O documento apresenta uma breve introdução sobre diferentes tópicos relacionados a design industrial, incluindo o estilo arquitetônico High Tech dos anos 1970, a história do isqueiro Zippo, e o trabalho do designer Doug Chiang. O texto também discute o filme de ficção científica Dark City e a obra literária Dune.
1. ÍNDICE
CORRENTE ESTÉTICA
Design High Tech.......................................... 2
ÍCONE DO DESIGN INDÚSTRIAL
Zippo.............................................................. 5
DESIGN CONCEPTUAL
Doug Chiang.................................................. 9
FILME DE FICÇÃO CIENTÍFICA
Dark City...................................................... 12
OBRA LITERÁRIA
Dune.............................................................. 15
Conclusão..................................................... 18
Biografia de Frank Herbert........................ 19
Netgrafia....................................................... 21
Bibliografia................................................... 22
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2. DESIGN HIGH TECH
A era espacial atingiu o seu auge em 1969 com a chegada
Estilo arquitectónico desenvolvido na década de 1970 obteve
de Neil Armstrong à Lua, acompanhada pelos excessivos
o seu nome devido ao livro “High Tech: The Industrial Style
desenvolvimentos na área militar, durante a Guerra Fria.
and Source Book for The Home” (High Tech: o Estilo Industrial
Estes avanços levaram as pessoas a pensar que muito mais
e o Manual para a Casa), publicado em 1978 por Joan Kron
pode ser alcançado através do desenvolvimento tecnológico.
e Suzanne Slesin. O livro, tal como o estilo usa materiais
Os instrumentos tecnológicos tornaram-se comuns aos olhos
industriais, no seu fabrico. As capas são feitas de placas
do mundo com a implementação de rampas, ecrãs gigantes,
metálicas usadas como soalho no chão das fábricas.
vídeos, “headfones” e desenvolvimentos biológicos em
Em 1980, o High Tech tornou-se mais difícil de distinguir de
laboratório.
outros movimentos Pós-Modernistas. Muitos dos seus temas
As construções High Tech eram cada vez mais comuns, o
e ideias foram absorvidos pela linguagem das escolas Pós-
que criou um grande afecto pela arquitectura que exaltava
Modernistas.
a tecnologia. Existia uma crescente desilusão em relação
Tanto o High Tech como o Tardo-Modernismo emergiram
á arquitectura Moderna e ao progresso. O planeamento
nos anos 70. O High Tech é uma extensão das ideias Pós-
urbano desenvolvido por Le Corbusier levou a uma
Modernistas impulsionadas pelos avanços tecnológicos da
monotonia desconcertante. A maioria das habitações era
altura. Este período serve como ponte entre o Modernismo e
construída com elementos estandardizados, já por si
o Pós-Modernismo, no entanto é difícil distinguir início e o fim
monótonos. O entusiasmo por edifícios económicos levou
de cada um dos períodos.
a uma extrema redução na qualidade dos acabamentos.
Os edifícios eram construídos maioritariamente na Europa e
Muitas das construções sociais transformaram-se em bairros
na America.
degradados. Daí o desagrado geral das pessoas em relação
Depois da destruição de muitos edifícios históricos na Europa
á era Moderna e ao seu fracasso social. Do início ao fim do
durante a 2ª Guerra Mundial, repará-los mostrou-se bastante
Modernismo a sociedade ficou saturada pela estética urbana
difícil. Os Arquitectos tinham que decidir entre reconstruir os
do movimento, o aspecto insípido e a falta de originalidade
elementos históricos dos edifícios ou substitui-los por materiais
das construções.
modernos e inestéticos. Os avanços científicos e tecnológicos
tiveram um grande impacto na sociedade dos anos 70.
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3. O High Tech é a resposta que promove as capacidades do O design dos interiores teve como tendência o uso de
Modernismo e cria uma nova estética, exaltando o glamour objectos industriais usados, conferindo-lhes uma nova
dos novos materiais e potenciando as capacidades das novas função no campo utilitário. Por exemplo: a utilização
tecnologias. de jarros métricos de laboratório como vasos de flores,
para promover o “look” industrial. Esta tendência advem
Objectivos do facto de algumas pessoas estarem a ocupar espaços
Uma vez que a Arquitectura High Tech se expande para muitos industriais e a habitá-los. O objectivo era dar uma aparência
campos chave da época Modernista, é conveniente verificar até industrial a tudo. É de notar que os elementos técnicos
onde se deu essa expansão posterior. Os principais objectivos expostos, não se apresentam assim apenas por motivos
do Movimento High Tech eram chocar e criar algo novo para estéticos. São ordenados e projectados de maneira a
mostrar as suas complexidades técnicas. Os Modernistas resolver questões de design, funcionais e estruturais.
lutaram para tentar impedir a cimentação dos ideais desta Um desvio do funcionalismo Modernista. No entanto os
nova estética e a sua atitude rebelde. No livro “High Tech: The elementos industriais são parte importante do aspecto
Industrial Style and Source Book for The Home” Joan Kron funcional e formal da estrutura. O edifício foi projectado
e Suzanne Slesin discutem a estética High Tech, e elogiam o de maneira a não se manter estático e imutável. Esta
uso de elementos que, segundo as suas palavras, “os nossos característica dinâmica permite que o edifício seja um
pais achariam insultuosos”. Este humor ilustra bem a atitude catalizador, no qual os serviços técnicos são prestados
provocatória do movimento. Kron e Slesin explicam que o termo mas não predefinidos. Uma das características do High
High Tech era já usado para designar edifícios residenciais e Tech é a crença no poder da tecnologia para melhorar o
públicos que apresentavam, porcas, parafusos, tubos e calhas mundo. Particularmente evidente nos sofisticados planos
expostos, de maneira a exaltar o “look” tecnológico. O Centro tecnológicos de Kenzo Tange´s no “boom” urbanístico
Georges Pompidou é o melhor exemplo da arquitectura e da do pós-guerra na década de 1960. Muitos desses planos
estética High Tech. O edifício sublinha claramente a ideologia foram executados. Estas ideias inovadoras levaram a
High Tech no qual os elementos estruturais ficam á vista e fazem uma mudança radical no design de interiores. Apesar
parte do todo, sem serem omitidos por uma “máscara” de da proeminência do “look” industrial os elementos
cimento. Os elementos técnicos são a cara da estrutura.
