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288
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
Flávia Moreno Duarte*
Suzy Darlen Soares de Almeida**
Karine Anusca Martins***
Este estudo objetivou caracterizar a alimentação fora do domicílio de universitários da área da saúde de uma institui-
ção privada de Goiânia-GO, Brasil. Trata-se de um estudo transversal e descritivo, com 101 universitários dos cursos de
-
frutas (35,8%), doces (26,3%), salgados (25,3%) e biscoitos (20,0%). Os acadêmicos de nutrição procuram alimentos mais
-
Goiânia-GO, Brasil.
289
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
INTRODUÇÃO
Com o processo de urbanização, observa-
-
mentares e no estilo de vida das pessoas, atu-
-
velam um crescimento do consumo de alimentos
fora do domicílio. No Brasil, esse crescimento re-
presenta 35,1%1
, contudo, em algumas décadas
poderá ultrapassar a marca dos 50,0%2
.
Observa-se a crescente procura por alimen-
despesas monetárias despendidas com alimenta-
2008-20093
, os gastos mensais com a alimenta-
ção fora do domicílio representaram 31,1%, o
representava 24,1% das despesas4
.
Com essa representatividade, o setor ali-
mentício deve-se responsabilizar pela produção
-
de de reestabelecer as necessidades alimentares
5
.
Tem crescido a preferência dos consumi-
6
.
-
para a ausência de inocuidade dos alimentos
consumidos, além de representar riscos à saúde
e nutrição, bem como aumentar a incidência de
7
.
repercutem diretamente na situação nutricional da
população, pois nem sempre são balanceadas do
ponto de vista nutricional e, em geral, são menos
-
zidas em casa8
-
o aparecimento de Doenças Crônicas Não Trans-
-
pertensão arterial, dislipidemias, entre outras9
.
suscetíveis a esse segmento da alimentação,
como é o caso dos universitários. O meio univer-
forma apropriada, uma alimentação saudável e
-
tre elas, a sobreposição de atividades, mudanças
comportamentais, planejamento inapropriado do
tempo, entre outros fatores psicossociais envolvi-
10
.
de vida, como a entrada na universidade, as no-
estilo de vida diferenciado, podem tornar os uni-
versitários grandes consumidores da alimentação
fora do domicílio e possivelmente um grupo vul-
11
.
Desse modo, o presente estudo teve como
objetivo caracterizar a alimentação fora do domi-
cílio de universitários da área da saúde de uma
instituição privada de Goiânia-GO, Brasil.
MÉTODO
Realizou-se um estudo transversal, com es-
tudantes regularmente matriculados nos cursos de
-
do Estado de Goiás, no município de Goiânia, no
período de fevereiro a maio de 2011.
-
ma Epi Info versão 6.04, a partir do número total
Segundo o levantamento, estavam matriculados
1.588 alunos, sendo 633 acadêmicos de enfer-
35,0%1,4
-
290
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
de alimentos fora do domicílio atingiu 35,1%),
com uma margem de erro aceitável de 5,0%,
de 1.588 alunos, totalizando uma amostra de 101
acadêmicos, divididos proporcionalmente entre
os cursos de Enfermagem (40), Nutrição (35) e
O processo de amostragem seguiu o critério
por meio de sorteio, de acordo com a relação de
-
cançar universitários de todos os períodos.
(a) ter idade igual ou superior a 18 anos; (b) acei-
e (c) estar presente no dia sorteado para aplica-
-
(c) não estar presente no dia sorteado para aplica-
-
-
8
, Castelo Branco12
e Jomori13
,
-
familiar, número de moradores na residência) e
tipos de estabelecimentos, refeição mais consu-
mida, motivo de se alimentar fora, entre outros).
participantes deixaram de responder algumas
dos dados.
-
consensual). Estimou-se a renda a partir do rendi-
mento mensal de todos os integrantes da família.
Os extratos de renda considerados em salários mí-
entre cinco e dez, e mais de dez salários. O valor
do salário considerado foi referente ao salário mí-
nimo vigente em fevereiro de 2011 (R$ 545,00).
-
alimentos fora do domicílio foi fundamentada no
estudo de Bezerra9
de alimentos baseou-se em diretrizes brasileiras
-
14
-
alcoólicas, refrigerantes, biscoitos, frutas, doces,
leite e derivados, fast foods
biscoitos, os doces, os fast foods e os salgados fri-
tos e assados foram selecionados como possíveis
marcadores do consumo de uma alimentação
-
são, acidente vascular cerebral, doenças cardía-
cas e câncer14
.
tipos doces e salgados. No grupo dos doces, fo-
sorvete, entre outros. O grupo dos fast foods re-
-
pastel e outros.
Os grupos de frutas e de leite e derivados
foram incluídos como possíveis marcadores de
-
das, em termos de saúde pública, como alimen-
são recomendados por serem fonte importante de
-
mentação14
.
um grupo de alimentos, pois, no Brasil, as refei-
esse padrão alimentar se associa a baixo risco de
sobrepeso e obesidade1
. Esse grupo inclui almo-
ço e jantar a la carte e self service.
