1. Históriade Arte da Antiguidade Clássica e Tardia
em Portugal
Resumo
1. O Espaço: Os povos pré-romanos da Península Ibérica na Idade do Ferro
Povos muito distintos:
Zona interior pastorícia
Zona costeira comércio
Lusitanos povo q vivianumazonabastante amplada PenínsulaIbéricaantesdosRomanose
ocupavaumazonaque vinhadesde oGuadianaaté aoDouro porissoestazonaera chamada
Lusitânea
Península visitada por :
o Celtas
o Fenícios (desde o séc. IX), Gregos e Cartagineses (do mediterrâneo)
o Romanos (ficam)
A riqueza de um lugar têm a ver com os rios nele presentes.
Ager = campo, território rural
2. Os castros ( do latim castra – acampamento militar
romano) = locais fortificados da Idade do Ferro na
Península Ibérica
= Ópido ( do latim oppidum, pl. oppida ) : palavra
romana que vai buscar o significado de uma
realidade anterioràchegada romana zonasaltas:
proteção contra invasões anteriores à chegada dos
Romanos
o Castrode Lisboaficavanolocal doCastelode
S.Jorge
o Aglomerados populacionais independentes
antes da chegada dos Romanos
o Com a tomada de posse dos romanos, o
ópidos foram organizados
o Romanosquandochegamestabelecemoseu
acampamento militar junto do castro
Desequilíbrio de desenvolvimentos dos diferentes
povos
Sul daPenínsulamaisdesenvolvidoporque estámais
próximo do Mar Mediterrâneo desenvolvimento
civilizacional maior do que zonas do Norte
Este mais em contacto com o Mediterrâneo
Parte Nordoeste fim do Mundo, desconhecido,
oceano
Muitas Estelas encontradas no Sul da Península
Ibéricacomumalínguaque nãoeraromana,anterior
ao latim escrita pré-romana
Estela: pedra paralelipipédica com inscrições
Melhor palavra
3. 1. O Espaço:“Apresençaorientalizante”naPenínsulaIbérica:os fenícioseoreino
de Tartessos
Período orientalizante ou das “colonizações”marcado pela assimilação de práticas de origem
mediterrânica e a vinda de povos de origem oriental, semita (como os fenícios que trazem o
domínio da metalurgia do ferro)
4. 1. As presenças mediterrânicas: Rotas de navegação na bacia do Mediterrâneo
com indicação dos principais estabelecimentos fenícios: os fenícios de Tiro
chegam na primeira metade do séc. VIII a.C.
Fenícios são os primeiros a chegar e trazem:
o A moeda
o O alfabeto
o Relações comerciais
Deixam os gregos em paz são os concorrentes
Fundação da cidade no Norte de África:
o Cartago: cidade que se vai quase autonomizardaFeníciae dar origemaosCartagineses
Existem poucos vestígios dos Fenícios na Península
5. 1. As presenças mediterrânicas: A presença grega no nordeste da Península
Ibérica e sul de França
Gregos chegam no séc.VIII / séc.VI e fundam pequenas feitorias e colónias não eram
conquistadores comércio.
Muitas colónias deram, mais tarde, origem a cidades.
A helenização do sul da França no séc. VI
a.c.eraconsiderável.(Massáliafoifundada
pelacidade gregada Foceia(ÁsiaMenor)).
Os gregos introduziram a cultura da vinha
e da oliveira. Penetram no interior e foi
encontrada cerâmica dos séculos VII e VI
a.c. na Germânia e Suiça.
Colónias associadas à cidade-mãe e
podem elas próprias fundar outras
cidades:
Massalia fundou no norte de Espanha
Emporion (actual Ampúrias) onde se
descobriucerâmicacoríntiae vasosáticos.
Este caminharpara sul e ocidente visavao
comércio de metais tão necessário à
Hélade e que era realizado em locais que
nãochegavamaoestatutode emporion.Os
foceenses continuaram para ocidente. Parece que estiveram nas Baleares.
Fundaçãode Roma em753 a.C. enquantoque os Feníciose Gregos já andavama percorero
Mediterrâneo
Metrópole: cidade-mãe
Ópidosvãocontactarcomos Fenícios,comosGregos(VIII-VII...) e aseguircomosCartagineses.
6. 1. As presenças mediterrânicas: O domínio cartaginês no mediterrâneo ocidental
antes de primeira Guerra Púnica (264 a.c.)
Cartagineses: A partir do séc. V, VI até ao séc. III vão formar um grande Império no Ocidente
Conquistam muito território no Norte de África
Nesta Altura os Romanos já conquistaram a Etrúria
Cartagineses fundam Cartago Nova
Guerras Púnicas: Guerras dos Púnicos (Fenícios de Cartago: Cartagineses) contra os Romanos
No séc. III a.C. os Cartagineses começam a entrar na Península.
Paralelamente, os romanos já dominam a Península Itálica na totalidade.
Romanos: Não têm experiência de guerra naval
Fundação de Roma
753 a.C.
1000 a.C.
