Este documento apresenta o plano de curso para uma disciplina sobre apologética cristã. O curso é dividido em quatro unidades que abordam os seguintes tópicos: 1) a apologética cristã e sua relação com a igreja e evangelização, 2) o problema do mal, 3) a doutrina bíblica sobre anjos, demônios e ocultismo, 4) milagres e curas divinas. O documento também descreve os critérios de avaliação que incluem análises de textos, redação de artigos e ent
2. PLANO DO CURSO - SÍLABO
UNIDADE I - A APOLOGÉTICA CRISTÃ
A. A APOLOGÉTICA
B. A RETÓRICA E A APOLOGÉTICA
C. O DESAFIO DO PLURALISMO
D. A APOLOGÉTICA E A IGREJA
E. A APOLOGÉTICA E A EVANGELIZAÇÃO
3. PLANO DO CURSO - SÍLABO
UNIDADE II - O PROBLEMA DO MAL
A. DEUS, A CRIAÇÃO E O MAL
B. A RESPOSTA CRISTÃ AO PROBLEMA DO MAL
C. DEUS ONIPOTENTE E DEUS DE AMOR
ONIPOTENTE
4. PLANO DO CURSO - SÍLABO
UNIDADE III - COMPREENSÃO BÍBLICA DA
DOUTRINA DOS ANJOS
A. QUEM SÃO OS ANJOS
B. SATANÁS E OS DEMÔNIOS
C. MAGIA, BRUXARIA E OCULTISMO
D. PODER PARA EXPULSAR DEMÔNIOS
5. PLANO DO CURSO - SÍLABO
UNIDADE IV - A CURA DIVINA E OS
MILAGRES
A. A DEFINIÇÃO E A NATUREZA DOS
MILAGRES
B. OS MILAGRES E AS LEIS DA NATUREZA
C. CURA E MILAGRES
D. OS MILAGRES DE JESUS
6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
1. Análise crítica de 2 a 5 páginas da
apostila
2. Um artigo sobre qualquer tema
sobre missões de 2 a 3 páginas.
3. Entrevista com um missionário.
4. Aplicação prática do filme de até
2 página.
- 30% (3,0)
- 30% (3,0)
- 2,0% (2,0)
- 2,0% (2,0)
- 09/05
- 09/05
- 09/05
ATIVIDADE NOTA PRAZO
TODOS DEVEM SEGUIR O MODELO DA ABNT
NO FORMATO WORD
- 09/05
7. FORMATO ABNT SIMPLES
Fonte Arial ou Times New Roman 12 para o texto e para as
referências;
Citação bibliográfica:
HOFFMANN, Arzemiro. A Cidade na Missão de Deus. São
Leopoldo: Editora Sinodal, 2007.
De acordo com o autor “A fé cristã é o testemunho de que o
evangelho é poder de Deus que transforma e restaura a vida
das pessoas individualmente.” (HOFFMANN, pg. 74)
Texto justificado;
Espaçamento 1,5.
8. COMO FAZER ANÁLISE CRÍTICA DO LIVRO
SÍNTESE DO CONTEÚDO (forma simples)
PONTOS SÓLIDOS (colocar as citações do autor que eu
concordei com as devidas referências de páginas)
PONTOS PROBLEMÁTICOS (pontos que não concordei e
colocar as referências de páginas) – justificar sua opinião do
porquê não concordei
OBSERVAÇÕES GERAIS (o que não entrar nos pontos anterior
colocar nesse momento)
Tem aplicação no seu ministério?
Estilo literário do autor
A edição do livro foi boa? A formatação do livro?
9. COMO ESCREVER UM ARTIGO
ESCOLHER UM TÍTULO
Um título sintético e que apresente coerentemente a sua proposta no artigo
INTRODUÇÃO
Apresentação da proposta da tese, criar uma ponte para o próximo ponto
DESENVOLVIMENTO DA TESE
Parte principal e mais extensa do trabalho, deve apresentar a fundamentação
teórica, os resultados e a discussão.
CONCLUSÃO
as conclusões devem responder às questões da tese, correspondentes aos
objetivos e hipóteses;
BIBLIOGRAFIA
Pelo menos 2 (duas) citações de livros diferentes.
10. ENTREVISTA DO MISSIONÁRIO
Escolha um missionário ao seu critério, de
preferência nazareno;
Pode ser um missionário aposentado ou em
tempo de reciclagem;
De preferência um missionário transcultural;
Pode ser por whatsapp, facebook, e-mail,
pessoalmente ou Skype.
