1. REVELAÇÃO MUSICAL PARA 2013
Homem em Catarse é:
Poesia embrulhada em dedilhados atmosféricos;
Composição nas margens do Cávado por Afonso Dorido;
Produção de Paulo Miranda (conhecido por trabalhar com nomes como Old
Jerusalem, Legendary Tiger Man, Indignu ou Long Way to Alaska);
Participações especiais da violetista Margarida Faria e do artista Gobi Bear;
Gravação na Música Portuguesa A Gostar Dela Própria;
31 minutos de EP, em formato digital pela MimiRecords;
Encomendas do EP em formato físico em homem.em.catarse@gmail.com.
Homem em Catarse é isto e muito mais.
Uma das esperanças para a música nacional portuguesa, diz a Rádio Universidade de
Coimbra. Quem ousa discordar?
Alinhamento do EP homónimo:
1-Navarra 7:30
2-Pena d´água
3-Évora
4-Pois!Não sei
5-(não és) Açor
6-Catarina
7-Novo começo
2. T EMA A TEMA , NAS PALAVRAS DO CANT AUTOR
# 1 Navarra
É o tema que abre o Ep. Nasce de uma foto de um trajecto laboral de alguém que,
como muitos portugueses, teve de procurar emprego no estrangeiro. Tudo se passa
nos arredores de Pamplona, numa via rápida. As palavras estão nas cordas da
guitarra e a mensagem espalhada num espectro ambiental.
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# 2 Pena d’água
Este não é um tema de amor, mas tem amor dentro. Tudo nasceu num acaso (aliás
tudo o que genuinamente nasce, nasce assim), e tudo cresceu já em estúdio. O Paulo
Miranda, produtor do EP, falou-me que o delay da guitarra lhe fazia lembrar Durutti
Column. Foi uma óptima maneira de conhecer uma excelente banda. Porém, a mim o
tema sempre me lembrou (e nem sei porquê) a versão de “Sempre que o amor me
quiser” dos Linda Martini. Sabem de quem é o original desse tema? Talvez percebam o
título instantes depois…
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# 3 Évora (feat. Gobi Bear)
Em Julho de 2011 passei três dias em Évora. Adorei. Esses dias eternizaram-se em mim.
Parece que agora, há uma necessidade premente em lá regressar. Évora é especial e
muito. As madrugadas,
as pessoas, o “Luís”, as
ruas, as casas. A imagem
que se tem da cidade
quando se vem na
estrada de Beja é dos
retratos mais belos de
Portugal! Para mim, Évora
não é apenas uma
canção, é inspiração:
“ao amanhecer, ou
quando o acaso quiser”.
3. Em Setembro de 2012 tenho a felicidade de contactar com o grande Gobi Bear. Já no
final do ano, no “Mi casa es tu casa”, em Guimarães, percebi quão enorme é o seu
intimismo. Admiro muito o Diogo! Pelas excelentes criações, pelo seu talento e porque
é belíssima pessoa. Para mim é o futuro da Música Portuguesa. É um prazer enorme
contar com a sua preciosa participação e o resultado ser muito bonito.
Estes dias enquanto gravava para a MPAGDP, falou-se em tocar o tema na Capela
dos Ossos… Porque não?
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# 4 Pois! Não sei
Pois, nem sei… o que dizer. Era uma vez uma menina. Uma menina e um menino.
Foram felizes, mas não para sempre. Nunca nada é para sempre, porque o sempre
não tem início mas tem fim. Tudo tem um fim, convenhamos. E nunca seremos
obrigados a saber, um dos versículos da liberdade é mesmo esse. Dizer é fácil,
saber…Pois! Não sei.
O Paulo Miranda tem alta responsabilidade na produção deste tema. O trémolo
nasceu na sua mente tal como os arranjos de viola d´arco da Margarida Faria e…
incrível captação. Quase que me obrigou (sentido figurado) a incluir este tema no Ep;
julgo que se eu não o fizesse ele me obrigava a tocar um álbum duplo com
metrónomo, coisa com que abomino. Posteriormente, gente de bem disse-me que
cantarolar ao ouvido das pessoas é mais íntimo que penetrar no seu interior.
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# 5 (não és ) Açor
(DESCRIÇÃO DA AUTORIA DO GOBI BEAR)
Sabendo do seu trabalho com os indignu,
não podia rejeitar a proposta para participar
no seu disco. Quando ele mo enviou pela
primeira vez, ouvi-o de rajada e esta música
prendeu-se na minha memória: “É a minha
favorita”, contei-lhe. E agora vou tentar
fazer-lhe jus. A viagem começa com um
loop, que nos guia ao longo dos 7 minutos. A
percussão ensina o coração a bater e a
guitarra fá-lo sentir. A mensagem chega-nos
de todos os lados, com a voz ao comando e
os loops a viciar. O Homem quis crescer
demais e foi maior: a Catarse tem a forma
de um crescendo tão sufocante como
libertador, como em todo o bom pós-rock que o Homem respira. É a minha favorita.
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4. # 6 Catarina
Onde quer que sintamos, a vivência eterniza-se. No silêncio fecha-se os olhos; vemos
bem mais do que com eles abertos. Há tanto em nada se dizer, e tudo entender.
Chegar às profundezas de nós é sabermos o nosso limite e levitar é sempre melhor que
sentir a inércia da terra. Flutuar. Quando eu morrer que as cordas de uma guitarra
falem por mim.
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# 7 Novo começo
Um fim não é um fim em si mesmo. “É um novo começo sempre que algo acabar”. No
tema que encerra o EP, o Gobi Bear, juntamente comigo, volta a dar mais força e
clarividência às palavras; é um tema especial no qual o Paulo Miranda volta a ser
preponderante, sobretudo a nível de mistura. As flutuações e oscilações de tempo
descrevem na perfeição aquilo que o tempo é (no fundo): inconstante.