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REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ITINERÂNCIA ESCOLAR
DENTRO DO MST
Virna Salgado Barra
Bolsista PROEX-UFU. Laboratório de Geografia Agrária LAGEA
Universidade Federal de Uberlândia – UFU
virnoka@hotmail.com
Marcelo Cervo Chelotti
Prof. Dr. Instituto de Geografia –
Laboratório de Geografia Agrária (LAGEA)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
chelotti@ig.ufu
RESUMO:
Em 1984, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra é fundado com objetivo de tornar
a reforma agrária uma realidade bem como a reforma da educação no campo. Sendo
assim, o MST motiva ações como a identificação das necessidades educacionais no
campo e a elaboração de materiais didáticos. Essas ações são empreendidas pela Escola
Itinerante em 1996, com amparo legal do Conselho Estadual de Educação e respaldada
na Pedagogia do MST. Estabelece-se como escola pública, como descrito na Lei de
Diretrizes e Bases, contribuindo com a melhoria do processo de ensino-aprendizagem
de determinada população rural.
PALAVRAS CHAVE: MST, escola itinerante, rural, educação
INTRODUÇÃO.
Em 1984 é fundado o Movimento dos Sem Terra (MST), um povo que se
caracteriza pela mobilidade de suas ações e práticas devido incansável luta pela
realidade da reforma agrária. Durante todo o processo de formação dos acampamentos
e territorialização dos assentamentos do MST, a preocupação com a educação sempre
foi uma constate. Sendo assim, no Rio Grande do Sul nasce a primeira Escola Itinerante
do Brasil aprovada em 1996 pelo Conselho Estadual de Educação, que reconheceu a
importância do material pedagógico e da formação educacional das crianças e passou a
dar suporte legal às escolas.
A Escola Itinerante seguiu até 1998 como um experimento, que conseguiu se
consolidar dentro das perspectivas filosóficas e pedagógicas vinculadas ao MST e aos
princípios e Diretrizes da Educação Pública Estadual, almejando a busca constante pela
transformação e formação do homem do campo e sua família. Voltada para as questões
do ser humano, com conteúdos palpáveis dentro da realidade rural com a finalidade de
construir uma memória de lutas por uma educação que prega, de forma igualitária e
participativa, os seus objetivos.
Vale ressaltar que esta escola, desde de sua criação, é alvo de comentários,
críticas, dúvidas, inquietudes, questionamentos e elogios que trazem a tona a
necessidade de se discutir os rumos futuros da educação no MST bem como a estrutura
curricular das escolas convencionais do sistema capitalista público e privado.
A escola do MST traz a crise no sistema a partir do momento em que faz do campo,
ambiente em que estão inseridos, o seu objeto de estudo e reflexão para a formação de
uma sociedade mais justa e humanitária que respeite a natureza e o seu tempo – uma
escola que leva para seu interior aquilo lhe é mais caro: o conhecimento da realidade.
Os quatorze anos de Escola Itinerante no Rio Grande do Sul podem ser dividios
em dois períodos: o primeiro está compreendido entre 1997 e 2002, que caracterizou-se
pela significativa formação de educadores através do Estado e do MST e a permanência
desses na mesma escola por mais tempo, o que facilitava o acompanhamento do
processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Já no segundo período que vai de 2003
até 2008, a realidade muda consideravelmente levando a escola itinerante ao descaso no
que diz respeito as políticas públicas estaduais. A falta de merenda escolar, de material
didático e o atraso no pagamento do salários dos educadores se tornaram um
desagradável fato a ser vivenciado pelos itinerantes.
Em 2009, as escolas itinerantes que educam crianças ligadas ao Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em acampamentos no Rio Grande do Sul
devem chegar a um ponto final. O seu fechamento foi determinado por um acordo do
Ministério Público Estadual, que confirmou o término do convênio com a entidade que
contrata e gerencia os professores voltados para esse tipo de educação.
A idéia de banir as escolas itinerantes é defendida por uma ala de promotores e
procuradores de Justiça do Estado, se fundamentam na interpretação de que a entidade
abdicou da luta pela terra para buscar a transformação da sociedade brasileira lançando
mão de meios não-pacíficos. Essa decisão é o desfecho de um confronto iniciado há
dois anos, quando o Conselho Superior do MP chegou a cogitar a declaração de
ilegalidade do MST.