Nascimento de Cristo
0
7. Gregos pedem ajuda aos Romanos para expulsar os Cartagineses Orgulho dos Romanos:
começam as lutas em auxílio dos Gregos
Ex.: Agrigento, cidade grega muito perto do domínio dos Cartagineses
3 Guerras Púnicas:
o 1ª em 264 a.C. – 242 a.C. eminentemente naval
o 2ª em 218 a.C. – 202 a.C. cartagineses lutaram com elefantes muita estratégia,
queriam surpreender Roma: expedição por Terra com os elefantes: famosa travessia
dos Alpes, chamada pelos romanos, a guerra de Aníbal
o 3ª em 149 a.C. – 146 a.C. mais centrada em Cartago: destruição e conquista de
Cartago pelos Romanos
vencem os Romanos
Acaba Cartago cartaginesa Cartago romana
Península Ibérica não apresenta nenhuma unidade até à chegada dos Romanos.
1.As culturas no território português desde a pré-história à Idade do Ferro: Neolítico
final e inícios da Idade do cobre: Placas de Xisto (coincidentes com o fenómeno do
Megalitismo amplamente difundido em toda a Europa atlântica a partir do 5º milénio
a.C.. A faixa litoral da P.I. constitui um dos mais importantes e antigos núcleos do
Megalitismo europeu.
A própria deposição ( nas antas) das abundantes placas de xisto,de ídolo-placas, de ídolos
«chatos» antropomórficos, de coelhos e roedores (certamente um símbolo feminino de
fertilidade) fornecemcoordenadasbemexplícitasquantoaocruzamentodestascrençase a
sua expressão na própria arquitectura da anta.
Sem se saber ao certo qual o significado da placa de Xisto, cuja difusão territorial é
amplamente atestadaabaixodoMondegoparece-noscorrectoencará-la
como um amuleto individual, simultaneamente apotropaico e protector,
mas ao mesmo tempo sintetizando a imagem da «deusa mãe» ou da
«grande deusa».
Horta da Antalocalizadanaárea da Coudelariade Alterjuntoaum habitate
de um santuário.OsmateriaisencontradossãoatribuíveisaoNeolíticopleno
8. onde surgemcerâmicaslisase placasde xistodecoradas;dataçãode rádio-carbono 3350-3020.
1. As culturas no território português desde a pré-história à Idade do Ferro: Final
da idade do Bronze( entre 1000 e 700 a.c.) à idade do Ferro (a partir de finais
do II milénio a. .c ): As “Estelas –menires”
Proto-história do território português “estelas-menires”:
distinguem-se do menires propriamente ditos: pela sua forma antropomórfica e pelo
facto de apresentarempelomenosumaface alisadade modoa receberinsculturasem
relevo de carácter figurativo
Estátua–menir de Boulhosa, MNA:
a cabeça é de formato triangular apresentando a marcação recortada
do entroncamento dos membros superiores
no anversoobserva-seumcolarinsculpidoe duaslinhasverticaisquase
paralelas…
Estátua–menir de Chaves:
forma claramente fálica
nas duas faces e na parte lateral são representados um colar,
um punhal e uma espada
a forma fálica agregadaà representação deinsígniasdepoder
efectivo – como as armas e o colar - bem como o
antropomorfismo esquemático fortíssimo símbolo territorial
garanteda coesão grupal,verdadeiro monumento de chefe mas
um chefe tendencialmente mitificado ou mesmo identificado
com uma divindade de carácter guerreiro…”
9. 1. As culturas no territórioportuguêsdesde a pré-históriaaté à Idade do Ferro:Idade do
Ferro: Berrões e “Guerreiros Lusitanos”
Berrões proto-históricos:
Idade do Ferro
Esculturas zoomórficas em pedra (granito) -
predominantemente porcos domésticos ou selvagens conjunto
constituído por cerca de cinquenta exemplos melhor ou pior
conservados
Sobretudo no Nordeste: Trás os Montes e Beira Interior com
testemunhos no território espanhol
Atribuídos aos Vetões, povo certamente celtizado
Importância do porco garantia de sobrevivência,razão de
subsistência
O que motiva uma civilização é a sobrevivência. Todas as partes são aproveitadas.
Idade do Conbre/Calcolítico
Estátua maciça de barro
Representação de uma porca, de um conjunto de, pelo
menos, duas
Neolítico final, pertencente talvez a um altar doméstico.
Pedrapara perdurar objetosmaisperenes,especialmente
de granito
10. 1. As culturas no território português desde a pré-história até à Idade do Ferro: Idade
do Ferro: “Guerreiros Lusitanos”
exemplares da escultura castreja
célebresestátuasde «guerreiros”galaico-lusitanos(de quese destacam
os testemnhosde Sanfins,SantaCombade Basto,Capeludos,S.Julião,ouS.
Paio de Meixedo)
sobretudo no nordeste
muitos datam do séc. II d.C. surpreende a forma com que estão
vestidos
torks: colar em pedra (que eram em ouro)
ilustramaquiloqueosromanosqueremrepresentardestes
oppida:romanos fazemum estudoda populaçãoe entram
em negociações se conseguirem não destruindo a cultura
anteriormente existente
mostram o poder instalado na Península Ibérica antes da
chegada dos Romanos
11. Elementos cronológicos anteriores à Romanização em Portugal( PI: Séc. III e Port. séc.
II a. C.)
