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Ciências Humanas e suas
  Tecnologias - História
      Ensino Médio, 2ª Série

 A ÁFRICA ATLÂNTICA
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica




                                               Por que estudar a África?
                                               Além de identificar e reconhecer as
                                               influências das culturas africanas
                                               (sobretudo da chamada África
                                               Atlântica) sobre a formação do
                                               Brasil, é necessário olhar outros
                                               povos, histórias e tradições, indo
                                               além do habitual costume que
                                               privilegia o estudo do mundo
                                               eurocêntrico (que tem a cultura de
                                               origem europeia como base ou
Imagem: ESEOHE CECILIA EJODAME / Creative      referência).
Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica



 O “Berço” da humanidade
  O continente é reconhecidamente associado ao surgimento do
  homem, pois em terras africanas foram identificadas várias e
  antigas espécies que fizeram parte da evolução humana.

 Migrações
  Desde os tempos mais remotos, as populações africanas
  passaram por processos migratórios ou pela formação de
  grupos isolados pouco numerosos, favorecendo a formação de
  vários grupos étnicos e de uma grande diversidade de
  estruturas sociais, tribos, comunidades e variadas formas de
  organização política – que, embora utilizemos termos ocidentais
  como “impérios” ou “reinos”, funcionavam de formas próprias e
  diferenciadas.
HISTÓRIA, Segundo Ano
  A África Atlântica



   Diversidade natural
   que influenciou o
   desenvolvimento
   humano.
                Desertos

                Estepes

                Savanas

                Florestas

                Vegetação mediterrânea

                Oásis


Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
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 A África Atlântica




    Civilizações marcantes
                                               O Antigo Egito é, certamente, a mais
                                                conhecida e grandiosa civilização africana,
                                                tendo sido cenário de importantes
                                                acontecimentos e tendo construído uma
                                                formidável cultura.
                                               Durante mais de 2 mil anos, os egípcios
                                                dominaram extensas regiões e
                                                promoveram obras fantásticas para
                                                honrar seus vários deuses e para produzir
                                                através do aproveitamento do Rio Nilo.



Imagem: Jeff Dahl / GNU Free Documentation License
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica



 Civilizações marcantes
      Abaixo da região egípcia, onde hoje está o Sudão,
       civilizações deixaram suas marcas:
         O Reino de Kush chegou
          a ser conhecido como a
          civilização dos “faraós
          negros”, tendo como
          capital a cidade de
          Meroé. Os kushitas
          também construíram
          pirâmides e tiveram
          relações tensas com os
          poderosos egípcios. O
                                      Imagem: Ruinas de Meroé / B N Chagny / Creative
          reino só foi extinto no     Commons Attribution-Share Alike 1.0 Generic

          século IV da Era Cristã.
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica



 Civilizações marcantes
    Na região da atual
     Etiópia, desenvolveu-
     se o antigo reino
     Axum, que teve
     importantes relações
     comerciais com
     Israel e a
     Mesopotâmia. Axum
     foi também a porta
     de entrada para o
     Cristianismo na
     África.
                             Imagem: Parque das estelas de Axum / Pzbinden7 /
                             GNU Free Documentation License
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica


 Civilizações marcantes
   Os reinos núbios surgiram após os
    conflitos entre Kush e Axum, através da
    sobrevivência dos povos kushit as que
    se reuniram com os nobas, os blêmios e
    os nobatas. No século VI dC, os núbios
    estavam reunidos através dos reinos da
    Nobácia, de Macúria e de Aloa. Os três
    reinos possuíam grande força militar,
    desenvolveram intensas atividades de
    agricultura, mineração e comércio (que    Imagem: Faraós Núbios / Wufei07 / public domain

    incluía negociação de escravos). O
    cristianismo também foi difundidos
    nestes reinos, mas o avanço islâmico
    acabou modificando definitivamente a
    situação. Os reinos existiram até o
    século XVI.
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica



 Civilizações marcantes
   Na África do Norte (Mediterrânea) formou-se o importante e
    poderoso império Cartaginês, que teve a cidade de Cartago
    (na atual Tunísia) como centro. Os cartagineses
    desenvolveram intenso comércio pelo Mediterrâneo e
    rivalizaram com gregos e romanos. Durante as Guerras
    Púnicas (264-146 aC), contra Roma, os cartagineses chegaram
    a invadir a Europa, mas acabaram sendo derrotados.