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4. Foster. Apesar da tecnologia ser a característica principal do
da arquitectura Moderna estiveram sempre presentes, pois
edifício, o seu design é vincadamente funcional. O interior
tinham uma função activa na estrutura das construções.
espaçoso e aberto, e o fácil acesso a todos os andares e
divisões, identificam o edifício como sendo um banco. Os
Características
elementos internos bastante organizados e de carácter
As características do movimento High Tech variavam
industrial, estão dispostos de maneira a resolver e a facilitar
bastante. As estruturas expõem os elementos técnicos
toda e qualquer necessidade espacial, formal e funcional
e funcionais, e os seus mecanismos de funcionamento.
no dia-a-dia dum banco. Nem os elevadores e as escadas
Componentes pré-fabricadas, revestidas por paredes
ficaram fora da projecção minuciosa do edifício. Outra
de vidro e acrílico, combinadas com armações de ferro
característica do Design High Tech é a utilização de objectos
e aço. Uma estética proeminentemente industrial. Para
industriais colocando-os fora do seu contexto normal, como
mostrar os aspectos técnicos era necessário exterioriza-
por exemplo: luzes de fábrica para uma sala de estar, e latas
los, muitas das vezes colocando as zonas de suporte a
de comida como candeeiro. A Arquitectura High Tech fez uso
descoberto. O edifício que melhor ilustra o movimento
constante de grandes cortinas de vidro e estruturas de aço,
High Tech é o Centro Georges Pompidou, no qual o sistema
nas fachadas dos seus edifícios. Uma herança que veio do
de ventilação está orgulhosamente exposto ao público
Modernismo e das construções de Mies Van Der Rohe. A
no exterior. Esta foi uma escolha radical, uma vez que as Torre Som Sears demonstra que com paredes de vidro e um
componentes dos sistemas de ventilação nos edifícios eram esqueleto de tubos de aço, é possível erguer grandes edifícios.
propositadamente escondidas no interior das suas paredes O Design High Tech desenvolveu uma linguagem técnica,
por serem um elemento funcional e não contribuírem livre de ornamentos historicistas, como o seu predecessor. A
para a sua estética. Os meios de acesso aos espaços do Žižkov Television Tower, em Praga, parece uma plataforma de
edifício também se encontram no exterior, com um vasto e lançamento de Rockets, o que nos remete para a inspiração
complexo labirinto de tubos por onde os visitantes podem proveniente dos avanços tecnológicos. Muitos dos edifícios
circular. A estética organizada e lógica que é usada no High Tech foram desenhados para serem dinâmicos. O
design das construções High Tech, revela essencialmente Estádio Olímpico de Gunter Behnisch e Frei Otto’s, permite
a funcionalidade dos espaços. Um bom exemplo é o Banco a prática de vários desportos ao ar livre, num local que foi
de Shanghai em Hong Kong, projectado por Norman outrora uma pista de aterragem.
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5. ÍCONE DO DESIGN
ZIPPO
O resultado foi um isqueiro que funcionava bem, era bonito e
A história da Zippo Manufacturing Company é a história
fácil de manobrar. O primeiro isqueiro, comercializado com a
da sua gente, desde o fundador George G. Blaisdell,
actual aparência data de 1933, e encontra-se em exposição no
até aos muitos empregados da Zippo, clientes, e
Zippo/Case Museum em Bradford.
coleccionadores que têm um papel importante nos
A palavra “Zippo” foi criada pelo Sr. Blaisdell em 1932. Ele
seus quase 75 anos de história. A sua lealdade ao
gostava do som da palavra “zipper” então formou diferentes
Zippo fez da marca uma das maiores companhias
variações da palavra ficando-se pela palavra Zippo, pois pensou
americanas.
ter uma sonoridade moderna.
A história do Zippo remonta ao início dos anos 30,
O primeiro isqueiro Zippo foi vendido por 1.95 dólares (1.47€).
na Bradford Country Club em Bradford, Pensylvania.
E desde os primórdios, vinham acompanhados pela garantia
O Sr. Blaisdell viu um amigo desajeitadamente a
vitalícia conferida pelo Sr. Blaisdell - “O Zippo funciona, caso
usar um complicado isqueiro Austríaco. O isqueiro
contrário arranjamo-lo de graça.”
trabalhava bem, mesmo com vento, devido ao design
A aplicação da patente do Zippo foi preenchida a 17 de Maio
da chaminé.
de 1934, com o número 2032695, conferido dia 3 de Março de
Mas a sua aparência era utilitária.
1936. Uma segunda patente foi concedida ao produto com o
A sua utilização requeria duas mãos, e a sua fina
número 2517191, no dia 1 de Agosto de 1950.
superfície de metal danificava-se facilmente. Então
O design do Zippo permanece basicamente o mesmo desde
decidiu redesenhar o isqueiro Austríaco no Outono de
esse dia, para além de alguns melhoramentos.
1932.
Em meados da década de 30, a Bradford’s Kendall Refining
O Sr. Blaisdell fabricou um recipiente rectangular e
Company fez uma encomenda de 500 Zippos. Estes foram os
adicionou uma tampa presa com uma dobradiça e
primeiros isqueiros a serem personalizados pela Zippo para
uma mola. Manteve o design original da chaminé que
uma empresa e são objectos de colecção muito desejados.
protege a chama em condições adversas.
