CADERNO DE INSTRUÇÃO EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO DA LIDERANÇA (EDL) CI 20-10/3
1. MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
EXERCÍCIOS DE DESENVOLVIMENTO
DA
LIDERANÇA
(EDL)
EDIÇÃO
2006
CI20-10/3
2. 5
APRESENTAÇÃO
Apesar do vertiginoso avanço da tecnologia, do surgimento de
novas armas e da evolução das doutrinas militares, continuam incon-
testáveis o valor e a importância da Liderança, como atributo dos Co-
mandantes, que ainda são os responsáveis - nos diversos escalões –
pelas vitórias e pelas conquistas nas batalhas e nas guerras.
A centralização no planejamento e a descentralização na execu-
ção exigem - devido à freqüente atribuição de missões pela finalidade e
às inúmeras condutas a serem tomadas em situações de combate - ini-
ciativa e prontas reações, decisões e respostas, vale dizer, ações
imediatas dos comandantes das pequenas frações. Impõem, ainda, qua-
lidades ao Comandante que lhe permitam conduzir os seus homens ao
cumprimento da missão e convencê-los quanto à validade das linhas
de ação adotadas.
O Exercício de Desenvolvimento da Liderança, objeto deste Ca-
derno de Instrução, visa a propiciar aos Comandantes de Unidade um
instrumento de avaliação de atributos afetivos e, concomitantemente,
da capacidade técnica e tática dos Quadros. Não se pretende, com a
presente publicação, esgotar ou até mesmo regulamentar o assunto,
mas sim estimular o interesse pela execução do Exercício, que se ca-
racteriza por fácil e não-dispendiosa montagem, bem como pela valio-
sa contribuição que oferece ao aprimoramento da “Liderança” dos
Oficiais, Subtenentes e Sargentos das Unidades operacionais.
Este Caderno de Instrução tem por finalidade orientar as Direções
de Instrução quanto à realização dos EDL.
3. 7
ÍNDICE
CAPÍTULO I - PLANEJAMENTO ................................................... 09 a 19
1. Generalidades............................................................................. 09
2. Tipos de Exercício: Constituição dos Grupamentos ................... 09
3. Padrões Gerais de Organização do Exercício ............................ 11
4. Coordenação .............................................................................. 13
5. Normas de Segurança ................................................................. 13
6. Sugestões de Oficinas ................................................................ 14
CAPÍTULO II – PREPARAÇÃO ...................................................... 21 a 22
1. Generalidades ............................................................................. 21
2. Desgastes Físico e Psicológico .................................................. 21
3. Sugestões de Exercícios Preliminares ........................................ 22
CAPÍTULO III – EXECUÇÃO ......................................................... 23 a 24
1. Inspeção Sanitária ....................................................................... 23
2. Funcionamento do Posto de Socorro ......................................... 23
3. Rodíziosnas OficinaseDesignação dosComandantes deFração .... 24
4. Contato com a Figuração ............................................................ 24
5. Prescrições Diversas ................................................................... 24
CAPÍTULO IV – AVALIAÇÃO ........................................................ 26 a 28
1.Avaliação ..................................................................................... 26
2. Pesquisas de opinião .................................................................. 28
CAPÍTULO V – CONCLUSÃO ............................................................... 30
4. 9
CAPÍTULO I
PLANEJAMENTO
1. GENERALIDADES
a. Finalidade do EDL
OExercíciodeDesenvolvimentodaLiderançaéumexercícioconcebidocom
a finalidade de possibilitar a observação e a avaliação do comportamento dos
militares executantes, no tocante a objetivos ligados ao desenvolvimento de
atributos da área afetiva, que impliquem reflexos marcantes no exercício da
liderança no contexto da Defesa Externa. De modo subjacente, permite avaliar,
também, o nível da capacitação técnica e tática dos Quadros.
b.Liderança
No Exercício, serão avaliados os seguintes atributos, considerados pelo
Centro de Estudos de Pessoal (CEP) como os mais importantes no desenvolvi-
mento da Liderança:
· Autoconfiança.
·Cooperação.
·Criatividade.
· Decisão.
· Entusiasmo Profissional.
· Iniciativa.
. Persistência.
2. TIPOS DE EXERCÍCIO: CONSTITUIÇÃO DOS GRUPAMENTOS
a. Linha de Ação Nr 01 – Grupos de Oficiais e Sargentos:
- Em situação ideal, Oficiais e Sargentos serão organizados em Patrulhas
homogêneas, ou seja, Patrulhas de Oficiais e Patrulhas de Sargentos, nas quais
5. 10
os militares estarão agrupados por postos e por graduações, respectivamente.
-Em situaçãoalternativa, porém,não haveriaimpedimento quantoaos Ten
e Sgt mais antigos trabalharem em conjunto com os Ten e Sgt mais modernos,
respectivamente, em Patrulhas de Oficiais e Patrulhas de ST/Sgt.
b. Linha de Ação Nr 02 – Frações Constituídas
- Oficiais e Sargentos comandam suas próprias frações.
- Avaliação somente dos Oficiais e Sargentos.
-Tambémpodeserverificado,subjacentemente,oníveldeadestramentodos
Cb e Sd, relacionando-o à capacidade de Liderança dos seus Cmt fração.
- Não pode ser considerada como uma competição entre as frações.
