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Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação



Um estudo sobre Mulheres na Tecnologia da Informação

                                       Dayanna Ribeiro Quintino1,
                                         Mariana Silvino Ribeiro2,
                                     Elizabeth d´Arrochella Teixeira3
                                         Brasília, DF - junho/2011



Resumo: Quando se fala em informática, surge logo uma visão de participação
principal ocupada pelos homens. Junto à evolução da tecnologia da informação vêm
algumas mudanças relacionadas aos profissionais dessa área. A proposta deste
trabalho é apresentar o início da participação das mulheres na informática e outros
fatores decorrentes da presença feminina nas organizações. Estão disponíveis 3
tabelas e 3 gráficos que permitem verificar as principais áreas de atuação da mulher
no mercado de trabalho, a população ocupada em algumas atividades do ramo de
informática por sexo, a questão da diferença salarial entre gêneros do ramo, a
distribuição dos profissionais de informática, segundo o tempo de experiência na
área e a distribuição dos profissionais de Informática por idade, o que facilitará a
compreensão da proeminente participação feminina no mundo da informática.


Palavras-chave: Tecnologia da Informação (TI). Mulheres na informática.


1. Introdução
       Segundo Franchon (2005), nas últimas décadas, os modelos organizacionais
sofreram muitas alterações, modificando constantemente seu âmbito, não só no
ambiente econômico, mas também tecnológico influenciado principalmente por
referências geopolíticas, organizacionais e tecnológicas.
        Novas tecnologias abrangem novas metas para a área de Tecnologia da
Informação (TI), dando ênfase ao usuário; O esforço para agregar novas tecnologias
na área de comunicação é crescente, principalmente quando se é para melhorar a
interação das organizações com seu público. (FRANCHON, 2005)
        Com tudo, a sociedade passa por mudanças; Dessa forma, a dominação
masculina já não é tão constante em todas as áreas profissionais; Ainda que seja
em menor número, as mulheres estão ingressando cada vez mais no mercado de
trabalho, conquistando cargos altos e importantes, que por sua vez, acabam
destacando-se por terem uma visão abrangente, em muitas das vezes, focalizando
em certos pontos que são a chave do sucesso. Com toda essa transformação, um


1 Aluna do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, dayt_gnr@hotmail.com
2   Aluna do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, mariana.silver.r@gmail.com
3   Mestra em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação, Professora no curso de BSI da Faculdade Alvorada,
    darrochella.alv@terra.com.br

                                                                                                                     1
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

novo papel na sociedade é exercido, o poder é dado à mulher dentro das
organizações. (FRANCHON, 2005)


2. Temas e Justificativas

        Tecnologia da Informação e Informática em geral são áreas geralmente mais
procuradas por profissionais do sexo masculino. Ainda em menor número, as
mulheres vêm buscando seu espaço no mundo da informática e assim as empresas
vêm também buscando uma divisão equânime de seus profissionais, ou seja,
igualdade no número de profissionais homens e mulheres. Este trabalho consiste na
apresentação concisa de temas relacionados à introdução da participação feminina
no âmbito da Informática para esclarecer alguns pontos abordados. (BARBOSA,
2011)


3. Objetivos
        Informar, através dessas pesquisas, a introdução da mulher no mundo da
informática. Um esboço sobre o início dessa participação, de como a presença da
mulher aos poucos vem aumentando, a questão do preconceito e com isso o
machismo existente, a dedicação e conciliação da mulher da T.I com sua família e o
seu reconhecimento profissional.


4. A introdução da mulher no mundo da informática

         Algumas pesquisas vêm mostrando o crescimento da participação feminina
em cargos da Tecnologia da Informação (TI), principalmente no mercado privado.
Uns dos principais cargos assumidos pelas mulheres em grandes organizações são
os de liderança, como diretoria e gerência. Segundo pesquisa realizada pela CATHO
(tabela 1), a presença feminina simplesmente dobrou na última década. Esse
crescimento pequeno, mas considerável decorre da superação do preconceito
machista por parte das organizações da área de TI e da dedicação e preocupação
das mulheres à cerca de sua formação profissional. (OLIVEIRA; BELCHIOR, 2011)

                 Tabela 1. Principais áreas de atuação da mulher no mercado de trabalho.
                                     Fonte: Catho Online (08/03/2011).

ÁREA                                2008                    2009                      2010
ADMINISTRATIVA                     49,18%                  51,67%                    52,90%

COMERCIAL                          32,96%                  34,39%                    35,63%

TECNOLOGIA                         16,06%                  16,14%                    16,15%

RELAÇÔES PÚBLICAS                  60,53%                  61,55%                    60,76%

                                                                                     28,65%
SUPRIMENTOS / COMPRAS              25,97%                  27,14%

JURÍDICA                           44,15%                  45,83%                    46,55%

INDUSTRIAL / ENGENHARIA            16,46%                  17,71%                    18,43%

RECURSOS HUMANOS                   69,78%                  72,23%                    72,88%


                                                                                              2
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       Conforme a Tabela 1, a atuação da mulher na área de tecnologia é a
segunda menor comparada às outras profissões. Mas que nessa mesma área,
houve um pequeno crescimento de 0,56% de 2008 para 2010.
        Hoje já é possível observar a conciliação entre as habilidades e capacidade
feminina e masculina em equipes de grandes empresas, o que resulta na eficácia de
seus negócios e assim, seu desenvolvimento progressivo. Apesar de as mulheres
em TI, estatisticamente, ainda serem minoria em muitas empresas do setor em
nosso país, há organizações trabalhando o incentivo às mulheres para trabalhar no
mundo da informática, complementa Oliveira e Belchior (2011). Mas com tanto
esforço, os homens ainda ocupam quase 80% dos cargos (FILADORO, 2011),
conforme mostra abaixo os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra
Domiciliar PNAD (Tabela 2).