METODOLOGIA:
O presente trabalho apresenta sua proposta metodológica através da sistematização das
leituras feitas durante o estudo da relevância da Escola Itinerante, que está organizada
em etapas que abrigam o ensino fundamental da pré-escola a 5ª séries. Estes conteúdos
produzidos pelas escolas nômades foram pesquisados e refletidos de maneira contribuir
com a execução da metodologia, considerando e respeitando os conhecimentos
produzidos historicamente pela humanidade, contextualizando-os e dando prioridade
àqueles considerados socialmente úteis e com sentido concreto.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A itinerância dessa escola faz com que o ensino se torne uma espécie de companheiro,
já que este espaço de aprendizado os acompanham onde quer que estejam. Trata-se de
uma escola pública Estadual, conquistada na luta dos trabalhadores em movimento, na
contradição, porque ensina lutando. De acordo com Pistrak:
“Lutar e construir – isto deveria ser aprendido por cada um os
objetivos da luta, contra o que lutar e por que meios, o que cada aluno
deve criar e construir, e como” (Pistrak, 2000, p.37)
Sendo esta uma Proposta Pedagógica específica e diferenciada, não segue as
determinações do período previsto na LDB, que prevê 200 dias letivos. No entanto,
respeita o tempo de cada aluno na construção do seu conhecimento. A freqüência e o
horário são fixados a partir do compromisso assumido entre professores, alunos,
comunidade do acampamento, Secretaria de Educação e MST e sendo assim:
“A escola vai onde o educando está, na rodovia, no acampamento, na
praça, no prédio público, em qualquer espaço de luta e de expressão
do MST, não há a necessidade de parar de estudar porque se está
lutando.” (Fogaça, 2003, pp.109-110)
A escola itinerante do MST é considerada uma modalidade de educação
especial, compreendida no âmbito da educação rural. Nas últimas décadas,
especialmente a partir dos anos 90, este setor vem assumindo uma posição destacada no
panorama educacional brasileiro, trazendo a tona a discussão sobre a inclusão aliada à
causa popular. A escola tem seu papel reconhecido por alfabetizar as crianças, jovens e
adultos do acampamento e, sobretudo pelo projeto de humanização destes sujeitos,
revertendo o quadro de desuminação originário da situação de desterritorialização ao
qual estão submetidos.
“A escola itinerante não pode ser vista como um incômodo; eu queria que fosse
vista como uma grande interrogação para o sistema educativo, para a
pedagogia, para a organização escolar, para a aprovação de professores. Uma
grande interrogação que deveríamos agradecer aos Sem Terra, aos itinerantes
por nos colocarem tamanhas questões” (Arroyo, 2005)
Torna-se fundamental enfatizar que além da itinerância (mobilidade), a principal
característica da escola é a sua prática pedagógica diferenciada.
[...] A prática pedagógica da escola itinerante é singular e não pode ter
como parâmetro a metodologia tradicionalmente utilizada nas redes
de ensino públicas, mesmo as voltadas para as classes populares.
Nesse sentido, esse movimento social defende a pedagogia freiriana,
perspectiva teórica capaz de preencher e dar conta de suas
expectativas em relação ao processo ensino-aprendizagem. O ensino
convencional mostra-se alijado do contexto social das crianças rurais e
em particular das crianças acampadas, que por isso evademse da
escola ou acabam reféns de um processo de aquisição cultural distante
de sua realidade. (MEURER; DE DAVID, 2008, p. 48).
Frente a essas considerações, acreditamos ser fundamental a inserção dos futuros
professores nesses espaços não-formais de ensino-aprendizagem, para que conheçam e
reflitam sobre as múltiplas possibilidades existentes no campo da educação.
“(...) fundamenta-se na suposição de este reúne e representa sujeitos
que vêm problematizando sua época, rejeitando sua forma de estar no
mundo, organizando-se a partir de interesses comuns e com o fim de
viabilizar sociabilidades alternativas” (Falkembach, 2006, p. 28)
Para o MST, o grande objetivo da geografia é que o aluno compreenda o
processo de produção do espaço e que se localize neste processo, sendo que o eixo
básico dessa produção é o trabalho. Através dele, a sociedade se apropria da natureza e,
nas mais diversas formas de relações, transforma o espaço geográfico, o que vai de
encontro com as reflexões acerca da ciência geográfica, ao entender que o espaço é
resultado da ação do homem nas diferentes épocas.
