SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
A LENDA DO QUILOMBO DE CARUKANGO
A HISTÓRIA DO QUILOMBO DE CARUKANGO
No início do século XIX chegou ao porto de Imbetiba em Macaé
um escravo moçambicano, baixo, corcunda, manco da perna esquerda,
com o nome de Carukango. Ficou conhecido no navio por seus dotes de
líder espiritual, ou nos dizeres da época: feiticeiro.
Carukango foi vendido ao fazendeiro Francisco Pinto, cuja
família era muito numerosa e poderosa na região. As suas fazendas
ficavam na Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita,
atualmente parte do município de Macaé, que na época pertencia à
cidade de Cabo Frio.
O QUILOMBO
O Quilombo de Carukango era um desses agrupamentos que
ameaçavam a ordem da Colônia. Situava-se mais precisamente num platô
localizado na Serra do Deitado, entre Macaé e Conceição de Macabu.
Constituindo-se em uma das maiores comunidades quilombolas do Estado
do Rio de Janeiro, o quilombo desenvolvia diversas atividades agrícolas,
além da caça e da pesca.
E resistiu por mais de 2 décadas.
MORTE DE CARUKANGO
Existem duas versões sobre a morte de Carukango e a
destruição do Quilombo .
Versão mais popular
A mais conhecida, e que muitos historiadores garantem se
tratar de uma lenda, conta que, ao chegar no Quilombo de
Carukando o coronel Antônio Coelho Antão de Vasconcellos e seus
soldados se depararam com centenas de escravos, armados de
foices, lanças e algumas armas de fogo, prontos para se
defenderem.
Ao perceber a luta desproporcional que havia iniciado,
Carukango surge no meio de todos, paralisando a briga. Usando um
manto branco religioso e com um crucifixo no peito, se aproximou do
grupo invasor dando a entender que ia se render mas, de repente,
sacou uma pistola que estava escondida embaixo do manto e dispara
contra o filho mais novo de Francisco Pinto. Imediatamente
Carukango foi linchado e ao ver o seu líder morto, os quilombolas
que não haviam sido atingidos se suicidaram, jogando-se dos
penhascos.
VERSÃO DOS HISTORIADORES
A versão dos historiadores, que tem como base o documento
intitulado “Livro de Registros de Óbitos da Freguesia de Nossa Senhora
das Neves e Santa Rita/1808-1847″, no relato do Vigário João
Bernardo da Costa Resende, o ataque ao ”Quilombo do pé do Rio
Macabú” ocorreu no dia 01/04/1831, uma Sexta Feira Santa.
Ele conta que, Carukango negociou a sua rendição, dizendo aos
soldados que se entregaria em troca de pouparem a sua vida e de seus
companheiros do quilombo.
O comandante deu sua palavra, aceitando os termos da negociação e
após todos se entregarem, o soldado José Nunes do Barreto atirou no líder
quilombola, quando Carukango caiu de joelhos, outro soldado atirou pelas
costas matando-o. Após os combates, todos os guerreiros ainda vivos foram
degolados e seus corpos atirados nos penhascos, junto com mortos e feridos.
Somente as mulheres foram poupadas e devolvidas aos seus donos.
O grande quilombo e todas as plantações foram queimados.
E Carukango, teve seu corpo retalhado e exposto nas fazendas da região.
Sua cabeça foi espetada numa lança e colocada na estrada de maior
movimento até a sua completa decomposição para que servisse de exemplo
aos demais escravos.
Referências Bibliográficas:http://macaetips.com/carukango-o-principe-quilombola-de-macae/
http://acervo.avozdaserra.com.br/colunas/historia-e-memoria/o-quilombo-de-carukango
https://averdade.org.br/2012/12/carukango-negro-e-guerreiro/
Curiosidades: Alunos do Colégio Municipal Ivete Santana Drumond de
Aguiar, situado no Frade (Macaé), sob a coordenação da professora Rossana
Nunes em 2013 lançaram o livro : “O quilombo do Carucango” uma obra produzida
por cerca de 50 alunos dos 6º e 8º anos.
*Carukango é homenageado em Conceição de Macabu com nome de uma localidade,
um rio e uma serra. Já no município de Macaé com o nome de uma rua.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a A Lenda do Quilombo de Carukango

Os bandeirantes conquistam Mato Grosso
Os bandeirantes conquistam  Mato GrossoOs bandeirantes conquistam  Mato Grosso
Os bandeirantes conquistam Mato GrossoEdenilson Morais
 
RELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL
RELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASILRELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL
RELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASILMarcelo Abreu Gomes
 
Relendo Macahé em Tratado Descritivo do Brasil 2
Relendo Macahé em  Tratado Descritivo do Brasil 2Relendo Macahé em  Tratado Descritivo do Brasil 2
Relendo Macahé em Tratado Descritivo do Brasil 2Marcelo Abreu Gomes
 
O negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileiraO negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileiraDandara Lima
 
O Cangaço e os Cangaceiros
O Cangaço e os Cangaceiros O Cangaço e os Cangaceiros
O Cangaço e os Cangaceiros Vitor Morais
 
Movimentos sociais no brasil
Movimentos sociais no brasilMovimentos sociais no brasil
Movimentos sociais no brasilfiamastefane
 
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...Geraa Ufms
 
A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2
A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2
A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2João Pereira
 
A Cabanagem.
A Cabanagem.A Cabanagem.
A Cabanagem.kaduzinho
 
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo- Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo- teresakashino
 
História do ceará voliii
História do ceará voliiiHistória do ceará voliii
História do ceará voliiibrenda timbo
 
Jb news informativo nr. 2023
Jb news   informativo nr. 2023Jb news   informativo nr. 2023
Jb news informativo nr. 2023JB News
 

Semelhante a A Lenda do Quilombo de Carukango (20)

Zumbi vive
Zumbi   viveZumbi   vive
Zumbi vive
 
Os bandeirantes conquistam Mato Grosso
Os bandeirantes conquistam  Mato GrossoOs bandeirantes conquistam  Mato Grosso
Os bandeirantes conquistam Mato Grosso
 
RELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL
RELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASILRELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL
RELENDO MACAHÉ - TRATADO DESCRITIVO DO BRASIL
 
Revolução farroupilha 0002
Revolução farroupilha 0002Revolução farroupilha 0002
Revolução farroupilha 0002
 
Relendo Macahé em Tratado Descritivo do Brasil 2
Relendo Macahé em  Tratado Descritivo do Brasil 2Relendo Macahé em  Tratado Descritivo do Brasil 2
Relendo Macahé em Tratado Descritivo do Brasil 2
 
O negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileiraO negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileira
 
Deserd. RepúB.
Deserd. RepúB.Deserd. RepúB.
Deserd. RepúB.
 
O Cangaço e os Cangaceiros
O Cangaço e os Cangaceiros O Cangaço e os Cangaceiros
O Cangaço e os Cangaceiros
 
CangaçO
CangaçOCangaçO
CangaçO
 
Pre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclidesPre modernismo.lima&euclides
Pre modernismo.lima&euclides
 
Belmonte
BelmonteBelmonte
Belmonte
 
Movimentos sociais no brasil
Movimentos sociais no brasilMovimentos sociais no brasil
Movimentos sociais no brasil
 
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...
Shirlei Marly Alves: Fuga de negros em anúncios de jornal do século XVIII - O...
 
A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2
A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2
A implantacao da_republica_em_mato_grosso_parte_2
 
A Cabanagem.
A Cabanagem.A Cabanagem.
A Cabanagem.
 
Movimentos sociais rurais
Movimentos sociais ruraisMovimentos sociais rurais
Movimentos sociais rurais
 
O cangaço
O cangaçoO cangaço
O cangaço
 
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo- Os lusíadas  luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
Os lusíadas luís de camões- Poesia Lirica- marcos, mariana, paulo-
 
História do ceará voliii
História do ceará voliiiHistória do ceará voliii
História do ceará voliii
 
Jb news informativo nr. 2023
Jb news   informativo nr. 2023Jb news   informativo nr. 2023
Jb news informativo nr. 2023
 

Mais de Eduk On

Continente Africano
Continente AfricanoContinente Africano
Continente AfricanoEduk On
 
Medidas de tempo horas
Medidas de tempo   horasMedidas de tempo   horas
Medidas de tempo horasEduk On
 
Verbos e Tempos Verbais
Verbos e Tempos VerbaisVerbos e Tempos Verbais
Verbos e Tempos VerbaisEduk On
 
Voto e Título de Eleitor
Voto e Título de EleitorVoto e Título de Eleitor
Voto e Título de EleitorEduk On
 
Os Dez Sacizinhos
Os Dez SacizinhosOs Dez Sacizinhos
Os Dez SacizinhosEduk On
 
Adição com Reagrupamento
Adição com ReagrupamentoAdição com Reagrupamento
Adição com ReagrupamentoEduk On
 