1. As aculturações resultantes: Santuário do Endovélico no Alandroal (ver MNA) e
Fonte do Ídolo em Braga
Santuário do Endovélico
O sítiode S. Miguel daMota, Alandroal,estáde
há longadata associadoa Endovélico
Um esporão:admitindo-se que ali se
localizariaoseusantuário
Endovélico:divindade indígenacultuadasobodomínioromano
Fonte do Ídolo
12. Divinizaçãodafonte
Interpretaçãodeste santuárioé complexa
A linhainterpretativaoriginada
Leite de Vasconcelos: divindadee odedicante se
encontramambosrepresentados,assumindoque a
primeiraestárepresentadanaedículae a segunda
emalto-relevo
Alain Tranoy: identificaodeuscoma figurado lado
esquerdoe odedicante como bustoinseridono
nicho
Edícula: Nicho,comose fosse umtemplogrego:colunas,frontãoe tímpanodecorado:onde se
coloca umafigurapara devoção
Pedra Formosa,uma exposiçãonoMNA:Descobertadosbanhosdocastro do alto da Eiras
(vilanovade Famalicão) noprimeiromilénioa.C.De salientarariquezadasua pedraformosa.
(outro exemplar com ornamentações semlhantes e mesma função encontrado no Freixo)
Pertencente aumbalneário
Pedracontinhauma entradamuitopequenatodaempedra que davaacessoa uma
câmara onde se encontravaa sauna,banhode vapor (conservarocalor)
2 linteis(paralelipípedovertical que sustentaumhorizontal) e 1dintel (paralelipípedo
horizontal/deitado) muitoornamentado:iníciodaconjugaçãoda contrução e da
ornamentação/decoração,entre aarquiteturae aescultura
Gramática decorativaque se vai conservar,o léxico
14. 2. Conceito de Romanização e de Antiguidade Tardia.
A Administração e gestão do território e sua relação com a Arte nos
diferentes contextos: clássico, romano-tardio, suévicoe visigótico.
A ) Conceito de Romanização: Evolução política de Roma (breve síntese); as grandes
conquistas da República, as guerras púnicas, a presença cartaginesa e romana na
península ibérica; o domínio romano na península, as divisões administrativas, a
romanização;
Cidade de Roma: cidade por excelência, donde vem o conceito urbes, todas as cidades
querem ser como esta
Roma Antiga:
o Começou por ser uma aldeia, fundada a cidade
em 753 a.C.
o Zona de colina, onde passava o Rio Tibre
o Tem uma pequena ilha, Ilha Tibrina
o Já foi uma monarquia 753 – 506 a.C.
o 4 Regiões/tribos e 7 colinas foram estabelecidas
pelo rei Sérvio Túlio
Quatro regiões/tribos
I. Subura
II. Esquilino
III. Região colina
IV. Palatino
Sete colinas:
I. Esquilino
II. Célio
III. Quirinal
IV. Aventino
V. Viminal
VI. Palatino: zona com grandes palácios (de
onde vem a palavra palácio)
VII. Capitólio
Pontos fundamentais
da administração
15. Tria de Capitolina: 3 principais Deuses que têm de zelar pela cidade Júpiter, Juno e
Minerva
o Júpiter (Zeus)
o Juno (Hera)
o Minerva (Atena)
Roma nasce na zona do Palatino e Capitólio
Catacumbes na periferia da cidade
Linha que marca uma das primeiras muralhas construídas pelo rei Sérvio Túlio no início
da Monarquia no séc.VII muralha imensa, como a cidade vai crescer
Núcleo vai avançando desta aldeia com vias.
Fundação Mítica:
Rómulo e Rémulo fundaram a cidade de Roma.
Cidade de Roma ascendente divino:
o Os gémeos eram filhos da sobrinha do Rei... tinha tido os dois gémeos filhos de
Marte (Ares) Pai com medo e abandona os filhos amamentados e criados
por uma loba e voltam para se vingarem
o Eneias saiu com o seu filho e pai às costas na invasão de Tróia, e foi fundar uma
nova cidade: Eneias é um Troiano, filho de Vénus (Afrodite) descendentes
Rómulo e Rémulo
o Rómulo mata Rémulo
Romanos ser herdeiros/descendentes de Vénus e Marte
Cidade na antiguidade, espaço sagrado delimitado pelas
muralhas Pomerium
Roma na Antiguidade muito pantanosa: não era ideal para se
fundar uma cidade
Vitrúvio: cidade junto de um pântano NUNCA
Romanos tomam conta da Península Itálica.
16. A Península Itálica cerca de 500 a. C. ou seja no
início do período republicano):
Quatro Poderes na Península Itálica:
o Domínio romano;
o Magna Grécia;
o Domínio cartaginês.
Républica: Sistema político 506 a.C. – 27 a.C.
