5. O que é o som
• O som é originado por vibrações da fonte sonora,
que se transmitem directamente (até ao ouvido)
pelo ar e indirectamente, por meio de materiais
sólidos como, estruturas, paredes, tectos,
pavimentos, etc. que funcionam como fontes
secundárias.
5
6. O que é o ruído
• O som é normalmente considerado ruído quando a
sensação auditiva que produz for desagradável ou
incomodativa.
• Assim sendo o ruído pode ser considerado como um
som desagradável e indesejável que perturba o
ambiente, contribuindo para o mal-estar e
provocando situações de risco para a saúde do ser
humano. 6
7. Características do ruído
• É uma causa de incómodo para o trabalho;
• Constitui um obstáculo ás comunicações;
• Provoca fadiga geral;
• Quando o ruído atinge determinados níveis, o
aparelho auditivo apresenta uma fadiga que, em
casos de exposição prolongada o ruído intenso, pode
transformar-se em surdez permanente.
7
8. Características do Ruído
• As ondas sonoras transmitem-se desde a
fonte ao ouvido, tanto através do ar, como
por fontes secundárias, nomeadamente,
paredes, pavimentos e tectos.
• Do ponto de vista fisiológico o Ruído é todo o
fenómeno acústico que produz uma sensação
auditiva desagradável e incomodativa.
TSSHST Clotilde Sousa Vieira (Eng.ª ) 8
10. • Estabelece o regime de prevenção e controlo
da poluição sonora, visando a salvaguarda da
saúde humana e o bem-estar das populações.
• Urge clarificar a articulação com outros
regimes jurídicos, designadamente o da
urbanização e da edificação e o de
autorização e licenciamento de actividades.
10
Regulamento Geral do Ruído
Decreto-Lei nº 9/2007
11. • Transpõe para a ordem jurídica interna às
prescrições mínimas de segurança e saúde em
matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos
devidos ao ruído.
• É aplicado a todas as actividades dos sectores privado,
cooperativo e social, da administração publica, central,
regional e local, dos institutos públicos e das demais pessoas
colectivas de direito público, bem como a trabalhadores por
conta própria.
11
Decreto-Lei n.º 182/2006
de 6 de Setembro
12. 12
O Aparelho Auditivo
O ouvido humano é
constituído por três
partes:
• ouvido externo;
• ouvido médio, e;
• ouvido interno.
Cada uma dessas
partes tem uma função
específica na
interpretação dos sons.
13. 13
Como se Processa a Informação Sonora
O ouvido externo recolhe os
sons e envia-os pelo canal
auditivo até ao ouvido médio.
Neste momento, os sons fazem
vibrar o tímpano. Aquando a
vibração do tímpano, os
ossículos (os três ossos mais
pequenos do corpo humano
denominados martelo, bigorna
e estribo) entram em
movimento, transportando a
informação por acção
mecânica até ao ouvido
interno.
14. Como se Processa a Informação Sonora
No ouvido interno estão situados a cóclea, os canais semicirculares e o nervo
auditivo.
O fluido nos ductos da cóclea move-se em resposta à energia mecânica
enviada pelos ossículos. De seguida, pequenos capilares da cóclea convertem
a energia mecânica em impulsos eléctricos transmitidos pelos neurónios ao
longo do nervo auditivo até ao cérebro.
14
15. 15
A unidade de medida do Ruído
Decibel d-B
• Qualquer fonte sonora emite uma determinada
potência acústica.
• A quantidade de ruído que o ouvido humano recebe
designa-se por nível de ruído e mede-se em decibel –
dB (A).
16. Limites de Exposição
16
Limite Legal
Valores Limites de Exposição 87 dB
Valores de Acção Superior 85 dB
Valores de Acção Inferior 80 dB
Excedido o valor de acção superior – Medição Anual
17. Instrumentos de Medição
Sonómetro integrador de classe de precisão 1
– Brüel & Kjær, modelo 2260
Dosímetro de classe de precisão 2
– Brüel & Kjær, modelo 4442
17
18. Exames Audiométricos
• Medição e avaliação da audição
Exposição superior a:
85 dB(A) – Anualmente
83 dB(A) – 2 em 2 anos
18
19. Ruído é a maior “doença” profissional
• “Cerca de 40 milhões de europeus
estão expostos ao ruído durante
metade das horas de trabalho. Os
problemas auditivos provocados pelo
barulho representam já um terço do
total das doenças profissionais”
Jornal “Record” – 21 de Abril
de 2005 19
22. TTiippooss ddee RRuuííddoo
• O Ruído pode classificar-se em estacionário
(com flutuações de nível mínimo durante o
período de trabalho) e não estacionário (com
flutuações de variação significativa.
• O Ruído não estacionário pode ser
subdividido em três tipos:
22
Flutuante Intermitente Impulsivo
23. TTiippooss ddee RRuuííddoo
• Ruído Flutuante, se durante o período de
observação, o nível de ruído variar
continuamente.
Ex.: Centrais de produção e máquinas de fiação.
