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Carta ao leitor
        Nesta edição da revista HMbio iremos abordar as características e
aspectos do Reino Plantae. Nosso objetivo é fazer com que você, caro
estudante, melhore seu conhecimento na área da botânica de uma maneira
sintetizada para que através dessas poucas páginas você possa adquirir o
conhecimento necessário para ENEM’s e vestibulares que você tem a
enfrentar.
    A empresa Hakuna Matata, que tem como foco “plantar o
conhecimento”, ao pensar em todos que colaboraram com essa ideia de
qualquer maneira que for, fica muito orgulhosa, pois o nosso principal
objetivo aqui foi alcançado, conseguimos plantar esse conhecimento em
cada um dos participantes.
      Gostaríamos de agradecer ao professor Gustavo Franthesco, que foi o
idealizador desse projeto, e que sem o apoio e ajuda dele aqui não
estaríamos, e a toda a equipe Hakuna que foi de uma união e
comprometimento inigualáveis e que sem essa iniciativa em conjunto, esta
revista não existiria.
       Tenho certeza que cada um ficou feliz com o resultado final, desse
projeto que parecia uma coisa tão difícil e surreal e que agora não só mais
uma ideia, mas sim uma realização.
      Mais uma vez obrigado e parabéns a todos!




                                                                              1
Nossa equipe



                                               Carolina Dutra
      Tamyres Meyer    Monique Goularte                                   Paula Honorato




    Caroline Soares      Thalyta Martins       Thais Furtado           Ligia Mannes




       Monique Anjos      Edilson Vieira                                   Bruna Freitas
                                                Karolili Alves




    Lorrayny Audrin          Larissa Quadros
                                                                   Professor:
                                                                 Gustavo Franthesco




2
Sumário
Origem e Classificação das plantas......................................................................................................4
Briófitas......................................................................................................................................................4
Pteridófitas................................................................................................................................................5
Gimnospermas. ..........................................................................................................................................5
Angiospermas.............................................................................................................................................6
Reprodução assexuada.............................................................................................................................8
A planta em desenvolvimento.................................................................................................................9
A planta em crescimento.........................................................................................................................9
Os tecidos primários das angiospermas..............................................................................................9
Epiderme.....................................................................................................................................................9
Tecidos fundamentais............................................................................................................................10
Os tecidos secundários das angiospermas........................................................................................10
Disposição dos tecidos nas raízes.......................................................................................................10
Estrutura secundária da raiz...............................................................................................................10
Estrutura primária do caule..................................................................................................................11
Estrutura secundária do caule..............................................................................................................11
Adaptações especiais do caule..............................................................................................................11
Morfologia da folha.................................................................................................................................11
Adaptações especiais das folhas.........................................................................................................12
Frutos e pseudofrutos...........................................................................................................................12
Disseminação das sementes e dos frutos..........................................................................................12
Absorção...................................................................................................................................................12
Condução da seiva bruta........................................................................................................................12
Condução da seiva elaborada................................................................................................................13
Transpiração.............................................................................................................................................13
Fotossíntese x Respiração....................................................................................................................13
Hormônios Vegetais................................................................................................................................14
Auxina .......................................................................................................................................................14
Outros fitormônios ................................................................................................................................14
Efeitos da Luz sobre o desenvolvimento da planta.........................................................................14
Questionário.............................................................................................................................................15
Bibliografia...............................................................................................................................................16




                                                                                                                                                                   3
Origem e Classificação das plantas
            As plantas são organismos eucariontes
    fotossintetizantes, multicelulares e com
    diferenciação de tecidos. O ramo da Biologia
    que estuda as plantas é a Botânica. Acredita-se
    que as plantas tenham surgido a partir de um
    grupo de algas verdes, pois existem várias
    características que as aproximam. Na passagem
    evolutiva das algas verdes para as plantas,
    surgiram algumas características que se mantém
    por seleção natural, pois se revelaram muito
    adaptativas à vida no ambiente terrestre,
    possibilitando a expansão das plantas nesse
    ambiente. Duas características que se destacam
    são:
    •Camada de células estéreis envolvendo e            Cladograma simplificado das plantas - Paula Honorato
    protegendo os gametângios.
    •Retenção de zigoto e dos estágios iniciais de
    desenvolvimento embrionário do gametângio
    feminino, conferindo grande proteção ao            BRIÓFITAS
    embrião.
                                                              As briófitas estão representadas pelos
    Tradicionalmente a planta tem sido dividida em     seguintes grupos:
    dois grandes grupos:                               •Hepáticas: gametófito de corpo achatado,
                                                       fixada ao solo por meio de rizóides.
    •Criptógamas: (cripto= escondido; gamae=
    gametas): plantas que possuem as estruturas
    produtoras de gametas pouco evidentes e se
    dividem em dois grupos, que são briófitas e
    pteridófitas.
    •Fanerógamas: (fanero= visível): plantas que
    possuem estruturas produtoras de gaetas bem
    visíveis. Todas desenvolvem sementes e por
    isso são também denominadas espermatófitas
    (sperma= semente).                                 •Antoceros: gametófito com corpo multilobado;
     São divididas também em dois outros grupos
    que são os das gimnospermas que possuem
    sementes, mas não formam frutos e
    angiospermas       que     possuem  sementes
    obrigatórias no interior de frutos.

            Todas as plantas apresentam ciclo de
    vida tipo haplonte-diplonte. Nesse tipo de ciclo
    há alternância de gerações, em que a geração
                                                        •Musgos: plantas que geralmente possuem,
    gametofítica se alterna com a esporofítica.
                                                       além dos rizóides, um eixo principal (caulóide)
            A geração gametofítica é formada por
                                                       de onde partem os filóides.
    indivíduos chamados gametófitos, que são
    haplóides     e     produzem     gametas     por
    diferenciação celular e não por meiose. A
    geração esporofítica é composta de indivíduos
    chamados esporófitos, que são diplóides e
    produzem esporos por meiose.
            Na evolução das plantas verifica-se,
    portanto, a redução da fase gametofítica e maior
    desenvolvimento da fase esporofítica.
4
Musgo Avridthc
        Nas briófitas a água absorvida pelos
rizóides é transportada de forma lenta pelo        •      Samambaias e avencas: São comuns
corpo, pois elas são avasculares, e é essa         em regiões tropicais. As folhas jovens das
característica que limita o tamanho dessas         avencas formam os báculos. Na face inferior, as
plantas, não ultrapassando de 20 centímetros de    folhas maduras apresentam os esporângios,
altura.                                            formadores de esporos, que ficam reunidos
        As briófitas ocorrem preferencialmente     formando os soros.
em ambientes úmidos e abrigados de luz direta,
dependendo da água para a reprodução sexuada       Os esporos são liberados e ao germinarem dão
seus gametas masculinos são flagelos, e os         origem ao gametófito. Em um mesmo prótalo
gametas femininos são chamados de oosfera e        desenvolvem-se gametângios femininos e
são imóveis.                                       masculinos. Depois da fecundação da oosfera,
        A fecundação ocorre por ocasião de         forma-se o embrião que dará origem ao
chuvas ou garoas, caindo no ápice de uma           esporófito, reiniciando o ciclo de vida.
planta feminina onde já existe água acumulada,
esses anterozóides nadam em direção da
oosfera, e ocorre a fecundação.




PTERIDÓFITAS

        As pteridófitas foram às primeiras
plantas vasculares, apresentando também,           GIMNOSPERMAS
tecidos de sustentação, o que permiu que se
mantivessem eretas. A existência de vasos                 A grande evolução neste grupo de
possibilitou o transporte rápido de água e sais    plantas foi o surgimento da semente. As
minerais até as folhas, e de seiva elaborada das   sementes destas plantas não estão protegidas
folhas para as demais partes da planta. Os         pelo fruto, como nas angiospermas, porém a
principais exemplos de pteridófitas são:           semente garante enorme proteção e alimentação
•       Lycopodium e Selaginella: as espécies      ao embrião.
Lycopodium vivem em regiões árticas e                     O grupo das gimnospermas atuais é
tropicais, e as Selaginella são comuns em          composto de quatro filos:
regiões áridas e semi-áridas. Neste caso, os
indivíduos permanecem em estado latente, só se     - Cycadophyta
reproduzindo quando há aumento na umidade
do ar ou em épocas de chuva.




                                                                                                     5
processo chama-se poliembrionia e ocorre em
    - Ginkgophyta                                    apenas um óvulo. Outro avanço das
                                                     gimnospermas é a independência de água para a
                                                     fecundação, pois surge o grão de pólen, que é o
                                                     gametófito masculino em desenvolvimento, que
                                                     se completa quando fecunda a oosfera. O
                                                     processo de dispersão do grão de pólen é
                                                     chamado de polinização. Quando o grão de
                                                     pólen encontra o arquegônio, um tubo polínico é
                                                     formado e depois se rompe, liberando
                                                     anterozóides multiflagelados que nadam até o
                                                     arquegônio fecundando a oosfera. A função do
                                                     tubo polínico é levar o gameta até a oosfera,
    - Conipherophyta                                 para que ele não dependa de água para a
                                                     fecundação.
                                                             A estrutura de reprodução é chamada de
                                                     estróbilo e há plantas monóicas e dióicas.

                                                     ANGIOSPERMAS

                                                             Nas      angiospermas   os   elementos
                                                     relacionados com a reprodução sexuada
                                                     encontram-se reunidos nas flores. As flores
                                                     completas são formadas por pedicelo ou
                                                     pedúnculo e um receptáculo, onde se inserem os
                                                     verticilos florais:
                                                     •Cálice: conjunto de sépalas, geralmente
                                                     verdes;
                                                     •Corola: conjunto de pétalas, que podem
                                                     apresentar várias crês;
    - Gnetophyta                                     •Androceu: formado pelos estames (constitui o
                                                     sistema reprodutor masculino);
                                                     •Gineceu: formado por um ou mais pistilos,
                                                     cada um constituído por uma ou mais folhas
                                                     férteis fundidas, chamadas capelo (constitui o
                                                     sistema reprodutor feminino).
                                                     •Estame: folha modificada em cuja extremidade
                                                     diferencia-se a antera, no interior da qual se
                                                     formam os grãos de pólen.
                                                             O conjunto cálice-corola é denominado
                                                     perianto.