A geografia ao falar das coisas do mundo da vida, fala dos espaços construídos
pelos homens, que em sua trajetória marcaram os lugares com os resultados da luta pela
sobrevivência. A tarefa da geografia na análise da sociedade é exatamente debruçar-se
sobre a realidade com o olhar espacial.
Morigi (2003) nos coloca que um dos maiores desafios para a educação sempre
foi a relação teoria e prática, com a percepção, cada vez maior, da necessidade da
articulação entre uma e outra. No MST, a defesa desse princípio como fundamental na
proposta de educação busca criar a capacidade de relacionar todas as demais situações
da vida, superando aquela visão de que a escola é lugar de conhecimentos teóricos para
depois, fora dela, serem aplicados na prática.
Buth (2006) acredita que os sem-terra, em acampamentos do MST, possuem
uma trajetória de vida que possibilita o desenvolvimento da consciência social e sua
compreensão como atores sociais. Aí entra o papel da geografia, comprometida com a
formação dos cidadãos, auxiliando-os a entender as desigualdades e contradições da
sociedade.
A geografia no âmbito da educação popular tem sua expressão na Escola
Itinerante do MST e neste contexto também se dá a relação com os movimentos sociais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
A Escola Itinerante acompanha seus educandos onde estiverem, visto que as
atividades do MST ocorrem em diferentes locais. Essa condição de itinerância da escola
lhe confere inúmeras possibilidades de ensino-aprendizagem, visto que as crianças têm
acesso às inúmeras especificidades de cada local.
Uma realidade latente que a partir do planejamento escolar, é transformado em
temas geradores, conteúdos, currículo escolar. Ao contrário das denúncias veiculadas
por alguns meios de comunicação, criticando essa escola sob a alegação de que não se
trabalha o conhecimento escolar, o que se constata é exatamente o contrário, aos
educandos é assegurado o acesso a todo o conhecimento historicamente acumulado pela
humanidade, desenvolvendo a capacidade individual e coletiva de construir novos
conhecimentos a partir da pesquisa por onde passam.
A nosso ver, a escola que interroga a realidade, conectada com a vida de seus
educandos não serve os interesses daqueles que tomaram a decisão de ameaçar e
arbitrariamente retirá-la dos acampamentos. Parece-lhes mais conveniente, neste
momento da história do Rio Grande do Sul, obrigar as crianças e adolescentes Sem
Terra a estudar na cidade, transportados em ônibus escolares, muitas vezes de qualidade
duvidosa, investindo recursos financeiros muito acima do que eram gastos para manter
as aulas nos acampamentos. Fechar as escolas itinerantes significa inviabilizar o direito
destes educandos a freqüentarem a escola, sem interromperem o ano letivo, ou verem-se
“reprovados” pelo sistema de avaliação classificatório e excludente, criado e mantido no
Sistema Escolar conservador e autoritário há séculos.
REFERÊNCIAS.
ARROYO, M.G. Apresentação. In: CALDART, R.S. Pedagogia do Movimento Sem-
Terra: escola é mais do que escola. Petrópolis: Vozes, 2005.
BUTH, Fernanda. O ensino/aprendizagem de geografia no contexto da educação
popular: experiências em Escolas Itinerantes de Acampamentos do MST/RS. In:
DAVID, Cesar De & MEURER, Ane Carine. Espaços-Tempos de Itinerância:
Interlocução entre Universidade e Escola Itinerante do MST. Santa Maria: Editora
UFSM, 2006.
CALDART, Roseli Salete. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social
como princípio educativo. In: Estudos Avançados 15 (43), 2001.
FALKEMBACH, Elza Maria Fonseca. Sistematização em educação popular: uma
história, um debate... 30ª Reunião Anual da ANPED, Caxambu, 2006.
FOGAÇA, Jaime. Um caminho de muitas marcas: a luta dos sujeitos da Escola
Itinerante no Rio Grande do Sul. In: Cadernos do ITERRA, Ano III, nº 8, nov., 2003.
MEURER, A. C.; DAVID, C. (Org.). Espaços-tempos de itinerância: articulações
entre universidade e escola itinerante do MST. Santa Maria – RS: Ed. UFSM, 2006.
MORIGI, Valter. Escola do MST: uma utopia em construção. Porto Alegre:
Mediação, 2003.