23
24. TTiippooss ddee RRuuííddoo
Ruído Intermitente, se durante o período de
observação, o nível descer várias vezes,
mantendo-se constante por 1 segundo ou
mais.
24
Ex.: Rebarbadoras
25. TTiippooss ddee RRuuííddoo
• Ruído Impulsivo, quando consiste, em um ou
mais impulsos de ruído de nível sonoro
elevado e duração inferior a um segundo.
• Ex.: Operações de martelagem e de
rebitagem.
25
26. MMeeddiiççõõeess ddooss NNíívveeiiss ddee
RRuuííddoo
Porque é que se procede à Medição de Ruído?
• Para determinar se os níveis sonoros são
susceptíveis de provocar dano auditivo.
• Determinar o nível sonoro dos equipamentos.
• Para elaborar planos de redução do ruído.
• Para sabermos quais os protectores
adequados a utilizar.
26
27. EExxppoossiiççããoo aaoo RRuuííddoo
• 85 dB ---> 8 horas
86 dB ---> 7 horas
87 dB ---> 6 horas
88 dB ---> 5 horas
89 dB ---> 4 horas e 30 minutos
90 dB ---> 4 horas
91 dB ---> 4 horas
92 dB ---> 3 horas
93 dB ---> 2 horas e 40 minutos
94 dB ---> 2 horas e 15 minutos
27
95 dB ---> 2 horas
96 dB ---> 1 hora e 45 minutos
98 dB ---> 1 hora e 15 minutos
100 dB ---> 1 hora
102 dB ---> 45 minutos
104 dB ---> 35 minutos
105 dB ---> 30 minutos
106 dB ---> 25 minutos
108 dB ---> 20 minutos
110 dB ---> 15 minutos
112 dB ---> 10 minutos
114 dB ---> 8 minutos
115 dB ---> 7 minutos.
28. FFaaccttoorreess ddee EExxppoossiiççããoo
– O risco a que está exposto um trabalhador
depende:
–Tempo de Exposição;
–Tipo de ruído: contínuo, intermitente
ou súbito;
–Distância da fonte de ruído;
–Sensibilidade individual;
–Danos na audição.
28
29. EEffeeiittooss NNoocciivvooss ddoo RRuuííddoo
• O Ruído actua através do ouvido sobre o
sistema nervoso central. Quando o estimulo
ultrapassa determinados limites causa surdez.
29
30. Acção do ruído no aparelho auditivo
• As perdas de audição são consequências da
frequência e da intensidade do ruído, sendo
mais evidentes quando causadas pelos sons
puros e frequências mais elevadas.
30
31. 31
Efeitos Nocivos do Ruído
Efeitos Fisiológicos
•Distúrbios gastrointestinais;
•Distúrbios relacionados com o
sistema nervosos central, tais como:
Dificuldade em falar;
Problemas sensoriais –
diminuição da memória de
retenção.
Efeitos Psicológicos
•Ocasiona irritabilidade em
indivíduos normalmente tensos
( os locais ruidosos aumentão as tensões);
•Agrava os estados de angústia em
pessoas predispostas a depressões,
32. 32
Outros Efeitos Nocivos do Ruído
Dificuldades na transmissão e na recepção da mensagem;
Influencia negativamente a produtividade e a qualidade do produto;
Aumenta a irritabilidade e a fadiga no geral, sendo estes factores causas
directas do aumento do número de acidentes de trabalho.
33. Acção do ruído no aparelho
auditivo
• Fadiga auditiva
A fadiga auditiva traduz-se por um
abaixamento reversível da acuidade
auditiva, sendo determinada pelo grau de
perda de audição e pelo tempo que o ouvido
demora a retomar a audição inicial.
33
34. Acção do ruído no aparelho
auditivo
• Quando a exposição se mantém, durante
um longo período de tempo a um ruído
excessivo, surge um défice permanente da
acuidade auditiva.
• Inicia-se assim o processo de destruição das
células internas, numa primeira fase, e
externas posteriormente.
34
35. Efeitos nocivos do ruído
Incómodo
É talvez o efeito mais comum sobre as
pessoas e a causa da maior parte das
queixas.
Traduz-se por:
- Intranquilidade; desassossego; ansiedade.
35
36. Efeitos nocivos do ruído
Interferência com a comunicação
A partir dos 65 dB(A) de ruído, torna-se extremamente
difícil conversar.
Para que a conversa seja perfeitamente audível é
necessário que a sua intensidade supere em 15
dB(A) o ruído de fundo.
36
37. Efeitos nocivos do ruído
Perda de concentração e de
rendimento
Para realizar qualquer tarefa é necessária
concentração, no entanto se existir ruído
produzirá distracções que reduzem o
rendimento no trabalho.
Alguns acidentes tanto laborais
como de circulação, podem ser
devidos a este efeito 37
38. Efeitos nocivos do ruído
Transtornos durante o sono
- Insónias;
- Causa interrupções no sono;
- Diminuição da qualidade de sono, podendo
provocar aumento da pressão arterial e ritmo
cardíaco.
