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Projeto Comunicar-se....Essa é a onda!!!

Justificativa

Os canais de comunicação sofrem constantes inovações, estando a Internet à frente
das maiores mudanças. Hoje encontramos sites institucionais, empresariais,
educacionais, pessoais e Blogs como fonte primária de informação para jornais
importantes. Possibilitar que a comunidade escolar possa passar de expectadora
dessas informações à produtora de informações, nos canais de comunicação é um
trabalho que traz muitos benefícios à prática pedagógica enriquecendo a forma de
aprender. Fazer isso de maneira Interativa, de forma a abrir as janelas do mundo para
os educandos, criar possibilidades de comunicação com pessoas de locais geográficos
diferentes, possibilitando aos educandos ampliarem sua visão de mundo, posicionar-se
sobre diferentes assuntos e saber trabalhar com as críticas recebidas.

Este projeto justifica-se portanto, na criação de um espaço de aprendizagem através
da comunicação, promovendo e possibilitando junto aos educadores e educandos uma
aprendizagem dinâmica, direta e contextualizada, bem como, na pesquisa e produção
de uma programação de rádio com objetivos educacionais bem definidos e que
principalmente levem à aprendizagem pela produção da programação com os recursos
das TICs e da Web.

Objetivos

      Utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação para construir e
       disponibilizar produções dos alunos através de diferentes mídias;
      Proporcionar ambiente para interação entre educandos e professores de
       diversas cidades;
      Divulgar junto à comunidade escolar, em especial para professores, a
       viabilidade e as vantagens de se desenvolver projetos dessa natureza em
       escolas públicas;
      Discutir questões de direitos autorias, copyright x copyleft, Creative commons;
       a fim de sensibilizar os alunos para a responsabilidade na disponibilização de
       material na Internet e outras mídias;
      Aprimorar os conhecimentos dos alunos quanto às características da linguagem
       de rádio, em especial, da rádio novela;
      Desenvolver nos alunos habilidades de pesquisa e investigação;
      Estimular os alunos a realizarem ações, na comunidade em que vivem, sobre a
       temática do projeto.
      Proporcionar o desenvolvimento de projetos de aprendizagem com alunos e
       professores, de forma interdisciplinar e contextualizada;
      Elaborar estratégias de pesquisa e produção com professores e alunos de
       classes regulares com vistas ao trabalho interdisciplinar, baseados nos
       interesses e necessidades do grupo envolvido no "projeto rádio" para o
       desenvolvimento de suas potencialidades cognitivas.
      Discutir e divulgar as produções/programações da rádio à comunidade com o
       intuito de construir estratégias de conscientização da comunidade escolar para
       a importância do Projeto.
      Divulgar pela rádio e Internet (produção de PodCasts) projetos e produções dos
       alunos à comunidade




                                                                                    1
Público Alvo

Professores, alunos e gestores das Unidades Escolares que integram as Oficinas de
Informática das Escolas de Tempo Integral da Diretoria de Ensino Região de Campinas
Oeste.

Procedimentos Metodológicos
   
       Encontros mensais com participação dos professores na organização das
       atividades.
       Assessoria ao desenvolvimento do projeto em todas as etapas: pesquisa,
       estudo do tema e dos conteúdos e nas produções no laboratório de informática.
      Realizar pesquisas na Internet e biblioteca com discussões posteriores entre os
       alunos e professores sobre temas como: tecnologia na sala de aula, direitos
       autorais, linguagem, rádio, ferramentas de comunicação e interação,
       desenvolvimento sustentável, meio ambiente e questões locais relacionadas ao
       tema; a fim de propor ações para desenvolvimento do projeto Radio Virtual
       (Novela).
      Produzir com os alunos e professores envolvidos, com auxílio de computador e
       outras ferramentas, programas de rádio para disponibilizar na Internet e rádios
       locais.
       Criação de um Blog e inserção da descrição do projeto, registros dos
       participantes, disponibilizando a possibilidade de interação dos “expectadores”
       por meio de comentários no site.
      Criação de um programa de podcast. Para sua criação, é necessário gravar
       comentários utilizando um microfone ligado ao computador e transformar este
       arquivo em mp3. Posteriormente pode-se colocar uma música de fundo e
       efeitos sonoros. Para isso, utilizaremos      programas que permitem gravar
       qualquer      som      do    computador,     entre    eles    o    Audacity   -
       http://audacity.sourceforge.net. - desenvolvido sob licença Open Source e
       possibilita a criação, edição de som com uma qualidade profissional.

Recursos Materiais

      Acesso à Internet
      Estação de Computador com kit multimídia
      Cds
      Microfones
      Softwares free e livres, específicos para gravação e edição de podcasts.


Cronograma de execução:


      Reunião com equipe gestora da escola e supervisor responsável pelas Escolas
       de Tempo Integral, para planejamento das ações e divisão das tarefas,
       objetivando a apresentação e sensibilização dos responsáveis para a
       implantação do projeto;
      Trabalho de sensibilização e estímulo junto aos alunos, visando ao engajamento
       destes no projeto;
      Seleção dos professores e alunos que participarão das oficinas.
      Pesquisa e elaboração do projeto;


                                                                                    2
   Contatos buscando colaboradores para o projeto.
      Reunião de avaliação e replanejamento sempre que se fizer necessário durante
       todo o período letivo.
      Acompanhamento do ATP Responsável pelo projeto, diretamente nas escolas,
       avaliando a qualidade da produção bem como os recursos técnicos pertinentes,
       auxiliando de forma direta o professor responsável pelo projeto na unidade
       escolar.



Sugestões de Utilização Pedagógica

      Realização de programas por alunos sobre determinado tema como se fosse um
       programa de rádio.
      Criação de uma rádio novela com alunos.
      Criar um mapa da cidade e gravar uma narração com curiosidades e história
       dos principais pontos turísticos, centros comerciais, oportunidades de estágios,
       escolas técnicas, universidades, praças e monumentos. .
      Professores podem gravar um programa com curiosidades de suas disciplinas.
      Trechos de filmes;
      Apresentação do Projeto, diferentes tipos de canais de comunicação na
       Internet: Blogs, Flogs, Portais interativos, Orkut e Podcasts.
      Temas que podem surgir: Ipodder Apple computers Compra de músicas pela
       Internet Importância dos Registros Super Exposição
      Aprendendo a "postar" no Blog do projeto
      Verificar se existem comentários no Blog do Projeto. Gravar (áudio) entrevistas
       com os alunos e professores para saber as expectativas quanto ao projeto.
       Começar a discutir ações para o formato do programa. Lei de Direitos autorais.
       Creative Commons
      Ouvir o podcast criado com as entrevistas da aula passada. Começar produzir o
       primeiro podcast


Avaliação

Avaliar o conhecimento é um processo mais amplo do que a simples verificação por um
único instrumento, devendo esta ocorrer de maneira continua, interdisciplinar, com
abrangência na oralidade, produção de textos, raciocínio lógico, aplicando a prática
escolar em situações do cotidiano.

Cada item da avaliação deve ser apresentado anteriormente aos alunos para que estes
tenham compreensão do processo.

Neste projeto, podem ser avaliadas questões como atitudes de cada envolvido em
relação ao grupo e a si mesmo enquanto aprendiz, bem como, o interesse
demonstrado na aquisição e produção das atividades propostas e construídas pelo
grupo, a distribuição e realização das tarefas de pesquisa, análise e conclusão.




                                                                                     3
Referências




Poucos equipamentos são necessários para montar um estúdio de rádio, que vai
motivar a garotada a aprender uma nova linguagem.




Bom dia, amigo ouvinte. São exatamente 9 horas.
Começa agora mais um programa da Rádio Escola,
com música e notícia para você." Uma programação
como essa poderia animar o recreio na sua escola.
Para isso, acredite, não é necessário um grande
estúdio. Um kit básico (veja quadro) já é suficiente
para a turma divertir os colegas no intervalo e
aprender um bocado sobre esse meio de
comunicação. "Os alunos passam a ver o rádio não
só como uma forma de entretenimento, mas também
como um prestador de serviços que forma opinião e
informa," explica Miriam Ramos, professora do
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
(Senac), de São Paulo.

As funções que os estudantes envolvidos num
projeto como esse têm a desempenhar são várias.
"As pessoas, de modo geral, pensam que o locutor
fala tudo de improviso", conta Miriam. Não é bem
assim. A programação que vai ao ar é resultado do         Jaqueline Teixeira, aluna da
trabalho da equipe de produção. Marcar entrevistas,       7ª série, e Murilo Santos
escolher as músicas e transformar o que está              Silva, da 6ª, na Rádio Kruse:
publicado nos jornais em notícia falada são algumas       músicas e recados na hora
das tarefas. Vale destacar o aprendizado com a            do recreio
linguagem empregada nos programas: ela tem de ser
objetiva, rápida, dinâmica e popular. "No rádio, a fala   é parecida com a nossa", lembra
Miriam.

O tempo é precioso

Uma rádio que se presa precisa de um bom nome. Batizada a emissora da escola, o
próximo passo é determinar o formato da programação. Serão noticiários, musicais,
humorísticos? Em um programa de variedades de 15 minutos, por exemplo, podem ser
reservados dois para as notícias, cinco para músicas e um para o intervalo comercial.
Na segunda parte, entram uma entrevista de três minutos e um de prestação de
serviço — com divulgação de eventos, achados e perdidos e recados. O tempo restante
é preenchido com mais música.

Para incrementar a produção, o ideal é criar algumas vinhetas. Uma com o nome da
rádio e outras com os títulos dos diversos programas. A apresentação fica por conta de
um casal. Vozes diferentes tornam a locução dinâmica. "Uma entrevista, por mais
interessante que seja o personagem ouvido, não pode durar meia hora," orienta



                                                                                       4
Miriam. "Para dar ritmo, uma saída é entremear conversa com música e falas de
ouvintes."

A Escola Estadual Dom Miguel Kruse, de São Paulo, montou o seu estúdio em 2002. O
objetivo era substituir a correria típica da hora do recreio por músicas e notícias.
Depois de fazer uma análise minuciosa de qualidade e preço, a direção comprou alguns
aparelhos. No ano seguinte, os integrantes do grêmio estudantil, sob a supervisão dos
coordenadores pedagógicos, assumiram a Rádio Kruse. Agora, todos os dias, na hora
do intervalo, a garotada executa as músicas pedidas pelos demais estudantes, manda
recados apaixonados e aproveita para divulgar os eventos da comunidade e os
projetos da instituição. "O intervalo ficou mais agradável e tranqüilo", comemora a
diretora Ângela Reis Lombardi.


  Linguagem radiofônica

  Os iniciantes no mundo do rádio vão entrar em contato com uma linguagem
  peculiar. Traduzimos aqui alguns dos jargões mais comuns e explicamos a função
  de cada recurso.

  Assinatura - É composta pelo nome e pelo slogan do programa. É veiculada no
  começo da programação ou no final de um bloco. Por exemplo, "Jornal Escola,
  notícias quentes sobre educação".

  BG - As iniciais vêm da palavra inglesa background, que significa fundo — no caso
  do rádio, feito pela música. A regra de utilização do BG é simples. Quando entra a
  fala do apresentador do programa ou do entrevistado, o volume da música abaixa
  para não competir com as vozes. Quando o tema do programa é alegre, músicas
  com ritmo acelerado podem ser colocadas de fundo. Já os mais sérios pedem uma
  trilha calma.

  Créditos - Relação com o nome de todos os que participaram da produção, da
  locução e da apresentação do programa. São lidos no final.

  Lauda - É uma folha de papel A4, onde consta a programação. O texto deve ser
  claro, sem rasuras e com um bom espaço entre as linhas. É digitada ou
  datilografada em letras maiúsculas para facilitar a leitura. Todos os participantes
  (locutor, apresentador, produtor e técnico de som) devem ter uma cópia.

  Spot - Pode ser um comercial ou uma mensagem institucional e tem a duração de
  15 a 30 segundos. Os spots institucionais têm a função de chamar o ouvinte para
  a programação da rádio. Os dois tipos têm uma música instrumental de fundo e
  são sempre gravados.


Um estúdio modelo

"Para montar uma rádio, basta providenciar um microsystem com entrada para
microfone e as caixas acústicas", garante Pedro Mourão, diretor da escola de música
Domus. Para que o som chegue aos ouvintes, contrate um eletricista para cuidar da
instalação. Esse profissional vai determinar a quantidade e os tipos de fios necessários
e os melhores lugares para as caixas. A Escola Estadual Dom Miguel Kruse tem um




                                                                                        5
equipamento mais completo. Confira quais os aparelhos adquiridos pela direção e os
preços:




 Mesa de som e potência: As duas funcionam juntas. Nelas são conectados o
microsystem, o microfone, os fones de ouvido e o radiogravador. Dependendo da
quantidade de canais, admitem mais equipamentos, como toca-discos e toca-CD. Dali
sai também a fiação para as caixas de som. Tanto uma mesa de oito canais quanto a
potência custam entre 370 e 590 reais cada uma.

 Microsystem: É composto de toca-CDs, rádio e toca-fitas e possui uma entrada para
microfone. Ele serve para reproduzir os sons e viabiliza a gravação em fita cassete do
que não pode entrar ao vivo, como os spots e as vinhetas. Custa cerca de 800 reais.

 Fone de ouvido O fone de ouvido (cerca de 40 reais) dá o retorno do som que está
sendo executado. Se o estúdio é longe do pátio, quem comanda a mesa tem de saber
quando uma música termina para colocar a próxima. As caixas de som do microsystem
podem substituí-lo se colocadas dentro do estúdio.

 Caixa acústica: Um sistema de alto-falantes instalado no pátio reproduz o que está
sendo veiculado no estúdio. Um conjunto de quatro caixas de 100 watts é o ideal para
um espaço onde cabem 100 pessoas. Cada uma custa cerca de 420 reais.

 Radiogravador: É um aparelho acessório. Seu uso é alternado com o do
microsystem. Enquanto um é utilizado, é possível preparar a próxima fita ou o CD que
será executado. Custa aproximadamente 250 reais.

 Microfone: Serve para captar as vozes e custa entre 80 e 110 reais.

http://www.jornalvirtual.kit.net/radio.htm

Revista: http://www.novaescola.com.br




                                                                                    6
Manual de criação e produção de uma rádio on-line

UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO                 DO   SUL   –   IMES   CURSO    DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL – RÁDIO E TELEVISÃO

JOSÉ ROBERTO DOS SANTOS

Trabalho apresentado como parte do processo de certificação do curso de Rádio e TV
do IMES.

Orientador: Prof.º Ms. Moisés dos Santos


INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo mostrar de maneira simplificada as etapas de
montagem e estruturação de uma rádio web. Uma rádio web consiste numa emissora
de áudio que utiliza a Internet para transmitir sua programação, similar ao que
acontece no rádio que usamos no dia-a-dia, só que, no caso da rádio web, ele é
integrado ao computador. Para entender melhor o que vem a ser este projeto, segue
um breve histórico sobre cada veículo de comunicação.

A definição mais apropriada para Internet é um sistema mundial de redes de
computadores – uma junção de rede em que os usuários em qualquer lugar do mundo
podem obter informações de qualquer outro computador ou de pessoas, conversando
por meio de comunicadores, como Skype, MSN ou ICQ.

O rádio, da forma que o conhecemos hoje, deve sua existência a alguns inventores do
século 19 que decifraram seus segredos físicos para utilizar seus serviços no dia-a-dia.
Entre eles se destacam: James Clerck Maxwell, que demonstrou a existência de ondas
eletromagnéticas pela primeira vez em 1863; outro colaborador foi o alemão Henrich
Rudolph Hertz, que, em 1887, demonstrou o Princípio da Propagação Radiofônica,
quando passamos a conhecer as chamadas “ondas hertzianas”.

Entre outros inventores estava também o brasileiro Landell de Moura, padre cientista
nascido no Rio Grande do Sul, inventor de sistemas de telefonia com e sem fio, além
de teses que previam a comunicação via satélite e os raios laser. Em 1904, Landell de
Moura conseguiu, nos Estados Unidos, as patentes mundiais de três de seus inventos:
telégrafo sem fio, telefone sem fio e o transmissor de ondas curtas. Mas a era do rádio
só teve início em 1919, quando a empresa americana Westinghouse instalou no pátio
da sua fábrica uma grande antena e passou a transmitir música dentro de uma
pequena região, pois as ondas só alcançavam poucos quilômetros de distância. O
intuito da empresa era desencalhar um grande estoque de aparelhos de rádios, sobras
provenientes da Primeira Guerra Mundial que não foram usadas em combate.

No Brasil, a primeira transmissão feita foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa,
no Rio de Janeiro, comemorando o centenário da Independência, em 7 de setembro de
1922. A empresa americana Westinghouse Eletric Co. instalou no Corcovado um
transmissor para que o discurso fosse transmitido a partir da Praia Vermelha.




                                                                                      7
O crescimento do rádio nos Estados Unidos se deu em alta velocidade –em 1921 eram
quatro emissoras, mas, ao final de 1922, seriam computadas 382. A primeira estação
de rádio brasileira foi criada por Henry Morize e Edgard Roquete Pinto, o último
considerado o pai do rádio brasileiro por ter fundado, em 1923, a Rádio Clube do Rio
de Janeiro. Ela funcionava como um clube, onde os sócios pagam mensalidades para
utilizar os serviços.

A curta história da Internet começa ainda nos tempos da Guerra Fria, como sistema de
segurança. Os norte-americanos criaram um sistema que permitia a rápida
transferência dos sistemas de controle para qualquer lugar do país, em caso de
destruição de algum centro de pensamento, como o Pentágono. Esse sistema consiste
em vários computadores interligados por uma rede de fios, permitindo a troca de
informações entre várias partes do país.

Mas, com o fim da Guerra Fria, os norte-americanos perceberam que não tinham mais
motivos para manter em sigilo essa tecnologia e decidiram estendê-la para as
universidades do país. Essa tecnologia passou, gradativamente, a outras universidades
do mundo, criando a grande rede de computadores que conhecemos hoje,
possibilitando conversas entre pessoas de qualquer lugar do planeta, transferindo
arquivos de texto, imagens e sons.

No Brasil, essa rede passou a ser mais conhecida após 1991, com a criação de
sistemas de rede com o apoio do Ministério de Ciências e Tecnologia. Mas foi só em
1995 que a Internet passou a ter uso comercial, promovendo acesso às pessoas
comuns, dentro de suas casas, o que só era permitido até então a universidades e a
alguns órgãos públicos.

Com base em toda a história de grandes descobertas e inventos, surgem as rádios via
Internet, ou rádio web. Isso propiciou a universalização do rádio, sem os limites de
ondas sonoras. Uma pessoa do Brasil pode ouvir uma rádio japonesa com qualidade de
som como se estivesse no Japão e no mesmo tempo em que a notícia for divulgada lá,
ela será ouvida aqui. Mas porque montar uma rádio na Internet? O principal motivo
pode ser a chance de qualquer pessoa divulgar para o mundo as suas opiniões, seus
gostos e suas vontades. Não que uma rádio web venha a ser instrumento de desabafo
pessoal, como um diário ou um blog, mas é uma chance de pessoas que gostam de
trabalhar em meios de comunicação apresentarem seus pontos de vista sem
precisarem de autorização do governo ou de altos investimentos.

Uma estrutura básica – como equipamentos para essa emissora (computadores,
microfone, músicas e estúdio) e fontes de pesquisa, como jornais, revistas, acesso a
sites e softwares para a manutenção do sistema – gera custos iniciais que podem
assustar as pessoas, à medida que são contabilizados, mas não impede que alguém
com vontade de seguir em frente consiga patrocinadores que possam, inclusive, gerar
lucros para essa nova empresa.

Existe também a possibilidade de encontrar alguns sites que produzem programas
gratuitos para computadores, e que vão baratear os custos iniciais, funcionando como
incentivo. Esses programas vão desde sistemas para execução de áudios, como
músicas, trilhas ou vinhetas, até aqueles que vão ligar o estúdio onde o som é captado
e que deixará os arquivos disponíveis para acesso ao vivo ou para acesso ao material
gravado.




                                                                                    8
A proposta desta pesquisa é apresentar de forma simples como criar e desenvolver
uma rádio web, possibilitando a veiculação de informações de um ponto para outro
com simplicidade e velocidade.

CAPÍTULO 1 – RÁDIO WEB: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo será apresentada a forma como se deu o surgimento de cada meio de
comunicação, como eles se uniram com o passar do tempo e a evolução da tecnologia.
Será apresentado também o conceito de rádio na Internet e como ela se desenvolveu
pelo mundo.

1.1 O Conceito de Rádio Web O conceito de rádio web surgiu com a possibilidade da
fusão das tecnologias do rádio com a Internet. Essa fusão é baseada, normalmente, na
estrutura de uma rádio (AM/FM) transmitindo notícias, músicas e entretenimento, só
que agora com a possibilidade unir outras funções da Internet, como a publicação de
notícias no site que já foram ditas pelo locutor. Também possibilita a publicação de
fotos e anúncios escritos, propiciando mais uma fonte de obtenção de renda para uma
rádio on-line.

O que também chama a atenção é a forma de atingir diferentes públicos, pois o
mesmo site pode transmitir várias rádios ao mesmo tempo, desde emissoras só de
músicas, ainda assim divididas por estilo musical, até rádios especializadas em
notícias, ou ainda misturadas, com músicas e notícias.

Segundo Lowell Thing (2003: 503) site pode ser definido, basicamente, como “coleção
de arquivos da web de um assunto particular, o que inclui um arquivo inicial chamado
de homepage”. Resumindo, site é aquela página hospedada na rede de computadores
em que as pessoas divulgam seus produtos ou serviços para aqueles que estiverem
navegando na Internet.

Outra grande vantagem de uma rádio na Internet é a possibilidade de escutar a sua
música preferida ou notícias sobre a sua região de qualquer lugar do mundo, de uma
lan house ou da casa de um amigo, bastando apenas digitar um endereço eletrônico e
abrir o seu programa de execução de músicas. Outra vantagem é que se pode
transmitir uma rádio a partir de casa, com programas de computadores simples e de
uso diário, incluindo aquele microfone simples que já vem com o kit multimídia, até a
montagem de um estúdio profissional, incluindo isolantes acústicos, microfones
profissionais e locutores graduados.

O conceito de rádio web é muito amplo, atingindo desde pequenos nichos até grandes
massas, dependendo da direção que for dada à sua emissora.

