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Governo do Estado da Bahia
Secretaria da Saúde
Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Coordenação do Programa Estadual de Imunizações




               Manual de Procedimentos
                  para Vacinação




                         Bahia, 2011
© 2011. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta
obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim
comercial

A responsabilidade pelos direitos autorais dos textos e imagens desta obra é da área
técnica.

O Manual de Procedimentos para Vacinação pode ser acessado na íntegra no site da
Secretaria da Saúde do Estado da Bahia: www.saude.ba.gov.br ou
www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br


Série A. Normas e Manuais Técnicos
Tiragem: 4ª edição – 2011 – 5.000 exemplares
Elaboração, distribuição e informações
Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde
Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Coordenação do Programa Estadual de Imunizações

Produção editorial
Capa: Pamdesign Comunicação Ltda
Projeto Gráfico: Pamdesign Comunicação Ltda
Diagramação: Pamdesign Comunicação Ltda
Impressão e Editoração: Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda
Revisão: Marlene Tavares Barros de Carvalho e Cristina Maria Vieira da Rocha
Impresso no Brasil / Printed in Brazil

                   Ficha catalográfica elaborada: Eliana Carvalho/ CRB-5 1100

B151     Bahia. Secretaria da Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde.
         Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Coordenação do Programa Estadual de Imunizações.
             Manual de procedimento para vacinação ./ Diretoria de Vigilância Epidemiológica. .-
         Salvador: DIVEP, 2011.
            573p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos)



             1. Vacinação (Saúde Pública) 2. Imunização. 3. Vacinas. 4. Prevenção Primária
         5. Educação em Saúde .6. Serviços de Saúde. 6. Promoção da Saúde .
         I. Autor. II. Título.


                                                                        CDU 614.47


                              Catalogação na fonte – Biblioteca Cesat
1
   A Secretaria de Estado da Saúde da Bahia publica este Manual de Procedimentos reiterando créditos ao
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES – PNI, vez que o trabalho de revisão, atualização e ampliação do
conteúdo foi desenvolvido com a anuência da Coordenação Geral do PNI, do Departamento de Vigilância
Epidemiológica, da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNI/DEVEP/SVS). Os originais foram encaminhados ao
nível nacional pela equipe de elaboração em março de 2010.
Governador do Estado da Bahia
Jacques Wagner


Secretário da Saúde
Jorge José Santos Pereira Solla


Superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde
Alcina Marta de Souza Andrade


Diretora de Vigilância Epidemiológica
Maria Aparecida Araújo Figueiredo


Coordenadora da Coordenação do Programa Estadual de
Imunizações
Maria de Fátima Sá Guirra


Coordenadora da Assessoria Técnica da Superintendência de
Vigilância e Proteção da Saúde
Marlene Tavares Barros de Carvalho
Créditos desta edição

Equipe responsável pela revisão, atualização e ampliação desta edição:

Marlene Tavares Barros de Carvalho
Enfermeira / Epidemiologista / Mestre em Saúde Coletiva
Cristina Maria Vieira da Rocha
Pedagoga / Especialista em Educação em Saúde Pública
Márcia Cristina Rangel Danieluk
Enfermeira / Especialista em Saúde Pública
Doiane Lemos
Enfermeira / Especialista em Saúde Pública
Tânia Maria Leão
Enfermeira / Especialista em Saúde Pública


Colaboradores:

Ana Rosa dos Santos
Médica / Sanitarista – CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Catarina Shubert
Enfermeira Sanitarista – CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Cristiane Pereira de Barros
Enfermeira – CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Sirlene Pereira
Enfermeira – CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Adriana S. de Almeida – SMS/SALVADO R/PMS
Enfermeira / Especialista em Saúde Pública
Maria de Fátima Sá Guirra – DIVEP/SESAB
Enfermeira / Mestre em Saúde Coletiva




NOTA DA EQUIPE DE REVISÃO

Quando este Manual de Procedimentos de Vacinação chegar às suas mãos é possível
que no seu conteúdo sejam encontrados alguns referenciais que tenham sido
substituídos ou não estejam mais em vigência (a exemplo de portarias, indicações e
procedimentos). Esta é uma situação muito provável em razão da dinâmica dos
processos no campo da gestão e da rapidez dos avanços no campo da ciência e da
tecnologia. Assim, é recomendável estar atento a possíveis atualizações e mudanças,
buscando informações no site do Ministério da Saúde www.saude.gov.br e/ou
www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br e junto a coordenação do Programa de Imunizações
(PNI) na sua área de trabalho.
Sumário Geral


Apresentação ...............................................................................................................1


Prefácio....................................................................................................................... 2


Notas sobre o PNI, o planejamento e as responsabilidades
das esferas de gestão ................................................................................................ 5


Parte I – Planejamento, monitoramento e avaliação da
atividade de vacinação ............................................................................................. 17


Parte II – Aspectos técnicos e administrativos da atividade de
vacinação ................................................................................................................. 89


Parte III – Procedimentos para administração de vacinas ................................... 209


Parte IV – Procedimentos para administração de soros e imunoglobulinas...........4 01


Parte V – Síntese sobre as doenças imunopreveníveis e
acidentes causados por animais peçonhentos ....................................................... 4 8 1


Parte VI – Glossário ................................................................................................ 54 1
Apresentação

          Sinto-me honrado e privilegiado, como gestor da saúde de um estado
como a Bahia, em colocar à disposição da rede de serviços do Sistema Único
de Saúde – SUS, uma nova edição do Manual de Procedimentos de
Vacinação, resultado de longo e cuidadoso processo de revisão, com
conseqüente atualização e ampliação do seu conteúdo.

          Importante resgatar que este Manual, cuja primeira edição foi de
1986, há 25 anos vem servindo de referencial para o trabalho de vacinação,
sendo instrumento indispensável para os profissionais que, diariamente,
enfrentam e vencem os desafios de fazer chegar os imunobiológicos à nossa
população, especialmente, nas salas de vacinação dos serviços de saúde.

          Ao tomar a decisão de publicar o Manual de Procedimentos de
Vacinação, a Secretaria de Saúde da Bahia entende a necessidade premente
dessas orientações e normativas para o Programa Estadual de Imunizações,
nos 417 municípios baianos. Informações devidamente atualizadas e em
conformidade com o preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações –
PNI, e que vêm contribuir para a unidade, a qualidade e a segurança da
atuação dos profissionais nas mais de 3.000 salas de vacina existentes no
território baiano.

          Com essa contribuição, o Governo da Bahia, a Secretaria Estadual de
Saúde, o Programa Estadual de Imunizações, conscientes do papel e da
responsabilidade das diferentes esferas de gestão na construção do SUS e na
promoção da saúde da população baiana e brasileira, coloca-se como partícipe
efetivo do PNI, ao disponibilizar informação atualizada para profissionais,
pesquisadores, estudantes, enfim, para toda a sociedade.




                                                                           1
Prefácio à 4ª edição

            A edição de manuais de normas e parâmetros tem, ao longo do
tempo, pautado a atuação de diversos setores do Ministério da Saúde. Com a
área de imunizações não tem sido diferente. É de 1977 a publicação de um
Manual de Normas e Instruções que integrava em seu conteúdo a vigilância
epidemiológica e as imunizações. O primeiro Manual de Vacinação foi de 1984,
seguindo-se, a partir daí, uma série de edições e reedições de instrumentos
abordando os diferentes aspectos da prática das imunizações.

            Estabelecer normas é vital para um programa como o PNI, num país
de dimensões continentais, cuja operacionalização deve estar fundamentada
em um mínimo de unidade, considerando as enormes diferenças regionais,
climáticas, topográficas, demográficas dentre outras. A partir dessa base, as
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, de acordo com a situação
epidemiológica específica e com sua capacidade técnica, administrativa,
financeira e logística, podem definir normas e procedimentos diferenciados em
sua área de abrangência, como prerrogativa das três esferas do SUS.

            Esse processo, que conta com a participação de diferentes órgãos e
entidades    envolvidos   com   a   imunização,   é   dinâmico    e   continuado,
consubstanciando-se       em    documentos    como      manuais       ou   guias,
complementados e atualizados por meio de notas técnicas, boletins e
correspondências oficiais, até que novo documento seja editado.

            O primeiro Manual de Procedimentos para Vacinação foi elaborado
em 1986, quando o PNI era coordenado pela Secretaria Nacional de Ações
Básicas de Saúde (SNABS), do Ministério da Saúde. O manual foi trabalhado
por um grupo de profissionais de diversas categorias, mas, principalmente,
enfermeiros, em função das características do documento cujo foco maior é o
procedimento técnico para a administração de imunobiológicos.

            Já naquela primeira edição foi considerado que o “desempenho de
um programa de imunizações eficiente e eficaz pressupõe a organização dos
serviços de saúde, a seleção da estratégia de vacinação apropriada e o



2
envolvimento da comunidade nessa atividade”, sem, no entanto, prescindir da
definição dos “procedimentos básicos para a execução, o acompanhamento e
a avaliação das atividades, além de identificar formas de implantação,
implementação e divulgação desses procedimentos na rede de serviços”.

         A revisão desse primeiro documento foi feita somente em 1992
quando o PNI já se encontrava na estrutura da Fundação Nacional de Saúde
(FUNASA). Esta segunda edição resultou da ampliação do próprio Programa
ocorrida a partir de 1990, somada à experiência com os dias nacionais de
vacinação para a erradicação da poliomielite e com a realização da campanha
nacional de vacinação com a vacina sarampo (atenuada), dentro do Plano de
Eliminação da doença.

         A terceira edição é de 2001 quando o documento recebe um
tratamento mais ampliado com a introdução de novos imunológicos e capítulos
relativos ao planejamento e à avaliação das atividades, mas são mantidos os
objetivos preconizados desde a concepção, quais sejam:

                   o estabelecimento das linhas gerais para a administração dos
                    imunobiológicos na rede de serviços de saúde; e

                   a padronização e disciplinamento dos critérios e técnicas para
                    a administração de vacinas e soros utilizados pelo Programa.

         Nesta última revisão de 2001, foi consubstanciado a terceira edição,
atualizada e ampliada quanto aos aspectos técnicos e administrativos
relacionados:

                   à organização da sala de vacinação;

                   aos procedimentos específicos para a administração de
                    vacinas e soros;

                   ao destino final das sobras de vacinas e do lixo da sala de
                    vacinação;

                   às noções básicas sobre refrigeração dos imunobiológicos;

                   às características das principais vacinas e soros;



                                                                                   3
    às orientações sobre o planejamento e a avaliação das
                    atividades de vacinação;

                   aos imunobiológicos utilizados em situações específicas; e

                   às noções básicas sobre as doenças imunopreveníveis, e os
                    acidentes provocados por animais peçonhentos e seus
                    respectivos soros.

          Na       construção   desta    quarta   edição,   inicialmente,   a   equipe
responsável identificou técnicos que estavam na prática do trabalho de
imunizações, à frente da tomada de decisões sobre procedimentos, prescrições
e regras em uso no PNI, conhecedores das muitas mudanças introduzidas no
Programa.   Por meio de discussões presenciais e virtuais, foi trabalhado o
intercâmbio de conhecimento e opiniões para identificação dos itens que
mereceriam revisão, exclusão, inclusão, correção.

          Como principal referencial foi utilizado o Manual de 2001 e também o
conjunto de notas e informes técnicos da coordenação nacional do Programa,
além das decisões emanadas do Comitê Técnico Assessor em Imunizações
(CTAI), bem como documentos técnicos e científicos das diferentes áreas afins
do Ministério da Saúde e de instituições e organizações que lidam com
imunizações. O trabalho incluiu, ainda, a revisão bibliográfica e documental
sobre o tema e o Programa, envolvendo consultas a livros técnicos e a artigos
científicos publicados em revistas especializadas.

          Uma das preocupações nesse processo foi trabalhar de forma que o
conteúdo do Manual fizesse uma articulação entre os principais pontos da
evolução do Programa e as mudanças observadas no setor saúde a partir da
Constituição Federal de 1988 e da instituição do SUS, mais especialmente a
partir de 1999 e depois em 2003 quando foi criada a Secretaria de Vigilância
em Saúde (SVS), mas a principal preocupação foi focar a equipe e a sala de
vacinação no contexto da atenção primária em saúde e de sua expansão no
país, bem assim do aprofundamento do processo de descentralização da
vigilância em saúde.




4
Notas sobre o PNI, o planejamento e as
responsabilidades das esferas de gestão


          O   planejamento     e   a   programação    devem   ser   trabalhados
considerando as especificidades locais, mas também as prioridades nacionais
e estaduais estabelecidas em pactos negociados entre as instâncias de
governo do SUS. Deve-se, ainda, considerar instrumentos definidos no âmbito
estadual e municipal como o Plano Plurianual – PPA, Planos de Saúde,
programação pactuada e integrada estadual e regional, dentre outros.

          Em função do que está estabelecido nesses diversos instrumentos,
torna-se imprescindível definir objetivos, metas, estratégias, atividades e
recursos, tendo em vista o atendimento das prioridades em termos de
vacinação, que se constituem em compromissos nacionais e, às vezes,
internacionais, para os quais a vacinação é fundamental.

          Atualmente se constituem como compromissos nacionais e/ou
internacionais:

                 manter a erradicação da febre amarela urbana;

                 manter a erradicação da poliomielite;

                 manter a eliminação do sarampo;

                 eliminar a rubéola e a síndrome da rubéola congênita (SRC);

                 eliminar o tétano neonatal;

                 controlar a difteria, a coqueluche, a hepatite B, a febre
                  amarela silvestre, as formas grave da tuberculose e as
                  infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b.

            Em relação a esses e a outros compromissos assumidos, o PNI
estabelece como objetivos:

                 alcançar e manter coberturas iguais ou maiores que 95% da
                  população alvo em todos os municípios;



                                                                                5
    assegurar a qualidade de todas as vacinas utilizadas;

                 assegurar a farmácovigilância e a vacinação segura;

                 assegurar     o   quantitativo   de    vacinas   necessário    ao
                  cumprimento dos calendários de vacinação e a demanda do
                  CRIE.

           O objetivo de um programa de imunizações deve ser sempre a
vacinação da totalidade da população alvo para um produto específico.




O PNI e as responsabilidades das esferas de governo

           O PNI foi considerado à época de sua criação, em 1973, como
medida   destinada     a   coordenar    ações      que   se   caracterizavam    pela
descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura.
Eram ações conduzidas dentro de programas especiais (erradicação da
varíola, controle da tuberculose) ou por iniciativa de governos estaduais,
carecendo de uma coordenação central que possibilitasse sincronia e
racionalização.

           O Programa foi institucionalizado em 1975, pela Lei nº 6.259/1975,
que criou o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), e
regulamentado pelo Decreto nº 78.231/1976, tendo como competências:

                 implantar e implementar as ações relacionadas às vacinações
                  de caráter obrigatório;

                 estabelecer critérios e prestar apoio técnico e financeiro à
                  elaboração, implantação e implementação das ações;

                 estabelecer normas básicas para a execução das vacinações;

                 supervisionar e avaliar a execução das vacinações no território
                  nacional; e

                 analisar e divulgar informações referentes às imunizações.



6
Voltado, portanto, para o controle, erradicação ou eliminação de
doenças imunopreveníveis, mediante a vacinação sistemática da população, o
Programa é considerado como uma das principais e mais relevantes
intervenções em saúde pública, em especial pelo importante impacto na
redução de doenças nas últimas décadas, com registro de grandes vitórias.

            A certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil foi
em 1973 e no mundo em 1979, seguindo-se a erradicação da transmissão do
poliovírus selvagem (no Brasil em 1989), a eliminação do sarampo (no Brasil o
último caso autóctone em 2000), e, mais recentemente, inicia-se o processo
que objetiva a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita
(SRC). As três últimas, além do compromisso dentro do próprio país,
representavam e representam compromisso internacional, em conjunto com os
países das Américas. A esses resultados somam-se a baixa incidência do
tétano neonatal, que já pode ser considerado eliminado como problema de
saúde pública; da raiva humana transmitida por animais domésticos, que
também está próxima da eliminação, e o controle da difteria, coqueluche e
tétano acidental.

            A manutenção dos resultados já alcançados e a incorporação de
novos desafios têm uma relação direta com o planejamento articulado entre as
diferentes esferas de governo. Nesse particular, pensar a continuidade de
algumas vacinações é imprescindível, até porque em alguns países doenças
ou agentes transmissores prosseguem em atividade.

            A evolução nesse campo e os resultados alcançados não se
constituem, certamente, em fruto do esforço isolado do PNI, sendo reflexo dos
avanços que marcaram a política de saúde no Brasil nos anos 1990 e nesses
anos do século 21, destacando como importante fato a expansão da Estratégia
Saúde da Família (ESF) que vem alcançando milhões de brasileiros.

            As estruturas de vacinação nas três esferas do SUS vêm se
fortalecendo a cada dia, como referência técnica e operacional, e a




                                                                              7
descentralização do Programa é fato, com os municípios, cada vez mais,
assumindo essa responsabilidade junto à população.

A) Responsabilidades das esferas nacional e estadual

            Na esfera nacional, o PNI integra a estrutura da Secretaria de
Vigilância em Saúde (SVS), instituída em 2003, pelo Decreto nº 4.726, de 9 de
junho de 2003. A Secretaria, por intermédio do Departamento de Vigilância
Epidemiológica (DEVEP), ao qual está vinculada a Coordenação Geral do
Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), tem por competência coordenar
a gestão do Programa com atribuições relativas à:

               proposição do esquema básico de vacinas de caráter
                obrigatório;

               coordenação     da      investigação   de   eventos   adversos
                temporalmente associados à vacinação;

               normatização, coordenação e supervisão da utilização de
                imunobiológicos; e

               assessoria técnica e cooperação a estados, municípios e ao
                Distrito Federal em imunizações.

            A Portaria nº 3.252, de 22 de dezembro de 2009, que trata das
competências da União, estados, Distrito Federal e municípios, na área de
vigilância em saúde, estabelece para o Ministério da Saúde com relação ao
Programa:

               o provimento dos imunobiológicos, considerados como insumos
                estratégicos;

               a gestão do sistema de informação do Programa: o Sistema de
                Informação do PNI (SI-PNI), incluindo a consolidação e análise
                dos dados e a retroalimentação das informações; e

               a coordenação do PNI incluindo a definição das vacinas
                obrigatórias no País, as estratégias e normatização técnica
                sobre sua utilização.