-
mentos disponíveis na região universitária são va-
self
291
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
service
fast-foods, restaurante universitário,
bares, pastelarias e vendedores ambulantes.
software Excel 2007 e analisados utilizando-se
-
de p < 0,05.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
RESULTADOS
-
feminino (85,1%), com faixa etária entre 18 e
21 anos (68,3%), residente em Goiânia (86,1%),
solteira (85,2%) e moravam em domicílios com-
os três cursos.
-
-
-
essa alimentação fora de casa, obteve-se uma mé-
dia de R$ 11,10 ± 7,3 por dia, com variação entre
R$ 2,00 e R$ 30,00 (dois a trinta reais) (Tabela 1).
Tabela 1.
ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011
Variáveis
Cursos de Graduação
pEnfermagem Nutrição Fisioterapia Total
n % n % n % n %
Sexo
03 7,5 03 8,6 09 34,6 15 14,9
0,28a
37 92,5 32 91,4 17 65,4 86 85,1
Faixa etária
18 - 21 anos 23 57,5 24 68,6 22 84,6 69 68,3 0,32b
0,35a
0,38a
0,40a
22 - 25 anos 08 20,0 07 20,0 04 15,4 19 18,8
26 - 29 anos 05 12,5 02 5,7 00 0,0 07 6,9
04 10,0 02 5,7 00 0,0 06 5,9
Residente em Goiânia
Sim 36 90,0 29 82,9 22 84,6 87 86,1
0,55a
Não 04 10,0 06 17,1 04 15,4 14 13,9
Estado Civil
34 85,0 30 85,8 24 92,3 88 87,2
0,61a
06 15 05 14,3 02 7,7 13 12,9
292
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
-
em seguida, os acadêmicos de nutrição (82,9%) e
já adoeceram após ingerirem alimentos na rua e
-
ço (32,7%) foi a refeição de maior consumo
(24,8%) e da colação (20,8%). Cabe ressaltar
-
miram em maior proporção o almoço (46,2%)
-
trição, a colação (31,4%).
Moradores por domicílios
28 70,0 25 71,4 13 50,0 66 65,4
0,37b
> 4 12 30,0 10 28,6 13 50,0 35 34,7
Trabalha fora
Sim 07 17,5 10 28,6 10 38,5 27 26,7
0,36b
Não 33 82,5 25 71,4 16 61,5 74 73,3
Renda mensal familiar (em salários mínimos)
04 10 04 11,4 05 19,2 13 12,9 0,37a
13 32,5 10 28,6 04 15,4 27 26,7 0,65a
05 12,5 06 17,1 10 38,5 21 20,8 0,25b
> 10 05 12,5 06 17,1 06 23,1 17 16,8 0,71b
Não sabem 13 32,5 09 25,7 01 3,8 23 22,8 0,76a
Tabela 2.
uma instituição de ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011
Frequência de consu-
mo das refeições
4 a 7 vza
/sem
1 a 3 vza
/
sem
1 a 3 vza
/
mês
Menos de 3
vza
/mês
Nunca
n % n % n % n % n %
Desjejum 07 17,5 08 20 01 2,5 05 12,5 19 47,5
Colação 06 15,0 11 27,5 02 5,0 07 17,5 14 35,0
13 32,5 12 30,0 08 20,0 03 7,5 04 10,0
08 20,0 18 45,0 06 15,0 05 12,5 03 7,5
Jantar 05 12,5 04 10,0 07 17,5 07 17,5 17 42,5
Ceia 02 5,0 07 17,5 08 20,0 03 7,5 20 50,0
Tabela 1.
ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 (continuação)
293
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
-
restaurantes tipo fast food (11,9%), com consumo
decisão para a alimentação fora de casa foram
sobre a decisão de sair para se alimentar, foram
-
aos fatores responsá-
alimentar fora de casa, os universitários conside-
dos alimentos (75,2%), a aparência (68,3%), o
sabor (67,3%) e a oferta de alimentos saudáveis
-
bilidade da informação nutricional nos estabe-
do domicílio (Tabela 3), os maiores percentuais
leite e derivados (43,2%, n=41), frutas (35,8%,
n=34), doces (26,3%, n=25), salgados (25,3%,
n=24) e biscoitos (20,0%, n=19). O consumo de
leite e derivados foi maior no curso de nutrição
-
n=10) e na nutrição (41,2%; n=14); de doces os
maiores percentuais foram para os acadêmicos de
enfermagem (32,4%; n=12) e menores para os da
(17,6%; n=6); e de biscoitos, os maiores consumos
n=6) e menores para os de nutrição (17,6%; n=6).
Já os fast foods apareceram com 38,9%
-
e menores para a enfermagem (35,1%; n=13).
