1. Aula 1
Conceituar a Modalidade de ensino – EJA,
Caracterizar a Identidade do aluno da EJA,
Historicizar a EJA no Brasil, seguindo diferentes
décadas.
d
Quem a sociedade considera “sujeito educado” ?
Por quê a Escola é vista, como elemento
importante para a Educação?
Cite 5 características de
uma “pessoa educada”,
É fundamental para a humanização e socialização do
homem.
O homem produz conhecimento, valores, arte, ciência,
crenças, tecnologia,
Através da Educação o homem
ressignifica aquilo que pode
favorecer seu bem estar
enquanto ser humano.
Homem produz Cultura – seu
fazer histórico.
Paulo Freire – educar para transformar
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=WJryIAcbRRE
2. Aprender a ler e escrever significa adquirir uma
tecnologia, codificar e decodificar os rudimentos
da escrita;
Aprender a fazer algo por repetição,
Ter-se apropriado da
escrita é diferente de ter
aprendido a ler e a
escrever”.
É muito mais que a aquisição da habilidade de
codificar o próprio nome.
Apropriar-se da escrita é tornar a escrita própria,
ou seja, é assumi-la como sua propriedade.
Capacidade de interpretar a
leitura e escrita na prática
social. Envolve valores,
atitudes, sentimentos e
relacionamento social.
Homens e mulheres, com pouca instrução escolar, 3ª
idade, pessoas com necessidades educacionais especiais,
adolescentes em conflito com a lei, os privados de
liberdade, assalariados rurais, agricultores, povos da
floresta, indígenas, afro-descendentes, pescadores,
ribeirinhos que tiveram uma
passagem curta e não sistemática
pela escola.
Contingência alheia à sua
vontade”.
1º- Profundo descaso e marginalização do atendimento as
classes populares, evidenciado desde a Colonização do
Brasil, passando pelo Império e Primeira República.
2º - Dicotomização entre trabalho manual e trabalho
intelectual.
3º - A segregação - ao se restringir
a oferta da educação elementar aos
pobres enquanto para a elite era
disponibilizado o privilégio de
participação no ensino médio e
superior.
Educação seletiva, discriminatória e excludente.
Sempre esteve ligada às transformações
religiosas, sociais, econômicas e políticas que
marcaram diferentes momentos no país.
A EJA no período Colonial,
tinha como fim, ensinar os
colonos a ler o catecismo,
escrever e seguir as
instruções da corte.
Censo Nacional de 1890 – constatou que 85% da
população – iletrados-analfabetos,
Lei Saraiva de 1882, Constituição de 1891, impediu
o voto ao analfabeto,
Reforma João Alves -1925 –
Ensino noturno para adultos
analfabetos, nas escolas
públicas.
-
3. Analfabetismo é considerado doença nacional,
Analfabeto era visto como inculto, preguiçoso,
ignorante e incapaz,
Surge movimento contra analfabetismo, mobilizado
por organismos sociais e civis,
com objetivo de aumentar
contingente eleitoral.
O domínio da leitura e escrita é
valorizado diante do acelerado
processo de urbanização
do país.
Constituição de 1934 - Plano Nacional de
Educação - EJA - dever do Estado, incluído na
oferta de ensino primário integral, gratuito, de
frequência obrigatória;
Brasil - modelo agrícola passa
a exigir preparação de
mão-de-obra, para atender
o contexto urbano – industrial
e meio rural
Lançada a Campanha Nacional de erradicação
do analfabetismo (CNEA), coordenada por
Lourenço Filho, que marcou uma nova etapa nas
discussões sobre a educação de adultos.
Houve seminários preparatórios, em diversas
regiões do Brasil, com propósito de erradicação do
analfabetismo,
Paulo Freire chamou a atenção para as causas
sociais ligadas ao analfabetismo,
1958 - Críticas à Campanha de Educação de
Adultos, em função do caráter superficial do
aprendizado.