8
Para a esfera estadual ficou definido:

                 o provimento de seringas e agulhas, também considerado como
                  insumos estratégicos;

                 a gestão do SI-PNI, incluindo a consolidação dos dados, o envio
                  ao nível federal dentro dos prazos estabelecidos, a análise dos
                  dados e a retroalimentação das informações; e

                 a coordenação do componente estadual do Programa.

            Além dessas atribuições específicas, a Portaria estabelece ainda
para a União, os Estados e o Distrito Federal a atuação complementar ou
suplementar, a cooperação técnica e a capacitação. Um aspecto importante
que também consta do documento é a suspensão do repasse dos recursos do
Teto Financeiro da Vigilância em Saúde (TFVS), transferidos via Fundo
Nacional de Saúde (FNS), como penalidade para estados e municípios que não
enviam os dados do SI-API (Sistema de Informação-Avaliação do Programa de
Imunizações), conforme pactuado nas três esferas de gestão.




B) Responsabilidades na esfera municipal

            A vacinação, ao lado das demais ações caracterizadas como de
vigilância epidemiológica, vem, ao longo do tempo, perdendo o caráter
verticalista do início do Programa e se incorporando ao conjunto de ações da
atenção primária em saúde, sendo, portanto, realizada no contexto global da
oferta de serviços de saúde, como atribuição de uma equipe de saúde. As
campanhas, intensificações e operações de bloqueio – atividades extramuros –
são tratadas também como responsabilidade dessa equipe, recebendo o
reforço dos níveis distrital, regional e estadual e, muito eventualmente, da
esfera federal.

            Para isso, o fortalecimento da gestão municipal no âmbito da
vigilância em saúde vem sendo fundamental, especialmente a partir de 1999
quando foram definidas formalmente as responsabilidades dos gestores do



                                                                               9
SUS em relação a essas ações. O principal produto desse processo foi a
certificação    dos   5.567   municípios   brasileiros   e   do   Distrito   Federal,
representando em relação ao PNI, a responsabilização pela oferta da
vacinação à população, recebendo vacinas e recursos financeiros da esfera
federal. Esses recursos são transferidos diretamente do Fundo Nacional de
Saúde (FNS) para o Fundo Estadual de Saúde (FES) e para o Fundo Municipal
de Saúde (FMS).

               Para os municípios a Portaria nº 3.252 aponta, no tocante ao PNI,
as seguintes atribuições:

               coordenação e execução das ações de vacinação integrantes do
                Programa, incluindo a vacinação de rotina com as vacinas
                obrigatórias, as estratégias especiais como campanhas e
                vacinações de bloqueio e a notificação e investigação de eventos
                adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação; e

               gestão e/ou gerência do SI-PNI, incluindo a coleta e consolidação
                dos dados provenientes das unidades, o envio ao nível estadual
                dentro dos prazos estabelecidos, a análise e a retroalimentação
                dos dados.

          Pensar o PNI a partir do planejamento e programação local é uma
necessidade, considerando que é neste lócus que está o público alvo e é aí
que este serviço, ao lado de outros, é ofertado, com qualidade e oportunidade,
exigindo pessoal capacitado, infra-estrutura e insumos.




Vacinação e atenção básica

               A Política Nacional de Atenção Básica, estabelecida em 2006,
caracteriza esse nível de atenção como “um conjunto de ações de saúde, no
âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde,
a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a
manutenção da saúde.”



10
O Programa Saúde da Família (PSF), implementado a partir de
1994, é a estratégia adotada na perspectiva de organizar e fortalecer esse
primeiro nível de atenção à saúde, reorganizando os serviços com qualidade e
reorientando a prática profissional ao focar a atenção na família.

            Nesse contexto, o Agente Comunitário de Saúde (ACS), integrante
dessa equipe, está envolvido com a atividade de vacinação, quando realiza a
checagem da caderneta e o encaminhamento da criança, gestante ou adulto
para iniciar ou completar esquemas, conforme calendários. Mesmo assim,
ainda se faz necessária maior integração da vacinação ao conjunto das ações
da atenção básica, principalmente no que diz respeito à avaliação da cobertura
da população adscrita e a sua importância para os propósitos de controle,
eliminação ou erradicação das doenças imunopreveníveis. No trabalho rotineiro
é preciso haver uma maior aproximação entre a equipe da sala de vacinação e
os demais integrantes da equipe de saúde, inclusive no sentido de reduzir as
‘oportunidades perdidas de vacinação’, que se caracterizam pelo fato de
crianças, gestantes, adolescentes e adultos serem atendidos em outros setores
da Unidade de Saúde sem que seja verificada a situação vacinal ou
encaminhados à sala de vacinação.

            A realização de atividades extramuros para o desenvolvimento de
ações de assistência ou no caso de operações de vacinação, é outra situação
em que a integração da equipe pode resultar em bons resultados, além de
potencializar tempo e recursos. A organização do deslocamento de equipes
para intensificação de vacinação, excetuando-se as situações de campanha ou
de bloqueio de caso ou surtos, deve ser pensada no conjunto de outras ações
a serem ofertadas mais próximas da população. A ida de uma equipe a um
centro educacional ou a uma empresa para vacinação com as vacinas tétano
ou hepatite B, por exemplo, pode perfeitamente estar articulada a atividades de
educação     e   promoção      da   saúde,    distribuição   de      preservativos,
aconselhamento, atendimento por profissionais específicos, dentre outras.
Nessas ocasiões, o conjunto de ações a ser ofertado estará condicionado à
capacidade da equipe e à análise da situação de saúde da comunidade
atendida.


                                                                                11
Calendários de vacinação

            As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde, no contexto
das ações que integram a atenção básica, são aquelas definidas nos
calendários de vacinação onde estão estabelecidos:

                os tipos de vacina;

                o número de doses da vacinação básica e do reforço;

                a idade para administração de cada dose; e

                o intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico
                 cuja proteção exige mais de uma dose.

          Atualmente, são três calendários oficiais: o calendário da criança, o
do adolescente e o do adulto e idoso. O calendário da criança tem por objetivo
proteger esse grupo o mais precocemente possível, garantindo o esquema
básico completo no primeiro ano de vida e os reforços e as demais vacinações
nos anos seguintes.

          Os calendários estão regulamentados pela Portaria Ministerial nº
1.602, de 17 de junho de 2006, mas já existem atualizações que são
informadas sistematicamente pela coordenação nacional do PNI. A equipe da
Unidade de Saúde deve buscar a informação mais atualizada sobre os
calendários de vacinação adotados no âmbito do SUS. Os esquemas devem
estar disponíveis para consulta e afixados em local visível da unidade.



Suprimento de imunobiológicos
            O PNI, hoje, trabalha com mais de 40 tipos de imunobiológicos,
incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas. A inserção de um produto no
Programa e o estabelecimento de grupos populacionais a serem cobertos são
decisões respaldadas em bases técnicas e científicas, tais como:
                a evidência epidemiológica associada;



12
   a eficácia e segurança da vacina; e
                a garantia da sustentabilidade da estratégia adotada para a
                 vacinação, como, por exemplo, a capacidade de produção do
                 país ou do mercado internacional e a capacidade de
                 importação do produto ou da tecnologia de produção.
           Muitas vezes, em função do contingente da população a ser
vacinado ou da estratégia a ser realizada, o quantitativo de um produto para
atender à necessidade do Brasil não corresponde à oferta internacional ou à
capacidade de produção em curto prazo.

         É responsabilidade da instância federal, sem ônus para as demais
esferas, como já referido, o suprimento dos imunobiológicos necessários à
execução do Programa, atendendo ao estabelecido nos calendários de
vacinação, para campanhas de vacinação, para atender a situações que
requerem o uso de soros e imunoglobulinas e para suprir os Centros de
Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE).

         O Ministério da Saúde adquire e distribui os produtos, coordena a
importação e incentiva a produção nacional. Anualmente, são milhões de doses
de vacinas adquiridos no parque produtor nacional e internacional.

         A oferta de imunobiológicos para os menores de cinco anos tem sido
ampliada, sempre de acordo com critérios anteriormente citados:

                A vacina sarampo (atenuada) foi incorporada ao primeiro
                 calendário da vacinação em 1976;

                As vacinas hepatite B (recombinante) e febre amarela
                 (atenuada)   foram   incorporadas     ao   calendário   básico,
                 respectivamente em 1996 e 1991;

                Em 1999 foi introduzida a vacina Haemophilus influenzae b
                 (conjugada), para crianças menores de um ano de idade, com
                 vistas ao controle das doenças invasivas causadas por esta
                 bactéria;




                                                                             13
   É também em 1999 que se inicia a vacinação da população
                idosa com a vacina influenza (atenuada), por meio de
                campanhas anuais;

               Em 2001, a vacinação com a vacina hepatite B (recombinante)
                é estendida para o grupo de um a 19 anos;

               Em 2002 a vacina Haemophilus influenzae b (conjugada)
                deixa de ser administrada isoladamente e, combinada com a
                vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (tríplice bacteriana
                – DTP), constitui a tetravalente;

               Em 2003 a vacina sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral)
                passou a fazer parte do calendário da criança, a partir dos 12
                meses de idade, retirando-se, então, a vacina monovalente
                sarampo;

               Em 2006 é integrada ao calendário de vacinação da criança a
                vacina     rotavírus   humano       (oral),   sendo   administrada
                exclusivamente nos menores de seis meses (até o 5º mês e
                15 dias de vida); e

               Para 2010 a incorporação ao calendário de vacinação da
                criança a vacina pneumocócica 10 valente (conjugada), sendo
                indicada exclusivamente para a criança a partir das seis
                semanas de vida até os 23 meses e 29 dias; sendo também
                incorporada em 2011 a vacina meningocócica C (conjugada)
                para crianças menores de dois anos de idade.

           Em 1993 inicia-se a implantação dos Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais – CRIE. São, atualmente, 40 unidades distribuídas
pelas 27 unidades federadas que oferecem produtos com indicação específica,
mediante prescrição médica, abrangendo, por exemplo:

               a profilaxia pré e pós-exposição a agentes infecciosos em
                determinados grupos de risco;




14
   a substituição de produtos oferecidos na rede de serviços para
    pessoas que não podem recebê-los por motivos clínicos; e

   a vacinação de imunodeprimidos.




                                                               15
Parte I


Planejamento, monitoramento e
  avaliação das atividades de
          vacinação
Sumário

Parte 1: Lista de quadros e figura..................................................................... 17
1. Introdução..................................................................................................... 20
2. Planejamento da atividade de vacinação..................................................... 26
    2.1. Análise da situação da vacinação, identificação e priorização dos
          problemas............................................................................................ 26
         2.1.1. Análise da situação da vacinação............................................... 26
         2.1.2. Identificação e priorização dos problemas relativos à
                  vacinação..................................................................................... 31
    2.2. Definição de objetivos, metas e ações................................................. 32
         2.2.1. Definição de objetivos.................................................................. 32
         2.2.2. Definição de metas ...................................................................... 34
         2.2.3. Definição de ações ..................................................................... 37
    2.3. População a vacinar e necessidades de vacinas ................. ............... 42
3. Estratégias de vacinação.............................................................................. 45
    3.1. Vacinação de rotina............................................................................... 46
    3.2. Campanha de vacinação ..................................................................... 46
    3.3. Vacinação de bloqueio.......................................................................... 47
    3.4. Atividades extramuros........................................................................... 48
         3.4.1. Postos fixos temporários.................................................... .......... 49
         3.4.2. Equipes móveis. .......................................................................... 50
         3.4.3. Vacinação casa-a-casa........................................................ ........ 51
    3.5. Vacinação de grupos específicos.............................................. ........... 52
         3.5.1. Vacinação nos CRIE........................................................... ......... 52
         3.5.2. População indígena...................................................................... 53
         3.5.3. Vacinação de viajantes................................................................. 54
         3.5.4. Áreas de fronteira.......................................................................... 54
    3.6. Mobilização da comunidade.................................................................. 55
         3.6.1. Articulação com instituições e organizações................................ 56
         3.6.2. Atividades com a comunidade...................................................... 56
         3.6.3. Divulgação de informações................................................ .......... 57
                3.6.3.1. Trabalho na ‘sala de espera’............................................. 58
                3.6.3.2. Visita domiciliar.................................................................. 59
3.6.3.3. Veículos de comunicação.................................................. 60
4. Supervisão, monitoramento e avaliação da atividade de vacinação............ 61
    4.1. Supervisão............................................................................................ 61
    4.2. Monitoramento e avaliação das atividades de vacinação..................... 65
         4.2.1. Monitoramento da atividade de vacinação................................... 66
                4.2.1.1. Cálculo da cobertura de vacinação................................... 67
                4.2.1.2. Cálculo da cobertura para vacinas com esquema
                multidoses ...................................................................................... 68
                4.2.1.3. Homogeneidade das coberturas........................................ 68
                4.2.1.4. Avaliação da cobertura...................................................... 69
                4.2.1.5. Acompanhamento da taxa de abandono .......................... 71
                4.2.1.6. Avaliação da utilização das vacinas.................................. 74
         4.2.2. Outros tipos de avaliação da atividade de vacinação.... .............. 76
         4.2.3. Avaliação da eficiência e eficácia................................................. 72
         4.2.4. Resolutividade, acessibilidade e satisfação do usuário............... 77
Bibliografia ....................................................................................................... 79
Parte I: lista de quadros.

Quadro I-1: Análise da situação da vacinação: situação das doenças
            imunopreveníveis........................................................................... 27
Quadro I-2: Análise da situação de vacinação: perfil da população ................. 28
Quadro I-3: Análise da situação de vacinação; disponibilidade e uso de
            informações.................................................................................... 28
Quadro I-4: Análise da situação de vacinação: modelo de atenção e de
            organização de serviços no território............................................. 29
Quadro I-5: Exemplo de explicação de problemas............................................ 32
Quadro I-6: Exemplo de objetivos...................................................................... 33
Quadro I-7: Metas do PNI.................................................................................. 35
Quadro I-8: Exemplo de metas relacionadas a objetivos e problemas............. 37
Quadro I-9: Exemplo de ações considerando os diversos problemas, objetivos
            e metas apontados........................................................................ 38
Quadro I-10: Consolidado dos exemplos apresentados anteriormente relativo
             ao processo de planejamento da atividade de vacinação em
             função da análise da situação...................................................... 40
Quadro I-11: Vantagens e desvantagens da vacinação de rotina..................... 46
Quadro I-12: Vantagens e desvantagens da campanha de vacinação ............ 47
Quadro I-13: Vantagens e desvantagens da vacinação de bloqueio............... 48
Quadro I-14: Vantagens e desvantagens dos postos fixos temporários.......... 50
Quadro I-15: Vantagens e desvantagens das equipes móveis......................... 51
Quadro I-16: Vantagens e desvantagens da vacinação casa-a-casa.............. 52
Quadro I-17: Vantagens e desvantagens do método administrativo................ 69
Quadro I-18: Exemplo do desdobramento da meta anual para o monitoramento
             da atividade de vacinação........................................................... 71
Quadro I-19: Vantagens e desvantagens do inquérito de cobertura................ 75
1. Introdução
            Esta Parte I do Manual de Procedimentos de Vacinação aborda os
aspectos da atividade de vacinação relacionados ao planejamento, ao
monitoramento e à avaliação no âmbito do Programa Nacional de Imunizações
(PNI), no contexto da atenção primária em saúde, considerada como porta de
entrada de uma rede de serviços que compõe um sistema municipal de saúde
que, por sua vez, é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).

           Para o Ministério da Saúde planejar é, fundamentalmente, avaliar o
passado, sondar o futuro, tomar decisões e prometer fazer.
           O diálogo entre Alice e o Gato, no livro “Alice no País das
Maravilhas”, transcrito na publicação Saúde & Cidadania, expressa de uma
forma bem simples a importância do planejar:
            "Alice - Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?
            Gato - Isso depende muito do lugar para onde você quer ir.
            Alice - Não me importa muito onde.
            Gato - Nesse caso, não importa por qual caminho você vá."
            Olhando de forma particular a atividade de vacinação, pode-se
dizer, por exemplo, que saber aonde se quer chegar é definir o grupo (ou
grupos) alvo que deve ser protegido em determinado território, utilizando
vacinas. Saber qual o melhor caminho a percorrer diz respeito à estratégia (ou
estratégias) que será utilizada para alcançar a população pretendida.
            O processo de planejamento busca, assim, definir as condições
necessárias ao alcance de objetivos, antecipando possíveis resultados ou
efeitos sobre uma determinada realidade, situação ou problema.

            A Lei nº 8.080/90 estabelece que o planejamento “será ascendente,
do nível local até o federal” e que a “elaboração e atualização periódica do
plano de saúde” é atribuição comum à União, aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios. Diz, ainda, que é competência da direção nacional do SUS a
elaboração do planejamento estratégico nacional em cooperação com os
estados, municípios e o Distrito Federal (Capítulos III e IV, Artigos 15 e 16).
             Mais recentemente, os gestores do SUS, ao estabelecerem o Pacto
Nacional pela Saúde (Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006), destacaram
o planejamento como uma das diretrizes da gestão do Sistema, ao lado do
financiamento, da regulação e da descentralização. O processo, de acordo com
essa diretriz, deve ser articulado e integrado entre as três esferas e inserido em
um Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS) que compreende, também,
o monitoramento e a avaliação.
           O Pacto atualizou e flexibilizou as formas de habilitação definidas
pela Norma Operacional Básica do SUS 1/96 (NOB-SUS, Portaria No. 2.203,
de 5 de novembro de 1996) e pela Norma Operacional de Assistência à Saúde
(NOAS-SUS, Portaria/GM n. 95, de 26 de janeiro de 2001), adotando o Termo
de Compromisso de Gestão, cuja assinatura é precedida de discussão e
avaliação por parte dos estados e municípios.