                 Imagem: Ruínas de Cártago / Autor desconhecido / Public Domain
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica



 Vários povos e várias etnias
  A diversidade cultural dos povos africanos era tamanha que os
  especialistas estimam que tenham existido mais de 1.200 línguas
  diferentes, muitas delas sem qualquer relação ou influência entre
  elas. As principais famílias linguísticas são:
   Afro-Asiáticas (norte e leste): berbere, egípcio antigo, semítico,
    cushita e chádico;
   Niger-Cordofaniana: Cordofaniano e Níger-Congo (ashanti,
    suaíli, banto, xosa, zulu, iorubá, ibo, etc.);
   Nilo-Saariana (norte do Nilo, no Saara e no Sudão): Songai,
    saariano, mabã, furiã, comã e nilótico;
   Coissã (sul): Hadza, sandane e coissã.
HISTÓRIA, Segundo Ano
  A África Atlântica



  Geralmente os membros das
  comunidades eram
  poliglotas, pois dominavam e
  utilizavam várias línguas, a
  exemplo daquelas que eram
  faladas por seus familiares e
  por línguas dos grupos e
  comunidades vizinhas.

                Línguas Afro-Asiáticas

                Línguas Niger-Cordofanianas

                Línguas Nilo-Saarianas

                Línguas Coissã


Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
HISTÓRIA, Segundo Ano
  A África Atlântica



  A África teve e ainda tem
  inúmeros grupos étnicos
  característicos. Confira alguns:



                  Sudaneses

                  Bantos

                  Bosquinianos

                  Pigmeus

                  Hotentotes

                  Nilóticos
                                                                A área em destaque é
                                                                reconhecida como
                                                                África Negra
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
HISTÓRIA, Segundo Ano
A África Atlântica



 Como estudar a África?
  Há pelo menos quatro formas de abordar o espaço africano
  conforme fatores ambientais, sociais e culturais:

  1. África do Norte, África Ocidental, África Oriental, África do Sul
     e África Central; (*)

  2. África do Norte, África Subsaariana e África do Sul;
  3. África Branca (norte) e África Negra (sul);
  4. África Mediterrânea, África Oriental e África Atlântica.
                                                   Atlântica

               (*) É a divisão mais utilizada e presente na cartografia estudada
               didaticamente, apresentando as sub-regiões africanas. Também é
               oficialmente empregada pela ONU (Organização das Nações Unidas),
               obedecendo a atual divisão política do continente.
África do Norte

                 África Ocidental                                Oceano
                                                                 Atlântico
                 África Central

                 África Oriental

                 África do Sul


Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
HISTÓRIA, Segundo Ano
  A África Atlântica



     A África Atlântica
       Esta região ocidental
       do continente,
       banhada pelo Oceano
       Atlântico e que teve
       fortes influências
       sobre a formação
       colonial das                                       Oceano
       Américas, foi a                                    Atlântico
       origem dos escravos
       que partiram para o
       Novo Mundo.




Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
HISTÓRIA, Segundo Ano
  A África Atlântica



     A África Atlântica
     Para os estudiosos da
     História da África, a
     região é formada pelos
     seguintes países atuais:
     Mauritânia, Senegal,
     Gâmbia, Guiné Bissau,
     Guiné, Serra Leoa,                                   Oceano
     Libéria, Costa do                                    Atlântico
     Marfim, Gana, Togo,
     Benin, Nigéria,
     Camarões, Guiné
     Equatorial, São Tomé e
     Príncipe, Gabão, Congo,
     República Democrática
     do Congo e Angola.
Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
A África Atlântica
A região sediou um dos mais importantes reinos históricos da
África, o poderoso Império de Gana, que desenvolveu intensa
atividade mineradora e comercial que negociava vários produtos e
também impulsionou o tráfico de escravos. Situado numa
movimentada rota entre as regiões atlânticas e subsaarianas, o
império manteve contatos com vários povos, o que facilitou os
negócios envolvendo escravos. Gana manteve sob seu controle
vários reinos na região e entrou em decadência após o domínio de
invasores islâmicos, no século XIII.
A África Atlântica
O reino de Mali estava nas proximidades da África Atlântica, por
isso era bastante ligado à região. Mali adotou o islamismo e
também deveu seu desenvolvimento ao comércio, além de intensa
vida urbana, o que ocorria em grandes cidades como Tombuctu.