27 a.C. – 14ª d.C. : Império de César Augusto
(Otávio): Gaius Julius Caesar Octalianos Augustus
Seu avô Júlio César ficou com Julius Caesar
Tornou-se um Principado (melhor designação
deste regime político) estabelece-se a partir de 27
a.C.
Chegada
146 a.C. chegada dos romanos à Península Ibérica ( a seguir à 1ª Guerra Púnica no séc.
III )
Fenícios, Gregos e Cartagineses: comércio como único objetivo
Romanos: conquista do território
Conquistas aos Cartagineses,
ocupam inicialmente a zona sul e
zona este.
Os Romanos chegaram:
o os cartagineses têm de ter
derrotados
o teritórios organizados
administrativamente
O império cartaginês no início do séc. III a.C.
17. Séc. II Período de conquista
Primeira organização do território:
o Chamaram Hispânia à Península Ibérica
o 1ª Organizção Administrativa Duas grandes zonas (197 a.C.):
Hispânia Citerior (mais perto de Roma)
Hispânia Ulterior (mais afastada de Roma)
Ocupam o território desde o Guadiana até ao Douro.
o Vivendo da pastorícia e do saque, os Lusitanos desciamcom frequência às
terras a sul do Tejo e ao vale de Guadalquivir, emexpedições que tinham por
objectivo o saque
o O primeiro recontro entre Lusitanos e Romanos em 194 a. C. quando os
Lusitanos voltavam de um saque à Bética Atacados por P. Cornélio Cípião,
os Lusitanos derrotados em Ilipa (Alcalá del Rio)
o 190 a.C. Romanos vencidos perto de Lycon proximidades de Castulo
o Derrotado em 190 procônsul L. Emílio Paulo conseguiu vencê-los igualmente
na Bética logo no ano seguinte
o As informações de (Tito)Lívio não nos permitem decidir se os Lusitanos,
vitoriosos em 190, se tinham mantido na Andaluzia ou se, regressados às suas
terras, tinham feito nova expedição em 189 a. C. hipótese de expedições
anuais é perfeitamente possível
Guerra Lusitana (155 a.C.-138 a.C.)
o O período mais intenso de lutas entre Lusitanos e Romanos deu-se entre 155
e 136 a.C., designado GUERRA LUSITANA; a principal fonte é Apiano (natural
de Alexandria, terá nascido a 95 d.C. , escreveu uma História de Roma e uma
História da Iberia).
Séc. II Período de conquista
Campanhas militares para Ocidente: a partir de 138 a. C. : Décimo Júnio Bruto
o General romano
o O governo das províncias é entregue a um procônsul que exerce o cargo em
nome de um cônsul. São governadores militares com amplos poderes. São
coadjuvados por um quaestor( justiça, abastecimentos, impostos);
o tomou o governo da província da Ulterior em 138 a. C. segundo Estrabão
terá fortificado Olisipo e utilizado como base de operações a cidade indígena
de Morón situada à beira do Tejo dúvidas quanto à sua localização
o Expedição militar ao Noroeste
18. o Chegam a Olisipo, apanham o Tejo,chegam ao Douro e depois ao Minho
depois de chegar ao Minho não se atrevem a continuar: pensavam que era o
rio do esquecimento, mundo dos mortos
o O general passou esta barreira e desmentiu todo este mito
o Ia exercer a organização das províncias: senado e magistrados organizam as
conquistas das províncias
o Estabeleceu um castra romano em frente ao ópido do Castelo de S.Jorge
o Seguiu por Santarém até Mora
o Teria estabelecido acampamento perto de Viseu, Cava de Viriato (octógono);
o Bruto, segundo Apiano, teria atravessado o Douro, o Lima e o Minho. No
entanto, tal não constituiu um domínio militar efectivo da região entre o Tejo e
o Douro;
o Só quando Júlio César fez uma campanha militar na Penínsiula Ibérica: Domínio
Romano
O domínio romano na PenínsulaIbérica
Em 219 a. C. Aníbal Barca quebra o tratado do Ebro e ataca Sagunto. Roma declara
guerra.
218 - Aníbal avança por terra para Roma, atravessando os Alpes. Públio Cornélio Cipião
avança pelo mar para a Hispânia. Junto do Ródano descobre que Aníbal já tinha
passado perto dali e se dirigia para Roma. Envia o seu irmão Cneu, com o grosso do
exército para a Hispânia e regressa a Roma.
Conclusão:
A conquista romana da Península Ibérica inicia-se assimcomo desembarque das
tropas de Cneu Cipião em Ampúrias como consequência da decisão de Aníbal Barca e
portanto no inicio da 2ª Guerra Púnica. Daí dirigem-se para sudoeste ao encontro dos
núcleos urbanos sob domínio púnico. Assentamento romano junto a um oppidum
ibérico, Tarraco (Tarraco scipionum opus).
A derrota final dos cartagineses deu-se na Batalha de Ilipa (16 km norte de Sevilha) em
206 a.C.; A cidade de Itálica foi fundada por Publius Cornelius Scipio para receber os
feridos desta batalha.