                                                                                      23
O PlanejaSUS integra o Pacto pela Saúde e sua regulamentação é
objeto da Portaria nº 3.085, de 1º de dezembro de 2006, tendo como
instrumentos básicos: o Plano de Saúde (PS), as suas respectivas
Programações Anuais de Saúde (PAS) e os Relatórios Anuais de Gestão
(RAG). Esses instrumentos são formulados e passam por revisões periódicas
nas três esferas de gestão.
            A compreensão de que o planejamento, o monitoramento e a
avaliação são atribuições e competências que se articulam no âmbito do SUS,
é muito importante para entender como essas funções se viabilizam em relação
a um programa nacional como o PNI, que, embora pensado em sua quase
totalidade de forma centralizada, tem sua concretização na porta de entrada do
Sistema, integrando o conjunto de ações da atenção primária em saúde.
            A vacinação, portanto, consta dos vários instrumentos de
planejamento, monitoramento e avaliação, na esfera federal, estadual e
municipal, e a definição das prioridades aí inscritas deve estar sustentada:
              na informação relativa à magnitude, transcendência            e
               vulnerabilidade das doenças preveníveis por vacinas;
              na disponibilidade do imunobiológico no mercado nacional ou
               internacional;
              na disponibilidade de insumos estratégicos, como seringas e
               agulhas;
              na disponibilidade   de    recursos   humanos,    materiais   e
               financeiros;
              na definição dos grupos suscetíveis, especialmente aqueles em
               que devem ser concentradas a vacinação por apresentar maior
               risco.
             A relevância da cobertura de vacinação como indicador de
desempenho do setor saúde pode ser representada pela sua inserção nos
diferentes instrumentos de gestão do SUS.
              No Plano Plurianual (PPA) a homogeneidade para a vacina
hepatite B é um dentre os diversos indicadores: ‘alcançar 95% de cobertura
vacinal em menores de um ano em, pelo menos, 70% dos municípios
brasileiros’.
            No Pacto pela Saúde, instituído pela Portaria nº. 325, de 21 de
fevereiro de 2008, firmado entre o Ministério da Saúde e as demais esferas, um
dos indicadores do Pacto de Gestão é a ‘cobertura vacinal por tetravalente em
menor de um ano’, cujo cálculo considera o número de terceiras doses
registradas dessa vacina (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis e
Haemophilus influenzae b (conjugada).
            Um aspecto a ser destacado com relação à escolha da tetravalente
como a vacina a ser acompanhada está relacionado à complexidade da sua
operacionalização: é uma vacina injetável (intramuscular) e o esquema
completo no primeiro ano de vida exige a administração de três doses. É,
portanto, uma ação que apresenta relativo grau de dificuldade, seja para o
serviço, a equipe de saúde, seja para a mãe ou responsável pela criança a ser


24
vacinada. Assim, um bom resultado com esta vacina pressupõe bons
resultados para as demais direcionadas a esse grupo de idade.
            Na Programação Anual de Vigilância em Saúde (PAVS), que
substituiu a Programação Pactuada e Integrada de Vigilância em Saúde (PPI-
VS) como instrumento de planejamento, está definido um elenco norteador das
ações de vigilância em saúde a serem operacionalizadas pelas três esferas de
gestão. A imunização é um dos 13 eixos da programação e, anualmente, são
definidos parâmetros de referência1.
             Nesta Parte I apresentam-se os principais aspectos relacionados
ao planejamento, monitoramento e avaliação naquilo que é específico da
atividade de vacinação, envolvendo a análise da situação, principais problemas
relativos a essa atividade, definição de objetivos, metas e ações em vacinação,
além dos pontos importantes que devem ser observados na definição da
população a vacinar e no estabelecimento das necessidades dos
imunobiológicos.
             Descreve, do mesmo modo, as estratégias adotadas, em geral,
para o alcance das populações alvo, enfocando ainda a supervisão, o
monitoramento e a avaliação, destacando-se os aspectos relacionados à
avaliação da cobertura de vacinação, à homogeneidade, taxa de abandono,
utilização das vacinas.




1
  Para 2008, por exemplo, foram estabelecidos os seguintes parâmetros: 95% de cobertura dos menores
de cinco anos com a poliomielite em cada etapa da campanha; 80% dos idosos vacinados com a vacina
influenza na campanha anual; 95% de cobertura das crianças com um ano com a tríplice viral; e 95% de
adolescentes e adultos jovens vacinados com a vacina rubéola.


                                                                                                  25
2. Planejamento da atividade de vacinação
             O planejamento contempla uma série de etapas ordenadas e
desenvolvidas mediante processos específicos com tempos e movimentos
diferentes, a saber:
                  o planejamento (propriamente dito);
                  a execução;
                  o acompanhamento ou monitoramento e a avaliação com
                   consequente replanejamento ou revisão de metas,
                   estratégias, atividades etc.
            A elaboração do plano ou da programação, que constitui um dentre
os vários produtos do planejamento, deve ocorrer dentro de um processo
dinâmico capaz de permitir revisões periódicas de objetivos, prioridades e
estratégias, seja em função dos avanços registrados, seja em decorrência dos
obstáculos que eventualmente vão sendo defrontados.
           Em vacinação a revisão de prioridades e estratégias é muito
frequente em função:
              do avanço científico e tecnológico;
              da própria     dinâmica    do   processo   saúde-doença     nas
               populações;
              da introdução de novas vacinas; e
              da expansão do Programa na última década, produzindo
               mudanças     significativas no âmbito das   doenças
               imunopreveníveis.
            A vacinação, como já referido, é uma ação incluída no conjunto da
atenção básica e deve ser planejada, executada, monitorada e avaliada de
forma articulada com as demais ações, sendo responsabilidade da equipe local
de saúde, objetivando atender de forma prioritária a população do território de
referência dessa equipe.
2.1. Análise da situação da vacinação, identificação e
priorização dos problemas
2.1.1. Análise da situação da vacinação
            A análise da situação de saúde consiste na identificação, descrição
e análise dos problemas de uma determinada realidade, mediante utilização de
informações demográficas, epidemiológicas e sociais. É a oportunidade para
medir, caracterizar, explicar e avaliar os problemas orientando a definição das
medidas a serem adotadas.
           Um problema pode ser representado por uma situação que se
afasta, negativamente, de um parâmetro ideal desejado, ou proposto. Por
exemplo: uma cobertura de vacinação abaixo do percentual preconizado é um
problema, considerando a disponibilidade de vacinas, insumos e pessoal
preparado.



26
Nos quadros I-1 até I-4, apresentados na seqüência, estão listadas
questões importantes na caracterização da situação necessária ao
planejamento da atividade de vacinação, organizadas segundo:
              o perfil epidemiológico das doenças imunopreveníveis; e
              os aspectos relacionados à gestão dessa atividade.
           O planejamento da atividade de vacinação pela equipe de saúde
deve considerar a análise das informações sobre o comportamento das
doenças imunopreveníveis no território, tendo em conta que a vacinação é a
ferramenta que contribui para o controle, erradicação ou eliminação dessas
doenças (Quadro I-1). Gráficos e tabelas devem ser elaborados para ilustrar a
análise realizada, incluindo a apresentação de séries históricas, além de situar
o território a ser trabalhado e fazendo comparações com situações
apresentadas no distrito, município, região, estado ou mesmo no país.
Quadro I-1: Análise da situação da vacinação: situação das doenças
imunopreveníveis


1) Ocorrência de casos e óbitos de doenças imunopreveníveis;          Qual a situação no
   taxas de morbidade e mortalidade, incidência e letalidade;         território abrangido
   ocorrência de surtos [capacidade de detecção e enfrentamento].     pela Unidade de
2) Mudanças no comportamento epidemiológico; fatores de risco         Saúde?
   existentes; vinculação com a situação epidemiológica na            E no distrito?
   microrregião, na região, no estado e no país.                      E no município?
3) Notificação de doenças imunopreveníveis; áreas do território       Quais os
   silenciosas; áreas com casos suspeitos e confirmados.              determinantes e
4) Situação dos indicadores de vigilância das doenças                 condicionantes dessas
   imunopreveníveis, especialmente os relacionados àquelas que se     ocorrências?
   encontram na condição de erradicação ou eliminação; série          Em que a vacinação
   histórica do alcance dos indicadores; acompanhamento realizado     influencia?
   pela equipe.
5) Coberturas de vacinação alcançadas no território de abrangência
   da Unidade de Saúde; série histórica das coberturas para todas
   as vacinas; homogeneidade das coberturas para todas as
   vacinas dentro do território (setores, bairros, ruas); áreas com
   bolsões de suscetíveis.
6) Ocorrência de eventos adversos pós-vacinação; capacidade de
   detecção, notificação e investigação; atendimento e
   acompanhamento dos casos.



           As características do território têm relação direta com o perfil de
saúde da população, além de influenciar no planejamento, na execução e no
resultado das atividades, dentre as quais está a vacinação (Quadro I-2). A
questão da informação também é ponto fundamental, devendo ser alvo da
análise, considerando a disponibilidade da informação de um modo mais
amplo, bem como daquela disponível na unidade de saúde, considerando a
qualidade do registro, o uso e a disseminação da informação (Quadro I-3).


                                                                                             27
Quadro I-2: Análise da situação de vacinação: perfil da população


1) Existência no território de região agrícola, com grandes            Qual a situação no
   propriedades, com uma população flutuante formada, muitas           território abrangido
   vezes, por famílias inteiras que trabalham no período da            pela Unidade de
   plantação ou da colheita.                                           Saúde?
2) Existência no território de área rural com população dispersa ou    Essas populações
   aglomerada em pequenos povoados, vilas, sítios e fazendas.          vêm sendo vacinadas?
3) Existência na área urbana de fluxo de pessoas de uma área ou        Há dificuldades de
   região para outra, com entradas e saídas temporárias ou com a       acesso da população
   imigração ou emigração.                                             à vacinação?
4) Existência de maternidade de referência fora do território com      As estratégias
   fluxo de população; situação da vacinação de recém-nascidos         adotadas vêm dando
   com a BCG e com a hepatite B.                                       os resultados
                                                                       esperados?
5) Existência de região industrial com população aglomerada em
   torno de fábricas.                                                  Quais os principais
                                                                       problemas e
6) O território se caracteriza como cidade-dormitório.                 dificuldades?
7) Existência de barreiras físicas naturais [rio, morro etc.] ou
   artificiais [açudes, barragens, viadutos, vias expressas etc.]
8) Existência de zonas conflagradas pelo tráfico e pela violência
9) Existência de contingente de população em situação de
   exclusão e vulnerabilidade [analfabetismo, desemprego e sub-
   emprego, prostituição, droga etc.], para a qual, muitas vezes, a
   vacinação não é prioritária, em função, por exemplo, do custo do
   transporte até à unidade, da desinformação, do desinteresse ou
   desvalorização da promoção da saúde, dentre outros fatores
10) Existência de grupos populacionais específicos [população
    indígena, quilombolas, assentados, população de rua] e
    situações especiais como área de fronteira, fluxo de viajantes
    [porto, aeroporto de relevância]


Quadro I-3: Análise da situação de vacinação; disponibilidade e uso de
informações
1) Disponibilidade e uso da informação pela equipe da Unidade de       Qual a situação na
   Saúde [sobre o território, sobre a população, sobre a situação de   Unidade de Saúde?
   saúde e sobre a vacinação]; uso da informação colhida junto à       Como essas questões
   população pelos Agentes Comunitários de Saúde [ACS] e pelos         têm interferido na
   Agentes de Endemias ou de vigilância; coleta de informação          realização e nos
   junto à própria população do território (censo, estudo,             resultados do trabalho
   entrevistas etc.); visitas in loco para reconhecimento do           de vacinação?
   território; uso de técnicas de reconhecimento geográfico e de       Como essas questões
   geoprocessamento; construção de mapas com visualização              têm interferido na
   sócio-ambiental.                                                    avaliação da
2) Disponibilidade, acesso e uso dos sistemas nacionais (Sistema       vacinação?
   de Informação sobre Mortalidade [SIM], Sistema de Informação        Quais os principais
   de Nascidos Vivos [SINASC], do Sistema Nacional sobre               problemas e
   Agravos de Notificação [SINAN], do Sistema de Informação da         dificuldades?
   Atenção Básica [SIAB]); alimentação desses sistemas;
   cumprimento dos prazos para envio dos dados; preparo da
   equipe; qualidade do registro, crítica do dado; retroalimentação
   dentro da própria equipe; realização de análises dos dados.
3) Disponibilidade dos sistemas de informação do PNI (SI-PNI,
   principalmente o SI-API) na Unidade de Saúde; alimentação


28
desses sistemas; cumprimento dos prazos para envio dos
   dados; preparo da equipe; qualidade do registro, crítica do dado;
   retroalimentação dentro da própria equipe; realização de
   análises dos dados.
4) Qualidade da informação disponível; disponibilização de
   informações por faixa de idade segundo cada grupo alvo que
   integra os calendários oficiais de vacinação e grupos
   populacionais específicos existentes no território de abrangência
   da Unidade de Saúde (indígenas, quilombolas, assentados etc.);
   aproximação das estimativas populacionais território; confronto
   com dados mais reais do SIAB ou de censos locais; dificuldade
   em caracterizar a situação do território pela não disponibilização
   de dados mais localizados; dificuldade de análises
   epidemiológicas mais próximas da realidade.
            Os aspectos relacionados ao modelo de atenção à saúde onde se
insere a Unidade de Saúde e, por conseqüência, a atividade de vacinação
objeto do planejamento, devem, do mesmo modo, compor a análise da
situação, envolvendo especialmente a organização da atividade de vacinação,
a disponibilidade de insumos, a articulação com a comunidade, os resultados
alcançados, as estratégias adotadas, dentre outros (Quadro I-4).

Quadro I-4: Análise da situação de vacinação: modelo de atenção e de
organização de serviços no território


1) Organização da atenção primária; adoção da estratégia saúde           Como essas questões
   da família (ESF) e/ou modelo tradicional; hierarquização dos          influenciam no
   serviços; níveis de complexidade; sistema de referência e             desenvolvimento do
   contra-referência; no caso da ESF verificar cobertura das             trabalho de vacinação?
   equipes e formas de atendimento das áreas não cobertas.               Como têm interferido
2) Tipos de vacinas ofertadas pela Unidade de Saúde; quantitativo        na proteção da
   solicitado x quantitativo recebido; falta de vacinas; perdas          população?
   técnicas e administrativas; controle de estoques.                     Como têm interferido
3) Estratégias utilizadas para vacinar os grupos-alvo do território de   para o alcance dos
   abrangência da Unidade de Saúde; uso exclusivo da vacinação           objetivos de controle,
   de rotina; realização de intensificações, busca de não                eliminação ou
   vacinados, vacinação em escolas e outras instituição,                 erradicação de
   mobilização da comunidade, divulgação de informações, uso de          doenças
   mídias locais etc.                                                    imunopreveníveis?
4) Realização do tratamento antirrábico e administração dos soros        Como têm interferido
   antirrábico, anti-tetânico e contra acidentes por animais             para o alcance dos
   peçonhentos; no caso de demandar a unidade de referência,             indicadores e metas?
   considerar a garantia do encaminhamento quando há dificuldade         Quais os principais
   de acesso; capacidade e qualidade do atendimento na                   problemas
   referência; garantia da continuidade dos esquemas, quando for         identificados?
   o caso; contrarreferência e acompanhamento por parte da
   equipe de vacinação.                                                  Quais as principais
                                                                         dificuldades?
5) Vacinação de recém-nascidos do território de abrangência da
   Unidade de Saúde, com a vacina BCG e a hepatite B, em
   maternidades do próprio município e de municípios vizinhos ou
   de referência; acompanhamento dessas situações; resgate dos
   dados de vacinação e análise das coberturas; acompanhamento
   dessas crianças; garantia da complementação do esquema com
   a hepatite B.


                                                                                                  29
6) Articulação da Unidade de Saúde com o Centro de Referência
   para Imunobiológicos Especiais (CRIE); garantia do
   encaminhamento quando há dificuldade de acesso; capacidade
   de atendimento dos encaminhamentos feitos pela Unidade de
   Saúde; garantia da continuidade dos esquemas, quando for o
   caso; contrarreferência do CRIE e acompanhamento por parte
   da equipe de vacinação.
7) Estrutura e funcionamento da Unidade de Saúde; estrutura e
   funcionamento da sala de vacinação; horários de atendimento;
   disponibilidade, condições de uso e suporte de manutenção dos
   equipamentos (refrigeradores, caixas térmicas, termômetros e
   equipamentos de informática etc.); informatização; condições de
   estocagem e destino do lixo da sala de vacinação etc.
8) Disponibilidade dos imunobiológicos e dos insumos
   preconizados [seringas e agulhas, caixas térmicas, bobinas de
   gelo, recipiente para descarte de material perfuro cortante,
   formulários para registro, Cartão da Criança, Cartão do Adulto,
   Cartão da Gestante, Cartão de Controle etc.]; armazenamento;
   controle de estoques e perdas; serviços de manutenção
   [refrigerador, equipamento de informática e de refrigeração]
9) Situação da força de trabalho; conformação da equipe de
   vacinação na unidade; vínculos; necessidade de profissionais
   [desfalques na equipe]; capacitação e preparo da equipe
   [treinamento de sala de vacinação e outros]
10) Acompanhamento ou monitoramento e supervisão do trabalho
    realizado na sala de vacinação e por ocasião de atividades
    extramuros; avaliação dos resultados; das estratégias adotadas;
    da atuação da equipe; da adesão da população à vacinação;
    grau de satisfação da comunidade e credibilidade usufruída pela
    Unidade de Saúde e pela atividade de vacinação.
11) Participação da equipe da Unidade de Saúde, inclusive dos
    profissionais da sala de vacinação na formulação do Plano de
    Saúde do município, na Programação Anual e na elaboração do
    Relatório de Gestão; disponibilidade desses documentos na
    Unidade de Saúde e uso como fonte de consulta; programação
    anual da Unidade de Saúde e relatório de atividades, com
    inserção do componente vacinação.
12) Atuação junto ao Conselho de Saúde; fornecimento de
    informações sobre vacinação e cobertura; busca de apoio para
    melhorar os resultados do trabalho.
13) Articulação e apoio recebido da área de vigilância em saúde da
    Secretaria Municipal; suporte na investigação de eventos
    adversos associados à vacinação.
14) Apoio logístico ao desenvolvimento de atividades extramuros;
    disponibilidade de veículo, motorista, combustível; ajuda
    alimentação e pousada quando necessário; outras formas de
    locomoção da equipe (coletivos e veículos de outras instituições
    ou organizações da comunidade) etc.
15) Recursos financeiros para a vacinação; conhecimento da equipe
    sobre a disponibilidade de recursos para a atenção básica e
    para a vacinação no município, oriundos do tesouro municipal
    do Fundo Nacional de Saúde (FNS), incluindo os recursos do
    Teto Financeiro da Vigilância em Saúde [TFVS]
16) Fatores condicionantes da existência de baixas coberturas
    relacionadas à organização (i) da sala de vacina, (ii) da Unidade
    de Saúde, (iii) do sistema de saúde municipal e ao modelo de
    atenção adotado.


30
2.1.2. Identificação e priorização dos problemas relativos à
vacinação
             Feita a análise de todas as informações coletadas e sistematizadas
conforme tenham relação com a saúde ou com o sistema de saúde, e mais
especificamente com a atividade de vacinação, procura-se formular os
problemas de modo preciso e completo. Esta etapa é muito importante, pois
facilita a posterior elaboração dos objetivos e das ações necessárias para o
enfrentamento ou superação.