                Imagem: EhavEliyahu / Public Domain
A África Atlântica
A situação geográfica da África Atlântica favoreceu bastante as
atividades comerciais, pois são abundantes os rios e os canais
naturais navegáveis, facilitando o fluxo de pessoas e mercadorias
de várias partes.




     Imagem:Jialiang Gao www.peace-on-earth.org / GNU Free Documentation License
Escravidão
A escravidão é uma característica marcante na vida da África
Atlântica, sendo o tráfico humano uma atividade que teve muita
importância na região. O escravismo era uma prática muito
comum na África e remonta os tempos das civilizações mais
antigas do continente.




                  Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain
Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain




      Cenas da escravidão interna na África Atlântica.
Escravidão




      Imagem: Autor desconhecido / Public Domain




            Cenas da escravidão interna na África Atlântica.
Escravidão




                                                            Mulheres e crianças
                                                            escravas.
 Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain
Escravidão
Com a expansão marítima europeia, a partir do século XV, os
contatos entre a Europa e a África tornaram-se intensos e, com
eles, a escravidão ganhou mais mercados através do tráfico
atlântico, que passou a ter o Novo Mundo como destino.
Os portugueses estabeleceram privilegiadas condições de
negociação, estabelecendo grande volume de atividades e
possibilitando o aumento das influências externas sobre a África
Atlântica.
Tráfico atlântico:
    Fluxo externo para as Américas;
    Preferência por escravos homens, por crianças e
      adolescentes.
Escravidão
As intensas intromissões externas contribuíram para
desestabilizar os reinos africanos, cada vez mais dependentes das
potências europeias.
O tráfico atlântico acentuou também os problemas internos na
África, pois aumentou as tensões entre os povos e sociedades
numa luta entre aqueles que buscavam escravos e aqueles que
buscavam resistir à submissão.
Escravidão
 Cerca de 90% dos escravos transferidos para as Américas
  partiram da África Atlântica;
 No caso do fornecimento de escravos para o Brasil, os
  interesses pelo controle do comércio escravista gerou atritos
  entre lideranças e grupos africanos, comerciantes portugueses
  e também brasileiros;




              Imagem: Castelo de São Jorge da Mina, em Gana – Grande porto
              escravista português / Dave Ley / GNU Free Documentation License
Escravidão




                                                           Esquemas e representações de navios
                                                           negreiros que faziam as rotas entre a
                                                           África Atlântica e as Américas.
Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain
Escravidão
 O fluxo escravista a partir da África Atlântica acabou também
  disseminando, através do êxodo escravo, vários elementos da
  cultura nativa africana para as Américas, então significativa
  parte da base sociocultural das sociedades formadas nas
  Américas receberam influências diretas dos povos da África
  Atlântica;
 As populações escravas passaram a constituir a população
  americana, agindo no processo de produção colonial, mas a
  devida integração à sociedade ainda não foi concluída mesmo
  após o fim do trabalho escravo;
 A continuidade do tráfico escravo foi trágica para vários reinos,
  aldeias e povoados africanos, que passaram a ser atacados
  para obtenção de pessoas que seriam submetidas ao
  escravismo no Mundo Atlântico.
Atividade
 Texto 1
   “Se definirmos o escravo como alguém que é propriedade de
   outro – que pode ser pessoa, grupo social, instituição ou cargo
   político –, e cuja propriedade é reconhecida por leis e
   costumes, temos que concluir que a ‘prisão social’ do cativo
   doméstico constituía uma forma de escravidão. Essa definição
   de escravo vale tanto para a escravidão ‘de linhagem’ como
   para a utilização comercial em larga escala de escravos, esta
   também encontrada na África em lugares e períodos
   específicos”.