1.2 A Rádio Web no Mundo Com o crescimento das redes de banda larga em todo o
mundo, fazer transmissões de áudio via Internet tornou-se viável, considerando que
agora é possível manter uma qualidade sonora similar ao de uma rádio FM, em alguns
casos até melhor.

Quando eram usadas redes dial-up, a taxa de transferência de arquivos era muito
baixa, o que desencorajava o público de prestar atenção ao conteúdo disponível, não
só pela má qualidade de áudio, mas também por causa das constantes quedas de
conexão.



                                                                                   9
Com a melhoria da qualidade das conexões, o número de emissoras aumentou
significativamente. Isso propiciou a criação de alguns sites que servem como catálogo
de rádios, indicando as diversas emissoras espalhadas pelo mundo, desde as AM/FM
que retransmitem o sinal para grandes redes até as diversas emissoras virtuais que se
espalham ao redor do planeta. O nível de profissionalização é tão grande, que as
rádios são separadas por países e continentes e as brasileiras, por Estado.

Visitando algumas dessas páginas é possível perceber que já existe uma grande
preocupação estética na maioria dos sites produzidos, tanto em relação à parte gráfica
quanto à qualidade sonora. Por qualidade sonora entenda-se a grade musical e a
preocupação com músicas de alta qualidade sonora, além da plástica da emissora, que
nada mais é que o cuidado com o uso de vinhetas e trilhas, preparadas de acordo com
a vocação da rádio.

A maioria conta com locutores divididos por horário, como ocorre em rádios
tradicionais. Há, inclusive, algumas transmissoras que utilizam recursos da Internet,
como chats e e-mails para aumentar o contato com os ouvintes, permitindo que a
programação seja feita em tempo real, de acordo com o pedido feito por cada
freqüentador da página.

Mas esse novo veículo de comunicação não é composto apenas de novas empresas que
desejam “aventurar-se” no ramo da comunicação. Grandes veículos, como a BBC de
Londres (Figura 1) e o Sistema Globo de Rádio (Figura 2) disponibilizam em seus sites
links para que seja possível acompanhar a programação pelo computador. Link é a
definição para objeto selecionável de uma palavra, imagem ou objeto de informação
para outro lugar. Representa um vínculo entre páginas da Internet. Pode incluir
seqüências de som ou vídeo.

Já há algum tempo que essas empresas utilizam a Internet como meio de interação
com os ouvintes, recebendo via e-mail suas opiniões, sugestões ou reclamações, tanto
para a mudança de algo que se relaciona com a emissora, quanto cobranças de
melhorias de bens públicos – como escolas, hospitais, ruas, parques e praças.

Uma prática muito difundida na Europa e que agora chega ao Brasil é a criação de
várias emissoras segmentadas, todas dentro do mesmo site, ou portal. Entenda-se por
portal uma grande página na qual é possível encontrar informações sobre diferentes
assuntos no mesmo lugar. Exemplos de portais são o UOL [www.uol.com.br] e o Terra
[www.terra.com.br]. Nem sempre o material transmitido é o mesmo que foi vinculado
em seu sinal AM/FM, pois algumas empresas começam a enxergar as vantagens de
atender os variados públicos, criando canais além dos existentes no modelo
convencional.

Há também a possibilidade de produção de emissoras de baixo custo, em que somente
músicas são disponibilizadas para o internauta. O usuário entra com o nome do artista
ou a faixa que procura e o sistema disponibiliza no ato o resultado da pesquisa, com a
possibilidade de maiores informações sobre a faixa escolhida, como ficha técnica
(autor, ano de gravação e nome do disco em que foi gravada) e um comparativo de
preços entre os sites que comercializam essa obra.

Em comum, todas essas emissoras abriram o leque para a comercialização de espaço
publicitário, seja com a venda de espaço gráfico ou com a publicidade divulgada em
cada emissora, lembrando que, em vez de vender para o grande público, a intenção é



                                                                                   10
atender aos nichos de mercado, satisfazendo o gosto de uma minoria. O design da
página será de grande utilidade para que aconteça o crescimento no número de visitas
e, assim, se tornem possíveis a comercialização da página e a obtenção de receita.
Cuidados com as cores, letras (formato e tamanho) e a distribuição de conteúdo por
toda a área gráfica contam pontos para a conquista ou repulsa do usuário.

Páginas com baixa poluição visual tendem a conquistar mais facilmente as pessoas,
pois elas conseguem compreender com maior facilidade a mensagem que é passada,
de maneira rápida e simples. Uma curiosidade que J.B. Pinho traz em seu livro é que
na Internet as pessoas têm a tendência de perder a concentração com mais facilidade,
se comparado com jornais, revista ou tevê. Por isso, a aparência e o conteúdo devem
ser pensados com propriedade, pois se o usuário não passar do primeiro estágio, toda
a sua preocupação com o áudio será em vão.

CAPÍTULO 2 – LINGUAGEM: TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO NO RÁDIO E NA INTERNET

Neste capítulo serão apresentadas as técnicas utilizadas no rádio e na Internet a fim
de atrair a atenção do público (ouvinte ou internauta) para que utilize esses canais de
comunicação como forma de adquirir informação e/ou entretenimento. Por fim, será
sugerida uma linguagem apropriada para a rádio on-line, utilizando todos os recursos
possíveis para atrair a atenção do público para esse novo veículo.

2.1 A Linguagem Usada no Meio Rádio O meio rádio teve seu início na metade do
século passado, começando de maneira simples com relação à infra-estrutura, fato que
mudou drasticamente na passagem do século 20 para o 21, quando houve uma grande
evolução tecnológica, melhorando a qualidade das transmissões, facilitando o trabalho
de produção e de todo o processo criativo.

Com o passar do tempo, o rádio tornou-se o meio de comunicação mais popular no
planeta, graças à sua praticidade de transporte e manuseio. O rádio pode ser utilizado
dentro de casa, no carro, andando na rua, de dia ou à noite, independente de região
ou língua. Segundo Robert McLeish (2001: 16), um dos grandes atrativos do rádio
como meio de comunicação é o fato dele ser um meio cego. Isso porque o ouvinte
precisa imaginar o que está acontecendo, seja o conteúdo passado pelo locutor, como
uma notícia, uma entrevista ou um bate-papo com algum ouvinte pelo telefone. Aquele
que está escutando acaba imaginando toda a situação que o locutor narra, desde como
deve ser o profissional, fisicamente falando, até o local de algum fato descrito por ele.

Essa é a grande vantagem desse meio. Trabalhar com o imaginário das pessoas é algo
tão saudável quanto uma mãe que conta histórias para o seu filho quando ele vai
dormir. Enquanto a televisão dispõe dos recursos visuais para ilustrar o seu conteúdo,
o rádio é profícuo em criar cenas impensáveis na TV, usando apenas recursos sonoros
que servem como guia para que as pessoas possam “visualizar” o que está sendo dito.

Comparando com os jornais, o rádio sofre a desvantagem do cliente não escolher o
que vai ouvir; ele segue a linha editorial preestabelecida e, segundo McLeish, apenas
decide se vai ouvir ou se desligar do que é narrado. Por isso, o rádio requer um
trabalho de preparação muito bem elaborado, para que ao chegar aos ouvidos das
pessoas, chame a atenção e faça com que elas não mudem de emissora.

É possível chamar a atenção do ouvinte com uma notícia com a forma como ela é lida.
Uma certa dose de interpretação é interessante, levando em consideração alguns


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pontos, como entusiasmo, compaixão, raiva, dor e alegria. Independente da idade,
sexo ou religião, o rádio permite uma aproximação dos profissionais com o seu público
jamais vista em outro meio de comunicação.

Muitos programas, tanto em AM quanto em FM, usam a interação como forma de
chamar a atenção dos ouvintes para participar da sua programação. Na pauta muitas
vezes estão piadas – algumas vezes sem graça –, espaço para o público pedir sua
música ou aconselhamentos por parte de profissionais sobre alguns temas, como sexo
e política ou área de trabalho.

É essa interação que a rádio na Internet deve buscar. Atualmente, além dos recursos
como carta e telefone, contam com e-mails e salas de bate-papo virtuais (chats) para
manter ou incrementar a sua programação. Os limites municipais em que muitas
rádios operam não serão mais problema para que a emissora conquiste público por
todo o planeta.

As rádios (AM/FM) possuem a característica de unificar diversos meios de comunicação
em um só veiculo. Os produtores e jornalistas buscam inspiração nos outros meios –
jornais, revistas, livros e até mesmo na TV – para colocar uma notícia no ar ou para
produzir programas de entretenimento para o seu público. Se a chegada da Internet já
foi um avanço como fonte de pesquisa, a integração dos dois pode chamar a atenção
do público para encontrar diversas informações dentro da própria página da emissora.
Imagine-se a situação: o locutor acaba de lançar um comentário no ar e discuti-lo por
um determinado tempo com algum especialista no assunto e com os ouvintes, por
meio de salas de bate-papo, e-mail e telefone.

Quando essa discussão for encerrada, a pauta discutida pode ser lançada dentro do
site da rádio on-line, com links que direcionarão a outras páginas relacionadas ao
assunto, assim como se pode criar um fórum de discussão, no qual o público pode
entrar e deixar o seu comentário, além de ouvir novamente toda a discussão, em
arquivos para download.

O download significa a transferência de dados ou arquivos entre computadores
conectados à Internet. Geralmente acontece de um computador-servidor, que onde o
público acessa as informações, para um computador menor, os computadores
pessoais. Será possível integrar prestação de serviço público, entretenimento, músicas.
Pessoas de regiões distintas podem sugerir como melhorar algumas áreas carentes,
que já tenham passado por alguma situação semelhante à levada em pauta,
lembrando sempre a queda de fronteiras das ondas sonoras.

As motivações de um radialista que usar a Internet devem continuar as mesmas:
informar, instruir, entreter, chocar, transformar, apresentar opções, entre outras. Cada
profissional do meio deve descobrir qual é a sua maior vocação, mas não deve
esquecer que, segundo McLeish (2001: 24), precisa manter uma ligação entre o
ouvinte e o produtor.

Uma emissora bem sucedida é mais do que a soma de seus programas; ela entende a
natureza dessa amizade e seu papel de líder e prestador de serviços (McLEISH, 2001).

Com essa citação, é possível compreender que a principal técnica para produzir uma
rádio é conhecer o público. Saber quais são seus gostos e preferências é fator
fundamental na hora de definir a linguagem e o estilo usados na emissora.


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2.2 Linguagem na Internet Nesse pouco tempo de existência, a Internet evoluiu na
forma de criar seu conteúdo. O visual das páginas na web deve ser elaborado com a
mesma preocupação que for dedicada ao conteúdo, cativando o internauta a conhecer
melhor o site visitado.

De acordo com Luciana Moherdaui (2000: 34), “O jornalismo on-line não tem
periodicidade, a sua dinâmica é determinada pelos acontecimentos que merecem ser
noticiados”. Por jornalismo on-line entenda-se, nesse caso, a condição de estar
atualmente conectado a um sistema de computadores ou telecomunicação.

Dessa forma, o site não deve ser atualizado de qualquer maneira, só para chamar a
atenção, mas com a preocupação de colocar informações que sejam atrativas e façam
a diferença de uma página para outra. Para estabelecer a qualidade, é importante ter
uma equipe para planejar as estratégias de criação e produção desse conteúdo, a fim
de que essa página não seja mais uma dentre as milhares espalhadas pela rede.

Patrick Linch e Sarah Horton apresentam, em seu livro Manual de estilo web, algumas
técnicas para a produção de um site que possa competir comercialmente com os
concorrentes. Os dois sugerem que sejam definidos os objetivos, que é a estipulação
das metas e prazos para conclusão do projeto e também de suas etapas.

Conhecer o público-alvo é outro fator importante, considerando que um adolescente
tem uma maneira diferente de absorver informações, comparado a alguém de 30 anos.
Definir a linguagem é um dos primeiros passos a serem dados para que a página tenha
sucesso. Conhecer as características das pessoas que se pretende atingir também
pode determinar a linguagem utilizada, pois dessa forma o internauta sentirá vontade
de conhecer o que foi publicado.

Visitar outras páginas que estão na rede servirá de inspiração na hora de montar o
projeto. Essa pesquisa servirá como informação sobre as tendências que o mercado
tecnológico oferece e que o público aprova, eliminando uma etapa – a de tentar
descobrir qual o formato que mais chama a atenção das pessoas.

Uma boa página é aquela que oferece seus serviços de maneira clara e rápida. Se o
internauta precisar de muitos “cliques” para chegar onde deseja, possivelmente
acabará desistindo da procura. É importante lembrar que a maioria dos usuários da
Internet visita várias páginas ao mesmo tempo.

Explicando melhor, as pessoas têm o hábito, incentivado pelas facilidades
proporcionadas pelos instrumentos de busca da web, de pesquisar em vários sites ao
mesmo tempo. Portanto, se a página não apresentar um resultado satisfatório, esse
usuário pode encontrar a resposta em outra página.

Como forma de estímulo, existe no Brasil o prêmio I-best [www.ibest.com.br], que
elege os melhores sites da rede em duas categorias: voto popular e júri especializado.
Essa premiação possui a categoria Rádio, em que emissoras de radiodifusão que têm
seu conteúdo publicado na Internet concorrem a esse prêmio.

O que se pode concluir visitando alguns desses sites é que o foco principal está na
informação gráfica, cativando o ouvinte da rádio pelos olhos, fazendo com que este



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descubra tudo que a empresa tem a oferecer no seu dia-a-dia. Muitas disponibilizam
links para que os internautas de outras cidades possam ouvir a rádio pelo computador.

Três rádios que normalmente disputam esse prêmio são a Jovem Pan, a Rádio Mix e a
Rádio 89 FM (Figura 3), todas de São Paulo. Essas emissoras possuem conteúdo
publicado na Internet, de maneira fácil e atraente, sem que sejam necessários muitos
cliques até encontrar o que se procura.

A página principal, ou primeira tela, deve ser voltada para isso: direcionar o internauta
para o assunto que ele procura. Assim, distribuir pequenos links pela tela facilitará a
vida daquele que está em busca de informação, como, por exemplo, resultados de
promoções, notícias ou cadastro para participar de programas da emissora.

Em termos de audiência, os brasileiros estão cada vez mais usando a rede mundial de
computadores. Segundo dados divulgados pelo site Folha On-line, em março de 2005
os brasileiros passaram 14 horas e 57 minutos na frente do computador. Em fevereiro
foram 13 horas e 13 minutos e em janeiro, 14 horas e 35 minutos.

O número de usuários ativos no mesmo período permaneceu em 11,03 milhões de
pessoas. O tempo de navegação doméstica é gasto em páginas de e-mail e páginas de
comunidades, como salas de bate-papo, blogs ou sites de relacionamento. O usuário
passa em média 30% do tempo de navegação nesses assuntos. Em 2004, as páginas
de comunidades representaram 19,5% do tempo total de navegação, e os e-mails
foram responsáveis por 12,4%. Serviços financeiros respondem por 6,1%, enquanto
que 3% foram gastos em sites de notícias.

Por blog entenda-se um diário criado pelo usuário, atualizado constantemente e
visitado por um público conhecido, como amigos, colegas de trabalho ou simplesmente
pessoas que se conheceram na Internet. Eles geralmente representam a personalidade
do autor ou do site em exibição. Porém, o autor é chamado de blogger.

De acordo com Marcelo Coutinho Lima, diretor-executivo do Ibope Inteligência à
época, “a Internet deixou de ser um meio de transmissão de conteúdo para tornar-se
uma ferramenta de relacionamento social e comercial”. Essa declaração mostra que os
usuários não estão interessados somente no que acontece no mundo financeiro ou
político, mas sim voltados a si mesmos, procurando informações que os mantenham
ligados no que acontece no mundo, como tendências de moda, estilos musicais ou
relacionamentos afetivos.

Procurando essa interação, a Apple criou o I-Tunes, sistema que permite aos usuários
acessarem a distância os computadores de internautas que possuem as ferramentas e
ouvir as músicas disponíveis nele. Dessa forma, qualquer computador poderia virar um
servidor de música. Mas como a popularidade do sistema cresceu de forma inesperada,
a Apple tenta barrar essas transferências com medo de problemas com as gravadoras,
no que diz respeito a direitos autorais, e já soltou no mercado uma atualização que
impede essas transferências.

Um outro recurso que se tornou popular é o podcast. Basicamente essa tecnologia
pode ser resumida como um diário de voz, ou audioblog. Usando um microfone e um
I-Pod (Figura 4), é possível gravar fatos que ocorrem no seu dia-a-dia para serem
escutados no futuro ou levar as músicas que estão no seu computador para qualquer
lugar.


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Mas o que tem virado moda é a criação de programas de rádio para serem
transmitidos por I-Pod. Como exemplo, Tim Bourquin criou o podcast EnduranceRadio,
voltado ao público de esportes radicais. Esse programa já contou com o acesso de
mais de 15 mil pessoas e o dono dessa “estação” declara que “uma programação como
a minha não funciona no rádio tradicional”.

Visitando alguns sites de busca e digitando a palavra podcast, esta lhe dará várias
opções de acesso a páginas sobre o assunto, desde as que armazenam programas
para outras pessoas acessarem até páginas que servem como guia – como é feito e
divulgado o programa para que as pessoas possam encontrá-lo – ou ainda páginas
apresentando informações sobre o funcionamento desse conteúdo.

De acordo com reportagem de Guilherme Werneck, o ex-VJ da MTV norte-americana
Adam Curry começou com essa febre de podcast no fim de 2004 e em maio de 2005
fechou contrato com uma rádio por satélite chamada Sirius, dos Estados Unidos, para
a produção de um programa diário sobre esse assunto.

Grandes rádios começam a pensar nessa febre e disponibilizam seus programas nesse
formato, como a BBC de Londres. A Infinity Viacom também adaptará uma de suas
emissoras em São Francisco para transmitir programas nesse formato.

A tecnologia de produção desses programas é similar à produção para rádios
convencionais. Porém, a qualidade do áudio deve ser reduzida para facilitar a
transmissão dos dados pela rede. Geralmente o formato usado é o WAV ou MP3, com
256 Kbps (kilobites por segundo) de qualidade e sample rate de 44.100 kHz. Já para
podcast, o formato mais usado é o MP3, com 64 Kbps e 22.050 kHz. Um programa de
uma hora nesse formato pode ter 30 MB. Se fosse usado o formato das rádios, o
arquivo seria maior, passando os 3.000 MB.

Uma pesquisa feita pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) divulgada
em 12 de maio de 2005 pelo site IDG Now (http://idgnow.uol.com.br/) mostra que
80% dos jovens com idade entre 14 e 16 anos ficam pelo menos duas horas por dia na
Internet. Pela pesquisa, 68% dos jovens na mesma idade ouvem músicas no
computador, mas apenas 45% ouvem rádio quando estão na Internet. No Brasil, esse
número cai para 26% quando a pergunta é se ouve rádio “sempre” ou
“freqüentemente”.

Com esses resultados é possível entender que o público jovem não quer mais ficar
preso a programadores de rádio que tocam as seqüências planejadas pelas regras
comerciais e sim fazer sua própria programação. Como, então, fazer uma rádio na
Internet que chame a atenção do público e faça com que ele ouça sua emissora? A
Rádio Fênix (Figura 5) apresenta uma solução interessante para essa pergunta. Ela
considera como seu público-alvo os brasileiros que estão no Japão e possibilita, por
meio de e-mail e salas de bate-papo, que seus ouvintes internautas façam a
programação, pedindo músicas diretamente para o locutor que estiver no horário.

Para que a programação seja atraente e chame a atenção de quem está acessando a
rádio, é importante criar uma grade de horários para que as pessoas não pensem que
estão em um ambiente desestruturado e sem regras.

2.3 Modelos de Programação Uma rádio web pode seguir três linhas de estilo: a da
informação, a do entretenimento ou uma híbrida, misturando diversão e notícias. Claro


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que isso vai depender da estrutura que se tem à disposição para engrandecer o
projeto.

Se a intenção é montar uma rádio de notícias, com jornalismo presente na maior parte
do tempo, será preciso uma estrutura com jornalista(s), sonoplasta(s), motorista(s),
além dos apresentadores, que devem ser imparciais, além de muito bem informados.

Uma sugestão é formar parcerias com associações de bairro, de preferência que já
possuam algum tipo de publicação, o conhecido “jornal do bairro”. Esses grupos são
indicados por terem experiência na região e poderem colaborar com matérias e
notícias. Além de publicá-las no jornal, podem usar a rádio e até a página na Internet
para complementar as informações.

Pode parecer contraditório, mas usar essa emissora para falar de uma determinada
região é mais interessante do que fazer pesquisas de grande alcance. Para cobrir as
informações do Estado em que se mora, do país ou de crises internacionais já existem
as grandes redes de rádio (como Bandeirantes e CBN), os grandes canais de TV
abertas e fechadas (Globo, CNN, Fox) e os sites (Reuters e agências internacionais),
que, para quem está começando, supõe-se ser uma concorrência desleal.

Falar da região onde está localizada a rádio é importante, pois sempre tem aquela rua
que precisa ser asfaltada, o bar ou casa noturna que não respeita os horários de
silêncio ou uma associação de artistas que ajuda pessoas necessitadas precisando de
apoio e incentivo. A rádio web pode ser a voz dessa parcela significativa e é nesse
momento que ela pode fazer sucesso.

Munido de um gravador de voz (pode ser no formato K-7, MD ou digital) pode-se
produzir matérias, colher entrevistas, depoimentos ou reclamações das pessoas. De
posse desse material, a próxima etapa será passar para o computador e editá-la, com
programas específicos que não sejam muito pesados (entenda-se por “pesados”
programas para computador que ocupam muito espaço na memória para fazê-lo
funcionar). Com esse material editado, resta torná-lo público, divulgando-o na rádio,
que ainda pode contar com especialistas no assunto para complementar a informação.

Lembrando que, ao editar uma matéria no formato de áudio, não é preciso ficar
restrito às falas das pessoas. É possível complementá-las com o uso de músicas, de
maneira que funcionem como trilha musical para o assunto tratado. No entanto, será
importante ter em mãos uma autorização dos autores, para que o usuário e sua rádio
fiquem protegidos perante a lei contra processos por uso indevido da obra de terceiros.

