2. INTRODUÇÃO
Interpretações, previsões, comparações, sentenças: tudo isso faz parte do cotidiano de qualquer setor. Na
comunicação, não poderia ser diferente. Especialmente neste momento de mudanças constantes e
profundas. Em linhas gerais, o trabalho do profissional de comunicação, seja o repórter de jornal, o âncora
de televisão ou o assessor de comunicação, mudou substancialmente depois da popularização da internet.
Será que as redes sociais vão substituir o jornalismo? Será que os impressos vão acabar? O Facebook já
começou a decair? Os assessores de comunicação terão de levar a mensagem de suas marcas ao público
final sem intermediários? Afinal, os blogs, tão populares nas empresas americanas, são mesmo preteridos
pelas empresas brasileiras?
Chamei de ‘crenças’ estes e outros questionamentos que tenho ouvido no contato com profissionais em
cursos, palestras, webinars e consultorias. Levantei dez questões desse tipo e as levei a 700 profissionais de
comunicação do Brasil. Cada slide a seguir apresenta o resultado de uma dessas crenças.
Usaremos o resultado desta pesquisa como base do conteúdo de webinars gratuitos e, ainda, de nosso
evento anual, o Content Marketing Brasil, que será realizado em setembro de 2014, em São Paulo.
Conheça agora o que pensam os profissionais de comunicação brasileiros e compare os resultados deste
estudo às suas impressões e opiniões.
Cassio Politi
cassio.politi@tracto.com.br
@tractoBR
3. O Facebook está entrando
em fase de declínio.
Não sabe
9%
Pesquisas no mundo todo têm apontado
queda no nível de atividade no Facebook,
especialmente na América do Norte.
No Brasil, os mais jovens acreditam mais
na força da rede social de Mark
Zuckerberg neste momento do que os
mais experientes. Entre os profissionais
de até 29 anos, 54% rejeitam a ideia de
decadência do Facebook ― contra 49%
dos que têm mais de 50 anos.
Concorda
39%
Discorda
52%
3
4. Redações são dependentes do material
produzido por assessoria de imprensa.
Não sabe
4%
Um estudo que realizamos no final de
2012 apontou que o mercado de
comunicação corporativa absorve dois de
cada três jornalistas hoje no Brasil. Isso
sugere redações mais enxutas e
assessorias mais atuantes.
Assessores de comunicação (45%) e
freelancers (47%) são os perfis que mais
concordam com a afirmação de que
redações hoje sejam dependentes de
releases e de outros materiais oficiais.
Jornalistas de redação (39%) e
professores universitários (29%) são os
que menos concordam com tal afirmação.
Concorda
Discorda
43%
53%
4
5. Assessoria de imprensa não é mais a principal
atividade na comunicação empresarial.
Não sabe
5%
As agências e os departamentos de
comunicação que trabalham por marcas
expandiram nos últimos anos sua
atuação. Passaram do relacionamento
com jornalistas para comunicação com
outros públicos, como os possíveis
clientes.
Assessores de comunicação (74%)
concordam mais do que jornalistas de
redação (62%) com a afirmação de que as
marcas hoje demandem mais
comunicação direta com o público-alvo
do que comunicação com a imprensa.
Discorda
24%
Concorda
71%
5
6. Toda empresa precisa apenas de uma
boa fan page no Facebook. Isso basta.
Não sabe
Concorda
1%
2%
Quando a onda das redes sociais chegou
com força às empresas brasileiras, entre
2008 e 2010, chegou-se a acreditar que o
Facebook funcionaria como uma
“internet dentro da internet”. Muitas até
eliminaram seus sites e os substituíram
exclusivamente por fan pages.
Hoje, a visão não é mais a mesma.
Praticamente todo o mercado entende
que ter uma fan page não basta para uma
marca que queira se comunicar bem.
Profissionais com mais de 50 anos de
idade foram os que mais apresentaram
dúvida para responder (5% versus menos
de 1% nas demais faixas etárias).
Discorda
97%
6
7. Blog corporativo não
pegou no Brasil.
Blogs corporativos são muito populares
entre empresas de todos os portes em
países como Estados Unidos, Canadá e
Inglaterra.
50% dos profissionais brasileiros de até
29 anos concordam com a afirmação de
que blog não pegou entre as empresas
por aqui. É um percentual menor do que
os que têm de 30 a 49 anos (59%) e dos
têm mais de 50 anos (67%).
Os jovens são, portanto, os que menos
acreditam em blogs mantidos por marcas.
Jornalistas (64%) acreditam mais em
blogs corporativos do que assessores de
comunicação (58%).
Não sabe
12%
Discorda
30%
7
Concorda
58%
8. As mídias sociais estão substituindo
os veículos de comunicação.