38
39. Efeitos nocivos do ruído
Danos no ouvido
- Surdez transitória ou fadiga auditiva;
- Surdez permanente – em exposições
prolongadas a níveis superiores a 85 dB(A).
39
40. Efeitos nocivos do ruído
• Um factor de grande importância, em qualquer tipo de
perda de audição, é a susceptibilidade individual.
Indivíduos têm sensibilidades diferentes. A audição de
alguns altera-se mais facilmente que a dos outros.
• Existe também uma perda natural de audição com a
idade.
40
42. Em conclusão – efeitos do ruído
A nível psicológico A nível fisiológico
Perda de concentração Perda auditiva até á surdez
permanente
Perda dos reflexos Dores de cabeça
Irritação permanente Fadiga
Insegurança quanto á
eficiência dos actos
Distúrbios cardiovasculares
Dificuldade nas
conversações
Distúrbios hormonais
Impotência sexual Disfunções digestivas,
gastrites
Alergias
Aumento da frequência
cardíaca / contracção dos
vasos sanguíneos
42
43. Controlo do ruído
• Quando o nível de ruído nos locais de trabalho
ultrapassa os níveis considerados aceitáveis,
deve proceder-se a um controlo do mesmo, a fim
de o reduzir aos níveis pretendidos.
43
44. Controlo do ruído
Medidas organizacionais
Controlo administrativo
44
45. Controlo do ruído
• Medidas organizacionais:
- Redução dos níveis de ruído ou do tempo de
exposição;
- Adquirir equipamentos menos ruidosos;
- Rotação periódica dos trabalhadores.
45
46. Controlo do ruído
Medidas construtivas ou de engenharia
Actuar sobre a fonte
Actuar sobre as vias de propagação
46
47. Controlo de ruído
• Medidas construtivas ou de engenharia:
- Encapsulamento da fonte de ruído com material
isolante e absorvente;
-Tratamento acústico das superfícies, revestindo-as
com material absorvente, por exemplo lã
mineral;
- Manutenção frequente e cuidadosa.
47
48. Controlo de ruído
Medidas de protecção individual
Actuar sobre o receptor
48
49. Controlo do ruído
• Medidas de protecção individual
- Quando não é viável técnica ou
economicamente, qualquer das situações
anteriores;
- Utilização de protectores auriculares.
49
50. Protectores auditivos
• Devem estar em conformidade com as normas com as
normas europeias harmonizadas ou nacionais existentes e
devidamente e devidamente certificadas;
• Estar adaptados a cada trabalhador que os utilize e ás
características das suas condições de trabalho;
• Proporcionar a atenuação adequada da exposição ao ruído.
Obrigatórios com valores acima dos 85 dB(A)
50
51. Protectores do tipo concha ou
abafadores
Formados por duas conchas
atenuadoras de ruído em
torno dos ouvidos e ligados
por um arco tensor. Estas
conchas devem possuir
bordas revestidas de
material macio de forma a
permitir um bom ajuste na
zona do ouvido.
51
52. Protectores de inserção ou
tampões
São colocados no canal
externo do ouvido. Tendem a
ser mais confortáveis que os
abafadores, para exposições
de longa duração,
principalmente em
ambientes quentes e
húmidos. Podem ser de
algodão ou borracha. 52
53. Protectores auditivos
• Estes protectores devem ser testados antes da
sua utilização, pois existem tipos eficientes e
específicos para cada gama de frequência.
• Os fabricantes devem fornecer a respectiva
informação sobre a atenuação do protector
em cada frequência.
53
54. Protectores auditivos
• Para serem eficazes não devem permitir “fugas”
de som. Protectores velhos, sujos e que não se
adaptem convenientemente não atingem o
objectivo de proteger a audição;
54
55. Protectores Auditivos
• Os protectores devem ser convenientemente
limpos, com manutenções regulares e quando
necessários substituídos;
• É obrigatória a sinalização das áreas ruidosas (com
valores acima do nível de acção 85 dB (A)) com o
sinal de obrigação do uso de protectores.
55
56. Protectores Auditivos
• Característica técnica do protector de ouvido
tampão BILSOM Série 300
• Características técnicas do protector de ouvido tampão de
silicone BILSOM PERFLEX
TSSHST Clotilde Sousa Vieira (Eng.ª ) 56
57. Acompanhamento médico
• Exames audiométricos aquando da admissão do
trabalhador e a intervalos regulares. Estes
exames avaliam a função auditiva, verificando
como reage o nosso ouvido a um conjunto de
sons, que realizados regularmente pode detectar
perdas de audição que nos passam
despercebidas.
57
58. Acompanhamento médico
• Estes exames não só detectam os
trabalhadores que têm problemas auditivos,
como identificam aqueles com
susceptibilidade elevada ao ruído, de maneira
a tomar medidas preventivas de forma a
evitar a surdez profissional
58
59. Acompanhamento
médico
• A periodicidade dos exames audiométricos
está definida na legislaçãosendo anual para
trabalhadores expostos a valores acima dos
85 dB(A) e de dois em dois anos para
trabalhadores expostos a valores superiores a
80 dB(A).
59