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Aspectos da cultura indígena nas histórias em
          quadrinhos paraibanas:
 uma análise de Itabira – Inimigos e Amantes

                 Marcelo Soares
   Mestrando em Comunicação pelo PPGC/UFPB.
       marcelo.soaresdelima@yahoo.com.br
Integrado ao



                      http://www.marcadefantasia.com/res
                      enhas/revistas/imaginario-01-
                      resenha.htm



• Grupo de Pesquisa em Humor, Quadrinhos
  e Games, do Programa de Pós-Graduação
  em Comunicação da UFPB
Objetivo
• Analisar a inserção de elementos da cultura
  indígena nas histórias em quadrinhos
  paraibanas.

• Objeto de Análise: revista A União
  Quadrinhos: Itabira, inimigos e amantes,
  lançada em agosto de 2000.
Objetivos Específicos

• Perceber quais visões do povo indígena a
  mídia trabalha.

• Observar como a revista analisada representa
  os índigenas.
Mídia como representação
• Patrick Charaudeau (2006) aponta que as
  mídias não trabalham com a realidade, nem
  muito menos são espelhos dela.

• O que elas fazem é desenvolver
  representações construídas a partir de suas
  necessidades,      transformando           essa
  representação no que seria o próprio real.
Mídia como representação

• As produções midiáticas contribuem para
  colocar em circulação alguns significados
  sobre os povos indígenas, muitas vezes
  regrados por alguns estereótipos, que
  serviriam para construir uma imagem
  facilmente reconhecível desse grupo.
O índio na mídia
• Verônica Simm e Iara Tatiana Bonin (2011)
  destacam que pelo menos nas narrativas
  literárias os índios tem sido integrados há
  pelos menos dois séculos.

  – Basta lembrarmos dos clássicos indianistas de
    José de Alencar – Iracema, O Guarani, ou dos
    poemas de Gonçalves Dias, compostos no
    século XIX.
O índio na mídia
• Contudo, as autoras ressaltam que a temática
  indígena    de     fato    adquiriu   maior
  expressividade na cena contemporânea:

  – programas de TV, filmes, documentários,
    exposições fotográficas, histórias em quadrinhos,
    entre outros.
Por que Historias em Quadrinhos?

• Marcos Vieira (2008) aponta que:
  – as histórias em quadrinhos além de participarem
    do imaginário do seu público, constituem um
    importante meio de representação da cultura
    popular e contemporânea.


• Objeto de estudo no Mestrado
Exemplos         de       HQ      com   temática
indígena

• Manual do Índio Papa-capim, de Mauricio de Sousa

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• Itabira, Emir Ribeiro
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• Após a morte de seu pai em batalha, Itabira é
  preparado para suceder seu pai, tornando-se o
  mais forte, valente, sagaz e esperto guerreiro
  da tribo.
Itabira: Inimigos e Amantes
• Lançada no suplemento quinzenal A União Em
  Quadrinhos, no ano de 2000.

• Encartado no Jornal A União, periódico local.

• Em teoria, o formato adotado seria mais
  acessível ao público do que o modelo
  tradicional   de     revista      encadernada,
  normalmente dirigida mais a livrarias.
Um índio guerreiro em terras paraibanas

• O encontro entre o tabajara
  Itabira e a índia potiguara
  Janaína gera um interesse
  romântico em ambos e um
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  tabajara e potiguara.

• Vinte páginas, em preto e
  branco, com uma introdução a
  coleção União em Quadrinhos e
  um extra ao fim da edição sobre
  o    histórico   editorial   do
  personagem principal da revista.
Um índio guerreiro em terras paraibanas




                 • Itabira e seus colegas
                   utilizam conhecimentos
                   da natureza para caçar.
Um índio guerreiro em terras paraibanas

• Em seguida encontra
  a potiguara Janaina,
  que pede para ele
  poupar o seu animal
  de estimação.

• Após isso, indica
  outro da mesma
  espécie e de maior
  tamanho.
Um índio guerreiro em terras paraibanas




     Janaina descreve as qualidades que um índio deveria ter
Um índio guerreiro em terras paraibanas




• Temos duas visões opostas dos personagens: o homem
  buscando não pensar na índia da tribo inimiga, enquanto
  a mulher ignorando o tradicional conflito entre as tribos
  em prol do seu interesse por ele.
Um índio guerreiro em terras paraibanas




• No dia seguinte ao encontro com Janaína, Itabira parte a vagar pelas
  matas buscando encontrar a potiguara novamente.