            João José Reis, “Notas sobre a escravidão na África pré-colonial”
Atividade
 Texto 2
   “Dado fundamental do sistema escravista, a dessocialização,
   processo em que o indivíduo é capturado e apartado de sua
   comunidade nativa, se completa com a despersonalização, na
   qual o cativo é convertido em mercadoria na sequencia da
   reificação, da coisificação, levada a efeito na sociedade
   escravista”.
            Luiz Felipe Alencastro, “O trato dos viventes: formação do Brasil
            no Atlântico Sul”

   Vamos debater!
   Como podemos identificar as definições de escravidão nos
   textos lidos? É possível comparar as formas de escravidão
   existentes na antiguidade e aquela que existia na África?
Atividade

  Por que podemos falar na existência de “várias Áfricas”?


  Costumamos empregar nossos conceitos sobre as instituições
  sociais para entender a sociedade africana, mas o
  funcionamento dos “reinos”, “impérios” e o “Estado” na África
  não ocorre exatamente como indicam nossos conceitos.
  Discuta como ocorrem estas variações.
Atividade
  Acompanhe o vídeo que está neste link e então registre suas
  impressões a respeito da influência religiosa sobre a
  escravidão atlântica.


Vídeos
  Conheça mais sobre a história africana e sobre a África
  Atlântica através dos seguintes vídeos na internet:
  África Ocidental: Togo e Benin
  África: Uma História rejeitada
Tabela de Imagens
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 2      ESEOHE CECILIA EJODAME / Creative                http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Africa_ 20/04/2012
        Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported sight.png
 5      Jeff Dahl / GNU Free Documentation License       http://en.wikipedia.org/wiki/File:Pharaoh.svg  20/04/2012
 6      Ruinas de Meroé / B N Chagny / Creative          http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sudan_ 20/04/2012
        Commons Attribution-Share Alike 1.0 Generic      Meroe_Pyramids_2001.JPG
 7      Parque das estelas de Axum / Pzbinden7 / GNU  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stela_a 20/04/2012
        Free Documentation License                       ksum.jpg
 8      Faraós Núbios / Wufei07 / public domain          http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nubian 20/04/2012
                                                         Pharoahs.jpg
 9      Ruínas de Cártago / Autor desconhecido /  Public http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ruines 20/04/2012
        Domain                                           _de_Carthage.jpg
 18     EhavEliyahu / Public Domain                      http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Berber 20/04/2012
                                                         _Trade_with_Timbuktu_1300s.jpg
 19     Jialiang Gao www.peace-on-earth.org / GNU        http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Niger_ 20/04/2012
        Free Documentation License                       River_Center_Island.jpg
 20     Autor desconhecido / United States Public        http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slaveb 20/04/2012
        Domain                                           eating.jpg
 21     Autor desconhecido / United States Public        http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slaves_ 20/04/2012
        Domain                                           in_Ethiopia_-_19th_century.jpg
 22     Autor desconhecido / Public Domain               http://commons.wikimedia.org/wiki/File:ST-     20/04/2012
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A áfrica atlântica