A Lenda do Seu Tu
A Lenda do Seu TuA Lenda do Seu Tu
A Lenda do Seu TuEduk On
 
A Lenda do Cavaleiro Branco de Quissamã
A Lenda do Cavaleiro Branco de QuissamãA Lenda do Cavaleiro Branco de Quissamã
A Lenda do Cavaleiro Branco de QuissamãEduk On
 
A Lenda do Vinagre
A Lenda do VinagreA Lenda do Vinagre
A Lenda do VinagreEduk On
 
A Lenda da Cruz do Menino
A Lenda da Cruz do MeninoA Lenda da Cruz do Menino
A Lenda da Cruz do MeninoEduk On
 
A Lenda do Diamante
A Lenda do DiamanteA Lenda do Diamante
A Lenda do DiamanteEduk On
 
A Lenda de Pedro Malasartes
A Lenda de Pedro MalasartesA Lenda de Pedro Malasartes
A Lenda de Pedro MalasartesEduk On
 
A Lenda do Boitatá
A Lenda do BoitatáA Lenda do Boitatá
A Lenda do BoitatáEduk On
 
Livro Desculpe-me
Livro Desculpe-meLivro Desculpe-me
Livro Desculpe-meEduk On
 
Homenagem ao dia dos Pais
Homenagem ao dia dos PaisHomenagem ao dia dos Pais
Homenagem ao dia dos PaisEduk On
 
A Lenda da Mandioca
A Lenda da MandiocaA Lenda da Mandioca
A Lenda da MandiocaEduk On
 
A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)
A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)
A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)Eduk On
 
Brinquedos Folclóricos
Brinquedos FolclóricosBrinquedos Folclóricos
Brinquedos FolclóricosEduk On
 
Brincadeiras Folclóricas II
Brincadeiras Folclóricas IIBrincadeiras Folclóricas II
Brincadeiras Folclóricas IIEduk On
 
Brincadeiras Folclóricas I
Brincadeiras Folclóricas IBrincadeiras Folclóricas I
Brincadeiras Folclóricas IEduk On
 

Mais de Eduk On (20)

Continente Africano
Continente AfricanoContinente Africano
Continente Africano
 
Medidas de tempo horas
Medidas de tempo   horasMedidas de tempo   horas
Medidas de tempo horas
 
Verbos e Tempos Verbais
Verbos e Tempos VerbaisVerbos e Tempos Verbais
Verbos e Tempos Verbais
 
Voto e Título de Eleitor
Voto e Título de EleitorVoto e Título de Eleitor
Voto e Título de Eleitor
 
Os Dez Sacizinhos
Os Dez SacizinhosOs Dez Sacizinhos
Os Dez Sacizinhos
 
Adição com Reagrupamento
Adição com ReagrupamentoAdição com Reagrupamento
Adição com Reagrupamento
 
A Lenda do Seu Tu
A Lenda do Seu TuA Lenda do Seu Tu
A Lenda do Seu Tu
 
A Lenda do Cavaleiro Branco de Quissamã
A Lenda do Cavaleiro Branco de QuissamãA Lenda do Cavaleiro Branco de Quissamã
A Lenda do Cavaleiro Branco de Quissamã
 
A Lenda do Vinagre
A Lenda do VinagreA Lenda do Vinagre
A Lenda do Vinagre
 
A Lenda da Cruz do Menino
A Lenda da Cruz do MeninoA Lenda da Cruz do Menino
A Lenda da Cruz do Menino
 
A Lenda do Diamante
A Lenda do DiamanteA Lenda do Diamante
A Lenda do Diamante
 
A Lenda de Pedro Malasartes
A Lenda de Pedro MalasartesA Lenda de Pedro Malasartes
A Lenda de Pedro Malasartes
 
A Lenda do Boitatá
A Lenda do BoitatáA Lenda do Boitatá
A Lenda do Boitatá
 
Livro Desculpe-me
Livro Desculpe-meLivro Desculpe-me
Livro Desculpe-me
 
Homenagem ao dia dos Pais
Homenagem ao dia dos PaisHomenagem ao dia dos Pais
Homenagem ao dia dos Pais
 
A Lenda da Mandioca
A Lenda da MandiocaA Lenda da Mandioca
A Lenda da Mandioca
 
A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)
A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)
A Lenda de Motta Coqueiro (Fera de Macabu)
 
Brinquedos Folclóricos
Brinquedos FolclóricosBrinquedos Folclóricos
Brinquedos Folclóricos
 