            As gimnospermas possuem raízes, caule,
    folhas e sementes, mas não apresentam
    frutos.Os óvulos e as sementes de
    gimnospermas são expostos ao ambiente pelos
    esporofilos. A semente é o óvulo maduro
    portador de um embrião.
            As gimnospermas são heterosporadas e
    portadoras de megafilos.
    Diferente das outras plantas estudadas
    anteriormente, as gimnospermas produzem
    vários    arquegônios    com   oosferas     e,            Esquema de flor de angiosperma vista em corte.
    consequentemente, vários embriões podem ser
    formados, porem apenas um sobrevive. Esse
6
Quanto ao sistema reprodutor, há flores           Após a polinização, inicia se a
que apresentam apenas o androceu ou o              germinação do grão do pólen: forma-se o tubo
gineceu, sendo, portanto, flores masculinas ou     polínico, que leva até o gametófito feminino
flores femininas, respectivamente. A maioria       duas células espermáticas. Uma delas unem-se á
delas, entretanto, possui androceu e gineceu,      oosfera, formado o zigoto que, por várias
mas nelas geralmente se desenvolvem                divisões mitóticas, dá origem ao embrião. A
mecanismos que dificultam a autofecundação.        outra une-se a dois núcleos n do gametófito
        Ao contrário do que ocorre com o pólen     feminino (núcleos polares) que antes da
das gimnospermas, que só podem ser                 fecundação já se uniram, dando um só núcleo
transportados pelo vento, o das angiospermas       2n. Na fecundação, forma-se um núcleo 3n, que
podem também serem transportados por               dará origem a um tecido nutritivo chamando
animais, dependendo da espécie da planta.          endospermas. Fala-se então em dupla
        Nas espécies em que a polinização é        fecundação, uma característica exclusiva das
feita pelo vento, as flores apresentam estigmas    angiospermas.




plumosos e são em geral pouco vistosas.                    Após a fecundação óvulo, á medida que
Entretanto quando apresentam polinização por       se desenvolve para se transformar em semente,
animais, geralmente por insetos, aves e            perde água e seus envoltórios tornam-se menos
morcegos, as flores são vistosas ou apresentam     permeáveis a água. Assim a semente nada mais
odor característico o que atrai os animais.        é que o óvulo desenvolvido após a fecundação.
        As flores geralmente possuem nectários,    Em algumas angiospermas, o endosperma é
estruturas que produzem o néctar, um líquido       digerido pelo embrião antes de entrar em
nutritivo que serve de alimento para insetos e     dormência. O endosperma digerido é transferido
pássaros. Ao se alimentarem do néctar, esse        e armazenado geralmente nos cotilédones,
animais acabam atuando como elementos              folhas embrionárias que se tornam, assim, ricas
polinizadores.                                     em reservas nutritivas. Isso ocorre, por exemplo,
        O pistilo, ou carpelo, é formado por uma   em feijões, ervilhas e amendoins.
ou mais folhas modificadas, que se fundem                  Á medida que a semente se forma, a
dando origem a duas partes:                        parede do ovário também se desenvolve, dando
•Uma porção basal dilatada, denominada ovário,     origem ao fruto. Este é formado, portanto, pelo
que contem o óvulo, no qual se desenvolve o        desenvolvimento do ovário.
gametófito feminino que forma a oosfera                    Ao germinar, a semente dá origem á
(gameta feminino).                                 planta jovem, (plântula), que por sua vez origina
•Uma porção alongada, denominada estilete,         a planta adulta.
cujo ápice é o estigma.
                                                                                                       7
A proteção oferecida pelos frutos ás        do reino, fruta do conde, papo de peru, louro e
    semente favoreceu muito a dispersão destas, a       canela, dentre outras. Dicotiledôneas com pólen
    ponto de tornar as angiospermas as plantas mais     distinto destas com características mencionadas
    abundantes em número de espécies. Elas              na tabela são chamadas eudicotiledôneas.
    ocorrem em ampla diversidade de habitats,
    existindo dede espécies adaptadas a ambientes       Reprodução assexuada
    áridos, como os cactos.
            As angiospermas são dividas em dois                 Além da reprodução sexuada, as plantas
    grandes      grupos:     monocotiledôneas       e   podem apresentar reprodução assexuada, sendo
    dicotiledôneas. A característica que dá nome a      a forma mais comum a propagação vegetativa.
    esses grupos é o numero de cotilédones              Essa forma de reprodução ocorre principalmente
    presentes na semente: as monocotilédones            a partir de caules, pois eles apresentam botões
    possuem um cotilédone na semente e as               vegetativos ou gemas, que podem formar raizes
    dicotiledôneas possuem dois cotilédones.            e toda uma planta.
            Além do número de cotilédones, há                   Conhecendo as formas naturais de
    outras características que permitem distinguir as   reprodução das plantas, vários mecanismos de
    monocotiledôneas das dicotiledôneas. É o que        propagação vegetativa já foram desenvolvidos
    mostra resumidamente o quadro na abaixo:            pelo ser humano, dos quais os mais utilizados




                                                        são: estaquia, mergulhia, alporquia e enxertia.
            Atualmente tem se considerado um                    A enxertia é o modo mais utilizado. Essa
    terceiro grupo de angiospermas: um grupo mais       técnica é vantajosa por vários motivos, dos
    basal de plantas com dois cotilédones. Elas têm     quais se destacam os seguintes:
    algumas características que compartilham com        * o desenvolvimento mais rápido;
    as monocotiledôneas, como o tipo de pólen e,        *podem-se selecionar plantas com raizes
    geralmente, flores trímeras (compostas por três     resistentes a certas doenças e utiliza-las como
    elementos). Essas plantas estão representadas       cavalo. Com isso, a reprodução vegetativa de
    por vitória-régia, abacateiro, magnólia, pimenta
8
espécies sensiveis a essas doenças torna-se mais    - A zona meristemática das raízes é protegida
eficiente.                                         pela coifa ( estrutura com aspecto de capuz e
        Uma técnica cada vez mais utilizada é a    formada por células vivas)
da propagação vegetativa por cultura de tecidos.    - A seguir, existe a zona lisa: células formadas
Qualquer célula nucleada da planta que não         na zona anterior depois a zona pilífera: onde se
esteja envolta por parede celular espessa é        encontra os pelos absorventes (onde ocorre a
potencialmente capaz de regenerar um               absorção de água e nutrientes), depois da zona
organismo inteiro.                                 pilífera não consta aumento do comprimento da
        Nesses meios de cultura são adicionadas    raiz.
substâncias nutritivas e hormônios vegetais        Seguindo observando uma planta, encontramos
responsáveis pelo crescimento e pela               em seguida a zona de ramificações onde surgem
diferenciação das plantas.                         as raízes laterais.
        Atualmente tem sido possivel modificar
o material genetico de interesse comercial por
meio de técnicas especiais que integram a
chamada Engenharia genética. Nesses casos,
introduzem-se nas células das plantas trechos da
molécula DNA de outros organismos, como
bactérias. Esses trechos são incorporados ao
DNA da planta, que fica alterada geneticamente:
são as plantas transgenicas.
        Os segmentos de DNA introduzidos nas
plantas são escolhidos visando desenvolver
novas caracteristicas que tragam algum
beneficio para o cultivo comercial dessas
plantas.
        A produção dessas plantas tem
provocado muitas discussões, pois isso gera
riscos que podem causar algum mal ao ser
humano e ao meio ambiente.
                                                           No caule não há coifa e o meristema
A planta em desenvolvimento                        apical (gema apical) é muitas vezes protegido
                                                   por folhas. A região do caule de onde partem as
     Um dos fatores que concorrem para a           folhas e as gemas axilares é denominada nó.
germinação é à entrada de água na semente, (por           Gradualmente ocorre alongamento das
um processo físico denominado embebição)           células entre dois nós consecutivos que ficam
promovendo assim o aumento do volume da            separados por uma região caulinar denominada
semente e o rompimento do seu tegumento.           entrenó.
Assim, o embrião cresce e a primeira parte de             Devido ao alongamento das células dos
seu corpo que emerge é a radícula (raiz), a        entrenós que ocorre o crescimento em
seguir emergem o caulículo (caule) e as folhas.    comprimento do caule, chamado crescimento
    Quando a planta esta se desenvolvendo, ela     primário.
consome reservas contidas na semente e ao
mesmo temo em que novas folhas se formam e          Os tecidos primários das angiospermas
começam a fazer fotossíntese.
    A planta jovem absorve água e saia                   A partir dos meristemas apicais formam-se
minerais do solo e com suas folhas sintetizando    os meristemas primários, que são a protoderme,
alimento.                                          o maristema fundamental e o prócambio.
                                                         O meristema fundamental dá origem aos
A planta em crescimento                            tecidos fundamentais da planta representados
                                                   basicamente      pelos    parênquimas,     pelo
     O crescimento da planta depende da            colênquima e esclerênquima.
atividade dos meristemas apicais:
 - Células pequenas, não especializadas e com      Epiderme
pares delgados.
 - A atividade mitótica é intensa, aumento o           É geralmente uni estratificada, formada por
numero de células.                                 células justaposta, achatadas, aclorofiladas e
                                                   com grande vacúolo.
                                                                                                       9
Na superfície exterma pode haver               Os tecidos secundários das angiospermas
  deposição de cutina ou cera, que são substancias
  impermeabilizantes.       Diferenciam-se      na           A maioria das dicotiledôneas, e as
  epiderme estruturas como estômatos, tricomas,       gimnospermas apresentam além do crescimento
  pelo e acúleos.                                     primário, o crescimento secundário, em
       Cada estômato é formado por duas células       espessura e decorrente da atividade de câmbios.
  clorofiladas que se dispõem de modo a deixar        Nessas plantas surgem outros tecidos que estão
  entre elas uma abertura denominada ostíolo.         relacionados com o crescimento do organismo
  Essas células podem abrir e fechar o ostíolo,       em espessura.
  controlando a transpiração e as trocas gasosas              O que da origem ao xilema e ao floema
  entre a planta e o ambiente.                        secundários é o procambio que permanece como
       Os ticomas são estruturas especializadas       tecido meristemático (formado por uma única
  contra a perda de água por excesso de               camada de células) entre o xilema e o floema
  transpiração, ocorrendo em plantas de clima         passando a constituir o cambio fascicular ou
  quente.                                             vascular.
  os pelos ocorrem na epiderme da raiz sendo                 Algumas células parenquimáticas adultas
  responsáveis pela absorção de água e de sais        sofrem diferenciação, transformando-se em
  minerais do solo.                                   células meristemáticas. Estas formaram os
       Os acules estruturas pontiagudas com           chamados         meristemas         secundários,
  função de proteção da planta contra predadores      representados assim por: felogênio ou cambio
  são frequentemente confundidos com espinhos.        de casca e cambio interfascular (este forma o
                                                      xilema e o floema secundários).
  Tecidos fundamentais                                       Os tecidos formados pelos câmbios
                                                      fascivascular e intervascular e pelo felogênio
   - Parênquimas- são tecidos formados por            (cambio de casca) são considerados tecidos
  células vivas com parede celular delgada.           diferenciados secundários.
   - Colênquima- é um tecido de sustentação da
  planta formado por células vivas geralmente         Disposição dos tecidos nas raízes
  alongadas e com paredes espessadas.
   - Esclerênquima- é um tecido de sustentação da             Observando cortes travessais a de uma
  planta formado por células mortas e com parede      raiz podemos ver que:
  celular espessada.                                   - Nas monocotiledôneas o padrão mais comum
  - Tecidos Vasculares: O xilema ou lenho é o         apresenta no centro o parênquima medular ou o
  tecido responsável pelo transporte de água e sais   esclerênquima e ao redor o xilema alterando-se
  minerais (seiva bruta). Enquanto o floema ou        om floema.
  líber é um tecido condutor de substancias            - Nas dicotiledôneas o padrão mais comum
  orgânicas derivadas da fotossíntese (seiva          corresponde ao xilema no centro e estendendo-
  elaborada).                                         se em direção a porção do cilindro central mais
          Tanto no xilema quanto no floema tem        próxima ao córtex os feixes do floema alternam-
  vários tipos de células que podem ser originarias   se com as projeções do xilema.
  de meristemas primários ou secundários. As           - Entre o xilema e o floema das dicotiledôneas
  estruturas mais características e responsáveis      existe o cambio fascicular, geralmente ausente
  pelo transporte de seiva bruta no xilema são os     nas raízes de monocotiledôneas. A presença do
  elementos de vaso e traqueides. São células que     cambio na raiz propicia o crescimento de sua
  durante a maturação passam a apresentar             espessura.
  reforços de lignina e perdem seu protoplasma,               Ao redor dessa estrutura vascular central
  tornando-se células mortas. As estruturas mais      existe o periciclo, tecido originado por
  características do floema e responsáveis pelo       procambio e a partir do qual se desenvolvem as
  transporte de seiva elaborada são os elementos      raízes laterais secundarias.
  tubos crivados formados por células vivas,
  apesar de não apresentarem núcleo. Os               Estrutura secundária da raiz
  elementos de tubos crivados estão associados a
  células vivas, com núcleo, chamadas células             Raízes de dicotiledôneas podem apresentar
  companheiras. Elas contribuem para a                crescimento secundário em decorrência da
  sobrevivência      dos     elementos    crivados    atividade do cambio vascular no cilindro
  anucleados.                                         central, formando xilema e floema secundários e
                                                      do felogênio formando a epiderme.