          Tabela 2. População ocupada em algumas atividades do ramo de informática por sexo.
                                      Fonte: PNAD (2002/2006)




         Na Tabela 2, é possível observar uma comparação da ocupação de
profissionais masculinos e femininos no ramo da informática nos anos de 2002 e
2006. Nota-se que na maioria das áreas específicas, apesar de inferior à
participação masculina, houve um pequeno aumento na porcentagem referente à
participação feminina.




    Gráfico 1. População ocupada em algumas atividades do ramo de informática por sexo (Brasil, 2010).
                                        Fonte: APINFO (2010).



                                                                                                         3
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       No gráfico 1, através de uma pesquisa pela APINFO, feita pela internet no
período de 21 de Abril a 14 de Julho de 2010, nota-se ainda o pequeno número de
mulheres no ramo da informática, representado pelos 13% do total.

        Segundo a empresa de recrutamento e recolocação profissional CATHO,
isto ocorre devido o fato de que as mulheres estão cada vez mais estudando, se
aprimorando e se preocupando com suas carreiras (CORRÊA, 2008).

         Corrêa (2008) ressalta que a opção pelo sexo feminino não foi uma questão
de escolha, mas de constatação, porque “elas são disciplinadas por natureza,
organizadas, compreendem melhor seus subordinados, trabalham melhor com suas
dificuldades, são boas ouvintes e, ao mesmo tempo, sabem cobrar e ter uma
postura firme”.
        Há ainda outras habilidades que as mulheres dispõem na área de TI, assim
como a facilidade de liderança, decorrente da natureza da mulher comparada à sua
liderança em família; Outro detalhe importante é intuição proveniente, normalmente
mais aguçada, o que é considerável em tomadas de decisões, facilitando o
levantamento de requisitos, identificando as necessidades dos clientes, que nem
sempre são explicitamente manifestadas e ainda detectando problemas e soluções.
(FILADORO, 2011)


4.1. As pioneiras


         As pioneiras aqui citadas são Ada King (Lady Lovelace), a primeira mulher
considerada programadora da história (Foto 1); e Grace Murray Hopper (Foto 2),
pela sua contribuição no desenvolvimento da linguagem de programa COBOL,
utilizada até hoje e pelo desenvolvimento do primeiro compilador.




     Foto 1: Ada Augusta Byron King                     Foto 2 : Grace Murray Hopper
         Fonte: I3E (2009)                              Fonte: Iamalexander (2007)


                                                                                       4
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4.1.1. Augusta Ada King - Lady Lovelace (1815-1852)

          Augusta Ada King - Lady Lovelace, a primeira mulher considerada
programadora da história, condessa de Lovelace, única filha legítima do poeta
britânico Lord Byron e sua esposa Anabella, junto com seu companheiro Charles
Babbage, iniciou o ambicioso projeto de construção da Máquina Analítica. Durante o
período em que esteve envolvida com o projeto de Babbage, ela desenvolveu os
algoritmos que permitiriam à máquina computar os valores de funções matemáticas,
além de publicar uma coleção de notas sobre a máquina analítica. Casada aos 20
anos, assumiu o nome do marido e o título de condessa tornando-se a Condessa de
Lovelace, a Sra. Augusta Ada King. E com o nome de Ada Lovelace entrou para a
história como a primeira mulher programadora. (MOORE, 1977)




                              Foto 3: Máquina Analítica de Babbage.

                                  Fonte: Biografiasyvidas (2004)

         Segundo Moore (1977), durante um período de 9 meses entre os anos de
1842 e 1843, a Sra. Lovelace criou um algoritmo para o cálculo da seqüência de
Bernoulli usando a máquina analítica de Charles Babbage. Ada foi uma das poucas
pessoas que realmente entendeu os conceitos envolvidos no projeto de Babbage e
durante o processo de tradução de um documento italiano sobre o projeto de
Babagge, incluiu algumas notas de tradução que constituem o primeiro programa
escrito na história da humanidade.

      Em 1953, quase cem anos depois da sua morte a máquina analítica de
Babbage foi redescoberta e seu projeto e as notas de Ada entraram para história

                                                                                 5
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como o primeiro computador e software respectivamente. Em 1980, o Departamento
de Defesa dos EUA registrou em sua homenagem a linguagem de programação
ADA, linguagem de programação que deu origem ao Pascal e outras linguagens.
Ada Faleceu aos 36 anos de câncer no útero deixando dois filhos e uma filha.
(COSTA, 2011)


4.1.2 Grace Murray Hopper (1906-1992)

         Grace Murray Hopper, graduada em matemática e física, programou a Mark
I e Mark II (Foto 3 e 4) e descreveu os princípios fundamentais de funcionamento da
computação das máquinas. Grace sabia que a chave para a computação, era o
aperfeiçoamento de linguagens de programação. A sua mais conhecida contribuição
para a computação foi a invenção do compilador, no desenvolvimento da linguagem
de programação COBOL, utilizada até hoje e pelo primeiro relato do termo “bug” na
história da informática. (SCHWARTZ; CASAGRANDE; LESZCZYNSKI; CARVALHO,
2006)
Segundo Schwartz, Casagrande, Leszczynski e Carvalho (2006), Hopper é a
responsável pelos termos bug e debug. Em 1945, enquanto escrevia um software
para o computador Mark I, este parou de funcionar. Ao tentar encontrar o problema,
achou uma mariposa (bug) interrompendo os circuitos da máquina e, ao retirá-la
(debugging), a máquina voltou a funcionar. Deve-se lembrar que o Mark I era uma
máquina imensa, com "três quartos de milhão de peças, oitocentos quilômetros de
fios, várias rodas contadoras, mancais, garras de engate e relés" (PLANT,
1999:140). A mariposa foi colada com fita adesiva em seu relatório (Foto 5), que
hoje se encontra em um museu. Até os dias atuais, sempre que há um erro num
programa, diz-se que há um bug, e é necessário utilizar o debug para resolver o
problema. (SCHWARTZ; CASAGRANDE; LESZCZYNSKI; CARVALHO, 2006)




                        Foto 4. Famous Women in Computer Science

                                                                                 6
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                  Mark I. Fonte: CS (2010).
Foto 5. The Colossus computer - Mark II. Fonte: Boerner (2009)