Final do séc.II / Início do séc. I
Conquista definitiva da Península Ibérica avança até ao Primeiro Imperador
19. A organizaçãoadministrativadapenínsulacom o PrimeiroImperador
Octavianus:
o A província da Lusitânia (alçada do Imperador, governada por um legado):
3 conventus:
Emeritense (Emerita Augusta Capital, Mérida)
Escalabitano (Scallabis, Santarém)
Pacense (Pax Julia, Beja)
o A província da Bética (alçada do Senado, governada por um pretor, assistida
por um questor e um legado)
4 conventus:
Cordubense (Corduba Capital, Córdova)
Hispalense (Hispalis, Sevilha)
Astigiense (Astigi, Ecija) e Gaditano (Gades, Cádis)
o A província da Tarraconensis:
7 conventus:
Tarraconense (Tarraco Capital, Tarragona)
Bracarense (Bracara Augusta, Braga)
20. Nota: as fronteiras dos conventus são incertas e podem ter mudado consoante as
épocas.
21. As Civitates(singular, ciuitas):
o Unidades político - administrativas (com
base étnica)
o Noção de aglomerado urbano é posterior
(séc. IV)
o Capital e aglomerados urbanos
secundários, bem como unidades de
exploração agrícola (Ager, agri e uillae)
o Governo próprio escolhido por Assembleia
local e em relação ao governador da
província goza de uma autonomia variável
consoante o seu estatuto jurídico atribuído
pelos romanos
Nota: ciuitates na província da Lusitânia; No norte
do Douro, o atraso e diversidade dos povoados
não tornou possível a organização em civitates.
Os Conventus (singular, convento):
o Os conventus iuridici são subdivisões das províncias;
o os conventus antes de serem uma realidade física, eramuma actividade de
carácter jurídico. Anualmente, o governadorda província reunia-se
(conventus significa reunião, assembleia; por ex. convénio) em diferentes
cidades com os representantes das diferentes comunidades locais para
administrar a justiça e outras funções administrativas;
o A partir de certa altura as reuniões passarama decorrer numa capital e
território específico;
o Nos conuentus celebrava-se o poder de Roma e sobretudo do seu imperador;
22. o É discutível o momento da organização em conventus: Robert Etienne
fundação do tempo do imperador Vespasiano, em que é seguido por Jorge
Alarcão; Mª Dolores Dopico Caínzo organização do tempo de Augusto
As cincoprovíncias da PenínsulaIbéricacom Diocleciano( 284-305)
23. A Romanização da Península Ibérica: “agora são todos
romanos”
A Romanização nova atitude em relação à Península muito distinta da
que foi tomada pelos povos que a visitaram até então;
conquistaterritorial quefoi lenta e gradualenvolvendo lutas com
população indígena e envolvendo a P. I. na lutas internas romanas;
organizaçãoadministrativa complexa numa
conjugação/adequação de povoamentos já existentese de novas
fundações com regimes jurídicos distintos;
criou um novo espaçode centros urbanos que se conjugou com a
organizaçãopolíticajá existente;
Conclusão:
A organização do território não substituiu o anterior: integrou-o e garantiu
a passagemà forma de ser romana.
Implicações da romanizaçãoda PenínsulaIbérica:
• processo de domínio territorial no sentido sul para norte;
• a integração num “modus vivendi” mediterrânico (os locais mais facilmente
convertidos são os do sul);
• uma adaptação/conjugação/ aculturação, uma adopção de uma matriz comum
de actuação, não uma homogeneização;
• uma nova ordem político-administrativa;
• a integração num Império vastíssimo;
• a integração numa nova rede económica;
• o urbanismo;
24. • uma rede viária;
• sincretismo religioso;
• uma inspiração/expressão pela arte inspirada nos modelos romanos.
25. Olisipo
Os caminhos da Lisboa romana - Uma cidade com continuidade
urbanística
O estuário do Tejo:
O maior rio a desaguar na fachada atlântica da Península Ibérica;
Emgrande parte navegável,é uma importante viade escoamento até ao advento
do caminho de ferro no séc. XIX.
o Situação geográfica privilegiada para o tráfego marítimo;
o Clima ameno
o Fácil exploração de sal;
o Costa rica e variada em pescado
o Bases para a estruturação de um castro no topo da colina do Castelo de S. Jorge
Estatuto privilegiado:
Municipium civium Romanorum (época de Augusto ou César)
Capital de ciuitas
Nome:
Olisipo Felicitas Iulia
Cidadãos inscritos na tribo Galéria
26. 1ª referência a Olisipo: Décimo Júnio Bruto em 138-137 a. C.
Importantes famílias romanas estabelecidas em Olisipo desde a Republica
28. As fundações dos templos:
o O estereóbata (stereobata/es): embasamento dos templos numa base sólida e
maciça; muros à superfície do solo que suportam as cargas;
o O estilóbata (stylobata/ae) dos templos: superfície ou pavimento do templo
onde assentam as colunas;
o O podium: plataforma destacada onde assenta o templo etrusco-romano; o
templo grego não tem podium aproveitando o relevo. Vitrúvio diz que pode ser
preciso construir podium. O estereóbata existe sempre mesmo sem podium.
(Vitrúvio, III, 4, 1-5).
