Este documento discute o papel dos consultores organizacionais e como eles fornecem valor às empresas. Apesar de sua capacidade de resolver problemas complexos, os consultores ainda enfrentam desconfiança de clientes que não reconhecem plenamente seu trabalho. O documento enfatiza a importância de contratar consultores especializados e com experiência comprovada.
1. O Consultor Organizacional
Hoje, 26 de junho, é o dia do Consultor de Organizações. Profissional cuja missão é reconhecer
problemas e encontrar soluções para as demandas que afligem as companhias.
Um especialista foi contratado para solucionar o
problema existente num computador de grande porte,
complexo e cujo valor chegava a R$ 12 milhões.
Sentado em frente ao monitor, pressionou algumas
teclas, balançou a cabeça, murmurou algo para si
mesmo e desligou a máquina. Em seguida, retirou
uma chave de fenda de seu bolso, deu volta e meia
num minúsculo parafuso, religou o equipamento e
verificou que tudo estava funcionando perfeitamente.
O presidente da empresa, que se encontrava ao lado
dele, mostrou-se surpreendido com tamanha
competência e ofereceu pagar a conta no mesmo instante, perguntando: “Quanto lhe devo?” O
especialista respondeu: “São mil reais.”
“Mil reais? Mil reais por alguns minutos de trabalho? Mil reais por apertar um parafuso? Eu sei que
meu computador vale R$ 12 milhões, mas mil reais é um valor absurdo! Pagarei somente se
receber uma nota fiscal com o detalhamento dos serviços que justifiquem tal valor”, esbravejou. E
concordando com tal imposição, o especialista retirou-se do local.
Na manhã seguinte, o presidente recebeu a nota, leu a mesma com cuidado e saiu para pagá-la no
mesmo instante. A relação dos serviços prestados trazia: apertar um parafuso – R$ 1; saber qual
parafuso apertar – R$ 999.
Esta história ilustra bem a altíssima capacidade que algumas pessoas possuem de entregar
resultados excepcionais dentro de suas fronteiras de especialização e, simultaneamente a isto, a
dificuldade que seus clientes ainda conservam quando o assunto é percepção da entrega de valor.
Que o digam médicos, advogados, dentistas, engenheiros, arquitetos, designers e consultores.
Aliás, hoje, 26 de junho, é o dia do Consultor de Organizações. Profissional cuja missão é
reconhecer problemas e encontrar soluções para as demandas que afligem as companhias
diariamente e que tem recebido atenção cada vez maior desde que o desempenho corporativo
passou a ser influenciado por inúmeros fatores nos últimos anos.
Entretanto, muita gente continua a olhar os consultores com desconfiança por causa do
entendimento errôneo de que quem atua na área reproduz apenas obviedades, esquecendo-se de
que às vezes o problema das companhias é exatamente este: não fazerem aquilo que está diante
dos seus olhos há algum tempo. Neste caso, o profissional de consultoria é quem orienta o cliente a
executar o plano manifesto e não alguém que veio para dizer-lhe coisas novas.
A empresa contratante também falha quando acredita que o consultor deve atuar como gerente da
companhia durante o projeto e acaba por desvirtuar o propósito para o qual foi contratado. E,
infelizmente, não são poucas as vezes em que contam com o apoio do próprio profissional, que não
vê problema algum diante de tamanha ambiguidade e aproveita tal status para conquistar um cargo
formal de liderança.
Falando nisto, taí a diferença entre ser consultor e estar consultor. Enquanto aquele cumpre seu
papel no exercício da profissão e a vê como uma escolha de carreira para muitos anos, este apenas
faz uso da posição privilegiada que a consultoria favorece como uma opção de curto prazo para a
conquista de um novo emprego.
2. Mas então, por que insistir na contratação de um consultor externo se as coisas podem dar errado?
Porque há situações nas quais a sua companhia precisa atuar rapidamente, com precisão cirúrgica
e não conta com um agente de mudanças que saiba qual o parafuso certo e como apertá-lo.
A questão, portanto, não se resume a contratar ou não um consultor, mas “quem”. Procure avaliar o
grau de especialização do profissional, o nível de satisfação das empresas que já foram atendidas
por ele, a metodologia de trabalho que emprega e invista um tempo para conhecer os sucessos e
insucessos dos projetos que dirigiu. Agindo assim, os resultados certamente aparecerão.
Wellington Moreira
Palestrante e consultor empresarial
wellington@caputconsultoria.com.br