            Foto 6. Como surgiu a expressão Bug.
                  Fonte: Updatefreud (2009)

                                                                 7
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      Foto 7:Grace Murray – Teclado do Computador UNIVAC (Universal Automatic Computer,1960)

                                  Fonte: Encyclopaedia Britannica




4.2. A participação feminina na T.I


          As mulheres atualmente estão dedicando-se e investindo cada vez mais em
sua carreira profissional. Vão muito além da graduação; elas fazem pós-graduação,
MBA (Master of Business Administration), inúmeros cursos extracurriculares e falam
mais de um idioma. Ainda segundo a Catho, tudo isto têm feito com que elas se
tornem candidatas cada vez mais bem preparadas para atuarem no mercado de
trabalho e conquistem cada vez mais postos de liderança. Hoje muitas mulheres são
gerentes, diretoras, CIOs (Chief Executive Officer ) e CEOs (Chief Information
Officer).(CORRÊA, 2008).

       Segundo Claudia Medeiros, presidente da Sociedade Brasileira de
Computação (SBC), informa que em 2005, no Brasil, dos estudantes de pós-
graduação em Ciência da Computação, somente 25% eram mulheres, e entre os
docentes, de 25% a 30%. Porém, nos cursos de Ciência e Engenharia da
Computação tem ocorrido uma diminuição do número de mulheres nos últimos 15
anos, passando de 30% para 5 a 10%. Claudia Medeiros indica que essa diminuição
de mulheres em cursos de informática tem sido percebida na Unicamp, onde “há
turmas de Engenharia da Computação com 90 alunos, que possuem duas ou três
mulheres. Em Ciência da Computação, há quatro ou cinco mulheres em turmas de
50 alunos”. (FILHO, 2005)
         De acordo com Filadoro (2011), sócio e diretor de tecnologia da Online
Brasil, a participação feminina na indústria de TI ainda é bastante mínima quando
comparada à força de trabalho masculina. Não somente local, mas mundial, isso tem
levado determinadas organizações, interessadas em tornar iguais ambas as partes,

                                                                                               8
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

criando cursos e propondo incentivos para aumentar o percentual de mulheres no
setor de tecnologia da informação e comunicação.
         De acordo com o gráfico 2, podemos observar um envelhecimento dos
profissionais de informática na comparação de 2006 e 2010; A queda de 5% entre
profissionais de até 22 pode significar uma perda de atratividade da área para os
mais novos.




                          Gráfico 2. Distribuição dos profissionais de Informática por idade.
                                           Fonte: APINFO (2010).

       Já de acordo com o gráfico 3, cerca de 75% dos profissionais possuem até
10 anos de experiência na área de informática, os profissionais com mais de 20
anos são apenas 4%.




     Gráfico 3. Distribuição dos profissionais de informática, segundo o tempo de experiência na área.

                                          Fonte: APINFO(2010)

                                                                                                         9
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4.3. O preconceito


         Médicas, advogadas, policiais, psicólogas, jornalistas, publicitárias,
cientistas, artistas. São incontáveis as áreas em que as mulheres já conquistaram
respeito e marcaram seu espaço como profissionais de destaque.

          Entretanto, quando o assunto é tecnologia, a situação ainda não é tão
igualitária. No Brasil, “os dedos de duas mãos são quase suficientes para contar os
principais nomes femininos no mercado de TI”, tanto na indústria quanto na
liderança da área de tecnologia das corporações. A experiência mostra que este
quadro deve-se menos a uma possível falta de aptidão e mais a um vício cultural
que torna senso comum que, se as mulheres não sabem sequer programar o DVD
player, jamais poderiam ser a principal executiva de TI de uma grande
corporação.(DALMAZO; CERIONI,2007)
        Dalmazo e Cerioni (2007) ressaltam que preconceitos são fracos
exatamente por serem construídos sobre imagens facilmente destruídas pela
realidade. E é assim que as mulheres vêm conquistando cada vez mais cargos de
liderança no setor de tecnologia da informação, a exemplo do que acontecem nas
demais posições executivas.

        De acordo com Dalmazo e Cerioni (2007), um levantamento realizado pela
consultoria de recursos humanos Catho com mais de 95 mil companhias mostra
que, atualmente, 20,2% das empresas brasileiras têm mulheres na presidência ou
em cargo equivalente. O número representa um aumento significativo em relação a
2001, quando eram 13,9% as corporações comandadas por elas.

                      “Estatisticamente, o número de mulheres em diretorias ou gerências era
                     mínimo ou quase zero há alguns anos, em qualquer profissão”, aponta
                     Fátima Zorzato, presidente da empresa de Executive Search Russel
                     Reynolds. Em sua visão, além das questões culturais, o crescimento deve-
                     se à maior valorização de algumas características – notadamente femininas
                     – em posições gerenciais. No mercado de TI, soma-se a isto a valorização
                     de profissionais com perfis menos técnicos. “Entre os CIOs, a necessidade
                     de se relacionar com os usuários, por exemplo, torna a sensibilidade um
                     fator mais valorizado”, destaca. (DALMAZO; CERIONI, 2007).



