy / São Ludovino
 
HEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São Ludovino
HEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São LudovinoHEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São Ludovino
HEDY LAMARR - A BRAIN BEHIND BEAUTY, Part I, Suy / São Ludovino
 
A TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São Ludovino
A TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São LudovinoA TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São Ludovino
A TETRIC AND NEFARIOUS FARCE, a play by Suy / São Ludovino
 
LESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São Ludovino
LESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São LudovinoLESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São Ludovino
LESSONS OF HOPE FROM THE DEEP HEART OF EARTH, Suy / São Ludovino
 
THE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição Ludovino
THE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição LudovinoTHE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição Ludovino
THE LAST SECOND BEFORE REALITY, Suy / Conceição Ludovino
 
A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---
A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---
A BODY OF WONDERS, Suy / Conceição Ludovino---
 
REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...
REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...
REAL PEOPLE - Part II - Look Into the Eyes of the Beholder, Suy / Conceição L...
 
THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -
THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -
THE GIFT - Simple Silhouettes, Suy / Conceição Ludovino -
 
REAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part I
REAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part IREAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part I
REAL PEOPLE..., Part I, Suy / Conceição Ludovino - Part I
 
Like a Painting, Suy / Conceição Ludovino
Like a Painting, Suy / Conceição LudovinoLike a Painting, Suy / Conceição Ludovino
Like a Painting, Suy / Conceição Ludovino
 

Último

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 

Último (20)

CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 

Toma lá poesia 2009-2010 - 7 artes

  • 1. 2009-2010 Daniel Huntington, 1816-1906 Charlotte Weeks, A Young Girl Reading «Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos 2009-2010 da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.» Fernando Pessoa, Livro do Desassossego
  • 2. O Homem que Lê 2009-2010 Certeza Se é real a luz branca Eu lia há muito. Desde que esta tarde desta lâmpada, real com o seu ruído de chuva chegou às janelas. a mão que escreve, são reais Abstraí-me do vento lá fora: os olhos que olham o escrito? o meu livro era difícil. Olhei as suas páginas como rostos Duma palavra à outra que se ensombram pela profunda reflexão o que digo desvanece-se. e em redor da minha leitura parava o tempo. — Sei que estou vivo De repente sobre as páginas lançou-se uma luz entre dois parênteses. e em vez da tímida confusão de palavras estava: tarde, tarde... em todas elas. Octavio Paz, in Dias Hábeis Não olho ainda para fora, mas rasgam-se já Tradução de Luis Pignatelli Ellen de Groot, Lezen - Reading or The Blue Dress, 2006 as longas linhas, e as palavras rolam dos seus fios, para onde elas querem. Os Meus Livros Então sei: sobre os jardins Georges Guequier, The final chapter, 1917 Os meus livros (que não sabem que existo) transbordantes, radiantes, abriram-se os céus; São uma parte de mim, como este rosto o sol deve ter surgido de novo. — De têmporas e olhos já cinzentos E agora cai a noite de Verão, até onde a vista alcança: Que em vão vou procurando nos espelhos o que está disperso ordena-se em poucos grupos, E que percorro com a minha mão côncava. obscuramente, pelos longos caminhos vão pessoas Não sem alguma lógica amargura e estranhamente longe, como se significasse algo mais, Entendo que as palavras essenciais, ouve-se o pouco que ainda acontece. As que me exprimem, estarão nessas folhas E quando agora levantar os olhos deste livro, Que não sabem quem sou, não nas que escrevo. nada será estranho, tudo grande. Mais vale assim. As vozes desses mortos Aí fora existe o que vivo dentro de mim Dir-me-ão para sempre. e aqui e mais além nada tem fronteiras; Jorge Luis Borges, in A Rosa Profunda apenas me entreteço mais ainda com ele ESCREVER É ESQUECER quando o meu olhar se adapta às coisas e à grave simplicidade das multidões, — «A ler aprendemos a estar Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a então a terra cresce acima de si mesma. sozinhos sem estarmos sós.» vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e E parece que abarca todo o céu: a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer a primeira estrela é como a última casa. dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma Rainer Maria Rilke, in O Livro das Imagens Tradução de Maria João Costa Pereira vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. 2009-2010 Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso. Carla Quevedo, revista Tabu, semanário Sol Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego
  • 3. 2009-2010 «Sou um homem para quem o mundo exterior é uma realidade interior.» Evolução Fernando Pessoa, Livro do Desassossego A FONTE Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo Ciclicamente me revisitam tronco ou ramo na incógnita floresta... os Cavaleiros de Hipocrene «Apenas quando somos instruídos pela realidade é que podemos mudá-la.» Onda, espumei, quebrando-me na aresta trazendo sempre límpidos espelhos Do granito, antiquíssimo inimigo... nas frontes incomensuráveis. Rugi, fera talvez, buscando abrigo Pousam em mim «A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.» Na caverna que ensombra urze e giesta; o seu olhar de flecha imponderável O, monstro primitivo, ergui a testa e jamais me questionam No limoso paul, glauco pascigo... sobre o que quer que seja. Sabem de mim o suficiente, Hoje sou homem, e na sombra enorme exactamente o mesmo que eu sei deles. Vejo, a meus pés, a escada multiforme, Que desce, em espirais, da imensidade... Viemos do mesmo recanto do Hélicon, crescemos sob a luz de Cassiopeia. Interrogo o infinito e às vezes choro... Reencontramo-nos através dos milénios Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro nas mesmas ilhas de espanto... Bertold Brecht E aspiro unicamente à liberdade. Roland Barthes nesta esfera fecunda Antero de Quental, Odes Modernas em que a vida nos espera e abandona... Suy, 23/8/1990 Amy Hill, Reader, 2008 «A leitura é um antídoto do medo. Quem saboreia o prazer da 2009-2010 leitura nunca está sozinho. Entende a transitoriedade de tudo, e a 2009-2010 possibilidade de mudança. Entende-se a si mesmo, e aprende a saber o que quer.» Inês Pedrosa, in Expresso
  • 4. USA-Posters Footprints in the Sand on the North Shore Oahu-Hawaii Joakim Ericsson, Reflection Língua Portuguesa Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: O mundo estava no rosto da amada Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela O mundo estava no rosto da amada – e logo converteu-se em nada, em Amo-te assim, desconhecida e obscura mundo fora do alcance, mundo-além. Tuba de algo clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, Por que não o bebi quando o encontrei E o arrolo da saudade e da ternura! no rosto amado, um mundo à mão, ali, aroma em minha boca, eu só seu rei? Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Ah, eu bebi. Com que sede eu bebi. Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Mas eu também estava pleno de mundo e, bebendo, eu mesmo Em que da voz materna ouvi: "meu filho!", transbordei. E em que Camões chorou, no exílio amargo, 2009-2010 O génio sem ventura e o amor sem brilho! Rainer Maria Rilke (Tradução: Augusto de Campos) Olavo Bilac, in Poesias Toby Wright, Dogma, Seeing is Believing, 2008