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Estrutura primária do caule                         *Cladódio: caule aéreo modificado com função
                                                    fotossintetizante ou de reserva de água. Ocorre
        Analisando cortes feitos transversais de    em certas plantas que vivem em regiões com
caules, podemos ver que no caule de                 escassez de água. Um exemplo é o cacto, cujo
dicotiledôneas os feixes vasculares dispõem-se      caule é sempre verde e apresenta folhas
formando um circulo ao redor da medula, nas         atrofiadas, transformadas em espinhos, o que
monocotiledôneas esses feixes encontram-se          reduz a perda de água por transpiração;
difusamente distribuídos pelo parênquima.           *Rizoma: caule subterrâneo que se desenvolve
                                                    paralelamente á superfície do solo. Dele podem
Estrutura secundária do caule                       emergir folhas aéreas, como acontece com a
                                                    bananeira;
        A maior parte das dicotiledôneas            *Tubérculo: caule subterrâneo rico em material
apresenta crescimento secundário, consequência      nutritivo. O exemplo típico é a batatinha
da atividade dos câmbios felogênio e vascular.      comum, em que é possível observar, como em
O crescimento secundário pode acontecer de          todo caule , a presença dos botões vegetativo ou
forma contínua ou apenas em duas estações de        gemas, popularmente conhecidos por ‘olhos’;
um ano. Assim, plantas que inicialmente são         outro exemplo é o gengibre.
herbáceas passam a ter uma consistência             *Bulbo: é a um só tempo caule e folhas
lenhosa. Os câmbios intrafascicular e               subterrâneo, como ocorre na cebola –a parte
interfascicular produzem floema secundário          central, o prato,corresponde ao caule e dele
para fora e xilema secundário para dentro,          partem os catafilos, folhas modificadas que
formando-se dois anéis concêntricos, um interno     protegem gemas dormentes e que no bulbo tem
de lenho secundário e um externo de líber           também a função de acumular substancias
secundário. O felogênio, tal como na raiz,          nutritivas;
produz súber para o exterior e feloderme para o
interior, originando a periderme (súber,            Morfologia da folha
felogênio e feloderme). No súber existem
estruturas denominadas lentículas através das               Uma folha completa é constituída de
quais podem ocorrer trocas gasosas entre as         limbo ou lâmina, pecíolo, bainha e estípulas.
células mais internas e o exterior, uma vez que o   Qualquer uma dessas partes pode não estar
súber é um tecido impermeável à água e gases.       presente numa folha, mas é raro ocorrer a falta
        Existem vários tipos de caules, dentre      de limbo.
eles o tronco, a haste, o colmo e o estipe. Há              O limbo é a porção achatada e ampla da
também adaptações especiais de caule como o         folha e é a principal estrutura responsável pela
rizóforo, o caule rastejante dos tipos sarmento e   fotossíntese e pela transpiração. Ele pode ser
estolho, o cladódio, o tubérculo e o bulbo.         simples ou dividido em várias partes, todas com
                                                    aspectos de pequenas folhas.
Adaptações especiais do caule                               As folhas de dicotiledôneas geralmente
                                                    são pecioladas, isto é, o limbo prende-se ao
*Rizóforo: ramos caulinares que crescem em          ramo caulinar por meio de um pecíolo; as folhas
direção ao solo; auxiliam na sustentação e          de monocotiledôneas são invaginantes, pois se
estabilização das plantas.                          prendem por uma bainha.
*Caule volúvel: caule aéreo que não é capaz de              Outra diferença entre folhas de
sustentar suas folhas; eleva-se do solo             dicotiledôneas e de monocotiledôneas refere-se
enrolando-se em qualquer suporte ereto.             as nervuras. As folhas de dicotiledôneas são
*Caule rastejante ou prostrado do tipo              peninérveas, isto é, possuem nervuras
sarmento: caule aéreo incapaz de sustentar suas     ramificadas,    enquanto      as    folhas    de
folhas, desenvolvendo-se rente ao chão. Fixa-se     monocotiledôneas são paralelinérveas (possuem
ao solo por meio de raízes que se formam em         nervuras paralelas).
apenas um ponto. Exemplo: caules do chuchu e
da aboboreira;
*Caule rastejante do tipo estolho ou estolão:
caule aéreo rastejante em que há enraizamento
em vários pontos. Se a ligação entre um
enraizamento e outro for interrompido, de cada
ponto pode se formar uma nova planta,
representando uma forma de propagação
vegetativa, como ocorre em morangueiros;
                                                                                                       11
Adaptações especiais das folhas                    pode ocorrer pelo vento (anernocoria), por meio
                                                        de animais (zoócoria) ou pela água (hidrocória).
             Adaptações     morfológicas    especiais          As espécies anemócorias apresentam
     permitem á folha desempenhar novas funções.        sementes ou frutos leves, com pelos ou
     Algumas dessas adaptações estão resumidas a        expansões aladas, facilitando seu transporte pelo
     seguir:                                            vento.
     *gavinhas: têm sempre função de prender a                 Em muitas espécies zoócoras os frutos
     planta a um suporte. Exemplo: ervilha.             são atraentes, servindo de alimento para os
     Entretanto, as gavinhas nem sempre são             animais . Em outras espécies zoócoras ou frutos
     modificações de folhas.                            são secos, mas apresentam formações que os
     *brácteas: folhas sempre presentes na base das     prendem ao corpo de animais.
     flores. Elas são geralmente pouco vistosas, mas           As espécies hidrócoras possuem frutos
     podem ser coloridas, atuando como estruturas       ou sementes que retém ar.
     de atração de insetos e pássaros, como em bico-
     de-papagaio e em primavera.                        Absorção
     *folhas de plantas carnívoras: folhas
     modificadas para a captura e digestão de insetos           A absorção de água e sais minerais
     e de outros pequenos animais.                      ocorre principalmente na região dos pelos
                                                        absorventes das raízes. Existem duas vias na
     Frutos e pseudofrutos                              qual a água e os sais nela dissolvidos atingem o
                                                        cilindro central. Uma dessas atravessa o
             Os frutos são estruturas auxiliares no     citoplasma das células do córtex da raiz; os sais
     ciclo reprodutivo das angiospermas: protegem       são transferidos de uma célula para outra, e
     as sementes e auxiliam em sua disseminação.        também criam um gradiente de concentração
     Eles correspondem ao ovário amadurecido, o         que cria um fluxo da água de uma célula para
     que geralmente ocorre após a fecundação. Caso      outra, por osmose. E a outra passa entra as
     não ocorra a fecundação, não há formação de        paredes celulares, mas não atravessam o
     sementes e o fruto chama-se partenocárpico,        citoplasma, e os sais são transportados por
     caso da banana e da laranja-da-baía.               difusão. Nas duas vias tem que passar pelo
             Os     pseudofrutos    são   estruturas    citoplasma por causa das estrias de Caspary,
     suculentas que contém reservas nutritivas, mas     isso antes de atingir o xilema.
     que não se desenvolvem a partir de um ovário.            A água é transferida por osmose e os sais
     Os pseudofrutos podem ser:                         por um processo ativo, assim formando a seiva
     *simples: provenientes do desenvolvimento do       bruta, que será distribuída das raízes até as
     pedúnculo ou do receptáculo de uma só flor.        folhas.
     Exemplo: maçã, pêra.                                     A planta necessita de nutrientes minerais,
     *agregados ou compostos: provenientes do           os macronurientes que são: o nitrogênio, o
     desenvolvimento do receptáculo de uma única        potássio, o fósforo, o cálcio, o enxofre e o
     flor, com muitos ovários. Exemplo: morango,        magnésio. Esses são os nutrientes que as plantas
     em que vários aquênios ficam associados a uma      mais necessitam. E os micronutrientes que são:
     parte carnosa correspondente ao receptáculo da     o ferro, o magnésio, o boro, o zinco, o cobre, o
     flor;                                              molibdênio e o cloro.
     *múltiplos ou infrutescências: provenientes do
     desenvolvimento de ovários de muitas flores de     Condução da seiva bruta
     uma inflorescência que crescem juntos numa
     estrutura única. Exemplo: amora, abacaxi e figo.         O xilema apresenta os elementos de vaso e
                                                        os traqueídes, células mortas que se dispõem de
     Disseminação das sementes e dos frutos             modo a formar longos e estreitos canais desde a
                                                        raiz até as folhas. Sendo estreitos, poderíamos
            A semente, após seu desenvolvimento, é      supor que a água ascendesse por capilaridade,
     disseminada no meio ambiente por vários            devido à propriedade de adesão e coesão que as
     mecanismos, que podem envolver adaptações          moléculas de água possuem. A ascensão cessa
     das próprias sementes ou dos frutos que as         quando o peso da coluna líquida torna-se maior
     contêm.                                            do que a adesão das moléculas de água à parede
            A dispersão das sementes é um               do tubo. Esse fenômeno é capaz de elevar a
     mecanismo importante para o sucesso da             seiva bruta a menos de 1 metro do solo, não
     espécie, uma vez que permite aos organismos a      explicando o transporte em plantas maiores.
     exploração de novos ambientes. A disseminação
12
Existem outras duas teorias para explicar a          A explicação mais aceita para a
condução da seiva bruta das raízes até as folhas:    translocação foi proposta pelo botânico Ernst
pressão positiva da raiz e coesão-tensão.            Munch, em 1927, é denominada Teoria do fluxo
      A pressão positiva é o transporte ativo de     em massa. Segundo essa teoria, a seiva
sais para o interior do xilema da raiz, o que        elaborada move-se através do floema, ao longo
provoca aumento da concentração osmótica em          de um gradiente decrescente de concentração
relação à solução aquosa do solo. Há grande          desde o local em que é produzida até o local em
entrada de água por osmose no xilema da raiz,        que é consumida
impulsionando a seiva bruta para cima.
      Esse fenômeno está restrito a algumas          Transpiração
plantas de pequeno porte submetidas a certas
condições especiais. O excesso de seiva bruta             A transpiração corresponde à perda de água
pode inclusive sair sob a forma de gotas pelos       sob a forma de vapor. E o principal órgão dela é
hidatódios, estômatos que perderam a                 a folha, na qual a transpiração pode ocorrer por
capacidade de abertura e fechamento do poro e        meio da cutícula que reveste a epiderme, que
que se localizam nas bordas das folhas de certas     pode ser chamada de transpiração cuticular que
plantas. Esse fenômeno é a gutação. Ela ocorre       é pouco intensa e independente do controle do
quando a transpiração é muito lenta ou ausente.      organismo, e a transpiração estomática no qual é
     A pressão da raiz não explica a condução da     o principal mecanismo de perda de água pela
seiva bruta até a copa de árvores altas. O que       planta e depende do controle do organismo.
melhor explica é a teoria da coesão-tensão,               A abertura e o fechamento dos estômatos
formulada pelo botânico Henry Dixon; que             são controlados por vários fatores, o principal é
criou a teoria de Dixon e segundo essa teoria, a     a água. E se as plantas estiverem com seu
perda de água por transpiração nas folhas            suprimento adequado de água, as células
atuaria como uma forma de sucção da água.            estomáticas permanecem túrgidas, ou seja, o
      A perda de água por transpiração nas           ostíolo aberto, e se não estiver suprimento
folhas faz com que suas células fiquem com           insuficiente às células perdem a água, e assim
força de sucção aumentada. Com isso, tendem a        fecham o ostíolo.
absorver água do xilema. A água passa então do
xilema para as células do clorênquima das            Fotossíntese x Respiração
folhas. As moléculas de água ficam muito
coesas e são puxadas sobtensão.                             Os alimentos produzidos por fotossíntese
    Forma-se uma coluna contínua de água no          são utilizados pela própria planta para a
interior do xilema, desde as raízes até as folhas.   execução das diferentes funções vitais. A
    Segundo essa teoria da coesão-tensão a           liberação da energia desses alimentos é feita
absorção e a condução de água estão                  pela respiração.
relacionadas com a transpiração.                           A nutrição e o desenvolvimento da planta
                                                     dependem do equilíbrio entre esses dois
Condução da seiva elaborada                          processos. A fotossíntese depende da luz
                                                     (aumentando-se a intensidade luminosa, há
      A seiva elaborada, rica em açucares            aumento da taxa de fotossíntese). Já a respiração
produzidos por fotossíntese, é conduzida das         independe da luz.
folhas para as diversas partes da planta através          A intensidade luminosa na qual a taxa de
dos elementos crivados do floema ou líber.           fotossíntese se iguala a da respiração é
     Nas dicotiledôneas e nas gimnospermas, os       denominada ponto de compensação fótica
vasos liberianos localizam-se na casca do caule      (PC).Nessa intensidade de luz todo o oxigênio
enquanto os vasos lenhosos, que conduzem a           produzido por fotossíntese e consumido pela
seiva bruta, localizam-se mais internamente.         respiração, e todo o gás carbônico produzido
     Retirando-se um anel completo da casca de       por respiração é consumido pela fotossíntese.
um tronco, podemos notar, após algumas                  O valor do PC varia dependendo da espécie
semanas, que a casca logo acima do corte fica        de planta:
com acumulo de seiva elaborada, o que estimula       - Heliófitas: plantas de sol, só se desenvolvem
a formação de tecido no local.                       bem com muita luz -> PC maior. - Umbrofilas:
      As folhas continuam a receber a seiva          plantas de sombra desenvolvem-se bem com
bruta, mas a s raízes e as demais partes abaixo      pouca luz->PC menor.
do corte deixarão de receber a seiva elaborada.
Dessa forma por falta de nutrição a planta
morrera.
                                                                                                         13
Hormônios Vegetais                                    Outros fitormônios