       Fátima Zorzato, presidente da empresa de Executive Search Russel
Reynolds, assim como diversas executivas do segmento, acredita que o avanço das
mulheres no mercado de TI é uma questão de tempo. Com presença cada vez mais
expressiva no setor e boa parte dos CIOs próximos à aposentadoria, são grandes as
chances da próxima geração de líderes de tecnologia ser mais feminina. “Se as
executivas que vêm por aí seguirem os passos das que já se firmaram no setor, a
tecnologia só tem a ganhar com esta tendência”. (DALMAZO; CERIONI, 2007).
      A participação das mulheres no mercado e suas características particulares
motivaram a consultoria Gartner há quatro anos a promover encontros apenas com
as CIOs mulheres. “No começo achávamos que seriam poucas interessadas, mas
percebemos que algumas ações diferenciadas fez o número crescer de 20 para 80
                                                                                           10
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participantes entre a primeira e a oitava edição [que acontece entre os dias 8 e 9 de
março]”, explica a vice-presidente do Executive Program do Gartner, Ione Coco.
A executiva afirma ainda que o estilo de liderança é diferente, assim como o nível de
estresse e a credibilidade. “Elas querem se reunir para discutir os assuntos do seu
jeito e inclusive pedem para que eu não leve analistas homens aos encontros”,
revela.(DALMAZO; CERIONI,2007)
         A participação das mulheres no mercado e suas características particulares
motivaram a consultoria Gartner há quatro anos a promover encontros apenas com
as CIOs mulheres. “No começo achávamos que seriam poucas interessadas, mas
percebemos que algumas ações diferenciadas fez o número crescer de 20 para 80
participantes entre a primeira e a oitava edição [que acontece entre os dias 8 e 9 de
março]”, explica a vice-presidente do Executive Program do Gartner, Ione Coco.
A executiva afirma ainda que o estilo de liderança é diferente, assim como o nível de
estresse e a credibilidade. “Elas querem se reunir para discutir os assuntos do seu
jeito e inclusive pedem para que eu não leve analistas homens aos encontros”,
revela.(DALMAZO; CERIONI,2007)

        As diferenças de gênero nas organizações indicam mais destaque em
questão da média de remuneração. As médias salariais dos homens aparecem
invariavelmente mais alta que as da população feminina. A igualdade de
remuneração entre os homens e as mulheres só ocupa lugar na categoria de
operadores de máquina de escritório, na qual a média de remuneração é
contabilizada em torno de R$ 630,00 para ambos os sexos (Tabela 3) em 2002.
Assim, fica evidenciado que as mulheres, a despeito do seu tipo de inserção interna
no ramo de informática, permanecem, em geral, ganhando menos do que a
população masculina. (OLIVEIRA; BELCHIOR, 2009)

 Tabela 3. Média de remuneração na ocupação principal em atividades do ramo de informática por sexo (Brasil,
2002-2006). Fonte: PNAD (2002/2006).




4.4. Conciliando profissão e família


       A construção da identidade da mulher profissional vem provocando
mudanças também nas representações sociais relativas à família. O homem tem
assumido de maneira diferente o seu papel de marido e ampliado a sua participação

                                                                                                         11
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

como pai na criação e educação dos filhos. (MELO, 2002 apud SOUZA; MELO,
2008)

         Segundo Souza e Melo (2008), muitas mulheres ainda encontram obstáculos
familiares em sua ascensão, dada a concepção sexista e patriarcal ainda presente
nas organizações. Da mesma forma, a imagem da mãe como profissional tem
transformado a concepção que os filhos possuem dela.

         O apoio familiar, integração basilar do social, é fundamental. Pais, maridos e
filhos atuam como parceiros e aliados nesse processo de crescimento e valorização
da mulher. (SOUZA; MELO, 2008).



4.5. Reconhecimento Profissional

                      Conseguir o reconhecimento do seu trabalho por parte da empresa é, para
                      muitas mulheres, uma das formas de chegar a um cargo de liderança.
                      Necessita-se, por parte das mulheres, como sujeitos sociais ativos do
                      desenvolvimento de expressões próprias que as impulsionem e motivem a
                      buscar algo mais. A dependência do reconhecimento externo é uma forma
                      de subordinação e espoliação patriarcal, ainda presente na conduta de
                      algumas mulheres. No entanto, o desejo ou a vontade sem a ação efetiva.
                      Além do mais, essa vontade e essa ação precisam ser reconhecidas e
                      legitimadas. (SOUZA; MELO, 2008)


         Segundo Souza e Melo (2008), o sucesso e o bem-estar na trajetória profissional
requerem esforços no âmbito pessoal, ou seja, investimentos no plano da identidade do
indivíduo no social, traduzida como autoconfiança e auto-estima. Para algumas pessoas, ter
sucesso significa reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Para outras, pode denotar
ocupar um cargo de relevância ou ter boa condição financeira. (SOUZA; MELO, 2008)

        Para incentivar e inspirar mulheres estudantes da graduação ao doutorado a
seguirem carreiras ligadas à engenharia e ciências da computação, em 2008 o Google
anunciou o Prêmio Brazil Women in Technology (Mulheres em Tecnologia no Brasil).
(XIMENES, 2008)

        Segundo Ximenes (2008), o prêmio brasileiro é inspirado no prêmio Anita Borg, que
em diversos países premia mulheres envolvidas com tecnologia. No Brasil, a iniciativa conta
com o apoio da Sociedade Brasileira da Computação (SBC).


5. Conclusão


        Baseado no trabalho exposto pode-se perceber o crescimento considerável
da participação feminina no mercado de trabalho, sendo especificamente na área de
tecnologia, tem sido progressivo, ampliando cada vez mais o espaço da mulher em
um mundo que antes era predominantemente masculino.
                                                                                          12
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

        Ainda há obstáculos que por vez desanima algumas mulheres a dedicar-se à
tecnologia da informação, vendo que o preconceito ainda é considerável, a mulher
nem sempre tem oportunidade de ingressar numa organização devido o pré-
julgamento de sua capacidade profissional por ser do gênero feminino.
          Porém, há excelentes profissionais na área que reconhecem a verdadeira
diferença positiva da mulher numa empresa. Assim como qualidades profissionais,
as mulheres são adeptas a intuição, o que é de considerável importância em
tomadas de decisões, por exemplo, de uma grande organização; Além da
flexibilidade e organização, a mulher trás ao ambiente de trabalho uma essência de
maturidade e determinação em cada área que exerce.


