A autoria individual clássica e a autoria coletiva 2
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- 2. “A noção de autor constitui o momento forte da individualização na história das ideias dos conhecimentos, das literaturas, na história da filosofia também, e nas ciências.”
- 3. - O tema da expressão - O tema da morte
- 4. “A palavra ‘obra’ e a unidade que ela designa são provavelmente tão problemáticas como a individualidade do autor”
- 5. O nome do autor A função do autor - Apropriação - Atribuição - Posição do autor
- 6. A função autor está ligada ao sistema jurídico e institucional que encerra, determina e articula o universo dos discursos; Não se exerce de forma uniforme e da mesma maneira sobre todos os discursos, em todas as épocas e em todas as formas de civilização; Não é definida pela atribuição espontânea de um discurso ao seu produtor, mas através de uma série de ações específicas;
- 7. Não reenvia pura e simplesmente para um indivíduo real, podendo dar lugar a vários “eus”, a várias posições-sujeito que classes diferentes de indivíduos podem ocupar. A função do autor trata-se de retirar ao sujeito (ou ao seu substituto) o papel de fundamento originário e de analisar como uma função variável e complexa do discurso.
- 8. O nobre amador O sentido tradicional da palavra “amador” é que cultiva um hobby, podendo ser culto ou não, alguém que não ganha a vida com seu campo de interesse, um leigo a quem faltam credenciais, um diletante.
- 9. Oxford English Dictionary e a Enciclopaedia Britannica X Wikipédia e outros recursos gerados pelo usuário Profissional X Amador Democratização Meritocracia Complexa
- 10. Wikipédia Tecnologia Wiki
- 11. Jornalistas-cidadãos X Jornalista profissionais
- 15. FOUCAULT, Michel. O que é um autor? 6 ed. Lisboa, PT: Nova Vega, 2006. p. 29-87. KEEN, Andrew. O culto do amador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
Notas do Editor
- A existência do autor: noção de escrita e noção de obra O autor é uma espécie de foco de expressão, que, sob formas mais ou menos acabadas, se manifesta da mesma maneira, e com o mesmo valar, nas obras, nos rascunhos, nas cartas nos fragmentos, etc.
- O tema expressão: A obra basta por si mesma (auto-suficiente) não importa quem escreve O tema da morte: Exemplo narrativas e epopéias dos gregos , a escrita confere a imortalidade ao herói caso aceitasse morrer ou a escrita adiaria a morte como a narrativa de Xerazade. A escrita esta ligada ao sacrifício da própria vida do escritor, e anula os seus caracteres individuais, “a marca do escritor não é mais do que a singularidade da sua ausência” A epopéia é um gênero narrativo em verso. (imagem: A fuga de Eneias ) “ Outra noção que bloqueia a verificação do desaparecimento do autor e que de algum modo retém o pensamento no limiar dessa supressão; com subtileza, ela preserva ainda a existência do autor.” (Noção de escrita).
- Uma teoria concreta do que é obra não existe e o seu sentido é tão problemático quanto a individualidade do autor. (Noção de obra)
- A distinção entre o nome do autor e nome próprio : O nome do autor exerce um papel em relação ao discurso assegura uma função classificativa. O nome do autor serve para caracterizar um certo modo de discurso, que não transita como nome próprio. O nome de autor dá um certo estatuto, pois transcende a barreira de um nome próprio e está “situado na ruptura que instaura um certo grupo de discursos e o seu modo de ser singular.” A função do autor é característica do modo de existência, de circulação e de funcionamento de alguns discursos no interior de uma sociedade. Apropriação: Os textos, os livros, os discursos começam a ter autores na medida em que o autor se tornou passível de ser punido, isto é na medida em que os discursos se tornaram transgressores. Atribuição: A origem dos textos literários e os textos científicos Posição do autor: Diversos ‘eu’ que o autor ocupa na obra, varias posições-sujeitos que classes de diferentes de indivíduos podem ocupar O processo “que constrói a um certo ser racional a que chamamos autor”
- Oxford English Dictionary e a Enciclopaedia Britannica durante muito tempo foi fonte de informação vem sendo substituído pela Wikipédia (enciclopédia livre que qualquer um pode editar) e outros recursos gerados pelo usuário. Lógica da substituição.
- Wikipédia: enciclopédia livre de fonte aberta Jimmy Wales e Larry Sanger lançaram a Wikipédia em janeiro de 2001 A Revolução da web 2.0
- Jornalistas-cidadãos não tem aprendizado formal (falta de formação e qualificação) ou expertise, oferecem a opinião como fato, boato com reportagem e palpite como informação. Não tem recursos necessários para nos trazer notícias confiáveis. Jornalismo feito por não jornalistas. O jornalismo amador banaliza e corrompe o debate sério. Jornalistas profissionais adquirem sua habilidade através da formação e da experiência.