Essas músicas não precisam ser de artistas conhecidos. Podem ser de grupos locais ou
regionais, que as compuseram e não têm um veículo para divulgá-las.

É importante para a empresa produzir uma escala com os horários de entrada de cada
programa no ar, a fim de que a equipe possa se organizar para a entrega de todo o
conteúdo a tempo de sua veiculação e também para que o ouvinte saiba com facilidade
quando o seu programa preferido será exibido.

Normalmente os programas são distribuídos em escalas de 30 minutos, os chamados
blocos. Nada impede que se estenda um programa por mais tempo, chegando a uma
ou duas horas. Mas essas pausas de meia hora são interessantes até para quem



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estiver escutando o sinal para relaxar, dar uma volta e voltar descansado para a
continuação do programa.

Criar uma planilha pode ajudar nessa distribuição de espaço, colocando de um lado os
dias da semana e de outro os horários, como no modelo a seguir:


DiaHorário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 07h00 Jornal Local
Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local 07h30
Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte 08h00 Temático Temático
Temático Temático Temático Educativo Educativo 10h00 Notícias Notícias Notícias
Notícias Notícias Notícias Notícias 11h00 Diversos Diversos Diversos Diversos Diversos
Diversos Diversos 16h30 Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local
Esporte Esporte 18h00 Especiais Especiais Especiais Especiais Especiais Cultura Cultura

Este é um modelo de grade de programação meramente ilustrativo. Os horários dos
programas e os temas devem se adaptar às necessidades da rádio e ao gosto do
ouvinte. Sendo assim, deve-se conhecer a fundo o público, pois dessa forma a chance
de errar será menor. Note-se que, aos fins de semana (sábado e domingo), é possível
variar os programas com relação ao tema, uma vez que as pessoas preferem ouvir
coisas mais amenas e tranqüilas para sair da rotina da semana.

Não se deve esquecer de estipular os horários de intervalo para a divulgação dos
comerciais de seus patrocinadores. Esse intervalo não deve passar de 4 minutos,
tempo suficiente para a entrada de renda na rádio sem que o público se disperse do
que estava sendo falado. Quanto maior o intervalo, maior a possibilidade dos ouvintes
migrarem para outros veículos em busca de informação.

Porém, se o interesse é divertir os ouvintes, a emissora deverá seguir um outro
caminho. O uso de músicas é uma ferramenta que costuma relaxar as pessoas no dia-
a-dia. Dentre os vários estilos musicais existentes, deve-se equilibrar os diversos
estilos, de maneira que não espante um grupo por causa de outros.


Robert McLeish (2001: 131) declara que “A música, como a locução, vem em
parágrafos. Não faria sentido terminar uma fala que não fosse ao fim de uma
sentença, e igualmente é errado fazer fade de modo arbitrário num número musical”.

Isso mostra que as músicas de uma determinada seleção não devem ser jogadas de
qualquer forma no ar, e sim trabalhadas de maneira a que a produção fique uniforme,
sem pausas, descompassos ou “buracos” entre as músicas. Entenda-se por buracos os
espaços sem nenhum tipo de áudio entre as músicas ou falas de um locutor.

McLeish indica o uso do talk-over, que consiste em um locutor apresentar sua
seqüência, ou terminar a sua apresentação, usando a introdução da primeira música
de sua programação. O início dessa música não deve ter falas, e sim somente os
instrumentos musicais tocando. Duas falas ao mesmo tempo confundem a atenção do
ouvinte, que não saberá se deve se preocupar com o que o locutor está dizendo ou
com a música que está sendo tocada.




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A construção de uma grade de programação também auxilia na produção musical de
uma rádio. O modelo pode ser o usado para o jornalismo, apenas alterando o
conteúdo, como no exemplo:

DiaHorário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 07h00 Românticas
Românticas Românticas Românticas Românticas Românticas Românticas 09h00 Pop
Pop Pop Pop Pop Pop Pop 11h00 Bom Almoço Bom Almoço Bom Almoço Bom Almoço
Bom Almoço Especial: A melhor banda Especial: A melhor banda 13h00 Tarde Rock
Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock 16h00 Pop Pop
Pop Pop Pop Reggae Time Reggae Time 18h00 As Mais Pedidas As Mais Pedidas As
Mais Pedidas As Mais Pedidas As Mais Pedidas Arena de Rodeio Arena de Rodeio 19h00
Noite Sertaneja Noite Sertaneja Noite Sertaneja Noite Sertaneja Noite Sertaneja
Balada Fest Balada Fest

Os horários e os tipos de programas podem variar de acordo com a necessidade da
rádio, mas vale lembrar algumas convenções pertinentes ao veículo.

Durante a manhã, deve-se evitar músicas rápidas ou agressivas. Como a maioria das
pessoas costuma acordar nesse período do dia, elas normalmente estão em um ritmo
lento. É bom ter cuidado para não espantar o ouvinte. O horário do almoço pode seguir
a dica da manhã.

Muitas pessoas gostam de comer com tranqüilidade. Se a programação for produzida
de um modo muito radical, pode assustar o ouvinte, fazendo com que ele procure algo
mais relaxante.

Também se deve evitar a transmissão de diálogos durante muitas horas do dia. Se a
emissora é musical, deve transmitir músicas durante a maior parte do tempo. Claro
que sempre se pode contar com alguns programas em que os ouvintes conversem com
o apresentador e participem ativamente da rádio, mas um período muito longo de
conversa pode afugentar a audiência.

Nessa grade de programação elaborada como modelo na Figura 7, os programas são
descritos por nome ou pelo estilo a ser seguido durante a sua exibição, como no
detalhamento a seguir:

1. Românticas: como é de costume, as músicas desse segmento são tranqüilas,
normalmente lentas, boa para o despertar das pessoas sem muitos atropelos, nem
acelerando o ritmo de vida logo pela manhã. Pode ser um programa apenas musical,
mas que permita abertura para que o locutor leia cartas ou e-mail dos ouvintes que
desejam oferecer uma canção para alguém de seu interesse, ou ainda participação ao
vivo, falando por telefone ou pelos serviços de voz, como Skype ou MSN do próprio
computador.

2. Pop: essa é uma seqüência que sempre atrairá um grande número de ouvintes.
Tocará essencialmente as músicas que estão nas paradas de sucesso, filmes, novelas,
enfim, que “fazem a cabeça” do povo. Dependendo da maneira que a programação for
elaborada, haverá abertura para tocar todo tipo de som, desde o rock até o pagode,
passando pelo samba, sertanejo ou qualquer outro estilo. No entanto, as transições
devem ser feitas com cuidado.




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3. Bom Almoço: seria um programa de variedades, em que existe abertura para
diferentes assuntos. Está situado na hora da segunda refeição mais importante do dia,
permitindo que tenha um estilo mais calmo e tranqüilo, para quem busca relaxar e ter
uma boa opção de diversão. Pode ter mais de um apresentador e convidados,
produzindo um bate-papo leve e descontraído, também com a possibilidade de
participação ativa dos ouvintes. Note-se que este programa foi colocado somente de
segunda a sexta-feira por necessitar de um grande trabalho de produção, separando
assuntos atuais e buscando convidados interessantes para o horário. De acordo com a
preferência, pode ser apenas um horário musical, executando músicas que não
comprometam o público na sua hora de descanso.

4. Tarde Rock: o horário da tarde é o melhor para tocar músicas pesadas. Entenda-se
por “pesada” aquele tipo de música que usa seus instrumentos de forma bastante
arrojada para a construção das melodias sonoras. Mas não se deve colocar apenas
metal, hardcore ou qualquer estilo que atenda a apenas um nicho. Deve-se variar a
montagem das músicas, para que atenda a todos os gostos sem menosprezar
ninguém.

5. Pop: repete-se o tópico 2. Seqüências de sucesso são uma boa opção para se ter
como coringa a fim de fazer uma transição na grade musical.

6. As Mais Pedidas: é o programa das músicas mais pedidas do dia pelo ouvinte. Deve-
se contabilizar os números de pedidos por e-mail ou telefone (se possuir um número
específico para os ouvintes). Mas deve-se tomar cuidado para não cair nos pedidos de
familiares, que vão pedir músicas que os filhos tocam, mas que muitos não conhecem.

7. Noite Sertaneja: esse programa pode cativar o público     do interior do país, que
aprecia muito esse estilo musical. Segue a mesma intenção    do tópico 1, já que esse
tipo de música possui muitas vezes uma forma alegre           e descontraída de ser
executada, ou seja, uma opção para quem quer relaxar em      boa companhia, com um
toque romântico.

8. Especial – A melhor banda: esse programa segue a linha pop de execução. Seria
sempre com uma grande banda de sucesso, de variados estilos musicais, contando a
sua história e exibindo músicas que fazem o povo vibrar. É uma boa opção para os fins
de semana, porque pode ser produzido, gravado e editado nos dias úteis, bastando
apenas a sua execução no horário programado. A escolha do artista pode ser feita por
votação realizada na página da rádio na Internet e apurada em real-time.

9. Reggae-Time: também é um exemplo de programa semanal. Por ser de conteúdo
restrito para aqueles que admiram esse estilo musical, é bom não estender muito pela
grade de programação, a fim de que o repertório não se esgote muito rápido nem os
ouvintes que não gostam desse segmento da música se ausentem da rádio. Pode ser
apresentado por especialistas no tema, como vocalistas de bandas (locais ou bandas
famosas). É um espaço inclusive para as músicas que não entram normalmente na
grade musical, os famosos “Lados”. Pode ser feito ao vivo, ou gravado durante a
semana e reproduzido automaticamente no horário programado.

10. Arena de Rodeio: outro programa segmentado para um público em particular,
aquele que gosta de sair para festas ou casas noturnas para dançar ao ritmo country
ou sertanejo. Possui estilo alegre e cativante, ideal para começar a noite de sábado e
de domingo, preparando aqueles que pretendem divertir-se no fim de semana.



                                                                                   19
11. Balada Fest: esse programa viria na seqüência do “Arena de Rodeio” por conter as
mesmas características – dançante e alto-astral. Continuaria o clima de festa para o
fim de semana, animando inclusive aqueles que não tem condições financeiras para
sair ou preferem fazer a festa em sua própria casa.

Essa grade de programação é apenas uma sugestão, cabendo ao produtor responsável
a escolha dos programas e a decisão sobre o seu formato. Programas de humor podem
ser incluídos na grade, em programetes de 2 a 3 minutos ou na forma que preferir.

Outra opção de grade de programação é uma mistura do jornalismo com
entretenimento. Balancear as informações do dia-a-dia com músicas ou quadros de
humor é uma solução que pode baratear os custos de produção, sem perder o caráter
informativo da rádio.

Muitas emissoras jovens e conceituadas utilizam essa fórmula para informar sua
audiência de uma forma mais leve e tranqüila, deixando a notícia com a cara que o
ouvinte gosta. Nesse caso, conciliar a notícia com músicas que sigam o mesmo tema é
uma boa estratégia para dar tempo a quem estiver ouvindo o jornal para pensar sobre
o assunto e participar da discussão.

Mas a produção não precisa deixar notas informativas para que o locutor leia ao fim de
cada música. Criar programas com horários determinados para cada interesse ajudará
a equipe a fazer um trabalho de qualidade. Veja-se o exemplo:

    Dia

Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 06h00 Acorde com
Notícias Acorde com Notícias Acorde com Notícias Acorde com Notícias Acorde com
Notícias Músicas Músicas 08h00 Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas
Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas Espaço Motor Espaço Motor 10h00 Chat Musical
Chat Musical Chat Musical Chat Musical Chat Musical Esporte Esporte 14h00 Informa-
Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-
Ação 18h00 Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera
Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera 20h00 Poliesportivo
Poliesportivo Poliesportivo Poliesportivo Poliesportivo Música Música 21h00 Passo à
Frente Passo à Frente Passo à Frente Passo à Frente Passo à Frente Chat Musical Chat
Musical

1. Acorde com Notícias: é uma maneira de deixar o ouvinte informado com os
principais acontecimentos do dia, intercalando músicas entre as informações, tomando
o cuidado para não colocar músicas dissonantes do assunto apresentado.

2. Tire suas dúvidas: programa informativo, para que o ouvinte se informe de maneira
detalhada sobre os assuntos apresentados no programa anterior. Outra opção é levar
convidados ao estúdio, como médicos, professores ou qualquer profissional que preste
consultoria para o internauta que estiver ouvindo a rádio.

3. Chat Musical: espaço para interação entre os ouvintes e o locutor do horário. A
programação musical pode ser feita com o pedido dos ouvintes presentes na sala de
bate-papo ou pelo envio de e-mails para o programa. O locutor pode ler as mensagens
escritas pelos internautas, sugerir temas para discussão, enfim, produzir uma atração
que seja interessante e participativa para o seu público.


                                                                                   20
4. Informa-Ação: programa de cultura que mostra exemplos de iniciativas bem-
sucedidas de ajuda ao próximo. ONGs e institutos de apoio às pessoas que sejam o
tema principal, com reportagens ou debates sobre como melhorar a situação de algum
grupo que necessite de ajuda. Artistas que apóiem alguma iniciativa seriam de grande
valor à divulgação do programa e da entidade.

5. Resumo da Ópera: horário reservado para um resumo dos principais fatos do dia,
com espaço para a repercussão de todos os fatos importantes ocorridos ao longo do
período.

6. Poliesportivo: em um país como o Brasil, deixar de falar de esporte e,
principalmente, de futebol, é um grande desperdício. Mas o espaço deve ser dado
àquela academia do bairro ou à equipe que precisa de patrocínio para aparecer e
mostrar o seu potencial.

7. Passo à Frente: um plantão noturno de notícias que mostra os fatos que serão
importantes no dia seguinte. Os principais temas ou o furo de reportagem divulgado
em primeira mão pela emissora.

8. Espaço Motor: programa que fala sobre automobilismo e os principais lançamentos
do mercado.

9. Esporte: os eventos esportivos costumam ter grande destaque nos fins de semana.
Por isso esse horário deve ser usado para manter o público informado sobre os
importantes acontecimentos do esporte.

10. Chat Musical: esse programa aparece em horário diferente aos fins de semana,
como opção para quem não pode sair de casa, mas não quer ficar sem companhia.

Seja qual for o estilo adotado pela rádio, é importante saber o que o internauta que
acessa o site gostaria de encontrar. Quais músicas, notícias e linguagem lhe
chamariam mais a atenção? Deve-se fazer sempre essas perguntas na hora de criar
cada etapa da grade de programação e não ter receio de processar alterações quando
elas forem necessárias.

CAPÍTULO 3 – A IMPLANTAÇÃO DA RÁDIO WEB

Neste capítulo será apresentada a parte técnica de uma rádio na Internet. Quais
sistemas utilizar? Que tipo de computador é melhor para essa finalidade? Essas são
algumas dúvidas que serão esclarecidas a partir de agora.

3.1 Equipamentos Necessários

Toda empresa precisa de equipamentos, sejam eles simples ou sofisticados. Essa
variação dependerá da capacidade do empreendedor de investir em tecnologia. Se o
recurso financeiro for escasso, deve-se começar com uma infra-estrutura simples,
utilizando apenas o necessário. Mas se o projeto possui um patrocinador, é melhor
investir em equipamentos que darão melhores resultados em longo prazo, que não
precisem de substituições a curto e médio prazo.




                                                                                 21
Computadores, microfones, mesa de som, programas para conectar e operar o sistema
pela Internet, servidores – todas essas dúvidas serão esclarecidas de uma maneira
fácil de ser compreendida.

Em entrevista realizada com Márcio Yonamine, coordenador da rádio web do Centro
Cultural São Paulo, o equipamento mínimo necessário é um computador Pentium II
com 400 MHz de velocidade, com placa de som e conjunto multimídia, composto de
caixas de som e microfone.

O professor de ciências da computação do Imes, Jairo Marciano, complementa essa
informação indicando um disco rígido de 80 gigahertz de memória para o início dos
trabalhos da rádio web. Ele ainda declara que:

O que mudaria de uma estação de trabalho para um servidor é a segurança. Então,
para começar, não é preciso gastar muito dinheiro. Mas com o passar do tempo é
interessante para não correr o risco de invasão de hackers ou problemas com o
equipamento.

Nenhum dos dois recomenda o uso de servidores terceirizados. Para o professor Jairo
Marciano, as limitações contratuais que essas empresas impõem não são favoráveis
para quem pretende montar um site trabalhando em streaming.

Nilson Massayoshi, diretor artístico da Rádio Fênix no Brasil, que utiliza estrutura
similar a uma FM, declara:

[...] Com dois computadores se consegue fazer um bom trabalho. Um seria o
computador do ar e outro para a produção, usado para gravar, editar, criar roteiros,
entre outras funções. Caso o locutor participe de chat com os ouvintes, será necessário
mais um computador.

Ele ainda sugere que o computador usado para tocar as músicas seja o mesmo que faz
a transmissão pela Internet, reduzindo os custos de estruturação.

Tanto a Rádio Fênix como a rádio web do Centro Cultural São Paulo utilizam servidores
próprios. A primeira mantém sua estrutura no Japão e a segunda compartilha os
servidores da USP, que, segundo Márcio Yonamine, “é a melhor rede do Brasil”.

Essa seria a estrutura básica para transmissão de dados a partir do estúdio para o
servidor, que, por sua vez, distribuiria as informações para os internautas interessados
em ouvir essa rádio web.

Deixando um pouco de lado os computadores e falando da estruturação do estúdio,
alguns recursos serão importantes, como mesa de áudio, fones de ouvidos e
microfones.

A única exigência para o estúdio é que suas paredes sejam acusticamente isoladas. De
acordo com o site da empresa Fibraben,

[...] nas aplicações domésticas, conhecendo-se o material mais adequado às suas
necessidades, não há necessidade de mão-de-obra especializada. Você contratará




                                                                                     22
alguém para fazer um forro (para o teto) ou lambril (para as paredes), instalando o
material isolante entre ele e a fonte por onde flui o ruído.

Outro equipamento necessário é a mesa de áudio, que receberá diferentes fontes de
áudio (CDs, MDs, vozes) e fará a mixagem, ou seja, controlará a forma como cada
som será usado na produção. Em produções “caseiras”, o Mixer que vem instalado no
Windows pode ajudar. Em um sistema profissional, uma mesa de 16 canais é
recomendada. Cada canal serve como entrada de áudio.

Fones de ouvidos e caixas de som também são necessários. As caixas de som servem
para monitorar o que está sendo transmitido. Os fones de ouvidos serão usados
quando o locutor falar ao vivo, pois se o locutor falar com as caixas de som ligadas,
serão criadas microfonias, ruídos gerados pela realimentação de áudio no sistema.
Para o locutor ser ouvido sem ruídos e interferências, devem-se usar microfones de
qualidade, que não distorçam a sua voz. Para os iniciantes, os microfones que vêm
junto com o computador serão uma forma de captar a voz. Mas para uma estrutura
maior, equipamentos profissionais, como o microfone da marca Shure SM7, dará bons
resultados.

Hoje em dia a maioria das rádios em São Paulo dispõe de seu próprio acervo de
músicas, trilhas e vinhetas em computadores, facilitando a operação do sonoplasta.
Mas é bom ter reservado um aparelho de CD e de MD em caso de alguma pane.

Esses seriam os principais equipamentos para realizar o projeto de uma rádio web.
Claro que a cada dia a tecnologia se renova e é importante estar atualizado sobre
todas as novidades no mercado. Esse poderá ser mais um diferencial de uma emissora
de rádio na Internet em relação às concorrentes.

3.2 Sistemas e Serviços que Deverão Ser Utilizados Neste tópico serão sugeridos
alguns programas de computador que poderão ser úteis na hora de montar e executar
uma rádio web. Uma série de programas gratuitos está disponível na Internet em
páginas    como   o   Baixaki   [www.baixaki.com.br]     ou   Super    Downloads
[www.superdownloads.com.br].

Será preciso também um acesso à Internet. A melhor opção é o uso de Internet Banda
Larga, graças à sua capacidade de transmissão de dados em alta velocidade, se
comparada à conexão telefônica.

Primeiro deve-se contratar um serviço de conexão à Internet. Empresas como Vivax
[www.vivax.com.br] e Ajato [www.ajato.com.br] dispõem em seus sites informações
sobre os tipos de conexão, planos e serviços a serem contratados.

Ambas oferecem conexão 24 horas com linhas telefônicas liberadas, ou seja, sem o
uso do telefone. Para prestar seu serviço, a Vivax pede a configuração mínima de (as
informações relacionadas às empresas prestadoras de serviço apresentadas na
seqüência foram retiradas dos respectivos sites em 22/08/2005): - Windows e Linux:
Pentium 100 MHz (para Windows, com sistema operacional Windows 95 ou superior ou
Linux, com sistema operacional Conectiva 4.0, RedHat 6.1 ou Mandrake 7.0); -
Macintosh: Power Macintosh ou Power PC com sistema operacional MAC OS 8.6 ou
superior; - Espaço livre no disco rígido de 200 MB; - Memória RAM de 32 MB; - Placa
de rede 10 base T com conector RJ45 (*); - Placa multimídia; - Placa de monitor com
resolução SVGA. Já a empresa Ajato pede: - Processador Pentium 133 (desktop ou


                                                                                  23
notebook) ou Macintosh (desktop ou notebook) com System 7.5 ou superior; - 32 MB
de memória; - 15 MB de espaço disponível em disco; - Unidade de disco de 3.5"; -
Protocolo TCP/IP instalado; - 01 placa de rede padrão Ethernet 10 Mbps no
computador para conectar ao cable modem; - 01 placa de vídeo SVGA, XGA ou 8514/A
Graphics Card; - Mouse; - Windows 95 ou superior. A Vivax oferece os seguintes
planos:

Produto Preço mensal (a partir de R$) VIVAX Empresarial 200 VIVAX Empresarial 350
VIVAX Empresarial 500 VIVAX Empresarial 650 Taxa de instalação 114,90 209,90
232,90 379,90 120,00 Figura 9: Valores referentes aos planos oferecidos e custo de
sua utilização.

A Ajato dispõe essas informações após contato ao serviço de atendimento ao cliente.
Os valores citados referem-se aos planos para empresas. Mas ambas as prestadoras
apresentam valores residenciais.

Além da conexão, uma rádio web precisa de provedor de serviços, prestados por
empresas   como     IG   [www.ig.com.br], Terra [www.terra.com.br]    e  UOL
[www.uol.com.br], entre outros.