MST. Dossiê MST ESCOLA. Caderno de Educação nº. 13. São Paulo, 2005.

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Virna Salgado Barra - II NEAT 2010

  • 1. REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA DA ITINERÂNCIA ESCOLAR DENTRO DO MST Virna Salgado Barra Bolsista PROEX-UFU. Laboratório de Geografia Agrária LAGEA Universidade Federal de Uberlândia – UFU virnoka@hotmail.com Marcelo Cervo Chelotti Prof. Dr. Instituto de Geografia – Laboratório de Geografia Agrária (LAGEA) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) chelotti@ig.ufu RESUMO: Em 1984, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra é fundado com objetivo de tornar a reforma agrária uma realidade bem como a reforma da educação no campo. Sendo assim, o MST motiva ações como a identificação das necessidades educacionais no campo e a elaboração de materiais didáticos. Essas ações são empreendidas pela Escola Itinerante em 1996, com amparo legal do Conselho Estadual de Educação e respaldada na Pedagogia do MST. Estabelece-se como escola pública, como descrito na Lei de Diretrizes e Bases, contribuindo com a melhoria do processo de ensino-aprendizagem de determinada população rural. PALAVRAS CHAVE: MST, escola itinerante, rural, educação INTRODUÇÃO. Em 1984 é fundado o Movimento dos Sem Terra (MST), um povo que se caracteriza pela mobilidade de suas ações e práticas devido incansável luta pela realidade da reforma agrária. Durante todo o processo de formação dos acampamentos e territorialização dos assentamentos do MST, a preocupação com a educação sempre foi uma constate. Sendo assim, no Rio Grande do Sul nasce a primeira Escola Itinerante do Brasil aprovada em 1996 pelo Conselho Estadual de Educação, que reconheceu a
  • 2. importância do material pedagógico e da formação educacional das crianças e passou a dar suporte legal às escolas. A Escola Itinerante seguiu até 1998 como um experimento, que conseguiu se consolidar dentro das perspectivas filosóficas e pedagógicas vinculadas ao MST e aos princípios e Diretrizes da Educação Pública Estadual, almejando a busca constante pela transformação e formação do homem do campo e sua família. Voltada para as questões do ser humano, com conteúdos palpáveis dentro da realidade rural com a finalidade de construir uma memória de lutas por uma educação que prega, de forma igualitária e participativa, os seus objetivos. Vale ressaltar que esta escola, desde de sua criação, é alvo de comentários, críticas, dúvidas, inquietudes, questionamentos e elogios que trazem a tona a necessidade de se discutir os rumos futuros da educação no MST bem como a estrutura curricular das escolas convencionais do sistema capitalista público e privado. A escola do MST traz a crise no sistema a partir do momento em que faz do campo, ambiente em que estão inseridos, o seu objeto de estudo e reflexão para a formação de uma sociedade mais justa e humanitária que respeite a natureza e o seu tempo – uma escola que leva para seu interior aquilo lhe é mais caro: o conhecimento da realidade. Os quatorze anos de Escola Itinerante no Rio Grande do Sul podem ser dividios em dois períodos: o primeiro está compreendido entre 1997 e 2002, que caracterizou-se pela significativa formação de educadores através do Estado e do MST e a permanência desses na mesma escola por mais tempo, o que facilitava o acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Já no segundo período que vai de 2003 até 2008, a realidade muda consideravelmente levando a escola itinerante ao descaso no que diz respeito as políticas públicas estaduais. A falta de merenda escolar, de material didático e o atraso no pagamento do salários dos educadores se tornaram um desagradável fato a ser vivenciado pelos itinerantes. Em 2009, as escolas itinerantes que educam crianças ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em acampamentos no Rio Grande do Sul devem chegar a um ponto final. O seu fechamento foi determinado por um acordo do Ministério Público Estadual, que confirmou o término do convênio com a entidade que contrata e gerencia os professores voltados para esse tipo de educação. A idéia de banir as escolas itinerantes é defendida por uma ala de promotores e procuradores de Justiça do Estado, se fundamentam na interpretação de que a entidade abdicou da luta pela terra para buscar a transformação da sociedade brasileira lançando