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6. Hoje em dia, ainda há muitas companhias que Em 1947, nasce o carro Zippo. A Zippo Manufacturing Company, Canada,
personalizam Zippos com o seu logótipo, como Ltd. foi estabelecida nas Cataratas do Niagára, em Ontário, no ano de
método publicitário, e estes continuam a ser objectos 1949 para evitar as despesas de importação. Fora da fábrica principal
de colecção. A Segunda Guerra Mundial teve um em Bradford, este é o único lugar no mundo onde são fabricados os
grande impacto para a Zippo. Com a entrada da isqueiros Zippo. O selo na base nos isqueiros produzidos no Canadá
America na guerra, a Zippo deixou de produzir para refere a localização das Cataratas do Niagára. Devido á implementação
o público em geral, e dedicou toda a sua produção ao das políticas do mercado livre nos anos 90, a necessidade de uma
exército dos E.U.A.. fábrica em território Canadiano já não fazia sentido e a fábrica fechou
A iniciativa militar levou à produção da caixa metálica em 2002. Em meados da década de 50, a data e os códigos passaram a
Zippo com os famosos acabamentos a negro e ser gravados no fundo dos isqueiros. O intuito original foi o controlo de
ao “click” familiar na abertura do dispositivo. O qualidade, no entanto os códigos passaram a ser uma prova de validade
facto de milhões de soldados americanos levarem para os coleccionadores. O lançamento do modelo mais fino em 1956 foi
consigo um Zippo na sua bagagem de guerra foi um um grande sucesso. Esta versão foi desenhada a pensar nas mulheres.
catalizador para que o Zippo se transformasse num O primeiro produto, sem ser o isqueiro, a ser comercializado pela Zippo,
ícone americano internacional. O fornecimento para foi uma fita métrica de bolso, introduzida em 1962. Outros produtos
o mercado militar resultou numa produção contínua foram adicionados e retirados da linha de produção da Zippo desde
para a fábrica. O que permitiu que a Zippo se tornasse 1960. Muitos eram direccionados para fins promocionais. A linha inclui,
forte a nível financeiro e numa empresa fiável e de porta-chaves, facas de bolso, conjunto de lápis e caneta, e a ZipLight,
renome. No final da guerra, a Zippo seguiu em frente uma lanterna de bolso. O Sr. Blaisdell faleceu no dia 3 de Outubro
vendendo isqueiros a uma América pacífica. de 1978. É lembrado, não só por ter inventado o isqueiro Zippo, mas
Como bom empresário, o Sr. Blaisdell quis criar um também pela sua generosidade e espírito bondoso.
carro que se parecesse com o Zippo.
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7. Após a sua morte, as suas filhas, Harriett B. Wick No presente as reuniões ocorrem em Bradford ano sim ano não, intercalando
com reuniões no Japão. O Zippo/Case Visitors Center abriu em Julho de 1997.
e Sarah B. Dorn, herdaram o negócio. Nos anos
É um espaço com 15000 metros quadrados que incluem uma loja, museu e a
80 e 90, a empresa foi adquirida por 6 membros
famosa Clínica de Reparação de Zippos, onde a reparação vitalícia de Zippos
da família Blaisdell, incluindo as filhas e os netos
é executada. Tornou-se no mais visitado museu da Pensilvânia do Norte.
de Blaisdell. George B. Duke, o neto de Blaisdell
Talvez a maior influência na colecção de Zippos provenha de Hollywood e da
e o filho de Sarah Dorn, são os actuais donos da Broadway. O isqueiro Zippo aparece em mais de 1500 filmes, peças de teatro e
empresa. Gregory W. Booth é o Presidente e o CEO séries de televisão ao longo dos anos. Nas mais diversas produções, tais como,
(Administrador). Nos anos 70 e 80, a Zippo aumentou “I Love Lucy”, “X-Men” e o musical “Hairspray”. É normal o isqueiro ser um
adereço chave, usado para reflectir a personalidade da personagem ou um
consideravelmente as suas vendas transatlânticas
determinado espaço temporal. Na cena musical, os isqueiros Zippo têm sido
e as estratégias de marketing. Como resultado, os
erguidos desde os anos 60, como uma saudação a certos artistas famosos
isqueiros Zippo são comercializados em 120 países,
enquanto cantam certos temas, normalmente baladas. Essa situação é
sendo o Japão o maior cliente fora dos E.U.A.. Em
muitas vezes designada no mundo do espectáculo como “Momento Zippo”.
1993, a Zippo comprou a empresa Bradford-based O famoso “Click” do Zippo foi reproduzido em muitas músicas, e a imagem do
W.R.Case and Sons Cutlery Company, produtora da isqueiro reproduzida nas capas dos álbuns, tatuagens nas peles dos cantores,
“faca desportiva mais coleccionada do mundo”. Case, e em fotos da Rolling Stone Magazine. Devido á sua popularidade no mundo
do Rock a Zippo criou a Zippo Hot Tour em 2004, para mostrar os novos
estabeleceu-se em 1889, como uma valiosa aquisição,
talentos do Rock por toda a América. 2002 foi o ano de estreia na Web da
e muitos aficionados coleccionam facas Case e
Zippo com o patrocínio da própria empresa ao Clube de Coleccionadores de
isqueiros Zippo. Uma estimativa indica que existem
Zippos On-Line, o Zippo Click. O nome do clube deriva do som que o isqueiro
mais de quatro milhões de coleccionadores de Zippos
emite ao ser fechado e aberto e um trocadilho com a palavra “clique”, tão
só nos E.U.A. e muitos mais milhões em todo o mundo. vulgar entre os cibernautas. O clube tem membros registados em mais de
O seu fervor e dedicação à marca são inigualáveis. 60 países.
Para enaltecer a experiência dos coleccionadores, a
Zippo promoveu a Zippo/Case International Swap
Meet em 1995.