Desjejum 07 20,0 04 11,4 04 11,4 04 11,4 16 45,7
Colação 11 31,4 08 22,9 04 11,4 01 2,9 11 31,4
08 22,9 06 17,1 11 31,4 05 14,3 05 14,3
09 25,7 06 17,1 05 14,3 04 11,4 11 31,4
Jantar 04 11,4 06 17,1 04 11,4 07 20,0 14 40,0
Ceia 03 8,6 03 8,6 05 14,3 07 20,0 17 48,6
Desjejum 05 19,2 03 11,5 02 7,7 04 15,4 12 46,2
Colação 04 15,4 05 19,2 04 15,4 05 19,2 08 30,8
12 46,2 03 11,5 04 15,4 02 7,7 05 19,2
08 30,8 00 0,0 04 15,4 02 7,7 12 46,2
Jantar 04 15,4 04 15,4 05 19,2 03 11,5 10 38,5
Ceia 01 3,8 02 7,7 06 23,1 01 3,8 16 61,5
Tabela 2.
uma instituição de ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 (continuação)
294
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
Os refrigerantes foram consumidos em
-
do os de fisioterapia os maiores consumido-
res (25,0%; n=6), seguido dos estudantes de
enfermagem (21,6%; n=8) e nutrição (5,9%;
n=2).
Em relação ao consumo de bebidas alcoó-
licas, 51,6% (n=49) dos acadêmicos relataram
-
riram bebidas alcoólicas, aproximadamente um
Tabela 3.
uma instituição de ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011
Grupo de Alimentos
1 vza
ou
mais/dia
4-6 vza
/
sem
1-3 vza
/sem 1-4 vza
/mês
Menos 4
vza
/mês
Nunca
n % n % n % n % n % n %
c
)
Salgados 08 21,6 03 8,1 08 21,6 07 21,6 08 21,6 03 8,1
06 16,2 00 0,0 08 21,6 13 35,1 09 24,3 01 2,7
Refrigerantes 08 21,6 06 16,2 09 24,3 02 5,4 05 13,5 07 18,9
B. alcoólicasb
01 2,7 00 0,0 05 13,5 07 18,9 03 8,1 21 56,8
Biscoitos 07 18,9 07 18,9 11 29,7 07 18,9 03 8,1 02 5,4
10 27,0 13 35,1 05 13,5 03 8,1 01 2,7 05 13,5
Doces 12 32,4 07 18,9 10 27,0 06 12,2 01 2,7 01 2,7
15 40,5 08 21,6 00 0,0 06 16,2 01 2,7 07 18,9
c
)
Salgados 06 17,6 02 5,9 07 20,6 04 11,8 10 29,4 05 14,7
Fast foods 02 5,9 01 2,9 05 14,7 13 38,2 09 26,5 04 11,8
Refrigerantes 02 5,9 08 23,5 07 20,6 05 14,7 04 11,8 08 23,5
B. alcoólicasb
00 0,0 02 5,9 01 2,9 06 17,6 07 20,6 18 52,9
Biscoitos 06 17,6 05 14,7 08 23,5 05 14,7 05 14,7 05 14,7
14 41,2 05 14,7 06 17,6 04 11,8 04 11,8 01 2,9
Doces 08 23,5 06 17,6 10 29,4 05 14,7 04 11,8 01 2,9
18 52,9 06 17,6 04 11,8 00 0,0 04 11,8 02 5,9
c
)
Salgados 10 41,7 02 8,3 06 25,0 03 12,5 01 4,2 02 8,3
03 12,5 00 0,0 03 12,5 11 45,8 06 25,0 01 2,7
Refrigerantes 06 25,0 05 20,8 05 20,8 03 12,5 03 12,5 02 8,3
B. alcoólicasb
00 0,0 02 8,3 01 4,2 07 29,2 04 16,7 10 41,7
Biscoitos 06 25,0 03 12,5 04 16,7 05 20,8 04 16,7 02 8,3
10 41,7 05 20,8 05 20,8 00 0,0 02 8,3 02 8,3
Doces 05 20,8 06 25,0 05 20,8 05 20,8 01 4,2 02 8,3
08 33,3 07 29,2 06 25,0 01 4,2 00 0,0 02 8,3
295
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
DISCUSSÃO
o consumo alimentar fora de casa é uma realida-
prevalência de consumo de alimentos fora do do-
prevalência no Brasil (35,1%) e maior em 53,3%
comparado na região Centro-Oeste (30,9%)1
.
-
-
alimentos para consumo imediato no país15
. Os
consumidores asiáticos também revelaram uma
-
-
to apresenta um crescimento anual de mais de
como por falta de prática e de motivação para
16
.
-
tos fora do lar está em expansão. E, em função
dos problemas de saúde pública relacionados
-
ta-se uma predominância do sexo feminino, não
-
racterístico em cursos da área de saúde, conforme
avaliaram estudantes dessa área de formação17,18
.
-
11
-
nal e de saúde de adolescentes recém-ingressos
em uma universidade pública.
-
te na determinação da alimentação fora do do-
-
nal de R$ 14,371
. Dessa forma, a orientação aos
-
de fundamental importância.
O comércio de alimentos de rua ao mesmo
-
-
dade de vida, também pode torná-las vulneráveis
-
veis de transmitirem diversos patógenos19
.