  • 1. Ciências Humanas e suas Tecnologias - História Ensino Médio, 2ª Série A ÁFRICA ATLÂNTICA
  • 2. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Por que estudar a África? Além de identificar e reconhecer as influências das culturas africanas (sobretudo da chamada África Atlântica) sobre a formação do Brasil, é necessário olhar outros povos, histórias e tradições, indo além do habitual costume que privilegia o estudo do mundo eurocêntrico (que tem a cultura de origem europeia como base ou Imagem: ESEOHE CECILIA EJODAME / Creative referência). Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
  • 3. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica O “Berço” da humanidade O continente é reconhecidamente associado ao surgimento do homem, pois em terras africanas foram identificadas várias e antigas espécies que fizeram parte da evolução humana. Migrações Desde os tempos mais remotos, as populações africanas passaram por processos migratórios ou pela formação de grupos isolados pouco numerosos, favorecendo a formação de vários grupos étnicos e de uma grande diversidade de estruturas sociais, tribos, comunidades e variadas formas de organização política – que, embora utilizemos termos ocidentais como “impérios” ou “reinos”, funcionavam de formas próprias e diferenciadas.
  • 4. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Diversidade natural que influenciou o desenvolvimento humano. Desertos Estepes Savanas Florestas Vegetação mediterrânea Oásis Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
  • 5. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Civilizações marcantes  O Antigo Egito é, certamente, a mais conhecida e grandiosa civilização africana, tendo sido cenário de importantes acontecimentos e tendo construído uma formidável cultura.  Durante mais de 2 mil anos, os egípcios dominaram extensas regiões e promoveram obras fantásticas para honrar seus vários deuses e para produzir através do aproveitamento do Rio Nilo. Imagem: Jeff Dahl / GNU Free Documentation License
  • 6. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Civilizações marcantes  Abaixo da região egípcia, onde hoje está o Sudão, civilizações deixaram suas marcas:  O Reino de Kush chegou a ser conhecido como a civilização dos “faraós negros”, tendo como capital a cidade de Meroé. Os kushitas também construíram pirâmides e tiveram relações tensas com os poderosos egípcios. O Imagem: Ruinas de Meroé / B N Chagny / Creative reino só foi extinto no Commons Attribution-Share Alike 1.0 Generic século IV da Era Cristã.
  • 7. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Civilizações marcantes  Na região da atual Etiópia, desenvolveu- se o antigo reino Axum, que teve importantes relações comerciais com Israel e a Mesopotâmia. Axum foi também a porta de entrada para o Cristianismo na África. Imagem: Parque das estelas de Axum / Pzbinden7 / GNU Free Documentation License
  • 8. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Civilizações marcantes  Os reinos núbios surgiram após os conflitos entre Kush e Axum, através da sobrevivência dos povos kushit as que se reuniram com os nobas, os blêmios e os nobatas. No século VI dC, os núbios estavam reunidos através dos reinos da Nobácia, de Macúria e de Aloa. Os três reinos possuíam grande força militar, desenvolveram intensas atividades de agricultura, mineração e comércio (que Imagem: Faraós Núbios / Wufei07 / public domain incluía negociação de escravos). O cristianismo também foi difundidos nestes reinos, mas o avanço islâmico acabou modificando definitivamente a situação. Os reinos existiram até o século XVI.
  • 9. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Civilizações marcantes  Na África do Norte (Mediterrânea) formou-se o importante e poderoso império Cartaginês, que teve a cidade de Cartago (na atual Tunísia) como centro. Os cartagineses desenvolveram intenso comércio pelo Mediterrâneo e rivalizaram com gregos e romanos. Durante as Guerras Púnicas (264-146 aC), contra Roma, os cartagineses chegaram a invadir a Europa, mas acabaram sendo derrotados. Imagem: Ruínas de Cártago / Autor desconhecido / Public Domain
  • 10. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Vários povos e várias etnias A diversidade cultural dos povos africanos era tamanha que os especialistas estimam que tenham existido mais de 1.200 línguas diferentes, muitas delas sem qualquer relação ou influência entre elas. As principais famílias linguísticas são:  Afro-Asiáticas (norte e leste): berbere, egípcio antigo, semítico, cushita e chádico;  Niger-Cordofaniana: Cordofaniano e Níger-Congo (ashanti, suaíli, banto, xosa, zulu, iorubá, ibo, etc.);  Nilo-Saariana (norte do Nilo, no Saara e no Sudão): Songai, saariano, mabã, furiã, comã e nilótico;  Coissã (sul): Hadza, sandane e coissã.
  • 11. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Geralmente os membros das comunidades eram poliglotas, pois dominavam e utilizavam várias línguas, a exemplo daquelas que eram faladas por seus familiares e por línguas dos grupos e comunidades vizinhas. Línguas Afro-Asiáticas Línguas Niger-Cordofanianas Línguas Nilo-Saarianas Línguas Coissã Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