6. Referencia Bibliográfica


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ramo de informática por sexo. 24/07/2010. Disponível em:
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Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

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Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação

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Mulheres na TI: Uma análise da participação feminina na área de tecnologia

  • 1. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Um estudo sobre Mulheres na Tecnologia da Informação Dayanna Ribeiro Quintino1, Mariana Silvino Ribeiro2, Elizabeth d´Arrochella Teixeira3 Brasília, DF - junho/2011 Resumo: Quando se fala em informática, surge logo uma visão de participação principal ocupada pelos homens. Junto à evolução da tecnologia da informação vêm algumas mudanças relacionadas aos profissionais dessa área. A proposta deste trabalho é apresentar o início da participação das mulheres na informática e outros fatores decorrentes da presença feminina nas organizações. Estão disponíveis 3 tabelas e 3 gráficos que permitem verificar as principais áreas de atuação da mulher no mercado de trabalho, a população ocupada em algumas atividades do ramo de informática por sexo, a questão da diferença salarial entre gêneros do ramo, a distribuição dos profissionais de informática, segundo o tempo de experiência na área e a distribuição dos profissionais de Informática por idade, o que facilitará a compreensão da proeminente participação feminina no mundo da informática. Palavras-chave: Tecnologia da Informação (TI). Mulheres na informática. 1. Introdução Segundo Franchon (2005), nas últimas décadas, os modelos organizacionais sofreram muitas alterações, modificando constantemente seu âmbito, não só no ambiente econômico, mas também tecnológico influenciado principalmente por referências geopolíticas, organizacionais e tecnológicas. Novas tecnologias abrangem novas metas para a área de Tecnologia da Informação (TI), dando ênfase ao usuário; O esforço para agregar novas tecnologias na área de comunicação é crescente, principalmente quando se é para melhorar a interação das organizações com seu público. (FRANCHON, 2005) Com tudo, a sociedade passa por mudanças; Dessa forma, a dominação masculina já não é tão constante em todas as áreas profissionais; Ainda que seja em menor número, as mulheres estão ingressando cada vez mais no mercado de trabalho, conquistando cargos altos e importantes, que por sua vez, acabam destacando-se por terem uma visão abrangente, em muitas das vezes, focalizando em certos pontos que são a chave do sucesso. Com toda essa transformação, um 1 Aluna do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, dayt_gnr@hotmail.com 2 Aluna do curso de Bacharel em Sistemas de Informação, mariana.silver.r@gmail.com 3 Mestra em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação, Professora no curso de BSI da Faculdade Alvorada, darrochella.alv@terra.com.br 1
  • 2. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação novo papel na sociedade é exercido, o poder é dado à mulher dentro das organizações. (FRANCHON, 2005) 2. Temas e Justificativas Tecnologia da Informação e Informática em geral são áreas geralmente mais procuradas por profissionais do sexo masculino. Ainda em menor número, as mulheres vêm buscando seu espaço no mundo da informática e assim as empresas vêm também buscando uma divisão equânime de seus profissionais, ou seja, igualdade no número de profissionais homens e mulheres. Este trabalho consiste na apresentação concisa de temas relacionados à introdução da participação feminina no âmbito da Informática para esclarecer alguns pontos abordados. (BARBOSA, 2011) 3. Objetivos Informar, através dessas pesquisas, a introdução da mulher no mundo da informática. Um esboço sobre o início dessa participação, de como a presença da mulher aos poucos vem aumentando, a questão do preconceito e com isso o machismo existente, a dedicação e conciliação da mulher da T.I com sua família e o seu reconhecimento profissional. 4. A introdução da mulher no mundo da informática Algumas pesquisas vêm mostrando o crescimento da participação feminina em cargos da Tecnologia da Informação (TI), principalmente no mercado privado. Uns dos principais cargos assumidos pelas mulheres em grandes organizações são os de liderança, como diretoria e gerência. Segundo pesquisa realizada pela CATHO (tabela 1), a presença feminina simplesmente dobrou na última década. Esse crescimento pequeno, mas considerável decorre da superação do preconceito machista por parte das organizações da área de TI e da dedicação e preocupação das mulheres à cerca de sua formação profissional. (OLIVEIRA; BELCHIOR, 2011) Tabela 1. Principais áreas de atuação da mulher no mercado de trabalho. Fonte: Catho Online (08/03/2011). ÁREA 2008 2009 2010 ADMINISTRATIVA 49,18% 51,67% 52,90% COMERCIAL 32,96% 34,39% 35,63% TECNOLOGIA 16,06% 16,14% 16,15% RELAÇÔES PÚBLICAS 60,53% 61,55% 60,76% 28,65% SUPRIMENTOS / COMPRAS 25,97% 27,14% JURÍDICA 44,15% 45,83% 46,55% INDUSTRIAL / ENGENHARIA 16,46% 17,71% 18,43% RECURSOS HUMANOS 69,78% 72,23% 72,88% 2
  • 3. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Conforme a Tabela 1, a atuação da mulher na área de tecnologia é a segunda menor comparada às outras profissões. Mas que nessa mesma área, houve um pequeno crescimento de 0,56% de 2008 para 2010. Hoje já é possível observar a conciliação entre as habilidades e capacidade feminina e masculina em equipes de grandes empresas, o que resulta na eficácia de seus negócios e assim, seu desenvolvimento progressivo. Apesar de as mulheres em TI, estatisticamente, ainda serem minoria em muitas empresas do setor em nosso país, há organizações trabalhando o incentivo às mulheres para trabalhar no mundo da informática, complementa Oliveira e Belchior (2011). Mas com tanto esforço, os homens ainda ocupam quase 80% dos cargos (FILADORO, 2011), conforme mostra abaixo os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar PNAD (Tabela 2). Tabela 2. População ocupada em algumas atividades do ramo de informática por sexo. Fonte: PNAD (2002/2006) Na Tabela 2, é possível observar uma comparação da ocupação de profissionais masculinos e femininos no ramo da informática nos anos de 2002 e 2006. Nota-se que na maioria das áreas específicas, apesar de inferior à participação masculina, houve um pequeno aumento na porcentagem referente à participação feminina. Gráfico 1. População ocupada em algumas atividades do ramo de informática por sexo (Brasil, 2010). Fonte: APINFO (2010). 3