A assinatura do UOL varia de R$ 49,90 a R$ 114,90. Já o site Terra cobra pela
assinatura mensal entre R$ 49,90 e R$ 199,00, de acordo com o plano escolhido. O IG
cobra de R$ 59,90 a R$ 249,90 por seus serviços. Lembrando que os valores
referenciados são para assinaturas empresariais na cidade de Santo André, no Estado
de São Paulo, em 22/08/2005.

O professor Jairo Marciano recomenda uma conexão banda larga de 512 K de
velocidade. Isso permitiria o acesso inicial de 30 ouvintes simultaneamente.

Como referência, a Rádio Fênix começou com uma conexão que permitia 40 acessos
simultâneos e atualmente chega a registrar picos de acesso de 1.200 ouvintes
simultâneos. Nilson Massayoshi declara:

É preciso ter uma estrutura muito grande para suportar essa invasão simultânea. Cada
vez que atingimos esse limite é preciso fazer um upgrade de mais linhas.

Para completar a estrutura, alguns softwares serão de grande importância na
realização do projeto.

O primeiro deles seria o Encoder. Esse programa fará a conversão do sinal de áudio
para a transmissão pela Internet. Esses programas estão disponíveis gratuitamente
para download no site da Microsoft, que disponibiliza o Windows Media Encoder e o
Shoutcast, que usa o Winamp agregado com plug-ins para a conversão desse sinal.
Plug-ins são pequenos programas que auxiliam um software principal a executar
determinadas funções.

Também será necessário um software que execute as músicas. A Rádio Fênix utiliza o
Pulsar, mas, segundo Nilson Massayoshi, existem programas gratuitos na Internet,
como no site Winkochan[www.winkochan.com.br].




                                                                                 24
No caso da rádio web do Centro Cultural São Paulo, esse recurso não é utilizado, pois
os internautas acessam o conteúdo da rádio no momento que for melhor. Não há
programação ao vivo. Eles gravam os programas e os deixam disponíveis por tempo
indeterminado no site, bastando um clique do internauta para ouvir o conteúdo.

O professor Jairo Marciano recomenda o uso do Encoder da Microsoft, devido à sua
grande popularidade, pois o programa que executa as músicas é instalado em conjunto
com a plataforma Windows, presente na maioria dos computadores em todo o mundo.

O Encoder do Windows Media possui uma tela de introdução que auto-configura o
computador conforme o usuário vai inserindo as informações que são solicitadas para a
transmissão de áudio pela Internet.

O principal dado a ser informado é o número de IP da conexão com a Internet. Para
descobrir esse valor, deve ser acessado o menu Iniciar, Programas, Acessórios e clique
em Prompt de comando. Abrirá uma tela, em que basta digitar “ipconfig” (em letras
minúsculas) para que o computador dê essa informação.

Este é o número que os ouvintes deverão acessar para ouvir a rádio na Internet. É
recomendado deixar o número de IP disponível no site para facilitar o acesso, usando
softwares de edição de páginas da Internet.

Para configurar o computador como o      servidor da rádio web, deve-se abrir o Encoder,
clicar em “broadcast a Live Evente”, e   depois em OK. Na seqüência, selecionar a caixa
ao lado da palavra “áudio” e apertar     “avançar”. Na terceira tela de configuração do
Encoder, deve-se selecionar “Pull from   the encoder” e mais uma vez apertar “avançar”.

Agora o assistente de configuração fará o reconhecimento automático do número de
IP. Essa tela também possui um botão chamado “find free port”. Ele deve ser
pressionado para que reconheça a porta na qual será feita a transmissão de dados.
Então, deve-se ir novamente ao botão “avançar”.

Agora é o momento de fazer a seleção da qualidade de áudio que pretende transmitir a
rádio web. É recomendado usar a taxa de 24 Kbps ou 37 Kbps, por possuírem boa
qualidade de áudio e ocuparem pouca banda de transmissão. Deve-se apertar mais
uma vez o botão “avançar”. Na tela “Archive File’”, selecionar apenas a caixa e indicar
o caminho para salvar o arquivo de transmissão se se desejar arquivar todo o
conteúdo transmitido pela emissora. Então, deve-se clicar em “avançar”.

Na tela “Display Information”, será dado o nome da rádio, nome do autor e as
descrições sobre o conteúdo transmitido. Deve-se indicar as informações que forem
interessantes e finalizar a configuração clicando no botão “Concluir”. Por fim, deve-se
apertar o botão “Start enconding” e a emissora estará pronta para ser ouvida por
qualquer internauta.

Vale a dica de um site, o No-IP [www.no-ip.com], que disponibiliza um programa que
atualiza o número de IP a cada vez que se realiza a conexão com a Internet. Isso
porque a maioria dos servidores usa o sistema conhecido como IP dinâmico, que troca
esse registro de acordo com a necessidade da conexão, dificultando a invasão de vírus
e hackers no computador.




                                                                                     25
A Microsoft fornece, junto com o pacote Office, o software FrontPage, uma ferramenta
simples de usar, que não exige o conhecimento de códigos ou linguagens utilizadas por
webmasters. Para aqueles que dominam a técnica de webdesign, programas de
animação como o Flash e o Dreamweaver, ambos da Macromedia, ajudarão na criação
de uma homepage sofisticada e atrativa.

O número de IP não precisa estar descrito como o número que o computador indicou.
É possível criar um hiperlink, ou seja, fazer com que uma palavra ou frase possibilite o
acesso direto a uma página ou arquivo. Nesse caso, deve-se substituir o código
“http://” pelo “mms://”. Dessa forma, em vez de o computador abrir uma página do
navegador de Internet, ele executará o Windows Media Player, facilitando a conexão
do internauta com a rádio web.

Com essa configuração realizada, a rádio estará pronta para ser ouvida pelos
internautas do mundo inteiro. Deve-se estar atento para a mudança do número do IP
em caso de queda de conexão. É um dado que deve ser verificado e atualizado sempre
que necessário. Assim a rádio na Internet estará sempre pronta para transmitir
informação ou entretenimento para aqueles que buscam fontes alternativas de
conhecimento.

CONCLUSÃO

A história mostra que as pessoas sempre buscam evoluir e vencer desafios. E essa
superação sempre esteve aliada à descoberta e ao aprimoramento da tecnologia.

Essa evolução tecnológica nos permite enviar e receber idéias, pensamentos e
reflexões sobre os mais variados temas. E o que era limitado a ondas
eletromagnéticas, com seu espaço físico controlado por concessões governamentais,
agora encontra uma oportunidade de se expressar livremente pelos quatro cantos do
planeta.

A realização desse projeto mostra que é possível montar uma rádio web com estrutura
variada, desde as mais simples, como uma emissora criada para entreter amigos e
vizinhos, até empresas com estrutura profissional de transmissão.

Vale ressaltar que o público acostumado a ouvir rádio tradicional precisa ser
conquistado, pois somente migrará para um novo serviço se encontrar um diferencial,
que basicamente seria a interatividade.

Essa interatividade varia desde participar de programas para a conquista de prêmios
até discutir assuntos relevantes e auxiliar na produção de conteúdo, opinando sobre o
que é interessante para aqueles que pretendem usar uma rádio web como fonte de
entretenimento ou informação.

Claro que sempre existirão adversidades que possam inviabilizar um projeto, como
custos ou falta de conhecimento técnico. Mas a tecnologia disponível na Internet, em
sites de download e a possibilidade de esclarecer dúvidas com profissionais da área,
via e-mail ou por comunicadores instantâneos como MSN ou Skype, serão ferramentas
de apoio na efetivação da rádio web.




                                                                                     26
Muitas pessoas são receosas quanto ao uso da Internet e de ferramentas on-line por
acreditar que são altamente complexas. Na época do surgimento dos computadores, a
tecnologia disponível restringia o conhecimento àqueles que dispunham de muitos
anos de estudos sobre o tema. Hoje, no entanto, os softwares disponíveis para a
construção de sistemas para redes de computadores buscam viabilizar o acesso para
aqueles que não possuem amplo conhecimento técnico sobre a Internet.

Fazer uma rádio na Internet não é difícil, mas requer bastante pesquisa, pois não se
trata de apenas mais um único meio de comunicação, agora são dois – a rádio e a
Internet. Conhecer o público, saber o que ele quer ouvir e como quer interagir é de
vital importância, não só para uma rádio web, mas para qualquer conteúdo que seja
pensado para obter lucro, pois somente com audiência os investidores vão considerar
um projeto como uma oportunidade de negócios.

Manter a parte gráfica da página atualizada com informações relevantes, desde
notícias do dia-a-dia até a apresentação da equipe que faz a rádio web funcionar, é um
atrativo de grande importância, pois a homepage será o cartão de visitas para que o
internauta se torne um ouvinte.

A tecnologia não se restringe ao uso da Internet. Empresas de tecnologia já estudam e
planejam disponibilizar seu conteúdo em celulares, incluindo jogos, músicas e serviços
bancários. A era do rádio digital também se aproxima, com algumas emissoras
transmitindo seu sinal nesse novo sistema, como as rádios Eldorado, Jovem Pan,
Bandeirantes, RBS e Sistema Globo de Rádio, em caráter de teste.

Essa nova tecnologia aumenta a qualidade das transmissões, deixando a AM com
qualidade de FM e a FM com qualidade de CD. Também permitirá o envio de textos que
poderão ser lidos pelo display do rádio, ou ainda a criação de emissoras por
assinaturas. Quanto maior a variedade de serviços disponíveis, maiores são as chances
de uma emissora ser conhecido pelo público. Quanto mais fácil for o acesso, maior é a
possibilidade de atrair os ouvintes para a programação.

Interatividade, facilidade e estratégias bem planejadas. Com esses tópicos bem
planejados, será mais fácil uma rádio web ter resultados favoráveis.


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em      novos       recursos       de     IM      para      manter      audiência.        http://
www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u15805.shtml. (2004) Sites oferecem
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http://www.radioclubecampobelo.com.br/historia            _do_ radio.htm. (2005) Real
Networks – Start Streaming. http://www.realnetworks.com /info/startstreaming.html.
(2005) Windows Media encoder 9 series sdk. http://www.microsoft.com/
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f0c0861be25b&displaylan g=en&Hash=8PV9T64.


ANEXO Entrevista




                                                                                              28
Entrevistado: Nilson Massayoshi Ue Ti Empresa: Rádio Fênix Cargo: Diretor Artístico –
Brasil Tempo de profissão: 6 anos em rádio – 2 anos e meio na Rádio Fênix

1. De onde veio à idéia de montar a rádio na Internet? O Japão não é desenvolvido
“radiofonicamente” como aqui no Brasil. Então lá no Japão não tem uma rede de rádio
como a Jovem Pan que consegue atingir todo o país via satélite. Sendo assim, a única
forma de atingir o maior número de ouvintes é pela Internet, que é 10 vezes melhor
que no Brasil. Falando do nosso público, os brasileiros que estão hoje no Japão eles
são muito carentes, precisam de companhia e justamente a forma que eles encontram
para se comunicar com os parentes é através da Internet.

2. O sinal que vocês transmitem aqui, lá é uma Fm? Não. Justamente por isso agente
optou por fazer uma rádio pela Internet porque no Japão não existe uma rede de
rádio. Nem se fosse uma rádio especificamente feita para japonês, ela não existiria na
forma de rádio. Dial preenchido que nem agente tem aqui em São Paulo, você vai
virando e tem várias rádios, metrópoles como Tóquio não tem. Fm no Japão não é
explorada, daí a dificuldade de fazer uma rádio, de atender todo o público Dekassegui,
desses brasileiros que estão lá. Por isso foi decidido que seria feito através da Internet.

3. Quais são as dificuldades de uma rádio ao vivo? Mais uma vez eu ressalvo ai para
você que, a Internet foi uma opção de transmissão. Mas o intuito, a idéia da rádio foi
ser rádio como é feito FM. Tanto é que a gente não perde em nada para nenhuma FM
aberta. Aqui nós aplicamos o que sabemos de rádio. Nunca foi pensado em fazer uma
rádio no automático, pra depois vir a fazer ao vivo. Começamos com a idéia de ser
uma rádio 24 horas ao vivo desde o inicio. Posso te dizer inclusive que fomos pioneiros
em fazer uma rádio, nos moldes do Fm, na Internet. A dificuldade maior são os custos.
É um custo muito elevado para fazer isso. Eu sempre digo que o projeto da Rádio
Fênix dá certo devido ao fato que a rádio sobrevive de anunciantes e nós fazemos uma
rádio para um país desenvolvido, de primeiro mundo, onde a tecnologia na Internet é
mais avençada do que a nossa. Os nossos anunciantes todos são do Japão, então o
que para eles seria o valor de um anúncio razoavelmente barato, digamos assim, pra
gente esse dinheiro vale 3 vezes mais. Na hora de negociar o comercial no Japão,
negociamos em Iene, que será transformado em dólar. Eu não sei te dizer se caso eu
tentasse fazer uma rádio para sobreviver de anúncios do Brasil se daria certo.

4. Qual a quantidade de brasileiros ouvindo a rádio, participando dela aqui no Brasil?
No início, todo o departamento promocional, toda parte de divulgação, como outdoor e
todo esse tipo de anúncio para divulgar a rádio sempre foram feitos no Japão. Até a
metade do primeiro ano, nós sempre tivemos 75% de acessos de lá e o restante do
Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Portugal e por aí vai, sempre atingido
os brasileiros em outros países. Hoje acontece um fenômeno que eu não entendia, que
é a audiência no Brasil. Por mais que eu não divulgue, por mais que eu não faça
nenhum tipo de propaganda aqui, o número de conexões é maior no Brasil, já passou
o Japão. Eu tenho na escala o Brasil, com mais de 45%, Japão, Estados Unidos. Eu
fiquei preocupado com isso. Pensei: será que estamos perdendo audiência no Japão?
Conversando com Ricardo Sam, o coordenador, ele me deu uma resposta muito
simples, no Brasil somos 17 milhões de pessoas, contra 280 mil brasileiros no Japão.
Mesmo que eu atingisse toda a comunidade brasileira que está no Japão, uma
porcentagem desse contingente que temos no Brasil bateria essa audiência. Graças
aos brasileiros que estão no Japão, à rádio acabou virando um ponto de encontros
entre aqueles que estão lá e os que ficaram. Isso ajudou no nosso crescimento sem
nenhum tipo de divulgação aqui.



                                                                                        29
5. Apenas o conhecimento de técnicas de comunicação é suficiente para a produção da
emissora ou é importante conhecer a parte técnica? Qual o elemento mais importante?
É impossível um locutor de rádio ficar totalmente desplugado do que acontecem nesse
mundo de Internet, conexões, porque quando ele senta lá para fazer o horário ele
depende muito da informática.

Além do mais que muitas rádios estão trocando os cd’s por computadores, MP3. Já tem
esse lado que você não consegue ficar totalmente fora e aqui na Rádio Fênix, como o
locutor precisa ficar logando o nome dele quando entra no ar, que automaticamente
troca à foto no site, ele tem que monitorar se a conexão está em ordem. Dessa forma,
o locutor precisa desse aprendizado. Agora para o pessoal da técnica, tivemos que
inventar muitas coisas, para superar todas as quedas e problemas que possam
acontecer. 6. Quantos funcionários são necessários para produzir a Rádio? Como nós
somos uma rádio 24 horas no ar, a maior parte da nossa equipe é composta de
locutores e apresentadores. São nove apresentadores, 10 locutores, dois produtores e
uma pessoa na parte técnica. Para uma rádio funcionar, basicamente, dependerá da
sua grade horária, considerando a quantidade de locutores necessários e o número de
horas que a lei permite que ele esteja no ar, mais um ou dois produtores e uma
pessoa para cuidar da parte técnica.

7. Quais os equipamentos necessários? O baixo custo são um dos fatores que
auxiliaram na proliferação das rádios Web. Com dois computadores você consegue
fazer um bom trabalho. Um que seria o computador do ar e outro para a produção,
usado para gravar, editar, criar roteiros entre outras funções. Caso o locutor participe
de Chat com os ouvintes, será necessário mais um computador. Você pode utilizar o
computador que transmite para ser o mesmo que toca as músicas, por isso que eu
resumiria em dois computadores, no mínimo.

8. Quais os softwares usados? São gratuitos, pagos? Porque dessa escolha? Para
edição usamos o SoundForge e o Vegas. Para execução de música é usado um
software de automação de rádio, no nosso caso usamos o Pulsar. Existe uma empresa
que é do Paraná, chamada Winkochan (www.winkochan.com.br) que possui alguns
programas gratuitos que pode ser usado na emissora de rádio web.

9. Como é a relação do público com a rádio? Nós optamos em não ser uma rádio
direcionada para um público. Antigamente as rádios não tinham essa segmentação,
era bem variado. Com o tempo foi que apareceu essa divisão, em jovem, sertanejo e
dance e que até hoje funciona bem em rádio aberta. Só que nós buscamos um
diferencial, se a pessoa tem o trabalho de nos ouvir pela Internet, nós temos que dar
um retorno para ela, por ser fiel à marca “Fênix”. Só que esse ouvinte gosta de
diferentes estilos musicais desde um Zezé di Camargo e Bruno e Marrone até um
Hoobastank, Maroon 5. Gosta de Celine Dion. A Internet hoje é uma confidente e nós
somos o companheiro dessas pessoas. O gosto do internauta pode variar de acordo
com o humor no dia. E para se ter uma idéia, nós temos cerca de um milhão de
acessos por mês no streaming, e o “roqueiro” ou “sertanejo” que conecta-se na Fênix
respeita o espaço do outro e não reclama. Se ele quiser criticar, pode fazer na hora. Só
que ele sabe respeitar e esperar, porque logo será tocada umaa música do gosto dele.

10. Qual a importância da home-page? Quais os cuidados na sua elaboração? O nosso
pilar de sustentação sem dúvida é o site. Nós precisamos que as pessoas entrem no
site, que tem que estar em sintonia com o que fazemos no ar. Ele tem que ser ágil,
com informações, ser dinâmico e, principalmente, tendo um site descente você



                                                                                     30
consegue os patrocinadores. A agilidade na atualização do site deve ser a mesma que
aplicada pelos locutores no ar.

11. A Internet é uma opção para a quem espera por um espaço na freqüência digital?
Algumas pessoas chegaram a declarar que a nossa estrutura, utilizando nossos
recursos de interação, que estamos avançando para essa nova realidade, de uma rádio
convencional virar uma rádio digital. Se você me perguntar se eu pretendo a vida
inteira trabalhar em uma rádio web eu digo que talvez sim, mas, além disso, quero
partir para esse lado de rádio digital. Hoje eu não abriria uma Fm, dependendo de
concessão para entrar nesse mercado de Dial de São Paulo. Eu estaria voltado para
rádio digital.

12. Qual a quantidade de ouvintes por conexão? Como é feita a conexão com o
servidor? Nós temos um grande problema que é suportar os acessos simultâneos, o
horário de pico. Quando começamos a rádio, tinhamos 40 ouvintes. Depois passou
para 100, 200, 300. Hoje o nosso maior pico de acesso, no horário do Japão,
chegamos a quase 1.200 acessos simultâneos, entre nove e 10 horas da noite, que é o
horário que o pessoal chegou do trabalho e está acessando. É preciso ter uma
estrutura muito grande, uma banda de conexão para suportar essa invasão
simultânea. Cada vez que atingimos esse limite, é preciso fazer um upgrade de mais
linhas.

13. Como é possível fazer essas alterações quando acontece o problema? Para isso é
necessário contratar novas linhas, lá no Japão. A rádio funciona assim. Temos o
estúdio, transmitindo o conteúdo em formato áudio, que entra no computador pelo
Line In da placa de áudio. Nesse computador existe o Windows Media Encoder, que
transforma esse som em dados e através desses dados vai navegando até o servidor.
Se for fazer a rádio da sua casa, você vai encontrar o número de IP da sua linha de
Internet e passar para os seus amigos. Mas por sua banda de conexão ser pequena, o
número máximo de ouvintes simultâneos são 10. Se entrarem mais, todos deixam de
ouvir a transmissão. A sua Internet não vai ter banda para permitir, por exemplo, em
um sinal de 32K, que é razoável de audição, conseguir mandar para 10, porque isso
vai virar 320, por isso que a sua Internet não vai agüentar. Para toda rádio web que
existir no mundo vai funcionar assim. O nosso estúdio está ligado a um computador-
mãe, ou computador-servidor, que foi preparado para agüentar todas essas conexões,
sendo que o ouvinte vai se conectar nesse servidor, então, todas as atualizações, ou
upgrade devem ser feitos nesse computador. Essa estrutura não muda (estrutura na
rádio). Se fosse usar um serviço de hospedagem, que é pago por taxa de
transferência, por exemplo, se alguém entra no seu site e baixa uma quantidade maior
de conteúdo do que o previsto no seu contrato, você passa a pagar por conexões, que
quanto maior o número de conexões, maior o valor cobrado no final do mês. Nós
optamos por criar o nosso servidor em Tóquio, dedicado. Nós pagamos uma empresa
para fazer a manutenção nesse equipamento. Isso evita que administradores de outras
páginas que utilizassem o nosso servidor nos trouxessem algum tipo de dano.