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8. A Zippo também lançou um importante produto novo, Nos dias que correm, embora os produtos tenham tendência
a serem descartáveis ou de garantia limitada, o isqueiro
o Zippo MPL®, isqueiro multifunções com um tanque
Zippo é ainda um dos poucos produtos que leva avante a sua
recarregável com gás butano. Desde então, vários
famosa garantia vitalícia, “O Zippo Funciona, caso contrário
produtos novos foram adicionados à linha do isqueiro
nós arranjamo-lo de graça.” Em quase 75 anos de história,
multifunções recarregável. No Outono de 2002, a Zippo
ninguém nunca gastou um cêntimo na reparação mecânica
obteve a licença de marca registada para a forma do de um isqueiro Zippo, a não ser no caso de restauros externos
isqueiro Zippo. Isto foi um grande passo para ajudar a devido á erosão e idade avançada do objecto.
combater a contrafacção ilegal do produto. Em Março
de 2004, a Zippo adquiriu a D.D.M. Itália, conhecida
por toda a Europa pelos seus artigos de alta qualidade
em pele. Agora chamada a moda Italiana Zippo, os
mercados subsidiários dão estilo a bolsas e pequenos
artigos em cabedal. Em 2006, a Zippo estimou a
produção de 425 milhões de isqueiros desde a venda
do primeiro exemplar por Blaisdell no início de 1933.
O isqueiro está enraizado na cultura americana e por
todo o mundo. No vocabulário de marketing, a marca
goza de uma identidade própria, reconhecida por 98%
dos inquiridos. Isto significa que 98 das 100 pessoas
inquiridas reconhecem a marca Zippo, sem qualquer
tipo de instrução ou formação para o efeito - um
reconhecimento impressionante.
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9. CONCEPT DESIGN:
DOUG CHIANG
1962 Nasceu dia 16 de Fevereiro em Taipei, Taiwan, o 1978 Fez um filme de ficção científica de 10 minutos
segundo de três filhos. inspirado no Star Wars.
1968 Emigrou para os E.U.A. e viveu em Dearborn, Ganhou o Primeiro Prémio do Michigan Student Film
Michigan. Festival.
1972 Mudou-se para Westland, Michigan - um 1981 Graduou-se com distinção na Escola Superior
subúrbio em Detroit. John Glen.
1974 Fez o seu primeiro filme aos 12 anos usando a 1982 Trabalhou como assistente de uma turma
pixilização para animar as imagens. de produção cinematográfica na William D. Ford
1975 Começou a fazer curtas-metragens numa cave- Vocational / Technical Center of Michigan.
estúdio. Mudou-se para a Califórnia e candidatou-se á
Fez mais de uma dúzia de animações de cerca de três Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
minutos cada uma. Licenciou-se em Produção Cinematográfica. E
1976 Produziu um filme de 4 minutos chamado trabalhou na UCLA como ilustrador da revista Daily
“Gladiator” (Gladiador). Bruin.
Ganhou o Grande Prémio no “Michigan Student Film 1984 Tornou-se Director Artístico do UCLA Daily
Festival”. Bruin.
Conheceu John Prusak que se tornou o seu mentor
cinematográfico.
1977 Viu o Star Wars e The Golden Voyage Of
Sinbad.
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10. 1985 Produziu Mental Block, um filme de animação 1993 Ganhou um Prémio da Academia e outro da British
de 5 minutos. Este ganhou o Primeiro Prémio na Academy pelo filme Death Becomes Her (A Morte Fica-
FOCUS Film Competition e o Prémio Nissan Sentra lhes Tão Bem).
Automobile. Começou a trabalhar no conceito de ROBOTA: Reign of
Teve o seu primeiro emprego como freelancer fazendo Machines (Reino das Máquinas).
cenários para a Industrial Films. Tornou-se Director Criativo para a ILM.
1986 Foi contratado como Director / Designer para 1994 Ganhou o Clio Award para Melhor Design de
as Digital Productions, uma companhia de Los Angeles Cenários de um anúncio para a Malaysian Airlines.
baseada em grafismos computorizados. Dirigiu e Casou-se.
desenhou o logótipo de abertura para a estreia do 1995 Participou no Filme Star Wars Episode I: The
Oprah Winfrey Show. Phantom Menace como Director de Design. Ganhou
1987 Após o fecho das Digital Productions, trabalhou mais um British Award pelo filme Forest Gump.
como animador digital para a segunda série da Pee 1999 Lançamento do Filme Star Wars Episode I.
Wee´s Playhouse. Começou a trabalhar no Star Wars Episode II: Attack of
Juntou-se á Rhythm and Hues como director e designer The Clones. Foi nomeado um dos “ 100 Mais Influentes
gráfico para anúncios publicitários. Americanos-Asiáticos da Década” pela A.Magazine:
1989 Trabalhou como designer conceptual na Inside Asian America.
Universal Pictures no filme Regresso ao Futuro 2. 2000 Apresenta o Keynote Speaker para a Games
Aceitou o cargo de Director Artístico dos Efeitos Visuais Developers Conference.
na Industrial Light and Magic (ILM) e mudou-se para o Cria o Doug Chiang Studio.
Norte da Califórnia. É Lançado o website www.dchiang.com
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11. Características Inovadoras
O problema da inteligência artificial como força
O design conceptual de Doug Chiang promove a
poderosa é também uma das preocupações de
inovação a nível tecnológico e científico.
Chiang. A sua visão de um mundo automatizado
Leva-nos até um mundo onde as limitações são poucas
não é das mais optimistas. O que não implica que as
no campo da robótica.
suas ideias não venham a ter um papel importante
Um mundo povoado por máquinas inteligentes,
no desenvolvimento tecnológico e científico da
autómatos que adquirem vontade própria e tentam
humanidade, no campo da biónica, da aeronáutica e
conquistar o mundo. da robótica.