  • 4. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação No gráfico 1, através de uma pesquisa pela APINFO, feita pela internet no período de 21 de Abril a 14 de Julho de 2010, nota-se ainda o pequeno número de mulheres no ramo da informática, representado pelos 13% do total. Segundo a empresa de recrutamento e recolocação profissional CATHO, isto ocorre devido o fato de que as mulheres estão cada vez mais estudando, se aprimorando e se preocupando com suas carreiras (CORRÊA, 2008). Corrêa (2008) ressalta que a opção pelo sexo feminino não foi uma questão de escolha, mas de constatação, porque “elas são disciplinadas por natureza, organizadas, compreendem melhor seus subordinados, trabalham melhor com suas dificuldades, são boas ouvintes e, ao mesmo tempo, sabem cobrar e ter uma postura firme”. Há ainda outras habilidades que as mulheres dispõem na área de TI, assim como a facilidade de liderança, decorrente da natureza da mulher comparada à sua liderança em família; Outro detalhe importante é intuição proveniente, normalmente mais aguçada, o que é considerável em tomadas de decisões, facilitando o levantamento de requisitos, identificando as necessidades dos clientes, que nem sempre são explicitamente manifestadas e ainda detectando problemas e soluções. (FILADORO, 2011) 4.1. As pioneiras As pioneiras aqui citadas são Ada King (Lady Lovelace), a primeira mulher considerada programadora da história (Foto 1); e Grace Murray Hopper (Foto 2), pela sua contribuição no desenvolvimento da linguagem de programa COBOL, utilizada até hoje e pelo desenvolvimento do primeiro compilador. Foto 1: Ada Augusta Byron King Foto 2 : Grace Murray Hopper Fonte: I3E (2009) Fonte: Iamalexander (2007) 4
  • 5. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 4.1.1. Augusta Ada King - Lady Lovelace (1815-1852) Augusta Ada King - Lady Lovelace, a primeira mulher considerada programadora da história, condessa de Lovelace, única filha legítima do poeta britânico Lord Byron e sua esposa Anabella, junto com seu companheiro Charles Babbage, iniciou o ambicioso projeto de construção da Máquina Analítica. Durante o período em que esteve envolvida com o projeto de Babbage, ela desenvolveu os algoritmos que permitiriam à máquina computar os valores de funções matemáticas, além de publicar uma coleção de notas sobre a máquina analítica. Casada aos 20 anos, assumiu o nome do marido e o título de condessa tornando-se a Condessa de Lovelace, a Sra. Augusta Ada King. E com o nome de Ada Lovelace entrou para a história como a primeira mulher programadora. (MOORE, 1977) Foto 3: Máquina Analítica de Babbage. Fonte: Biografiasyvidas (2004) Segundo Moore (1977), durante um período de 9 meses entre os anos de 1842 e 1843, a Sra. Lovelace criou um algoritmo para o cálculo da seqüência de Bernoulli usando a máquina analítica de Charles Babbage. Ada foi uma das poucas pessoas que realmente entendeu os conceitos envolvidos no projeto de Babbage e durante o processo de tradução de um documento italiano sobre o projeto de Babagge, incluiu algumas notas de tradução que constituem o primeiro programa escrito na história da humanidade. Em 1953, quase cem anos depois da sua morte a máquina analítica de Babbage foi redescoberta e seu projeto e as notas de Ada entraram para história 5
  • 6. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação como o primeiro computador e software respectivamente. Em 1980, o Departamento de Defesa dos EUA registrou em sua homenagem a linguagem de programação ADA, linguagem de programação que deu origem ao Pascal e outras linguagens. Ada Faleceu aos 36 anos de câncer no útero deixando dois filhos e uma filha. (COSTA, 2011) 4.1.2 Grace Murray Hopper (1906-1992) Grace Murray Hopper, graduada em matemática e física, programou a Mark I e Mark II (Foto 3 e 4) e descreveu os princípios fundamentais de funcionamento da computação das máquinas. Grace sabia que a chave para a computação, era o aperfeiçoamento de linguagens de programação. A sua mais conhecida contribuição para a computação foi a invenção do compilador, no desenvolvimento da linguagem de programação COBOL, utilizada até hoje e pelo primeiro relato do termo “bug” na história da informática. (SCHWARTZ; CASAGRANDE; LESZCZYNSKI; CARVALHO, 2006) Segundo Schwartz, Casagrande, Leszczynski e Carvalho (2006), Hopper é a responsável pelos termos bug e debug. Em 1945, enquanto escrevia um software para o computador Mark I, este parou de funcionar. Ao tentar encontrar o problema, achou uma mariposa (bug) interrompendo os circuitos da máquina e, ao retirá-la (debugging), a máquina voltou a funcionar. Deve-se lembrar que o Mark I era uma máquina imensa, com "três quartos de milhão de peças, oitocentos quilômetros de fios, várias rodas contadoras, mancais, garras de engate e relés" (PLANT, 1999:140). A mariposa foi colada com fita adesiva em seu relatório (Foto 5), que hoje se encontra em um museu. Até os dias atuais, sempre que há um erro num programa, diz-se que há um bug, e é necessário utilizar o debug para resolver o problema. (SCHWARTZ; CASAGRANDE; LESZCZYNSKI; CARVALHO, 2006) Foto 4. Famous Women in Computer Science 6
  • 7. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Mark I. Fonte: CS (2010). Foto 5. The Colossus computer - Mark II. Fonte: Boerner (2009) Foto 6. Como surgiu a expressão Bug. Fonte: Updatefreud (2009) 7