          Os hormônios vegetais ou fitomônios              Hormônio - local de produção e efeitos.
     atuam no crescimento das plantas. Auxinas,            Giberelinas – são produzidas em meristemas.
     giberalinas, citocininas, acído abscísico e etileno   Sementes, folhas jovens e frutos, estimulam o
     são os principais hormônios.                          alongamento e a divisão celular. Etc.
                                                           Citocininas – produzidas nas raízes e
     Auxina                                                conduzidas para toda a planta. Estimulam a
                                                           divisão e a diferença celular. Etc.
         Existem vários tipos de auxina naturais que       Etileno – é um gás produzido em várias partes
     são produzidas pela sua própria planta. Embora        da planta. Atua na indução do amadurecimento
     que algumas auxinas sintéticas são fabricadas         dos frutos e promove a abscisão.
     em laboratório. Uma auxina natural conhecida          Ácido abscísico (ABA) – é produzido nas
     como AIA (acido-indolil-aótico) que é                 folhas no caule e no ápice. Inibe o crescimento
     produzido no ápice caulinar em folhas jovens e        das plantas.
     sementes que ficam em desenvolvimento. Uns
     dos vários efeitos das auxinas na planta são:          Efeitos da Luz sobre o desenvolvimento da
     •Crescimento do caule e da raiz: que são os que                          planta
     promovem alongamento das células e não sua
     divisão. Efeito da aplicação d AIA sobre o                   A luz não possui um papel importante
     crescimento.                                          apenas na fotossíntese, mas também na
        Esse gráfico apresenta uma aplicação de            morfogênese vegetal, os principais efeitos se
                                                           referem à germinação das sementes, ao
                                                           estiolamento, ao desenvolvimento e à floração.

                                                           •Fitocromo: Os efeitos morfogenéticos
                                                           mencionados estão relacionados à captação de
                                                           luz por um pigmento denominado fitocromo,
                                                           que ocorre de duas formas: uma inativa
                                                           chamada de fitocromo R e uma ativa, chamada
                                                            fitocromo F.

                                                               O fitocromo R transforma-se em fitocromo F
                                                           ao absorver luz vermelha de comprimento de
                                                           onda ao redor de 660nm (vermelho curto), O
                                                           fitocromo F pode ser convertido em fitocromo R
                                                           ao absorver luz vermelha de comprimento de
     diferentes concentrações de AIA.                      onda de 760nm (vermelho longo) ou se
     •       Tropismos: são auxinas que controlam          permanecer escuro.
     os tropismos que são movimentos orientados
     por um estímulo e que ocorrem em função do                            Vermelho curto
     crescimento. Exemplo:                                 FITOCROMO R                      FITOCROMO F
      Estímulos de luz – fototropismo;
     Força da gravidade da terra – gravitropismo ou                   Escuro ou vermelho longo
     geotropismo;
     Produção de raízes adventícias: fazem que o           •Fotoblastismo: É o efeito da luz sobre a
     grupo de células se desdiferem.                       germinação das sementes. Algumas sementes
     Formação de frutos: dão origem ás sementes            germinam apenas quando estimuladas pela luz,
     após     a     fecundidade,     durante   seus        como as de alface, esse tipo de sementes são
     desenvolvimentos produzem grande quantidade           chamadas de fotoblásticas positivas, outras
     de auxinas que estimulam o ovário a formar            sementes, como as de melancia, por exemplo,
     frutos.                                               tem a germinação inibida pela luz, estas são
     Abscisão: as folhas velhas apresentam                 chamadas de fotoblásticas negativas.
     concentração de auxinas inferiores ao do caule
     que forma a camada de abscisão. Causando a
     queda da folha.


14
QUESTIONÁRIO
•Luz e Estiolamento: Estiolamento é o
conjunto das características apresenta das por
uma planta que se desenvolve no escuro. As
principais características são: ausência de
                                                   1. Qual a importância da luz na morfogênese
clorofila, apresentando cor branca amarelada,
folhas pequenas, caule muito mais longo e ápice    vegetal das plantas?
caulinar em forma de gancho. O estiolamento as
plantas recém-germinadas do atrito com o solo e    2. Quais as diferenças entre uma planta que
faz com que elas cresçam mais rapidamente em       se desenvolve no escuro, e uma planta que
direção à luz, ao atingi-la a planta passa a ter   se desenvolve em ambientes com muita luz?
desenvolvimento normal.
                                                   3. O que é fotoperiodismo?
•Fotoperiodismo: São respostas biológicas
relacionadas com a duração do dia e da noite,      4. Como ocorre a absorção da água e dos
especialmente da noite, que varia de acordo com    sais minerais através da planta?
as estações do ano. As plantas percebem essas
variações por meio do fitocromo e tem a
                                                   5. O que é transpiração cuticular e
floração influenciada por elas. Quanto ao
fotoperiodismo, as plantas são classificadas em:   transpiração estomática? Qual sua função?