11. APLICAÇÃO PRÁTICA DO FILME
FILME: À procura da Felicidade ou Quem quer
ser milionário.
1. Quais problemas e dificuldades urbanas que
você identificou no filme? Liste elas abaixo:
2. Como uma igreja local poderia responder a
esses desafios urbanos relato no filme?
3. Como você e seu ministério tem sido um
instrumento de Deus para responder esses
desafios urbanos apresentados no filme?
12. PLÁGIO
O problema do aumento da prática de plágio em trabalhos
acadêmicos é uma “prática [que] denuncia um
desnorteamento ético preexistente ao advento da internet”
(Vaz, 2006, p. 160).
“o plágio como resultado da dificuldade que o jovem
universitário tem em produzir seu próprio texto.” (Oliveira,
2007),
Sobretudo, plágio é desleal, antiético e pecado.
13. APONTAMENTOS IMPORTANTES
Seja pontual, todos os dias, as 19h30;
Sinta-se livre para participar e interagir;
Não falte desnecessariamente;
Cumpra com os prazos das atividades;
Entrega das atividades devem ser por e-mail
(ffulanetto@gmail.com)
Abra o seu coração para o que Deus quer falar com você.
15. “Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em
vossos corações; e estai sempre preparados
para responder com mansidão e temor a
qualquer que vos pedir a razão da esperança."
(1Pe 3.15)
16. O QUE É APOLOGÉTICA?
Não há nenhuma desculpa para um Cristão ser
completamente incapaz de defender sua fé.
Todo Cristão deve ser capaz de pelo menos dar
uma apresentação razoável de sua fé em Cristo.
Nem todo Cristão precisa ser um especialista
em apologética. Todo Cristão, no entanto, deve
saber o que acredita, por que acredita, como
compartilhar sua fé com outras pessoas, e como
defendê-la contra mentiras e ataques.
17. O QUE É APOLOGÉTICA?
“Etimologicamente quer dizer defesa; significa
primariamente uma resposta de defesa contra
alguma acusação, ou denúncia.” (Richardson,
p.17). Fazer uma apologia, então, quer dizer
responder aos assaltos contra a verdade da fé
cristã. A apologética é definida como “o estudo
dos modos e meios usados na defesa da verdade
cristã.” (ibid, p.31). A apologética nos ensina a
defender a cosmovisão (Myatt).
18. O QUE É APOLOGÉTICA?
Defino a Apologética como “a arte de defender
a fé dentro do princípio do mandamento de
preservação da Palavra de Deus das
contaminações do mundo.” A apologética é
importante no ensino teológico, pois lida com a
defesa racional da fé cristã.
A apologética é a ciência ou disciplina racional
que se esforça por apresentar a defesa da fé
religiosa, existindo dentro e fora da igreja
cristã.
19. O QUE É APOLOGÉTICA?
Positivamente, a apologética tenta elaborar e
defender uma visão cristã de Deus, da alma e
do mundo, uma visão apoiada por raciocínios
reputados capazes de convencer os não cristãos
da veracidade das doutrinas envolvidas.
Negativamente, trata-se de unir esforço para
antecipar possíveis pontos de ataque
defendendo as doutrinas cristãs contra tais
ataques.
20. O QUE É APOLOGÉTICA?
Apologética Cristã, então, é a ciência de dar uma
defesa da fé Cristã. Há muitos céticos que duvidam da
existência de Deus e/ou atacam a crença no Deus da
Bíblia.
Há muitos críticos que atacam a inspiração e
inerrância da Bíblia.
Há muitos falsos professores que promovem doutrinas
falsas e negam as verdades básicas da fé Cristã.
A missão da apologética Cristã é combater esses
movimentos e promover o Deus Cristão e a verdade
Cristã.
21. OCASIÃO DA APOLOGÉTICA
A tarefa primária do cristão é pregar o
Evangelho. Não é produzir argumentos
filosóficos, nem mostrar os fatos da história que
concordam com a Bíblia. O crente deve
apresentar com clareza o significado do
Evangelho de Cristo.
22. OCASIÃO DA APOLOGÉTICA
Depois da pregação de Paulo em Atos 17 houve
três reações. Algumas pessoas riam, outras
disseram que gostariam de ouvir Paulo de novo
num outro dia, e algumas aceitaram o Evangelho.
Essas três reações também acontecem hoje.
Quando vierem as objeções, temos que respondê-
las. Para isso, temos que fazer apologia. Isso
significa que é preciso estudar apologética para
nos prepararmos para encontros inevitáveis que
vem após a apresentação do Evangelho.