  • 8. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Foto 7:Grace Murray – Teclado do Computador UNIVAC (Universal Automatic Computer,1960) Fonte: Encyclopaedia Britannica 4.2. A participação feminina na T.I As mulheres atualmente estão dedicando-se e investindo cada vez mais em sua carreira profissional. Vão muito além da graduação; elas fazem pós-graduação, MBA (Master of Business Administration), inúmeros cursos extracurriculares e falam mais de um idioma. Ainda segundo a Catho, tudo isto têm feito com que elas se tornem candidatas cada vez mais bem preparadas para atuarem no mercado de trabalho e conquistem cada vez mais postos de liderança. Hoje muitas mulheres são gerentes, diretoras, CIOs (Chief Executive Officer ) e CEOs (Chief Information Officer).(CORRÊA, 2008). Segundo Claudia Medeiros, presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), informa que em 2005, no Brasil, dos estudantes de pós- graduação em Ciência da Computação, somente 25% eram mulheres, e entre os docentes, de 25% a 30%. Porém, nos cursos de Ciência e Engenharia da Computação tem ocorrido uma diminuição do número de mulheres nos últimos 15 anos, passando de 30% para 5 a 10%. Claudia Medeiros indica que essa diminuição de mulheres em cursos de informática tem sido percebida na Unicamp, onde “há turmas de Engenharia da Computação com 90 alunos, que possuem duas ou três mulheres. Em Ciência da Computação, há quatro ou cinco mulheres em turmas de 50 alunos”. (FILHO, 2005) De acordo com Filadoro (2011), sócio e diretor de tecnologia da Online Brasil, a participação feminina na indústria de TI ainda é bastante mínima quando comparada à força de trabalho masculina. Não somente local, mas mundial, isso tem levado determinadas organizações, interessadas em tornar iguais ambas as partes, 8
  • 9. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação criando cursos e propondo incentivos para aumentar o percentual de mulheres no setor de tecnologia da informação e comunicação. De acordo com o gráfico 2, podemos observar um envelhecimento dos profissionais de informática na comparação de 2006 e 2010; A queda de 5% entre profissionais de até 22 pode significar uma perda de atratividade da área para os mais novos. Gráfico 2. Distribuição dos profissionais de Informática por idade. Fonte: APINFO (2010). Já de acordo com o gráfico 3, cerca de 75% dos profissionais possuem até 10 anos de experiência na área de informática, os profissionais com mais de 20 anos são apenas 4%. Gráfico 3. Distribuição dos profissionais de informática, segundo o tempo de experiência na área. Fonte: APINFO(2010) 9
  • 10. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 4.3. O preconceito Médicas, advogadas, policiais, psicólogas, jornalistas, publicitárias, cientistas, artistas. São incontáveis as áreas em que as mulheres já conquistaram respeito e marcaram seu espaço como profissionais de destaque. Entretanto, quando o assunto é tecnologia, a situação ainda não é tão igualitária. No Brasil, “os dedos de duas mãos são quase suficientes para contar os principais nomes femininos no mercado de TI”, tanto na indústria quanto na liderança da área de tecnologia das corporações. A experiência mostra que este quadro deve-se menos a uma possível falta de aptidão e mais a um vício cultural que torna senso comum que, se as mulheres não sabem sequer programar o DVD player, jamais poderiam ser a principal executiva de TI de uma grande corporação.(DALMAZO; CERIONI,2007) Dalmazo e Cerioni (2007) ressaltam que preconceitos são fracos exatamente por serem construídos sobre imagens facilmente destruídas pela realidade. E é assim que as mulheres vêm conquistando cada vez mais cargos de liderança no setor de tecnologia da informação, a exemplo do que acontecem nas demais posições executivas. De acordo com Dalmazo e Cerioni (2007), um levantamento realizado pela consultoria de recursos humanos Catho com mais de 95 mil companhias mostra que, atualmente, 20,2% das empresas brasileiras têm mulheres na presidência ou em cargo equivalente. O número representa um aumento significativo em relação a 2001, quando eram 13,9% as corporações comandadas por elas. “Estatisticamente, o número de mulheres em diretorias ou gerências era mínimo ou quase zero há alguns anos, em qualquer profissão”, aponta Fátima Zorzato, presidente da empresa de Executive Search Russel Reynolds. Em sua visão, além das questões culturais, o crescimento deve- se à maior valorização de algumas características – notadamente femininas – em posições gerenciais. No mercado de TI, soma-se a isto a valorização de profissionais com perfis menos técnicos. “Entre os CIOs, a necessidade de se relacionar com os usuários, por exemplo, torna a sensibilidade um fator mais valorizado”, destaca. (DALMAZO; CERIONI, 2007). Fátima Zorzato, presidente da empresa de Executive Search Russel Reynolds, assim como diversas executivas do segmento, acredita que o avanço das mulheres no mercado de TI é uma questão de tempo. Com presença cada vez mais expressiva no setor e boa parte dos CIOs próximos à aposentadoria, são grandes as chances da próxima geração de líderes de tecnologia ser mais feminina. “Se as executivas que vêm por aí seguirem os passos das que já se firmaram no setor, a tecnologia só tem a ganhar com esta tendência”. (DALMAZO; CERIONI, 2007). A participação das mulheres no mercado e suas características particulares motivaram a consultoria Gartner há quatro anos a promover encontros apenas com as CIOs mulheres. “No começo achávamos que seriam poucas interessadas, mas percebemos que algumas ações diferenciadas fez o número crescer de 20 para 80 10