  • 5. 2009-2010 Jason Price, The Day the Music Stopped Anton Arkhipov, Interlude «A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido — se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias — a comunicação das almas.» Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido 2009-2010 «Linguagem: a música com a qual encantamos as serpentes que guardam os tesouros dos outros.» Ambrose Bierce, Dicionário do Diabo
  • 6. Fuga Exercícios ao Piano 2009-2010 O músico procura O calor cola. A tarde arde e arqueja. Fixar em cada verso Ela arfa, sem querer, nas leves vestes O cântico disperso e num étude enérgico despeja Na luz, na água e no vento. a impaciência por algo que está prestes Porém, luz, vento e água a acontecer: hoje, amanhã, quem sabe Variam riso e mágoa, agora mesmo, oculto, do seu lado; De momento a momento. da janela, onde um mundo inteiro cabe, ela percebe o parque arrebicado. E em vão a área dos dedos Se eleva! Não traduz Desiste, enfim, o olhar distante; cruza Os súbitos segredos as mãos; desejaria um livro; sente Escondidos no vento, o aroma dos jasmins, mas o recusa Nas águas e na luz... num gesto brusco. Acha que á faz doente. Pedro Homem de Mello, in Segredo Rainer Maria Rilke Caravaggio, 1571-1610, The Lute Player, c. 1600 (Tradução: Augusto de Campos) Bernardo Cavallino, 1616-c.1656, Clavichord Player, s.d. Hora Grave Quem agora chora em algum lugar do mundo, Sem razão chora no mundo, Chora por mim. Quem agora ri em algum lugar na noite, Sem razão ri dentro da noite, Ri-se de mim. Quem agora caminha em algum lugar no mundo, Sem razão caminha no mundo, Vem a mim. Quem agora morre em algum lugar no mundo, Sem razão morre no mundo, Olha para mim. 2009-2010 Rainer Maria Rilke Christian Vincent, (Tradução: Paulo Plínio Abreu) New Skins for Old Souls, 1998-99 Caravaggio, 1571-1610, pintor italiano, The Musicians, 1595-96
  • 7. «O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio.» 2009-2010 Georges Braque Oleg Zhivetin, Magic of the Music «Quero viver como se o meu tempo fosse ilimitado. Quero recolher-me, retirar- me das ocupações efémeras. Mas ouço vozes, vozes benevolentes, passos que se aproximam e as minhas portas abrem-se...» Oleg Zhivetin, Personal Music, 2003 Rainer Maria Rilke 2009-2010
  • 8. 2009-2010 Estrada de Santiago (excertos finais) Aquele que teceu uma só malha da teia nela há-de cair. Aquele que apenas teceu dádivas e utopias com o linho dos dias pode ainda ser livre, pode ainda entrar no diálogo pode olhar e ver a transparência, A Trama pode ouvir e escutar o coração de todos os seres. Esse vive em demanda e encontra. Esse ama o espírito e a matéria como uma sublime unidade. Esse não desdenha a intuição e as miragens. Esse descobrirá o lugar do encantamento. Esse abrirá o livro em branco e saberá ler a sua brancura. Sobre os meus poemas não há nada a dizer. Tudo o que haveria a dizer Epílogo está lá dito. E o que não está é símbolo que quer permanecer símbolo, é brancura que se abre ao espírito daqueles para quem guardar o enigma é tão imprescindível como buscar a revelação... Suy, 4/12/1993 Judith Leyster, 1609-1660, Young Flute Player, c. 1635 Por Entre os Sons da Música Por entre os sons da música, ao ouvido como a uma porta que ficou entreaberta o que se me revela em ter sentido é o que por essa música encoberta acena em vão do outro lado dela e eu sinto como a voz que respondesse 2009-2010 ao que em mim não chamou nem está nela, porque é só o desejar que aí batesse. Sophie Anderson, Shepherd Piper, 1881 Vergílio Ferreira, in Conta-Corrente 1
  • 9. 2009-2010 «A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material. O maior prazer está na contemplação.» Nikolay Krusser, Giselle, Russia Leonardo da Vinci O Apogeu Cada ser humano atinge o seu apogeu de maneira diferente, num dado momento. Uma vez alcançado esse ponto alto, é sempre a descer. Fatal como o destino. E o pior é que ninguém sabe onde é que se situa o seu próprio auge. A linha divisória pode desenhar-se de repente, quando uma pessoa pensa que ainda estava a pisar terreno seguro. Ninguém tem maneira de saber. Alguns atingem esse pico aos doze anos, e depois espera-os uma vida perfeitamente monótona e sem chama. Outros continuam sempre em ascensão até à morte; outros morrem no seu máximo esplendor. Muitos poetas e compositores vivem em estado de permanente arrebatamento e estão mortos quando chegam aos trinta anos. Depois há aqueles, como é o caso de Picasso, que aos oitenta e Nikolay Krusser, Giselle, Russia muitos anos ainda pintava quadros cheios de vigor e teve uma morte tranquila, sem saber o que era o declínio. Haruki Murakami, in Dança, Dança, Dança A borboleta continuará a pairar sobre o campo e as gotas de orvalho ainda brilharão sobre a relva quando as pirâmides do Egipto estiverem 2009-2010 destruídas e não mais existirem os arranha-céus de Nova York. Kahlil Gibran, 1883-1931
  • 10. 2009-2010 «O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.» Platão Nikolay Krusser, The Red Dragon, Rússia Divina Música! (…) Inspiradora de poetas, de compositores E dos grandes realizadores. Unidade de pensamento dentro dos fragmentos Das palavras. Criadora do amor que se origina da beleza. Vinho do coração Que exulta num mundo de sonhos. Encorajadora dos guerreiros, Fortalecedora das almas. A. Ganivet, Epistolário Oceano de perdão e mar de ternura. Nikolay Krusser, Seme Red, Rússia Ó música. Em tuas profundezas «Ela dançou a dança das chamas e do fogo, a dança das espadas e das Depositamos nossos corações e almas. lanças; e ela dançou a dança das flores ao vento. Ao terminar, virou-se para Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos o príncipe e fez uma reverência. Ele então, pediu-lhe que viesse mais perto e E a ouvir com os corações. perguntou-lhe: “Linda mulher, filha da graça e do encantamento, de onde 2009-2010 vem tua arte e como é que comandas todos os elementos em seus ritmos e Kahlil Gibran, 1883-1931 - poeta e pintor libanês versos?"» Khalil Gibran, 1883-1931 Maurice Béjart