-
lação dos alimentos representa um grande risco
sanitário para a saúde dos consumidores, consti-
tuindo-se em grave problema de saúde pública6
.
-
-
alimentos na rua.
a comercialização de comida de rua no Distri-
to Censitário Central, área de grande representa-
tividade nesse segmento, pois engloba o maior
número de atividades comerciais e estudantis da
-
tos comercializados nas ruas apresentavam alto
procedimentos de preparação, armazenamento e
20
.
-
mentos de rua com o objetivo de minimizar os
Outro importante parâmetro a ser analisado
-
ciadas pela preocupação com a aparência física
(massa corporal), realidade citada pela maioria
dos universitários no presente estudo. Essa pre-
ocupação com a aparência física é apresentada
por outros autores6,13,21
-
de nutricional como o atributo mais importante
na compra dos alimentos para serem consumi-
forma física e com uma vida saudável.
296
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
-
8,12
.
-
4
fora do domicílio destina-se ao almoço e jantar
-
ponsáveis por 10,0% do total despendido com
alimentação. E em seguida estão as despesas com
alimentação.
estabelecimento mais procurado para se alimen-
aceitos pelo consumidor. Essa grande expansão
ocorre devido ao fato desses estabelecimentos
permitirem, de maneira rápida e com um custo
realize uma refeição completa22
.
fast food,
serviços, em especial pelos agrupamentos mais
jovens conforme constatado no presente estu-
8,12
. Esse resultado
oferecerem uma alimentação rápida, cômoda
para as outras atividades, principalmente as aca-
dêmicas7
.
maioria das vezes, segundo relato dos estudantes
entrevistados. O universitário na falta de tempo
para voltar para casa e realizar sua refeição ou
mesmo para prepará-la, opta pela alimentação
fora do domicílio23
.
-
-
-
do pelo fato dos consumidores relacionarem ali-
22
. Esses resultados também
seguem a mesma tendência de outros estudos8,12
.
-
frutas, doces, salgados e biscoitos.
No entanto, outros estudos24,25
encontra-
ram percentuais ainda maiores de consumo de
-
tamento alimentar em uma moradia estudantil,
em sua maioria universitária, estudiosos veri-
-
25,0% consumiram uma fruta e 27,0% mais de
uma fruta24
-
rivados, 39,0% dos entrevistados não o consu-
miram no dia anterior, 44,0% consumiram uma
porção e 17,0% duas ou mais24 25
ao analisar o uso de suplementos alimentares
-
miam uma porção de frutas por dia (64,5%);
-
O grupo dos doces apresentou a terceira
-
25,26
elevado de doces na comunidade universitária,
condição esta denominada como negativa da ali-
mentação fora do domicílio.
-
tes e biscoitos, em períodos de maior atividade
circunstâncias, como pode sugerir indícios de
-
11
.
Outras características negativas da alimen-
-
mente alta do consumo de salgados, biscoitos e
fast foods
1
. Os salgados vendidos, na maioria
das vezes, são fritos20
e assim como os fast foods,
são grandes fontes de gordura saturada e gordu-
297
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
fatores de risco para doenças cardiovasculares.
-
tam elevado teor de gorduras trans e sal ou açú-
-
tidades14
.
-
portante do grupo dos refrigerantes, em especial
se avaliado com sua disponibilidade domiciliar,
do país entre 1974 e 200327
. Seu consumo fre-
de peso14
-
percentual de consumo de doces e refrigerantes16
.
Observou-se no presente estudo uma fre-
-
-
versitários11,25
, porém ainda preocupante, visto
sociais e nutricionais.
de alimentos saudáveis fora de casa, pela
maioria da população estudada, pode ser ex-
plicado pela pouca disponibilidade destes no
comércio próximo à universidade ou pelas
marketing direcionadas a produtos
-
-
posta pelo aluno de trazer de casa algum tipo
de alimento. Somados a estes fatores interve-
12
.
-
ção estudada apresenta um comportamento se-
buscando alimentos não muito saudáveis para
Dessa forma, os alunos da área de saúde contra-
riam os princípios de consumo de uma alimenta-
uma real mudança no estilo de vida, mesmo sen-
do um público formador de opinião14
.
Nesse sentido, as universidades possuem
importante papel a cumprir para contribuir com
a formação ampla e consciente de seus acadê-
micos, além de incluir a oferta de atividades de
educação alimentar e nutricional e promoção de
Estudos como este são de fundamental im-
portância para o ramo da alimentação fora do
para o direcionamento de estratégias para a pro-
Dentre os fatores limitantes do presente es-
tudo destaca-se o número reduzido de estudantes
avaliados e por serem representantes de apenas
-
liação do estado nutricional para correlacionar
com o consumo de alimentos fora do domicílio.