• Eles acabam se reencontrando, mas, também, ele encontra alguns índios
  inimigos que o fazem de refém e o levam para a tribo potiguara.
Um índio guerreiro em terras paraibanas



                  • cunhã-membira
                     – (de kunhã, mulher, +
                       membira, cria; = cria de
                       mulher)
Um índio guerreiro em terras paraibanas



• Costume da tribo
  quanto a seus
  prisioneiros e uma
  relação     marital
  com suas índias
Um índio guerreiro em terras paraibanas
Um índio guerreiro em terras paraibanas
Observações
• Roteiro corrido
  – Sem muito aprofundamento de personagens
    (personalidades, motivações, desejos, etc)

• o autor apresenta Itabira como um sujeito
  unidirecional
  – preocupado somente com lutas, alimento, forte,
    praticamente invulnerável; mesmo assim, ele o
    incrementa, humaniza, ao colocar no índio uma
    imagem de alguém apaixonado, até amoroso, e
    carinhoso com Janaina.
Observações
• Texto escrito:
   – a história peca em utilizar uma linguagem mais
     voltada à norma culta moderna, sem utilização de
     formas e termos próprios da linguagem indígena.


• No geral:
   – a revista cumpre bem sua proposta de exposição,
     mesmo que curta e lúdica, de um universo indígena
     regional histórico, mostrando até uma preocupação
     mais avançada que os próprios livros didáticos do
     mesmo período.
Observações
• Como aponta Nayana Mariano (2006), que
  trabalha com livros didáticos produzidos nas
  décadas de 1990 e 2000. Para ela:

  – As variadas formas de organização social, as
    diferenças culturais e linguísticas, as especificidades
    dos diferentes tipos de contato, a resistência
    adaptativa, as novas formas sociais que se
    formaram, o atual crescimento demográfico, os seus
    modos de vida hoje, enfim as sociedades indígenas,
    de um modo geral, são desconsideradas, dando
    espaço para construções omissas, simplificadoras e
    estilizadas desses povos.
Observações
  • José Ribamar Freire (2012)

  – a imagem do índio ‘autêntico’, reforçada pela
    escola e pela mídia, é a do índio nu ou de tanga,
    no meio da floresta, de arco e flecha. Essa
    imagem ficou congelada por mais de cinco
    séculos. Qualquer mudança nela provoca
    estranhamento.
Considerações finais e reflexões
• Indígenas como protagonistas de suas histórias;

• Leva ao público noções sobre sua vivência
  excluídas de outros ambitos do conhecimento
  contemporâneo;

• Torna-se uma boa introdução à cultura indígena,
  como faísca impulsionadora à busca de mais
  conhecimentos tanto sobre os tabajaras quanto
  potiguaras.
Considerações finais e reflexões
• Por que ainda a imagem preferida de se
  trabalhar nas histórias em quadrinhos é a do
  índio colonial, imerso na floresta, intocado
  pela civilização, em conflito com
  colonizadores ou, ainda, como subserviente a
  eles?

• Não seria interessante também problematizar
  os conflitos e história contemporânea dos
  povos indígenas?
Considerações finais e reflexões
• As histórias em quadrinhos nacionais se
  prendem a uma cômoda representação
  cristalizada da figura do índio;

• É necessário um avanço em relação à
  criatividade, ousadia e procura de novas visões
  acerca do universo indígena;

• Ampliar as discussões, o conhecimento e
  reflexão sobre um povo que de nativos de nosso
  país é muitas vezes posto quase como sombras
  escondidas em cantos de paredes históricas.
Referências
•   CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2010.

•   FREIRE. José Ribamar Bessa. Mídia olha os índios do século XXI, mas não os vê. Blog
    da               Amazônia:               2012.             Disponível              em:
    http://terramagazine.terra.com.br/blogdaamazonia/blog/2012/05/28/midia-olha-os-indios-
    do-seculo-xxi-mas-nao-os-ve/. Acesso em: 19 de março de 2012.