  • 12. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica A África teve e ainda tem inúmeros grupos étnicos característicos. Confira alguns: Sudaneses Bantos Bosquinianos Pigmeus Hotentotes Nilóticos A área em destaque é reconhecida como África Negra Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
  • 13. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica Como estudar a África? Há pelo menos quatro formas de abordar o espaço africano conforme fatores ambientais, sociais e culturais: 1. África do Norte, África Ocidental, África Oriental, África do Sul e África Central; (*) 2. África do Norte, África Subsaariana e África do Sul; 3. África Branca (norte) e África Negra (sul); 4. África Mediterrânea, África Oriental e África Atlântica. Atlântica (*) É a divisão mais utilizada e presente na cartografia estudada didaticamente, apresentando as sub-regiões africanas. Também é oficialmente empregada pela ONU (Organização das Nações Unidas), obedecendo a atual divisão política do continente.
  • 14. África do Norte África Ocidental Oceano Atlântico África Central África Oriental África do Sul Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
  • 15. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica A África Atlântica Esta região ocidental do continente, banhada pelo Oceano Atlântico e que teve fortes influências sobre a formação colonial das Oceano Américas, foi a Atlântico origem dos escravos que partiram para o Novo Mundo. Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
  • 16. HISTÓRIA, Segundo Ano A África Atlântica A África Atlântica Para os estudiosos da História da África, a região é formada pelos seguintes países atuais: Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Guiné Bissau, Guiné, Serra Leoa, Oceano Libéria, Costa do Atlântico Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Gabão, Congo, República Democrática do Congo e Angola. Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor Desconhecido.
  • 17. A África Atlântica A região sediou um dos mais importantes reinos históricos da África, o poderoso Império de Gana, que desenvolveu intensa atividade mineradora e comercial que negociava vários produtos e também impulsionou o tráfico de escravos. Situado numa movimentada rota entre as regiões atlânticas e subsaarianas, o império manteve contatos com vários povos, o que facilitou os negócios envolvendo escravos. Gana manteve sob seu controle vários reinos na região e entrou em decadência após o domínio de invasores islâmicos, no século XIII.
  • 18. A África Atlântica O reino de Mali estava nas proximidades da África Atlântica, por isso era bastante ligado à região. Mali adotou o islamismo e também deveu seu desenvolvimento ao comércio, além de intensa vida urbana, o que ocorria em grandes cidades como Tombuctu. Imagem: EhavEliyahu / Public Domain
  • 19. A África Atlântica A situação geográfica da África Atlântica favoreceu bastante as atividades comerciais, pois são abundantes os rios e os canais naturais navegáveis, facilitando o fluxo de pessoas e mercadorias de várias partes. Imagem:Jialiang Gao www.peace-on-earth.org / GNU Free Documentation License
  • 20. Escravidão A escravidão é uma característica marcante na vida da África Atlântica, sendo o tráfico humano uma atividade que teve muita importância na região. O escravismo era uma prática muito comum na África e remonta os tempos das civilizações mais antigas do continente. Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain
  • 21. Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain Cenas da escravidão interna na África Atlântica.
  • 22. Escravidão Imagem: Autor desconhecido / Public Domain Cenas da escravidão interna na África Atlântica.
  • 23. Escravidão Mulheres e crianças escravas. Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain
  • 24. Escravidão Com a expansão marítima europeia, a partir do século XV, os contatos entre a Europa e a África tornaram-se intensos e, com eles, a escravidão ganhou mais mercados através do tráfico atlântico, que passou a ter o Novo Mundo como destino. Os portugueses estabeleceram privilegiadas condições de negociação, estabelecendo grande volume de atividades e possibilitando o aumento das influências externas sobre a África Atlântica. Tráfico atlântico:  Fluxo externo para as Américas;  Preferência por escravos homens, por crianças e adolescentes.
  • 25. Escravidão As intensas intromissões externas contribuíram para desestabilizar os reinos africanos, cada vez mais dependentes das potências europeias. O tráfico atlântico acentuou também os problemas internos na África, pois aumentou as tensões entre os povos e sociedades numa luta entre aqueles que buscavam escravos e aqueles que buscavam resistir à submissão.
  • 26. Escravidão  Cerca de 90% dos escravos transferidos para as Américas partiram da África Atlântica;  No caso do fornecimento de escravos para o Brasil, os interesses pelo controle do comércio escravista gerou atritos entre lideranças e grupos africanos, comerciantes portugueses e também brasileiros; Imagem: Castelo de São Jorge da Mina, em Gana – Grande porto escravista português / Dave Ley / GNU Free Documentation License