CONCLUSÃO
analisada caracteriza-se com um consumo ele-
mais consumida pelos universitários é o almoço
e o estabelecimento mais procurado para se ali-
-
do local e dos funcionários. Os acadêmicos de
-
relativamente alta de doces, salgados, biscoitos,
fast foods e -
trição apresentaram um consumo maior dos ali-
-
conduzidos com amostras mais amplas de con-
possibilidade de avaliar o estado nutricional e a
correlação dos alimentos fora de casa, bem como
-
298
OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298
REFERÊNCIAS
-
-
-
-
o
ao 5o
-

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Alimentação fora do domicílio de universitários de alguns cursos da área da saúde de uma instituição privada

  • 1. 288 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 Flávia Moreno Duarte* Suzy Darlen Soares de Almeida** Karine Anusca Martins*** Este estudo objetivou caracterizar a alimentação fora do domicílio de universitários da área da saúde de uma institui- ção privada de Goiânia-GO, Brasil. Trata-se de um estudo transversal e descritivo, com 101 universitários dos cursos de - frutas (35,8%), doces (26,3%), salgados (25,3%) e biscoitos (20,0%). Os acadêmicos de nutrição procuram alimentos mais - Goiânia-GO, Brasil.
  • 2. 289 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 INTRODUÇÃO Com o processo de urbanização, observa- - mentares e no estilo de vida das pessoas, atu- - velam um crescimento do consumo de alimentos fora do domicílio. No Brasil, esse crescimento re- presenta 35,1%1 , contudo, em algumas décadas poderá ultrapassar a marca dos 50,0%2 . Observa-se a crescente procura por alimen- despesas monetárias despendidas com alimenta- 2008-20093 , os gastos mensais com a alimenta- ção fora do domicílio representaram 31,1%, o representava 24,1% das despesas4 . Com essa representatividade, o setor ali- mentício deve-se responsabilizar pela produção - de de reestabelecer as necessidades alimentares 5 . Tem crescido a preferência dos consumi- 6 . - para a ausência de inocuidade dos alimentos consumidos, além de representar riscos à saúde e nutrição, bem como aumentar a incidência de 7 . repercutem diretamente na situação nutricional da população, pois nem sempre são balanceadas do ponto de vista nutricional e, em geral, são menos - zidas em casa8 - o aparecimento de Doenças Crônicas Não Trans- - pertensão arterial, dislipidemias, entre outras9 . suscetíveis a esse segmento da alimentação, como é o caso dos universitários. O meio univer- forma apropriada, uma alimentação saudável e - tre elas, a sobreposição de atividades, mudanças comportamentais, planejamento inapropriado do tempo, entre outros fatores psicossociais envolvi- 10 . de vida, como a entrada na universidade, as no- estilo de vida diferenciado, podem tornar os uni- versitários grandes consumidores da alimentação fora do domicílio e possivelmente um grupo vul- 11 . Desse modo, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a alimentação fora do domi- cílio de universitários da área da saúde de uma instituição privada de Goiânia-GO, Brasil. MÉTODO Realizou-se um estudo transversal, com es- tudantes regularmente matriculados nos cursos de - do Estado de Goiás, no município de Goiânia, no período de fevereiro a maio de 2011. - ma Epi Info versão 6.04, a partir do número total Segundo o levantamento, estavam matriculados 1.588 alunos, sendo 633 acadêmicos de enfer- 35,0%1,4 -
  • 3. 290 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 de alimentos fora do domicílio atingiu 35,1%), com uma margem de erro aceitável de 5,0%, de 1.588 alunos, totalizando uma amostra de 101 acadêmicos, divididos proporcionalmente entre os cursos de Enfermagem (40), Nutrição (35) e O processo de amostragem seguiu o critério por meio de sorteio, de acordo com a relação de - cançar universitários de todos os períodos. (a) ter idade igual ou superior a 18 anos; (b) acei- e (c) estar presente no dia sorteado para aplica- - (c) não estar presente no dia sorteado para aplica- - - 8 , Castelo Branco12 e Jomori13 , - familiar, número de moradores na residência) e tipos de estabelecimentos, refeição mais consu- mida, motivo de se alimentar fora, entre outros). participantes deixaram de responder algumas dos dados. - consensual). Estimou-se a renda a partir do rendi- mento mensal de todos os integrantes da família. Os extratos de renda considerados em salários mí- entre cinco e dez, e mais de dez salários. O valor do salário considerado foi referente ao salário