Aleijadinho foi um escultor e arquiteto brasileiro do período colonial conhecido por seu estilo barroco único. Ele nasceu em 1730 em Vila Rica, Minas Gerais e desenvolveu uma doença degenerativa que o deixou deficiente físico. Apesar disso, criou obras primas esculturais em Congonhas do Campo usando martelo e cinzel amarrados às mãos. Sua obra combinou o barroco europeu com elementos brasileiros e é considerada a expressão máxima do barroco no Brasil.
7o. ano renascimento na alemanha e nos países baixos
Aleijadinho, o mestre do Barroco mineiro
1. Aleijadinho
Antônio Francisco Lisboa, nosso Aleijadinho, tinha esse apelido devido a uma
doença degenerativa que provoca a perda dos membros – discute-se se sífilis,
lepra, tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés.
Nasceu na antiga Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais, filho de um
arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e de uma escrava de quem se
sabe apenas o primeiro nome: Isabel.
Aleijadinho foi arquiteto e escultor do Período Colonial, sendo considerado o
artista mais importante do estilo Barroco no Brasil. Apesar de, formalmente, só
ter recebido a educação primária, cresceu entre obras de arte, já que, além de
seu pai, um dos primeiros arquitetos de Minas Gerais, conviveu muito com o tio
Antônio Francisco Pombal, conhecido entalhador das principais cidades
históricas mineiras.
Aleijadinho deixou mostras de seu talento em Ouro Preto, Sabará, Caeté,
Catas Altas, Santa Rita Durão, São João del-Rei, Tiradentes e Nova Lima,
cidades de Minas Gerais, onde desenhou e esculpiu para dezenas de igrejas.
Em Mariana, assinou o chafariz da Samaritana e, a Congonhas do Campo,
legou suas obras-primas: as estátuas em pedra-sabão dos 12 profetas (1800-
1805) e as 66 figuras em cedro (1796) que compõem a Via-Sacra.
Ocupado com encomendas que chegavam de toda a província, Aleijadinho tinha
mais de 60 anos quando começou a esculpir as famosas imagens de
Congonhas do Campo. Nessa época, já deformado pela doença que lhe
inutilizara as mãos e os pés, trabalhava com o martelo e o cinzel amarrados
aos punhos pelos ajudantes. Apesar de ter sido respeitado em sua época,
Aleijadinho, após sua morte, foi relegado a um quase esquecimento. O
reconhecimento de que sua obra – o Barroco reconstruído dentro de uma
concepção rigorosamente brasileira – havia sido a expressão máxima desse
movimento no Brasil foi uma conseqüência da Semana de Arte Moderna de
1922.
ALEIJADINHO E O BARROCO MINEIRO
2. Nasceu em 1730, em Vila Rica (hoje Ouro Preto, Minas Gerais). O pai, que
desenhava fachadas de igrejas e entalhava altares, fez o filho estudar e levou-
o, já adolescente, a trabalhar em sua oficina. Em pouco tempo, António
Francisco já demonstrava seu inimitável talento.
Impossibilitado de andar, era carregado às costas de escravos, da casa para a
oficina. Ali, seus ajudantes amarravam-lhe o cinzel às mãos deformadas e ele
trabalhava febrilmente, criando as mais belas estátuas do Novo Mundo. Foi
depois da doença que sua obra começou a tomar-se realmente grandiosa:
suas esculturas, caracterizando-se pêlos rostos emagrecidos, que deixam
entrever os ossos sob a pele,e pelo exagero dos pés e mãos, impressionam
pela originalidade. Os seus grandes grupos estatuários são desse período
(1796 a 1799): Os Passos da Paixão em madeira, e os Doze Profetas, em
pedra-sabão, que se encontram no Santuário de Bom Jesus de Matozinhos,
em Congonhas do Campo.
Aleijadinho faleceu em 18 de novembro de 1814, com 84 anos, tendo passado
os dois últimos anos de sua vida sem sair do leito, quase cego e paralítico. O
Museu da Inconfidência, que se encontra em Ouro Preto, possui diversas
estátuas de sua autoria, como as de São Jorge. Nossa Senhora e a do Senhor
da Coluna. Igrejas de Sabará, Tiradentes, Nova Lima e outras têm imagens ou
trabalhos de entalhe feitos em altares, púlpitos etc., que constituem atração
turística.
ALEIJADINHO E A ARTE BARROCA
O barroco foi o estilo que se manifestou em várias formas de arte na Europa
ocidental e na América Latina, da metade do século XVI ao final do século XVII.
A arte barroca é monumental, plena de detalhes dramáticos, dando origem, no
século XVIII, a um estilo menos elaborado, chamado Rococó.
3. Contribuíram para a formação do estilo barroco três elementos da vida cultural
da Europa ocidental. Primeiro, os artistas, a partir da segunda metade do
século XVI, rebelaram-se contra a arte renascentista, que era contida e
primava pela harmonia, simplicidade e equilíbrio simétrico. Os pintores,
arquitetos e escultores barrocos conseguiram estabilizar-se em formas mais
dramáticas e rebuscadas. Por exemplo, um arquiteto renascentista devia
recorrer a elementos retangulares para alcançar perfeição e beleza. Os
arquitetos barrocos, mais dramáticos, substituíram os elementos retangulares
pelos curvos.
Em segundo lugar, muitos soberanos europeus pretendiam um estilo artístico
que exaltasse seus reinos. Magníficos palácios barrocos, como Versalhes, na
França, e o Zwinger, na Alemanha, expressaram o poder e a autoridade do
chefe de Estado.
O terceiro elemento foi a Contra-Reforma nos séculos XVI (últimos anos) e
XVII, que provocou um sentimento de exaltação religiosa em diversas partes da
Europa. As igrejas barrocas representam o drama e a emoção desse
movimento religioso.
Costuma-se definir o barroco europeu como a arte do esplendor. Há uma
estreita relação entre o desenvolvimento desta e as riquezas (pedras e metais
preciosos) das colônias recém-descobertas. Uma pequena minoria de pessoas
abastadas da Itália, França, Inglaterra, Espanha e Países Baixos procurou
apoiar artistas que refletissem em suas obras a opulência das grandes
fortunas. No Brasil do século XVIII, a adoção do estilo barroco vincula-se
certamente com o descobrimento de minas e a conseqüente riqueza de
algumas camadas da população. O barroco brasileiro coincidiu com o
nascimento da consciência nacional, ao mesmo tempo que a favoreceu.
Contando com o apoio dos protetores das artes - paróquias, confrarias e
associações religiosas - tornou-se a primeira possibilidade de expressão
artística do país.
Fonte:
http://www.sampa.art.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=183&Itemid=
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