             É importante que o problema formulado especifique:

                a magnitude, ou seja, a grandeza ou intensidade em relação
                 àquilo que é objetivo da ação a ser desenvolvida;

                a população ou o grupo atingido pela situação problema;

                onde ele se localiza (o território); e

                o tempo a que ele se refere.

             São    exemplos     de   problemas     relacionados   à   atividade   de
vacinação:

                Baixa cobertura de vacinação, com as vacinas do 1º ano de
                 vida, nos menores de um ano, na Unidade de Saúde no ano de
                 2009;

                Três casos de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) em
                 adolescentes vacinados na Unidade de Saúde, no primeiro
                 semestre de 2009;

                Perda de 500 doses de várias vacinas, armazenadas na
                 geladeira da Unidade de Saúde, no mês de setembro de 2009;

                Dificuldade para vacinar os alunos do ensino fundamental da
                 Escola São José, com a vacina hepatite B, cuja cobertura nos
                 adolescentes é baixa em 2009.

             Após listar os problemas passa-se, então, a fazer uma análise dos
mesmos, buscando uma explicação para a sua existência ou ocorrência
(Quadro I-5). Na explicação dos problemas devem ser identificados os
determinantes e os condicionantes da situação, ou seja, aqueles aspectos que

                                                                                   31
fazem com que o problema exista ou se mantenha Esse exercício facilita o
passo seguinte que é a definição de objetivos, metas, estratégias e atividades.

Quadro I-5: Exemplo de explicação de problemas
          Problema                                       Explicação
1) Baixa cobertura de            Não há controle de faltosos e nem foi feita busca ativa.
   vacinação, com as vacinas     Não houve intensificação da vacinação nem oferta de
   do 1º ano de vida, nos        outras vacinas no dia de vacinação com a vacina
   menores de um ano, na         poliomielite.
   Unidade de Saúde no ano
   de 2009.                      Pais e responsáveis não foram orientados
                                 convenientemente.
                                 A ocorrência de EAPV contribuiu para o não retorno.
                                 Parte importante dos residentes tem dificuldade de acesso
                                 à unidade.
                                 Grande parte dos pais trabalha fora.
                                 Quantitativo de menores de um ano a vacinar (estimativa)
                                 não coincide com a realidade.
2) Três casos de EAPV em         Casos foram investigados confirmando a associação.
   adolescentes vacinados na     A principal causa tem relação com a técnica de aplicação.
   Unidade de Saúde, no
   primeiro semestre de 2009.    O vacinador apresentou problemas de cansaço e stress.
                                 Não foi possível agregar outro vacinador à equipe.
                                 No último ano não houve treinamento para atualização e
                                 aperfeiçoamento.
                                 Ausência de supervisão interna à sala de vacinação
3) Perda de 500 doses de         Geladeira da unidade antiga e sem manutenção.
   várias vacinas, armazenadas   Constantes faltas de energia elétrica.
   na geladeira da Unidade de
   Saúde, no mês de setembro     Falhas no registro do controle diário de temperatura.
   de 2009.                      Ausência de supervisão interna à sala de vacinação.
4) Dificuldade para vacinar os   Articulação com a escola descontinuada.
   alunos do ensino              Falta de apoio da direção e dos professores.
   fundamental da Escola São
   José com a vacina hepatite    Alunos resistentes à vacinação.
   B, cuja cobertura nos         Etapa de preparação e mobilização antes da vacinação
   adolescentes é baixa em       pouco aproveitada.
   2009.                         Falta de mobilização e orientação às famílias.
                                 Quantitativo de adolescentes a vacinar (estimativa) não
                                 coincide com a realidade

2.2. Definição de objetivos, metas e ações
2.2.1. Definição de objetivos
             Após a explicação dos problemas passa-se à definição dos
objetivos. Objetivo é ‘o que fazer’, ou seja, é uma maneira de explicitar o
resultado que eu quero alcançar, é uma maneira de dizer o que deve ser feito
para solucionar aquele determinado problema.




32
O objetivo responde à pergunta ‘o que’ e sua formulação deve ser
feita com verbos no infinitivo, além disso:

                O objetivo deve ser claro, ou seja, deve expressar com precisão
                 o que se deseja alcançar, de modo a possibilitar a sua
                 execução, monitoramento e avaliação;

                O objetivo deve ser simples e direto de modo a facilitar a sua
                 tradução em ações concretas;

                   O objetivo deve ser operacionalizável, ou seja, deve ser
                 possível de ser alcançado por meio de ações viáveis.

             No Quadro I-6 tem-se exemplos de objetivos relacionados às
explicações dos problemas identificados anteriormente.

Quadro I-6: Exemplo de objetivos
     Problema                         Explicação                          Objetivos
 1) Baixa cobertura    Não há controle de faltosos e nem foi       Alcançar 95% ou mais
    de vacinação,      feita busca ativa.                           de cobertura para cada
    com as vacinas     Não houve intensificação da vacinação        vacina do primeiro ano
    do 1º ano de       nem oferta de outras vacinas no dia de       de vida.
    vida, nos          vacinação com a vacina poliomielite1, 2,    Vacinar os não
    menores de um      3 (atenuada).                                vacinados ou
    ano, na
                       Pais e responsáveis não foram orientados     incompletamente
    Unidade de
                       convenientemente.                            vacinados.
    Saúde no ano
    de 2009.           A ocorrência de EAPV contribuiu para o      Realizar ações de
                       não retorno.                                 divulgação e mobilização
                                                                    da população para a
                       Parte importante dos residentes tem
                                                                    vacinação.
                       dificuldade de acesso à unidade.
                       Grande parte dos pais trabalha fora.
                       Quantitativo de menores de um ano a
                       vacinar (estimativa) não coincide com a
                       realidade.
 2) Três casos de      Casos foram investigados confirmando a      Capacitar pessoal da
    EAPV em            associação.                                  sala de vacinação.
    adolescentes       A principal causa tem relação com a         Recompor a equipe da
    vacinados na       técnica de aplicação.                        sala de vacinação.
    Unidade de
    Saúde, no          O vacinador apresentou problemas de         Supervisionar o trabalho
    primeiro           cansaço e stress.                            da sala de vacinação.
    semestre de        Não foi possível agregar outro vacinador    Capacitar em EAPV.
    2009.              à equipe.
                       No último ano não houve treinamento
                       para atualização e aperfeiçoamento.
 3) Perda de 500       Geladeira da unidade antiga e sem           Capacitar pessoal da
    doses de várias    manutenção.                                  sala de vacinação.
    vacinas,           Constantes faltas de energia elétrica.      Recompor o
    armazenadas
                       Falhas no registro do controle diário de     equipamento da sala de


                                                                                           33
na geladeira da   temperatura.                                 vacinação.
     Unidade de        Ausência de supervisão interna à sala de    Supervisionar o trabalho
     Saúde, no mês     vacinação.                                   da sala de vacinação.
     de setembro de
     2009.
4) Dificuldade para    Articulação com a escola descontinuada.     Articular com escola.
   vacinar os          Falta de apoio da direção e dos             Capacitar professores.
   alunos do           professores.
   ensino                                                          Realizar ações de
   fundamental da      Alunos resistentes à vacinação.              divulgação e mobilização
   Escola São          Etapa de preparação e mobilização antes      da população para a
   José com a          da vacinação pouco aproveitada.              vacinação
   vacina hepatite
   B, cuja
   cobertura nos
   adolescentes é
   baixa em 2009.

2.2.2. Definição de metas

                A meta é a quantificação do objetivo. Uma meta precisamente
definida concretiza as intenções de quem planeja e facilita o processo de
acompanhamento e avaliação.

                No trabalho de vacinação as principais metas são definidas em
termos de percentuais de cobertura. A definição desses percentuais toma como
base o grau de eficácia da vacina e às características epidemiológicas de cada
doença. São índices que precisam ser alcançados e mantidos de forma
homogênea dentro de cada território: os bairros dentro do município, os
municípios dentro do estado e os estados dentro do país.

                No Quadro I-7 estão detalhadas as metas para as principais
vacinas do PNI. Para outras vacinas e para os soros não há como definir metas
populacionais, vez que são produtos voltados ao atendimento de uma
demanda espontânea, a exemplo dos produtos listados a seguir:

                Vacina febre amarela para viajantes;

                Vacina adsorvida difteria e tétano adulto para adolescentes e
                 adultos;

                Vacina raiva (inativada), para as situações de agressão por
                 animais;

                Imunobiológicos especiais disponibilizados nos CRIE;




34
    Soros antitetânico, antidiftérico e anti-rábico administrados nas
                situações indicadas; e

               Soros específicos para tratamento dos acidentes provocados por
                animais peçonhentos.

               Para estes e outros produtos a meta pode ser calculada
considerando a demanda atendida em períodos anteriores a partir do que são
estabelecidas estimativas de população a ser atendida. A meta, portanto, é
atender 100% da população que busca cada um desses produtos.

               Quando a Unidade de Saúde não dispõe dos soros ou no caso dos
imunobiológicos especiais a meta deve ser encaminhar e garantir o
atendimento nas unidades de referência de 100% da demanda. No
planejamento, inclusive, devem ser analisadas as dificuldades para o
atendimento em unidades de referência, como o CRIE, considerando
problemas de acesso, disponibilidade dos produtos, horário do atendimento,
sendo necessário fazer uma articulação e planejar alternativas para garantir o
acesso do usuário da Unidade de Saúde.

Quadro I-7: Metas do PNI

       Vacinas                    Metas                       Observações
Vacina BCG               Vacinação de 90% dos     Administrar essas vacinas nas
                         menores de um ano de     crianças com menos de cinco anos de
                         idade.                   idade, que não foram vacinadas ou
Vacina hepatite B        Vacinação de 95% dos     que não completaram o esquema
(recombinante)           menores de um ano de     básico no primeiro ano de vida.
                         idade.
Vacina adsorvida         Vacinação de 95% dos
difteria, tétano,        menores de um ano de
pertussis e              idade.
Haemophilus
influenzae b
(conjugada)
Vacina poliomielite 1,   Vacinação de 95% dos
2, 3 (atenuada)          menores de um ano de
                         idade.
                         Vacinação de 95% dos     Vacinar a partir do nascimento.
                         menores de cinco anos    Vacinar independente da situação
                         de idade nos dois dias   vacinal da criança.
                         nacionais
Vacina sarampo,          Vacinação de 95% das     Vacinar as crianças até 11 anos de
caxumba, rubéola         crianças com um ano de   idade, não vacinadas anteriormente.
                         idade.                   Vacinar mulheres de 12 a 49 anos e
                                                  homens até 39 anos de idade sem
                                                  comprovante de vacinação.


                                                                                        35
Vacina adsorvida           Vacinação de 100% das       Objetivando o controle do tétano
 difteria e tétano adulto   mulheres em idade fértil    neonatal
                                                        Vacinar mulheres grávidas,
                                                        principalmente aquelas que residem
                                                        nos municípios considerados de risco
                                                        e alto risco para o tétano neonatal.
 Vacina influenza           Vacinação de 80% da         Objetivando especialmente prevenir as
 (fragmentada)              população com 60 anos e     complicações das doenças,
                            mais                        principalmente as pneumonias
                                                        bacterianas secundárias.
 Vacina febre amarela       Vacinação de 100% dos       Em áreas aonde há indicação.
 (atenuada)                 menores de um ano
                            Vacinação de 100% dos       Para pessoas que se dirigem a áreas
                            suscetíveis                 consideradas de risco.



                No Quadro I-8 têm-se exemplos de metas relacionadas a objetivos
e problemas apontados anteriormente. Importante destacar que a meta básica
é vacinar 100% das crianças que nascem o mais precocemente possível, ou
seja o compromisso da Unidade de Saúde é a proteção universal. O percentual
de cobertura entre 90% e 95% é o mínimo que vai permitir o controle, a
erradicação ou a eliminação da doença imunoprevenível, constituindo-se,
assim, como indicador e não como meta.

                Outro ponto importante diz respeito ao não alcance das coberturas
nos grupos alvo, provocando uma acumulação de não vacinados (suscetíveis)
para os quais a Unidade de Saúde deverá buscar estratégias para vaciná-los o
mais rápido possível.

                Na dependência da realidade da população e do território do
entorno da Unidade de Saúde, caracterizada na análise da situação pode ser
necessário       estabelecer     metas     relacionadas       à    vacinação     de   públicos
específicos como populações indígenas, quilombolas, assentados, população
de rua, abrigados, asilados, população privada de liberdade, ou mesmo a
vacinação de população de outros países, quando a unidade for situada em
região de fronteiras.

                Outras metas, relacionadas ao trabalho específico da unidade,
podem ser estabelecidas, como por exemplo:

                Capacitar     100%      da    equipe    da       Unidade   de   Saúde    em
                 imunizações;



,36
   Reduzir em 100% a ocorrência de EAPV;

              Desenvolver trabalho conjunto com 100% dos meios de
               comunicação acessíveis à população da Unidade de Saúde.



Quadro I-8: Exemplo de metas relacionadas a objetivos e
problemas

   Explicação do problema                Objetivos                    Metas
Não há controle de faltosos e     Alcançar 95% ou mais      Vacinar 100% das
nem foi feita busca ativa.         de cobertura para cada     crianças que nascem.
Não houve intensificação da        vacina do primeiro ano    Vacinar 100% dos
vacinação nem oferta de            de vida.                   menores de cinco anos
outras vacinas no dia de          Vacinar os não             que não completaram
vacinação com a vacina             vacinados ou               esquemas no 1º ano de
poliomielite.                      incompletamente            vida.
Pais e responsáveis não foram      vacinados.                Envolver 100% dos meios
orientados convenientemente.      Realizar ações de          de comunicação
A ocorrência de EAPV               divulgação e               acessíveis à população da
contribuiu para o não retorno.     mobilização da             Unidade de Saúde.
                                   população para a          Capacitar 100% da equipe
                                   vacinação.                 em vacinação.
                                                             Realizar palestras em
                                                              100% das salas de aula.

2.2.3. Definição de ações

       As ações representam o que é necessário fazer para cumprir os
objetivos específicos. No quadro I-9 tem-se exemplos de ações relacionadas
aos problemas, objetivos e metas apontados nos tópicos anteriores.

       Para cada ação deve estar identificado o responsável dentro da equipe
de saúde. Isto não significa que esta pessoa vá desenvolver aquela atividade
de forma isolada, significa que ela responderá pela execução, informando
sobre o seu andamento e resultado.

       Deve ser definido, também, um período para a realização de cada
atividade, para que ela seja concluída e apresente o resultado pretendido,
contribuindo para o alcance do objetivo pretendido e, em consequência, para a
solução do problema.




                                                                                        37
Quadro I-9: Exemplo de ações considerando os diversos problemas,
objetivos e metas apontados


                                Ações                                  Responsável    Período
Organizar o atendimento na Unidade de Saúde (US) de modo a             Chefia da US
oferecer a vacinação em horários alternativos, a exemplo do horário
do almoço e após as 18 horas em dois dias na semana.
Solicitar da coordenação municipal mais um profissional para           Chefia da US
trabalhar na sala de vacinação
Solicitar da coordenação municipal troca do refrigerador.              Chefia da US
Realizar monitoramento rápido de cobertura vacinal.                    Enfermeiro
Implantar a vigilância das coberturas de vacinação.                    Enfermeiro
Avaliar com os ACS, se for o caso, o uso do cartão espelho.            Enfermeiro
Implantar o cartão controle na sala de vacinação.                      Enfermeiro
Realizar busca ativa de faltosos.                                      ACS
Convocar os faltosos.                                                  Enfermeiro
Fazer levantamento das instituições, organizações, veículos de         Chefia da US
comunicação com potencial para apoiar o trabalho da equipe de
saúde.
Reunir instituições e organizações da comunidade, inclusive os         Enfermeiro
meios de comunicação, para informar sobre o trabalho da US,
vacinação, coberturas e busca de faltosos..
Visitar os responsáveis por meios de comunicação disponíveis na        Chefia da US
comunidade.
Realizar ‘feira de saúde’ com o objetivo de sensibilizar, envolver e   Chefia da US
mobilizar a comunidade, articulando com a escola e outras
instituições.
Preparar uma cartilha para divulgação de informações sobre vacinas     Enfermeiro
e vacinação.
Preparar correspondência com informe sobre as atividades               Chefia da US
desenvolvidas pela US e resultados alcançados.
Realizar um dia de vacinação por mês na escola do bairro.              Enfermeiro
Treinar a equipe da sala de vacinação (ou encaminhar para              Enfermeiro
treinamento no município).
Fazer supervisão diária ao trabalho na sala de vacinação,              Enfermeiro
identificando problemas e dificuldades enfrentados pela equipe de
vacinação.
Acompanhar a orientação dada aos pais, responsáveis ou pessoas         Enfermeiro
vacinadas.
Realizar oficina interna para análise da atividade de vacinação no     Chefia da US
contexto da Unidade de Saúde.
Solicitar cooperação técnica à coordenação municipal no tocante à      Chefia da US
supervisão, monitoramento e avaliação de atividades da Unidade de
Saúde.




38
No Quadro I-10 tem-se um consolidado dos exemplos apresentados até
aqui, dando uma visão sequencial do processo. A construção de uma planilha
contendo, no mínimo, os itens a seguir, pode ajudar o processo de
planejamento desenvolvido pela equipe da Unidade de Saúde: (i) ‘problema’;
(ii) ‘explicação’; (iii) ‘objetivos’; (iv) ‘metas’; (v) ‘ações’; (vi) ‘responsável’; e (vii)
‘período de realização’.