       Plantas neutras: Florescem independente     6. “São os órgãos reprodutivos das
do comprimento da noite. ex:tomate                 angiospermas, são o aspecto mais marcante
       Plantas de dias curtos: Florescem           para as distinguir de outras plantas que
quando submetidas a um período escuro mais ou      produzem       sementes.     Auxiliam      as
igual ao seu período critico (claro). Ex:          angiospermas a alcançar uma grande
morango                                            adaptabilidade e a ampliar os ecossistemas
       Plantas de dias longos: Florescem           abertos para elas”.
quando submetidas a períodos escuros menores       A afirmação se refere á que parte da planta?
ao período crítico (claro). Ex: alface
       Acredita-se que os fitocromos
                                                   7. Um dos fatores que concorrem para a
desencadeiam a síntese de certos hormônios
chamados de florígenos ou hormônios de             germinação é a entrada de água na semente,
floração, estes migram das folhas através do       promovendo assim o aumento do volume da
floema, induzindo a floração.                      semente e o rompimento do seu tegumento.
                                                   Qual o nome desse processo?

                                                   8. O que seria uma Epiderme?

                                                   9. O que é prótalo das pteridófitas?

                                                   10. Complete:
                                                   "Nos diversos grupos de plantas, o gameta
                                                   feminino, chamado ___________, é sempre
                                                   imóvel. Já os gametas masculinos são
                                                   glafelados nas briófitas e nas pteridófitas,
                                                   recebendo nesses casos o nome de
                                                   __________. Nas gimnospermas e nas
                                                   angiospermas, entretanto, eles não são
                                                   flagelados      e       são      chamados
                                                   ______________".



                                                            Confira as respostas em:

                                                     http://hmbio.blogspot.com
                                                                                                   15
BIBLIOGRAFIA
 Biologia-volume único/Sônia Lopes, Sergio
 Rosso.-1. Ed.-São Paulo : Saraiva, 2005.

 vestibularseriado.com.br

 amigosdotufao.blogspot.com

 http://www.biologados.com.br/images/gnetophy
 ta_welwitschia_estrobilo.jpg

 http://2.bp.blogspot.com/_4UfJIzs3JXA/Sj5KZ8
 euaiI/AAAAAAAAAAo/6SMrVZ3cJ8Y/s320/p
 inha.jpg

 http://biology.unm.edu

 http://www.thaigoodview.com

 http://biology.unm.edu/ccouncil/Biology_203/S
 ummaries/Non-floweringPlants.htm

 http://www.not1.xpg.com.br/briofitas-e-
 pteridofitas-ciclos-e-caracteristicas-biologia-
 vegetal/