Não sabe
Nenhum grupo, seja por faixa etária ou
por função, crê na extinção dos veículos
de comunicação em função da existência
de plataformas de redes sociais.
Assessores de comunicação (19%)
acreditam mais nas mídias sociais como
substitutas dos meios tradicionais do que
os jornalistas que trabalham neles (13%).
Concorda
A discussão é extensa. Afinal, a mídia
social é capaz de substituir o velho
jornalismo?
4%
Os professores universitários (25%) são os
que mais são os que mais acreditam na
possibilidade de as mídias sociais
substituírem os veículos de comunicação.
18%
Discorda
78%
8
9. Um assessor de imprensa eficiente envia seus releases por
e-mail para uma grande quantidade de jornalistas.
Não sabe
Concorda
5%
Jornalistas de veículos reclamam do
excesso de releases que recebem por email, muitos dos quais voltados para
editorias diferentes daquelas em que
atuam. Várias empresas vendem mailings
de jornalistas a preços relativamente
baixos, o que estimula esse cenário.
10%
A grande maioria dos profissionais (85%)
entende que o trabalho de assessoria de
imprensa deveria ser mais qualitativo do
que quantitativo.
Essa percepção é mais acentuada entre
assessores de comunicação (87%) do que
entre jornalistas (83%), freelancers (82%)
e professores universitários (83%).
Discorda
85%
9
10. Empresas precisam
produzir conteúdo útil.
Discorda
Não sabe
2%
2%
Concorda
96%
10
O termo Utility vem ganhando força nos
Estados Unidos. Ele parte da premissa de
que empresas devem prestar serviços e
tirar dúvidas de seu público, atuando
como empresas de mídia. E não ficar
apenas no diálogo superficial via redes
sociais, como muitas fazem.
Todos os grupos pesquisados concordam
em quase a sua totalidade com a ideia de
que é preciso gerar conteúdo útil.
11. O meio impresso
morreu.
Não sabe
Concorda
5%
2%
A discussão é tão antiga quanto o próprio
jornalismo online: a internet vai matar o
impresso.
Apesar do avanço dos meios digitais, os
impressos continuam desfrutando de
credibilidade do mercado de
comunicação como um todo.
O perfil que mais aceita a afirmação da
morte dos impressos é o de freelancers
(9%).
Discorda
93%
11
12. Jovens agências digitais entendem
de novas mídias, mas não de comunicação.
Agências digitais nasceram nos últimos
cinco anos com foco em atualização em
redes sociais. São equipes compostas
essencialmente de jovens dotados de
grande habilidade com ferramentas
sociais, mas com pouca ou nenhuma
vivência em assessoria de imprensa,
redação, branding ou marketing.
Menos da metade dos profissionais de
até 29 anos (44%) concordam com a
afirmação de que lhes falta conhecimento
de comunicação. É um percentual menor
do que os profissionais de 30 a 49 anos
(51%) ou de mais de 50 anos (67%).
Não sabe
14%
Concorda
Discorda
34%
12
52%
13. SOBRE ESTE ESTUDO
A coleta dos dados que deram origem a este estudo foi feita entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 2014, em
pesquisa realizada por questionário online. O universo pesquisado foi a base de cadastrados na Tracto,
composta por cerca de 46 mil profissionais de comunicação. Este mailing é fomentado pelos cadastros em
eventos online e presenciais gratuitos, e-books, assinatura de newsletters, cursos e seminários realizados
continuamente em diversos estados do Brasil.
Os cadastrados foram convidados aleatoriamente para responder o questionário online. Exatamente 700
aceitaram participar e responderam o questionário. Eis a composição da amostra:
1%
5%
0,1%
5%
0,4%
Até 19 anos
20 a 29 anos
12%
32%
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
32%
13
1%
Assessor
3%
Jornalista
30 a 39 anos
40 a 49 anos
17%
6%
80 anos ou mais
Freelancer
8%
Professor
16%
60%
Estudante
Desempregado
Outros
14. SOBRE A TRACTO
Nós, da Tracto Content Marketing, somos uma empresa brasileira altamente especializada em content
marketing. Realizamos treinamentos abertos e in company para profissionais de comunicação e marketing
em todo o Brasil.
Organizamos anualmente o Content Marketing Brasil (contentmarketingbrasil.com.br), em São Paulo,
evento que busca difundir conhecimentos técnicos específicos de content marketing.
Prestamos serviços B2B para empresas privadas focadas na geração de lides comerciais qualificados.
Realizamos constantemente estudos e pesquisas na área de comunicação, cujos relatórios são
compartilhados em eventos presenciais e online gratuitos.
Somos parceiros de mídia do Content Marketing Institute, dos Estados Unidos, principal referência no
desenvolvimento de content marketing no mundo.
Contatos:
(11) 3437-2037
www.tracto.com.br
tracto@tracto.com.br
@tractoBR