14. Como é a concorrência entre as rádios Web no Japão? Por mais que a rádio seja
nova, menos de dois anos, hoje temos concorrência da Jovem Pan Japão,
Transamérica Japão e outras que começaram por lá. Nós da Rádio Fênix acreditamos
que tínhamos de apresentar ao público um diferencial da nossa rádio para as rádios
que estão no Dial. E a nossa estratégia foi investir na interação. O ouvinte interage na
programação 24 horas por dia. Isso não existe nem em rádio aberta. Algumas FM’s
deixam os ouvintes pedirem músicas, mas em determinados horários. Nós fazemos



                                                                                     31
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Projeto comunicar se

  • 1. Projeto Comunicar-se....Essa é a onda!!! Justificativa Os canais de comunicação sofrem constantes inovações, estando a Internet à frente das maiores mudanças. Hoje encontramos sites institucionais, empresariais, educacionais, pessoais e Blogs como fonte primária de informação para jornais importantes. Possibilitar que a comunidade escolar possa passar de expectadora dessas informações à produtora de informações, nos canais de comunicação é um trabalho que traz muitos benefícios à prática pedagógica enriquecendo a forma de aprender. Fazer isso de maneira Interativa, de forma a abrir as janelas do mundo para os educandos, criar possibilidades de comunicação com pessoas de locais geográficos diferentes, possibilitando aos educandos ampliarem sua visão de mundo, posicionar-se sobre diferentes assuntos e saber trabalhar com as críticas recebidas. Este projeto justifica-se portanto, na criação de um espaço de aprendizagem através da comunicação, promovendo e possibilitando junto aos educadores e educandos uma aprendizagem dinâmica, direta e contextualizada, bem como, na pesquisa e produção de uma programação de rádio com objetivos educacionais bem definidos e que principalmente levem à aprendizagem pela produção da programação com os recursos das TICs e da Web. Objetivos  Utilizar as Tecnologias da Informação e Comunicação para construir e disponibilizar produções dos alunos através de diferentes mídias;  Proporcionar ambiente para interação entre educandos e professores de diversas cidades;  Divulgar junto à comunidade escolar, em especial para professores, a viabilidade e as vantagens de se desenvolver projetos dessa natureza em escolas públicas;  Discutir questões de direitos autorias, copyright x copyleft, Creative commons; a fim de sensibilizar os alunos para a responsabilidade na disponibilização de material na Internet e outras mídias;  Aprimorar os conhecimentos dos alunos quanto às características da linguagem de rádio, em especial, da rádio novela;  Desenvolver nos alunos habilidades de pesquisa e investigação;  Estimular os alunos a realizarem ações, na comunidade em que vivem, sobre a temática do projeto.  Proporcionar o desenvolvimento de projetos de aprendizagem com alunos e professores, de forma interdisciplinar e contextualizada;  Elaborar estratégias de pesquisa e produção com professores e alunos de classes regulares com vistas ao trabalho interdisciplinar, baseados nos interesses e necessidades do grupo envolvido no "projeto rádio" para o desenvolvimento de suas potencialidades cognitivas.  Discutir e divulgar as produções/programações da rádio à comunidade com o intuito de construir estratégias de conscientização da comunidade escolar para a importância do Projeto.  Divulgar pela rádio e Internet (produção de PodCasts) projetos e produções dos alunos à comunidade 1
  • 2. Público Alvo Professores, alunos e gestores das Unidades Escolares que integram as Oficinas de Informática das Escolas de Tempo Integral da Diretoria de Ensino Região de Campinas Oeste. Procedimentos Metodológicos  Encontros mensais com participação dos professores na organização das atividades. Assessoria ao desenvolvimento do projeto em todas as etapas: pesquisa, estudo do tema e dos conteúdos e nas produções no laboratório de informática.  Realizar pesquisas na Internet e biblioteca com discussões posteriores entre os alunos e professores sobre temas como: tecnologia na sala de aula, direitos autorais, linguagem, rádio, ferramentas de comunicação e interação, desenvolvimento sustentável, meio ambiente e questões locais relacionadas ao tema; a fim de propor ações para desenvolvimento do projeto Radio Virtual (Novela).  Produzir com os alunos e professores envolvidos, com auxílio de computador e outras ferramentas, programas de rádio para disponibilizar na Internet e rádios locais. Criação de um Blog e inserção da descrição do projeto, registros dos participantes, disponibilizando a possibilidade de interação dos “expectadores” por meio de comentários no site.  Criação de um programa de podcast. Para sua criação, é necessário gravar comentários utilizando um microfone ligado ao computador e transformar este arquivo em mp3. Posteriormente pode-se colocar uma música de fundo e efeitos sonoros. Para isso, utilizaremos programas que permitem gravar qualquer som do computador, entre eles o Audacity - http://audacity.sourceforge.net. - desenvolvido sob licença Open Source e possibilita a criação, edição de som com uma qualidade profissional. Recursos Materiais  Acesso à Internet  Estação de Computador com kit multimídia  Cds  Microfones  Softwares free e livres, específicos para gravação e edição de podcasts. Cronograma de execução:  Reunião com equipe gestora da escola e supervisor responsável pelas Escolas de Tempo Integral, para planejamento das ações e divisão das tarefas, objetivando a apresentação e sensibilização dos responsáveis para a implantação do projeto;  Trabalho de sensibilização e estímulo junto aos alunos, visando ao engajamento destes no projeto;  Seleção dos professores e alunos que participarão das oficinas.  Pesquisa e elaboração do projeto; 2
  • 3. Contatos buscando colaboradores para o projeto.  Reunião de avaliação e replanejamento sempre que se fizer necessário durante todo o período letivo.  Acompanhamento do ATP Responsável pelo projeto, diretamente nas escolas, avaliando a qualidade da produção bem como os recursos técnicos pertinentes, auxiliando de forma direta o professor responsável pelo projeto na unidade escolar. Sugestões de Utilização Pedagógica  Realização de programas por alunos sobre determinado tema como se fosse um programa de rádio.  Criação de uma rádio novela com alunos.  Criar um mapa da cidade e gravar uma narração com curiosidades e história dos principais pontos turísticos, centros comerciais, oportunidades de estágios, escolas técnicas, universidades, praças e monumentos. .  Professores podem gravar um programa com curiosidades de suas disciplinas.  Trechos de filmes;  Apresentação do Projeto, diferentes tipos de canais de comunicação na Internet: Blogs, Flogs, Portais interativos, Orkut e Podcasts.  Temas que podem surgir: Ipodder Apple computers Compra de músicas pela Internet Importância dos Registros Super Exposição  Aprendendo a "postar" no Blog do projeto  Verificar se existem comentários no Blog do Projeto. Gravar (áudio) entrevistas com os alunos e professores para saber as expectativas quanto ao projeto. Começar a discutir ações para o formato do programa. Lei de Direitos autorais. Creative Commons  Ouvir o podcast criado com as entrevistas da aula passada. Começar produzir o primeiro podcast Avaliação Avaliar o conhecimento é um processo mais amplo do que a simples verificação por um único instrumento, devendo esta ocorrer de maneira continua, interdisciplinar, com abrangência na oralidade, produção de textos, raciocínio lógico, aplicando a prática escolar em situações do cotidiano. Cada item da avaliação deve ser apresentado anteriormente aos alunos para que estes tenham compreensão do processo. Neste projeto, podem ser avaliadas questões como atitudes de cada envolvido em relação ao grupo e a si mesmo enquanto aprendiz, bem como, o interesse demonstrado na aquisição e produção das atividades propostas e construídas pelo grupo, a distribuição e realização das tarefas de pesquisa, análise e conclusão. 3
  • 4. Referências Poucos equipamentos são necessários para montar um estúdio de rádio, que vai motivar a garotada a aprender uma nova linguagem. Bom dia, amigo ouvinte. São exatamente 9 horas. Começa agora mais um programa da Rádio Escola, com música e notícia para você." Uma programação como essa poderia animar o recreio na sua escola. Para isso, acredite, não é necessário um grande estúdio. Um kit básico (veja quadro) já é suficiente para a turma divertir os colegas no intervalo e aprender um bocado sobre esse meio de comunicação. "Os alunos passam a ver o rádio não só como uma forma de entretenimento, mas também como um prestador de serviços que forma opinião e informa," explica Miriam Ramos, professora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), de São Paulo. As funções que os estudantes envolvidos num projeto como esse têm a desempenhar são várias. "As pessoas, de modo geral, pensam que o locutor fala tudo de improviso", conta Miriam. Não é bem assim. A programação que vai ao ar é resultado do Jaqueline Teixeira, aluna da trabalho da equipe de produção. Marcar entrevistas, 7ª série, e Murilo Santos escolher as músicas e transformar o que está Silva, da 6ª, na Rádio Kruse: publicado nos jornais em notícia falada são algumas músicas e recados na hora das tarefas. Vale destacar o aprendizado com a do recreio linguagem empregada nos programas: ela tem de ser objetiva, rápida, dinâmica e popular. "No rádio, a fala é parecida com a nossa", lembra Miriam. O tempo é precioso Uma rádio que se presa precisa de um bom nome. Batizada a emissora da escola, o próximo passo é determinar o formato da programação. Serão noticiários, musicais, humorísticos? Em um programa de variedades de 15 minutos, por exemplo, podem ser reservados dois para as notícias, cinco para músicas e um para o intervalo comercial. Na segunda parte, entram uma entrevista de três minutos e um de prestação de serviço — com divulgação de eventos, achados e perdidos e recados. O tempo restante é preenchido com mais música. Para incrementar a produção, o ideal é criar algumas vinhetas. Uma com o nome da rádio e outras com os títulos dos diversos programas. A apresentação fica por conta de um casal. Vozes diferentes tornam a locução dinâmica. "Uma entrevista, por mais interessante que seja o personagem ouvido, não pode durar meia hora," orienta 4
  • 5. Miriam. "Para dar ritmo, uma saída é entremear conversa com música e falas de ouvintes." A Escola Estadual Dom Miguel Kruse, de São Paulo, montou o seu estúdio em 2002. O objetivo era substituir a correria típica da hora do recreio por músicas e notícias. Depois de fazer uma análise minuciosa de qualidade e preço, a direção comprou alguns aparelhos. No ano seguinte, os integrantes do grêmio estudantil, sob a supervisão dos coordenadores pedagógicos, assumiram a Rádio Kruse. Agora, todos os dias, na hora do intervalo, a garotada executa as músicas pedidas pelos demais estudantes, manda recados apaixonados e aproveita para divulgar os eventos da comunidade e os projetos da instituição. "O intervalo ficou mais agradável e tranqüilo", comemora a diretora Ângela Reis Lombardi. Linguagem radiofônica Os iniciantes no mundo do rádio vão entrar em contato com uma linguagem peculiar. Traduzimos aqui alguns dos jargões mais comuns e explicamos a função de cada recurso. Assinatura - É composta pelo nome e pelo slogan do programa. É veiculada no começo da programação ou no final de um bloco. Por exemplo, "Jornal Escola, notícias quentes sobre educação". BG - As iniciais vêm da palavra inglesa background, que significa fundo — no caso do rádio, feito pela música. A regra de utilização do BG é simples. Quando entra a fala do apresentador do programa ou do entrevistado, o volume da música abaixa para não competir com as vozes. Quando o tema do programa é alegre, músicas com ritmo acelerado podem ser colocadas de fundo. Já os mais sérios pedem uma trilha calma. Créditos - Relação com o nome de todos os que participaram da produção, da locução e da apresentação do programa. São lidos no final. Lauda - É uma folha de papel A4, onde consta a programação. O texto deve ser claro, sem rasuras e com um bom espaço entre as linhas. É digitada ou datilografada em letras maiúsculas para facilitar a leitura. Todos os participantes (locutor, apresentador, produtor e técnico de som) devem ter uma cópia. Spot - Pode ser um comercial ou uma mensagem institucional e tem a duração de 15 a 30 segundos. Os spots institucionais têm a função de chamar o ouvinte para a programação da rádio. Os dois tipos têm uma música instrumental de fundo e são sempre gravados. Um estúdio modelo "Para montar uma rádio, basta providenciar um microsystem com entrada para microfone e as caixas acústicas", garante Pedro Mourão, diretor da escola de música Domus. Para que o som chegue aos ouvintes, contrate um eletricista para cuidar da instalação. Esse profissional vai determinar a quantidade e os tipos de fios necessários e os melhores lugares para as caixas. A Escola Estadual Dom Miguel Kruse tem um 5
  • 6. equipamento mais completo. Confira quais os aparelhos adquiridos pela direção e os preços: Mesa de som e potência: As duas funcionam juntas. Nelas são conectados o microsystem, o microfone, os fones de ouvido e o radiogravador. Dependendo da quantidade de canais, admitem mais equipamentos, como toca-discos e toca-CD. Dali sai também a fiação para as caixas de som. Tanto uma mesa de oito canais quanto a potência custam entre 370 e 590 reais cada uma. Microsystem: É composto de toca-CDs, rádio e toca-fitas e possui uma entrada para microfone. Ele serve para reproduzir os sons e viabiliza a gravação em fita cassete do que não pode entrar ao vivo, como os spots e as vinhetas. Custa cerca de 800 reais. Fone de ouvido O fone de ouvido (cerca de 40 reais) dá o retorno do som que está sendo executado. Se o estúdio é longe do pátio, quem comanda a mesa tem de saber quando uma música termina para colocar a próxima. As caixas de som do microsystem podem substituí-lo se colocadas dentro do estúdio. Caixa acústica: Um sistema de alto-falantes instalado no pátio reproduz o que está sendo veiculado no estúdio. Um conjunto de quatro caixas de 100 watts é o ideal para um espaço onde cabem 100 pessoas. Cada uma custa cerca de 420 reais. Radiogravador: É um aparelho acessório. Seu uso é alternado com o do microsystem. Enquanto um é utilizado, é possível preparar a próxima fita ou o CD que será executado. Custa aproximadamente 250 reais. Microfone: Serve para captar as vozes e custa entre 80 e 110 reais. http://www.jornalvirtual.kit.net/radio.htm Revista: http://www.novaescola.com.br 6
  • 7. Manual de criação e produção de uma rádio on-line UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL – IMES CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – RÁDIO E TELEVISÃO JOSÉ ROBERTO DOS SANTOS Trabalho apresentado como parte do processo de certificação do curso de Rádio e TV do IMES. Orientador: Prof.º Ms. Moisés dos Santos INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo mostrar de maneira simplificada as etapas de montagem e estruturação de uma rádio web. Uma rádio web consiste numa emissora de áudio que utiliza a Internet para transmitir sua programação, similar ao que acontece no rádio que usamos no dia-a-dia, só que, no caso da rádio web, ele é integrado ao computador. Para entender melhor o que vem a ser este projeto, segue um breve histórico sobre cada veículo de comunicação. A definição mais apropriada para Internet é um sistema mundial de redes de computadores – uma junção de rede em que os usuários em qualquer lugar do mundo podem obter informações de qualquer outro computador ou de pessoas, conversando por meio de comunicadores, como Skype, MSN ou ICQ. O rádio, da forma que o conhecemos hoje, deve sua existência a alguns inventores do século 19 que decifraram seus segredos físicos para utilizar seus serviços no dia-a-dia. Entre eles se destacam: James Clerck Maxwell, que demonstrou a existência de ondas eletromagnéticas pela primeira vez em 1863; outro colaborador foi o alemão Henrich Rudolph Hertz, que, em 1887, demonstrou o Princípio da Propagação Radiofônica, quando passamos a conhecer as chamadas “ondas hertzianas”. Entre outros inventores estava também o brasileiro Landell de Moura, padre cientista nascido no Rio Grande do Sul, inventor de sistemas de telefonia com e sem fio, além de teses que previam a comunicação via satélite e os raios laser. Em 1904, Landell de Moura conseguiu, nos Estados Unidos, as patentes mundiais de três de seus inventos: telégrafo sem fio, telefone sem fio e o transmissor de ondas curtas. Mas a era do rádio só teve início em 1919, quando a empresa americana Westinghouse instalou no pátio da sua fábrica uma grande antena e passou a transmitir música dentro de uma pequena região, pois as ondas só alcançavam poucos quilômetros de distância. O intuito da empresa era desencalhar um grande estoque de aparelhos de rádios, sobras provenientes da Primeira Guerra Mundial que não foram usadas em combate. No Brasil, a primeira transmissão feita foi um discurso do presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, comemorando o centenário da Independência, em 7 de setembro de 1922. A empresa americana Westinghouse Eletric Co. instalou no Corcovado um transmissor para que o discurso fosse transmitido a partir da Praia Vermelha. 7
  • 8. O crescimento do rádio nos Estados Unidos se deu em alta velocidade –em 1921 eram quatro emissoras, mas, ao final de 1922, seriam computadas 382. A primeira estação de rádio brasileira foi criada por Henry Morize e Edgard Roquete Pinto, o último considerado o pai do rádio brasileiro por ter fundado, em 1923, a Rádio Clube do Rio de Janeiro. Ela funcionava como um clube, onde os sócios pagam mensalidades para utilizar os serviços. A curta história da Internet começa ainda nos tempos da Guerra Fria, como sistema de segurança. Os norte-americanos criaram um sistema que permitia a rápida transferência dos sistemas de controle para qualquer lugar do país, em caso de destruição de algum centro de pensamento, como o Pentágono. Esse sistema consiste em vários computadores interligados por uma rede de fios, permitindo a troca de informações entre várias partes do país. Mas, com o fim da Guerra Fria, os norte-americanos perceberam que não tinham mais motivos para manter em sigilo essa tecnologia e decidiram estendê-la para as universidades do país. Essa tecnologia passou, gradativamente, a outras universidades do mundo, criando a grande rede de computadores que conhecemos hoje, possibilitando conversas entre pessoas de qualquer lugar do planeta, transferindo arquivos de texto, imagens e sons. No Brasil, essa rede passou a ser mais conhecida após 1991, com a criação de sistemas de rede com o apoio do Ministério de Ciências e Tecnologia. Mas foi só em 1995 que a Internet passou a ter uso comercial, promovendo acesso às pessoas comuns, dentro de suas casas, o que só era permitido até então a universidades e a alguns órgãos públicos. Com base em toda a história de grandes descobertas e inventos, surgem as rádios via Internet, ou rádio web. Isso propiciou a universalização do rádio, sem os limites de ondas sonoras. Uma pessoa do Brasil pode ouvir uma rádio japonesa com qualidade de som como se estivesse no Japão e no mesmo tempo em que a notícia for divulgada lá, ela será ouvida aqui. Mas porque montar uma rádio na Internet? O principal motivo pode ser a chance de qualquer pessoa divulgar para o mundo as suas opiniões, seus gostos e suas vontades. Não que uma rádio web venha a ser instrumento de desabafo pessoal, como um diário ou um blog, mas é uma chance de pessoas que gostam de trabalhar em meios de comunicação apresentarem seus pontos de vista sem precisarem de autorização do governo ou de altos investimentos. Uma estrutura básica – como equipamentos para essa emissora (computadores, microfone, músicas e estúdio) e fontes de pesquisa, como jornais, revistas, acesso a sites e softwares para a manutenção do sistema – gera custos iniciais que podem assustar as pessoas, à medida que são contabilizados, mas não impede que alguém com vontade de seguir em frente consiga patrocinadores que possam, inclusive, gerar lucros para essa nova empresa. Existe também a possibilidade de encontrar alguns sites que produzem programas gratuitos para computadores, e que vão baratear os custos iniciais, funcionando como incentivo. Esses programas vão desde sistemas para execução de áudios, como músicas, trilhas ou vinhetas, até aqueles que vão ligar o estúdio onde o som é captado e que deixará os arquivos disponíveis para acesso ao vivo ou para acesso ao material gravado. 8
  • 9. A proposta desta pesquisa é apresentar de forma simples como criar e desenvolver uma rádio web, possibilitando a veiculação de informações de um ponto para outro com simplicidade e velocidade. CAPÍTULO 1 – RÁDIO WEB: ORIGEM E DESENVOLVIMENTO Neste capítulo será apresentada a forma como se deu o surgimento de cada meio de comunicação, como eles se uniram com o passar do tempo e a evolução da tecnologia. Será apresentado também o conceito de rádio na Internet e como ela se desenvolveu pelo mundo. 1.1 O Conceito de Rádio Web O conceito de rádio web surgiu com a possibilidade da fusão das tecnologias do rádio com a Internet. Essa fusão é baseada, normalmente, na estrutura de uma rádio (AM/FM) transmitindo notícias, músicas e entretenimento, só que agora com a possibilidade unir outras funções da Internet, como a publicação de notícias no site que já foram ditas pelo locutor. Também possibilita a publicação de fotos e anúncios escritos, propiciando mais uma fonte de obtenção de renda para uma rádio on-line. O que também chama a atenção é a forma de atingir diferentes públicos, pois o mesmo site pode transmitir várias rádios ao mesmo tempo, desde emissoras só de músicas, ainda assim divididas por estilo musical, até rádios especializadas em notícias, ou ainda misturadas, com músicas e notícias. Segundo Lowell Thing (2003: 503) site pode ser definido, basicamente, como “coleção de arquivos da web de um assunto particular, o que inclui um arquivo inicial chamado de homepage”. Resumindo, site é aquela página hospedada na rede de computadores em que as pessoas divulgam seus produtos ou serviços para aqueles que estiverem navegando na Internet. Outra grande vantagem de uma rádio na Internet é a possibilidade de escutar a sua música preferida ou notícias sobre a sua região de qualquer lugar do mundo, de uma lan house ou da casa de um amigo, bastando apenas digitar um endereço eletrônico e abrir o seu programa de execução de músicas. Outra vantagem é que se pode transmitir uma rádio a partir de casa, com programas de computadores simples e de uso diário, incluindo aquele microfone simples que já vem com o kit multimídia, até a montagem de um estúdio profissional, incluindo isolantes acústicos, microfones profissionais e locutores graduados. O conceito de rádio web é muito amplo, atingindo desde pequenos nichos até grandes massas, dependendo da direção que for dada à sua emissora. 1.2 A Rádio Web no Mundo Com o crescimento das redes de banda larga em todo o mundo, fazer transmissões de áudio via Internet tornou-se viável, considerando que agora é possível manter uma qualidade sonora similar ao de uma rádio FM, em alguns casos até melhor. Quando eram usadas redes dial-up, a taxa de transferência de arquivos era muito baixa, o que desencorajava o público de prestar atenção ao conteúdo disponível, não só pela má qualidade de áudio, mas também por causa das constantes quedas de conexão. 9