  • 27. Escravidão Esquemas e representações de navios negreiros que faziam as rotas entre a África Atlântica e as Américas. Imagem: Autor desconhecido / United States Public Domain
  • 28. Escravidão  O fluxo escravista a partir da África Atlântica acabou também disseminando, através do êxodo escravo, vários elementos da cultura nativa africana para as Américas, então significativa parte da base sociocultural das sociedades formadas nas Américas receberam influências diretas dos povos da África Atlântica;  As populações escravas passaram a constituir a população americana, agindo no processo de produção colonial, mas a devida integração à sociedade ainda não foi concluída mesmo após o fim do trabalho escravo;  A continuidade do tráfico escravo foi trágica para vários reinos, aldeias e povoados africanos, que passaram a ser atacados para obtenção de pessoas que seriam submetidas ao escravismo no Mundo Atlântico.
  • 29. Atividade  Texto 1 “Se definirmos o escravo como alguém que é propriedade de outro – que pode ser pessoa, grupo social, instituição ou cargo político –, e cuja propriedade é reconhecida por leis e costumes, temos que concluir que a ‘prisão social’ do cativo doméstico constituía uma forma de escravidão. Essa definição de escravo vale tanto para a escravidão ‘de linhagem’ como para a utilização comercial em larga escala de escravos, esta também encontrada na África em lugares e períodos específicos”. João José Reis, “Notas sobre a escravidão na África pré-colonial”
  • 30. Atividade  Texto 2 “Dado fundamental do sistema escravista, a dessocialização, processo em que o indivíduo é capturado e apartado de sua comunidade nativa, se completa com a despersonalização, na qual o cativo é convertido em mercadoria na sequencia da reificação, da coisificação, levada a efeito na sociedade escravista”. Luiz Felipe Alencastro, “O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul” Vamos debater! Como podemos identificar as definições de escravidão nos textos lidos? É possível comparar as formas de escravidão existentes na antiguidade e aquela que existia na África?
  • 31. Atividade Por que podemos falar na existência de “várias Áfricas”? Costumamos empregar nossos conceitos sobre as instituições sociais para entender a sociedade africana, mas o funcionamento dos “reinos”, “impérios” e o “Estado” na África não ocorre exatamente como indicam nossos conceitos. Discuta como ocorrem estas variações.
  • 32. Atividade Acompanhe o vídeo que está neste link e então registre suas impressões a respeito da influência religiosa sobre a escravidão atlântica. Vídeos Conheça mais sobre a história africana e sobre a África Atlântica através dos seguintes vídeos na internet: África Ocidental: Togo e Benin África: Uma História rejeitada
  • 33. Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso         2 ESEOHE CECILIA EJODAME / Creative  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Africa_ 20/04/2012 Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported sight.png 5 Jeff Dahl / GNU Free Documentation License http://en.wikipedia.org/wiki/File:Pharaoh.svg 20/04/2012 6 Ruinas de Meroé / B N Chagny / Creative  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sudan_ 20/04/2012 Commons Attribution-Share Alike 1.0 Generic Meroe_Pyramids_2001.JPG 7 Parque das estelas de Axum / Pzbinden7 / GNU  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stela_a 20/04/2012 Free Documentation License ksum.jpg 8 Faraós Núbios / Wufei07 / public domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nubian 20/04/2012 Pharoahs.jpg 9 Ruínas de Cártago / Autor desconhecido /  Public http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ruines 20/04/2012 Domain _de_Carthage.jpg 18 EhavEliyahu / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Berber 20/04/2012 _Trade_with_Timbuktu_1300s.jpg 19 Jialiang Gao www.peace-on-earth.org / GNU  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Niger_ 20/04/2012 Free Documentation License River_Center_Island.jpg 20 Autor desconhecido / United States Public  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slaveb 20/04/2012 Domain eating.jpg 21 Autor desconhecido / United States Public  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slaves_ 20/04/2012 Domain in_Ethiopia_-_19th_century.jpg 22 Autor desconhecido / Public Domain http://commons.wikimedia.org/wiki/File:ST- 20/04/2012 slaves.jpg?uselang=en
  • 34. Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso         23 Autor desconhecido / United States Public  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:1890sc 20/04/2012 Domain _Artwork_01.jpg 26 Castelo de São Jorge da Mina, em Gana – Grande http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Elmina 20/04/2012 porto escravista português / Dave Ley / GNU  _slave_castle.jpg Free Documentation License 27 Autor desconhecido / United States Public  http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Slavetr 20/04/2012 Domain ade2.jpg 11,  SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de  Acervo SEE-PE. 26/04/2012 12,  Autor Desconhecido. 14,  e15