A sua participação em vários filmes de Sci-Fi, deu a O concept design de Chiang, além de criativo e
Chiang a possibilidade de apresentar ao mundo as suas inovador, permite-nos acreditar que ainda há muito
ideias futuristas, e muitas delas possivelmente serão por explorar, e por criar.
É uma inspiração para a nossa imaginação, para o
postas em prática num futuro não muito distante.
desenvolvimento tecnológico e estético.
A cada dia que passa os nossos conhecimentos a nível
tecnológico e científico aproximam-se cada vez mais
do mundo idealizado por Chiang.
Os veículos que desafiam a gravidade, os robots
que substituem os humanos nas tarefas do
dia-a-dia, e as habitações de alta tecnologia, podem
vir a ser uma mais valia no futuro da humanidade.
Apesar de serem animadas digitalmente, existem já
protótipos mecânicos das criações de Chiang a serem
desenvolvidas em empresas orientais.
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12. FILME: Análise Conceptual
DARK CITY
Este é provavelmente o melhor filme de ficção científica
John Murdoch acorda sozinho num estranho hotel e
dos anos 90. Tal como no filme Matrix, este filme trata
descobre que perdeu a memória e que é procurado
de uma questão bastante pertinente, – O que é real e
por uma série de homicídios brutais e bizarros.
o que é ficção?
Enquanto luta por conseguir juntar os pedaços da sua
Utilizando uma linguagem muito mais simples e um
memória fragmentada, depara-se com uma estranha
recurso menos exagerado no que diz respeito aos
Sociedade Secreta controlada por um grupo de seres
efeitos especiais digitais.
conhecidos como “The Strangers” (Os Estrangeiros),
Além do filme ter sido apresentado antes do Matrix,
que possuem a capacidade de adormecer os seres
consegue tratar a questão muito melhor e de maneira
humanos, e enquanto estes dormem alteram toda a
mais sóbria que este, e com uma conclusão bem mais
cidade e a própria memória dos indivíduos.
racional. O filme lida não só com a realidade, mas
Murdoch tem agora uma demanda, evitar que estes
também com a humanidade e a violação dos direitos
seres continuem a manipular os humanos e evitar ser
humanos.
apanhado e controlado também.
O que nos torna humanos?
O filme passa-se numa cidade de início do séc.XX,
Citando o Dr. Schreber, personagem fulcral do filme,
com trajes e penteados a condizer, mas com a fusão
“Seremos nós apenas a soma das nossas Experiências?”
de vários factores futuristas.
Este filme é compassado, mas não aborrecido, faz-
nos pensar entre os diálogos e envolve-nos ao longo
da história. O título “Dark City” não podia ser mais
apropriado, uma vez que o filme é passado na sua
grande maioria na escuridão, que faz parte da grande
Experiência dos “Strangers”, conferindo ao filme a
atmosfera a condizer com o tema.
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13. Uma aura de pesadelo, em que a realidade e o sonho Tendências Inovadoras
se fundem com uma perfeição tal, tornando difícil
distingui-las, até ao fim da acção. O filme passa-se numa atmosfera situada entre os anos
Escuridão e frieza acompanhada pelas figuras 30 e 60, do séc. XX, pelo menos até ao desenrolar do
horripilantes dos “Strangers”, apenas corrompidas filme nos dar a percepção de que a cidade não passa de
no fim do filme quando Murdoch cria um Sol, para um cenário, e que este se situa numa nave á deriva no
iluminar toda a cidade. espaço.
O filme possui um carácter altamente filosófico, Os utensílios, as roupas, os penteados, e os cenários
que nos impele a reflectir sobre a nossa existência dentro da cidade, fundem-se com cenários futuristas
individual e como espécie. quando descemos até ao mundo dos “Strangers”, e
Reflexões bem necessárias nos dias que correm. vislumbramos as suas máquinas de aspecto rudimentar
No meio de uma sociedade de marionetas e mas de enorme poder e eficiência.
consumidores compulsivos, que têm todas as As funções megalómanas e espectaculares preconizadas
ferramentas informativas disponíveis ao seu alcance, por tais aparelhos levam-nos a pensar que não é
como nunca estiveram na história da humanidade e necessária grande tecnologia para grandes feitos. O
fazem tudo menos usá-las para pensarem e evoluírem regime ditatorial e opressivo que se sente no filme é
intelectualmente. ressaltado pelas vestes das personagens, por associação.
A estagnação da sociedade e o conformismo apático Senão vejamos, os vilões trajam de negro com grandes
são inimigos ferozes a combater no filme, assim como casacos fechados até aos pés, remetendo para a polícia
na vida real. No final do filme John Murdoch diz uma secreta alemã da Segunda Guerra Mundial, as SS; exibem
frase que nos leva a reflectir ainda por algum tempo na cabeça rapada uns chapéus de côco a lembrar o início
após terminada a sessão – O que nos torna humanos do séc. XX e a época dos gangsters; falam com um tom
não se encontra nas nossas cabeças, nos nossos de voz electrónico e com a repetição de três palavras no
cérebros ou nas nossas mentes. - mas sim nas nossas fim de cada frase, como se de autómatos se tratassem.
acções!!!
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14. O Dr. Schreber apesar de possuir a habilidade de
“liquefazer” os pensamentos, utiliza uma seringa
extremamente trabalhada com ornamentos estilo Arte
Nova, de inícios de séc. XX, para os injectar nos seus
pacientes. John Murdoch possui a habilidade de reproduzir
a frequência emitida pelos “Strangers” à qual chamam
“Tune”, que traduzido significa sintonizar, capacidade que
permite a quem a possui, parar o tempo, mover objectos,
e derrotar inimigos, usando apenas a mente, remetendo-
nos mais uma vez para as tecnologias disponíveis nos
primórdios do séc. XX, a rádio e a telefonia.