                                                                                          39
40
     Quadro I-10: Consolidado dos exemplos apresentados anteriormente relativo ao processo de
     planejamento da atividade de vacinação em função da análise da situação
          Problema                       Explicação                              Objetivos                  Metas                         Ações                     Responsável
     a) Baixa cobertura        Não há controle de faltosos e nem foi     Alcançar 95% ou mais de      1. Vacinar      Organizar o atendimento n vacinação no
                                                                                                                                                                    Chefia da US
        de vacinação,           feita busca ativa.                         cobertura para cada             100% das     horário do almoço e após as 18 horas em
        com as vacinas         Não      houve     intensificação   da     vacina do primeiro ano de       crianças     dois dias na semana.
        do 1º ano de            vacinação nem oferta de outras             vida.                           que
        vida, nos               vacinas no dia de vacinação com a         Vacinar os não vacinados        nascem.                                                  Chefia da US
                                                                                                                        Solicitar da coordenação municipal mais
        menores de um           vacina poliomielite.                       ou incompletamente                           um profissional para trabalhar na sala de
        ano, na Unidade                                                    vacinados.                   2. Vacinar
                               Pais e responsáveis não foram                                                           vacinação.
        de Saúde no ano
                                orientados convenientemente.              Realizar ações de               100% dos
        de 2009.                                                                                           menores
                               A ocorrência de EAPV contribuiu para       divulgação e mobilização                     Solicitar da coordenação municipal troca
                                                                           da população para a             de cinco                                                 Chefia da US
                                o não retorno.                                                                          do refrigerador.
                                                                           vacinação.                      anos que
                               Parte importante dos residentes tem                                        não
                                dificuldade de acesso à unidade.                                           completar    Realizar monitoramento rápido de            Enfermeiro
                               Grande parte dos pais trabalha fora.                                       am           cobertura vacinal.
                               Quantitativo de menores de um ano a                                        esquemas
                                vacinar (estimativa) não coincide com                                      no 1º ano    Implantar a vigilância das coberturas de    Enfermeiro
                                a realidade.                                                               de vida.     vacinação.
     b)   Três casos de        Casos        foram       investigados     Capacitar pessoal da sala
          eventos               confirmando a associação.                  de vacinação.                3. Envolver     Avaliar com os ACS, se for o caso, o uso    Enfermeiro
          adversos pós-                                                                                    100% dos     do cartão espelho.
                               A principal causa tem relação com a       Recompor a equipe da
          vacinação                                                                                        meios de
                                técnica de aplicação.                      sala de vacinação.
          (EAPV) em                                                                                        comunicaç
          adolescentes         O vacinador apresentou problemas          Supervisionar o trabalho        ão           Implantar o cartão controle na sala de      Enfermeiro
          vacinados na          de cansaço e stress.                       da sala de vacinação.           acessíveis   vacinação.
          Unidade de           Não foi possível agregar um outro         Capacitar em EAPV.              à
          Saúde, no             vacinador à equipe.                                                        população    Realizar busca ativa de faltosos.           ACS
          primeiro             No último ano não houve treinamento                                        da
          semestre de           para atualização e aperfeiçoamento.                                        Unidade                                                  Enfermeiro
                                                                                                           de Saúde.    Convocar os faltosos.
          2009.
     c)   Perda de 500         Geladeira da unidade antiga e sem           Capacitar pessoal da
          doses de várias       manutenção.                                  sala de vacinação.         4. Capacitar    Fazer levantamento das instituições,        Chefia da US
          vacinas,                                                                                         100% da      organizações e veículos de comunicação
                               Constantes faltas de energia elétrica.      Recompor o                                 com potencial para apoiar o trabalho da
          armazenadas                                                        equipamento da sala de        equipe em
          na geladeira da      Falhas no registro do controle diário                                                   equipe da US.
                                                                             vacinação.                    vacinação.
          Unidade de            de temperatura.
          Saúde, no mês        Ausência de supervisão interna à            Supervisionar o trabalho                                                               Enfermeiro
                                                                                                        5. Realizar     Reunir instituições e organizações da
          de setembro de        sala de vacinação.                           da sala de vacinação.
                                                                                                           palestras    comunidade, inclusive os meios de
          2009.
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  • 1. Governo do Estado da Bahia Secretaria da Saúde Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Coordenação do Programa Estadual de Imunizações Manual de Procedimentos para Vacinação Bahia, 2011
  • 2. © 2011. Secretaria da Saúde do Estado da Bahia. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial A responsabilidade pelos direitos autorais dos textos e imagens desta obra é da área técnica. O Manual de Procedimentos para Vacinação pode ser acessado na íntegra no site da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia: www.saude.ba.gov.br ou www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br Série A. Normas e Manuais Técnicos Tiragem: 4ª edição – 2011 – 5.000 exemplares Elaboração, distribuição e informações Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Coordenação do Programa Estadual de Imunizações Produção editorial Capa: Pamdesign Comunicação Ltda Projeto Gráfico: Pamdesign Comunicação Ltda Diagramação: Pamdesign Comunicação Ltda Impressão e Editoração: Qualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda Revisão: Marlene Tavares Barros de Carvalho e Cristina Maria Vieira da Rocha Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha catalográfica elaborada: Eliana Carvalho/ CRB-5 1100 B151 Bahia. Secretaria da Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Coordenação do Programa Estadual de Imunizações. Manual de procedimento para vacinação ./ Diretoria de Vigilância Epidemiológica. .- Salvador: DIVEP, 2011. 573p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 1. Vacinação (Saúde Pública) 2. Imunização. 3. Vacinas. 4. Prevenção Primária 5. Educação em Saúde .6. Serviços de Saúde. 6. Promoção da Saúde . I. Autor. II. Título. CDU 614.47 Catalogação na fonte – Biblioteca Cesat 1 A Secretaria de Estado da Saúde da Bahia publica este Manual de Procedimentos reiterando créditos ao PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES – PNI, vez que o trabalho de revisão, atualização e ampliação do conteúdo foi desenvolvido com a anuência da Coordenação Geral do PNI, do Departamento de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNI/DEVEP/SVS). Os originais foram encaminhados ao nível nacional pela equipe de elaboração em março de 2010.
  • 3. Governador do Estado da Bahia Jacques Wagner Secretário da Saúde Jorge José Santos Pereira Solla Superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde Alcina Marta de Souza Andrade Diretora de Vigilância Epidemiológica Maria Aparecida Araújo Figueiredo Coordenadora da Coordenação do Programa Estadual de Imunizações Maria de Fátima Sá Guirra Coordenadora da Assessoria Técnica da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde Marlene Tavares Barros de Carvalho
  • 4.
  • 5. Créditos desta edição Equipe responsável pela revisão, atualização e ampliação desta edição: Marlene Tavares Barros de Carvalho Enfermeira / Epidemiologista / Mestre em Saúde Coletiva Cristina Maria Vieira da Rocha Pedagoga / Especialista em Educação em Saúde Pública Márcia Cristina Rangel Danieluk Enfermeira / Especialista em Saúde Pública Doiane Lemos Enfermeira / Especialista em Saúde Pública Tânia Maria Leão Enfermeira / Especialista em Saúde Pública Colaboradores: Ana Rosa dos Santos Médica / Sanitarista – CGPNI/DEVEP/SVS/MS Catarina Shubert Enfermeira Sanitarista – CGPNI/DEVEP/SVS/MS Cristiane Pereira de Barros Enfermeira – CGPNI/DEVEP/SVS/MS Sirlene Pereira Enfermeira – CGPNI/DEVEP/SVS/MS Adriana S. de Almeida – SMS/SALVADO R/PMS Enfermeira / Especialista em Saúde Pública Maria de Fátima Sá Guirra – DIVEP/SESAB Enfermeira / Mestre em Saúde Coletiva NOTA DA EQUIPE DE REVISÃO Quando este Manual de Procedimentos de Vacinação chegar às suas mãos é possível que no seu conteúdo sejam encontrados alguns referenciais que tenham sido substituídos ou não estejam mais em vigência (a exemplo de portarias, indicações e procedimentos). Esta é uma situação muito provável em razão da dinâmica dos processos no campo da gestão e da rapidez dos avanços no campo da ciência e da tecnologia. Assim, é recomendável estar atento a possíveis atualizações e mudanças, buscando informações no site do Ministério da Saúde www.saude.gov.br e/ou www.vigilanciaemsaude.ba.gov.br e junto a coordenação do Programa de Imunizações (PNI) na sua área de trabalho.
  • 6.
  • 7. Sumário Geral Apresentação ...............................................................................................................1 Prefácio....................................................................................................................... 2 Notas sobre o PNI, o planejamento e as responsabilidades das esferas de gestão ................................................................................................ 5 Parte I – Planejamento, monitoramento e avaliação da atividade de vacinação ............................................................................................. 17 Parte II – Aspectos técnicos e administrativos da atividade de vacinação ................................................................................................................. 89 Parte III – Procedimentos para administração de vacinas ................................... 209 Parte IV – Procedimentos para administração de soros e imunoglobulinas...........4 01 Parte V – Síntese sobre as doenças imunopreveníveis e acidentes causados por animais peçonhentos ....................................................... 4 8 1 Parte VI – Glossário ................................................................................................ 54 1
  • 8.
  • 9. Apresentação Sinto-me honrado e privilegiado, como gestor da saúde de um estado como a Bahia, em colocar à disposição da rede de serviços do Sistema Único de Saúde – SUS, uma nova edição do Manual de Procedimentos de Vacinação, resultado de longo e cuidadoso processo de revisão, com conseqüente atualização e ampliação do seu conteúdo. Importante resgatar que este Manual, cuja primeira edição foi de 1986, há 25 anos vem servindo de referencial para o trabalho de vacinação, sendo instrumento indispensável para os profissionais que, diariamente, enfrentam e vencem os desafios de fazer chegar os imunobiológicos à nossa população, especialmente, nas salas de vacinação dos serviços de saúde. Ao tomar a decisão de publicar o Manual de Procedimentos de Vacinação, a Secretaria de Saúde da Bahia entende a necessidade premente dessas orientações e normativas para o Programa Estadual de Imunizações, nos 417 municípios baianos. Informações devidamente atualizadas e em conformidade com o preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações – PNI, e que vêm contribuir para a unidade, a qualidade e a segurança da atuação dos profissionais nas mais de 3.000 salas de vacina existentes no território baiano. Com essa contribuição, o Governo da Bahia, a Secretaria Estadual de Saúde, o Programa Estadual de Imunizações, conscientes do papel e da responsabilidade das diferentes esferas de gestão na construção do SUS e na promoção da saúde da população baiana e brasileira, coloca-se como partícipe efetivo do PNI, ao disponibilizar informação atualizada para profissionais, pesquisadores, estudantes, enfim, para toda a sociedade. 1
  • 10. Prefácio à 4ª edição A edição de manuais de normas e parâmetros tem, ao longo do tempo, pautado a atuação de diversos setores do Ministério da Saúde. Com a área de imunizações não tem sido diferente. É de 1977 a publicação de um Manual de Normas e Instruções que integrava em seu conteúdo a vigilância epidemiológica e as imunizações. O primeiro Manual de Vacinação foi de 1984, seguindo-se, a partir daí, uma série de edições e reedições de instrumentos abordando os diferentes aspectos da prática das imunizações. Estabelecer normas é vital para um programa como o PNI, num país de dimensões continentais, cuja operacionalização deve estar fundamentada em um mínimo de unidade, considerando as enormes diferenças regionais, climáticas, topográficas, demográficas dentre outras. A partir dessa base, as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, de acordo com a situação epidemiológica específica e com sua capacidade técnica, administrativa, financeira e logística, podem definir normas e procedimentos diferenciados em sua área de abrangência, como prerrogativa das três esferas do SUS. Esse processo, que conta com a participação de diferentes órgãos e entidades envolvidos com a imunização, é dinâmico e continuado, consubstanciando-se em documentos como manuais ou guias, complementados e atualizados por meio de notas técnicas, boletins e correspondências oficiais, até que novo documento seja editado. O primeiro Manual de Procedimentos para Vacinação foi elaborado em 1986, quando o PNI era coordenado pela Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (SNABS), do Ministério da Saúde. O manual foi trabalhado por um grupo de profissionais de diversas categorias, mas, principalmente, enfermeiros, em função das características do documento cujo foco maior é o procedimento técnico para a administração de imunobiológicos. Já naquela primeira edição foi considerado que o “desempenho de um programa de imunizações eficiente e eficaz pressupõe a organização dos serviços de saúde, a seleção da estratégia de vacinação apropriada e o 2
  • 11. envolvimento da comunidade nessa atividade”, sem, no entanto, prescindir da definição dos “procedimentos básicos para a execução, o acompanhamento e a avaliação das atividades, além de identificar formas de implantação, implementação e divulgação desses procedimentos na rede de serviços”. A revisão desse primeiro documento foi feita somente em 1992 quando o PNI já se encontrava na estrutura da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Esta segunda edição resultou da ampliação do próprio Programa ocorrida a partir de 1990, somada à experiência com os dias nacionais de vacinação para a erradicação da poliomielite e com a realização da campanha nacional de vacinação com a vacina sarampo (atenuada), dentro do Plano de Eliminação da doença. A terceira edição é de 2001 quando o documento recebe um tratamento mais ampliado com a introdução de novos imunológicos e capítulos relativos ao planejamento e à avaliação das atividades, mas são mantidos os objetivos preconizados desde a concepção, quais sejam:  o estabelecimento das linhas gerais para a administração dos imunobiológicos na rede de serviços de saúde; e  a padronização e disciplinamento dos critérios e técnicas para a administração de vacinas e soros utilizados pelo Programa. Nesta última revisão de 2001, foi consubstanciado a terceira edição, atualizada e ampliada quanto aos aspectos técnicos e administrativos relacionados:  à organização da sala de vacinação;  aos procedimentos específicos para a administração de vacinas e soros;  ao destino final das sobras de vacinas e do lixo da sala de vacinação;  às noções básicas sobre refrigeração dos imunobiológicos;  às características das principais vacinas e soros; 3
  • 12. às orientações sobre o planejamento e a avaliação das atividades de vacinação;  aos imunobiológicos utilizados em situações específicas; e  às noções básicas sobre as doenças imunopreveníveis, e os acidentes provocados por animais peçonhentos e seus respectivos soros. Na construção desta quarta edição, inicialmente, a equipe responsável identificou técnicos que estavam na prática do trabalho de imunizações, à frente da tomada de decisões sobre procedimentos, prescrições e regras em uso no PNI, conhecedores das muitas mudanças introduzidas no Programa. Por meio de discussões presenciais e virtuais, foi trabalhado o intercâmbio de conhecimento e opiniões para identificação dos itens que mereceriam revisão, exclusão, inclusão, correção. Como principal referencial foi utilizado o Manual de 2001 e também o conjunto de notas e informes técnicos da coordenação nacional do Programa, além das decisões emanadas do Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), bem como documentos técnicos e científicos das diferentes áreas afins do Ministério da Saúde e de instituições e organizações que lidam com imunizações. O trabalho incluiu, ainda, a revisão bibliográfica e documental sobre o tema e o Programa, envolvendo consultas a livros técnicos e a artigos científicos publicados em revistas especializadas. Uma das preocupações nesse processo foi trabalhar de forma que o conteúdo do Manual fizesse uma articulação entre os principais pontos da evolução do Programa e as mudanças observadas no setor saúde a partir da Constituição Federal de 1988 e da instituição do SUS, mais especialmente a partir de 1999 e depois em 2003 quando foi criada a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), mas a principal preocupação foi focar a equipe e a sala de vacinação no contexto da atenção primária em saúde e de sua expansão no país, bem assim do aprofundamento do processo de descentralização da vigilância em saúde. 4
  • 13. Notas sobre o PNI, o planejamento e as responsabilidades das esferas de gestão O planejamento e a programação devem ser trabalhados considerando as especificidades locais, mas também as prioridades nacionais e estaduais estabelecidas em pactos negociados entre as instâncias de governo do SUS. Deve-se, ainda, considerar instrumentos definidos no âmbito estadual e municipal como o Plano Plurianual – PPA, Planos de Saúde, programação pactuada e integrada estadual e regional, dentre outros. Em função do que está estabelecido nesses diversos instrumentos, torna-se imprescindível definir objetivos, metas, estratégias, atividades e recursos, tendo em vista o atendimento das prioridades em termos de vacinação, que se constituem em compromissos nacionais e, às vezes, internacionais, para os quais a vacinação é fundamental. Atualmente se constituem como compromissos nacionais e/ou internacionais:  manter a erradicação da febre amarela urbana;  manter a erradicação da poliomielite;  manter a eliminação do sarampo;  eliminar a rubéola e a síndrome da rubéola congênita (SRC);  eliminar o tétano neonatal;  controlar a difteria, a coqueluche, a hepatite B, a febre amarela silvestre, as formas grave da tuberculose e as infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b. Em relação a esses e a outros compromissos assumidos, o PNI estabelece como objetivos:  alcançar e manter coberturas iguais ou maiores que 95% da população alvo em todos os municípios; 5