29. 3. A cidade: Modos de instauração do urbanismo romano em
Portugal. A evolução da cidade na Antiguidade Tardia.
Cidades sem continuidade urbanística.
Conimbriga: ocupação de espaços
a) O espaço;
b) O oppidum indígena;
c) A ciuitas e a urbanização de Augusto;
d) O município e a renovação flaviana;
a) ESPAÇO
o Conímbriga
o Alcabideque (Nordeste de Conímbriga ) ponto de
partida do aqueduto romano
As três Províncias da Hispânia
30. As cinco províncias da Península Ibérica com Diocleciano( 284-305)
o Lusitania
o Gallaecia
o Baetica
o Carthaginensis
o Tarraconensis
A organização político-administrativa em Ciuitates
31. Estrutura do urbanismo da zona central da cidade de Conímbriga
1. Porta do Alto Império e via para Sellium (Tomar)
2. Via para Aeminium (Coimbra)
3. Porta do Baixo Império
4. Ponto de coincidência da muralha do Alto e Baixo impérios.
“Conimbriga é um bom exemplo de sobrevivência de eixos viários pré-romanos que a
renovação urbanística imperial manteve, apesar das expropriações e demolições que
na época de Augusto se fizeram para instalar os monumentos públicos da cidade”
2
1
4
3
32. Plano geral do sítio de Conimbriga
Fontes escritas sobre Conimbriga
o Conimbriga como uma etapa do caminho que conduz Olisipo a Bracara Augusta
entre Sellium e Aeminium
o Tomada da cidade pelos Suevos em 464 e 468;
o Conimbriga ainda conhece ocupação no período visigótico e os seus bispos
participam em Concílios. Antes de 589, o bispo de Conimbriga muda-se para
Aeminium até aí simples paróquia;
o Conimbriga continua pobre e despovoada até 711, data da invasão muçulmana
da Península Ibérica.
Legenda geral:
1. Casa do Repuxos;
2. Casa da Suásticas;
3. Casa do Esqueletos
4. Termas das
Muralhas;
5. Basílicapaleocristâ
6. Casa de Cantaber;
7. Estabelecimento
comercial;
8. Termas do aqueduto;
9. Casa do Tridente e da
espada;
10. Estabelecimento com
pilares/ edifício do
viaduto;
11. Forum;
12. Casa do aurei;
13. Insula a oestedo
forum;
14. Insula do Vaso Fálico;
15. Insula a Norte das
Termas;
16. Termas do sul;
17. Insula deAndercus;
18. Insula da pátera
Emanuel;
19. Anfiteatro.
De notar que o eixo para
Sellium segue o eixo principal
do povoado pré-romano. Esta é
a única porta que se conhece.
33. Escavações em Conímbriga
o Escavações sistemáticas só começaram no século XX;
o Em 1899 inicia-se subsídio concedido pela rainha D. Amélia
o Em 1910, o sítio de Conimbriga é considerado Monumento Nacional
o Entre os investigadores destaca-se Virgílio Correia parte leste da muralha
o A partir da década de 50 escavações acentuam-se “escola de Conimbriga”
o A campanhas de escavações luso-francesas publicação das Fouilles de
Conimbriga, entre 1975-1978
o O trabalho de escavação Museu Monográfico de Conimbriga fundado em
1962
o Actualmente preparação uma publicação sobre Conimbriga em diferentes
épocas e estudo sobre a possível localização do teatro.
b) O oppidum de Conimbriga:
Vestígios mais antigos
o O testemunho mais antigo de nomes de povos indo-europeus que se conhece
para a Península Ibérica é um poema geográfico
o Os cnetes ou conii (cónios) estavamsituados no sul ocupando o extremo
sudoeste da península desde o Guadiana que seria o limite oriental até ao cabo
de S. Vicente e que terão tido como principal centro urbano a cidade de
Conistorgis
o Topónimos Coniumbriga e Conimbriga indicar a presença deste povo numa
área anteriormente muito mais extensa até ao Norte
o O radical da palavra: con- que apelidava o lugar descrevia-o como “alto
pedregoso”
o Condições para fixar população em épocas mais recuadas vestígios mais
antigos da ocupação deste território IIª Idade do Bronze
34. Contactos
o Os invasores celtas fixam-se aqui mais tarde outro nome: Briga que
significava povoado “num alto” ou “fortificado” vulgarmente se designa por
castro
o Os contactos com o mediterrâneo oriental através do comércio fenício
documentados desde o séc. VIII/VII a.C.
o Os romanos presentes desde o séc. II a. C. com Décimo Junio Bruto entre
137/136 a. C. passou por terras de Tomar e Santarém e pelo território de
Conimbriga
O ordenamentopré-romano
o J. Alarcão na obra Fouilles de Conimbriga (1977) achado de estruturas
pertencentes à Idade do Ferro em dois locais
o ocupados de forma intensa e intencional no período de Augusto:
1. O forum;
2. As termas do sul.
1. O forum:
o Alarcão encontrou zona nordeste do templo do forum de Augusto
vestígios de muros (bem como solos e fornos) denunciam um
planeamento geométrico pré-romano nomeadamente em ruas (1 e 2):
Rua 1: papel fundamental no urbanismo primitivo do
oppidum
o Vestígios nas escadas a este e a oeste e na basílica (nave ocidental e
oriental)
O ordenamentopré-romanoe a coexistênciacomo urbanismo
augustano no forum
35. Os fora: sobreposição do forum de Augusto e do Flaviano; as linhas de ordenamento
pré-romano que foram respeitadas com a construção do primeiro forum mas não no
segundo.