O filme é futurista, e trata de questões actuais, assim como
questões que têm vindo a atormentar a humanidade
desde os primórdios da sua existência.
O que me leva a concluir que passado e presente não
podem existir um sem o outro, nem agora nem nunca,
nós temos que saber de onde viemos, quem somos e
para onde vamos, como pintou o grande Paul Gauguin,
para que possamos evoluir na direcção correcta e evitar
cometer os erros do passado.
Seja em que campo ou disciplina for os seres humanos
precisam do passado para se reinventarem.
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15. OBRA LITERÁRIA:
A Política em Dune
Paul instala a paz Universal, aniquilando os gananciosos
O livro Dune aborda em grande escala a problemática da
governantes, que querem utilizar o “Spice” como arma para
ecologia no planeta Terra.
controlar o Universo.
Nos dias que correm, a guerra ao controlo do petróleo ainda se
Paul tem o poder de controlar as “Worms”, minhocas
faz sentir e com repercussões a nível Mundial. A utilização do
gigantes que produzem o “Spice”, sem que estas estejam em
petróleo como principal fonte de energia para muitas funções
risco. No início da história a família de Paul Muad´Dib da casa
que ditam a evolução e o desenvolvimento das civilizações Atreides, é nomeada para gerir a produção e distribuição do
a nível económico, tecnológico e científico, leva a grandes “Spice” em detrimento da casa Harkonen, que detinha o
conflitos pela sua posse. No livro Dune, o petróleo é substituído anterior controlo da substância. Esta decisão por parte do
Imperador, vai criar um conflito entre as duas casas. A guerra
pelo “Spice”, substância que serve de combustível, alimento,
tem o conhecimento e aprovação por parte do imperador,
fertilizante, entre outras funções, e que dá a quem a possui
pois segundo a profecia, a casa Atreides irá dar origem ao
grande poder a nível económico, político e social. As várias
Kwisatz Haderach que será o Messias de todo o Universo,
famílias que lutam pelo controlo do “Spice”, são manipuladas
o que não agrada ao Imperador. Logo o conflito entre casas
pelo imperador que dita quem produz e gere o tão precioso é-lhe conveniente. Durante uma das batalhas entre casas
recurso. Os conflitos de interesses, transformam-se em guerra Paul Muad´Dib e sua mãe Lady Jessica, uma Bene Gesserit
aberta com o conhecimento dessa entidade suprema, que são exilados para o deserto do planeta Arrakis, onde ficam
escondidos sob a protecção do povo nativo do planeta os
nada faz a não ser observar.
Fremen, que acreditam piamente na profecia.
As semelhanças com a actualidade são por demais evidentes.
Após o desenvolvimento das capacidades de Paul. Dá-
E apesar da obra ter sido escrita nos anos 60, ainda hoje
se início ao conflito final que resulta na extinção da casa
está actual. No final do livro Paul Muad´Dib, transforma-se
Harkonen, com a morte de todos os seus membros,
no Kwisatz Haderach, o Senhor do Universo, que controla a
produção do Spice.
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16. A Ecologia em Dune
Durante a sua fuga pelo deserto Paul e Jessica utilizaram um fato
e subsequente ascensão do Kwisatz Haderach ao
especial que permite a sobrevivência no deserto sem ter que
poder supremo do Universo.
recorrer a água potável.
Em relação ao conflito, há a sublinhar a moral por
O fato tem a capacidade de reciclar toda a água que o corpo
detrás da ficção. Se “Quem controla o “Spice”,
desperdiça, suor, urina e até a humidade libertada pela respiração.
controla o Universo”, é bom que essa pessoa
O fato absorve a água e recicla-a, depositando a água potável num
seja pura de coração e utilize esse poder para fins
depósito do fato que possui um tubo por onde se pode beber. Os
benéficos e da melhor maneira possível.
utilizadores não precisam de retirar o fato para nada.
As difíceis condições de vida dos Fremen no deserto só são
facilitadas pela utilização desse fato especialmente criado para
estas condições.
Numa perspectiva ecológica e tecnológica este fato seria uma mais
valia para os povos que vivem nas mesmas condições. O uso deste
fato por soldados e agentes humanitários nas suas missões no
deserto, iria reduzir em muitos os custos das campanhas. Haveria
uma economia no que diz respeito a despesas de transporte
de água e mantimentos, reduziria as mortes por desidratação,
e permitiria uma maior capacidade de sobrevivência entre os
carregamentos dos mantimentos de guerra.
Como consequência existiria uma redução da poluição nessas
áreas e um menor recurso às poucas reservas de água existentes
no deserto.
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17. Características Significativas da Obra
A Tecnologia em Dune.
A história de Dune decorre durante o ano 10.000. A escolha de Dune foi ponderada após leitura recente da obra. É um
A tecnologia utilizada pelos habitantes do planeta romance, que apesar de ter sido escrito na década de 60, possui um
é muito avançada com alguns pormenores curiosos conteúdo que aborda questões contemporâneas, das quais a mais
a destacar. premente é a problemática do combustível fóssil e o racionamento dos
Em Dune são utilizadas naves que transportam os recursos naturais.
personagens de planeta em planeta, máquinas que As personagens ao deslocarem-se para o deserto estão equipadas com
recolhem o “Spice” dos solos de Arrakis, habitações um fato ecológico que retira o máximo proveito das limitadas reservas
com vários dispositivos electrónicos. No entanto energéticas disponíveis nessas condições climatéricas. O utilizador pode
os habitantes de Arrakis não utilizam tecnologia ficar vários dias no deserto sem ter de recorrer a água potável, uma vez
para gerir o seu mundo, nem tão pouco a produção que o fato recicla a água expelida pelos corpos, até quando respiram.