mí- nimo vigente em fevereiro de 2011 (R$ 545,00). - alimentos fora do domicílio foi fundamentada no estudo de Bezerra9 de alimentos baseou-se em diretrizes brasileiras - 14 - alcoólicas, refrigerantes, biscoitos, frutas, doces, leite e derivados, fast foods biscoitos, os doces, os fast foods e os salgados fri- tos e assados foram selecionados como possíveis marcadores do consumo de uma alimentação - são, acidente vascular cerebral, doenças cardía- cas e câncer14 . tipos doces e salgados. No grupo dos doces, fo- sorvete, entre outros. O grupo dos fast foods re- - pastel e outros. Os grupos de frutas e de leite e derivados foram incluídos como possíveis marcadores de - das, em termos de saúde pública, como alimen- são recomendados por serem fonte importante de - mentação14 . um grupo de alimentos, pois, no Brasil, as refei- esse padrão alimentar se associa a baixo risco de sobrepeso e obesidade1 . Esse grupo inclui almo- ço e jantar a la carte e self service. - mentos disponíveis na região universitária são va- self
  • 4. 291 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 service fast-foods, restaurante universitário, bares, pastelarias e vendedores ambulantes. software Excel 2007 e analisados utilizando-se - de p < 0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética RESULTADOS - feminino (85,1%), com faixa etária entre 18 e 21 anos (68,3%), residente em Goiânia (86,1%), solteira (85,2%) e moravam em domicílios com- os três cursos. - - - essa alimentação fora de casa, obteve-se uma mé- dia de R$ 11,10 ± 7,3 por dia, com variação entre R$ 2,00 e R$ 30,00 (dois a trinta reais) (Tabela 1). Tabela 1. ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 Variáveis Cursos de Graduação pEnfermagem Nutrição Fisioterapia Total n % n % n % n % Sexo 03 7,5 03 8,6 09 34,6 15 14,9 0,28a 37 92,5 32 91,4 17 65,4 86 85,1 Faixa etária 18 - 21 anos 23 57,5 24 68,6 22 84,6 69 68,3 0,32b 0,35a 0,38a 0,40a 22 - 25 anos 08 20,0 07 20,0 04 15,4 19 18,8 26 - 29 anos 05 12,5 02 5,7 00 0,0 07 6,9 04 10,0 02 5,7 00 0,0 06 5,9 Residente em Goiânia Sim 36 90,0 29 82,9 22 84,6 87 86,1 0,55a Não 04 10,0 06 17,1 04 15,4 14 13,9 Estado Civil 34 85,0 30 85,8 24 92,3 88 87,2 0,61a 06 15 05 14,3 02 7,7 13 12,9
  • 5. 292 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 - em seguida, os acadêmicos de nutrição (82,9%) e já adoeceram após ingerirem alimentos na rua e - ço (32,7%) foi a refeição de maior consumo (24,8%) e da colação (20,8%). Cabe ressaltar - miram em maior proporção o almoço (46,2%) - trição, a colação (31,4%). Moradores por domicílios 28 70,0 25 71,4 13 50,0 66 65,4 0,37b > 4 12 30,0 10 28,6 13 50,0 35 34,7 Trabalha fora Sim 07 17,5 10 28,6 10 38,5 27 26,7 0,36b Não 33 82,5 25 71,4 16 61,5 74 73,3 Renda mensal familiar (em salários mínimos) 04 10 04 11,4 05 19,2 13 12,9 0,37a 13 32,5 10 28,6 04 15,4 27 26,7 0,65a 05 12,5 06 17,1 10 38,5 21 20,8 0,25b > 10 05 12,5 06 17,1 06 23,1 17 16,8 0,71b Não sabem 13 32,5 09 25,7 01 3,8 23 22,8 0,76a Tabela 2. uma instituição de ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 Frequência de consu- mo das refeições 4 a 7 vza /sem 1 a 3 vza / sem 1 a 3 vza / mês Menos de 3 vza /mês Nunca n % n % n % n % n % Desjejum 07 17,5 08 20 01 2,5 05 12,5 19 47,5 Colação 06 15,0 11 27,5 02 5,0 07 17,5 14 35,0 13 32,5 12 30,0 08 20,0 03 7,5 04 10,0 08 20,0 18 45,0 06 15,0 05 12,5 03 7,5 Jantar 05 12,5 04 10,0 07 17,5 07 17,5 17 42,5 Ceia 02 5,0 07 17,5 08 20,0 03 7,5 20 50,0 Tabela 1. ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 (continuação)
  • 6. 293 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 - restaurantes tipo fast food (11,9%), com consumo decisão para a alimentação fora de casa foram sobre a decisão de sair para se alimentar, foram - aos fatores responsá- alimentar fora de casa, os universitários conside- dos alimentos (75,2%), a aparência (68,3%), o sabor (67,3%) e a oferta de alimentos saudáveis - bilidade da informação nutricional nos estabe- do domicílio (Tabela 3), os maiores percentuais leite e derivados (43,2%, n=41), frutas (35,8%, n=34), doces (26,3%, n=25), salgados (25,3%, n=24) e biscoitos (20,0%, n=19). O consumo de leite e derivados foi maior no curso de nutrição - n=10) e na nutrição (41,2%; n=14); de doces os maiores percentuais foram para os acadêmicos de enfermagem (32,4%; n=12) e menores para os da (17,6%; n=6); e de biscoitos, os maiores consumos n=6) e menores para os de nutrição (17,6%; n=6). Já os fast foods apareceram com 38,9% - e menores para a enfermagem (35,1%; n=13). Desjejum 07 20,0 04 11,4 04 11,4 04 11,4 16 45,7 Colação 11 31,4 08 22,9 04 11,4 01 2,9 11 31,4 08 22,9 06 17,1 11 31,4 05 14,3 05 14,3 09 25,7 06 17,1 05 14,3 04 11,4 11 31,4 Jantar 04 11,4 06 17,1 04 11,4 07 20,0 14 40,0 Ceia 03 8,6 03 8,6 05 14,3 07 20,0 17 48,6 Desjejum 05 19,2 03 11,5 02 7,7 04 15,4 12 46,2 Colação 04 15,4 05 19,2 04 15,4 05 19,2 08 30,8 12 46,2 03 11,5 04 15,4 02 7,7 05 19,2 08 30,8 00 0,0 04 15,4 02 7,7 12 46,2 Jantar 04 15,4 04 15,4 05 19,2 03 11,5 10 38,5 Ceia 01 3,8 02 7,7 06 23,1 01 3,8 16 61,5 Tabela 2. uma instituição de ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 (continuação)