•   GUIMARÃES, Edgard. Linguagem e metalinguagem na história em quadrinhos. XXV
    Congresso Anual em Ciência da Comunicação, Salvador/BA, 04 e 05. Setembro de 2002.
    Disponível                                                                     em:
    http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/19045/1/2002_NP16GUIMAR
    AES.pdf. Acesso em: 15 de Março de 2012:

•   MARIANO, Nayana Rodrigues Cordeiro. A representação sobre os índios nos livros
    didáticos      de      história     do       brasil.    2006.    Disponível  em:
    http://www.ce.ufpb.br/ppge/Dissertacoes/dissert06/Nayana%20Rodrigues/A%20REPRES
    ENTA%C7%C3O%20SOBRE%20OS%20%CDNDIOS.pdf. Acesso em: 19 de março de
    2012.

•   RAMOS, Paulo; VERGUEIRO, Waldomiro (orgs). Muito Além dos
    Quadrinhos: análises e reflexões sobre a 9ª arte. São Paulo: Devir, 2009.
Referências
•   SANTOS, Roberto Elísio dos; NETO, Elydio dos Santos. Narrativas gráficas como
    expressões do ser humano. Revista Trama Interdisciplinar, v. 1, n. 2 (2010). Disponível
    em: http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/tint/article/view/3113/2613. Acesso em:
    19 de março de 2012.

•   SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a Mídia? São Paulo: Loyola, 2002.

•   SIMM, Verônica; BONIN, Iara Tatiana. Imagens da vida indígena: uma análise de
    ilustrações em livros de literatura infantil contemporânea. Revista Historiador, n. 4. ano 4,
    2011.                                      Disponível                                    em:
    http://www.historialivre.com/revistahistoriador/quatro/veronicas.pdf. Acesso em: 19 de
    março de 2012.

•   VIEIRA, Marcos. Corpo, identidade e poder nos quadrinhos de super-heróis: um
    estudo de representações. Rio de Janeiro: 2008. Contemporânea, Vol. 6, nº 03. Disponível
    em:
    www.contemporanea.uerj.br/pdf/ed_11ex/14_MarcosVIEIRA_IISeminarioPPGCOM.pdf.
    Acesso em: 15 de Março de 2012

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Aspectos da cultura indígena nas histórias em quadrinhos