6. 11
3. PADRÕES GERAIS DE ORGANIZAÇÃO DO EXERCÍCIO
a. Quantidade de Oficinas
- Estabelecer um circuito com seis a oito oficinas.
-Aquantidadedeoficinascorresponderáaonúmerodepatrulhasoufrações
existentes.
b. Composição básica das Oficinas (pessoal)
- Planejar a atuação de um Observador/Controlador por oficina.
- Planejar a atuação de uma Figuração por oficina.
- Preparar e treinar com antecedência a Figuração.
c. Preparação do Material das Oficinas
- Cada oficina deverá ser dotada, no mínimo, com os seguintes meios e
documentos:
· 01 (um) toldo ou cobertura para o Observador/Controlador e os execu-
tantes;
· 01 (uma) placa identificadora do número e da designação da oficina;
·01(um)abrigooubarracaparaprotegeromaterial(Armt,Mun,MatCom,
etc);
· 01 (um) Eqp Rádio com baterias de reserva;
· Fichas de Avaliação dos executantes, por patrulhas ou frações;
· Material para anotações;
· Plano de Segurança;
. Ordem à Patrulha (Situação e Missão).
7. 12
d. Preparação do Local das Oficinas
· 01(uma) Área para emissão de Ordens à Patrulha;
. 01(um) Itinerário de acesso para Ambulância.
e. Constituição das Patrulhas (Linha de Ação Nr 01)
- O efetivo ideal das Patrulhas na Linha de Ação Nr 01 será de cinco a sete
militares.
f. Comandantes de Patrulha (Linha de Ação Nr 01)
-Paraquetodososexecutantessejam avaliadosnafunçãodeComandante
de Patrulha, será conveniente:
· Escalar previamente os Comandantes das Patrulhas para todas as
oficinas;
. Prever tantos rodízios quantos forem necessários.
- Caso seja agregada uma oficina adicional ao circuito, ou se algum
Comandante de Patrulha ausentar-se durante o Teste, não será designado um
novo Comandante, deixando-se que o líder surja naturalmente no grupo.
g. Tarefas a executar
- Serão transmitidas às patrulhas ou frações a Situação e a Missão
correspondentes acada tarefa.
- As tarefas serão emitidas em forma de “Ordens à Patrulha” ou “Ordens
Fragmentárias” à Fração, criando-se, assim, a Situação Tática de Combate.
- Após a transmissão da Ordem, o Observador/Controlador designará o
Comandante da Patrulha, se adotada a L Aç Nr 01 para a constituição dos
Grupamentos.
- As tarefas atribuídas serão coerentes com as missões táticas e as
condutas, ações e habilitações características das Armas, Serviços e Quadro.
h. Duração da execução das Tarefas e do Teste
-Preverumtempode 45minutosparaaexecuçãodatarefaatribuídaemcada
uma das oficinas e de 15 minutos para o deslocamento entre elas.
- O Exercícioterá umaduraçãototalmínimade seis horas e máximadeoito
horas, computados os tempos consumidos na transmissão das Situações, das
Missões e das Ordens, nas ambientações, nas emissões das Ordens pelos Cmt
Patr/Frç e nos deslocamentos entre as Oficinas.
i. Avaliação do desempenho nas Oficinas
-Providenciarfichasdeobservaçãopadronizadasesigilosas,paraavaliação
individual no âmbito de cada patrulha ou fração.
- Serão avaliados, em cada oficina, a execução da tarefa e a manifestação
deAtributos daÁreaAfetiva,noqueconcerneaodesempenhodoComandantee
dos demais militares da patrulha ou fração.
8. 13
4. COORDENAÇÃO
A coordenação do EDL poderá constituir encargo do próprio S3 ou de outro
OficialparataldesignadopeloComandantedaUnidade.AoCoordenadordoEDL
caberáconduzir,emcaráterexecutivo,oexercício.Poderácontar,senecessário,
com um ou mais Adjuntos (também Oficiais).
5. NORMAS DE SEGURANÇA
a. Procedimentos Gerais de Segurança
-Observar,noqueforaplicável–deacordocom astarefas aserem exigidas
em cada oficina, os materiais a serem empregados, as condições de execução
das ações e a atuação da Figuração, os procedimentos de segurança prescritos
no Cap 16, Prevenção de Acidentes de Instrução do PIM / COTer.
b. Posto de Socorro
- Instalar e operar um Posto de Socorro (PS) em posição central do
dispositivo das oficinas.
- Manter uma ambulância no PS, apoiada em um eixo de evacuação.
c. Turma de Saúde
- Compor a Turma de Saúde com, pelo menos, um Oficial Médico, um
Sargento Auxiliar de Saúde e dois Cb/Sd Atendentes (também Padioleiros).
d. Comunicações
- Instalar, operar e manter uma Rede Rádio permanente, interligando as
Oficinas, o PS e a Coordenação do EDL, para que eventuais problemas sejam
solucionados de imediato.
e. Preparação do PS
- Considerar as peculiaridades da região e as disfunções orgânicas e
problemas de saúde de incidência mais usual e provável.