  • 10. Com a melhoria da qualidade das conexões, o número de emissoras aumentou significativamente. Isso propiciou a criação de alguns sites que servem como catálogo de rádios, indicando as diversas emissoras espalhadas pelo mundo, desde as AM/FM que retransmitem o sinal para grandes redes até as diversas emissoras virtuais que se espalham ao redor do planeta. O nível de profissionalização é tão grande, que as rádios são separadas por países e continentes e as brasileiras, por Estado. Visitando algumas dessas páginas é possível perceber que já existe uma grande preocupação estética na maioria dos sites produzidos, tanto em relação à parte gráfica quanto à qualidade sonora. Por qualidade sonora entenda-se a grade musical e a preocupação com músicas de alta qualidade sonora, além da plástica da emissora, que nada mais é que o cuidado com o uso de vinhetas e trilhas, preparadas de acordo com a vocação da rádio. A maioria conta com locutores divididos por horário, como ocorre em rádios tradicionais. Há, inclusive, algumas transmissoras que utilizam recursos da Internet, como chats e e-mails para aumentar o contato com os ouvintes, permitindo que a programação seja feita em tempo real, de acordo com o pedido feito por cada freqüentador da página. Mas esse novo veículo de comunicação não é composto apenas de novas empresas que desejam “aventurar-se” no ramo da comunicação. Grandes veículos, como a BBC de Londres (Figura 1) e o Sistema Globo de Rádio (Figura 2) disponibilizam em seus sites links para que seja possível acompanhar a programação pelo computador. Link é a definição para objeto selecionável de uma palavra, imagem ou objeto de informação para outro lugar. Representa um vínculo entre páginas da Internet. Pode incluir seqüências de som ou vídeo. Já há algum tempo que essas empresas utilizam a Internet como meio de interação com os ouvintes, recebendo via e-mail suas opiniões, sugestões ou reclamações, tanto para a mudança de algo que se relaciona com a emissora, quanto cobranças de melhorias de bens públicos – como escolas, hospitais, ruas, parques e praças. Uma prática muito difundida na Europa e que agora chega ao Brasil é a criação de várias emissoras segmentadas, todas dentro do mesmo site, ou portal. Entenda-se por portal uma grande página na qual é possível encontrar informações sobre diferentes assuntos no mesmo lugar. Exemplos de portais são o UOL [www.uol.com.br] e o Terra [www.terra.com.br]. Nem sempre o material transmitido é o mesmo que foi vinculado em seu sinal AM/FM, pois algumas empresas começam a enxergar as vantagens de atender os variados públicos, criando canais além dos existentes no modelo convencional. Há também a possibilidade de produção de emissoras de baixo custo, em que somente músicas são disponibilizadas para o internauta. O usuário entra com o nome do artista ou a faixa que procura e o sistema disponibiliza no ato o resultado da pesquisa, com a possibilidade de maiores informações sobre a faixa escolhida, como ficha técnica (autor, ano de gravação e nome do disco em que foi gravada) e um comparativo de preços entre os sites que comercializam essa obra. Em comum, todas essas emissoras abriram o leque para a comercialização de espaço publicitário, seja com a venda de espaço gráfico ou com a publicidade divulgada em cada emissora, lembrando que, em vez de vender para o grande público, a intenção é 10
  • 11. atender aos nichos de mercado, satisfazendo o gosto de uma minoria. O design da página será de grande utilidade para que aconteça o crescimento no número de visitas e, assim, se tornem possíveis a comercialização da página e a obtenção de receita. Cuidados com as cores, letras (formato e tamanho) e a distribuição de conteúdo por toda a área gráfica contam pontos para a conquista ou repulsa do usuário. Páginas com baixa poluição visual tendem a conquistar mais facilmente as pessoas, pois elas conseguem compreender com maior facilidade a mensagem que é passada, de maneira rápida e simples. Uma curiosidade que J.B. Pinho traz em seu livro é que na Internet as pessoas têm a tendência de perder a concentração com mais facilidade, se comparado com jornais, revista ou tevê. Por isso, a aparência e o conteúdo devem ser pensados com propriedade, pois se o usuário não passar do primeiro estágio, toda a sua preocupação com o áudio será em vão. CAPÍTULO 2 – LINGUAGEM: TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO NO RÁDIO E NA INTERNET Neste capítulo serão apresentadas as técnicas utilizadas no rádio e na Internet a fim de atrair a atenção do público (ouvinte ou internauta) para que utilize esses canais de comunicação como forma de adquirir informação e/ou entretenimento. Por fim, será sugerida uma linguagem apropriada para a rádio on-line, utilizando todos os recursos possíveis para atrair a atenção do público para esse novo veículo. 2.1 A Linguagem Usada no Meio Rádio O meio rádio teve seu início na metade do século passado, começando de maneira simples com relação à infra-estrutura, fato que mudou drasticamente na passagem do século 20 para o 21, quando houve uma grande evolução tecnológica, melhorando a qualidade das transmissões, facilitando o trabalho de produção e de todo o processo criativo. Com o passar do tempo, o rádio tornou-se o meio de comunicação mais popular no planeta, graças à sua praticidade de transporte e manuseio. O rádio pode ser utilizado dentro de casa, no carro, andando na rua, de dia ou à noite, independente de região ou língua. Segundo Robert McLeish (2001: 16), um dos grandes atrativos do rádio como meio de comunicação é o fato dele ser um meio cego. Isso porque o ouvinte precisa imaginar o que está acontecendo, seja o conteúdo passado pelo locutor, como uma notícia, uma entrevista ou um bate-papo com algum ouvinte pelo telefone. Aquele que está escutando acaba imaginando toda a situação que o locutor narra, desde como deve ser o profissional, fisicamente falando, até o local de algum fato descrito por ele. Essa é a grande vantagem desse meio. Trabalhar com o imaginário das pessoas é algo tão saudável quanto uma mãe que conta histórias para o seu filho quando ele vai dormir. Enquanto a televisão dispõe dos recursos visuais para ilustrar o seu conteúdo, o rádio é profícuo em criar cenas impensáveis na TV, usando apenas recursos sonoros que servem como guia para que as pessoas possam “visualizar” o que está sendo dito. Comparando com os jornais, o rádio sofre a desvantagem do cliente não escolher o que vai ouvir; ele segue a linha editorial preestabelecida e, segundo McLeish, apenas decide se vai ouvir ou se desligar do que é narrado. Por isso, o rádio requer um trabalho de preparação muito bem elaborado, para que ao chegar aos ouvidos das pessoas, chame a atenção e faça com que elas não mudem de emissora. É possível chamar a atenção do ouvinte com uma notícia com a forma como ela é lida. Uma certa dose de interpretação é interessante, levando em consideração alguns 11
  • 12. pontos, como entusiasmo, compaixão, raiva, dor e alegria. Independente da idade, sexo ou religião, o rádio permite uma aproximação dos profissionais com o seu público jamais vista em outro meio de comunicação. Muitos programas, tanto em AM quanto em FM, usam a interação como forma de chamar a atenção dos ouvintes para participar da sua programação. Na pauta muitas vezes estão piadas – algumas vezes sem graça –, espaço para o público pedir sua música ou aconselhamentos por parte de profissionais sobre alguns temas, como sexo e política ou área de trabalho. É essa interação que a rádio na Internet deve buscar. Atualmente, além dos recursos como carta e telefone, contam com e-mails e salas de bate-papo virtuais (chats) para manter ou incrementar a sua programação. Os limites municipais em que muitas rádios operam não serão mais problema para que a emissora conquiste público por todo o planeta. As rádios (AM/FM) possuem a característica de unificar diversos meios de comunicação em um só veiculo. Os produtores e jornalistas buscam inspiração nos outros meios – jornais, revistas, livros e até mesmo na TV – para colocar uma notícia no ar ou para produzir programas de entretenimento para o seu público. Se a chegada da Internet já foi um avanço como fonte de pesquisa, a integração dos dois pode chamar a atenção do público para encontrar diversas informações dentro da própria página da emissora. Imagine-se a situação: o locutor acaba de lançar um comentário no ar e discuti-lo por um determinado tempo com algum especialista no assunto e com os ouvintes, por meio de salas de bate-papo, e-mail e telefone. Quando essa discussão for encerrada, a pauta discutida pode ser lançada dentro do site da rádio on-line, com links que direcionarão a outras páginas relacionadas ao assunto, assim como se pode criar um fórum de discussão, no qual o público pode entrar e deixar o seu comentário, além de ouvir novamente toda a discussão, em arquivos para download. O download significa a transferência de dados ou arquivos entre computadores conectados à Internet. Geralmente acontece de um computador-servidor, que onde o público acessa as informações, para um computador menor, os computadores pessoais. Será possível integrar prestação de serviço público, entretenimento, músicas. Pessoas de regiões distintas podem sugerir como melhorar algumas áreas carentes, que já tenham passado por alguma situação semelhante à levada em pauta, lembrando sempre a queda de fronteiras das ondas sonoras. As motivações de um radialista que usar a Internet devem continuar as mesmas: informar, instruir, entreter, chocar, transformar, apresentar opções, entre outras. Cada profissional do meio deve descobrir qual é a sua maior vocação, mas não deve esquecer que, segundo McLeish (2001: 24), precisa manter uma ligação entre o ouvinte e o produtor. Uma emissora bem sucedida é mais do que a soma de seus programas; ela entende a natureza dessa amizade e seu papel de líder e prestador de serviços (McLEISH, 2001). Com essa citação, é possível compreender que a principal técnica para produzir uma rádio é conhecer o público. Saber quais são seus gostos e preferências é fator fundamental na hora de definir a linguagem e o estilo usados na emissora. 12
  • 13. 2.2 Linguagem na Internet Nesse pouco tempo de existência, a Internet evoluiu na forma de criar seu conteúdo. O visual das páginas na web deve ser elaborado com a mesma preocupação que for dedicada ao conteúdo, cativando o internauta a conhecer melhor o site visitado. De acordo com Luciana Moherdaui (2000: 34), “O jornalismo on-line não tem periodicidade, a sua dinâmica é determinada pelos acontecimentos que merecem ser noticiados”. Por jornalismo on-line entenda-se, nesse caso, a condição de estar atualmente conectado a um sistema de computadores ou telecomunicação. Dessa forma, o site não deve ser atualizado de qualquer maneira, só para chamar a atenção, mas com a preocupação de colocar informações que sejam atrativas e façam a diferença de uma página para outra. Para estabelecer a qualidade, é importante ter uma equipe para planejar as estratégias de criação e produção desse conteúdo, a fim de que essa página não seja mais uma dentre as milhares espalhadas pela rede. Patrick Linch e Sarah Horton apresentam, em seu livro Manual de estilo web, algumas técnicas para a produção de um site que possa competir comercialmente com os concorrentes. Os dois sugerem que sejam definidos os objetivos, que é a estipulação das metas e prazos para conclusão do projeto e também de suas etapas. Conhecer o público-alvo é outro fator importante, considerando que um adolescente tem uma maneira diferente de absorver informações, comparado a alguém de 30 anos. Definir a linguagem é um dos primeiros passos a serem dados para que a página tenha sucesso. Conhecer as características das pessoas que se pretende atingir também pode determinar a linguagem utilizada, pois dessa forma o internauta sentirá vontade de conhecer o que foi publicado. Visitar outras páginas que estão na rede servirá de inspiração na hora de montar o projeto. Essa pesquisa servirá como informação sobre as tendências que o mercado tecnológico oferece e que o público aprova, eliminando uma etapa – a de tentar descobrir qual o formato que mais chama a atenção das pessoas. Uma boa página é aquela que oferece seus serviços de maneira clara e rápida. Se o internauta precisar de muitos “cliques” para chegar onde deseja, possivelmente acabará desistindo da procura. É importante lembrar que a maioria dos usuários da Internet visita várias páginas ao mesmo tempo. Explicando melhor, as pessoas têm o hábito, incentivado pelas facilidades proporcionadas pelos instrumentos de busca da web, de pesquisar em vários sites ao mesmo tempo. Portanto, se a página não apresentar um resultado satisfatório, esse usuário pode encontrar a resposta em outra página. Como forma de estímulo, existe no Brasil o prêmio I-best [www.ibest.com.br], que elege os melhores sites da rede em duas categorias: voto popular e júri especializado. Essa premiação possui a categoria Rádio, em que emissoras de radiodifusão que têm seu conteúdo publicado na Internet concorrem a esse prêmio. O que se pode concluir visitando alguns desses sites é que o foco principal está na informação gráfica, cativando o ouvinte da rádio pelos olhos, fazendo com que este 13
  • 14. descubra tudo que a empresa tem a oferecer no seu dia-a-dia. Muitas disponibilizam links para que os internautas de outras cidades possam ouvir a rádio pelo computador. Três rádios que normalmente disputam esse prêmio são a Jovem Pan, a Rádio Mix e a Rádio 89 FM (Figura 3), todas de São Paulo. Essas emissoras possuem conteúdo publicado na Internet, de maneira fácil e atraente, sem que sejam necessários muitos cliques até encontrar o que se procura. A página principal, ou primeira tela, deve ser voltada para isso: direcionar o internauta para o assunto que ele procura. Assim, distribuir pequenos links pela tela facilitará a vida daquele que está em busca de informação, como, por exemplo, resultados de promoções, notícias ou cadastro para participar de programas da emissora. Em termos de audiência, os brasileiros estão cada vez mais usando a rede mundial de computadores. Segundo dados divulgados pelo site Folha On-line, em março de 2005 os brasileiros passaram 14 horas e 57 minutos na frente do computador. Em fevereiro foram 13 horas e 13 minutos e em janeiro, 14 horas e 35 minutos. O número de usuários ativos no mesmo período permaneceu em 11,03 milhões de pessoas. O tempo de navegação doméstica é gasto em páginas de e-mail e páginas de comunidades, como salas de bate-papo, blogs ou sites de relacionamento. O usuário passa em média 30% do tempo de navegação nesses assuntos. Em 2004, as páginas de comunidades representaram 19,5% do tempo total de navegação, e os e-mails foram responsáveis por 12,4%. Serviços financeiros respondem por 6,1%, enquanto que 3% foram gastos em sites de notícias. Por blog entenda-se um diário criado pelo usuário, atualizado constantemente e visitado por um público conhecido, como amigos, colegas de trabalho ou simplesmente pessoas que se conheceram na Internet. Eles geralmente representam a personalidade do autor ou do site em exibição. Porém, o autor é chamado de blogger. De acordo com Marcelo Coutinho Lima, diretor-executivo do Ibope Inteligência à época, “a Internet deixou de ser um meio de transmissão de conteúdo para tornar-se uma ferramenta de relacionamento social e comercial”. Essa declaração mostra que os usuários não estão interessados somente no que acontece no mundo financeiro ou político, mas sim voltados a si mesmos, procurando informações que os mantenham ligados no que acontece no mundo, como tendências de moda, estilos musicais ou relacionamentos afetivos. Procurando essa interação, a Apple criou o I-Tunes, sistema que permite aos usuários acessarem a distância os computadores de internautas que possuem as ferramentas e ouvir as músicas disponíveis nele. Dessa forma, qualquer computador poderia virar um servidor de música. Mas como a popularidade do sistema cresceu de forma inesperada, a Apple tenta barrar essas transferências com medo de problemas com as gravadoras, no que diz respeito a direitos autorais, e já soltou no mercado uma atualização que impede essas transferências. Um outro recurso que se tornou popular é o podcast. Basicamente essa tecnologia pode ser resumida como um diário de voz, ou audioblog. Usando um microfone e um I-Pod (Figura 4), é possível gravar fatos que ocorrem no seu dia-a-dia para serem escutados no futuro ou levar as músicas que estão no seu computador para qualquer lugar. 14
  • 15. Mas o que tem virado moda é a criação de programas de rádio para serem transmitidos por I-Pod. Como exemplo, Tim Bourquin criou o podcast EnduranceRadio, voltado ao público de esportes radicais. Esse programa já contou com o acesso de mais de 15 mil pessoas e o dono dessa “estação” declara que “uma programação como a minha não funciona no rádio tradicional”. Visitando alguns sites de busca e digitando a palavra podcast, esta lhe dará várias opções de acesso a páginas sobre o assunto, desde as que armazenam programas para outras pessoas acessarem até páginas que servem como guia – como é feito e divulgado o programa para que as pessoas possam encontrá-lo – ou ainda páginas apresentando informações sobre o funcionamento desse conteúdo. De acordo com reportagem de Guilherme Werneck, o ex-VJ da MTV norte-americana Adam Curry começou com essa febre de podcast no fim de 2004 e em maio de 2005 fechou contrato com uma rádio por satélite chamada Sirius, dos Estados Unidos, para a produção de um programa diário sobre esse assunto. Grandes rádios começam a pensar nessa febre e disponibilizam seus programas nesse formato, como a BBC de Londres. A Infinity Viacom também adaptará uma de suas emissoras em São Francisco para transmitir programas nesse formato. A tecnologia de produção desses programas é similar à produção para rádios convencionais. Porém, a qualidade do áudio deve ser reduzida para facilitar a transmissão dos dados pela rede. Geralmente o formato usado é o WAV ou MP3, com 256 Kbps (kilobites por segundo) de qualidade e sample rate de 44.100 kHz. Já para podcast, o formato mais usado é o MP3, com 64 Kbps e 22.050 kHz. Um programa de uma hora nesse formato pode ter 30 MB. Se fosse usado o formato das rádios, o arquivo seria maior, passando os 3.000 MB. Uma pesquisa feita pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) divulgada em 12 de maio de 2005 pelo site IDG Now (http://idgnow.uol.com.br/) mostra que 80% dos jovens com idade entre 14 e 16 anos ficam pelo menos duas horas por dia na Internet. Pela pesquisa, 68% dos jovens na mesma idade ouvem músicas no computador, mas apenas 45% ouvem rádio quando estão na Internet. No Brasil, esse número cai para 26% quando a pergunta é se ouve rádio “sempre” ou “freqüentemente”. Com esses resultados é possível entender que o público jovem não quer mais ficar preso a programadores de rádio que tocam as seqüências planejadas pelas regras comerciais e sim fazer sua própria programação. Como, então, fazer uma rádio na Internet que chame a atenção do público e faça com que ele ouça sua emissora? A Rádio Fênix (Figura 5) apresenta uma solução interessante para essa pergunta. Ela considera como seu público-alvo os brasileiros que estão no Japão e possibilita, por meio de e-mail e salas de bate-papo, que seus ouvintes internautas façam a programação, pedindo músicas diretamente para o locutor que estiver no horário. Para que a programação seja atraente e chame a atenção de quem está acessando a rádio, é importante criar uma grade de horários para que as pessoas não pensem que estão em um ambiente desestruturado e sem regras. 2.3 Modelos de Programação Uma rádio web pode seguir três linhas de estilo: a da informação, a do entretenimento ou uma híbrida, misturando diversão e notícias. Claro 15
  • 16. que isso vai depender da estrutura que se tem à disposição para engrandecer o projeto. Se a intenção é montar uma rádio de notícias, com jornalismo presente na maior parte do tempo, será preciso uma estrutura com jornalista(s), sonoplasta(s), motorista(s), além dos apresentadores, que devem ser imparciais, além de muito bem informados. Uma sugestão é formar parcerias com associações de bairro, de preferência que já possuam algum tipo de publicação, o conhecido “jornal do bairro”. Esses grupos são indicados por terem experiência na região e poderem colaborar com matérias e notícias. Além de publicá-las no jornal, podem usar a rádio e até a página na Internet para complementar as informações. Pode parecer contraditório, mas usar essa emissora para falar de uma determinada região é mais interessante do que fazer pesquisas de grande alcance. Para cobrir as informações do Estado em que se mora, do país ou de crises internacionais já existem as grandes redes de rádio (como Bandeirantes e CBN), os grandes canais de TV abertas e fechadas (Globo, CNN, Fox) e os sites (Reuters e agências internacionais), que, para quem está começando, supõe-se ser uma concorrência desleal. Falar da região onde está localizada a rádio é importante, pois sempre tem aquela rua que precisa ser asfaltada, o bar ou casa noturna que não respeita os horários de silêncio ou uma associação de artistas que ajuda pessoas necessitadas precisando de apoio e incentivo. A rádio web pode ser a voz dessa parcela significativa e é nesse momento que ela pode fazer sucesso. Munido de um gravador de voz (pode ser no formato K-7, MD ou digital) pode-se produzir matérias, colher entrevistas, depoimentos ou reclamações das pessoas. De posse desse material, a próxima etapa será passar para o computador e editá-la, com programas específicos que não sejam muito pesados (entenda-se por “pesados” programas para computador que ocupam muito espaço na memória para fazê-lo funcionar). Com esse material editado, resta torná-lo público, divulgando-o na rádio, que ainda pode contar com especialistas no assunto para complementar a informação. Lembrando que, ao editar uma matéria no formato de áudio, não é preciso ficar restrito às falas das pessoas. É possível complementá-las com o uso de músicas, de maneira que funcionem como trilha musical para o assunto tratado. No entanto, será importante ter em mãos uma autorização dos autores, para que o usuário e sua rádio fiquem protegidos perante a lei contra processos por uso indevido da obra de terceiros. Essas músicas não precisam ser de artistas conhecidos. Podem ser de grupos locais ou regionais, que as compuseram e não têm um veículo para divulgá-las. É importante para a empresa produzir uma escala com os horários de entrada de cada programa no ar, a fim de que a equipe possa se organizar para a entrega de todo o conteúdo a tempo de sua veiculação e também para que o ouvinte saiba com facilidade quando o seu programa preferido será exibido. Normalmente os programas são distribuídos em escalas de 30 minutos, os chamados blocos. Nada impede que se estenda um programa por mais tempo, chegando a uma ou duas horas. Mas essas pausas de meia hora são interessantes até para quem 16