  • 3. mão de meios não-pacíficos. Essa decisão é o desfecho de um confronto iniciado há dois anos, quando o Conselho Superior do MP chegou a cogitar a declaração de ilegalidade do MST. METODOLOGIA: O presente trabalho apresenta sua proposta metodológica através da sistematização das leituras feitas durante o estudo da relevância da Escola Itinerante, que está organizada em etapas que abrigam o ensino fundamental da pré-escola a 5ª séries. Estes conteúdos produzidos pelas escolas nômades foram pesquisados e refletidos de maneira contribuir com a execução da metodologia, considerando e respeitando os conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade, contextualizando-os e dando prioridade àqueles considerados socialmente úteis e com sentido concreto. RESULTADOS E DISCUSSÕES A itinerância dessa escola faz com que o ensino se torne uma espécie de companheiro, já que este espaço de aprendizado os acompanham onde quer que estejam. Trata-se de uma escola pública Estadual, conquistada na luta dos trabalhadores em movimento, na contradição, porque ensina lutando. De acordo com Pistrak: “Lutar e construir – isto deveria ser aprendido por cada um os objetivos da luta, contra o que lutar e por que meios, o que cada aluno deve criar e construir, e como” (Pistrak, 2000, p.37) Sendo esta uma Proposta Pedagógica específica e diferenciada, não segue as determinações do período previsto na LDB, que prevê 200 dias letivos. No entanto, respeita o tempo de cada aluno na construção do seu conhecimento. A freqüência e o horário são fixados a partir do compromisso assumido entre professores, alunos, comunidade do acampamento, Secretaria de Educação e MST e sendo assim: “A escola vai onde o educando está, na rodovia, no acampamento, na praça, no prédio público, em qualquer espaço de luta e de expressão
  • 4. do MST, não há a necessidade de parar de estudar porque se está lutando.” (Fogaça, 2003, pp.109-110) A escola itinerante do MST é considerada uma modalidade de educação especial, compreendida no âmbito da educação rural. Nas últimas décadas, especialmente a partir dos anos 90, este setor vem assumindo uma posição destacada no panorama educacional brasileiro, trazendo a tona a discussão sobre a inclusão aliada à causa popular. A escola tem seu papel reconhecido por alfabetizar as crianças, jovens e adultos do acampamento e, sobretudo pelo projeto de humanização destes sujeitos, revertendo o quadro de desuminação originário da situação de desterritorialização ao qual estão submetidos. “A escola itinerante não pode ser vista como um incômodo; eu queria que fosse vista como uma grande interrogação para o sistema educativo, para a pedagogia, para a organização escolar, para a aprovação de professores. Uma grande interrogação que deveríamos agradecer aos Sem Terra, aos itinerantes por nos colocarem tamanhas questões” (Arroyo, 2005) Torna-se fundamental enfatizar que além da itinerância (mobilidade), a principal característica da escola é a sua prática pedagógica diferenciada. [...] A prática pedagógica da escola itinerante é singular e não pode ter como parâmetro a metodologia tradicionalmente utilizada nas redes de ensino públicas, mesmo as voltadas para as classes populares. Nesse sentido, esse movimento social defende a pedagogia freiriana, perspectiva teórica capaz de preencher e dar conta de suas expectativas em relação ao processo ensino-aprendizagem. O ensino convencional mostra-se alijado do contexto social das crianças rurais e em particular das crianças acampadas, que por isso evademse da escola ou acabam reféns de um processo de aquisição cultural distante de sua realidade. (MEURER; DE DAVID, 2008, p. 48). Frente a essas considerações, acreditamos ser fundamental a inserção dos futuros professores nesses espaços não-formais de ensino-aprendizagem, para que conheçam e reflitam sobre as múltiplas possibilidades existentes no campo da educação. “(...) fundamenta-se na suposição de este reúne e representa sujeitos que vêm problematizando sua época, rejeitando sua forma de estar no