  • 14. assegurar a qualidade de todas as vacinas utilizadas;  assegurar a farmácovigilância e a vacinação segura;  assegurar o quantitativo de vacinas necessário ao cumprimento dos calendários de vacinação e a demanda do CRIE. O objetivo de um programa de imunizações deve ser sempre a vacinação da totalidade da população alvo para um produto específico. O PNI e as responsabilidades das esferas de governo O PNI foi considerado à época de sua criação, em 1973, como medida destinada a coordenar ações que se caracterizavam pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. Eram ações conduzidas dentro de programas especiais (erradicação da varíola, controle da tuberculose) ou por iniciativa de governos estaduais, carecendo de uma coordenação central que possibilitasse sincronia e racionalização. O Programa foi institucionalizado em 1975, pela Lei nº 6.259/1975, que criou o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), e regulamentado pelo Decreto nº 78.231/1976, tendo como competências:  implantar e implementar as ações relacionadas às vacinações de caráter obrigatório;  estabelecer critérios e prestar apoio técnico e financeiro à elaboração, implantação e implementação das ações;  estabelecer normas básicas para a execução das vacinações;  supervisionar e avaliar a execução das vacinações no território nacional; e  analisar e divulgar informações referentes às imunizações. 6
  • 15. Voltado, portanto, para o controle, erradicação ou eliminação de doenças imunopreveníveis, mediante a vacinação sistemática da população, o Programa é considerado como uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública, em especial pelo importante impacto na redução de doenças nas últimas décadas, com registro de grandes vitórias. A certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil foi em 1973 e no mundo em 1979, seguindo-se a erradicação da transmissão do poliovírus selvagem (no Brasil em 1989), a eliminação do sarampo (no Brasil o último caso autóctone em 2000), e, mais recentemente, inicia-se o processo que objetiva a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC). As três últimas, além do compromisso dentro do próprio país, representavam e representam compromisso internacional, em conjunto com os países das Américas. A esses resultados somam-se a baixa incidência do tétano neonatal, que já pode ser considerado eliminado como problema de saúde pública; da raiva humana transmitida por animais domésticos, que também está próxima da eliminação, e o controle da difteria, coqueluche e tétano acidental. A manutenção dos resultados já alcançados e a incorporação de novos desafios têm uma relação direta com o planejamento articulado entre as diferentes esferas de governo. Nesse particular, pensar a continuidade de algumas vacinações é imprescindível, até porque em alguns países doenças ou agentes transmissores prosseguem em atividade. A evolução nesse campo e os resultados alcançados não se constituem, certamente, em fruto do esforço isolado do PNI, sendo reflexo dos avanços que marcaram a política de saúde no Brasil nos anos 1990 e nesses anos do século 21, destacando como importante fato a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) que vem alcançando milhões de brasileiros. As estruturas de vacinação nas três esferas do SUS vêm se fortalecendo a cada dia, como referência técnica e operacional, e a 7
  • 16. descentralização do Programa é fato, com os municípios, cada vez mais, assumindo essa responsabilidade junto à população. A) Responsabilidades das esferas nacional e estadual Na esfera nacional, o PNI integra a estrutura da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), instituída em 2003, pelo Decreto nº 4.726, de 9 de junho de 2003. A Secretaria, por intermédio do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DEVEP), ao qual está vinculada a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), tem por competência coordenar a gestão do Programa com atribuições relativas à:  proposição do esquema básico de vacinas de caráter obrigatório;  coordenação da investigação de eventos adversos temporalmente associados à vacinação;  normatização, coordenação e supervisão da utilização de imunobiológicos; e  assessoria técnica e cooperação a estados, municípios e ao Distrito Federal em imunizações. A Portaria nº 3.252, de 22 de dezembro de 2009, que trata das competências da União, estados, Distrito Federal e municípios, na área de vigilância em saúde, estabelece para o Ministério da Saúde com relação ao Programa:  o provimento dos imunobiológicos, considerados como insumos estratégicos;  a gestão do sistema de informação do Programa: o Sistema de Informação do PNI (SI-PNI), incluindo a consolidação e análise dos dados e a retroalimentação das informações; e  a coordenação do PNI incluindo a definição das vacinas obrigatórias no País, as estratégias e normatização técnica sobre sua utilização. 8
  • 17. Para a esfera estadual ficou definido:  o provimento de seringas e agulhas, também considerado como insumos estratégicos;  a gestão do SI-PNI, incluindo a consolidação dos dados, o envio ao nível federal dentro dos prazos estabelecidos, a análise dos dados e a retroalimentação das informações; e  a coordenação do componente estadual do Programa. Além dessas atribuições específicas, a Portaria estabelece ainda para a União, os Estados e o Distrito Federal a atuação complementar ou suplementar, a cooperação técnica e a capacitação. Um aspecto importante que também consta do documento é a suspensão do repasse dos recursos do Teto Financeiro da Vigilância em Saúde (TFVS), transferidos via Fundo Nacional de Saúde (FNS), como penalidade para estados e municípios que não enviam os dados do SI-API (Sistema de Informação-Avaliação do Programa de Imunizações), conforme pactuado nas três esferas de gestão. B) Responsabilidades na esfera municipal A vacinação, ao lado das demais ações caracterizadas como de vigilância epidemiológica, vem, ao longo do tempo, perdendo o caráter verticalista do início do Programa e se incorporando ao conjunto de ações da atenção primária em saúde, sendo, portanto, realizada no contexto global da oferta de serviços de saúde, como atribuição de uma equipe de saúde. As campanhas, intensificações e operações de bloqueio – atividades extramuros – são tratadas também como responsabilidade dessa equipe, recebendo o reforço dos níveis distrital, regional e estadual e, muito eventualmente, da esfera federal. Para isso, o fortalecimento da gestão municipal no âmbito da vigilância em saúde vem sendo fundamental, especialmente a partir de 1999 quando foram definidas formalmente as responsabilidades dos gestores do 9
  • 18. SUS em relação a essas ações. O principal produto desse processo foi a certificação dos 5.567 municípios brasileiros e do Distrito Federal, representando em relação ao PNI, a responsabilização pela oferta da vacinação à população, recebendo vacinas e recursos financeiros da esfera federal. Esses recursos são transferidos diretamente do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para o Fundo Estadual de Saúde (FES) e para o Fundo Municipal de Saúde (FMS). Para os municípios a Portaria nº 3.252 aponta, no tocante ao PNI, as seguintes atribuições:  coordenação e execução das ações de vacinação integrantes do Programa, incluindo a vacinação de rotina com as vacinas obrigatórias, as estratégias especiais como campanhas e vacinações de bloqueio e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação; e  gestão e/ou gerência do SI-PNI, incluindo a coleta e consolidação dos dados provenientes das unidades, o envio ao nível estadual dentro dos prazos estabelecidos, a análise e a retroalimentação dos dados. Pensar o PNI a partir do planejamento e programação local é uma necessidade, considerando que é neste lócus que está o público alvo e é aí que este serviço, ao lado de outros, é ofertado, com qualidade e oportunidade, exigindo pessoal capacitado, infra-estrutura e insumos. Vacinação e atenção básica A Política Nacional de Atenção Básica, estabelecida em 2006, caracteriza esse nível de atenção como “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.” 10
  • 19. O Programa Saúde da Família (PSF), implementado a partir de 1994, é a estratégia adotada na perspectiva de organizar e fortalecer esse primeiro nível de atenção à saúde, reorganizando os serviços com qualidade e reorientando a prática profissional ao focar a atenção na família. Nesse contexto, o Agente Comunitário de Saúde (ACS), integrante dessa equipe, está envolvido com a atividade de vacinação, quando realiza a checagem da caderneta e o encaminhamento da criança, gestante ou adulto para iniciar ou completar esquemas, conforme calendários. Mesmo assim, ainda se faz necessária maior integração da vacinação ao conjunto das ações da atenção básica, principalmente no que diz respeito à avaliação da cobertura da população adscrita e a sua importância para os propósitos de controle, eliminação ou erradicação das doenças imunopreveníveis. No trabalho rotineiro é preciso haver uma maior aproximação entre a equipe da sala de vacinação e os demais integrantes da equipe de saúde, inclusive no sentido de reduzir as ‘oportunidades perdidas de vacinação’, que se caracterizam pelo fato de crianças, gestantes, adolescentes e adultos serem atendidos em outros setores da Unidade de Saúde sem que seja verificada a situação vacinal ou encaminhados à sala de vacinação. A realização de atividades extramuros para o desenvolvimento de ações de assistência ou no caso de operações de vacinação, é outra situação em que a integração da equipe pode resultar em bons resultados, além de potencializar tempo e recursos. A organização do deslocamento de equipes para intensificação de vacinação, excetuando-se as situações de campanha ou de bloqueio de caso ou surtos, deve ser pensada no conjunto de outras ações a serem ofertadas mais próximas da população. A ida de uma equipe a um centro educacional ou a uma empresa para vacinação com as vacinas tétano ou hepatite B, por exemplo, pode perfeitamente estar articulada a atividades de educação e promoção da saúde, distribuição de preservativos, aconselhamento, atendimento por profissionais específicos, dentre outras. Nessas ocasiões, o conjunto de ações a ser ofertado estará condicionado à capacidade da equipe e à análise da situação de saúde da comunidade atendida. 11
  • 20. Calendários de vacinação As vacinas ofertadas na rotina dos serviços de saúde, no contexto das ações que integram a atenção básica, são aquelas definidas nos calendários de vacinação onde estão estabelecidos:  os tipos de vacina;  o número de doses da vacinação básica e do reforço;  a idade para administração de cada dose; e  o intervalo entre uma dose e outra no caso do imunobiológico cuja proteção exige mais de uma dose. Atualmente, são três calendários oficiais: o calendário da criança, o do adolescente e o do adulto e idoso. O calendário da criança tem por objetivo proteger esse grupo o mais precocemente possível, garantindo o esquema básico completo no primeiro ano de vida e os reforços e as demais vacinações nos anos seguintes. Os calendários estão regulamentados pela Portaria Ministerial nº 1.602, de 17 de junho de 2006, mas já existem atualizações que são informadas sistematicamente pela coordenação nacional do PNI. A equipe da Unidade de Saúde deve buscar a informação mais atualizada sobre os calendários de vacinação adotados no âmbito do SUS. Os esquemas devem estar disponíveis para consulta e afixados em local visível da unidade. Suprimento de imunobiológicos O PNI, hoje, trabalha com mais de 40 tipos de imunobiológicos, incluindo vacinas, soros e imunoglobulinas. A inserção de um produto no Programa e o estabelecimento de grupos populacionais a serem cobertos são decisões respaldadas em bases técnicas e científicas, tais como:  a evidência epidemiológica associada; 12
  • 21. a eficácia e segurança da vacina; e  a garantia da sustentabilidade da estratégia adotada para a vacinação, como, por exemplo, a capacidade de produção do país ou do mercado internacional e a capacidade de importação do produto ou da tecnologia de produção. Muitas vezes, em função do contingente da população a ser vacinado ou da estratégia a ser realizada, o quantitativo de um produto para atender à necessidade do Brasil não corresponde à oferta internacional ou à capacidade de produção em curto prazo. É responsabilidade da instância federal, sem ônus para as demais esferas, como já referido, o suprimento dos imunobiológicos necessários à execução do Programa, atendendo ao estabelecido nos calendários de vacinação, para campanhas de vacinação, para atender a situações que requerem o uso de soros e imunoglobulinas e para suprir os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). O Ministério da Saúde adquire e distribui os produtos, coordena a importação e incentiva a produção nacional. Anualmente, são milhões de doses de vacinas adquiridos no parque produtor nacional e internacional. A oferta de imunobiológicos para os menores de cinco anos tem sido ampliada, sempre de acordo com critérios anteriormente citados:  A vacina sarampo (atenuada) foi incorporada ao primeiro calendário da vacinação em 1976;  As vacinas hepatite B (recombinante) e febre amarela (atenuada) foram incorporadas ao calendário básico, respectivamente em 1996 e 1991;  Em 1999 foi introduzida a vacina Haemophilus influenzae b (conjugada), para crianças menores de um ano de idade, com vistas ao controle das doenças invasivas causadas por esta bactéria; 13
  • 22. É também em 1999 que se inicia a vacinação da população idosa com a vacina influenza (atenuada), por meio de campanhas anuais;  Em 2001, a vacinação com a vacina hepatite B (recombinante) é estendida para o grupo de um a 19 anos;  Em 2002 a vacina Haemophilus influenzae b (conjugada) deixa de ser administrada isoladamente e, combinada com a vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis (tríplice bacteriana – DTP), constitui a tetravalente;  Em 2003 a vacina sarampo, caxumba, rubéola (tríplice viral) passou a fazer parte do calendário da criança, a partir dos 12 meses de idade, retirando-se, então, a vacina monovalente sarampo;  Em 2006 é integrada ao calendário de vacinação da criança a vacina rotavírus humano (oral), sendo administrada exclusivamente nos menores de seis meses (até o 5º mês e 15 dias de vida); e  Para 2010 a incorporação ao calendário de vacinação da criança a vacina pneumocócica 10 valente (conjugada), sendo indicada exclusivamente para a criança a partir das seis semanas de vida até os 23 meses e 29 dias; sendo também incorporada em 2011 a vacina meningocócica C (conjugada) para crianças menores de dois anos de idade. Em 1993 inicia-se a implantação dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE. São, atualmente, 40 unidades distribuídas pelas 27 unidades federadas que oferecem produtos com indicação específica, mediante prescrição médica, abrangendo, por exemplo:  a profilaxia pré e pós-exposição a agentes infecciosos em determinados grupos de risco; 14
  • 23. a substituição de produtos oferecidos na rede de serviços para pessoas que não podem recebê-los por motivos clínicos; e  a vacinação de imunodeprimidos. 15
  • 24.
  • 25. Parte I Planejamento, monitoramento e avaliação das atividades de vacinação
  • 26.
  • 27. Sumário Parte 1: Lista de quadros e figura..................................................................... 17 1. Introdução..................................................................................................... 20 2. Planejamento da atividade de vacinação..................................................... 26 2.1. Análise da situação da vacinação, identificação e priorização dos problemas............................................................................................ 26 2.1.1. Análise da situação da vacinação............................................... 26 2.1.2. Identificação e priorização dos problemas relativos à vacinação..................................................................................... 31 2.2. Definição de objetivos, metas e ações................................................. 32 2.2.1. Definição de objetivos.................................................................. 32 2.2.2. Definição de metas ...................................................................... 34 2.2.3. Definição de ações ..................................................................... 37 2.3. População a vacinar e necessidades de vacinas ................. ............... 42 3. Estratégias de vacinação.............................................................................. 45 3.1. Vacinação de rotina............................................................................... 46 3.2. Campanha de vacinação ..................................................................... 46 3.3. Vacinação de bloqueio.......................................................................... 47 3.4. Atividades extramuros........................................................................... 48 3.4.1. Postos fixos temporários.................................................... .......... 49 3.4.2. Equipes móveis. .......................................................................... 50 3.4.3. Vacinação casa-a-casa........................................................ ........ 51 3.5. Vacinação de grupos específicos.............................................. ........... 52 3.5.1. Vacinação nos CRIE........................................................... ......... 52 3.5.2. População indígena...................................................................... 53 3.5.3. Vacinação de viajantes................................................................. 54 3.5.4. Áreas de fronteira.......................................................................... 54 3.6. Mobilização da comunidade.................................................................. 55 3.6.1. Articulação com instituições e organizações................................ 56 3.6.2. Atividades com a comunidade...................................................... 56 3.6.3. Divulgação de informações................................................ .......... 57 3.6.3.1. Trabalho na ‘sala de espera’............................................. 58 3.6.3.2. Visita domiciliar.................................................................. 59
  • 28. 3.6.3.3. Veículos de comunicação.................................................. 60 4. Supervisão, monitoramento e avaliação da atividade de vacinação............ 61 4.1. Supervisão............................................................................................ 61 4.2. Monitoramento e avaliação das atividades de vacinação..................... 65 4.2.1. Monitoramento da atividade de vacinação................................... 66 4.2.1.1. Cálculo da cobertura de vacinação................................... 67 4.2.1.2. Cálculo da cobertura para vacinas com esquema multidoses ...................................................................................... 68 4.2.1.3. Homogeneidade das coberturas........................................ 68 4.2.1.4. Avaliação da cobertura...................................................... 69 4.2.1.5. Acompanhamento da taxa de abandono .......................... 71 4.2.1.6. Avaliação da utilização das vacinas.................................. 74 4.2.2. Outros tipos de avaliação da atividade de vacinação.... .............. 76 4.2.3. Avaliação da eficiência e eficácia................................................. 72 4.2.4. Resolutividade, acessibilidade e satisfação do usuário............... 77 Bibliografia ....................................................................................................... 79
  • 29. Parte I: lista de quadros. Quadro I-1: Análise da situação da vacinação: situação das doenças imunopreveníveis........................................................................... 27 Quadro I-2: Análise da situação de vacinação: perfil da população ................. 28 Quadro I-3: Análise da situação de vacinação; disponibilidade e uso de informações.................................................................................... 28 Quadro I-4: Análise da situação de vacinação: modelo de atenção e de organização de serviços no território............................................. 29 Quadro I-5: Exemplo de explicação de problemas............................................ 32 Quadro I-6: Exemplo de objetivos...................................................................... 33 Quadro I-7: Metas do PNI.................................................................................. 35 Quadro I-8: Exemplo de metas relacionadas a objetivos e problemas............. 37 Quadro I-9: Exemplo de ações considerando os diversos problemas, objetivos e metas apontados........................................................................ 38 Quadro I-10: Consolidado dos exemplos apresentados anteriormente relativo ao processo de planejamento da atividade de vacinação em função da análise da situação...................................................... 40 Quadro I-11: Vantagens e desvantagens da vacinação de rotina..................... 46 Quadro I-12: Vantagens e desvantagens da campanha de vacinação ............ 47 Quadro I-13: Vantagens e desvantagens da vacinação de bloqueio............... 48 Quadro I-14: Vantagens e desvantagens dos postos fixos temporários.......... 50 Quadro I-15: Vantagens e desvantagens das equipes móveis......................... 51 Quadro I-16: Vantagens e desvantagens da vacinação casa-a-casa.............. 52 Quadro I-17: Vantagens e desvantagens do método administrativo................ 69 Quadro I-18: Exemplo do desdobramento da meta anual para o monitoramento da atividade de vacinação........................................................... 71 Quadro I-19: Vantagens e desvantagens do inquérito de cobertura................ 75