9. 14
-Adotaras medidasdeprecauçãomaisindicadas.Independentementedas
características específicas da área, dotar o PS, no mínimo, com os meios que
seguem:
· Ambulância;
· Padiola;
· Cobertores e mantas para o caso de hipotermias;
· Material para imobilização (colar cervical, talas infláveis, tábua rígida
com cintos e ataduras de crepom);
· Cânulas orotraqueais;
· Laringoscópio;
·Materialdeinfusãovenosa(glicose,sorofisiológico,ringerlactato)esoro
dereidrataçãooralparaocasodedesidrataçõesagudas,intermações,insolação,
etc;
· Medicamentos de emergência (adrenalina, bicarbonato de sódio,
lanatosídeo C) para paradas cardíacas e acidose;
· Analgésicos potentes, do tipo opióideos;
· Equipamentode ressuscitação (“ambu”, aparelhos de oxigenoterapia);
·Medicamentos sintomáticos comuns, tais como: analgésicos,
antiinflamatórios (comprimidos e injetáveis) e antitérmicos.
-OOficialMédicodeverápossuirumafichamédico-odontológicacompleta,
com o nome completo dos militares executantes, a sua tipagem sangüínea, as
suas eventuais alergias a medicamentos e os seus históricos sanitários.
g. Plano de Segurança
- Elaborar, sob a forma de Anexo à Ordem de Instrução com que a Unidade
regulará a realização do EDL, um Plano de Segurança. O referido documento
detalharáas medidas desegurança aserem adotadas edeverá seramplamente
difundido pelo Coordenador, no âmbito dos executantes e de todos os demais
militares empenhados na condução do Exercício e na Figuração.
6. SUGESTÕES DE OFICINAS
a. Ataque ao posto rádio inimigo
1) Situação: A patrulha recebe a informação da localização de um posto
rádio inimigo guarnecido por 03 homens.
2) Missão: Destruir um posto rádio inimigo.
3) Condições de execução: O posto rádio inimigo deve estar a 100m da
oficina, ser indicada a sua direção e sua localização deve ser facilitada pelas
vozes inimigas da exploração rádio. Ao assaltar a posição, todos do efetivo
inimigomorrem.
4)ADireçãodoExercícioobservaodesenvolvimentodapatrulhanoterreno
e o assalto à posição inimiga. Espera, ainda, que o comandante da patrulha
10. 15
determine a realização de uma revista sumária dos corpos e do local, e da
anotação da freqüência utilizada pelo inimigo.
b. Resgate de fardo
1)Situação:Apatrulhaencontra-senaretaguardadoinimigocujaspresença
e atuação são intensas. O inimigo provavelmente identificou o lançamento
aeroterrestre,osuprimentodeveserresgatadoindependentedaameaçainimiga.”
2) Missão: Resgatar um pacote de suprimentos lançado de pára-quedas.
3)Condiçõesdeexecução:Éindicadaadireçãodeprogressãoafimdeque
a patrulha chegue ao local onde se encontra o fardo. No momento em que se
iniciarorecolhimentodofardo,afraçãoseráatacadaporumaforçainimiga(valor
02 homens), obrigando a patrulha a eliminar a ameaça inimiga antes de
prosseguir no cumprimento de sua missão. Para tanto, o comandante deverá
manobrar com suafração.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativade queapatrulharealize um movimento táticoatéidentificaro fardo,
quando adotará as medidas de reconhecimento e segurança para resgatá-lo.
Após a patrulha reorganizar-se, a oficina está encerrada.
c. Patrulha motorizada
1)Situação: Apatrulha estáretornando deuma missãodereconhecimento
motorizado. Apresença eaatividadeinimigasãointensas nestaestrada,porém
ela é o único eixo de acesso ao PC da Unidade, o qual se encontra a 30 Km do
atualponto estação. A patrulha deve se apresentar ao comandante da Unidade,
em seu PC, no menor tempo possível.
2) Missão: Realizar uma patrulha motorizada.
3) Condições de execução: A patrulha recebe 01 (uma) viatura com
motorista e 01 (um) homem em reforço. O comandante da patrulha deve definir
a ordem de embarque na viatura, definindo setores de observação e segurança
em todas as direções. Quando pronto, iniciar-se-á o deslocamento motorizado.
Aproximadamentea200metros dopontodeiníciododeslocamentomotorizado,
apatrulhadepara-secom um abatis obstruindoaestrada.Noiníciodos trabalhos
de desobstrução da estrada, a patrulha passa a receber fogos vindos de sua
retaguarda. Nesse momento, o soldado passado em reforço tomba ferido na
pernadireita.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativadequeocomandantedapatrulhabusquedesobstruiraestrada,após
reconhecer a situação e estando atento à segurança. Observa, ainda, os
procedimentos relativos ao soldado ferido que deve ser removido para uma
coberta, enquanto a patrulha faz face à ameaça inimiga, mantendo-a engajada
pelo fogo até desobstruir a estrada e prosseguir no seu retraimento. Encerra a
oficina assim que a patrulha reiniciar seu movimento.
d. Reconhecimento de LocAter
1)Situação:Apatrulhaencontra-senaretaguardadoinimigo,cujaatividade
é intensa, e está prestes a ser resgatada por uma aeronave HM-2.
2) Missão: Reconhecer um LocAter.