 http://mateusrafaelbioifes.wordpress.com/

 http://mateusrafaelbioifes.wordpress.com/




16
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HMbio

  • 1.
  • 2.
  • 3. Carta ao leitor Nesta edição da revista HMbio iremos abordar as características e aspectos do Reino Plantae. Nosso objetivo é fazer com que você, caro estudante, melhore seu conhecimento na área da botânica de uma maneira sintetizada para que através dessas poucas páginas você possa adquirir o conhecimento necessário para ENEM’s e vestibulares que você tem a enfrentar. A empresa Hakuna Matata, que tem como foco “plantar o conhecimento”, ao pensar em todos que colaboraram com essa ideia de qualquer maneira que for, fica muito orgulhosa, pois o nosso principal objetivo aqui foi alcançado, conseguimos plantar esse conhecimento em cada um dos participantes. Gostaríamos de agradecer ao professor Gustavo Franthesco, que foi o idealizador desse projeto, e que sem o apoio e ajuda dele aqui não estaríamos, e a toda a equipe Hakuna que foi de uma união e comprometimento inigualáveis e que sem essa iniciativa em conjunto, esta revista não existiria. Tenho certeza que cada um ficou feliz com o resultado final, desse projeto que parecia uma coisa tão difícil e surreal e que agora não só mais uma ideia, mas sim uma realização. Mais uma vez obrigado e parabéns a todos! 1
  • 4. Nossa equipe Carolina Dutra Tamyres Meyer Monique Goularte Paula Honorato Caroline Soares Thalyta Martins Thais Furtado Ligia Mannes Monique Anjos Edilson Vieira Bruna Freitas Karolili Alves Lorrayny Audrin Larissa Quadros Professor: Gustavo Franthesco 2
  • 5. Sumário Origem e Classificação das plantas......................................................................................................4 Briófitas......................................................................................................................................................4 Pteridófitas................................................................................................................................................5 Gimnospermas. ..........................................................................................................................................5 Angiospermas.............................................................................................................................................6 Reprodução assexuada.............................................................................................................................8 A planta em desenvolvimento.................................................................................................................9 A planta em crescimento.........................................................................................................................9 Os tecidos primários das angiospermas..............................................................................................9 Epiderme.....................................................................................................................................................9 Tecidos fundamentais............................................................................................................................10 Os tecidos secundários das angiospermas........................................................................................10 Disposição dos tecidos nas raízes.......................................................................................................10 Estrutura secundária da raiz...............................................................................................................10 Estrutura primária do caule..................................................................................................................11 Estrutura secundária do caule..............................................................................................................11 Adaptações especiais do caule..............................................................................................................11 Morfologia da folha.................................................................................................................................11 Adaptações especiais das folhas.........................................................................................................12 Frutos e pseudofrutos...........................................................................................................................12 Disseminação das sementes e dos frutos..........................................................................................12 Absorção...................................................................................................................................................12 Condução da seiva bruta........................................................................................................................12 Condução da seiva elaborada................................................................................................................13 Transpiração.............................................................................................................................................13 Fotossíntese x Respiração....................................................................................................................13 Hormônios Vegetais................................................................................................................................14 Auxina .......................................................................................................................................................14 Outros fitormônios ................................................................................................................................14 Efeitos da Luz sobre o desenvolvimento da planta.........................................................................14 Questionário.............................................................................................................................................15 Bibliografia...............................................................................................................................................16 3
  • 6. Origem e Classificação das plantas As plantas são organismos eucariontes fotossintetizantes, multicelulares e com diferenciação de tecidos. O ramo da Biologia que estuda as plantas é a Botânica. Acredita-se que as plantas tenham surgido a partir de um grupo de algas verdes, pois existem várias características que as aproximam. Na passagem evolutiva das algas verdes para as plantas, surgiram algumas características que se mantém por seleção natural, pois se revelaram muito adaptativas à vida no ambiente terrestre, possibilitando a expansão das plantas nesse ambiente. Duas características que se destacam são: •Camada de células estéreis envolvendo e Cladograma simplificado das plantas - Paula Honorato protegendo os gametângios. •Retenção de zigoto e dos estágios iniciais de desenvolvimento embrionário do gametângio feminino, conferindo grande proteção ao BRIÓFITAS embrião. As briófitas estão representadas pelos Tradicionalmente a planta tem sido dividida em seguintes grupos: dois grandes grupos: •Hepáticas: gametófito de corpo achatado, fixada ao solo por meio de rizóides. •Criptógamas: (cripto= escondido; gamae= gametas): plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes e se dividem em dois grupos, que são briófitas e pteridófitas. •Fanerógamas: (fanero= visível): plantas que possuem estruturas produtoras de gaetas bem visíveis. Todas desenvolvem sementes e por isso são também denominadas espermatófitas (sperma= semente). •Antoceros: gametófito com corpo multilobado; São divididas também em dois outros grupos que são os das gimnospermas que possuem sementes, mas não formam frutos e angiospermas que possuem sementes obrigatórias no interior de frutos. Todas as plantas apresentam ciclo de vida tipo haplonte-diplonte. Nesse tipo de ciclo há alternância de gerações, em que a geração •Musgos: plantas que geralmente possuem, gametofítica se alterna com a esporofítica. além dos rizóides, um eixo principal (caulóide) A geração gametofítica é formada por de onde partem os filóides. indivíduos chamados gametófitos, que são haplóides e produzem gametas por diferenciação celular e não por meiose. A geração esporofítica é composta de indivíduos chamados esporófitos, que são diplóides e produzem esporos por meiose. Na evolução das plantas verifica-se, portanto, a redução da fase gametofítica e maior desenvolvimento da fase esporofítica. 4
  • 7. Musgo Avridthc Nas briófitas a água absorvida pelos rizóides é transportada de forma lenta pelo • Samambaias e avencas: São comuns corpo, pois elas são avasculares, e é essa em regiões tropicais. As folhas jovens das característica que limita o tamanho dessas avencas formam os báculos. Na face inferior, as plantas, não ultrapassando de 20 centímetros de folhas maduras apresentam os esporângios, altura. formadores de esporos, que ficam reunidos As briófitas ocorrem preferencialmente formando os soros. em ambientes úmidos e abrigados de luz direta, dependendo da água para a reprodução sexuada Os esporos são liberados e ao germinarem dão seus gametas masculinos são flagelos, e os origem ao gametófito. Em um mesmo prótalo gametas femininos são chamados de oosfera e desenvolvem-se gametângios femininos e são imóveis. masculinos. Depois da fecundação da oosfera, A fecundação ocorre por ocasião de forma-se o embrião que dará origem ao chuvas ou garoas, caindo no ápice de uma esporófito, reiniciando o ciclo de vida. planta feminina onde já existe água acumulada, esses anterozóides nadam em direção da oosfera, e ocorre a fecundação. PTERIDÓFITAS As pteridófitas foram às primeiras plantas vasculares, apresentando também, GIMNOSPERMAS tecidos de sustentação, o que permiu que se mantivessem eretas. A existência de vasos A grande evolução neste grupo de possibilitou o transporte rápido de água e sais plantas foi o surgimento da semente. As minerais até as folhas, e de seiva elaborada das sementes destas plantas não estão protegidas folhas para as demais partes da planta. Os pelo fruto, como nas angiospermas, porém a principais exemplos de pteridófitas são: semente garante enorme proteção e alimentação • Lycopodium e Selaginella: as espécies ao embrião. Lycopodium vivem em regiões árticas e O grupo das gimnospermas atuais é tropicais, e as Selaginella são comuns em composto de quatro filos: regiões áridas e semi-áridas. Neste caso, os indivíduos permanecem em estado latente, só se - Cycadophyta reproduzindo quando há aumento na umidade do ar ou em épocas de chuva. 5
  • 8. processo chama-se poliembrionia e ocorre em - Ginkgophyta apenas um óvulo. Outro avanço das gimnospermas é a independência de água para a fecundação, pois surge o grão de pólen, que é o gametófito masculino em desenvolvimento, que se completa quando fecunda a oosfera. O processo de dispersão do grão de pólen é chamado de polinização. Quando o grão de pólen encontra o arquegônio, um tubo polínico é formado e depois se rompe, liberando anterozóides multiflagelados que nadam até o arquegônio fecundando a oosfera. A função do tubo polínico é levar o gameta até a oosfera, - Conipherophyta para que ele não dependa de água para a fecundação. A estrutura de reprodução é chamada de estróbilo e há plantas monóicas e dióicas. ANGIOSPERMAS Nas angiospermas os elementos relacionados com a reprodução sexuada encontram-se reunidos nas flores. As flores completas são formadas por pedicelo ou pedúnculo e um receptáculo, onde se inserem os verticilos florais: •Cálice: conjunto de sépalas, geralmente verdes; •Corola: conjunto de pétalas, que podem apresentar várias crês; - Gnetophyta •Androceu: formado pelos estames (constitui o sistema reprodutor masculino); •Gineceu: formado por um ou mais pistilos, cada um constituído por uma ou mais folhas férteis fundidas, chamadas capelo (constitui o sistema reprodutor feminino). •Estame: folha modificada em cuja extremidade diferencia-se a antera, no interior da qual se formam os grãos de pólen. O conjunto cálice-corola é denominado perianto. As gimnospermas possuem raízes, caule, folhas e sementes, mas não apresentam frutos.Os óvulos e as sementes de gimnospermas são expostos ao ambiente pelos esporofilos. A semente é o óvulo maduro portador de um embrião. As gimnospermas são heterosporadas e portadoras de megafilos. Diferente das outras plantas estudadas anteriormente, as gimnospermas produzem vários arquegônios com oosferas e, Esquema de flor de angiosperma vista em corte. consequentemente, vários embriões podem ser formados, porem apenas um sobrevive. Esse 6
  • 9. Quanto ao sistema reprodutor, há flores Após a polinização, inicia se a que apresentam apenas o androceu ou o germinação do grão do pólen: forma-se o tubo gineceu, sendo, portanto, flores masculinas ou polínico, que leva até o gametófito feminino flores femininas, respectivamente. A maioria duas células espermáticas. Uma delas unem-se á delas, entretanto, possui androceu e gineceu, oosfera, formado o zigoto que, por várias mas nelas geralmente se desenvolvem divisões mitóticas, dá origem ao embrião. A mecanismos que dificultam a autofecundação. outra une-se a dois núcleos n do gametófito Ao contrário do que ocorre com o pólen feminino (núcleos polares) que antes da das gimnospermas, que só podem ser fecundação já se uniram, dando um só núcleo transportados pelo vento, o das angiospermas 2n. Na fecundação, forma-se um núcleo 3n, que podem também serem transportados por dará origem a um tecido nutritivo chamando animais, dependendo da espécie da planta. endospermas. Fala-se então em dupla Nas espécies em que a polinização é fecundação, uma característica exclusiva das feita pelo vento, as flores apresentam estigmas angiospermas. plumosos e são em geral pouco vistosas. Após a fecundação óvulo, á medida que Entretanto quando apresentam polinização por se desenvolve para se transformar em semente, animais, geralmente por insetos, aves e perde água e seus envoltórios tornam-se menos morcegos, as flores são vistosas ou apresentam permeáveis a água. Assim a semente nada mais odor característico o que atrai os animais. é que o óvulo desenvolvido após a fecundação. As flores geralmente possuem nectários, Em algumas angiospermas, o endosperma é estruturas que produzem o néctar, um líquido digerido pelo embrião antes de entrar em nutritivo que serve de alimento para insetos e dormência. O endosperma digerido é transferido pássaros. Ao se alimentarem do néctar, esse e armazenado geralmente nos cotilédones, animais acabam atuando como elementos folhas embrionárias que se tornam, assim, ricas polinizadores. em reservas nutritivas. Isso ocorre, por exemplo, O pistilo, ou carpelo, é formado por uma em feijões, ervilhas e amendoins. ou mais folhas modificadas, que se fundem Á medida que a semente se forma, a dando origem a duas partes: parede do ovário também se desenvolve, dando •Uma porção basal dilatada, denominada ovário, origem ao fruto. Este é formado, portanto, pelo que contem o óvulo, no qual se desenvolve o desenvolvimento do ovário. gametófito feminino que forma a oosfera Ao germinar, a semente dá origem á (gameta feminino). planta jovem, (plântula), que por sua vez origina •Uma porção alongada, denominada estilete, a planta adulta. cujo ápice é o estigma. 7
