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A MOEDA EM PORTUGAL AO LONGO DA HISTÓRIA
Até ao Século II antes de Cristo, o território a que hoje pertence Portugal foi povoado ou
frequentado por vários povos, sendo que alguns cunhavam moeda própria, a qual, directa ou
indirectamente, acabava por ter valor e circular no actual território português.

O primeiro grande povo a colonizar e a estabelecer relações comerciais com os habitantes
                                         primitivos do actual território português, terá sido o
                                         fenício, no Século VIII a.C..

                                         Aos Fenícios, ter-se-ão seguido os Cartagineses e os
                                         Gregos, no Século VI a.C., estes povos já cunhavam
                                         moeda própria em ouro ou prata.

                                         No Século V a.C. os Celtas ocupavam parte da
                                         Península Ibérica, sendo certo que cunhavam moeda
própria, distinta da dos Gregos.

A partir do Século II a.C. os Romanos povoaram o actual território português. Em fins do século
II e no século I antes de Cristo, durante o domínio romano da Hispânia, diversas povoações
foram autorizadas a bater moeda divisionária própria, presumivelmente para acudir a um
crescente desenvolvimento. As suas moedas, com desenhos simples e característicos, alusivos
às regiões onde estavam confinadas, foram as primeiras cunhadas no actual território
português. As cidades que cunharam moeda própria no território português são as que
actualmente corresponde às localidades de Castro Marim, Tavira, Bruto briga, Silves, Elvas,
Alvor, Évora, Mértola, Faro, Beja, Alcácer do Sal, e Serpa.

Com o fim da República Romana e o início da Época Imperial, as moedas romanas perderam a
figura dos deuses na face, substituindo-a pelo rosto dos imperadores, que se consideravam
deuses vivos.

Havia, contudo, em certos locais do Império, grandes nobres que tinham o privilégio de cunhar
moeda com o seu próprio rosto.

A partir do ano 305 dão-se grandes divisões no império, que é divido entre o Ocidente e o
Oriente. Para a história das moedas circuladas no actual território português, apenas se
referem os imperadores do ocidente, pese embora as moedas dos imperadores do oriente
tenham o mesmo valor facial e possam ter sido aceites no actual território português Cerca do
início do Século V da nossa era as tribos designadas por Suevos, acantonadas junto ao Reno no
sul da Germânia, migraram através da Gália e, no ano 409, atravessaram os Pireneus,
juntamente com os Vândalos. Dois anos depois os Suevos foram autorizados pelos Romanos a
fixarem-se na província da Gallaecia (Galiza), onde estabeleceram, sob a chefia de Hermerico,
um reino independente com a capital em Bracara (Braga). Nos dois reinados seguintes
estenderam-se para sul até Mérida e Sevilha, atingindo a sua maior expansão. Foram a seguir
derrotados e confinados de novo no noroeste da Hispânia, até que, já no não de 585, foram
incorporados por Leovigildo no Reino Visigodo. Os Suevos bateram moeda no território que é
hoje Portugal, copiando espécies romanas, quer em prata – a síliqua – quer em ouro – o
sólidos ou soldo e o tremisses ou terço de soldo.Destes três valores, os tremisses são as
moedas mais conhecidas, apesar de bastante escassas. Espalhados por Moses e colecções
particulares admite-se não existirem mais de duzentos exemplares. Quanto aos soldos são
extremamente raros, não atingindo vinte os espécimes que se conhecem. Da síliqua existem
três exemplares, todos em Moses.

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  • 1. A MOEDA EM PORTUGAL AO LONGO DA HISTÓRIA Até ao Século II antes de Cristo, o território a que hoje pertence Portugal foi povoado ou frequentado por vários povos, sendo que alguns cunhavam moeda própria, a qual, directa ou indirectamente, acabava por ter valor e circular no actual território português. O primeiro grande povo a colonizar e a estabelecer relações comerciais com os habitantes primitivos do actual território português, terá sido o fenício, no Século VIII a.C.. Aos Fenícios, ter-se-ão seguido os Cartagineses e os Gregos, no Século VI a.C., estes povos já cunhavam moeda própria em ouro ou prata. No Século V a.C. os Celtas ocupavam parte da Península Ibérica, sendo certo que cunhavam moeda própria, distinta da dos Gregos. A partir do Século II a.C. os Romanos povoaram o actual território português. Em fins do século II e no século I antes de Cristo, durante o domínio romano da Hispânia, diversas povoações foram autorizadas a bater moeda divisionária própria, presumivelmente para acudir a um crescente desenvolvimento. As suas moedas, com desenhos simples e característicos, alusivos às regiões onde estavam confinadas, foram as primeiras cunhadas no actual território português. As cidades que cunharam moeda própria no território português são as que actualmente corresponde às localidades de Castro Marim, Tavira, Bruto briga, Silves, Elvas, Alvor, Évora, Mértola, Faro, Beja, Alcácer do Sal, e Serpa. Com o fim da República Romana e o início da Época Imperial, as moedas romanas perderam a figura dos deuses na face, substituindo-a pelo rosto dos imperadores, que se consideravam deuses vivos. Havia, contudo, em certos locais do Império, grandes nobres que tinham o privilégio de cunhar moeda com o seu próprio rosto. A partir do ano 305 dão-se grandes divisões no império, que é divido entre o Ocidente e o Oriente. Para a história das moedas circuladas no actual território português, apenas se referem os imperadores do ocidente, pese embora as moedas dos imperadores do oriente tenham o mesmo valor facial e possam ter sido aceites no actual território português Cerca do início do Século V da nossa era as tribos designadas por Suevos, acantonadas junto ao Reno no sul da Germânia, migraram através da Gália e, no ano 409, atravessaram os Pireneus, juntamente com os Vândalos. Dois anos depois os Suevos foram autorizados pelos Romanos a fixarem-se na província da Gallaecia (Galiza), onde estabeleceram, sob a chefia de Hermerico, um reino independente com a capital em Bracara (Braga). Nos dois reinados seguintes estenderam-se para sul até Mérida e Sevilha, atingindo a sua maior expansão. Foram a seguir derrotados e confinados de novo no noroeste da Hispânia, até que, já no não de 585, foram incorporados por Leovigildo no Reino Visigodo. Os Suevos bateram moeda no território que é hoje Portugal, copiando espécies romanas, quer em prata – a síliqua – quer em ouro – o
  • 2. sólidos ou soldo e o tremisses ou terço de soldo.Destes três valores, os tremisses são as moedas mais conhecidas, apesar de bastante escassas. Espalhados por Moses e colecções particulares admite-se não existirem mais de duzentos exemplares. Quanto aos soldos são extremamente raros, não atingindo vinte os espécimes que se conhecem. Da síliqua existem três exemplares, todos em Moses.