  • 17. estiver escutando o sinal para relaxar, dar uma volta e voltar descansado para a continuação do programa. Criar uma planilha pode ajudar nessa distribuição de espaço, colocando de um lado os dias da semana e de outro os horários, como no modelo a seguir: DiaHorário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 07h00 Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local 07h30 Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte Esporte 08h00 Temático Temático Temático Temático Temático Educativo Educativo 10h00 Notícias Notícias Notícias Notícias Notícias Notícias Notícias 11h00 Diversos Diversos Diversos Diversos Diversos Diversos Diversos 16h30 Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Jornal Local Esporte Esporte 18h00 Especiais Especiais Especiais Especiais Especiais Cultura Cultura Este é um modelo de grade de programação meramente ilustrativo. Os horários dos programas e os temas devem se adaptar às necessidades da rádio e ao gosto do ouvinte. Sendo assim, deve-se conhecer a fundo o público, pois dessa forma a chance de errar será menor. Note-se que, aos fins de semana (sábado e domingo), é possível variar os programas com relação ao tema, uma vez que as pessoas preferem ouvir coisas mais amenas e tranqüilas para sair da rotina da semana. Não se deve esquecer de estipular os horários de intervalo para a divulgação dos comerciais de seus patrocinadores. Esse intervalo não deve passar de 4 minutos, tempo suficiente para a entrada de renda na rádio sem que o público se disperse do que estava sendo falado. Quanto maior o intervalo, maior a possibilidade dos ouvintes migrarem para outros veículos em busca de informação. Porém, se o interesse é divertir os ouvintes, a emissora deverá seguir um outro caminho. O uso de músicas é uma ferramenta que costuma relaxar as pessoas no dia- a-dia. Dentre os vários estilos musicais existentes, deve-se equilibrar os diversos estilos, de maneira que não espante um grupo por causa de outros. Robert McLeish (2001: 131) declara que “A música, como a locução, vem em parágrafos. Não faria sentido terminar uma fala que não fosse ao fim de uma sentença, e igualmente é errado fazer fade de modo arbitrário num número musical”. Isso mostra que as músicas de uma determinada seleção não devem ser jogadas de qualquer forma no ar, e sim trabalhadas de maneira a que a produção fique uniforme, sem pausas, descompassos ou “buracos” entre as músicas. Entenda-se por buracos os espaços sem nenhum tipo de áudio entre as músicas ou falas de um locutor. McLeish indica o uso do talk-over, que consiste em um locutor apresentar sua seqüência, ou terminar a sua apresentação, usando a introdução da primeira música de sua programação. O início dessa música não deve ter falas, e sim somente os instrumentos musicais tocando. Duas falas ao mesmo tempo confundem a atenção do ouvinte, que não saberá se deve se preocupar com o que o locutor está dizendo ou com a música que está sendo tocada. 17
  • 18. A construção de uma grade de programação também auxilia na produção musical de uma rádio. O modelo pode ser o usado para o jornalismo, apenas alterando o conteúdo, como no exemplo: DiaHorário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 07h00 Românticas Românticas Românticas Românticas Românticas Românticas Românticas 09h00 Pop Pop Pop Pop Pop Pop Pop 11h00 Bom Almoço Bom Almoço Bom Almoço Bom Almoço Bom Almoço Especial: A melhor banda Especial: A melhor banda 13h00 Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock Tarde Rock 16h00 Pop Pop Pop Pop Pop Reggae Time Reggae Time 18h00 As Mais Pedidas As Mais Pedidas As Mais Pedidas As Mais Pedidas As Mais Pedidas Arena de Rodeio Arena de Rodeio 19h00 Noite Sertaneja Noite Sertaneja Noite Sertaneja Noite Sertaneja Noite Sertaneja Balada Fest Balada Fest Os horários e os tipos de programas podem variar de acordo com a necessidade da rádio, mas vale lembrar algumas convenções pertinentes ao veículo. Durante a manhã, deve-se evitar músicas rápidas ou agressivas. Como a maioria das pessoas costuma acordar nesse período do dia, elas normalmente estão em um ritmo lento. É bom ter cuidado para não espantar o ouvinte. O horário do almoço pode seguir a dica da manhã. Muitas pessoas gostam de comer com tranqüilidade. Se a programação for produzida de um modo muito radical, pode assustar o ouvinte, fazendo com que ele procure algo mais relaxante. Também se deve evitar a transmissão de diálogos durante muitas horas do dia. Se a emissora é musical, deve transmitir músicas durante a maior parte do tempo. Claro que sempre se pode contar com alguns programas em que os ouvintes conversem com o apresentador e participem ativamente da rádio, mas um período muito longo de conversa pode afugentar a audiência. Nessa grade de programação elaborada como modelo na Figura 7, os programas são descritos por nome ou pelo estilo a ser seguido durante a sua exibição, como no detalhamento a seguir: 1. Românticas: como é de costume, as músicas desse segmento são tranqüilas, normalmente lentas, boa para o despertar das pessoas sem muitos atropelos, nem acelerando o ritmo de vida logo pela manhã. Pode ser um programa apenas musical, mas que permita abertura para que o locutor leia cartas ou e-mail dos ouvintes que desejam oferecer uma canção para alguém de seu interesse, ou ainda participação ao vivo, falando por telefone ou pelos serviços de voz, como Skype ou MSN do próprio computador. 2. Pop: essa é uma seqüência que sempre atrairá um grande número de ouvintes. Tocará essencialmente as músicas que estão nas paradas de sucesso, filmes, novelas, enfim, que “fazem a cabeça” do povo. Dependendo da maneira que a programação for elaborada, haverá abertura para tocar todo tipo de som, desde o rock até o pagode, passando pelo samba, sertanejo ou qualquer outro estilo. No entanto, as transições devem ser feitas com cuidado. 18
  • 19. 3. Bom Almoço: seria um programa de variedades, em que existe abertura para diferentes assuntos. Está situado na hora da segunda refeição mais importante do dia, permitindo que tenha um estilo mais calmo e tranqüilo, para quem busca relaxar e ter uma boa opção de diversão. Pode ter mais de um apresentador e convidados, produzindo um bate-papo leve e descontraído, também com a possibilidade de participação ativa dos ouvintes. Note-se que este programa foi colocado somente de segunda a sexta-feira por necessitar de um grande trabalho de produção, separando assuntos atuais e buscando convidados interessantes para o horário. De acordo com a preferência, pode ser apenas um horário musical, executando músicas que não comprometam o público na sua hora de descanso. 4. Tarde Rock: o horário da tarde é o melhor para tocar músicas pesadas. Entenda-se por “pesada” aquele tipo de música que usa seus instrumentos de forma bastante arrojada para a construção das melodias sonoras. Mas não se deve colocar apenas metal, hardcore ou qualquer estilo que atenda a apenas um nicho. Deve-se variar a montagem das músicas, para que atenda a todos os gostos sem menosprezar ninguém. 5. Pop: repete-se o tópico 2. Seqüências de sucesso são uma boa opção para se ter como coringa a fim de fazer uma transição na grade musical. 6. As Mais Pedidas: é o programa das músicas mais pedidas do dia pelo ouvinte. Deve- se contabilizar os números de pedidos por e-mail ou telefone (se possuir um número específico para os ouvintes). Mas deve-se tomar cuidado para não cair nos pedidos de familiares, que vão pedir músicas que os filhos tocam, mas que muitos não conhecem. 7. Noite Sertaneja: esse programa pode cativar o público do interior do país, que aprecia muito esse estilo musical. Segue a mesma intenção do tópico 1, já que esse tipo de música possui muitas vezes uma forma alegre e descontraída de ser executada, ou seja, uma opção para quem quer relaxar em boa companhia, com um toque romântico. 8. Especial – A melhor banda: esse programa segue a linha pop de execução. Seria sempre com uma grande banda de sucesso, de variados estilos musicais, contando a sua história e exibindo músicas que fazem o povo vibrar. É uma boa opção para os fins de semana, porque pode ser produzido, gravado e editado nos dias úteis, bastando apenas a sua execução no horário programado. A escolha do artista pode ser feita por votação realizada na página da rádio na Internet e apurada em real-time. 9. Reggae-Time: também é um exemplo de programa semanal. Por ser de conteúdo restrito para aqueles que admiram esse estilo musical, é bom não estender muito pela grade de programação, a fim de que o repertório não se esgote muito rápido nem os ouvintes que não gostam desse segmento da música se ausentem da rádio. Pode ser apresentado por especialistas no tema, como vocalistas de bandas (locais ou bandas famosas). É um espaço inclusive para as músicas que não entram normalmente na grade musical, os famosos “Lados”. Pode ser feito ao vivo, ou gravado durante a semana e reproduzido automaticamente no horário programado. 10. Arena de Rodeio: outro programa segmentado para um público em particular, aquele que gosta de sair para festas ou casas noturnas para dançar ao ritmo country ou sertanejo. Possui estilo alegre e cativante, ideal para começar a noite de sábado e de domingo, preparando aqueles que pretendem divertir-se no fim de semana. 19
  • 20. 11. Balada Fest: esse programa viria na seqüência do “Arena de Rodeio” por conter as mesmas características – dançante e alto-astral. Continuaria o clima de festa para o fim de semana, animando inclusive aqueles que não tem condições financeiras para sair ou preferem fazer a festa em sua própria casa. Essa grade de programação é apenas uma sugestão, cabendo ao produtor responsável a escolha dos programas e a decisão sobre o seu formato. Programas de humor podem ser incluídos na grade, em programetes de 2 a 3 minutos ou na forma que preferir. Outra opção de grade de programação é uma mistura do jornalismo com entretenimento. Balancear as informações do dia-a-dia com músicas ou quadros de humor é uma solução que pode baratear os custos de produção, sem perder o caráter informativo da rádio. Muitas emissoras jovens e conceituadas utilizam essa fórmula para informar sua audiência de uma forma mais leve e tranqüila, deixando a notícia com a cara que o ouvinte gosta. Nesse caso, conciliar a notícia com músicas que sigam o mesmo tema é uma boa estratégia para dar tempo a quem estiver ouvindo o jornal para pensar sobre o assunto e participar da discussão. Mas a produção não precisa deixar notas informativas para que o locutor leia ao fim de cada música. Criar programas com horários determinados para cada interesse ajudará a equipe a fazer um trabalho de qualidade. Veja-se o exemplo: Dia Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 06h00 Acorde com Notícias Acorde com Notícias Acorde com Notícias Acorde com Notícias Acorde com Notícias Músicas Músicas 08h00 Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas Tire suas Dúvidas Espaço Motor Espaço Motor 10h00 Chat Musical Chat Musical Chat Musical Chat Musical Chat Musical Esporte Esporte 14h00 Informa- Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa-Ação Informa- Ação 18h00 Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera Resumo da Ópera 20h00 Poliesportivo Poliesportivo Poliesportivo Poliesportivo Poliesportivo Música Música 21h00 Passo à Frente Passo à Frente Passo à Frente Passo à Frente Passo à Frente Chat Musical Chat Musical 1. Acorde com Notícias: é uma maneira de deixar o ouvinte informado com os principais acontecimentos do dia, intercalando músicas entre as informações, tomando o cuidado para não colocar músicas dissonantes do assunto apresentado. 2. Tire suas dúvidas: programa informativo, para que o ouvinte se informe de maneira detalhada sobre os assuntos apresentados no programa anterior. Outra opção é levar convidados ao estúdio, como médicos, professores ou qualquer profissional que preste consultoria para o internauta que estiver ouvindo a rádio. 3. Chat Musical: espaço para interação entre os ouvintes e o locutor do horário. A programação musical pode ser feita com o pedido dos ouvintes presentes na sala de bate-papo ou pelo envio de e-mails para o programa. O locutor pode ler as mensagens escritas pelos internautas, sugerir temas para discussão, enfim, produzir uma atração que seja interessante e participativa para o seu público. 20
  • 21. 4. Informa-Ação: programa de cultura que mostra exemplos de iniciativas bem- sucedidas de ajuda ao próximo. ONGs e institutos de apoio às pessoas que sejam o tema principal, com reportagens ou debates sobre como melhorar a situação de algum grupo que necessite de ajuda. Artistas que apóiem alguma iniciativa seriam de grande valor à divulgação do programa e da entidade. 5. Resumo da Ópera: horário reservado para um resumo dos principais fatos do dia, com espaço para a repercussão de todos os fatos importantes ocorridos ao longo do período. 6. Poliesportivo: em um país como o Brasil, deixar de falar de esporte e, principalmente, de futebol, é um grande desperdício. Mas o espaço deve ser dado àquela academia do bairro ou à equipe que precisa de patrocínio para aparecer e mostrar o seu potencial. 7. Passo à Frente: um plantão noturno de notícias que mostra os fatos que serão importantes no dia seguinte. Os principais temas ou o furo de reportagem divulgado em primeira mão pela emissora. 8. Espaço Motor: programa que fala sobre automobilismo e os principais lançamentos do mercado. 9. Esporte: os eventos esportivos costumam ter grande destaque nos fins de semana. Por isso esse horário deve ser usado para manter o público informado sobre os importantes acontecimentos do esporte. 10. Chat Musical: esse programa aparece em horário diferente aos fins de semana, como opção para quem não pode sair de casa, mas não quer ficar sem companhia. Seja qual for o estilo adotado pela rádio, é importante saber o que o internauta que acessa o site gostaria de encontrar. Quais músicas, notícias e linguagem lhe chamariam mais a atenção? Deve-se fazer sempre essas perguntas na hora de criar cada etapa da grade de programação e não ter receio de processar alterações quando elas forem necessárias. CAPÍTULO 3 – A IMPLANTAÇÃO DA RÁDIO WEB Neste capítulo será apresentada a parte técnica de uma rádio na Internet. Quais sistemas utilizar? Que tipo de computador é melhor para essa finalidade? Essas são algumas dúvidas que serão esclarecidas a partir de agora. 3.1 Equipamentos Necessários Toda empresa precisa de equipamentos, sejam eles simples ou sofisticados. Essa variação dependerá da capacidade do empreendedor de investir em tecnologia. Se o recurso financeiro for escasso, deve-se começar com uma infra-estrutura simples, utilizando apenas o necessário. Mas se o projeto possui um patrocinador, é melhor investir em equipamentos que darão melhores resultados em longo prazo, que não precisem de substituições a curto e médio prazo. 21
  • 22. Computadores, microfones, mesa de som, programas para conectar e operar o sistema pela Internet, servidores – todas essas dúvidas serão esclarecidas de uma maneira fácil de ser compreendida. Em entrevista realizada com Márcio Yonamine, coordenador da rádio web do Centro Cultural São Paulo, o equipamento mínimo necessário é um computador Pentium II com 400 MHz de velocidade, com placa de som e conjunto multimídia, composto de caixas de som e microfone. O professor de ciências da computação do Imes, Jairo Marciano, complementa essa informação indicando um disco rígido de 80 gigahertz de memória para o início dos trabalhos da rádio web. Ele ainda declara que: O que mudaria de uma estação de trabalho para um servidor é a segurança. Então, para começar, não é preciso gastar muito dinheiro. Mas com o passar do tempo é interessante para não correr o risco de invasão de hackers ou problemas com o equipamento. Nenhum dos dois recomenda o uso de servidores terceirizados. Para o professor Jairo Marciano, as limitações contratuais que essas empresas impõem não são favoráveis para quem pretende montar um site trabalhando em streaming. Nilson Massayoshi, diretor artístico da Rádio Fênix no Brasil, que utiliza estrutura similar a uma FM, declara: [...] Com dois computadores se consegue fazer um bom trabalho. Um seria o computador do ar e outro para a produção, usado para gravar, editar, criar roteiros, entre outras funções. Caso o locutor participe de chat com os ouvintes, será necessário mais um computador. Ele ainda sugere que o computador usado para tocar as músicas seja o mesmo que faz a transmissão pela Internet, reduzindo os custos de estruturação. Tanto a Rádio Fênix como a rádio web do Centro Cultural São Paulo utilizam servidores próprios. A primeira mantém sua estrutura no Japão e a segunda compartilha os servidores da USP, que, segundo Márcio Yonamine, “é a melhor rede do Brasil”. Essa seria a estrutura básica para transmissão de dados a partir do estúdio para o servidor, que, por sua vez, distribuiria as informações para os internautas interessados em ouvir essa rádio web. Deixando um pouco de lado os computadores e falando da estruturação do estúdio, alguns recursos serão importantes, como mesa de áudio, fones de ouvidos e microfones. A única exigência para o estúdio é que suas paredes sejam acusticamente isoladas. De acordo com o site da empresa Fibraben, [...] nas aplicações domésticas, conhecendo-se o material mais adequado às suas necessidades, não há necessidade de mão-de-obra especializada. Você contratará 22
  • 23. alguém para fazer um forro (para o teto) ou lambril (para as paredes), instalando o material isolante entre ele e a fonte por onde flui o ruído. Outro equipamento necessário é a mesa de áudio, que receberá diferentes fontes de áudio (CDs, MDs, vozes) e fará a mixagem, ou seja, controlará a forma como cada som será usado na produção. Em produções “caseiras”, o Mixer que vem instalado no Windows pode ajudar. Em um sistema profissional, uma mesa de 16 canais é recomendada. Cada canal serve como entrada de áudio. Fones de ouvidos e caixas de som também são necessários. As caixas de som servem para monitorar o que está sendo transmitido. Os fones de ouvidos serão usados quando o locutor falar ao vivo, pois se o locutor falar com as caixas de som ligadas, serão criadas microfonias, ruídos gerados pela realimentação de áudio no sistema. Para o locutor ser ouvido sem ruídos e interferências, devem-se usar microfones de qualidade, que não distorçam a sua voz. Para os iniciantes, os microfones que vêm junto com o computador serão uma forma de captar a voz. Mas para uma estrutura maior, equipamentos profissionais, como o microfone da marca Shure SM7, dará bons resultados. Hoje em dia a maioria das rádios em São Paulo dispõe de seu próprio acervo de músicas, trilhas e vinhetas em computadores, facilitando a operação do sonoplasta. Mas é bom ter reservado um aparelho de CD e de MD em caso de alguma pane. Esses seriam os principais equipamentos para realizar o projeto de uma rádio web. Claro que a cada dia a tecnologia se renova e é importante estar atualizado sobre todas as novidades no mercado. Esse poderá ser mais um diferencial de uma emissora de rádio na Internet em relação às concorrentes. 3.2 Sistemas e Serviços que Deverão Ser Utilizados Neste tópico serão sugeridos alguns programas de computador que poderão ser úteis na hora de montar e executar uma rádio web. Uma série de programas gratuitos está disponível na Internet em páginas como o Baixaki [www.baixaki.com.br] ou Super Downloads [www.superdownloads.com.br]. Será preciso também um acesso à Internet. A melhor opção é o uso de Internet Banda Larga, graças à sua capacidade de transmissão de dados em alta velocidade, se comparada à conexão telefônica. Primeiro deve-se contratar um serviço de conexão à Internet. Empresas como Vivax [www.vivax.com.br] e Ajato [www.ajato.com.br] dispõem em seus sites informações sobre os tipos de conexão, planos e serviços a serem contratados. Ambas oferecem conexão 24 horas com linhas telefônicas liberadas, ou seja, sem o uso do telefone. Para prestar seu serviço, a Vivax pede a configuração mínima de (as informações relacionadas às empresas prestadoras de serviço apresentadas na seqüência foram retiradas dos respectivos sites em 22/08/2005): - Windows e Linux: Pentium 100 MHz (para Windows, com sistema operacional Windows 95 ou superior ou Linux, com sistema operacional Conectiva 4.0, RedHat 6.1 ou Mandrake 7.0); - Macintosh: Power Macintosh ou Power PC com sistema operacional MAC OS 8.6 ou superior; - Espaço livre no disco rígido de 200 MB; - Memória RAM de 32 MB; - Placa de rede 10 base T com conector RJ45 (*); - Placa multimídia; - Placa de monitor com resolução SVGA. Já a empresa Ajato pede: - Processador Pentium 133 (desktop ou 23
  • 24. notebook) ou Macintosh (desktop ou notebook) com System 7.5 ou superior; - 32 MB de memória; - 15 MB de espaço disponível em disco; - Unidade de disco de 3.5"; - Protocolo TCP/IP instalado; - 01 placa de rede padrão Ethernet 10 Mbps no computador para conectar ao cable modem; - 01 placa de vídeo SVGA, XGA ou 8514/A Graphics Card; - Mouse; - Windows 95 ou superior. A Vivax oferece os seguintes planos: Produto Preço mensal (a partir de R$) VIVAX Empresarial 200 VIVAX Empresarial 350 VIVAX Empresarial 500 VIVAX Empresarial 650 Taxa de instalação 114,90 209,90 232,90 379,90 120,00 Figura 9: Valores referentes aos planos oferecidos e custo de sua utilização. A Ajato dispõe essas informações após contato ao serviço de atendimento ao cliente. Os valores citados referem-se aos planos para empresas. Mas ambas as prestadoras apresentam valores residenciais. Além da conexão, uma rádio web precisa de provedor de serviços, prestados por empresas como IG [www.ig.com.br], Terra [www.terra.com.br] e UOL [www.uol.com.br], entre outros. A assinatura do UOL varia de R$ 49,90 a R$ 114,90. Já o site Terra cobra pela assinatura mensal entre R$ 49,90 e R$ 199,00, de acordo com o plano escolhido. O IG cobra de R$ 59,90 a R$ 249,90 por seus serviços. Lembrando que os valores referenciados são para assinaturas empresariais na cidade de Santo André, no Estado de São Paulo, em 22/08/2005. O professor Jairo Marciano recomenda uma conexão banda larga de 512 K de velocidade. Isso permitiria o acesso inicial de 30 ouvintes simultaneamente. Como referência, a Rádio Fênix começou com uma conexão que permitia 40 acessos simultâneos e atualmente chega a registrar picos de acesso de 1.200 ouvintes simultâneos. Nilson Massayoshi declara: É preciso ter uma estrutura muito grande para suportar essa invasão simultânea. Cada vez que atingimos esse limite é preciso fazer um upgrade de mais linhas. Para completar a estrutura, alguns softwares serão de grande importância na realização do projeto. O primeiro deles seria o Encoder. Esse programa fará a conversão do sinal de áudio para a transmissão pela Internet. Esses programas estão disponíveis gratuitamente para download no site da Microsoft, que disponibiliza o Windows Media Encoder e o Shoutcast, que usa o Winamp agregado com plug-ins para a conversão desse sinal. Plug-ins são pequenos programas que auxiliam um software principal a executar determinadas funções. Também será necessário um software que execute as músicas. A Rádio Fênix utiliza o Pulsar, mas, segundo Nilson Massayoshi, existem programas gratuitos na Internet, como no site Winkochan[www.winkochan.com.br]. 24