Brincadeiras Folclóricas II
Brincadeiras Folclóricas IIBrincadeiras Folclóricas II
Brincadeiras Folclóricas II
 
Brincadeiras Folclóricas I
Brincadeiras Folclóricas IBrincadeiras Folclóricas I
Brincadeiras Folclóricas I
 

Último

Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 

Último (20)

Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 

A Lenda do Quilombo de Carukango

  • 1. A LENDA DO QUILOMBO DE CARUKANGO
  • 2. A HISTÓRIA DO QUILOMBO DE CARUKANGO No início do século XIX chegou ao porto de Imbetiba em Macaé um escravo moçambicano, baixo, corcunda, manco da perna esquerda, com o nome de Carukango. Ficou conhecido no navio por seus dotes de líder espiritual, ou nos dizeres da época: feiticeiro. Carukango foi vendido ao fazendeiro Francisco Pinto, cuja família era muito numerosa e poderosa na região. As suas fazendas ficavam na Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita, atualmente parte do município de Macaé, que na época pertencia à cidade de Cabo Frio.
  • 3. O QUILOMBO O Quilombo de Carukango era um desses agrupamentos que ameaçavam a ordem da Colônia. Situava-se mais precisamente num platô localizado na Serra do Deitado, entre Macaé e Conceição de Macabu. Constituindo-se em uma das maiores comunidades quilombolas do Estado do Rio de Janeiro, o quilombo desenvolvia diversas atividades agrícolas, além da caça e da pesca. E resistiu por mais de 2 décadas.
  • 4. MORTE DE CARUKANGO Existem duas versões sobre a morte de Carukango e a destruição do Quilombo . Versão mais popular A mais conhecida, e que muitos historiadores garantem se tratar de uma lenda, conta que, ao chegar no Quilombo de Carukando o coronel Antônio Coelho Antão de Vasconcellos e seus soldados se depararam com centenas de escravos, armados de foices, lanças e algumas armas de fogo, prontos para se defenderem.
  • 5. Ao perceber a luta desproporcional que havia iniciado, Carukango surge no meio de todos, paralisando a briga. Usando um manto branco religioso e com um crucifixo no peito, se aproximou do grupo invasor dando a entender que ia se render mas, de repente, sacou uma pistola que estava escondida embaixo do manto e dispara contra o filho mais novo de Francisco Pinto. Imediatamente Carukango foi linchado e ao ver o seu líder morto, os quilombolas que não haviam sido atingidos se suicidaram, jogando-se dos penhascos.
  • 6. VERSÃO DOS HISTORIADORES A versão dos historiadores, que tem como base o documento intitulado “Livro de Registros de Óbitos da Freguesia de Nossa Senhora das Neves e Santa Rita/1808-1847″, no relato do Vigário João Bernardo da Costa Resende, o ataque ao ”Quilombo do pé do Rio Macabú” ocorreu no dia 01/04/1831, uma Sexta Feira Santa. Ele conta que, Carukango negociou a sua rendição, dizendo aos soldados que se entregaria em troca de pouparem a sua vida e de seus companheiros do quilombo.
  • 7. O comandante deu sua palavra, aceitando os termos da negociação e após todos se entregarem, o soldado José Nunes do Barreto atirou no líder quilombola, quando Carukango caiu de joelhos, outro soldado atirou pelas costas matando-o. Após os combates, todos os guerreiros ainda vivos foram degolados e seus corpos atirados nos penhascos, junto com mortos e feridos. Somente as mulheres foram poupadas e devolvidas aos seus donos. O grande quilombo e todas as plantações foram queimados. E Carukango, teve seu corpo retalhado e exposto nas fazendas da região. Sua cabeça foi espetada numa lança e colocada na estrada de maior movimento até a sua completa decomposição para que servisse de exemplo aos demais escravos.
  • 8. Referências Bibliográficas:http://macaetips.com/carukango-o-principe-quilombola-de-macae/ http://acervo.avozdaserra.com.br/colunas/historia-e-memoria/o-quilombo-de-carukango https://averdade.org.br/2012/12/carukango-negro-e-guerreiro/ Curiosidades: Alunos do Colégio Municipal Ivete Santana Drumond de Aguiar, situado no Frade (Macaé), sob a coordenação da professora Rossana Nunes em 2013 lançaram o livro : “O quilombo do Carucango” uma obra produzida por cerca de 50 alunos dos 6º e 8º anos. *Carukango é homenageado em Conceição de Macabu com nome de uma localidade, um rio e uma serra. Já no município de Macaé com o nome de uma rua.