Escolarização limitava-se ao
Ensino Primário,
Efervescência de movimentos sociais, políticos e
culturais, destaque para:
Centros Populares de Cultura (CPC);
Movimento de Cultura
Popular (MCP);
Movimento de Educação de
Base (MEB);
Campanha “de pé no chão
também se aprende a ler”;
Com a Ditadura Militar muitos programas de alfabetização
de adultos desapareceram,
Surge o MOBRAL – Lei n. 5.379/1967,
Proposta desconsiderava a
migração rural-urbana.
Valorizava o modelo industrial,
seguindo padrões capitalista de
produção e consumo.
Objetivo:escolarizar muitos, com
pouco recurso – baixo custo
operacional.
4. Depois de 70 dias na prisão, Paulo Freire não pôde
continuar seu trabalho com a educação.
Contra sua vontade partiu para o exílio em
setembro de 1964.
Paulo Freire foi exilado do
Brasil, mas, seguiu
trabalhando com educação
de adultos no Chile e depois
em países africanos.
Bolívia - Contrato de assessoria para o Ministério
da Educação na Bolívia, permaneceu em torno de
um mês e em seguida partiu para o Chile,
Chile – (1964 – 1969) – Integrou o Ministério da
Reforma Agrária e coordenou
a campanha de alfabetização
dos camponeses chilenos.
No exílio Paulo Freire
escreveu várias obras.
1980 – Volta a lecionar na PUC-SP.
1985 – 1990 - Professor Titular da UNICAMP.
22 de abril de 1997 – última aula de Paulo Freire na
PUC de São Paulo,
02de maio de 1997 aos 75
anos de idade , sofre enfarto
fulminante, vindo a falecer.
Seus sonhos e sua ética
continuam vivos
Paulo Freire: Importância do ato de ler
Fonte: Https://www.youtube.com/watch?v=hgdnZDTEBiU
Você conhece ou participou de alguma ação
educativa de jovens e adultos em sua região?
Qual? Relate.
Dos 40 milhões de frequentadores do MOBRAL, apenas
10% foram alfabetizados. (PAIVA,1983)
MMobral foi extinto em 1985,
Seu lugar foi ocupado pela
Fundação Educar que passou a
desempenhar papel relevante
junto ao MEC, às prefeituras
municipais e a sociedade civil
organizada (movimento sociais
e populares).
5. Proposta: erradicação do analfabetismo em 10 anos.
Nesse período, o governo federal extingue a Fundação
Educar, Ausenta-se da função de
articulador e indutor de uma
política de adultos no Brasil.
Conferência Mundial de
Educação Para Todos
Conferência Mundial de Educação Para Todos explicita
a permanência do analfabetismo e o reconhecimento
do analfabetismo funcional.
Educação é indicada como um dos principais
determinantes da
competitividade entre os
países, seguindo às exigências
da reestruturação econômica
global, mudanças no modelo
produtivo e avanços
tecnológicos.
EJA - considerada Modalidade da Educação Básica
nas etapas do Ensino Fundamental e Médio, com
especificidade própria.
Os sistemas de ensino deveriam viabilizar e
estimular o acesso e a
permanência do trabalhador
na escola, mediante ações
integradas e complementares
entre os diversos setores das
esferas públicas.
Apesar da LDB, apresentar capítulo específico para
a EJA, a Emenda Constitucional n.14/96, suprime a
obrigatoriedade do poder público em oferecer
Ensino Fundamental para os que não tiveram
acesso na idade própria.
Suprime o compromisso de
eliminação do analfabetismo,
bem como vinculação
de repasses de recursos
financeiros.
O amadurecimento das discussões e das experiências na EJA,
incentivaram o Conselho Nacional de Educação a elaborar as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA no ano 2000.
As DCNs, regulamentaram a
realização de exames, oferecendo
o Ensino Fundamental a maiores
de 15 anos e o Ensino Médio a
maiores de 18 anos.
A EJA, foi incluída no Plano Nac. de
Educação.
Prestar atendimento principalmente a classe
trabalhadora,
Tem como finalidade: compromisso com a formação
humana, acesso à cultura geral, aprimoramento da
consciência crítica,
Favorecimento de atitudes
éticas e compromisso político,
para o desenvolvimento de
autonomia intelectual.
(BRASIL, 2000)