3) Condições de execução: A patrulha deve receber o reforço de 02 (dois)
11. 16
homens e a indicação geral da localização do LocAter. No momento da
aproximação do LocAter, a patrulha é engajada por fogos inimigos. Um de seus
integrantes (um dos homensrecebidos em reforço)tombaferidonoabdômen. A
patrulha se abriga e responde ao fogo inimigo. Nesse momento um de seus
integrantes (o outro homem recebido em reforço) acusa estar sem munição.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de que o comandante da patrulha determine que o ferido seja
assistidoequeamuniçãodoferidosejarepassadaparao homem sem munição,
que defina uma manobra para neutralizar a ameaça inimiga e que conduza a
manobra de sua fração coordenando fogo e movimento. Espera, ainda, que
reorganize sua fração, após cessar a ameaça inimiga, para prosseguir em seu
reconhecimento, momento no qual encerrar-se-á a oficina.
e. Descontrole emocional
1)Situação:Apósviolentaofensivainimiga,apatrulhaperdeuocontatocom
o comando da Unidade, sem saber qual a sua atual situação.
2) Missão: Restabelecer o contato com sua Unidade.
3) Condições de execução: A direção de progressão é indicada ao
comandantedapatrulha.Logoapósoiníciododeslocamento,surgeum soldado,
remanescente de uma fração da mesma Unidade e sem saber o que fazer. O
comandante da patrulha deve decidir levá-lo consigo. Pouco mais adiante, esse
soldado perde o controle emocional, questiona as ordens do comandante da
fração, ameaça abandonar o grupo, ameaça se matar, comprometendo a
segurança de toda patrulha. Quando o comandante da fração tomar alguma
atitude definitiva em relação ao soldado exaltado ou quando a patrulha atingir o
pontodeterminado, encerrar-se-áaoficina.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de o comandante da patrulha busque acalmar o soldado, e não
abandoná-lo, pois trata-se de um soldado amigo na eminência de um colapso
nervoso(provávelbaixapsíquica).
f. Patrulha de contato
1) Situação: A patrulha encontra-se na área de interesse de sua Unidade,
ondeapresençaeaatividadeinimigasãointensas.Uminformantechegaráaeste
ponto dentro de cinco minutos.
2) Missão: Estabelecer contato com o informante.
3)Condições deexecução:Apatrulhaabordaolocalprevistoparaocontato
e adota o dispositivo de segurança para aguardar a chegada do informante e a
realização do contato propriamente dita. Decorridos cinco minutos de espera, a
patrulha sofre um ataque inimigo (efetivo: dois homens). O contato com o
informante não é realizado.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de que o comandante da patrulha determine que seus homens
permaneçam abrigados, que identifiquem a direção dos fogos inimigos e que
respondam ao fogo inimigo. Espera ainda que o comandante manobre para
eliminar ou neutralizar a ameaça inimiga, coordenando fogo e movimento.
Encerraaoficinaquandoeliminadaaameaçainimiga,ocomandantedapatrulha
12. 17
reorganizar sua fração e constatar que o contato não mais será realizado.
g. Contra emboscada
1) Situação: A patrulha atua em área onde a atividade inimiga é intensa e
especial atenção deve ser dada à contra emboscada.
2) Missão: Realizar o reconhecimento de um entroncamento de estrada
localizado aproximadamente a 300 metros nesta direção.
3) Condições de execução: Pouco depois de iniciado o movimento, a
patrulha será emboscada por um efetivo de 03 três homens que adotam o
dispositivoflanqueamento simples.Apatrulhadeveexecutara técnicade contra
emboscadapadrão.
4)ADireçãodoExercícioobservaaevoluçãodos acontecimentoseencerra
a oficina antes de um engajamento decisivo com a figuração.
h. Resgate de ferido
1) Situação: Um soldado amigo, quando em função de esclarecedor,
realizavaum reconhecimentoporum eixo(estrada),quandofoialvejadoporuma
arma automática,tombando ferido.
2) Missão: Resgatar o soldado ferido, após neutralizar o ninho de
metralhadora.
3)Condiçõesdeexecução:Adireçãodolocalem queseencontraosoldado
ferido é indicada à patrulha. O ferido está sob a mira de arma automática.
4) A Direção do exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de que o comandante da patrulha:
a)Realizeaaproximaçãodoobjetivocom suafração,ocupandocobertas
e abrigos, sem ser identificado pelo inimigo.
b) Mantenha constante observação sobre o ferido.
c) Realize um reconhecimento sumário a fim de identificar a localização
exata do ninho de metralhadora, ratificando ou retificando seu planejamento
inicial.
d)Manobrecom suafração,coordenandofogoemovimento,atacandoa
posição inimiga pelo flanco ou pela retaguarda.
e) Assim que neutralizar a posição inimiga, preste os primeiros socorros
ao ferido, reorganize sua fração e retraia com o soldado resgatado.
Encerra a oficina após concluída a reorganização.
i. Busca e captura de desertor inimigo
1) Situação: A patrulha se encontra próximo a um posto avançado amigo,
onde há alguns minutos atrás apresentou-se um desertor inimigo ferido para
render-se.Porém,logoemseguida,essepostofoiatacadoeodesertorfugiu.Crê-
se que ele pode seruma valiosafonte de dados. O desertor está aparentemente
desarmado e não pode estar longe, uma vez que está ferido na perna direita.
2) Missão: Recapturar o desertor inimigo ferido.