O forum de Augusto; o ordenamento das ruas 1 e 2 a nordeste, o ângulo de 75 º e as
casas seguindo as ruas. Os círculos demonstram vestígios pré-romanos sob o forum de
Augusto.
A norte do forum
o ruas claramente traçadas no norte do forum corresponderão a uma ocupação
da segunda Idade do Ferro altura em que o oppidum organiza a sua vida
urbana vê desaparecer as casas instaladas semordem aquelas que foram
descobertas sob as termas augustanas
o …”este habitat e este urbanismo são anteriores ao templo augustano e este
respeitou-os. Situados a 1,20 metros abaixo do nível do forum, eles
permanecem um testemunho da implantação anterior pois o solo das casas
repousa sobre o tufo cujas cavidades foram preenchidas pelos restos das
lareiras”
2. Termas do Sul
36. o Zona sul da termas: primeiro as termas de Augusto mais tarde alargadas e
ocupadas pela palestra das termas de Trajano. Trata-se de uma zona em
declive e em que a ocupação posterior do solo fez com que as partes mais
antigas tenham sido conservadas mais a sul na zona abrupta;
o Conclusões:
As diferenças entre a zona 1 e a 2 :
Zona1: vestígios encontrados a norte do forum de Augusto linha geométrica de
implantação regular embora não ortogonal desconhece-se o monumento em
relação ao qual se alinhariam
Zona 2: vestígios a sul perto das termas de Augusto não demonstram o mesmo
ordenamento agravados pelo desnível do terreno e pelo movimento do mesmo
Vestígios dohabitat indígenavizinhodas primitivas termas dosul
(augustanas)
Coexistênciaaugustanae rupturaflávia
HabitatindígenaTermasdeAugusto
37. o Urbanismo pré-romano e augustano subsistirammeio século advento do
Império não significa a ruptura com o desenho urbanístico do oppidum
o Desapareceu totalmente com a alteração flaviana marcando a diferença em
relação a outros oppida célticos tal com Numância
o A história recomeça “desde as fundações” promoção do oppidum celta a
município flaviano essas transformações do habitat celta permitem-nos
conhecer melhor o sentido da revolução flaviana em Conimbriga
Conimbriga:de oppiduma ciuitas
o O espaço do oppidumde Conimbriga delimitado:
N: pela margem esquerda do rio Mondego
E: pela Serra da Lousã
O: pela linha de costa ou o curso do rio Anços
S: pelas Terras de Sicó e Alvaiázere
o Recursos:
culturas baseadas no cereal, vinho e azeite
rebanhos de cabras e ovelhas
extracção de calcários e das argilas abundantes e
diversificadas
as florestas e a madeira
o Conimbriga impusera-seàs comunidades em redor e percebe-se por
que razão os romanos a escolheram para capital de ciuitas.
38. c) A ciuitas de Conímbriga
o Entre Scallabis e o Mondego 3 ciuitates
(com limites pouco definidos entre si)
Sellium
Collipo
Conímbriga.
o Podem ter recebido o direito latino da
dinastia flávia não exclui uma data
augustana para a delimitação das ciuitates
o Grande programa de obras públicas
Augusto em Conimbriga (forum, termas e
aqueduto) cidade era já, nessa data,
capital de ciuitas, ainda que o seu estatuto
fosse apenas o de (oppidum) stipendiaria
o Registos apontam que foram estabelecidas
as CIVITATES na Dinastia Flaviana, mas Augusto, ao remodelar os oppida
poderia estar já a delimitar estas entidades
d) O município e a renovação flaviana
o O oppidum celta, capital de ciuitas torna-se município devido à vontade de
Vespasiano e dos notáveis da cidade de poder desfrutar do direito latino; ficam
ligados à tribo Quirina com a designação de Flavia Conimbriga;
o Consequentemente, remodela-se a cidade para acompanhar o novo estatuto
sendo tal visível em dois monumentos: forum e termas (terminadas com
Trajano).
39. 3. A cidade: Modos de instauração do urbanismo romano em
Portugal. A evolução da cidade na Antiguidade Tardia. Cidades
sem continuidade urbanística.
Conimbriga: os monumentos
a) A urbanização de Augusto ( a muralha, o aqueduto, o forum, as
termas);
b) A renovação flaviana (o forum, as termas);
c) Exemplos de arquitectura privada: As insulae e as domus;
d) O Anfiteatro;
e) A muralha do Baixo Império;
f) A Basílica Paleocristã.
a) A urbanizaçãode Augusto
A Muralha
• A primeira muralha de Conimbriga construída nos inícios da época imperial
situação de paz não justificava a construção de muralhas que teriam uma
função honorífica marcando o território urbano (pomerium)
“ Custa a admitir que as amplas muralhas de Conimbriga tenham circunscrito uma área
já completamente urbanizada. Em muitos casos, o amuralhamento poderá ter definido
uma área urbanizável.”
