2. Divisão territorial da
América do Sul
Com uma extensão de cerca de
17,8 milhões de km², a América
do Sul comporta 6% da população
mundial dividida em 12 países e 1
departamento francês
ultramarino, a Guiana Francesa.
São eles a Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, Colômbia, Equador,
Guiana, Paraguai, Peru, Suriname,
Uruguai e Venezuela.
Limita-se ao norte com a América
Central, à leste com o oceano
Atlântico e à oeste com o oceano
Pacífico.
Tema 1
3. Ocupação do território
A principal característica da
população sul-americana é o
grande desequilíbrio na
distribuição geográfica. Enquanto
a ampla maioria se concentra nas
áreas litorâneas, regiões enormes
no seu interior permanecem
praticamente desabitadas como o
caso da Patagônia, na Argentina;
da região Amazônica, no norte da
América do Sul e das áreas
desérticas do Chile
Tema 1
4. Urbanização
A história da América Latina é a história dos contrastes e semelhanças, das convergências
e divergências. A geografia do continente também é assim e pode-se destacar que em
boa parte os países latino-americanos se assemelham quanto à urbanização que se
caracterizou como um processo rápido e desordenado, em geral, relacionado à
transferência da população do campo para as cidades.
A maior parte dos países é bastante urbanizada, apresentando taxas de urbanização
superiores a 60%, com exceção do Paraguai e da Guiana
Tema 1
5. Crescimento urbano
A urbanização na América do Sul foi excludente, ou seja,
uma grande parte da população não teve acesso à
moradia adequada e nem aos serviços urbanos mais
essenciais, como saneamento básico, segurança e coleta
de lixo, formou-se uma nítida desigualdade social no meio
urbano.
Consequência:
• crescimento das periferias,
• a favelização;
• a falta de empregos;
• precariedade das condições de vida para grande
parte dos habitantes dos grandes centros urbanos.
Desse modo, apresentam-se, de um lado, as áreas
dotadas de ampla infraestrutura e melhores serviços e os
bairros mais carentes. Um exemplo que podemos citar
são os camelôs vendendo objetos usados, em Santiago,
no Chile.
Apesar disso, vem ocorrendo a redução da pobreza nas
cidades.
Tema 1
6. Desenvolvimento socioeconômico
Em relação ao IDH de 2012, os
países se encontram em três
níveis: muito elevado (Argentina
e Chile), elevado (Brasil,
Colômbia, Equador, Peru,
Uruguai e Venezuela) e médio
(Bolívia, Guiana, Paraguai,
Suriname). Chile e Argentina
têm o maior IDH da região.
Guiana, Paraguai e Bolívia
apresentam os menores índices
(Veja mapa ao lado).
Tema 1
7. Pobreza
Alguns países da América do Sul, como
Bolívia e Equador, apresentam altas taxas de
pessoas vivendo com menos de 2 dólares por
dia.
Chile e Uruguai (IDH MUITO ELEVADO)
apresentam índices de pobreza muito baixos.
A situação socioeconômica na América do Sul
teve dois momentos marcantes nas últimas
décadas:
• Nos anos 1990, muitos países adotaram
medidas políticas neoliberais, incentivadas
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)
e pelo Banco Mundial. Muitas nações
foram forçadas a tomar medidas para
estabilizar a economia, como corte nos
gastos sociais, congelamento dos salários e
abertura da economia para a entrada das
transnacionais, resultando no aumento da
pobreza e do desemprego.
• Nos anos 2000, algumas políticas públicas
de inclusão social conseguiram diminuir a
pobreza em vários países da região.
O Neoliberalismo é uma doutrina socioeconômica
que retoma os antigos ideais do liberalismo clássico
ao preconizar a mínima intervenção do Estado na
economia, através de sua retirada do mercado, que,
em tese, autorregular-se-ia e regularia também a
ordem econômica.
Tema 1
8. No Brasil, o Neoliberalismo foi adotado abertamente nos
dois governos consecutivos do presidente Fernando
Henrique Cardoso. Em seus dois mandatos presidenciais
houve várias privatizações de empresas estatais. Muito do
dinheiro arrecadado foi usado para manter a cotação da
nova moeda brasileira, o Real, equivalente a do dólar
9. Resquícios coloniais
A colonização europeia ocorrida nos países sul-americanos caracterizou-se pela
intensa exploração das colônias, extraindo grande parte das riquezas e utilizando
o território para produções em larga escala, baseadas na monocultura e trabalho
escravo. Ainda hoje, grande parte dos países sul-americanos continua como
exportador de produtos primários.
Além disso, desde o período colonial, vastas áreas da América do Sul foram
transformadas em plantation: grandes propriedades monocultoras, voltadas para
a produção de gêneros tropicais destinados ao mercado externo e com a
utilização da escravidão negra. Essas particularidades do processo colonial
determinaram os traços principais dos problemas fundiários desta parte do
continente: a formação de grandes latifúndios ao lado de grande contingente de
trabalhadores rurais que não tem acesso à terra.
Tema 1
Plantation
10. Economia
Os países da América do Sul têm suas
principais atividades produtoras voltadas
para o setor primário, que corresponde à
produção de produtos agropecuários,
extração vegetal, animal e mineral. Ela está
centrada na exportação de commodities
Os países mais industrializados da América
do Sul são Brasil, Argentina, Chile, Colômbia,
Venezuela e Uruguai.
A pesca é um importante setor econômico
para Peru e Chile, favorecida pela corrente de
Humboldt, que carrega planctons e atrai
peixes para a costa desses países.