3) Condições de execução: A sentinela figurada do posto avançado amigo
devesaberadireçãodefugadodesertorinimigo eo valordoataqueinimigopara
que informe ao comandante da patrulha quando solicitado. Pouco depois de
iniciado o movimento, a patrulha é atacada por um soldado inimigo e deve
responder ao fogo. Assim que isso acontecer, o soldado inimigo simula sua
13. 18
morte. Após as providênciascabíveis,apatrulha deveprosseguirem sua busca.
Um pouco mais à frente, camuflado no terreno, encontra-se o desertor inimigo
ferido que deve estar com uma faca na perna esquerda.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativadequeocomandantedapatrulharealizeumabreverevistanosoldado
inimigo que morreu, quando a patrulha foi atacada, e que identifique e recapture
odesertorinimigo.Quedeterminequeoferidosejarevistado, quandodeveráser
encontrada uma faca, lhe sejam prestados os primeiros socorros e preparado
parao transportede retornoaopostoavançadoamigo.Encerra aoficina quando
o comandante da patrulha determinar o seu retraimento.
j. Neutralização de arma anticarro inimiga
1) Situação: A 300 metros deste local há uma arma anticarro inimiga cuja
guarnição é de aproximadamente 03 homens.
2) Missão: Neutralizar a arma anticarro inimiga.
3) Condições de execução: É indicada a direção da localização da arma
anticarro inimiga para a patrulha. Quando a fração se aproximar da posição da
armaanticarro,aguarniçãoinimigaabrefogo.Apatrulharealizaasaçõescabíveis
para a situação e ao se aproximar do objetivo, a resistência inimiga cessa e a
figuração se passa por morta. No bolso da gandola de um dos integrantes da
guarnição é colocada uma mensagem com o seguinte texto: “ATAQUE EM
221600Mar006 VG INÍCIO ASSALTO AEROMÓVEL EM221700Mar06 PT”.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de que o comandante da patrulha desenvolva sua fração no terreno
emanobresobreoinimigocoordenandofogoemovimento,quandoatacadopela
guarnição inimiga, e determine uma revista sumária dos corpos, encontrando a
mensagem no bolso da gandola de um deles.
k. Emboscada de oportunidade
1) Situação: A patrulha encontra-se na retaguarda inimiga.
2) Missão: Inquietaras forças inimigas estacionadas na Região da COLINA
SÃO JOSÉ, apoiadas neste eixo.
3) Condições de execução: Pouco depois de iniciado o movimento, o(s)
esclarecedor(es) identificam a aproximação de três soldados inimigos, vindos
pela mesma estrada em sentido contrário à direção de progressão da patrulha.
O comandante da patrulha decide realizar uma emboscada de oportunidade,
optandopelodispositivomaissimples:flanqueamentosimples.Ossoldados que
figuram comoinimigos caem naemboscada,esboçandoumapequenareaçãoe
depois simulam tombar como mortos.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativadequeocomandantedapatrulhadetermineumarevistanos corpos,
reorganize a patrulha e decida prosseguir em sua missão, momento em que
encerra a oficina.
l. Desertores inimigos
1) Situação:A patrulha atua numa área em que a atividade inimiga éintensa
2)Missão:Realizar um reconhecimentocom oobjetivode obterdados sobre
14. 19
o dispositivo, a composição, o valor e a localização do inimigo.
3)Condiçõesdeexecução:Adireçãoaserseguidaéindicadaaocomandante
da patrulha. Pouco depois de iniciar o movimento, surgem dois soldados
inimigos, aparentemente desarmados, com os braços levantados, solicitando
quesejam aceitasas suas rendições. Um dos prisioneiros deve semostrar mais
tranqüilo e disposto a colaborar, o outro deve se mostrar bastante nervoso e
exaltado,recusando-seacolaborareexigindoquesejaevacuadopara aárea de
retaguarda o mais rápido possível. Ambos os prisioneiros são capazes de
fornecerdados sobreodispositivo,acomposição,ovalorealocalizaçãoinimiga.
O soldado que figurar como prisioneiro exaltado deve buscar desestabilizar
emocionalmenteosintegrantesdapatrulha.Estesoldadodeveportarumapistola
escondidanacintura.Apóstomadastodas asmedidascabíveispelocomandante
da patrulha, deve ser apresentado um relatório e os prisioneiros à Direção do
Exercício, no ponto de partida.
4)ADireçãodoExercícioobservaosacontecimentos,naexpectativadeque
o comandante da patrulha determine que os prisioneiros sejam revistados,
separadoseimobilizados equeconduzaum interrogatóriosumáriocom cadaum
deles. Encerra a oficina quando o comandante da patrulha apresentar os
prisioneiros e o relatório.
m. Ferido amigo e inimigo
1) Situação: A patrulha atua em área com intensas atividades inimigas.
2)Missão: Buscaro contatocom oinimigoafim deobter dados sobre suas
atividades atuais.
3)Condiçõesdeexecução:Poucodepoisdeiniciaromovimentonadireção
indicada, a patrulha depara-se com um inimigo ferido no abdômen, agonizando.
Trata-se de um oficial, próximo a ele encontra-se algumas cartas topográficas.