O Aqueduto
• Tem de 3 550 m de comprimento e levava diariamente 19 000 m3 de água às
termas públicas, às casas e fontes;
• Grande parte do percurso é subterrâneo chegando a descer a 7 m na Mata da
Bufarda. Ao aproximar-se da cidade tem importantes trechos aéreos. Em frente
à fachada meridional do forum corre subterraneamente e dirige-se às termas.
40. Aqui divide-se em dois ramos: por meio de uma comporta as águas podiam
dirigir-se ao frigidarium ou escoar o excedente pela encosta do planalto até ao
rio do Mouros.
Alcabideque:torre de captaçãoe bacia
41. O Forum
• O forum de Augusto com25,35 x 38,10
metros
• Do lado nascente grande edifício com
uma basílica de três naves para
funcionamento do tribunal e uma
pequena curia para a reunião do
magistrados edilícios
• Do lado poente nove lojas para o
comércio (tabernae)
• O lado sul muro de fachada porticado
• Do lado norte templo erguido sobre
uma cripta
• Outra interpretação no lado norte uma
basílica comum pequeno santuário anexo
• O forum de Augusto foi demolido menos
de um século depois de ter sido
construído
• A norte, sala rectangular e abside
rectangular junto ao lado setentrional
• Aside ou cella com forte
embasamento para provável
colocação de estátua de Augusto
43. As Termas do sul
o As termas tanto as de Augusto como as de Trajano apresentam em área quase
a que é ocupada por um forum. As dimensões das salas colocavamproblemas
sobretudo com as coberturas;
o Legenda:
F1: Frigidarium;
P1: Pediluvium: onde se dispunha uma bacia de água corrente
para os pés; pode servir também de apodyterium ou de
vestiário;
L1: Labrum: peça colocada numa abside e que permita abluções;
T1: Tepidarium;
C1: Caldarium: sobre suspensurae;
Fa) e Fb): Fornalhas;
P: Palestra;
1,2,3: Vestíbulos, vestiários;
4 a 8: zona este em dúvida, divisões.
44. A renovaçãoflaviana: o forum
o O novo forum mede 96x48 metros
o Desenvolve-se em dois planos mais baixo tem um pórtico de ordem coríntia
em três dos seus lados (nascente, poente e meridional) e uma enorme praça
com lajes de calcário e estátuas
o No plano superior templo tetrastilo dedicado ao culto imperial
o Outra colunata erguida em criptopórtico fechava a esplanada do templo
o Na entrada, do lado meridional dois templetes com o eixo perpendicular ao
do templo principal
o Outra interpretação refere que no tempo do flávios teria sido edificada a
basílica (que se encontra no forum de Augusto) e que as alterações mais
profundas, como as que estão a ser referidas, datariam de um momento mais
tardio.
O Forum
O segundo forum de Conimbriga:
o Novidade: não possui basílica nemcúria, ordenando-se totalmente em função
do templo Solução raríssima no mundo romano denota o significado
ideológico da nova versão do centro cívico daquela ciuitas como equivalente
arquitectónico dos sentimentos dos conimbrigenses face à sua subida de
estatuto no contexto do direito administrativo romano
45. b) A sobreposição dos dois fora
1. Linha amarela: eixo de simetria vertical passando a meio sobre o templo do
forum de Augusto e traçando a sua parede leste em simetria com a entrada;
2. A linha vermelha: acerta o desvio da basílica do forum de Augusto definindo o
perímetro do forum;
3. Indiferença ao traçado pré-romano definindo outra linha de orientação;
4. A linha verde: redefine a orientação leste/oeste ocupando a fila dos pilares do
criptopórtico de Augusto.
N
46. As Termas
Legenda:
N2: Natatio;
F2: Frigidarium;
T2 e T2a: Tepidarium;
C2 (a e b ): Caldarium e dois alvei (banheiras);
L2 Laconicum;
P2: Pórtico e Palestra
47. b) As domus
o Casa atribuída a Cantaber pela
riqueza de que usufruiria pensa-se
que seria esta a sua casa;
o Casa comperistilo central e
privado, zona de serviços e de
descanso (diaetae); o jardim foi
sacrificado para a construção de
umas termas.
d) O anfiteatro
o O edifício construído longe do centro cívico condições de relevo facilitavam
sua construção
o Encontra-se actualmente sob a aldeia de Condeixa-a-Velha, fora da muralha
tardo-romana mas junto a ela
e) A muralha do Baixo Império
• Séc. III e IV – momento de edificação das muralhas face a um momento instável
e ao perigo das invasões;
• A área da cidade reduz-se, deixando de fora casas, o anfiteatro, as termas (da
muralha); esta redefinição do território ajuda a perceber o urbanismo
medieval.
48. f) A Basílica Paleocristã: intramuros, junto à muralha (finais séc.
V – remodelações séc. VII)