e distribuição do “Spice”. Todo o trabalho de A abordagem aos conflitos do Médio Oriente também é subtilmente
cálculos é feito pelos Mentats, homens treinados referida uma vez que existem várias famílias e comunidades que
desde a infância para usarem suas mentes como dependem do “Spice” como fonte de energia. Como é referido no
computadores. Mais uma vez a problemática livro: “ Quem controla o Spice controla o Universo.” É uma obra
da inteligência artificial é aqui retratada, numa extremamente rica em termos científicos, sociais, políticos, religiosos,
tentativa de exaltar as capacidades humanas acima filosóficos e ecológicos. Não deixando de ser envolvente a nível
dos computadores. As roupas das personagens têm artístico. Dune, é uma referência a ter em conta por muitos e muitos
um cunho revivalista dos tempos antigos da anos, até que a humanidade consiga desenvolver, soluções para os
Humanidade. Apesar da sofisticação do fato do problemas apresentados na obra. O cessar fogo no Médio Oriente, o
deserto, as roupas do dia-a-dia são convencionais desenvolvimento de novos recursos energéticos, e o condicionamento
e remontam ao Renascimento e ao Iluminismo. da exploração dos recursos naturais no planeta Terra.
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18. CONCLUSÃO
Após elaborar a pesquisa e composição para os temas deste trabalho, cheguei a Destes cinco pontos estudados podemos retirar, a inovação estética e tecnológica
várias conclusões. do High Tech, a durabilidade e a qualidade do Design do Zippo, a criatividade do
O design High Tech é uma tentativa de correcção dos erros Modernistas, no que Design Conceptual de Doug Chiang, a fusão temporal e o carácter filosófico do
diz respeito à estética e à aplicação das tecnologias, assim como outros ideais Filme Dark City, e por fim as sugestões para a resolução dos problemas actuais
de correntes anteriores, tais como, os dadaístas, os modernistas, a revolução retratados em Dune, nomeadamente a ecologia.
industrial, o ready-made, etc. Numa tentativa de tirar o que há de melhor em cada Para se poder fazer melhor é preciso cooperação, tolerância, criatividade,
uma delas e evoluir, seguir em frente, quer seja no design, na arquitectura, ou nas ambição e motivação, que juntamente com a autoconfiança permitiram a
artes plásticas. reinvenção do ser humano e o alcance de um mundo melhor.
O isqueiro Zippo é, pelas suas características formais, funcionais e materiais, a peça
que mais se aproxima do ideal do fordismo. O fordismo pretendia a produção de
objectos universais, duradouros, que não tivessem de ser trocados constantemente.
O melhor que o design tem para oferecer.
O Design Conceptual de Doug Chiang exalta a capacidade que o ser humano tem de
se reinventar a si próprio. De evoluir e de criar novas soluções para os problemas com
que se depara. A capacidade criativa será sempre o motor evolutivo do homem.
No filme Dark City a fusão entre o passado, o presente e o futuro, é-nos apresentada
da melhor maneira possível. Uma história futurista, num cenário passado, a
decorrer no presente, demonstra como é impossível indissociar as componentes
temporais na história da humanidade. O que fizemos no passado vai ter influência
no presente que por sua vez vai influenciar o futuro, o que nos impele a sermos
cada vez melhores e a não nos deixar-mos cair no esquecimento e na rotina do que
já possuímos. Só assim podemos evoluir.
Em Dune as problemáticas abrangidas com o seu carácter contemporâneo e actual,
levam-nos a reflectir sobre vários aspectos que ainda não conseguimos controlar.
Os aspectos ecológicos e políticos são ainda hoje um problema constante. O facto
da civilização depender grandemente do petróleo desde a era industrial, ainda hoje
surte os seus efeitos negativos. Mais uma vez a necessidade de evoluir é evidente.
A procura de novos recursos e soluções técnicas é a chave para resolver as questões
que afectam a humanidade neste momento.
A guerra, a fome, e o poder dos países industrializados sobre os países em vias
de desenvolvimento, são lacunas que têm de ser preenchidas para que se possa
evoluir e melhorar a nossa condição humana.
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19. FRANK HERBERT
O artigo nunca foi escrito, mas serviu como base para o conceito de Dune.
Frank Herbert nasceu em 1920 em Tacoma, Washington. Desde cedo soube que
Depois de seis anos de pesquisa e escrita, Dune foi terminado em 1965.
queria ser escritor e, em 1939 mentiu sobre a sua idade para conseguir o seu
Muito longe do que se esperava da ficção científica na época, foi publicado na revista
primeiro emprego no jornal Glendale Star. Houve um impasse temporário na
Analog em dois volumes separados, em 1963 e 1965.
sua carreira de escritor quando serviu na marinha americana como fotógrafo
Foi rejeitado por aproximadamente 20 editoras antes de finalmente ser aceite.
durante a Segunda Guerra Mundial.
Mas Chilton, uma editora pequena na Filadélfia deu a Herbert um adiantamento
Casou-se com Flora Parkinson em 1941, e divorciou-se em 1945 após o
de $7500,00 dólares e Dune transformou-se num sucesso de crítica. Dune ganhou o
nascimento de sua filha. Depois da guerra, foi até à Universidade de Washington prémio Nébula pelo melhor romance em 1965 e dividiu o prémio Hugo em 1966. Foi
onde conheceu Beverly Ann Stuart numa turma de escrita criativa em 1946. o primeiro romance de ficção científica ecológico, contendo uma grande quantidade
Eram apenas estudantes numa turma onde ninguém vendeu qualquer tipo de de temas interrelacionados e diferentes pontos de vista dos seus personagens -
publicação. Herbert havia já vendido duas histórias para revistas e Stuart uma uma característica presente em todo o trabalho maduro de Herbert. O livro não
história para a revista Modern Romance. se tornou um best-seller instantaneamente. Em 1968 Herbert ganhara $2000,00
dólares com suas publicações, muito mais do que os romances de ficção científica
Casaram-se em Seattle a 20 de Junho de 1946. O seu primeiro filho, Brian
da época lucravam, mas não o suficiente para se tornar um escritor a tempo inteiro.