O oficial inimigo deve apresentar ferimentos graves e sugerir que possui dados
relevantes paraosistemadeinteligênciamilitaramigodapatrulha.Poucodepois
deiniciaraassistênciaaooficialinimigoferido,ouve-sepedidosdesocorrovindos
de outra direção. Constata-se que se trata de um soldado amigo com ferimento
leve na perna direita, dificultando-o muito, porém não impedindo-o de andar. O
comandante da patrulha deve determinar que o ferido amigo seja assistido,
porém, deve dar prioridade ao oficial inimigo ferido, o que provoca queixas do
soldadoamigo ferido.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de que o comandante da patrulha ao encontrar o oficial ferido tome
as seguintes medidas: aborde-o, identificando que trata-se de um oficial,
determine que o ferido seja revistado (nesta ocasião deve ser identificada uma
pistola que o ferido conduzia) e que lhe sejam prestados os primeiros socorros,
inicie a execução de um interrogatório sumário e determine que as cartas
topográficas sejam recolhidas (com cuidado, pois podem estar armadilhadas).
Espera ainda que o comandante da patrulha determine que o ferido amigo seja
atendidoequeapatrulharetraiacom ambosos feridos,momentoemqueencerra
a oficina.
15. 20
n. Transporte de Suprimento
1)Situação:ApatrulhaescoltaumaVtr2½Ton,quetransportaSupClI,para
aBasedeCombatedaCia.AVtrescoltadaéatingidapelaexplosãodeumamina,
oqueatornaindisponível.Apatrulhaestá próximaàbase(quinzeminutos)etem
ligação rádio com ela. Há risco de ataque por patrulha inimiga homiziada nas
áreas próximas.
2)Missão:AsseguraraentregadossuprimentosnaBasedeCombatedaCia.
3) Condições de execução: A oficina é montada em local que permita uma
defesa circular, mas que possibilite a aproximação da “figuração inimiga” por
itineráriocoberto.Quinzeminutosapósaexplosão,umgrupodehomensarmados
aproxima-se para saquear a Vtr e abre fogo sobre a patrulha. O Comando da Cia
poderáenviarreforçosduas horasapós opedidodapatrulha,comotambém uma
outra Vtr 2 ½ Ton, vinte minutos após o pedido.
4) A Direção do Exercício observa a evolução dos acontecimentos, na
expectativa de que a patrulha, que dispõe apenas da Vtr 2 ½ Ton atingida pela
explosão, entre em contato com a B Cmb / Cia, solicitando reforços, ao mesmo
tempo em que estabelece uma defesa circular para a proteção dos Sup. Pode
surgir,também,dentreoutras,aalternativadetransportarabraços osSupClIaté
a B Cmb / Cia. Caberá ao Cmt da Patrulha a decisão sobre o que executar.
o. Outras Oficinas
-Outras Oficinas podem –edevem - ser montadas,coerentementecom as
peculiaridades da região, o tipo de Unidade e as características de emprego da
tropa, além dos equipamentos orgânicos da fração a ser avaliada no EDL.
· Unidades de Montanha podem, por exemplo, executar manobras de
força,utilizandocadernais,patescaseequipamentosespecíficos.Podem,ainda,
realizaro resgatede feridos,utilizando atirolesa, além de outras modalidades de
ação.
· Unidades de Selva podem realizar o resgate de feridos no interior de
socavões,aplicarTécnicas deAçãoImediataduranteaprogressãonointeriorda
selva e efetuar destruições de pontes ou similares, que exijam planejamento de
patrulhas, além de outras modalidades de ação.
· Outras Unidades podem, também, manter oficinas com realização de
tiro real com metralhadoras; a montagem de diversos armamentos que se
encontrem desmontados e com as peças misturadas em um cunhete; e outras
modalidades de ação.
-O maisimportantenamontagem dasoficinas éofatorsurpresa,com oqual
os executantes devem-se deparar. Confrontados com situações que exijam
reaçõesoportunaseapropriadas,bemcomoaprontaevidência,peloComandante
– ou na ausência ou por omissão deste, por qualquer executante -, do atributo da
LIDERANÇA, os testandos serão avaliados sob critérios satisfatoriamente com-
patíveis com a “imitação do combate”.
16. 21
CAPÍTULO II
PREPARAÇÃO
1. GENERALIDADES
A fase de preparação visa a causar aos executantes desgastes físico e
psicológicocomintensidadespróximas daquelasverificadas nassituações reais
de combate, após o que será aplicado o Exercício de Desenvolvimento da
Liderança propriamente dito. Consiste, na prática, em um “exercício preliminar”.
- A utilidade, a objetividade e a validade do exercício dependem diretamente -
e são reflexo - da intensidade da preparação aplicada aos executantes.
-As tarefas doexercíciosãorelativamentesimples.A dificuldadeem executá-
las está condicionada à intensidade dos desgastes físico e psicológico a que
estiverem submetidos os executantes, após a preparação realizada.
- Uma preparação fraca vai trazer resultados pouco representativos, dada a
relativafacilidadedas tarefasexigidas nasoficinas,com tendênciaàobtençãodo
graumáximo.
- Uma preparação excessivamente forte pode comprometer a segurança do
avaliado, por melhor que seja o aparato médico que o ampare.
2. DESGASTES FÍSICO E PSICOLÓGICO
a. Desgaste Físico – Sensações a provocar nos executantes
- A fome e a sede, por meio de uma supressão substancial das etapas de
ração e água, nas 24 horas que antecederem o Exercício.
-O sono,pormeiodeintensa atividadenoturna,aserdesenvolvidana“fase
preliminar” de preparação para o Exercício.