  • 7. 294 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 Os refrigerantes foram consumidos em - do os de fisioterapia os maiores consumido- res (25,0%; n=6), seguido dos estudantes de enfermagem (21,6%; n=8) e nutrição (5,9%; n=2). Em relação ao consumo de bebidas alcoó- licas, 51,6% (n=49) dos acadêmicos relataram - riram bebidas alcoólicas, aproximadamente um Tabela 3. uma instituição de ensino superior do Estado de Goiás. Goiânia-GO, 2011 Grupo de Alimentos 1 vza ou mais/dia 4-6 vza / sem 1-3 vza /sem 1-4 vza /mês Menos 4 vza /mês Nunca n % n % n % n % n % n % c ) Salgados 08 21,6 03 8,1 08 21,6 07 21,6 08 21,6 03 8,1 06 16,2 00 0,0 08 21,6 13 35,1 09 24,3 01 2,7 Refrigerantes 08 21,6 06 16,2 09 24,3 02 5,4 05 13,5 07 18,9 B. alcoólicasb 01 2,7 00 0,0 05 13,5 07 18,9 03 8,1 21 56,8 Biscoitos 07 18,9 07 18,9 11 29,7 07 18,9 03 8,1 02 5,4 10 27,0 13 35,1 05 13,5 03 8,1 01 2,7 05 13,5 Doces 12 32,4 07 18,9 10 27,0 06 12,2 01 2,7 01 2,7 15 40,5 08 21,6 00 0,0 06 16,2 01 2,7 07 18,9 c ) Salgados 06 17,6 02 5,9 07 20,6 04 11,8 10 29,4 05 14,7 Fast foods 02 5,9 01 2,9 05 14,7 13 38,2 09 26,5 04 11,8 Refrigerantes 02 5,9 08 23,5 07 20,6 05 14,7 04 11,8 08 23,5 B. alcoólicasb 00 0,0 02 5,9 01 2,9 06 17,6 07 20,6 18 52,9 Biscoitos 06 17,6 05 14,7 08 23,5 05 14,7 05 14,7 05 14,7 14 41,2 05 14,7 06 17,6 04 11,8 04 11,8 01 2,9 Doces 08 23,5 06 17,6 10 29,4 05 14,7 04 11,8 01 2,9 18 52,9 06 17,6 04 11,8 00 0,0 04 11,8 02 5,9 c ) Salgados 10 41,7 02 8,3 06 25,0 03 12,5 01 4,2 02 8,3 03 12,5 00 0,0 03 12,5 11 45,8 06 25,0 01 2,7 Refrigerantes 06 25,0 05 20,8 05 20,8 03 12,5 03 12,5 02 8,3 B. alcoólicasb 00 0,0 02 8,3 01 4,2 07 29,2 04 16,7 10 41,7 Biscoitos 06 25,0 03 12,5 04 16,7 05 20,8 04 16,7 02 8,3 10 41,7 05 20,8 05 20,8 00 0,0 02 8,3 02 8,3 Doces 05 20,8 06 25,0 05 20,8 05 20,8 01 4,2 02 8,3 08 33,3 07 29,2 06 25,0 01 4,2 00 0,0 02 8,3
  • 8. 295 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 DISCUSSÃO o consumo alimentar fora de casa é uma realida- prevalência de consumo de alimentos fora do do- prevalência no Brasil (35,1%) e maior em 53,3% comparado na região Centro-Oeste (30,9%)1 . - - alimentos para consumo imediato no país15 . Os consumidores asiáticos também revelaram uma - - to apresenta um crescimento anual de mais de como por falta de prática e de motivação para 16 . - tos fora do lar está em expansão. E, em função dos problemas de saúde pública relacionados - ta-se uma predominância do sexo feminino, não - racterístico em cursos da área de saúde, conforme avaliaram estudantes dessa área de formação17,18 . - 11 - nal e de saúde de adolescentes recém-ingressos em uma universidade pública. - te na determinação da alimentação fora do do- - nal de R$ 14,371 . Dessa forma, a orientação aos - de fundamental importância. O comércio de alimentos de rua ao mesmo - - dade de vida, também pode torná-las vulneráveis - veis de transmitirem diversos patógenos19 . - lação dos alimentos representa um grande risco sanitário para a saúde dos consumidores, consti- tuindo-se em grave problema de saúde pública6 . - - alimentos na rua. a comercialização de comida de rua no Distri- to Censitário Central, área de grande representa- tividade nesse segmento, pois engloba o maior número de atividades comerciais e estudantis da - tos comercializados nas ruas apresentavam alto procedimentos de preparação, armazenamento e 20 . - mentos de rua com o objetivo de minimizar os Outro importante parâmetro a ser analisado - ciadas pela preocupação com a aparência física (massa corporal), realidade citada pela maioria dos universitários no presente estudo. Essa pre- ocupação com a aparência física é apresentada por outros autores6,13,21 - de nutricional como o atributo mais importante na compra dos alimentos para serem consumi- forma física e com uma vida saudável.