  • 5. mundo, organizando-se a partir de interesses comuns e com o fim de viabilizar sociabilidades alternativas” (Falkembach, 2006, p. 28) Para o MST, o grande objetivo da geografia é que o aluno compreenda o processo de produção do espaço e que se localize neste processo, sendo que o eixo básico dessa produção é o trabalho. Através dele, a sociedade se apropria da natureza e, nas mais diversas formas de relações, transforma o espaço geográfico, o que vai de encontro com as reflexões acerca da ciência geográfica, ao entender que o espaço é resultado da ação do homem nas diferentes épocas. A geografia ao falar das coisas do mundo da vida, fala dos espaços construídos pelos homens, que em sua trajetória marcaram os lugares com os resultados da luta pela sobrevivência. A tarefa da geografia na análise da sociedade é exatamente debruçar-se sobre a realidade com o olhar espacial. Morigi (2003) nos coloca que um dos maiores desafios para a educação sempre foi a relação teoria e prática, com a percepção, cada vez maior, da necessidade da articulação entre uma e outra. No MST, a defesa desse princípio como fundamental na proposta de educação busca criar a capacidade de relacionar todas as demais situações da vida, superando aquela visão de que a escola é lugar de conhecimentos teóricos para depois, fora dela, serem aplicados na prática. Buth (2006) acredita que os sem-terra, em acampamentos do MST, possuem uma trajetória de vida que possibilita o desenvolvimento da consciência social e sua compreensão como atores sociais. Aí entra o papel da geografia, comprometida com a formação dos cidadãos, auxiliando-os a entender as desigualdades e contradições da sociedade. A geografia no âmbito da educação popular tem sua expressão na Escola Itinerante do MST e neste contexto também se dá a relação com os movimentos sociais. CONSIDERAÇÕES FINAIS. A Escola Itinerante acompanha seus educandos onde estiverem, visto que as atividades do MST ocorrem em diferentes locais. Essa condição de itinerância da escola lhe confere inúmeras possibilidades de ensino-aprendizagem, visto que as crianças têm acesso às inúmeras especificidades de cada local.
  • 6. Uma realidade latente que a partir do planejamento escolar, é transformado em temas geradores, conteúdos, currículo escolar. Ao contrário das denúncias veiculadas por alguns meios de comunicação, criticando essa escola sob a alegação de que não se trabalha o conhecimento escolar, o que se constata é exatamente o contrário, aos educandos é assegurado o acesso a todo o conhecimento historicamente acumulado pela humanidade, desenvolvendo a capacidade individual e coletiva de construir novos conhecimentos a partir da pesquisa por onde passam. A nosso ver, a escola que interroga a realidade, conectada com a vida de seus educandos não serve os interesses daqueles que tomaram a decisão de ameaçar e arbitrariamente retirá-la dos acampamentos. Parece-lhes mais conveniente, neste momento da história do Rio Grande do Sul, obrigar as crianças e adolescentes Sem Terra a estudar na cidade, transportados em ônibus escolares, muitas vezes de qualidade duvidosa, investindo recursos financeiros muito acima do que eram gastos para manter as aulas nos acampamentos. Fechar as escolas itinerantes significa inviabilizar o direito destes educandos a freqüentarem a escola, sem interromperem o ano letivo, ou verem-se “reprovados” pelo sistema de avaliação classificatório e excludente, criado e mantido no Sistema Escolar conservador e autoritário há séculos. REFERÊNCIAS. ARROYO, M.G. Apresentação. In: CALDART, R.S. Pedagogia do Movimento Sem- Terra: escola é mais do que escola. Petrópolis: Vozes, 2005. BUTH, Fernanda. O ensino/aprendizagem de geografia no contexto da educação popular: experiências em Escolas Itinerantes de Acampamentos do MST/RS. In: DAVID, Cesar De & MEURER, Ane Carine. Espaços-Tempos de Itinerância: Interlocução entre Universidade e Escola Itinerante do MST. Santa Maria: Editora UFSM, 2006. CALDART, Roseli Salete. O MST e a formação dos sem terra: o movimento social como princípio educativo. In: Estudos Avançados 15 (43), 2001. FALKEMBACH, Elza Maria Fonseca. Sistematização em educação popular: uma história, um debate... 30ª Reunião Anual da ANPED, Caxambu, 2006.
  • 7. FOGAÇA, Jaime. Um caminho de muitas marcas: a luta dos sujeitos da Escola Itinerante no Rio Grande do Sul. In: Cadernos do ITERRA, Ano III, nº 8, nov., 2003. MEURER, A. C.; DAVID, C. (Org.). Espaços-tempos de itinerância: articulações entre universidade e escola itinerante do MST. Santa Maria – RS: Ed. UFSM, 2006. MORIGI, Valter. Escola do MST: uma utopia em construção. Porto Alegre: Mediação, 2003. MST. Dossiê MST ESCOLA. Caderno de Educação nº. 13. São Paulo, 2005.