- A fadiga, por meio de ações continuadas – marchas a pé, pistas de
orientação e outras aplicações – que devem anteceder o Exercício compondo a
“fasepreliminar”.
17. 22
- O frio ou o calor, por meio de uma judiciosa e controlada exploração das
condições climáticas, vigentes na região em que o Exercício será desenvolvido.
b. Desgaste Psicológico– Sensações a provocar nos executantes
- Medo do desconhecido e preocupação, já que os executantes não têm
conhecimento da duração do Exercício, da quantidade de oficinas, da natureza
das mesmas, de quem serão os comandantes, etc.
- Surpresa, por meio do rigoroso sigilo a ser mantido sobre a realização do
Exercício, até o instante do seu desencadeamento.
3. SUGESTÕES DE ATIVIDADES PRELIMINARES
- Os executantes devem ser conduzidos para a execução do EDL após um
trabalhoárduoecansativo,como,porexemplo,oscondizentescomos seguintes
assuntos:
COMBINAÇÃO DE DOIS OU MAIS DOS
EXERCÍCIOSCITADOS
MARCHAS A PÉ
OPERAÇÕES DEFENSIVAS
(EXERCÍCIOS DE CAMPANHA)
OPERAÇÕES OFENSIVAS
(EXERCÍCIOS DE CAMPANHA)
OPERAÇÕES DE
CONTRAGUERRILHA
PATRULHAS DE LONGO
ALCANCE
SOBREVIVÊNCIA
18. 23
CAPÍTULO III
EXECUÇÃO
1. INSPEÇÃO SANITÁRIA
-RealizadapeloOficialMédico,napresençadoDiretordoExercício,aotérmino
daPreparação.
-AvaliaçãopeloDiretordoExercício, baseadonospareceresdoOficialMédico,
a fim de verificar se algum executante apresenta problemas de saúde que
impeçam a sua participação no exercício.
- Nesta oportunidade, será avaliada a conveniência de racionar a água a ser
consumida durante os trabalhos – caso o racionamento já não tenha sido feito
duranteapreparação.
2. FUNCIONAMENTO DO POSTO DE SOCORRO
- O Oficial Médico não se ausentará do Posto de Socorro (PS), exceto no caso
de evacuação de algum executante em estado grave.
-Quaisquernecessidadesdeatendimentomédicodeverãoserimediatamente
informadas ao PS.
- O Sgt Auxiliar de Saúde e os Atendentes, apoiados pela Ambulância,
providenciarão a remoção dos eventuais doentes e feridos, da oficina até o PS.
- O Exercício será interrompido caso:
· o Oficial Médico tenha que se ausentar do local de realização;
·onúmerodebaixasentreosexecutantesinvalideosobjetivosdoExercício;
· a quantidade de materiais e medicamentos de emergência, após atendi-
mentosrealizados nodecorrerdoExercício,torne-seinsuficienteparaacontinui-
dade da assistência aos militares executantes.
19. 24
3. RODÍZIOS NAS OFICINAS E DESIGNAÇÃO DOS COMANDANTES DE
FRAÇÃO
a. Rodízio nas Oficinas
-Asoficinasdeverãoserdispostasnoterrenodeformaafacilitarorodíziodas
patrulhas ou frações.
- Sempre haverá uma patrulha ou fração em cada oficina. Caso haja mais
oficinas do quepatrulhas ou frações,em determinadoperíododo Exercício,uma
ou mais oficinas estarão vazias.
-Asoficinasiniciameencerramostrabalhosmedianteumsinalconvencionado
(sirene, contato rádio, sinal visual ou outro) ou em horários predeterminados.
- A partir do término de cada turno de trabalho nas oficinas, já se inicia a
contagem dotempodestinadoaodeslocamentodaspatrulhasoufraçõesparaas
oficinas seguintes, de acordo com o rodízio estabelecido.
-Cada oficinaéresponsável peloenviode um guiaà oficinaimediatamente
anterior, para buscar e conduzir a patrulha ou fração que deverá receber.
- Os deslocamentos das patrulhas ou frações serão sempre realizados no
passoacelerado.
b. Designação dos Comandantes de Fração
- Cada oficina receberá uma relação nominal de todas as patrulhas ou
frações, com os comandantes já designados.
4. CONTATO COM AFIGURAÇÃO
- O contato físico entre os executantes e a figuração é proibido.
-Afiguração,quefoitreinadacomantecedência,deveráportar-serigorosamen-
te de acordo com o que foi ensaiado para todos os casos previstos.
- No caso de quaisquer dúvidas sobre as condutas da figuração, caberá ao
OficialObservador/Controladoresclarecê-las.
5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
- Os executantes realizarão o Exercício com o armamento utilizado na fase de
preparação (exercício preliminar), além do fardo aberto e do fardo de combate.
- O EDL deverá ser conduzido com extrema seriedade. O executante estará
cientedosobjetivosdoexercícioenãoseráalvodequalquerobservaçãodecaráter
não-profissional.
-OObservador/Controladornãodeverápressionarosexecutantes.Apressão,
coerente com os objetivos do exercício, será exercida, naturalmente, pela
figuração inimiga e pela sensação de estar sendo testado, experimentada pelos
executantes.