  • 9. 296 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 - 8,12 . - 4 fora do domicílio destina-se ao almoço e jantar - ponsáveis por 10,0% do total despendido com alimentação. E em seguida estão as despesas com alimentação. estabelecimento mais procurado para se alimen- aceitos pelo consumidor. Essa grande expansão ocorre devido ao fato desses estabelecimentos permitirem, de maneira rápida e com um custo realize uma refeição completa22 . fast food, serviços, em especial pelos agrupamentos mais jovens conforme constatado no presente estu- 8,12 . Esse resultado oferecerem uma alimentação rápida, cômoda para as outras atividades, principalmente as aca- dêmicas7 . maioria das vezes, segundo relato dos estudantes entrevistados. O universitário na falta de tempo para voltar para casa e realizar sua refeição ou mesmo para prepará-la, opta pela alimentação fora do domicílio23 . - - - do pelo fato dos consumidores relacionarem ali- 22 . Esses resultados também seguem a mesma tendência de outros estudos8,12 . - frutas, doces, salgados e biscoitos. No entanto, outros estudos24,25 encontra- ram percentuais ainda maiores de consumo de - tamento alimentar em uma moradia estudantil, em sua maioria universitária, estudiosos veri- - 25,0% consumiram uma fruta e 27,0% mais de uma fruta24 - rivados, 39,0% dos entrevistados não o consu- miram no dia anterior, 44,0% consumiram uma porção e 17,0% duas ou mais24 25 ao analisar o uso de suplementos alimentares - miam uma porção de frutas por dia (64,5%); - O grupo dos doces apresentou a terceira - 25,26 elevado de doces na comunidade universitária, condição esta denominada como negativa da ali- mentação fora do domicílio. - tes e biscoitos, em períodos de maior atividade circunstâncias, como pode sugerir indícios de - 11 . Outras características negativas da alimen- - mente alta do consumo de salgados, biscoitos e fast foods 1 . Os salgados vendidos, na maioria das vezes, são fritos20 e assim como os fast foods, são grandes fontes de gordura saturada e gordu-
  • 10. 297 OMundodaSaúde,SãoPaulo-2013;37(3):288-298 fatores de risco para doenças cardiovasculares. - tam elevado teor de gorduras trans e sal ou açú- - tidades14 . - portante do grupo dos refrigerantes, em especial se avaliado com sua disponibilidade domiciliar, do país entre 1974 e 200327 . Seu consumo fre- de peso14 - percentual de consumo de doces e refrigerantes16 . Observou-se no presente estudo uma fre- - - versitários11,25 , porém ainda preocupante, visto sociais e nutricionais. de alimentos saudáveis fora de casa, pela maioria da população estudada, pode ser ex- plicado pela pouca disponibilidade destes no comércio próximo à universidade ou pelas marketing direcionadas a produtos - - posta pelo aluno de trazer de casa algum tipo de alimento. Somados a estes fatores interve- 12 . - ção estudada apresenta um comportamento se- buscando alimentos não muito saudáveis para Dessa forma, os alunos da área de saúde contra- riam os princípios de consumo de uma alimenta- uma real mudança no estilo de vida, mesmo sen- do um público formador de opinião14 . Nesse sentido, as universidades possuem importante papel a cumprir para contribuir com a formação ampla e consciente de seus acadê- micos, além de incluir a oferta de atividades de educação alimentar e nutricional e promoção de Estudos como este são de fundamental im- portância para o ramo da alimentação fora do para o direcionamento de estratégias para a pro- Dentre os fatores limitantes do presente es- tudo destaca-se o número reduzido de estudantes avaliados e por serem representantes de apenas - liação do estado nutricional para correlacionar com o consumo de alimentos fora do domicílio. CONCLUSÃO analisada caracteriza-se com um consumo ele- mais consumida pelos universitários é o almoço e o estabelecimento mais procurado para se ali- - do local e dos funcionários. Os acadêmicos de - relativamente alta de doces, salgados, biscoitos, fast foods e - trição apresentaram um consumo maior dos ali- - conduzidos com amostras mais amplas de con- possibilidade de avaliar o estado nutricional e a correlação dos alimentos fora de casa, bem como -