1) O documento introduz o tema do estudo da história, explicando que historiadores interpretam o passado de forma subjetiva e que é importante ter um espírito crítico ao estudar história.
2) Aborda cinco assuntos principais: o que é história e o que ela estuda; o trabalho do historiador; fontes históricas; como a história é escrita; e a crise dos paradigmas históricos.
3) Explica que todos devem participar da construção da história, independentemente de raça, classe social ou
2. Componentes:
* Ane Gabrielly
* Filipe Silva
* Ranna Kemilly
* Sophia Yhorrana
* Suziane Rocha
Série: 1º Ano “05”
Professora: Suelene Bitencourt
Tema: Introdução ao Estudo da História
3. Introdução
◦ A introdução ao estudo da História se inicia com a constatação de que é por meio do estudo do passado das sociedades
que descobrimos as motivações e os efeitos das transformações pelas quais passou a humanidade.
◦ É necessário ressaltar, porém, que, como disciplina, a História não é o próprio passado, e sim, a interpretação que
historiadores e estudiosos fazem dele. As interpretações tendem a ser subjetivas, refletindo os pontos de vista, os valores
e as ideologias e crenças de tais estudiosos. Os historiadores exercem muita influência sobre o estudo da disciplina de
História. Todo aluno deve saber que a História que foi escrita – inclusive o que consta em livros didáticos e se estuda no
colégio – nem sempre retrata com veracidade o que ocorreu no passado.
◦ Ao longo da história, foram os dominadores de uma sociedade ou país que escreveram uma história oficial, que não
necessariamente retrata a realidade. Fatos históricos foram frequentemente registrados pelos vitoriosos e, portanto, são,
por definição, subjetivos. Quando um aluno estuda um texto histórico ou assiste a uma aula de História, é importante que
lembre que as informações apresentadas costumam ser tendenciosas. Isso não significa que o aluno deve rejeitar o que é
ensinado em aulas de História e o que estuda em livros e publicações dessa matéria. Significa que todo estudante deve
estudar História com espírito crítico.
◦ Vale ressaltar também que o tipo de conhecimento de História Geral que é ensinado nos colégios brasileiros originou-se na
Europa. Assim, trata-se o continente europeu como se fosse o centro do mundo. O eurocentrismo é a origem da
periodização que se utiliza no estudo da História: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
Mesmo o estudo de História do Brasil foi muito influenciado pelo eurocentrismo, pois o País foi colonizado por europeus.
4. 1º Assunto: O que é história e o que ela estuda
◦ A palavra História nasceu na Grécia Antiga. Atribui-se ao grego Heródoto a criação dessa
ciência por ter sido ele o primeiro a empregar essa palavra para designar "investigação do
passado". Antes de Heródoto, os fatos importantes que aconteciam acabavam sendo
esquecidos, pois não eram registrados. Ele percebeu então, a importância de se registrar a
História para que ela não se perdesse. Por suas importantes contribuições Heródoto ficou
conhecido como o "pai da História".
◦ A História, num sentido mais amplo, estuda a vida humana através do tempo. Estuda o
pensamento dos homens, suas ações e o reflexo de tudo isso no cotidiano. Através do
conhecimento histórico é possível se chegar à compreensão de que o homem é um agente
construtor e não um ser passivo a mercê dos fatos. É o Homem quem faz a História e não a
História que faz o homem. A História é uma ciência prática e não matéria decorativa, portanto
possui um senso de utilidade que deve ser respeitado.
5. 2º Assunto: Trabalho do historiador
◦ O historiador é um profissional especialista no estudo da historiografia, ou seja, na arte e ciência de
escrever a História. Em geral ele concluiu um curso de nível superior de História em Universidade e
trabalha com pesquisas. Outros, devido à dificuldade do mercado de trabalho para a pesquisa,
especialmente no Brasil, complementam seu conhecimento com um curso de licenciatura que os
habilita a lecionar (ensinar).
