O documento descreve os diferentes tipos de perfis de poços de petróleo, incluindo perfis geométricos, elétricos, sônicos e radioativos. Ele explica como cada perfil é realizado e quais propriedades das rochas e formações cada um mede, como resistividade, tempo de trânsito de ondas, radioatividade natural. O objetivo é obter informações sobre a geometria do poço, litologia, porosidade e presença de fluidos nas rochas.
1. PERFILAGEM DE
POÇOS DE PETRÓLEO
José Eduardo Ferreira Jesus
Eng. de Petróleo
Petrobras S.A.
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2. Conceito
É uma operação realizada após a
perfuração, a cabo ou com coluna
(toolpusher), ou durante a perfuração (LWD –
Logging while drilling) de uma fase do poço
com a finalidade de obter uma imagem visual
de uma ou mais características das várias
formações atravessadas.
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4. Características
Estas propriedades podem ser geométricas
(diâmetro), elétricas (resistividade elétrica,
potencial eletroquímico natural), acústicas (tempo
de trânsito das ondas sonoras) e radioativas
(radioatividade natural e induzida)
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5. Objetivos
Através da leitura e interpretação dos
dados obtidos, pode-se conhecer a
temperatura e a geometria do poço e da
estrutura adjacente, e estimar a porosidade,
litologia e identificar, qualitativa e
quantitativamente, a existência de fluidos no
meio poroso (rocha).
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8. Perfis Geométricos
Objetivo é traçar um acompanhamento do
diâmetro do poço ao longo de sua extensão.
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9. Perfis Elétricos
Resistividade
Propriedade de toda matéria em
permitir com maior ou menor restrição a
condutividade de elétrons (corrente
elétrica)
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10. Resistividade
Resistividade de alguns materiais
(a temperatura ambiente – 20°C) :
Alumínio – 2,75 x 10-8 (0,0000000275) Ω.m
Ferro – 9,68 x 10-8 Ω.m
Água salgada (8000 ppm NaCl) – 0,8 Ω.m
Silício puro (areia) – 2,5 x 103 (2500) Ω.m
Quartzo (cristais encontrados na areia) - ~ 1016
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11. Fundamentos
Uma rocha sedimentar pode ser dividida
em duas partes :
Matriz ⇒ Parte sólida da rocha
Poros ⇒ Espaços no interior da rocha que
podem estar preenchidos com fluidos (líquidos
ou gases), tanto de origem primária
(adquiridos durante a deposição) quanto
secundária (que migraram para a rocha
depois da mesma formada)
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18. Aplicações do perfil SP
Determinar camadas permeáveis (qualitativo)
Determinar o volume de argila do reservatório
Correlação entre poços
Determinar o Rw e a salinidade correspondente
Definir reservatórios em arenitos radioativos
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19. Perfis de indução
Fornecem leitura aproximada de Rt,
através da medição de campos elétricos
e magnéticos induzidos nas rochas.
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20. Princípio
A bobina transmissora gera um campo
magnético que induz correntes circulares nas
camadas que, por sua vez, geram campos
magnéticos induzindo sinais na bobina
receptora.
Como a intensidade das correntes
induzidas na formação é proporcional a sua
condutividade, o sinal induzido na bobina
receptora é também proporcional à
condutividade da formação e, portanto,
inversamente proporcional a sua resistividade.
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22. Aplicações dos perfis de indução
Obtenção da resistividade da formação (Rt)
Determinação do diâmetro de invasão de fluidos
na formação
Determinação de zonas portadoras de
hidrocarbonetos associado à água doce
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23. Perfis sônicos
Possuem transmissores de ondas
sísmicas (sonoras) que se propagam
pela lama e pelas rochas até atingirem
os receptores.
Mede a diferença nos tempos de
trânsito destas ondas sísmicas.
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25. Aplicações
Estimativas de porosidade
Correlação poço a poço
Estimativas do grau de compactação das
rochas ou estimativa das constantes elásticas
Detecção de fraturas
Apoio à sísmica para a elaboração do
sismograma sintético.
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27. Perfis Radioativos
Podem medir a radioatividade natural
(Gama ray) ou a resposta de uma
irradiação radioativa (Neutrão e
Densidade) de uma formação.
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28. Raios Gama
O perfil de raios gama (gama ray)
consiste em um cintilômetro destinado a
detectar e medir a radioatividade
natural emitida pelas rochas. Esta
radioatividade é emitida pelas argilas
existentes no meio poroso e
constituintes dos folhelhos.
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30. Perfil Neutrão
Uma fonte radioativa aplicada na parede do poço
emite raios gama de média energia. Esse raios gama
desalojam elétrons e são defletidos em relação às
suas trajetórias de colisão, havendo um efeito de
espalhamento (efeito Compton).
A ferramenta mede os raios gama espalhados.
Quanto mais densa a formação, mais elétrons ela
possui e mais raios gama de espalhamento são
detectados.
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34. Perfis Densidade
Consiste numa ferramenta capaz de
detectar os raios gama defletidos pelos
elétrons orbitais dos elementos
componentes das rochas, após terem
sido emitidos por uma fonte colimada
situada dentro do poço.
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