  • 25. No caso da rádio web do Centro Cultural São Paulo, esse recurso não é utilizado, pois os internautas acessam o conteúdo da rádio no momento que for melhor. Não há programação ao vivo. Eles gravam os programas e os deixam disponíveis por tempo indeterminado no site, bastando um clique do internauta para ouvir o conteúdo. O professor Jairo Marciano recomenda o uso do Encoder da Microsoft, devido à sua grande popularidade, pois o programa que executa as músicas é instalado em conjunto com a plataforma Windows, presente na maioria dos computadores em todo o mundo. O Encoder do Windows Media possui uma tela de introdução que auto-configura o computador conforme o usuário vai inserindo as informações que são solicitadas para a transmissão de áudio pela Internet. O principal dado a ser informado é o número de IP da conexão com a Internet. Para descobrir esse valor, deve ser acessado o menu Iniciar, Programas, Acessórios e clique em Prompt de comando. Abrirá uma tela, em que basta digitar “ipconfig” (em letras minúsculas) para que o computador dê essa informação. Este é o número que os ouvintes deverão acessar para ouvir a rádio na Internet. É recomendado deixar o número de IP disponível no site para facilitar o acesso, usando softwares de edição de páginas da Internet. Para configurar o computador como o servidor da rádio web, deve-se abrir o Encoder, clicar em “broadcast a Live Evente”, e depois em OK. Na seqüência, selecionar a caixa ao lado da palavra “áudio” e apertar “avançar”. Na terceira tela de configuração do Encoder, deve-se selecionar “Pull from the encoder” e mais uma vez apertar “avançar”. Agora o assistente de configuração fará o reconhecimento automático do número de IP. Essa tela também possui um botão chamado “find free port”. Ele deve ser pressionado para que reconheça a porta na qual será feita a transmissão de dados. Então, deve-se ir novamente ao botão “avançar”. Agora é o momento de fazer a seleção da qualidade de áudio que pretende transmitir a rádio web. É recomendado usar a taxa de 24 Kbps ou 37 Kbps, por possuírem boa qualidade de áudio e ocuparem pouca banda de transmissão. Deve-se apertar mais uma vez o botão “avançar”. Na tela “Archive File’”, selecionar apenas a caixa e indicar o caminho para salvar o arquivo de transmissão se se desejar arquivar todo o conteúdo transmitido pela emissora. Então, deve-se clicar em “avançar”. Na tela “Display Information”, será dado o nome da rádio, nome do autor e as descrições sobre o conteúdo transmitido. Deve-se indicar as informações que forem interessantes e finalizar a configuração clicando no botão “Concluir”. Por fim, deve-se apertar o botão “Start enconding” e a emissora estará pronta para ser ouvida por qualquer internauta. Vale a dica de um site, o No-IP [www.no-ip.com], que disponibiliza um programa que atualiza o número de IP a cada vez que se realiza a conexão com a Internet. Isso porque a maioria dos servidores usa o sistema conhecido como IP dinâmico, que troca esse registro de acordo com a necessidade da conexão, dificultando a invasão de vírus e hackers no computador. 25
  • 26. A Microsoft fornece, junto com o pacote Office, o software FrontPage, uma ferramenta simples de usar, que não exige o conhecimento de códigos ou linguagens utilizadas por webmasters. Para aqueles que dominam a técnica de webdesign, programas de animação como o Flash e o Dreamweaver, ambos da Macromedia, ajudarão na criação de uma homepage sofisticada e atrativa. O número de IP não precisa estar descrito como o número que o computador indicou. É possível criar um hiperlink, ou seja, fazer com que uma palavra ou frase possibilite o acesso direto a uma página ou arquivo. Nesse caso, deve-se substituir o código “http://” pelo “mms://”. Dessa forma, em vez de o computador abrir uma página do navegador de Internet, ele executará o Windows Media Player, facilitando a conexão do internauta com a rádio web. Com essa configuração realizada, a rádio estará pronta para ser ouvida pelos internautas do mundo inteiro. Deve-se estar atento para a mudança do número do IP em caso de queda de conexão. É um dado que deve ser verificado e atualizado sempre que necessário. Assim a rádio na Internet estará sempre pronta para transmitir informação ou entretenimento para aqueles que buscam fontes alternativas de conhecimento. CONCLUSÃO A história mostra que as pessoas sempre buscam evoluir e vencer desafios. E essa superação sempre esteve aliada à descoberta e ao aprimoramento da tecnologia. Essa evolução tecnológica nos permite enviar e receber idéias, pensamentos e reflexões sobre os mais variados temas. E o que era limitado a ondas eletromagnéticas, com seu espaço físico controlado por concessões governamentais, agora encontra uma oportunidade de se expressar livremente pelos quatro cantos do planeta. A realização desse projeto mostra que é possível montar uma rádio web com estrutura variada, desde as mais simples, como uma emissora criada para entreter amigos e vizinhos, até empresas com estrutura profissional de transmissão. Vale ressaltar que o público acostumado a ouvir rádio tradicional precisa ser conquistado, pois somente migrará para um novo serviço se encontrar um diferencial, que basicamente seria a interatividade. Essa interatividade varia desde participar de programas para a conquista de prêmios até discutir assuntos relevantes e auxiliar na produção de conteúdo, opinando sobre o que é interessante para aqueles que pretendem usar uma rádio web como fonte de entretenimento ou informação. Claro que sempre existirão adversidades que possam inviabilizar um projeto, como custos ou falta de conhecimento técnico. Mas a tecnologia disponível na Internet, em sites de download e a possibilidade de esclarecer dúvidas com profissionais da área, via e-mail ou por comunicadores instantâneos como MSN ou Skype, serão ferramentas de apoio na efetivação da rádio web. 26
  • 27. Muitas pessoas são receosas quanto ao uso da Internet e de ferramentas on-line por acreditar que são altamente complexas. Na época do surgimento dos computadores, a tecnologia disponível restringia o conhecimento àqueles que dispunham de muitos anos de estudos sobre o tema. Hoje, no entanto, os softwares disponíveis para a construção de sistemas para redes de computadores buscam viabilizar o acesso para aqueles que não possuem amplo conhecimento técnico sobre a Internet. Fazer uma rádio na Internet não é difícil, mas requer bastante pesquisa, pois não se trata de apenas mais um único meio de comunicação, agora são dois – a rádio e a Internet. Conhecer o público, saber o que ele quer ouvir e como quer interagir é de vital importância, não só para uma rádio web, mas para qualquer conteúdo que seja pensado para obter lucro, pois somente com audiência os investidores vão considerar um projeto como uma oportunidade de negócios. Manter a parte gráfica da página atualizada com informações relevantes, desde notícias do dia-a-dia até a apresentação da equipe que faz a rádio web funcionar, é um atrativo de grande importância, pois a homepage será o cartão de visitas para que o internauta se torne um ouvinte. A tecnologia não se restringe ao uso da Internet. Empresas de tecnologia já estudam e planejam disponibilizar seu conteúdo em celulares, incluindo jogos, músicas e serviços bancários. A era do rádio digital também se aproxima, com algumas emissoras transmitindo seu sinal nesse novo sistema, como as rádios Eldorado, Jovem Pan, Bandeirantes, RBS e Sistema Globo de Rádio, em caráter de teste. Essa nova tecnologia aumenta a qualidade das transmissões, deixando a AM com qualidade de FM e a FM com qualidade de CD. Também permitirá o envio de textos que poderão ser lidos pelo display do rádio, ou ainda a criação de emissoras por assinaturas. Quanto maior a variedade de serviços disponíveis, maiores são as chances de uma emissora ser conhecido pelo público. Quanto mais fácil for o acesso, maior é a possibilidade de atrair os ouvintes para a programação. Interatividade, facilidade e estratégias bem planejadas. Com esses tópicos bem planejados, será mais fácil uma rádio web ter resultados favoráveis. Bibliografia Mídias impressas DOTTA, Silvia. Construção de sites. São Paulo: Global, 2000. EAGER, Bill. Por dentro da World Wide Web. São Paulo: Berkeley Brasil, 1995. GOMES, Alcides Tadeu. Telecomunicações, transmissão e recepção, AM e FM. 12.ed. São Paulo: Erica, 1985. LYNCH, Patrick J.; HORTON, Sarah. Manual de estilo web, principios de diseño básico para la creación de sitios Web. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2004. MOHERDAUI, Luciana. Guia do estilo web. Produção e edição de notícias on-line. São Paulo: Senac, 2000. MOURA, Leonardo de Souza. Como escrever na rede: Manual de conteúdo e redação na Internet. Rio de Janeiro: Record, 2002. PATTERSON, Jeff; MELCHER, Ryan. Áudio on the web: The official IUMA Guide. s.l.: Peachpit Press, 1998. PEREIRA, Luciano Iuri; SILVA, Rafael Rodrigues; MARANGONI, Reinaldo. Webjornalismo, uma reportagem sobre a prática do jornalismo on-line. 2.ed. Indaiatuba, SP: Rumograf, 2000. PERRY, Paul. Guia do desenvolvimento multimídia. São Paulo: Berkeley Brasil, 1994. PINHO, J.B. Jornalismo na Internet: Planejamento e produção de informação on-line. São Paulo: Summus, 2003. PRADO, Emilio. Estrutura 27
  • 28. da informação radiofônica. 2.ed. Vol. 31. São Paulo: Summus, 1989. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21.ed. (revista e ampliada). São Paulo: Cortez, 2000. THING, Lowell. Dicionário de tecnologia. São Paulo: Futura, 2003. Mídias eletrônicas BADÔ, Fernando. (2003) Veja sites para assistir a TVs e ouvir música. http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u13799.shtml. BOGO, Kellen Cristina. (2005) A história da Internet - Como tudo começou... http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=11&rv=Vivencia. http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u9782.shl. LOPES, Airton. (2003) Usuários retomam o streaming no iTunes. http://info.abril.com.br/aberto/infonews/062003/06062003-9.shl LUPINACCI, Heloisa Helena. (2002) Confira sites de rádios com notícias e músicas de todo o mundo. http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ ult124u11127.shtml. MANDL, Alexandre. (2004) Sites independentes desafiam gravadoras. http:// www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u15124.shtml. MORRIS, Charlie. (1999) Streaming Audio. http://wdvl.com/Multimedia/Sound/ Audio/streaming.html. RIBEIRO, Frederico. (2002) Ouça na rede a rádio que toca só o que você gosta. (1999) Nullsoft Shoutcast. [www.shoutcast.com]. (2002) Anunciantes querem audiência mais precisa na Web. http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u9240.shl (2002) Mais internautas se dispõem a pagar por conteúdo nos EUA. http://www.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u10623.shl. (2002) Receba áudio e vídeo direto da Internet e grave "streaming". http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u10358.shl. (2002) Use o PC para ouvir rádios on-line e ficar informado. http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u10357.shl (2002) WMNF 88.5 FM. http://www.wmnf.org/. (2003) Adolescentes trocam televisão e telefone por Internet. http://www1. folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u13495.shtm. (2003) Serviço põe programação de rádios ao vivo na Internet. http://www1. folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u13563.shtml. (2004) Blogue passa a utilizar sons para atrair internautas. http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u17526.shtml. (2004) Colocar sua rádio ou TV ao vivo na Internet. www.radios.com.br/ novo/criar2.htm. (2004) Internautas brasileiros superam americanos em tempo on-line. http:// www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u16018.shtml. (2004) Sites apostam em novos recursos de IM para manter audiência. http:// www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u15805.shtml. (2004) Sites oferecem coleções de músicas para relaxar. http://www1.folha. uol.com.br/folha/informatica/ult124u17032.shtml. (2005) “O RealPlayer Plus inclui o player básico e mais os seguintes recursos Premium”. http://www.realnetworks.com.br/. (2005) Brasileiros batem recorde no tempo de navegação na Internet. http:// www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18401.shtml. (2005) História do rádio. http://www.microfone.jor.br/historia.htm#aerado. (2005) História do rádio. http://www.radioclubecampobelo.com.br/historia _do_ radio.htm. (2005) Real Networks – Start Streaming. http://www.realnetworks.com /info/startstreaming.html. (2005) Windows Media encoder 9 series sdk. http://www.microsoft.com/ downloads/details.aspx?FamilyID=000a16f5-d62b-4303-bb22- f0c0861be25b&displaylan g=en&Hash=8PV9T64. ANEXO Entrevista 28
  • 29. Entrevistado: Nilson Massayoshi Ue Ti Empresa: Rádio Fênix Cargo: Diretor Artístico – Brasil Tempo de profissão: 6 anos em rádio – 2 anos e meio na Rádio Fênix 1. De onde veio à idéia de montar a rádio na Internet? O Japão não é desenvolvido “radiofonicamente” como aqui no Brasil. Então lá no Japão não tem uma rede de rádio como a Jovem Pan que consegue atingir todo o país via satélite. Sendo assim, a única forma de atingir o maior número de ouvintes é pela Internet, que é 10 vezes melhor que no Brasil. Falando do nosso público, os brasileiros que estão hoje no Japão eles são muito carentes, precisam de companhia e justamente a forma que eles encontram para se comunicar com os parentes é através da Internet. 2. O sinal que vocês transmitem aqui, lá é uma Fm? Não. Justamente por isso agente optou por fazer uma rádio pela Internet porque no Japão não existe uma rede de rádio. Nem se fosse uma rádio especificamente feita para japonês, ela não existiria na forma de rádio. Dial preenchido que nem agente tem aqui em São Paulo, você vai virando e tem várias rádios, metrópoles como Tóquio não tem. Fm no Japão não é explorada, daí a dificuldade de fazer uma rádio, de atender todo o público Dekassegui, desses brasileiros que estão lá. Por isso foi decidido que seria feito através da Internet. 3. Quais são as dificuldades de uma rádio ao vivo? Mais uma vez eu ressalvo ai para você que, a Internet foi uma opção de transmissão. Mas o intuito, a idéia da rádio foi ser rádio como é feito FM. Tanto é que a gente não perde em nada para nenhuma FM aberta. Aqui nós aplicamos o que sabemos de rádio. Nunca foi pensado em fazer uma rádio no automático, pra depois vir a fazer ao vivo. Começamos com a idéia de ser uma rádio 24 horas ao vivo desde o inicio. Posso te dizer inclusive que fomos pioneiros em fazer uma rádio, nos moldes do Fm, na Internet. A dificuldade maior são os custos. É um custo muito elevado para fazer isso. Eu sempre digo que o projeto da Rádio Fênix dá certo devido ao fato que a rádio sobrevive de anunciantes e nós fazemos uma rádio para um país desenvolvido, de primeiro mundo, onde a tecnologia na Internet é mais avençada do que a nossa. Os nossos anunciantes todos são do Japão, então o que para eles seria o valor de um anúncio razoavelmente barato, digamos assim, pra gente esse dinheiro vale 3 vezes mais. Na hora de negociar o comercial no Japão, negociamos em Iene, que será transformado em dólar. Eu não sei te dizer se caso eu tentasse fazer uma rádio para sobreviver de anúncios do Brasil se daria certo. 4. Qual a quantidade de brasileiros ouvindo a rádio, participando dela aqui no Brasil? No início, todo o departamento promocional, toda parte de divulgação, como outdoor e todo esse tipo de anúncio para divulgar a rádio sempre foram feitos no Japão. Até a metade do primeiro ano, nós sempre tivemos 75% de acessos de lá e o restante do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Portugal e por aí vai, sempre atingido os brasileiros em outros países. Hoje acontece um fenômeno que eu não entendia, que é a audiência no Brasil. Por mais que eu não divulgue, por mais que eu não faça nenhum tipo de propaganda aqui, o número de conexões é maior no Brasil, já passou o Japão. Eu tenho na escala o Brasil, com mais de 45%, Japão, Estados Unidos. Eu fiquei preocupado com isso. Pensei: será que estamos perdendo audiência no Japão? Conversando com Ricardo Sam, o coordenador, ele me deu uma resposta muito simples, no Brasil somos 17 milhões de pessoas, contra 280 mil brasileiros no Japão. Mesmo que eu atingisse toda a comunidade brasileira que está no Japão, uma porcentagem desse contingente que temos no Brasil bateria essa audiência. Graças aos brasileiros que estão no Japão, à rádio acabou virando um ponto de encontros entre aqueles que estão lá e os que ficaram. Isso ajudou no nosso crescimento sem nenhum tipo de divulgação aqui. 29
  • 30. 5. Apenas o conhecimento de técnicas de comunicação é suficiente para a produção da emissora ou é importante conhecer a parte técnica? Qual o elemento mais importante? É impossível um locutor de rádio ficar totalmente desplugado do que acontecem nesse mundo de Internet, conexões, porque quando ele senta lá para fazer o horário ele depende muito da informática. Além do mais que muitas rádios estão trocando os cd’s por computadores, MP3. Já tem esse lado que você não consegue ficar totalmente fora e aqui na Rádio Fênix, como o locutor precisa ficar logando o nome dele quando entra no ar, que automaticamente troca à foto no site, ele tem que monitorar se a conexão está em ordem. Dessa forma, o locutor precisa desse aprendizado. Agora para o pessoal da técnica, tivemos que inventar muitas coisas, para superar todas as quedas e problemas que possam acontecer. 6. Quantos funcionários são necessários para produzir a Rádio? Como nós somos uma rádio 24 horas no ar, a maior parte da nossa equipe é composta de locutores e apresentadores. São nove apresentadores, 10 locutores, dois produtores e uma pessoa na parte técnica. Para uma rádio funcionar, basicamente, dependerá da sua grade horária, considerando a quantidade de locutores necessários e o número de horas que a lei permite que ele esteja no ar, mais um ou dois produtores e uma pessoa para cuidar da parte técnica. 7. Quais os equipamentos necessários? O baixo custo são um dos fatores que auxiliaram na proliferação das rádios Web. Com dois computadores você consegue fazer um bom trabalho. Um que seria o computador do ar e outro para a produção, usado para gravar, editar, criar roteiros entre outras funções. Caso o locutor participe de Chat com os ouvintes, será necessário mais um computador. Você pode utilizar o computador que transmite para ser o mesmo que toca as músicas, por isso que eu resumiria em dois computadores, no mínimo. 8. Quais os softwares usados? São gratuitos, pagos? Porque dessa escolha? Para edição usamos o SoundForge e o Vegas. Para execução de música é usado um software de automação de rádio, no nosso caso usamos o Pulsar. Existe uma empresa que é do Paraná, chamada Winkochan (www.winkochan.com.br) que possui alguns programas gratuitos que pode ser usado na emissora de rádio web. 9. Como é a relação do público com a rádio? Nós optamos em não ser uma rádio direcionada para um público. Antigamente as rádios não tinham essa segmentação, era bem variado. Com o tempo foi que apareceu essa divisão, em jovem, sertanejo e dance e que até hoje funciona bem em rádio aberta. Só que nós buscamos um diferencial, se a pessoa tem o trabalho de nos ouvir pela Internet, nós temos que dar um retorno para ela, por ser fiel à marca “Fênix”. Só que esse ouvinte gosta de diferentes estilos musicais desde um Zezé di Camargo e Bruno e Marrone até um Hoobastank, Maroon 5. Gosta de Celine Dion. A Internet hoje é uma confidente e nós somos o companheiro dessas pessoas. O gosto do internauta pode variar de acordo com o humor no dia. E para se ter uma idéia, nós temos cerca de um milhão de acessos por mês no streaming, e o “roqueiro” ou “sertanejo” que conecta-se na Fênix respeita o espaço do outro e não reclama. Se ele quiser criticar, pode fazer na hora. Só que ele sabe respeitar e esperar, porque logo será tocada umaa música do gosto dele. 10. Qual a importância da home-page? Quais os cuidados na sua elaboração? O nosso pilar de sustentação sem dúvida é o site. Nós precisamos que as pessoas entrem no site, que tem que estar em sintonia com o que fazemos no ar. Ele tem que ser ágil, com informações, ser dinâmico e, principalmente, tendo um site descente você 30
  • 31. consegue os patrocinadores. A agilidade na atualização do site deve ser a mesma que aplicada pelos locutores no ar. 11. A Internet é uma opção para a quem espera por um espaço na freqüência digital? Algumas pessoas chegaram a declarar que a nossa estrutura, utilizando nossos recursos de interação, que estamos avançando para essa nova realidade, de uma rádio convencional virar uma rádio digital. Se você me perguntar se eu pretendo a vida inteira trabalhar em uma rádio web eu digo que talvez sim, mas, além disso, quero partir para esse lado de rádio digital. Hoje eu não abriria uma Fm, dependendo de concessão para entrar nesse mercado de Dial de São Paulo. Eu estaria voltado para rádio digital. 12. Qual a quantidade de ouvintes por conexão? Como é feita a conexão com o servidor? Nós temos um grande problema que é suportar os acessos simultâneos, o horário de pico. Quando começamos a rádio, tinhamos 40 ouvintes. Depois passou para 100, 200, 300. Hoje o nosso maior pico de acesso, no horário do Japão, chegamos a quase 1.200 acessos simultâneos, entre nove e 10 horas da noite, que é o horário que o pessoal chegou do trabalho e está acessando. É preciso ter uma estrutura muito grande, uma banda de conexão para suportar essa invasão simultânea. Cada vez que atingimos esse limite, é preciso fazer um upgrade de mais linhas. 13. Como é possível fazer essas alterações quando acontece o problema? Para isso é necessário contratar novas linhas, lá no Japão. A rádio funciona assim. Temos o estúdio, transmitindo o conteúdo em formato áudio, que entra no computador pelo Line In da placa de áudio. Nesse computador existe o Windows Media Encoder, que transforma esse som em dados e através desses dados vai navegando até o servidor. Se for fazer a rádio da sua casa, você vai encontrar o número de IP da sua linha de Internet e passar para os seus amigos. Mas por sua banda de conexão ser pequena, o número máximo de ouvintes simultâneos são 10. Se entrarem mais, todos deixam de ouvir a transmissão. A sua Internet não vai ter banda para permitir, por exemplo, em um sinal de 32K, que é razoável de audição, conseguir mandar para 10, porque isso vai virar 320, por isso que a sua Internet não vai agüentar. Para toda rádio web que existir no mundo vai funcionar assim. O nosso estúdio está ligado a um computador- mãe, ou computador-servidor, que foi preparado para agüentar todas essas conexões, sendo que o ouvinte vai se conectar nesse servidor, então, todas as atualizações, ou upgrade devem ser feitos nesse computador. Essa estrutura não muda (estrutura na rádio). Se fosse usar um serviço de hospedagem, que é pago por taxa de transferência, por exemplo, se alguém entra no seu site e baixa uma quantidade maior de conteúdo do que o previsto no seu contrato, você passa a pagar por conexões, que quanto maior o número de conexões, maior o valor cobrado no final do mês. Nós optamos por criar o nosso servidor em Tóquio, dedicado. Nós pagamos uma empresa para fazer a manutenção nesse equipamento. Isso evita que administradores de outras páginas que utilizassem o nosso servidor nos trouxessem algum tipo de dano. 14. Como é a concorrência entre as rádios Web no Japão? Por mais que a rádio seja nova, menos de dois anos, hoje temos concorrência da Jovem Pan Japão, Transamérica Japão e outras que começaram por lá. Nós da Rádio Fênix acreditamos que tínhamos de apresentar ao público um diferencial da nossa rádio para as rádios que estão no Dial. E a nossa estratégia foi investir na interação. O ouvinte interage na programação 24 horas por dia. Isso não existe nem em rádio aberta. Algumas FM’s deixam os ouvintes pedirem músicas, mas em determinados horários. Nós fazemos 31