  • 30.
  • 31. 1. Introdução Esta Parte I do Manual de Procedimentos de Vacinação aborda os aspectos da atividade de vacinação relacionados ao planejamento, ao monitoramento e à avaliação no âmbito do Programa Nacional de Imunizações (PNI), no contexto da atenção primária em saúde, considerada como porta de entrada de uma rede de serviços que compõe um sistema municipal de saúde que, por sua vez, é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). Para o Ministério da Saúde planejar é, fundamentalmente, avaliar o passado, sondar o futuro, tomar decisões e prometer fazer. O diálogo entre Alice e o Gato, no livro “Alice no País das Maravilhas”, transcrito na publicação Saúde & Cidadania, expressa de uma forma bem simples a importância do planejar: "Alice - Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui? Gato - Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. Alice - Não me importa muito onde. Gato - Nesse caso, não importa por qual caminho você vá." Olhando de forma particular a atividade de vacinação, pode-se dizer, por exemplo, que saber aonde se quer chegar é definir o grupo (ou grupos) alvo que deve ser protegido em determinado território, utilizando vacinas. Saber qual o melhor caminho a percorrer diz respeito à estratégia (ou estratégias) que será utilizada para alcançar a população pretendida. O processo de planejamento busca, assim, definir as condições necessárias ao alcance de objetivos, antecipando possíveis resultados ou efeitos sobre uma determinada realidade, situação ou problema. A Lei nº 8.080/90 estabelece que o planejamento “será ascendente, do nível local até o federal” e que a “elaboração e atualização periódica do plano de saúde” é atribuição comum à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. Diz, ainda, que é competência da direção nacional do SUS a elaboração do planejamento estratégico nacional em cooperação com os estados, municípios e o Distrito Federal (Capítulos III e IV, Artigos 15 e 16). Mais recentemente, os gestores do SUS, ao estabelecerem o Pacto Nacional pela Saúde (Portaria nº 399, de 22 de fevereiro de 2006), destacaram o planejamento como uma das diretrizes da gestão do Sistema, ao lado do financiamento, da regulação e da descentralização. O processo, de acordo com essa diretriz, deve ser articulado e integrado entre as três esferas e inserido em um Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS) que compreende, também, o monitoramento e a avaliação. O Pacto atualizou e flexibilizou as formas de habilitação definidas pela Norma Operacional Básica do SUS 1/96 (NOB-SUS, Portaria No. 2.203, de 5 de novembro de 1996) e pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS-SUS, Portaria/GM n. 95, de 26 de janeiro de 2001), adotando o Termo de Compromisso de Gestão, cuja assinatura é precedida de discussão e avaliação por parte dos estados e municípios. 23
  • 32. O PlanejaSUS integra o Pacto pela Saúde e sua regulamentação é objeto da Portaria nº 3.085, de 1º de dezembro de 2006, tendo como instrumentos básicos: o Plano de Saúde (PS), as suas respectivas Programações Anuais de Saúde (PAS) e os Relatórios Anuais de Gestão (RAG). Esses instrumentos são formulados e passam por revisões periódicas nas três esferas de gestão. A compreensão de que o planejamento, o monitoramento e a avaliação são atribuições e competências que se articulam no âmbito do SUS, é muito importante para entender como essas funções se viabilizam em relação a um programa nacional como o PNI, que, embora pensado em sua quase totalidade de forma centralizada, tem sua concretização na porta de entrada do Sistema, integrando o conjunto de ações da atenção primária em saúde. A vacinação, portanto, consta dos vários instrumentos de planejamento, monitoramento e avaliação, na esfera federal, estadual e municipal, e a definição das prioridades aí inscritas deve estar sustentada:  na informação relativa à magnitude, transcendência e vulnerabilidade das doenças preveníveis por vacinas;  na disponibilidade do imunobiológico no mercado nacional ou internacional;  na disponibilidade de insumos estratégicos, como seringas e agulhas;  na disponibilidade de recursos humanos, materiais e financeiros;  na definição dos grupos suscetíveis, especialmente aqueles em que devem ser concentradas a vacinação por apresentar maior risco. A relevância da cobertura de vacinação como indicador de desempenho do setor saúde pode ser representada pela sua inserção nos diferentes instrumentos de gestão do SUS. No Plano Plurianual (PPA) a homogeneidade para a vacina hepatite B é um dentre os diversos indicadores: ‘alcançar 95% de cobertura vacinal em menores de um ano em, pelo menos, 70% dos municípios brasileiros’. No Pacto pela Saúde, instituído pela Portaria nº. 325, de 21 de fevereiro de 2008, firmado entre o Ministério da Saúde e as demais esferas, um dos indicadores do Pacto de Gestão é a ‘cobertura vacinal por tetravalente em menor de um ano’, cujo cálculo considera o número de terceiras doses registradas dessa vacina (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis e Haemophilus influenzae b (conjugada). Um aspecto a ser destacado com relação à escolha da tetravalente como a vacina a ser acompanhada está relacionado à complexidade da sua operacionalização: é uma vacina injetável (intramuscular) e o esquema completo no primeiro ano de vida exige a administração de três doses. É, portanto, uma ação que apresenta relativo grau de dificuldade, seja para o serviço, a equipe de saúde, seja para a mãe ou responsável pela criança a ser 24
  • 33. vacinada. Assim, um bom resultado com esta vacina pressupõe bons resultados para as demais direcionadas a esse grupo de idade. Na Programação Anual de Vigilância em Saúde (PAVS), que substituiu a Programação Pactuada e Integrada de Vigilância em Saúde (PPI- VS) como instrumento de planejamento, está definido um elenco norteador das ações de vigilância em saúde a serem operacionalizadas pelas três esferas de gestão. A imunização é um dos 13 eixos da programação e, anualmente, são definidos parâmetros de referência1. Nesta Parte I apresentam-se os principais aspectos relacionados ao planejamento, monitoramento e avaliação naquilo que é específico da atividade de vacinação, envolvendo a análise da situação, principais problemas relativos a essa atividade, definição de objetivos, metas e ações em vacinação, além dos pontos importantes que devem ser observados na definição da população a vacinar e no estabelecimento das necessidades dos imunobiológicos. Descreve, do mesmo modo, as estratégias adotadas, em geral, para o alcance das populações alvo, enfocando ainda a supervisão, o monitoramento e a avaliação, destacando-se os aspectos relacionados à avaliação da cobertura de vacinação, à homogeneidade, taxa de abandono, utilização das vacinas. 1 Para 2008, por exemplo, foram estabelecidos os seguintes parâmetros: 95% de cobertura dos menores de cinco anos com a poliomielite em cada etapa da campanha; 80% dos idosos vacinados com a vacina influenza na campanha anual; 95% de cobertura das crianças com um ano com a tríplice viral; e 95% de adolescentes e adultos jovens vacinados com a vacina rubéola. 25
  • 34. 2. Planejamento da atividade de vacinação O planejamento contempla uma série de etapas ordenadas e desenvolvidas mediante processos específicos com tempos e movimentos diferentes, a saber:  o planejamento (propriamente dito);  a execução;  o acompanhamento ou monitoramento e a avaliação com consequente replanejamento ou revisão de metas, estratégias, atividades etc. A elaboração do plano ou da programação, que constitui um dentre os vários produtos do planejamento, deve ocorrer dentro de um processo dinâmico capaz de permitir revisões periódicas de objetivos, prioridades e estratégias, seja em função dos avanços registrados, seja em decorrência dos obstáculos que eventualmente vão sendo defrontados. Em vacinação a revisão de prioridades e estratégias é muito frequente em função:  do avanço científico e tecnológico;  da própria dinâmica do processo saúde-doença nas populações;  da introdução de novas vacinas; e  da expansão do Programa na última década, produzindo mudanças significativas no âmbito das doenças imunopreveníveis. A vacinação, como já referido, é uma ação incluída no conjunto da atenção básica e deve ser planejada, executada, monitorada e avaliada de forma articulada com as demais ações, sendo responsabilidade da equipe local de saúde, objetivando atender de forma prioritária a população do território de referência dessa equipe. 2.1. Análise da situação da vacinação, identificação e priorização dos problemas 2.1.1. Análise da situação da vacinação A análise da situação de saúde consiste na identificação, descrição e análise dos problemas de uma determinada realidade, mediante utilização de informações demográficas, epidemiológicas e sociais. É a oportunidade para medir, caracterizar, explicar e avaliar os problemas orientando a definição das medidas a serem adotadas. Um problema pode ser representado por uma situação que se afasta, negativamente, de um parâmetro ideal desejado, ou proposto. Por exemplo: uma cobertura de vacinação abaixo do percentual preconizado é um problema, considerando a disponibilidade de vacinas, insumos e pessoal preparado. 26
  • 35. Nos quadros I-1 até I-4, apresentados na seqüência, estão listadas questões importantes na caracterização da situação necessária ao planejamento da atividade de vacinação, organizadas segundo:  o perfil epidemiológico das doenças imunopreveníveis; e  os aspectos relacionados à gestão dessa atividade. O planejamento da atividade de vacinação pela equipe de saúde deve considerar a análise das informações sobre o comportamento das doenças imunopreveníveis no território, tendo em conta que a vacinação é a ferramenta que contribui para o controle, erradicação ou eliminação dessas doenças (Quadro I-1). Gráficos e tabelas devem ser elaborados para ilustrar a análise realizada, incluindo a apresentação de séries históricas, além de situar o território a ser trabalhado e fazendo comparações com situações apresentadas no distrito, município, região, estado ou mesmo no país. Quadro I-1: Análise da situação da vacinação: situação das doenças imunopreveníveis 1) Ocorrência de casos e óbitos de doenças imunopreveníveis; Qual a situação no taxas de morbidade e mortalidade, incidência e letalidade; território abrangido ocorrência de surtos [capacidade de detecção e enfrentamento]. pela Unidade de 2) Mudanças no comportamento epidemiológico; fatores de risco Saúde? existentes; vinculação com a situação epidemiológica na E no distrito? microrregião, na região, no estado e no país. E no município? 3) Notificação de doenças imunopreveníveis; áreas do território Quais os silenciosas; áreas com casos suspeitos e confirmados. determinantes e 4) Situação dos indicadores de vigilância das doenças condicionantes dessas imunopreveníveis, especialmente os relacionados àquelas que se ocorrências? encontram na condição de erradicação ou eliminação; série Em que a vacinação histórica do alcance dos indicadores; acompanhamento realizado influencia? pela equipe. 5) Coberturas de vacinação alcançadas no território de abrangência da Unidade de Saúde; série histórica das coberturas para todas as vacinas; homogeneidade das coberturas para todas as vacinas dentro do território (setores, bairros, ruas); áreas com bolsões de suscetíveis. 6) Ocorrência de eventos adversos pós-vacinação; capacidade de detecção, notificação e investigação; atendimento e acompanhamento dos casos. As características do território têm relação direta com o perfil de saúde da população, além de influenciar no planejamento, na execução e no resultado das atividades, dentre as quais está a vacinação (Quadro I-2). A questão da informação também é ponto fundamental, devendo ser alvo da análise, considerando a disponibilidade da informação de um modo mais amplo, bem como daquela disponível na unidade de saúde, considerando a qualidade do registro, o uso e a disseminação da informação (Quadro I-3). 27
  • 36. Quadro I-2: Análise da situação de vacinação: perfil da população 1) Existência no território de região agrícola, com grandes Qual a situação no propriedades, com uma população flutuante formada, muitas território abrangido vezes, por famílias inteiras que trabalham no período da pela Unidade de plantação ou da colheita. Saúde? 2) Existência no território de área rural com população dispersa ou Essas populações aglomerada em pequenos povoados, vilas, sítios e fazendas. vêm sendo vacinadas? 3) Existência na área urbana de fluxo de pessoas de uma área ou Há dificuldades de região para outra, com entradas e saídas temporárias ou com a acesso da população imigração ou emigração. à vacinação? 4) Existência de maternidade de referência fora do território com As estratégias fluxo de população; situação da vacinação de recém-nascidos adotadas vêm dando com a BCG e com a hepatite B. os resultados esperados? 5) Existência de região industrial com população aglomerada em torno de fábricas. Quais os principais problemas e 6) O território se caracteriza como cidade-dormitório. dificuldades? 7) Existência de barreiras físicas naturais [rio, morro etc.] ou artificiais [açudes, barragens, viadutos, vias expressas etc.] 8) Existência de zonas conflagradas pelo tráfico e pela violência 9) Existência de contingente de população em situação de exclusão e vulnerabilidade [analfabetismo, desemprego e sub- emprego, prostituição, droga etc.], para a qual, muitas vezes, a vacinação não é prioritária, em função, por exemplo, do custo do transporte até à unidade, da desinformação, do desinteresse ou desvalorização da promoção da saúde, dentre outros fatores 10) Existência de grupos populacionais específicos [população indígena, quilombolas, assentados, população de rua] e situações especiais como área de fronteira, fluxo de viajantes [porto, aeroporto de relevância] Quadro I-3: Análise da situação de vacinação; disponibilidade e uso de informações 1) Disponibilidade e uso da informação pela equipe da Unidade de Qual a situação na Saúde [sobre o território, sobre a população, sobre a situação de Unidade de Saúde? saúde e sobre a vacinação]; uso da informação colhida junto à Como essas questões população pelos Agentes Comunitários de Saúde [ACS] e pelos têm interferido na Agentes de Endemias ou de vigilância; coleta de informação realização e nos junto à própria população do território (censo, estudo, resultados do trabalho entrevistas etc.); visitas in loco para reconhecimento do de vacinação? território; uso de técnicas de reconhecimento geográfico e de Como essas questões geoprocessamento; construção de mapas com visualização têm interferido na sócio-ambiental. avaliação da 2) Disponibilidade, acesso e uso dos sistemas nacionais (Sistema vacinação? de Informação sobre Mortalidade [SIM], Sistema de Informação Quais os principais de Nascidos Vivos [SINASC], do Sistema Nacional sobre problemas e Agravos de Notificação [SINAN], do Sistema de Informação da dificuldades? Atenção Básica [SIAB]); alimentação desses sistemas; cumprimento dos prazos para envio dos dados; preparo da equipe; qualidade do registro, crítica do dado; retroalimentação dentro da própria equipe; realização de análises dos dados. 3) Disponibilidade dos sistemas de informação do PNI (SI-PNI, principalmente o SI-API) na Unidade de Saúde; alimentação 28
  • 37. desses sistemas; cumprimento dos prazos para envio dos dados; preparo da equipe; qualidade do registro, crítica do dado; retroalimentação dentro da própria equipe; realização de análises dos dados. 4) Qualidade da informação disponível; disponibilização de informações por faixa de idade segundo cada grupo alvo que integra os calendários oficiais de vacinação e grupos populacionais específicos existentes no território de abrangência da Unidade de Saúde (indígenas, quilombolas, assentados etc.); aproximação das estimativas populacionais território; confronto com dados mais reais do SIAB ou de censos locais; dificuldade em caracterizar a situação do território pela não disponibilização de dados mais localizados; dificuldade de análises epidemiológicas mais próximas da realidade. Os aspectos relacionados ao modelo de atenção à saúde onde se insere a Unidade de Saúde e, por conseqüência, a atividade de vacinação objeto do planejamento, devem, do mesmo modo, compor a análise da situação, envolvendo especialmente a organização da atividade de vacinação, a disponibilidade de insumos, a articulação com a comunidade, os resultados alcançados, as estratégias adotadas, dentre outros (Quadro I-4). Quadro I-4: Análise da situação de vacinação: modelo de atenção e de organização de serviços no território 1) Organização da atenção primária; adoção da estratégia saúde Como essas questões da família (ESF) e/ou modelo tradicional; hierarquização dos influenciam no serviços; níveis de complexidade; sistema de referência e desenvolvimento do contra-referência; no caso da ESF verificar cobertura das trabalho de vacinação? equipes e formas de atendimento das áreas não cobertas. Como têm interferido 2) Tipos de vacinas ofertadas pela Unidade de Saúde; quantitativo na proteção da solicitado x quantitativo recebido; falta de vacinas; perdas população? técnicas e administrativas; controle de estoques. Como têm interferido 3) Estratégias utilizadas para vacinar os grupos-alvo do território de para o alcance dos abrangência da Unidade de Saúde; uso exclusivo da vacinação objetivos de controle, de rotina; realização de intensificações, busca de não eliminação ou vacinados, vacinação em escolas e outras instituição, erradicação de mobilização da comunidade, divulgação de informações, uso de doenças mídias locais etc. imunopreveníveis? 4) Realização do tratamento antirrábico e administração dos soros Como têm interferido antirrábico, anti-tetânico e contra acidentes por animais para o alcance dos peçonhentos; no caso de demandar a unidade de referência, indicadores e metas? considerar a garantia do encaminhamento quando há dificuldade Quais os principais de acesso; capacidade e qualidade do atendimento na problemas referência; garantia da continuidade dos esquemas, quando for identificados? o caso; contrarreferência e acompanhamento por parte da equipe de vacinação. Quais as principais dificuldades? 5) Vacinação de recém-nascidos do território de abrangência da Unidade de Saúde, com a vacina BCG e a hepatite B, em maternidades do próprio município e de municípios vizinhos ou de referência; acompanhamento dessas situações; resgate dos dados de vacinação e análise das coberturas; acompanhamento dessas crianças; garantia da complementação do esquema com a hepatite B. 29