  • 1. Aspectos da cultura indígena nas histórias em quadrinhos paraibanas: uma análise de Itabira – Inimigos e Amantes Marcelo Soares Mestrando em Comunicação pelo PPGC/UFPB. marcelo.soaresdelima@yahoo.com.br
  • 2. Integrado ao http://www.marcadefantasia.com/res enhas/revistas/imaginario-01- resenha.htm • Grupo de Pesquisa em Humor, Quadrinhos e Games, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPB
  • 3. Objetivo • Analisar a inserção de elementos da cultura indígena nas histórias em quadrinhos paraibanas. • Objeto de Análise: revista A União Quadrinhos: Itabira, inimigos e amantes, lançada em agosto de 2000.
  • 4. Objetivos Específicos • Perceber quais visões do povo indígena a mídia trabalha. • Observar como a revista analisada representa os índigenas.
  • 5. Mídia como representação • Patrick Charaudeau (2006) aponta que as mídias não trabalham com a realidade, nem muito menos são espelhos dela. • O que elas fazem é desenvolver representações construídas a partir de suas necessidades, transformando essa representação no que seria o próprio real.
  • 6. Mídia como representação • As produções midiáticas contribuem para colocar em circulação alguns significados sobre os povos indígenas, muitas vezes regrados por alguns estereótipos, que serviriam para construir uma imagem facilmente reconhecível desse grupo.
  • 7. O índio na mídia • Verônica Simm e Iara Tatiana Bonin (2011) destacam que pelo menos nas narrativas literárias os índios tem sido integrados há pelos menos dois séculos. – Basta lembrarmos dos clássicos indianistas de José de Alencar – Iracema, O Guarani, ou dos poemas de Gonçalves Dias, compostos no século XIX.
  • 8. O índio na mídia • Contudo, as autoras ressaltam que a temática indígena de fato adquiriu maior expressividade na cena contemporânea: – programas de TV, filmes, documentários, exposições fotográficas, histórias em quadrinhos, entre outros.
  • 9. Por que Historias em Quadrinhos? • Marcos Vieira (2008) aponta que: – as histórias em quadrinhos além de participarem do imaginário do seu público, constituem um importante meio de representação da cultura popular e contemporânea. • Objeto de estudo no Mestrado
  • 10. Exemplos de HQ com temática indígena • Manual do Índio Papa-capim, de Mauricio de Sousa • Os Brasileiros de André Total • Paiaguá – Donos do Rio • A Turma do Pererê, de Ziraldo • Itabira, Emir Ribeiro
  • 11. Itabira: Braço de Pedra • Criação do paraibano Emir Ribeiro e seu pai Emilson Ribeiro, em 1975. • Local da história: Paraíba colonial • Após a morte de seu pai em batalha, Itabira é preparado para suceder seu pai, tornando-se o mais forte, valente, sagaz e esperto guerreiro da tribo.
  • 12. Itabira: Inimigos e Amantes • Lançada no suplemento quinzenal A União Em Quadrinhos, no ano de 2000. • Encartado no Jornal A União, periódico local. • Em teoria, o formato adotado seria mais acessível ao público do que o modelo tradicional de revista encadernada, normalmente dirigida mais a livrarias.
  • 13. Um índio guerreiro em terras paraibanas • O encontro entre o tabajara Itabira e a índia potiguara Janaína gera um interesse romântico em ambos e um confronto entre as tribos tabajara e potiguara. • Vinte páginas, em preto e branco, com uma introdução a coleção União em Quadrinhos e um extra ao fim da edição sobre o histórico editorial do personagem principal da revista.
  • 14. Um índio guerreiro em terras paraibanas • Itabira e seus colegas utilizam conhecimentos da natureza para caçar.
  • 15. Um índio guerreiro em terras paraibanas • Em seguida encontra a potiguara Janaina, que pede para ele poupar o seu animal de estimação. • Após isso, indica outro da mesma espécie e de maior tamanho.
  • 16. Um índio guerreiro em terras paraibanas Janaina descreve as qualidades que um índio deveria ter
  • 17. Um índio guerreiro em terras paraibanas • Temos duas visões opostas dos personagens: o homem buscando não pensar na índia da tribo inimiga, enquanto a mulher ignorando o tradicional conflito entre as tribos em prol do seu interesse por ele.
  • 18. Um índio guerreiro em terras paraibanas • No dia seguinte ao encontro com Janaína, Itabira parte a vagar pelas matas buscando encontrar a potiguara novamente. • Eles acabam se reencontrando, mas, também, ele encontra alguns índios inimigos que o fazem de refém e o levam para a tribo potiguara.
  • 19. Um índio guerreiro em terras paraibanas • cunhã-membira – (de kunhã, mulher, + membira, cria; = cria de mulher)
  • 20. Um índio guerreiro em terras paraibanas • Costume da tribo quanto a seus prisioneiros e uma relação marital com suas índias
  • 21. Um índio guerreiro em terras paraibanas
  • 22. Um índio guerreiro em terras paraibanas