  • 10. A proteção oferecida pelos frutos ás do reino, fruta do conde, papo de peru, louro e semente favoreceu muito a dispersão destas, a canela, dentre outras. Dicotiledôneas com pólen ponto de tornar as angiospermas as plantas mais distinto destas com características mencionadas abundantes em número de espécies. Elas na tabela são chamadas eudicotiledôneas. ocorrem em ampla diversidade de habitats, existindo dede espécies adaptadas a ambientes Reprodução assexuada áridos, como os cactos. As angiospermas são dividas em dois Além da reprodução sexuada, as plantas grandes grupos: monocotiledôneas e podem apresentar reprodução assexuada, sendo dicotiledôneas. A característica que dá nome a a forma mais comum a propagação vegetativa. esses grupos é o numero de cotilédones Essa forma de reprodução ocorre principalmente presentes na semente: as monocotilédones a partir de caules, pois eles apresentam botões possuem um cotilédone na semente e as vegetativos ou gemas, que podem formar raizes dicotiledôneas possuem dois cotilédones. e toda uma planta. Além do número de cotilédones, há Conhecendo as formas naturais de outras características que permitem distinguir as reprodução das plantas, vários mecanismos de monocotiledôneas das dicotiledôneas. É o que propagação vegetativa já foram desenvolvidos mostra resumidamente o quadro na abaixo: pelo ser humano, dos quais os mais utilizados são: estaquia, mergulhia, alporquia e enxertia. Atualmente tem se considerado um A enxertia é o modo mais utilizado. Essa terceiro grupo de angiospermas: um grupo mais técnica é vantajosa por vários motivos, dos basal de plantas com dois cotilédones. Elas têm quais se destacam os seguintes: algumas características que compartilham com * o desenvolvimento mais rápido; as monocotiledôneas, como o tipo de pólen e, *podem-se selecionar plantas com raizes geralmente, flores trímeras (compostas por três resistentes a certas doenças e utiliza-las como elementos). Essas plantas estão representadas cavalo. Com isso, a reprodução vegetativa de por vitória-régia, abacateiro, magnólia, pimenta 8
  • 11. espécies sensiveis a essas doenças torna-se mais - A zona meristemática das raízes é protegida eficiente. pela coifa ( estrutura com aspecto de capuz e Uma técnica cada vez mais utilizada é a formada por células vivas) da propagação vegetativa por cultura de tecidos. - A seguir, existe a zona lisa: células formadas Qualquer célula nucleada da planta que não na zona anterior depois a zona pilífera: onde se esteja envolta por parede celular espessa é encontra os pelos absorventes (onde ocorre a potencialmente capaz de regenerar um absorção de água e nutrientes), depois da zona organismo inteiro. pilífera não consta aumento do comprimento da Nesses meios de cultura são adicionadas raiz. substâncias nutritivas e hormônios vegetais Seguindo observando uma planta, encontramos responsáveis pelo crescimento e pela em seguida a zona de ramificações onde surgem diferenciação das plantas. as raízes laterais. Atualmente tem sido possivel modificar o material genetico de interesse comercial por meio de técnicas especiais que integram a chamada Engenharia genética. Nesses casos, introduzem-se nas células das plantas trechos da molécula DNA de outros organismos, como bactérias. Esses trechos são incorporados ao DNA da planta, que fica alterada geneticamente: são as plantas transgenicas. Os segmentos de DNA introduzidos nas plantas são escolhidos visando desenvolver novas caracteristicas que tragam algum beneficio para o cultivo comercial dessas plantas. A produção dessas plantas tem provocado muitas discussões, pois isso gera riscos que podem causar algum mal ao ser humano e ao meio ambiente. No caule não há coifa e o meristema A planta em desenvolvimento apical (gema apical) é muitas vezes protegido por folhas. A região do caule de onde partem as Um dos fatores que concorrem para a folhas e as gemas axilares é denominada nó. germinação é à entrada de água na semente, (por Gradualmente ocorre alongamento das um processo físico denominado embebição) células entre dois nós consecutivos que ficam promovendo assim o aumento do volume da separados por uma região caulinar denominada semente e o rompimento do seu tegumento. entrenó. Assim, o embrião cresce e a primeira parte de Devido ao alongamento das células dos seu corpo que emerge é a radícula (raiz), a entrenós que ocorre o crescimento em seguir emergem o caulículo (caule) e as folhas. comprimento do caule, chamado crescimento Quando a planta esta se desenvolvendo, ela primário. consome reservas contidas na semente e ao mesmo temo em que novas folhas se formam e Os tecidos primários das angiospermas começam a fazer fotossíntese. A planta jovem absorve água e saia A partir dos meristemas apicais formam-se minerais do solo e com suas folhas sintetizando os meristemas primários, que são a protoderme, alimento. o maristema fundamental e o prócambio. O meristema fundamental dá origem aos A planta em crescimento tecidos fundamentais da planta representados basicamente pelos parênquimas, pelo O crescimento da planta depende da colênquima e esclerênquima. atividade dos meristemas apicais: - Células pequenas, não especializadas e com Epiderme pares delgados. - A atividade mitótica é intensa, aumento o É geralmente uni estratificada, formada por numero de células. células justaposta, achatadas, aclorofiladas e com grande vacúolo. 9
  • 12. Na superfície exterma pode haver Os tecidos secundários das angiospermas deposição de cutina ou cera, que são substancias impermeabilizantes. Diferenciam-se na A maioria das dicotiledôneas, e as epiderme estruturas como estômatos, tricomas, gimnospermas apresentam além do crescimento pelo e acúleos. primário, o crescimento secundário, em Cada estômato é formado por duas células espessura e decorrente da atividade de câmbios. clorofiladas que se dispõem de modo a deixar Nessas plantas surgem outros tecidos que estão entre elas uma abertura denominada ostíolo. relacionados com o crescimento do organismo Essas células podem abrir e fechar o ostíolo, em espessura. controlando a transpiração e as trocas gasosas O que da origem ao xilema e ao floema entre a planta e o ambiente. secundários é o procambio que permanece como Os ticomas são estruturas especializadas tecido meristemático (formado por uma única contra a perda de água por excesso de camada de células) entre o xilema e o floema transpiração, ocorrendo em plantas de clima passando a constituir o cambio fascicular ou quente. vascular. os pelos ocorrem na epiderme da raiz sendo Algumas células parenquimáticas adultas responsáveis pela absorção de água e de sais sofrem diferenciação, transformando-se em minerais do solo. células meristemáticas. Estas formaram os Os acules estruturas pontiagudas com chamados meristemas secundários, função de proteção da planta contra predadores representados assim por: felogênio ou cambio são frequentemente confundidos com espinhos. de casca e cambio interfascular (este forma o xilema e o floema secundários). Tecidos fundamentais Os tecidos formados pelos câmbios fascivascular e intervascular e pelo felogênio - Parênquimas- são tecidos formados por (cambio de casca) são considerados tecidos células vivas com parede celular delgada. diferenciados secundários. - Colênquima- é um tecido de sustentação da planta formado por células vivas geralmente Disposição dos tecidos nas raízes alongadas e com paredes espessadas. - Esclerênquima- é um tecido de sustentação da Observando cortes travessais a de uma planta formado por células mortas e com parede raiz podemos ver que: celular espessada. - Nas monocotiledôneas o padrão mais comum - Tecidos Vasculares: O xilema ou lenho é o apresenta no centro o parênquima medular ou o tecido responsável pelo transporte de água e sais esclerênquima e ao redor o xilema alterando-se minerais (seiva bruta). Enquanto o floema ou om floema. líber é um tecido condutor de substancias - Nas dicotiledôneas o padrão mais comum orgânicas derivadas da fotossíntese (seiva corresponde ao xilema no centro e estendendo- elaborada). se em direção a porção do cilindro central mais Tanto no xilema quanto no floema tem próxima ao córtex os feixes do floema alternam- vários tipos de células que podem ser originarias se com as projeções do xilema. de meristemas primários ou secundários. As - Entre o xilema e o floema das dicotiledôneas estruturas mais características e responsáveis existe o cambio fascicular, geralmente ausente pelo transporte de seiva bruta no xilema são os nas raízes de monocotiledôneas. A presença do elementos de vaso e traqueides. São células que cambio na raiz propicia o crescimento de sua durante a maturação passam a apresentar espessura. reforços de lignina e perdem seu protoplasma, Ao redor dessa estrutura vascular central tornando-se células mortas. As estruturas mais existe o periciclo, tecido originado por características do floema e responsáveis pelo procambio e a partir do qual se desenvolvem as transporte de seiva elaborada são os elementos raízes laterais secundarias. tubos crivados formados por células vivas, apesar de não apresentarem núcleo. Os Estrutura secundária da raiz elementos de tubos crivados estão associados a células vivas, com núcleo, chamadas células Raízes de dicotiledôneas podem apresentar companheiras. Elas contribuem para a crescimento secundário em decorrência da sobrevivência dos elementos crivados atividade do cambio vascular no cilindro anucleados. central, formando xilema e floema secundários e do felogênio formando a epiderme. 10
  • 13. Estrutura primária do caule *Cladódio: caule aéreo modificado com função fotossintetizante ou de reserva de água. Ocorre Analisando cortes feitos transversais de em certas plantas que vivem em regiões com caules, podemos ver que no caule de escassez de água. Um exemplo é o cacto, cujo dicotiledôneas os feixes vasculares dispõem-se caule é sempre verde e apresenta folhas formando um circulo ao redor da medula, nas atrofiadas, transformadas em espinhos, o que monocotiledôneas esses feixes encontram-se reduz a perda de água por transpiração; difusamente distribuídos pelo parênquima. *Rizoma: caule subterrâneo que se desenvolve paralelamente á superfície do solo. Dele podem Estrutura secundária do caule emergir folhas aéreas, como acontece com a bananeira; A maior parte das dicotiledôneas *Tubérculo: caule subterrâneo rico em material apresenta crescimento secundário, consequência nutritivo. O exemplo típico é a batatinha da atividade dos câmbios felogênio e vascular. comum, em que é possível observar, como em O crescimento secundário pode acontecer de todo caule , a presença dos botões vegetativo ou forma contínua ou apenas em duas estações de gemas, popularmente conhecidos por ‘olhos’; um ano. Assim, plantas que inicialmente são outro exemplo é o gengibre. herbáceas passam a ter uma consistência *Bulbo: é a um só tempo caule e folhas lenhosa. Os câmbios intrafascicular e subterrâneo, como ocorre na cebola –a parte interfascicular produzem floema secundário central, o prato,corresponde ao caule e dele para fora e xilema secundário para dentro, partem os catafilos, folhas modificadas que formando-se dois anéis concêntricos, um interno protegem gemas dormentes e que no bulbo tem de lenho secundário e um externo de líber também a função de acumular substancias secundário. O felogênio, tal como na raiz, nutritivas; produz súber para o exterior e feloderme para o interior, originando a periderme (súber, Morfologia da folha felogênio e feloderme). No súber existem estruturas denominadas lentículas através das Uma folha completa é constituída de quais podem ocorrer trocas gasosas entre as limbo ou lâmina, pecíolo, bainha e estípulas. células mais internas e o exterior, uma vez que o Qualquer uma dessas partes pode não estar súber é um tecido impermeável à água e gases. presente numa folha, mas é raro ocorrer a falta Existem vários tipos de caules, dentre de limbo. eles o tronco, a haste, o colmo e o estipe. Há O limbo é a porção achatada e ampla da também adaptações especiais de caule como o folha e é a principal estrutura responsável pela rizóforo, o caule rastejante dos tipos sarmento e fotossíntese e pela transpiração. Ele pode ser estolho, o cladódio, o tubérculo e o bulbo. simples ou dividido em várias partes, todas com aspectos de pequenas folhas. Adaptações especiais do caule As folhas de dicotiledôneas geralmente são pecioladas, isto é, o limbo prende-se ao *Rizóforo: ramos caulinares que crescem em ramo caulinar por meio de um pecíolo; as folhas direção ao solo; auxiliam na sustentação e de monocotiledôneas são invaginantes, pois se estabilização das plantas. prendem por uma bainha. *Caule volúvel: caule aéreo que não é capaz de Outra diferença entre folhas de sustentar suas folhas; eleva-se do solo dicotiledôneas e de monocotiledôneas refere-se enrolando-se em qualquer suporte ereto. as nervuras. As folhas de dicotiledôneas são *Caule rastejante ou prostrado do tipo peninérveas, isto é, possuem nervuras sarmento: caule aéreo incapaz de sustentar suas ramificadas, enquanto as folhas de folhas, desenvolvendo-se rente ao chão. Fixa-se monocotiledôneas são paralelinérveas (possuem ao solo por meio de raízes que se formam em nervuras paralelas). apenas um ponto. Exemplo: caules do chuchu e da aboboreira; *Caule rastejante do tipo estolho ou estolão: caule aéreo rastejante em que há enraizamento em vários pontos. Se a ligação entre um enraizamento e outro for interrompido, de cada ponto pode se formar uma nova planta, representando uma forma de propagação vegetativa, como ocorre em morangueiros; 11