  • 38. 6) Articulação da Unidade de Saúde com o Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE); garantia do encaminhamento quando há dificuldade de acesso; capacidade de atendimento dos encaminhamentos feitos pela Unidade de Saúde; garantia da continuidade dos esquemas, quando for o caso; contrarreferência do CRIE e acompanhamento por parte da equipe de vacinação. 7) Estrutura e funcionamento da Unidade de Saúde; estrutura e funcionamento da sala de vacinação; horários de atendimento; disponibilidade, condições de uso e suporte de manutenção dos equipamentos (refrigeradores, caixas térmicas, termômetros e equipamentos de informática etc.); informatização; condições de estocagem e destino do lixo da sala de vacinação etc. 8) Disponibilidade dos imunobiológicos e dos insumos preconizados [seringas e agulhas, caixas térmicas, bobinas de gelo, recipiente para descarte de material perfuro cortante, formulários para registro, Cartão da Criança, Cartão do Adulto, Cartão da Gestante, Cartão de Controle etc.]; armazenamento; controle de estoques e perdas; serviços de manutenção [refrigerador, equipamento de informática e de refrigeração] 9) Situação da força de trabalho; conformação da equipe de vacinação na unidade; vínculos; necessidade de profissionais [desfalques na equipe]; capacitação e preparo da equipe [treinamento de sala de vacinação e outros] 10) Acompanhamento ou monitoramento e supervisão do trabalho realizado na sala de vacinação e por ocasião de atividades extramuros; avaliação dos resultados; das estratégias adotadas; da atuação da equipe; da adesão da população à vacinação; grau de satisfação da comunidade e credibilidade usufruída pela Unidade de Saúde e pela atividade de vacinação. 11) Participação da equipe da Unidade de Saúde, inclusive dos profissionais da sala de vacinação na formulação do Plano de Saúde do município, na Programação Anual e na elaboração do Relatório de Gestão; disponibilidade desses documentos na Unidade de Saúde e uso como fonte de consulta; programação anual da Unidade de Saúde e relatório de atividades, com inserção do componente vacinação. 12) Atuação junto ao Conselho de Saúde; fornecimento de informações sobre vacinação e cobertura; busca de apoio para melhorar os resultados do trabalho. 13) Articulação e apoio recebido da área de vigilância em saúde da Secretaria Municipal; suporte na investigação de eventos adversos associados à vacinação. 14) Apoio logístico ao desenvolvimento de atividades extramuros; disponibilidade de veículo, motorista, combustível; ajuda alimentação e pousada quando necessário; outras formas de locomoção da equipe (coletivos e veículos de outras instituições ou organizações da comunidade) etc. 15) Recursos financeiros para a vacinação; conhecimento da equipe sobre a disponibilidade de recursos para a atenção básica e para a vacinação no município, oriundos do tesouro municipal do Fundo Nacional de Saúde (FNS), incluindo os recursos do Teto Financeiro da Vigilância em Saúde [TFVS] 16) Fatores condicionantes da existência de baixas coberturas relacionadas à organização (i) da sala de vacina, (ii) da Unidade de Saúde, (iii) do sistema de saúde municipal e ao modelo de atenção adotado. 30
  • 39. 2.1.2. Identificação e priorização dos problemas relativos à vacinação Feita a análise de todas as informações coletadas e sistematizadas conforme tenham relação com a saúde ou com o sistema de saúde, e mais especificamente com a atividade de vacinação, procura-se formular os problemas de modo preciso e completo. Esta etapa é muito importante, pois facilita a posterior elaboração dos objetivos e das ações necessárias para o enfrentamento ou superação. É importante que o problema formulado especifique:  a magnitude, ou seja, a grandeza ou intensidade em relação àquilo que é objetivo da ação a ser desenvolvida;  a população ou o grupo atingido pela situação problema;  onde ele se localiza (o território); e  o tempo a que ele se refere. São exemplos de problemas relacionados à atividade de vacinação:  Baixa cobertura de vacinação, com as vacinas do 1º ano de vida, nos menores de um ano, na Unidade de Saúde no ano de 2009;  Três casos de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) em adolescentes vacinados na Unidade de Saúde, no primeiro semestre de 2009;  Perda de 500 doses de várias vacinas, armazenadas na geladeira da Unidade de Saúde, no mês de setembro de 2009;  Dificuldade para vacinar os alunos do ensino fundamental da Escola São José, com a vacina hepatite B, cuja cobertura nos adolescentes é baixa em 2009. Após listar os problemas passa-se, então, a fazer uma análise dos mesmos, buscando uma explicação para a sua existência ou ocorrência (Quadro I-5). Na explicação dos problemas devem ser identificados os determinantes e os condicionantes da situação, ou seja, aqueles aspectos que 31
  • 40. fazem com que o problema exista ou se mantenha Esse exercício facilita o passo seguinte que é a definição de objetivos, metas, estratégias e atividades. Quadro I-5: Exemplo de explicação de problemas Problema Explicação 1) Baixa cobertura de Não há controle de faltosos e nem foi feita busca ativa. vacinação, com as vacinas Não houve intensificação da vacinação nem oferta de do 1º ano de vida, nos outras vacinas no dia de vacinação com a vacina menores de um ano, na poliomielite. Unidade de Saúde no ano de 2009. Pais e responsáveis não foram orientados convenientemente. A ocorrência de EAPV contribuiu para o não retorno. Parte importante dos residentes tem dificuldade de acesso à unidade. Grande parte dos pais trabalha fora. Quantitativo de menores de um ano a vacinar (estimativa) não coincide com a realidade. 2) Três casos de EAPV em Casos foram investigados confirmando a associação. adolescentes vacinados na A principal causa tem relação com a técnica de aplicação. Unidade de Saúde, no primeiro semestre de 2009. O vacinador apresentou problemas de cansaço e stress. Não foi possível agregar outro vacinador à equipe. No último ano não houve treinamento para atualização e aperfeiçoamento. Ausência de supervisão interna à sala de vacinação 3) Perda de 500 doses de Geladeira da unidade antiga e sem manutenção. várias vacinas, armazenadas Constantes faltas de energia elétrica. na geladeira da Unidade de Saúde, no mês de setembro Falhas no registro do controle diário de temperatura. de 2009. Ausência de supervisão interna à sala de vacinação. 4) Dificuldade para vacinar os Articulação com a escola descontinuada. alunos do ensino Falta de apoio da direção e dos professores. fundamental da Escola São José com a vacina hepatite Alunos resistentes à vacinação. B, cuja cobertura nos Etapa de preparação e mobilização antes da vacinação adolescentes é baixa em pouco aproveitada. 2009. Falta de mobilização e orientação às famílias. Quantitativo de adolescentes a vacinar (estimativa) não coincide com a realidade 2.2. Definição de objetivos, metas e ações 2.2.1. Definição de objetivos Após a explicação dos problemas passa-se à definição dos objetivos. Objetivo é ‘o que fazer’, ou seja, é uma maneira de explicitar o resultado que eu quero alcançar, é uma maneira de dizer o que deve ser feito para solucionar aquele determinado problema. 32
  • 41. O objetivo responde à pergunta ‘o que’ e sua formulação deve ser feita com verbos no infinitivo, além disso:  O objetivo deve ser claro, ou seja, deve expressar com precisão o que se deseja alcançar, de modo a possibilitar a sua execução, monitoramento e avaliação;  O objetivo deve ser simples e direto de modo a facilitar a sua tradução em ações concretas;  O objetivo deve ser operacionalizável, ou seja, deve ser possível de ser alcançado por meio de ações viáveis. No Quadro I-6 tem-se exemplos de objetivos relacionados às explicações dos problemas identificados anteriormente. Quadro I-6: Exemplo de objetivos Problema Explicação Objetivos 1) Baixa cobertura Não há controle de faltosos e nem foi  Alcançar 95% ou mais de vacinação, feita busca ativa. de cobertura para cada com as vacinas Não houve intensificação da vacinação vacina do primeiro ano do 1º ano de nem oferta de outras vacinas no dia de de vida. vida, nos vacinação com a vacina poliomielite1, 2,  Vacinar os não menores de um 3 (atenuada). vacinados ou ano, na Pais e responsáveis não foram orientados incompletamente Unidade de convenientemente. vacinados. Saúde no ano de 2009. A ocorrência de EAPV contribuiu para o  Realizar ações de não retorno. divulgação e mobilização da população para a Parte importante dos residentes tem vacinação. dificuldade de acesso à unidade. Grande parte dos pais trabalha fora. Quantitativo de menores de um ano a vacinar (estimativa) não coincide com a realidade. 2) Três casos de Casos foram investigados confirmando a  Capacitar pessoal da EAPV em associação. sala de vacinação. adolescentes A principal causa tem relação com a  Recompor a equipe da vacinados na técnica de aplicação. sala de vacinação. Unidade de Saúde, no O vacinador apresentou problemas de  Supervisionar o trabalho primeiro cansaço e stress. da sala de vacinação. semestre de Não foi possível agregar outro vacinador  Capacitar em EAPV. 2009. à equipe. No último ano não houve treinamento para atualização e aperfeiçoamento. 3) Perda de 500 Geladeira da unidade antiga e sem  Capacitar pessoal da doses de várias manutenção. sala de vacinação. vacinas, Constantes faltas de energia elétrica.  Recompor o armazenadas Falhas no registro do controle diário de equipamento da sala de 33
  • 42. na geladeira da temperatura. vacinação. Unidade de Ausência de supervisão interna à sala de  Supervisionar o trabalho Saúde, no mês vacinação. da sala de vacinação. de setembro de 2009. 4) Dificuldade para Articulação com a escola descontinuada.  Articular com escola. vacinar os Falta de apoio da direção e dos  Capacitar professores. alunos do professores. ensino  Realizar ações de fundamental da Alunos resistentes à vacinação. divulgação e mobilização Escola São Etapa de preparação e mobilização antes da população para a José com a da vacinação pouco aproveitada. vacinação vacina hepatite B, cuja cobertura nos adolescentes é baixa em 2009. 2.2.2. Definição de metas A meta é a quantificação do objetivo. Uma meta precisamente definida concretiza as intenções de quem planeja e facilita o processo de acompanhamento e avaliação. No trabalho de vacinação as principais metas são definidas em termos de percentuais de cobertura. A definição desses percentuais toma como base o grau de eficácia da vacina e às características epidemiológicas de cada doença. São índices que precisam ser alcançados e mantidos de forma homogênea dentro de cada território: os bairros dentro do município, os municípios dentro do estado e os estados dentro do país. No Quadro I-7 estão detalhadas as metas para as principais vacinas do PNI. Para outras vacinas e para os soros não há como definir metas populacionais, vez que são produtos voltados ao atendimento de uma demanda espontânea, a exemplo dos produtos listados a seguir:  Vacina febre amarela para viajantes;  Vacina adsorvida difteria e tétano adulto para adolescentes e adultos;  Vacina raiva (inativada), para as situações de agressão por animais;  Imunobiológicos especiais disponibilizados nos CRIE; 34
  • 43. Soros antitetânico, antidiftérico e anti-rábico administrados nas situações indicadas; e  Soros específicos para tratamento dos acidentes provocados por animais peçonhentos. Para estes e outros produtos a meta pode ser calculada considerando a demanda atendida em períodos anteriores a partir do que são estabelecidas estimativas de população a ser atendida. A meta, portanto, é atender 100% da população que busca cada um desses produtos. Quando a Unidade de Saúde não dispõe dos soros ou no caso dos imunobiológicos especiais a meta deve ser encaminhar e garantir o atendimento nas unidades de referência de 100% da demanda. No planejamento, inclusive, devem ser analisadas as dificuldades para o atendimento em unidades de referência, como o CRIE, considerando problemas de acesso, disponibilidade dos produtos, horário do atendimento, sendo necessário fazer uma articulação e planejar alternativas para garantir o acesso do usuário da Unidade de Saúde. Quadro I-7: Metas do PNI Vacinas Metas Observações Vacina BCG Vacinação de 90% dos Administrar essas vacinas nas menores de um ano de crianças com menos de cinco anos de idade. idade, que não foram vacinadas ou Vacina hepatite B Vacinação de 95% dos que não completaram o esquema (recombinante) menores de um ano de básico no primeiro ano de vida. idade. Vacina adsorvida Vacinação de 95% dos difteria, tétano, menores de um ano de pertussis e idade. Haemophilus influenzae b (conjugada) Vacina poliomielite 1, Vacinação de 95% dos 2, 3 (atenuada) menores de um ano de idade. Vacinação de 95% dos Vacinar a partir do nascimento. menores de cinco anos Vacinar independente da situação de idade nos dois dias vacinal da criança. nacionais Vacina sarampo, Vacinação de 95% das Vacinar as crianças até 11 anos de caxumba, rubéola crianças com um ano de idade, não vacinadas anteriormente. idade. Vacinar mulheres de 12 a 49 anos e homens até 39 anos de idade sem comprovante de vacinação. 35
  • 44. Vacina adsorvida Vacinação de 100% das Objetivando o controle do tétano difteria e tétano adulto mulheres em idade fértil neonatal Vacinar mulheres grávidas, principalmente aquelas que residem nos municípios considerados de risco e alto risco para o tétano neonatal. Vacina influenza Vacinação de 80% da Objetivando especialmente prevenir as (fragmentada) população com 60 anos e complicações das doenças, mais principalmente as pneumonias bacterianas secundárias. Vacina febre amarela Vacinação de 100% dos Em áreas aonde há indicação. (atenuada) menores de um ano Vacinação de 100% dos Para pessoas que se dirigem a áreas suscetíveis consideradas de risco. No Quadro I-8 têm-se exemplos de metas relacionadas a objetivos e problemas apontados anteriormente. Importante destacar que a meta básica é vacinar 100% das crianças que nascem o mais precocemente possível, ou seja o compromisso da Unidade de Saúde é a proteção universal. O percentual de cobertura entre 90% e 95% é o mínimo que vai permitir o controle, a erradicação ou a eliminação da doença imunoprevenível, constituindo-se, assim, como indicador e não como meta. Outro ponto importante diz respeito ao não alcance das coberturas nos grupos alvo, provocando uma acumulação de não vacinados (suscetíveis) para os quais a Unidade de Saúde deverá buscar estratégias para vaciná-los o mais rápido possível. Na dependência da realidade da população e do território do entorno da Unidade de Saúde, caracterizada na análise da situação pode ser necessário estabelecer metas relacionadas à vacinação de públicos específicos como populações indígenas, quilombolas, assentados, população de rua, abrigados, asilados, população privada de liberdade, ou mesmo a vacinação de população de outros países, quando a unidade for situada em região de fronteiras. Outras metas, relacionadas ao trabalho específico da unidade, podem ser estabelecidas, como por exemplo:  Capacitar 100% da equipe da Unidade de Saúde em imunizações; ,36
  • 45. Reduzir em 100% a ocorrência de EAPV;  Desenvolver trabalho conjunto com 100% dos meios de comunicação acessíveis à população da Unidade de Saúde. Quadro I-8: Exemplo de metas relacionadas a objetivos e problemas Explicação do problema Objetivos Metas Não há controle de faltosos e  Alcançar 95% ou mais  Vacinar 100% das nem foi feita busca ativa. de cobertura para cada crianças que nascem. Não houve intensificação da vacina do primeiro ano  Vacinar 100% dos vacinação nem oferta de de vida. menores de cinco anos outras vacinas no dia de  Vacinar os não que não completaram vacinação com a vacina vacinados ou esquemas no 1º ano de poliomielite. incompletamente vida. Pais e responsáveis não foram vacinados.  Envolver 100% dos meios orientados convenientemente.  Realizar ações de de comunicação A ocorrência de EAPV divulgação e acessíveis à população da contribuiu para o não retorno. mobilização da Unidade de Saúde. população para a  Capacitar 100% da equipe vacinação. em vacinação.  Realizar palestras em 100% das salas de aula. 2.2.3. Definição de ações As ações representam o que é necessário fazer para cumprir os objetivos específicos. No quadro I-9 tem-se exemplos de ações relacionadas aos problemas, objetivos e metas apontados nos tópicos anteriores. Para cada ação deve estar identificado o responsável dentro da equipe de saúde. Isto não significa que esta pessoa vá desenvolver aquela atividade de forma isolada, significa que ela responderá pela execução, informando sobre o seu andamento e resultado. Deve ser definido, também, um período para a realização de cada atividade, para que ela seja concluída e apresente o resultado pretendido, contribuindo para o alcance do objetivo pretendido e, em consequência, para a solução do problema. 37
  • 46. Quadro I-9: Exemplo de ações considerando os diversos problemas, objetivos e metas apontados Ações Responsável Período Organizar o atendimento na Unidade de Saúde (US) de modo a Chefia da US oferecer a vacinação em horários alternativos, a exemplo do horário do almoço e após as 18 horas em dois dias na semana. Solicitar da coordenação municipal mais um profissional para Chefia da US trabalhar na sala de vacinação Solicitar da coordenação municipal troca do refrigerador. Chefia da US Realizar monitoramento rápido de cobertura vacinal. Enfermeiro Implantar a vigilância das coberturas de vacinação. Enfermeiro Avaliar com os ACS, se for o caso, o uso do cartão espelho. Enfermeiro Implantar o cartão controle na sala de vacinação. Enfermeiro Realizar busca ativa de faltosos. ACS Convocar os faltosos. Enfermeiro Fazer levantamento das instituições, organizações, veículos de Chefia da US comunicação com potencial para apoiar o trabalho da equipe de saúde. Reunir instituições e organizações da comunidade, inclusive os Enfermeiro meios de comunicação, para informar sobre o trabalho da US, vacinação, coberturas e busca de faltosos.. Visitar os responsáveis por meios de comunicação disponíveis na Chefia da US comunidade. Realizar ‘feira de saúde’ com o objetivo de sensibilizar, envolver e Chefia da US mobilizar a comunidade, articulando com a escola e outras instituições. Preparar uma cartilha para divulgação de informações sobre vacinas Enfermeiro e vacinação. Preparar correspondência com informe sobre as atividades Chefia da US desenvolvidas pela US e resultados alcançados. Realizar um dia de vacinação por mês na escola do bairro. Enfermeiro Treinar a equipe da sala de vacinação (ou encaminhar para Enfermeiro treinamento no município). Fazer supervisão diária ao trabalho na sala de vacinação, Enfermeiro identificando problemas e dificuldades enfrentados pela equipe de vacinação. Acompanhar a orientação dada aos pais, responsáveis ou pessoas Enfermeiro vacinadas. Realizar oficina interna para análise da atividade de vacinação no Chefia da US contexto da Unidade de Saúde. Solicitar cooperação técnica à coordenação municipal no tocante à Chefia da US supervisão, monitoramento e avaliação de atividades da Unidade de Saúde. 38
  • 47. No Quadro I-10 tem-se um consolidado dos exemplos apresentados até aqui, dando uma visão sequencial do processo. A construção de uma planilha contendo, no mínimo, os itens a seguir, pode ajudar o processo de planejamento desenvolvido pela equipe da Unidade de Saúde: (i) ‘problema’; (ii) ‘explicação’; (iii) ‘objetivos’; (iv) ‘metas’; (v) ‘ações’; (vi) ‘responsável’; e (vii) ‘período de realização’. 39
  • 48. 40 Quadro I-10: Consolidado dos exemplos apresentados anteriormente relativo ao processo de planejamento da atividade de vacinação em função da análise da situação Problema Explicação Objetivos Metas Ações Responsável a) Baixa cobertura  Não há controle de faltosos e nem foi  Alcançar 95% ou mais de 1. Vacinar Organizar o atendimento n vacinação no Chefia da US de vacinação, feita busca ativa. cobertura para cada 100% das horário do almoço e após as 18 horas em com as vacinas  Não houve intensificação da vacina do primeiro ano de crianças dois dias na semana. do 1º ano de vacinação nem oferta de outras vida. que vida, nos vacinas no dia de vacinação com a  Vacinar os não vacinados nascem. Chefia da US Solicitar da coordenação municipal mais menores de um vacina poliomielite. ou incompletamente um profissional para trabalhar na sala de ano, na Unidade vacinados. 2. Vacinar  Pais e responsáveis não foram vacinação. de Saúde no ano orientados convenientemente.  Realizar ações de 100% dos de 2009. menores  A ocorrência de EAPV contribuiu para divulgação e mobilização Solicitar da coordenação municipal troca da população para a de cinco Chefia da US o não retorno. do refrigerador. vacinação. anos que  Parte importante dos residentes tem não dificuldade de acesso à unidade. completar Realizar monitoramento rápido de Enfermeiro  Grande parte dos pais trabalha fora. am cobertura vacinal.  Quantitativo de menores de um ano a esquemas vacinar (estimativa) não coincide com no 1º ano Implantar a vigilância das coberturas de Enfermeiro a realidade. de vida. vacinação. b) Três casos de  Casos foram investigados  Capacitar pessoal da sala eventos confirmando a associação. de vacinação. 3. Envolver Avaliar com os ACS, se for o caso, o uso Enfermeiro adversos pós- 100% dos do cartão espelho.  A principal causa tem relação com a  Recompor a equipe da vacinação meios de técnica de aplicação. sala de vacinação. (EAPV) em comunicaç adolescentes  O vacinador apresentou problemas  Supervisionar o trabalho ão Implantar o cartão controle na sala de Enfermeiro vacinados na de cansaço e stress. da sala de vacinação. acessíveis vacinação. Unidade de  Não foi possível agregar um outro  Capacitar em EAPV. à Saúde, no vacinador à equipe. população Realizar busca ativa de faltosos. ACS primeiro  No último ano não houve treinamento da semestre de para atualização e aperfeiçoamento. Unidade Enfermeiro de Saúde. Convocar os faltosos. 2009. c) Perda de 500  Geladeira da unidade antiga e sem  Capacitar pessoal da doses de várias manutenção. sala de vacinação. 4. Capacitar Fazer levantamento das instituições, Chefia da US vacinas, 100% da organizações e veículos de comunicação  Constantes faltas de energia elétrica.  Recompor o com potencial para apoiar o trabalho da armazenadas equipamento da sala de equipe em na geladeira da  Falhas no registro do controle diário equipe da US. vacinação. vacinação. Unidade de de temperatura. Saúde, no mês  Ausência de supervisão interna à  Supervisionar o trabalho Enfermeiro 5. Realizar Reunir instituições e organizações da de setembro de sala de vacinação. da sala de vacinação. palestras comunidade, inclusive os meios de 2009.