  • 23. Observações • Roteiro corrido – Sem muito aprofundamento de personagens (personalidades, motivações, desejos, etc) • o autor apresenta Itabira como um sujeito unidirecional – preocupado somente com lutas, alimento, forte, praticamente invulnerável; mesmo assim, ele o incrementa, humaniza, ao colocar no índio uma imagem de alguém apaixonado, até amoroso, e carinhoso com Janaina.
  • 24. Observações • Texto escrito: – a história peca em utilizar uma linguagem mais voltada à norma culta moderna, sem utilização de formas e termos próprios da linguagem indígena. • No geral: – a revista cumpre bem sua proposta de exposição, mesmo que curta e lúdica, de um universo indígena regional histórico, mostrando até uma preocupação mais avançada que os próprios livros didáticos do mesmo período.
  • 25. Observações • Como aponta Nayana Mariano (2006), que trabalha com livros didáticos produzidos nas décadas de 1990 e 2000. Para ela: – As variadas formas de organização social, as diferenças culturais e linguísticas, as especificidades dos diferentes tipos de contato, a resistência adaptativa, as novas formas sociais que se formaram, o atual crescimento demográfico, os seus modos de vida hoje, enfim as sociedades indígenas, de um modo geral, são desconsideradas, dando espaço para construções omissas, simplificadoras e estilizadas desses povos.
  • 26. Observações • José Ribamar Freire (2012) – a imagem do índio ‘autêntico’, reforçada pela escola e pela mídia, é a do índio nu ou de tanga, no meio da floresta, de arco e flecha. Essa imagem ficou congelada por mais de cinco séculos. Qualquer mudança nela provoca estranhamento.
  • 27. Considerações finais e reflexões • Indígenas como protagonistas de suas histórias; • Leva ao público noções sobre sua vivência excluídas de outros ambitos do conhecimento contemporâneo; • Torna-se uma boa introdução à cultura indígena, como faísca impulsionadora à busca de mais conhecimentos tanto sobre os tabajaras quanto potiguaras.
  • 28. Considerações finais e reflexões • Por que ainda a imagem preferida de se trabalhar nas histórias em quadrinhos é a do índio colonial, imerso na floresta, intocado pela civilização, em conflito com colonizadores ou, ainda, como subserviente a eles? • Não seria interessante também problematizar os conflitos e história contemporânea dos povos indígenas?
  • 29. Considerações finais e reflexões • As histórias em quadrinhos nacionais se prendem a uma cômoda representação cristalizada da figura do índio; • É necessário um avanço em relação à criatividade, ousadia e procura de novas visões acerca do universo indígena; • Ampliar as discussões, o conhecimento e reflexão sobre um povo que de nativos de nosso país é muitas vezes posto quase como sombras escondidas em cantos de paredes históricas.
  • 30. Referências • CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mídias. São Paulo: Contexto, 2010. • FREIRE. José Ribamar Bessa. Mídia olha os índios do século XXI, mas não os vê. Blog da Amazônia: 2012. Disponível em: http://terramagazine.terra.com.br/blogdaamazonia/blog/2012/05/28/midia-olha-os-indios- do-seculo-xxi-mas-nao-os-ve/. Acesso em: 19 de março de 2012. • GUIMARÃES, Edgard. Linguagem e metalinguagem na história em quadrinhos. XXV Congresso Anual em Ciência da Comunicação, Salvador/BA, 04 e 05. Setembro de 2002. Disponível em: http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/19045/1/2002_NP16GUIMAR AES.pdf. Acesso em: 15 de Março de 2012: • MARIANO, Nayana Rodrigues Cordeiro. A representação sobre os índios nos livros didáticos de história do brasil. 2006. Disponível em: http://www.ce.ufpb.br/ppge/Dissertacoes/dissert06/Nayana%20Rodrigues/A%20REPRES ENTA%C7%C3O%20SOBRE%20OS%20%CDNDIOS.pdf. Acesso em: 19 de março de 2012. • RAMOS, Paulo; VERGUEIRO, Waldomiro (orgs). Muito Além dos Quadrinhos: análises e reflexões sobre a 9ª arte. São Paulo: Devir, 2009.
  • 31. Referências • SANTOS, Roberto Elísio dos; NETO, Elydio dos Santos. Narrativas gráficas como expressões do ser humano. Revista Trama Interdisciplinar, v. 1, n. 2 (2010). Disponível em: http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/tint/article/view/3113/2613. Acesso em: 19 de março de 2012. • SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a Mídia? São Paulo: Loyola, 2002. • SIMM, Verônica; BONIN, Iara Tatiana. Imagens da vida indígena: uma análise de ilustrações em livros de literatura infantil contemporânea. Revista Historiador, n. 4. ano 4, 2011. Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador/quatro/veronicas.pdf. Acesso em: 19 de março de 2012. • VIEIRA, Marcos. Corpo, identidade e poder nos quadrinhos de super-heróis: um estudo de representações. Rio de Janeiro: 2008. Contemporânea, Vol. 6, nº 03. Disponível em: www.contemporanea.uerj.br/pdf/ed_11ex/14_MarcosVIEIRA_IISeminarioPPGCOM.pdf. Acesso em: 15 de Março de 2012