◦ O historiador é um cientista que trabalha com fatos. Existem os chamados fatos históricos e os fatos
sociais. A matéria-prima da História são os fatos históricos. Os fatos históricos são acontecimentos de
ampla repercussão para os quais se busca causa e consequência. A queda do Word Trade Center, por
exemplo, foi um fato histórico. Os fatos sociais são acontecimentos corriqueiros entre um grupo de
pessoas ou que repercute apenas em pequenos grupos sociais. Seu aniversário, por exemplo, é um fato
social. Nem sempre é fácil distinguir um fato de outro e é aí que entra o chamado senso crítico. Senso
crítico, dentre outras definições, é a capacidade de se perceber de acordo com o contexto, aquilo que é
verdadeiro.
6. 3º Assunto: Fontes Históricas e o que são
◦ Na tentativa de recuperar o fato a História recorre às chamadas fontes históricas. As fontes
históricas são vestígios de toda espécie capazes de refazer a História de uma época. Podem ser
escritas ou não-escritas, tais como as orais, arqueológicas, iconográficas etc. Os fósseis também são
considerados fontes históricas.
◦ Os historiadores, os fatos e as fontes históricas são importantes para a História, porém só se
constrói uma História verdadeira quando dela todos participam independente de serem ou não
especialistas.
◦ Todas as pessoas, independentes de raça, classe social, sexo ou idade são agentes construtores da
História.
7. 4º Assunto: A escrita da História
◦ No decorrer dos séculos, a história tem sido escrita pelos vencedores e não pelos vencidos. Foram os cristãos
que registraram o triunfo do cristianismo sobre o paganismo, e não os pagãos; os portugueses contaram a
história da conquista do Brasil e não os indígenas. Com certeza, a História seria bem diferente se ela fosse
contada pelos vencidos. Se fossem os índios a contar o que aconteceu em 1500, teríamos outra versão
completamente diferente daquela que conhecemos hoje.
◦ Um dos traços marcantes dos vencedores, no passado, foi o de destruir os registros dos inimigos para silenciar
– geralmente pela morte – os guardiões da memória dos povos vencidos. Assim, o registro histórico que
chega às nossas mãos não é apenas fragmentado e selecionado, mas também parcial e influenciado. A
história como registro consiste em três operações, geralmente tão interligadas que parece ser uma só.
◦ A primeira é a seleção dos fatos considerados importantes. Devemos lembrar, entretanto, que os fatos
importantes para uma pessoa podem não o ser para outra. A segunda operação é a organização dos fatos,
para que formem uma série coerente – duas séries nunca são exatamente iguais. A terceira é a interpretação
dos fatos e da série e, mais uma vez, convém observar que duas interpretações nunca são iguais.
8. 5º Assunto: A crise dos paradigmas históricos
◦ O século XX caracterizou-se por profundas transformações no campo da teoria da ciência, em geral, e da
teoria da história, em particular. Essas transformações foram motivadas por uma crise de desconfiança em
relação a dois tipos de modelos e suas pretensões de universalidade: a física newtoniana e as metanarrativas
expressas em filosofias da história, tais como as de Comte, de Hegel e as do marxismo (não em sua totalidade,
mas em algumas de suas versões mais simplistas). No que se refere às metanarrativas, esta desconfiança se
dá a partir de três correntes que, embora distintas, relacionam-se intimamente. De acordo com Remo Bodei,
são elas: 1) a filosofia analítica; 2) a hermenêutica; e 3) a análise das estruturas poéticas da narrativa.
◦ A passagem indica que, grosso modo, a ênfase nos aspectos “gnosiológicos” se relaciona ao paradigma
moderno, enquanto a ênfase nos aspectos estéticos é, sobretudo, fruto da perspectiva “pós-moderna”. As
distinções de ênfase indicam a defesa de perspectivas radicalmente diferentes: no primeiro caso, defende-se
que a história científica produz significado por meio do conhecimento; no segundo, sustenta-se que a
atribuição do significado é de responsabilidade do historiador, que é quem organiza a narrativa e impõe-lhe
sentido. Seguindo a definição de Andrew Norman, chamaremos esta segunda vertente vinculada ao
paradigma pós-moderno de “imposicionalista”, sendo Hayden White um dos seus principais representantes.