-Numaatividadenaqualsãomarcadosobjetivosaatingir,essencialmente,na
áreaafetiva,éfundamentalevitarqualquertipodeacidente,pois istocomprome-
20. 25
teria, de imediato, o trabalho até então realizado.
-Decertomodo,oEDLpodeserentendidocomoumamodalidadedeinstrução
especial. Logo, são necessários rigorosos cuidados em sua preparação e
execução.
- Deve-se observar, fielmente, as normas de segurança previstas nos regula-
mentos, bem como nos planos, nas diretrizes e nas normas gerais de ação dos
escalões superiores, além das recomendações do Cmt OM.
-O CmtOMdeverácoibirasidéiaseas premissasque,nosadioafãdebuscar-
se a “imitação do combate”, acabem fugindo ao bom-senso, às técnicas e às
táticas de combate, à atitude e à ética militares, aos procedimentos estritamente
funcionais e, sobremodo, aos elevados objetivos do EDL.
21. 26
CAPÍTULO IV
AVALIAÇÃO
1. AVALIAÇÃO
a. Ficha de Avaliação
- Vide o modelo de Ficha de Avaliação sugerido na página seguinte.
- Da análise das Fichas de Avaliação, podem ser retiradas uma série de
conclusões sobre o conjunto dos executantes e sobre cada executante, especi-
ficamente, como por exemplo:
· conceito sintético dos Oficiais e dos Sargentos;
· atributos em que os Oficiais e Sargentos se destacaram;
· pontos fortes e fracos dos Oficiais e Sargentos;
· desempenho individual, por atributos, de cada executante, relacionado
com o conjunto.
-Paracadaoficinaserãoselecionadosatributos específicos,queconstarão
das Fichas de Avaliação.
- As pautas devem expressar um adequado relacionamento com a tarefa a
ser cumprida e com eventuais linhas de ação propostas ao comandante da
patrulha.
- Para cada atributo selecionado deverá se redigida mais de uma pauta que
represente uma ação que permita evidenciar o comportamento inerente ao
atributo.
23. 28
2. PESQUISAS DE OPINIÃO
a. Finalidades
- Validar o Exercício.
- Colher subsídios para a sua melhoria.
b. Pesquisa de Opinião (um exemplo)
EXERCÍCIODEDESENVOLVIMENTODALIDERANÇA
PESQUISADE OPINIÃO
1. O Sr foi submetido a uma preparação para a execução do Exercício, na
qual se incluiu a supressão das etapas alimentares por 24 horas, o cumpri-
mento de missões de patrulha, diuturnamente, por 60 horas e a execução de
uma marcha de 24 km, armado e equipado. O Sr considerou esta preparação:
( ) Muito forte, causando extrema dificuldade à execução do EDL
( ) Adequada, causando desgaste e dificuldade sem exageros à execução
do EDL
( )Abaixo da adequada, quase não causando dificuldade à execução do EDL
( ) Muito fraca, não influenciando a execução do EDL
2.Aexecução do EDLfoi mantida em sigilo pelo Comando da Unidade, haven-
do sido dada ao conhecimento dos executantes após a marcha de 24 km,
instantes antes do início do Exercício. O Sr acha que este procedimento deve
ser mantido nos próximos Exercícios?
( ) Sim
( ) Não
3. Qual das oficinas, em sua opinião, permitiu avaliar, em melhores condi-
ções, os atributos da área afetiva?
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4. Qual das oficinas, em sua opinião, causou mais dificuldades na execução?
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5. O Sr considera que o EDL deve ser mantido ou suprimido? Justifique a sua
resposta.
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6.Apresente sugestões que poderiam contribuir para a melhoria do Exercício.
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7.As Tarefas foram atribuídas com suficiente clareza, nas oficinas? Em caso
negativo, qual delas?
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8. O tempo concedido para a execução das Tarefas foi suficiente? Em caso
negativo, em qual das Tarefas tal fato ocorreu?
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9. O Sr julga que a sua Patrulha estava adequadamente constituída, em ter-
mos de pessoal (quantidade de homens e graus hierárquicos)? Em caso ne-
gativo, justifique o porquê do seu julgamento.
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10. Após realizar o Exercício, o Sr julga que alguma(s) das suas qualidades
pessoais resultou fortalecida? Em caso positivo, qual(is)?
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_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Posto/Graduação___________ Nome Completo _______________________
_______________________________________________________________
Data ____________Assinatura ____________________________________
25. 30
CAPÍTULO V
CONCLUSÃO
OEDLéumpoderosoinstrumentodemedidadodesenvolvimentodeAtributos
da Área Afetiva, desde que aplicado sob rígido controle e severas condições de
segurança.PermiteaoComandantesubmeterosseus subordinadosasituações
muito próximas dos desafios do combate e dá ao militar a oportunidade de
conhecer-se a si mesmo, quando nos limites de sua resistência física e do seu
equilíbrio psicológico. O custo-benefício é favorável, pois, com poucos meios, o
Cmt OM pode avaliar o potencial de liderança de seus Oficiais, Subtenentes e
Sargentos.
A finalidade do Exercício deve ser exposta de maneira clara, antes, durante e
ao final do mesmo, valorizando a sua execução.
O respeito ao executante, em todas as fases do Exercício, deve constituir um
pontodehonra.Será,mesmo,essencial,paraevitarrejeições futurasoutraumas
psicológicos.