23. OCASIÃO DA APOLOGÉTICA
Uma outra ocasião da apologética acontece quando os próprios
crentes têm dúvidas sobre a verdade do cristianismo e não
sabem como respondê-las. A apologética fortalece a vida
espiritual dos crentes através de respostas racionais e práticas
que podem tirar as suas dúvidas e estabelecê-los num alicerce
firme. A apologética, então, é a atividade auxiliar, mas
imprescindível à pregação e ensino do Evangelho e à cosmovisão
cristã. No sermão de Atos 17, como feito em outros exemplos,
Paulo usou argumento apologético quando ele apresentou o
Evangelho. A apologética, na pregação dele, fazia parte
naturalmente do evangelismo. Não havia dicotomia entre os
dois.
24. “Se nossa cultura deve ser transformada, isso
acontecerá de baixo para cima – de crentes
comuns praticando apologética na cerca do
quintal ou em volta da churrasqueira”
(Colson, p.53).
25. VISÃO HISTÓRICA DA APOLOGÉTICA
TERTULIANO (160-220):
Supunha que a filosofia é produto da mente pagã, e
consequentemente, inútil para defender a fé crista; Isso
equivale:
a) Ignorar a base bíblica da apologética;
b) Que não há razão pela qual não possa haver uma atividade
filosófica cristã.
26. VISÃO HISTÓRICA DA APOLOGÉTICA
OS PAIS ALEXANDRINOS (século III):
Clemente, Orígenes e outros, proposital e habilidosamente eles
usavam a filosofia platônica e estóica para dar a fé cristã uma
expressão filosófica.
A filosofia pode aguçar os conceitos.
AGOSTINHO (354-430):
Ensinava que a filosofia é uma criada útil que pode ser
empregada em favor da fé religiosa, esclarecendo-a e
defendendo-a.
27. VISÃO HISTÓRICA DA APOLOGÉTICA
TOMÁS DE AQUINO: (1225-1274)
Foi uma apologeta refinado. Sua obra Suma contra Gentiles
defendeu a fé cristã contra a maneira materialista e não
espiritual como certos filósofos árabes (como Averróis),
utilizavam a filosofia de Aristóteles. A apologética de Tomás de
Aquino foi tão bem-sucedida que se transformou em uma força
dominante durante séculos, na Igreja ocidental.
28. VISÃO HISTÓRICA DA APOLOGÉTICA
OS ATAQUES DESFECHADOS POR DEISTAS E RACIONALISTAS:
Contra a fé cristã produziram apologetas modernos como o bispo Joseph
Butler, da Igreja Anglicana. Sua famosa obra, Analogia da Religião, é uma
obra apologética.
KARL BARTH (1886-1968):
Início e meados do século XX tomaram uma posição negativa em relação à
apologética, argumentando que tal atividade reflete uma espécie de “falta
de fé”, porquanto a fé não requereria defesa, por não estar alicerçada sobre
a razão humana e a filosofia. Porém, ao expressar-se assim, Barth fazia
apologia de seu ponto de vista particular do conhecimento e da fé. Muitas
pessoas, igualmente, não tinham certeza se a fé de Barth era adequada, ou
representasse qualquer acúmulo considerável de verdade, pelo que se tornou
necessária toda forma de atividade apologética para esclarecer as coisas.
29. VISÃO HISTÓRICA DA APOLOGÉTICA
Rudolf Bultmann (1884-1976)
Resolveu definir a kerigma (pregação) do Novo Testamento,
erigindo uma apologética elaborada a fim de levar avante o seu
propósito. Alguns pensam que ele chegou a ponto de querer
satisfazer todas as categorias do pensamento moderno, assim
debilitando a mensagem que vem mediante a revelação, ao
admitir dúvidas demais e ao promover revisões evidentemente
desnecessárias.
30. QUEM SÃO OS APOLOGISTAS?
O termo é usado para falar sobre aqueles pais da
igreja cujas obras tiveram o intuito de defender a fé e
a Igreja cristã contra os ataques.
Esses ataques eram lançados pelo judaísmo, pelo
paganismo, pelo estado, e também pela filosofia grega
de várias escolas.
Como é óbvio, muitos cristãos subsequentes e
contemporâneos podem ser chamados apologetas.
31. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Temos a pregação de Pedro, proveniente do século II
d.C., de autor desconhecido, que defendeu o
cristianismo diante do judaísmo e do paganismo. Teve
larga distribuição e tornou-se parte do livro de
Aristides (que descrevemos abaixo). Nesse livro, os
crentes são denominados “terceira raça”. Mas foram
preservados apenas alguns argumentos.
32. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Mais ou menos da mesma época, temos o livro
chamado Quadratus, escrito em defesa do cristianismo
contra os abusos do estado romano. Foi apresentado
ao imperador Adriano, na esperança de obter melhor
tratamento para os cristãos, por parte das autoridades
romanas. O livro foi escrito em Atenas, cerca de 125
d.C. Apenas uma sentença do mesmo foi preservada
para nós.
33. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Aristides defendeu o cristianismo contra o paganismo.
Ele era ateniense e escreveu em cerca de 147 d.C. Sua
apologia foi endereçada ao imperador Antônio. A
“raça” cristã é ali chamada de raça superior e digna de
tratamento humanitário. A obra desapareceu,
excetuando uma tradução siríaca e uma reprodução
livre, no grego, no romance medieval de Barlaã e
Joasafe. A obra ataca as formas de adoração entre os
caldeus, os gregos, os egípcios e os judeus, exaltando
o cristianismo acima dessas formas, tanto quanto à
própria adoração quanto à moral.
34. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Justino Mártir. Sua apologia (escrita cerca de 150
d.C.) foi endereçada a Adriano e a Marco Aurélio.
Tomava a posição de que a filosofia grega, apesar de
útil, era incompleta, e que esse produto não
terminado é aperfeiçoado e suplantado em Cristo e
Sua revelação. Para Justino, o cristianismo era a
verdadeira filosofia. A filosofia grega era encarada sob
a mesma luz que a lei judaica – precursora de algo
superior.
35. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Aristo, meados do século II d.C., de Pela, na Peréia,
escreveu um livro que não chegou até nós, mas que,
de acordo com Orígenes, mostrava que as profecias
judaicas cumpriram-se em Jesus. Justino fez uso dessa
apologia em sua obra.
Atenágoras, fins do século II d.C., escreveu contra o
paganismo, o estado romano e a filosofia grega.
Endereçou seu livro a Marco Aurélio, esperando poder
melhorar o tratamento conferido aos cristãos. Essa
obra incluía argumentos em prol da ressurreição dos
mortos.
36. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Taciano, discípulo de Justino Mártir, exibiu
considerável antagonismo contra a filosofia grega, em
seus argumentos em prol da superioridade do
cristianismo.
Teófilo de Antioquia, que escreveu um pouco mais
tarde, seguiu o caminho trilhado por Taciano.
Minúcio Félix (fins do século II ou começo do século III
d.C.), em contraste com Taciano, procurou demonstrar
que os cristãos são os melhores fiósofos; quando os
filósofos são bons, parecem-se mais com os cristãos.
37. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Tertuliano (falecido no século III d.C.) atacou a
filosofia com argumentos filosóficos, e os filósofos
nunca o perdoaram por esse motivo. Ele atacou a
substância e o espírito da filosofia grega, bem como o
gnoticismo e o paganismo em geral. Considerava a
filosofia produto da mente pagã, julgando-a inútil
como apoio à fé. Exaltava a fé na revelação, mas
falhou quando não percebeu que a fé e a filosofia
devem ser sujeitas à pesquisa da razão, a fim de que o
falso seja separado do verdadeiro, e que o verdadeiro
seja mais bem compreendido.
38. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Irineu, bem como seu discípulo Hipólito, defendeu o
cristianismo contra os gnósticos, muito poderosos na
sua época. Sua obra principal nessa linha foi Contra as
Heresias (cerca de 180 d.C.). O original grego se
perdeu, excetuando fragmentos, preservados nos
escritos de Hipólito, Eusébio e Epifânio. Todavia, a
obra foi preservada inteira em uma tradução latina.
Trata-se da mais completa declaração acerca das
fantasias gnósticas. Sua exposição pode ser chamada
de primeira exposição sistemática das crenças cristãs.
Irineu foi um dos mais influentes cristãos da Igreja
antenicena.
39. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Arnóbio (300 d.C.) tinha a filosofia e a razão humana
em baixo conceito. Atacou a ideia platônica da
preexistência da alma e defendeu o criacionismo. Sua
obra principal é Adversus Gentes.
40. APOLOGISTAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Lactâncio e Eusébio de Cesárea (III e IV séculos da era
cristã) deram continuação à tradição apologética,
exaltando o cristianismo em face do paganismo e do
judaísmo. Eusébio foi um origenista da segunda
geração, decidido aderente da teologia filosófica do
Logos, embora tivesse várias ideias não ortodoxas
acerca da divindade de Cristo. Sua principal
contribuição é a sua História Eclesiástica. Suas obras
apologéticas, embora de menor valor, encontraram
lugar na história literária cristã.