Herbert nasceu em 1947. Frank Herbert não se formou na faculdade, de acordo
Entretanto, a publicação de Dune abriu muitas portas. Frank foi professor de escrita
com Brian, pois só estudava o que lhe interessava e, portanto, não conseguia
no Seattle Post-Intelligencer de 1969 até 1972 e estudante de uma série de temas
completar os cursos necessários. Depois da faculdade, retornou ao jornalismo,
interdisciplinares na Universidade de Washington (1970–72). Ele trabalhou no
trabalhando no Seattle Star e no Oregon Statesman.
Vietname e no Paquistão como consultor social e ecológico em 1972. Em 1973 foi
Também foi escritor e editor da revista California Living (da San Francisco Examiner)
director de fotografia do programa de televisão The Tillers. “Um homem é um idiota
por mais de uma década. Herbert começou a ler ficção científica nos anos quarenta se não colocar tudo de si na sua criação. Se estás a escrever no papel. Não estás a
e, na década de 50 a escrevê-la, com pequenas histórias que eram publicadas destruir, estás a plantar uma semente. Então, não te preocupes com a inspiração, ou
em Startling Stories e outras revistas. Durante essa década publicou cerca de qualquer coisa do género. É apenas uma questão de te sentares e trabalhares. Eu
20 histórias. Sua carreira como romancista começou com a publicação do The nunca tive problemas em escrever apenas um parágrafo. Já ouvi falar disso. Sentia-
Dragon in the Sea em 1955, história decorrida num submarino do século 21 como me relutante em escrever certos dias, semanas inteiras, e ás vezes até por mais
forma de explorar sanidade e loucura. O livro previu os conflitos mundiais sobre tempo. Preferia muito mais ir pescar, ou afiar alguns lápis, ou ir nadar, e porque não?
a produção e o consumo de petróleo. Foi um sucesso na crítica, mas não atingiu Mas, depois, retornando a leitura do que havia já produzido, era incapaz de detectar
grande sucesso comercial. Herbert começou a desenvolver Dune em 1959 e pode a diferença do que veio facilmente e do que fiz quando me sentei e disse “Bem,
dedicar-se a tempo inteiro à obra pois a sua esposa voltou a trabalhar como agora é hora de escrever e agora vou escrever”. Não havia diferença entre um papel
escritora de propagandas para centros comerciais. Helbert relatou mais tarde e outro.” - Frank Herbert. Em 1972 tornou-se escritor a tempo inteiro e durante os
numa entrevista com Willis E. McNeilly que o romance iniciou-se quando ele anos 70 e 80, teve um sucesso comercial considerável.
supostamente deveria escrever um artigo sobre as dunas de areia de Florence,
Oregon, mas ficou tão envolvido que retornou com muito mais material do que
seria necessário para um simples artigo.
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20. FRANK HERBERT
Viveu entre o Havai e Washington. Na sua época escreveu vários livros e Um ano após a morte de Bervely, Herbet casou-se com Theresa Shackelford.
abordou temas ecológicos e filosóficos. Continuou a saga Dune, com O Messias Em 1986 Herbert publicou As Herdeiras de Dune, deixando em aberto várias
de Dune, Os Filhos de Dune e O Imperador Deus de Dune. Escreveu outros possíveis sequelas para a saga. Esse foi o trabalho final de Herbert que morreu de
textos como The Dosadi Experiment, The Godmakers, The White Plague e cancro do pâncreas a 11 de Fevereiro de 1986, na cidade de Madison, Wisconsin
os livros de parceria com Bill Ransom: The Jesus Incident, The Lazarus Effect com 65 anos.
e The Ascension Factor. Mas a sua ascensão foi marcada pela tragédia. Em
1974, Bervely foi operada a um cancro, e deram-lhe mais dez anos de vida. Ela
morreu a 7 de Fevereiro de 1984.
Na sua dedicatória d´ As Herdeiras de Dune, Herbert escreveu uma nota para
a esposa. 1984 foi um ano tumultuado na vida de Herbert.
No ano em que a esposa morreu, a carreira descolou com o lançamento da
versão filmada de Dune, por David Lynch. Apesar da grande expectativa, de
uma produção com grande orçamento e com um elenco de primeira classe, o
filme foi pouco elogiado pela crítica e público nos Estados Unidos. Entretanto,
apesar da desapontadora resposta americana, o filme foi um sucesso na Europa
e no Japão.
No mesmo ano Herbert publicou o sexto livro da saga, Os Hereges de Dune.
Um ano após a morte de Bervely, Herbet casou-se com Theresa Shackelford.
Em 1986 Herbert publicou As Herdeiras de Dune, deixando em aberto várias
possíveis sequelas para a saga. Esse foi o trabalho final de Herbert que morreu
de cancro do pâncreas a 11 de Fevereiro de 1986, na cidade de Madison,
Wisconsin com 65 anos. Ela morreu a 7 de Fevereiro de 1984. Na sua dedicatória
d´ As Herdeiras de Dune, Herbert escreveu uma nota para a esposa.
1984 foi um ano tumultuado na vida de Herbert. No ano em que a esposa
morreu, a carreira descolou com o lançamento da versão filmada de Dune, por
David Lynch.
Apesar da grande expectativa, de uma produção com grande orçamento e com
um elenco de primeira classe, o filme foi pouco elogiado pela crítica e público
nos Estados Unidos. Entretanto, apesar da desapontadora resposta americana,
o filme foi um sucesso na Europa e no Japão.
No mesmo ano Herbert publicou o sexto livro da saga, Os Hereges de Dune.
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