  • 14. Adaptações especiais das folhas pode ocorrer pelo vento (anernocoria), por meio de animais (zoócoria) ou pela água (hidrocória). Adaptações morfológicas especiais As espécies anemócorias apresentam permitem á folha desempenhar novas funções. sementes ou frutos leves, com pelos ou Algumas dessas adaptações estão resumidas a expansões aladas, facilitando seu transporte pelo seguir: vento. *gavinhas: têm sempre função de prender a Em muitas espécies zoócoras os frutos planta a um suporte. Exemplo: ervilha. são atraentes, servindo de alimento para os Entretanto, as gavinhas nem sempre são animais . Em outras espécies zoócoras ou frutos modificações de folhas. são secos, mas apresentam formações que os *brácteas: folhas sempre presentes na base das prendem ao corpo de animais. flores. Elas são geralmente pouco vistosas, mas As espécies hidrócoras possuem frutos podem ser coloridas, atuando como estruturas ou sementes que retém ar. de atração de insetos e pássaros, como em bico- de-papagaio e em primavera. Absorção *folhas de plantas carnívoras: folhas modificadas para a captura e digestão de insetos A absorção de água e sais minerais e de outros pequenos animais. ocorre principalmente na região dos pelos absorventes das raízes. Existem duas vias na Frutos e pseudofrutos qual a água e os sais nela dissolvidos atingem o cilindro central. Uma dessas atravessa o Os frutos são estruturas auxiliares no citoplasma das células do córtex da raiz; os sais ciclo reprodutivo das angiospermas: protegem são transferidos de uma célula para outra, e as sementes e auxiliam em sua disseminação. também criam um gradiente de concentração Eles correspondem ao ovário amadurecido, o que cria um fluxo da água de uma célula para que geralmente ocorre após a fecundação. Caso outra, por osmose. E a outra passa entra as não ocorra a fecundação, não há formação de paredes celulares, mas não atravessam o sementes e o fruto chama-se partenocárpico, citoplasma, e os sais são transportados por caso da banana e da laranja-da-baía. difusão. Nas duas vias tem que passar pelo Os pseudofrutos são estruturas citoplasma por causa das estrias de Caspary, suculentas que contém reservas nutritivas, mas isso antes de atingir o xilema. que não se desenvolvem a partir de um ovário. A água é transferida por osmose e os sais Os pseudofrutos podem ser: por um processo ativo, assim formando a seiva *simples: provenientes do desenvolvimento do bruta, que será distribuída das raízes até as pedúnculo ou do receptáculo de uma só flor. folhas. Exemplo: maçã, pêra. A planta necessita de nutrientes minerais, *agregados ou compostos: provenientes do os macronurientes que são: o nitrogênio, o desenvolvimento do receptáculo de uma única potássio, o fósforo, o cálcio, o enxofre e o flor, com muitos ovários. Exemplo: morango, magnésio. Esses são os nutrientes que as plantas em que vários aquênios ficam associados a uma mais necessitam. E os micronutrientes que são: parte carnosa correspondente ao receptáculo da o ferro, o magnésio, o boro, o zinco, o cobre, o flor; molibdênio e o cloro. *múltiplos ou infrutescências: provenientes do desenvolvimento de ovários de muitas flores de Condução da seiva bruta uma inflorescência que crescem juntos numa estrutura única. Exemplo: amora, abacaxi e figo. O xilema apresenta os elementos de vaso e os traqueídes, células mortas que se dispõem de Disseminação das sementes e dos frutos modo a formar longos e estreitos canais desde a raiz até as folhas. Sendo estreitos, poderíamos A semente, após seu desenvolvimento, é supor que a água ascendesse por capilaridade, disseminada no meio ambiente por vários devido à propriedade de adesão e coesão que as mecanismos, que podem envolver adaptações moléculas de água possuem. A ascensão cessa das próprias sementes ou dos frutos que as quando o peso da coluna líquida torna-se maior contêm. do que a adesão das moléculas de água à parede A dispersão das sementes é um do tubo. Esse fenômeno é capaz de elevar a mecanismo importante para o sucesso da seiva bruta a menos de 1 metro do solo, não espécie, uma vez que permite aos organismos a explicando o transporte em plantas maiores. exploração de novos ambientes. A disseminação 12
  • 15. Existem outras duas teorias para explicar a A explicação mais aceita para a condução da seiva bruta das raízes até as folhas: translocação foi proposta pelo botânico Ernst pressão positiva da raiz e coesão-tensão. Munch, em 1927, é denominada Teoria do fluxo A pressão positiva é o transporte ativo de em massa. Segundo essa teoria, a seiva sais para o interior do xilema da raiz, o que elaborada move-se através do floema, ao longo provoca aumento da concentração osmótica em de um gradiente decrescente de concentração relação à solução aquosa do solo. Há grande desde o local em que é produzida até o local em entrada de água por osmose no xilema da raiz, que é consumida impulsionando a seiva bruta para cima. Esse fenômeno está restrito a algumas Transpiração plantas de pequeno porte submetidas a certas condições especiais. O excesso de seiva bruta A transpiração corresponde à perda de água pode inclusive sair sob a forma de gotas pelos sob a forma de vapor. E o principal órgão dela é hidatódios, estômatos que perderam a a folha, na qual a transpiração pode ocorrer por capacidade de abertura e fechamento do poro e meio da cutícula que reveste a epiderme, que que se localizam nas bordas das folhas de certas pode ser chamada de transpiração cuticular que plantas. Esse fenômeno é a gutação. Ela ocorre é pouco intensa e independente do controle do quando a transpiração é muito lenta ou ausente. organismo, e a transpiração estomática no qual é A pressão da raiz não explica a condução da o principal mecanismo de perda de água pela seiva bruta até a copa de árvores altas. O que planta e depende do controle do organismo. melhor explica é a teoria da coesão-tensão, A abertura e o fechamento dos estômatos formulada pelo botânico Henry Dixon; que são controlados por vários fatores, o principal é criou a teoria de Dixon e segundo essa teoria, a a água. E se as plantas estiverem com seu perda de água por transpiração nas folhas suprimento adequado de água, as células atuaria como uma forma de sucção da água. estomáticas permanecem túrgidas, ou seja, o A perda de água por transpiração nas ostíolo aberto, e se não estiver suprimento folhas faz com que suas células fiquem com insuficiente às células perdem a água, e assim força de sucção aumentada. Com isso, tendem a fecham o ostíolo. absorver água do xilema. A água passa então do xilema para as células do clorênquima das Fotossíntese x Respiração folhas. As moléculas de água ficam muito coesas e são puxadas sobtensão. Os alimentos produzidos por fotossíntese Forma-se uma coluna contínua de água no são utilizados pela própria planta para a interior do xilema, desde as raízes até as folhas. execução das diferentes funções vitais. A Segundo essa teoria da coesão-tensão a liberação da energia desses alimentos é feita absorção e a condução de água estão pela respiração. relacionadas com a transpiração. A nutrição e o desenvolvimento da planta dependem do equilíbrio entre esses dois Condução da seiva elaborada processos. A fotossíntese depende da luz (aumentando-se a intensidade luminosa, há A seiva elaborada, rica em açucares aumento da taxa de fotossíntese). Já a respiração produzidos por fotossíntese, é conduzida das independe da luz. folhas para as diversas partes da planta através A intensidade luminosa na qual a taxa de dos elementos crivados do floema ou líber. fotossíntese se iguala a da respiração é Nas dicotiledôneas e nas gimnospermas, os denominada ponto de compensação fótica vasos liberianos localizam-se na casca do caule (PC).Nessa intensidade de luz todo o oxigênio enquanto os vasos lenhosos, que conduzem a produzido por fotossíntese e consumido pela seiva bruta, localizam-se mais internamente. respiração, e todo o gás carbônico produzido Retirando-se um anel completo da casca de por respiração é consumido pela fotossíntese. um tronco, podemos notar, após algumas O valor do PC varia dependendo da espécie semanas, que a casca logo acima do corte fica de planta: com acumulo de seiva elaborada, o que estimula - Heliófitas: plantas de sol, só se desenvolvem a formação de tecido no local. bem com muita luz -> PC maior. - Umbrofilas: As folhas continuam a receber a seiva plantas de sombra desenvolvem-se bem com bruta, mas a s raízes e as demais partes abaixo pouca luz->PC menor. do corte deixarão de receber a seiva elaborada. Dessa forma por falta de nutrição a planta morrera. 13
  • 16. Hormônios Vegetais Outros fitormônios Os hormônios vegetais ou fitomônios Hormônio - local de produção e efeitos. atuam no crescimento das plantas. Auxinas, Giberelinas – são produzidas em meristemas. giberalinas, citocininas, acído abscísico e etileno Sementes, folhas jovens e frutos, estimulam o são os principais hormônios. alongamento e a divisão celular. Etc. Citocininas – produzidas nas raízes e Auxina conduzidas para toda a planta. Estimulam a divisão e a diferença celular. Etc. Existem vários tipos de auxina naturais que Etileno – é um gás produzido em várias partes são produzidas pela sua própria planta. Embora da planta. Atua na indução do amadurecimento que algumas auxinas sintéticas são fabricadas dos frutos e promove a abscisão. em laboratório. Uma auxina natural conhecida Ácido abscísico (ABA) – é produzido nas como AIA (acido-indolil-aótico) que é folhas no caule e no ápice. Inibe o crescimento produzido no ápice caulinar em folhas jovens e das plantas. sementes que ficam em desenvolvimento. Uns dos vários efeitos das auxinas na planta são: Efeitos da Luz sobre o desenvolvimento da •Crescimento do caule e da raiz: que são os que planta promovem alongamento das células e não sua divisão. Efeito da aplicação d AIA sobre o A luz não possui um papel importante crescimento. apenas na fotossíntese, mas também na Esse gráfico apresenta uma aplicação de morfogênese vegetal, os principais efeitos se referem à germinação das sementes, ao estiolamento, ao desenvolvimento e à floração. •Fitocromo: Os efeitos morfogenéticos mencionados estão relacionados à captação de luz por um pigmento denominado fitocromo, que ocorre de duas formas: uma inativa chamada de fitocromo R e uma ativa, chamada fitocromo F. O fitocromo R transforma-se em fitocromo F ao absorver luz vermelha de comprimento de onda ao redor de 660nm (vermelho curto), O fitocromo F pode ser convertido em fitocromo R ao absorver luz vermelha de comprimento de diferentes concentrações de AIA. onda de 760nm (vermelho longo) ou se • Tropismos: são auxinas que controlam permanecer escuro. os tropismos que são movimentos orientados por um estímulo e que ocorrem em função do Vermelho curto crescimento. Exemplo: FITOCROMO R FITOCROMO F Estímulos de luz – fototropismo; Força da gravidade da terra – gravitropismo ou Escuro ou vermelho longo geotropismo; Produção de raízes adventícias: fazem que o •Fotoblastismo: É o efeito da luz sobre a grupo de células se desdiferem. germinação das sementes. Algumas sementes Formação de frutos: dão origem ás sementes germinam apenas quando estimuladas pela luz, após a fecundidade, durante seus como as de alface, esse tipo de sementes são desenvolvimentos produzem grande quantidade chamadas de fotoblásticas positivas, outras de auxinas que estimulam o ovário a formar sementes, como as de melancia, por exemplo, frutos. tem a germinação inibida pela luz, estas são Abscisão: as folhas velhas apresentam chamadas de fotoblásticas negativas. concentração de auxinas inferiores ao do caule que forma a camada de abscisão. Causando a queda da folha. 14
  • 17. QUESTIONÁRIO •Luz e Estiolamento: Estiolamento é o conjunto das características apresenta das por uma planta que se desenvolve no escuro. As principais características são: ausência de 1. Qual a importância da luz na morfogênese clorofila, apresentando cor branca amarelada, folhas pequenas, caule muito mais longo e ápice vegetal das plantas? caulinar em forma de gancho. O estiolamento as plantas recém-germinadas do atrito com o solo e 2. Quais as diferenças entre uma planta que faz com que elas cresçam mais rapidamente em se desenvolve no escuro, e uma planta que direção à luz, ao atingi-la a planta passa a ter se desenvolve em ambientes com muita luz? desenvolvimento normal. 3. O que é fotoperiodismo? •Fotoperiodismo: São respostas biológicas relacionadas com a duração do dia e da noite, 4. Como ocorre a absorção da água e dos especialmente da noite, que varia de acordo com sais minerais através da planta? as estações do ano. As plantas percebem essas variações por meio do fitocromo e tem a 5. O que é transpiração cuticular e floração influenciada por elas. Quanto ao fotoperiodismo, as plantas são classificadas em: transpiração estomática? Qual sua função? Plantas neutras: Florescem independente 6. “São os órgãos reprodutivos das do comprimento da noite. ex:tomate angiospermas, são o aspecto mais marcante Plantas de dias curtos: Florescem para as distinguir de outras plantas que quando submetidas a um período escuro mais ou produzem sementes. Auxiliam as igual ao seu período critico (claro). Ex: angiospermas a alcançar uma grande morango adaptabilidade e a ampliar os ecossistemas Plantas de dias longos: Florescem abertos para elas”. quando submetidas a períodos escuros menores A afirmação se refere á que parte da planta? ao período crítico (claro). Ex: alface Acredita-se que os fitocromos 7. Um dos fatores que concorrem para a desencadeiam a síntese de certos hormônios chamados de florígenos ou hormônios de germinação é a entrada de água na semente, floração, estes migram das folhas através do promovendo assim o aumento do volume da floema, induzindo a floração. semente e o rompimento do seu tegumento. Qual o nome desse processo? 8. O que seria uma Epiderme? 9. O que é prótalo das pteridófitas? 10. Complete: "Nos diversos grupos de plantas, o gameta feminino, chamado ___________, é sempre imóvel. Já os gametas masculinos são glafelados nas briófitas e nas pteridófitas, recebendo nesses casos o nome de __________. Nas gimnospermas e nas angiospermas, entretanto, eles não são flagelados e são chamados ______________". Confira as respostas em: http://hmbio.blogspot.com 15
  • 18. BIBLIOGRAFIA Biologia-volume único/Sônia Lopes, Sergio Rosso.-1. Ed.-São Paulo : Saraiva, 2005. vestibularseriado.com.br amigosdotufao.blogspot.com http://www.biologados.com.br/images/gnetophy ta_welwitschia_estrobilo.jpg http://2.bp.blogspot.com/_4UfJIzs3JXA/Sj5KZ8 euaiI/AAAAAAAAAAo/6SMrVZ3cJ8Y/s320/p inha.jpg http://biology.unm.edu http://www.thaigoodview.com http://biology.unm.edu/ccouncil/Biology_203/S ummaries/Non-floweringPlants.htm http://www.not1.xpg.com.br/briofitas-e- pteridofitas-ciclos-e-caracteristicas-biologia- vegetal/ http://mateusrafaelbioifes.wordpress.com/ http://mateusrafaelbioifes.wordpress.com/ 16