A América do Sul tem grande diversidade de
recursos minerais. Assim, atividades
industriais ligadas a esse ramo são
extremamente importantes para Venezuela,
Bolívia, Colômbia e Peru (petróleo, gás
natural e pedras e metais preciosos); Chile,
Brasil e Argentina (cobre, bauxita, minério de
ferro, entre outros).
Tema 1
As commodities – ou commodity, no
singular – é uma expressão do inglês
que se difundiu no linguajar econômico
para fazer referência a um determinado
bem ou produto de origem primária
que possui um grande valor comercial e
estratégico. Geralmente, trata-se de
recursos minerais, vegetais ou agrícolas,
tais como o petróleo, o carvão mineral,
a soja, a cana-de-açúcar e outros.
11. Crescimento econômico
Os países sul-americanos têm crescido de forma
acelerada nos últimos anos, aproveitando os altos preços
de commodities no mercado internacional. Os países que
têm apresentado melhores desempenhos são Peru,
Equador, Chile e Colômbia, favorecidos por acordos
comerciais, especialmente com a Ásia.
Tema 1
12. Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/7-paises-da-america-latina-que-
crescem-o-dobro-do-brasil/
São Paulo - O FMI projeta que a América Latina vai
crescer só 2,5% este ano, mas a média esconde
diferenças importantes. Países como Colômbia e Bolívia
tem tido crescimento acelerado enquanto Venezuela e
Argentina enfrentam crises e as duas maiores
economias do bloco - México e Brasil - avançam com
lentidão. Depois de um PIB de 7,5% em 2010 (a maior
taxa desde a ditadura), a economia brasileira passou a
crescer numa média de 2% anuais, bem abaixo de
muitos dos vizinhos.
Tema 1
13. Recursos
minerais e
energéticos
América do Sul é rica em
recursos naturais e grande
produtora de petróleo e de
gás natural. Além disso, o
território sul-americano conta
com importantes reservas
minerais — destacando-se:
- cobre, no Chile (maior
produtor mundial);
- a prata e o estanho, no Peru;
- a bauxita e o minério de
ferro, no Brasil.
Além disso faz intenso uso das
águas, principalmente na
atividade pesqueira e no
aproveitamento dos rios para
a geração de energia.
Tema 2
14. Foram descobertas recentemente reservas petróleo na América do Sul, sendo 80% delas
encontradas no pré-sal brasileiro.
A Venezuela é o 11o país no ranking global de produtores de petróleo. Este país juntamente com
o Equador faz parte da OPEP.
Além do petróleo, cresce a importância do gás natural principalmente para uso industrial. Os
principais produtores regionais são Venezuela, Bolívia e Argentina.
O Brasil depende a importação do gás boliviano, mas isso deve mudar nos próximos anos,
quando for iniciada a extração do gás existente na camada do pré-sal, que resultará na
ampliação da capacidade nacional de produção desse recurso.
Tema 2
Petróleo e gás
15. Gasoduto Bolívia-Brasil
A partir da década de 1970 aumentou o consumo energético na América do Sul, levando muitos países a
ampliar sua produção interna de petróleo e de gás natural, principalmente Brasil e Argentina, os países
mais industrializados desta região.
Argentina, Venezuela e Bolívia são os maiores produtores de gás natural da região, enquanto Argentina,
Venezuela e Brasil são os maiores consumidores.
Devido à distância geográfica da Venezuela em relação ao Brasil e à Argentina, o maior fornecedor para
estes dois últimos é a Bolívia.
Brasil e Bolívia negociavam desde a década de 1930 a comercialização de petróleo e de gás natural. O
acordo foi fechado apenas em 1997, com a implantação do gasoduto Bolívia-Brasil que possui 3.150 km
em todo seu percurso, sendo 557 km dentro da Bolívia e 2.593 km em solo brasileiro.
Tema 2
Com a descoberta do pré-sal, o
Brasil fica menos dependente do
gás natural da Bolívia
17. Energia hidrelétrica
A abundância de recursos hídricos na América do
Sul favoreceu a construção de grandes
hidrelétricas a partir da década de 1970.
Os países que mais construíram hidrelétricas
foram Brasil e Argentina, que também são os
maiores consumidores de energia elétrica da
região.
A construção de hidrelétricas ocasiona alguns
impactos ambientais e sociais:
• alteração dos cursos dos rios;
• o alagamento de ambientes naturais e de áreas
construídas;
• perda de biodiversidade e a remoção de cidades
inteiras;
Apesar destes impactos, a energia produzida é
considerada renovável e limpa, por não lançar
poluentes ao meio ambiente.
Tema 2
18. Usina Binacional de Itaipu
A usina hidrelétrica Itaipu Binacional está localizada no Rio Paraná, no trecho de
fronteira entre o Brasil e o Paraguai, 14 km ao Norte da Ponte da Amizade, nos
municípios de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai.
O acordo estabelecido entre o Paraguai e o Brasil estabeleceu que toda energia
gerada deveria ser dividida em partes iguais e, caso um deles não utilizasse por
completo, deveria dar preferência ao sócio na venda, realizando-a a preço
reduzido.
Dos 50% que cabem a cada país, o Paraguai utiliza apenas 5%, sendo o restante
vendido ao Brasil a preço de custo. Esse fato gerou muitas discussões sobre o
valor pago pelo Brasil pela energia excedente do Paraguai.
Tema 2
20. Energias renováveis
Muitos países têm buscado fontes de energias renováveis, como solar,
eólica (vento), biomassa (matéria orgânica), geotérmica (calor do
interior da Terra) e hidrelétrica (água). Estas fontes geram menores
impactos ambientais.
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de energia utilizando
biomassa (atrás somente dos Estados Unidos) devido a investimentos
nos setores de biodiesel e etanol.
O Peru tem importantes fontes de recursos hídricos e geotermais que
permitem exploração futura.
Tema 2