  • 11. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação participantes entre a primeira e a oitava edição [que acontece entre os dias 8 e 9 de março]”, explica a vice-presidente do Executive Program do Gartner, Ione Coco. A executiva afirma ainda que o estilo de liderança é diferente, assim como o nível de estresse e a credibilidade. “Elas querem se reunir para discutir os assuntos do seu jeito e inclusive pedem para que eu não leve analistas homens aos encontros”, revela.(DALMAZO; CERIONI,2007) A participação das mulheres no mercado e suas características particulares motivaram a consultoria Gartner há quatro anos a promover encontros apenas com as CIOs mulheres. “No começo achávamos que seriam poucas interessadas, mas percebemos que algumas ações diferenciadas fez o número crescer de 20 para 80 participantes entre a primeira e a oitava edição [que acontece entre os dias 8 e 9 de março]”, explica a vice-presidente do Executive Program do Gartner, Ione Coco. A executiva afirma ainda que o estilo de liderança é diferente, assim como o nível de estresse e a credibilidade. “Elas querem se reunir para discutir os assuntos do seu jeito e inclusive pedem para que eu não leve analistas homens aos encontros”, revela.(DALMAZO; CERIONI,2007) As diferenças de gênero nas organizações indicam mais destaque em questão da média de remuneração. As médias salariais dos homens aparecem invariavelmente mais alta que as da população feminina. A igualdade de remuneração entre os homens e as mulheres só ocupa lugar na categoria de operadores de máquina de escritório, na qual a média de remuneração é contabilizada em torno de R$ 630,00 para ambos os sexos (Tabela 3) em 2002. Assim, fica evidenciado que as mulheres, a despeito do seu tipo de inserção interna no ramo de informática, permanecem, em geral, ganhando menos do que a população masculina. (OLIVEIRA; BELCHIOR, 2009) Tabela 3. Média de remuneração na ocupação principal em atividades do ramo de informática por sexo (Brasil, 2002-2006). Fonte: PNAD (2002/2006). 4.4. Conciliando profissão e família A construção da identidade da mulher profissional vem provocando mudanças também nas representações sociais relativas à família. O homem tem assumido de maneira diferente o seu papel de marido e ampliado a sua participação 11
  • 12. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação como pai na criação e educação dos filhos. (MELO, 2002 apud SOUZA; MELO, 2008) Segundo Souza e Melo (2008), muitas mulheres ainda encontram obstáculos familiares em sua ascensão, dada a concepção sexista e patriarcal ainda presente nas organizações. Da mesma forma, a imagem da mãe como profissional tem transformado a concepção que os filhos possuem dela. O apoio familiar, integração basilar do social, é fundamental. Pais, maridos e filhos atuam como parceiros e aliados nesse processo de crescimento e valorização da mulher. (SOUZA; MELO, 2008). 4.5. Reconhecimento Profissional Conseguir o reconhecimento do seu trabalho por parte da empresa é, para muitas mulheres, uma das formas de chegar a um cargo de liderança. Necessita-se, por parte das mulheres, como sujeitos sociais ativos do desenvolvimento de expressões próprias que as impulsionem e motivem a buscar algo mais. A dependência do reconhecimento externo é uma forma de subordinação e espoliação patriarcal, ainda presente na conduta de algumas mulheres. No entanto, o desejo ou a vontade sem a ação efetiva. Além do mais, essa vontade e essa ação precisam ser reconhecidas e legitimadas. (SOUZA; MELO, 2008) Segundo Souza e Melo (2008), o sucesso e o bem-estar na trajetória profissional requerem esforços no âmbito pessoal, ou seja, investimentos no plano da identidade do indivíduo no social, traduzida como autoconfiança e auto-estima. Para algumas pessoas, ter sucesso significa reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. Para outras, pode denotar ocupar um cargo de relevância ou ter boa condição financeira. (SOUZA; MELO, 2008) Para incentivar e inspirar mulheres estudantes da graduação ao doutorado a seguirem carreiras ligadas à engenharia e ciências da computação, em 2008 o Google anunciou o Prêmio Brazil Women in Technology (Mulheres em Tecnologia no Brasil). (XIMENES, 2008) Segundo Ximenes (2008), o prêmio brasileiro é inspirado no prêmio Anita Borg, que em diversos países premia mulheres envolvidas com tecnologia. No Brasil, a iniciativa conta com o apoio da Sociedade Brasileira da Computação (SBC). 5. Conclusão Baseado no trabalho exposto pode-se perceber o crescimento considerável da participação feminina no mercado de trabalho, sendo especificamente na área de tecnologia, tem sido progressivo, ampliando cada vez mais o espaço da mulher em um mundo que antes era predominantemente masculino. 12
  • 13. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação Ainda há obstáculos que por vez desanima algumas mulheres a dedicar-se à tecnologia da informação, vendo que o preconceito ainda é considerável, a mulher nem sempre tem oportunidade de ingressar numa organização devido o pré- julgamento de sua capacidade profissional por ser do gênero feminino. Porém, há excelentes profissionais na área que reconhecem a verdadeira diferença positiva da mulher numa empresa. Assim como qualidades profissionais, as mulheres são adeptas a intuição, o que é de considerável importância em tomadas de decisões, por exemplo, de uma grande organização; Além da flexibilidade e organização, a mulher trás ao ambiente de trabalho uma essência de maturidade e determinação em cada área que exerce. 6. Referencia Bibliográfica APINFO – Gráfico 1.Pesquisa: População ocupada em algumas atividades do ramo de informática por sexo. 24/07/2010. Disponível em: http://www.apinfo.com.br/ Acesso em: 28/05/2011. _______ - Gráfico 2.Pesquisa: Distribuição dos profissionais de Informática por idade. 2010. Disponível em: http://www.apinfo.com.br/ Acesso em: 10/06/2011. _______ - Gráfico 3.Pesquisa: Distribuição dos profissionais de informática, segundo o tempo de experiência na área. 2010. Disponível em: http://www.apinfo.com.br/ Acesso em: 10/06/2011. BARBOSA, Wandrieli Nery. Revista Espírito Livre – Mulheres e TI. 02/2011. Disponível em: http://revista.espiritolivre.org/pdffiles/Revista_EspiritoLivre_023_fevereiro2011.pdf Acesso em: 28/05/2011. BIOGRAFIASYVIDAS. Foto 3. Charles Babbage – Máquina Analítica de Babbage. 2004. Disponível em: http://www.biografiasyvidas.com/biografia/b/babbage.htm/ Acesso em: 28/05/2011. BOERNER. Foto 5. Computer profile of the day- The Colossus computer – Mark II. 2009. Disponível em: http://www.boerner.net/jboerner/?p=2222. Acesso em: 16/06/2010. 13
  • 14. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação CATHO. Emprego e carreira no século XXI - Aumenta a participação das mulheres no mercado de trabalho . 08/03/2010. Disponível em: http://blog.catho.com.br/2010/03/08/aumenta-a-participacao-das-mulheres-no- mercado-de-trabalho/ Acesso em: 29/04/2011. COSTA, A. A. Gênero, poder e empoderamento das mulheres. A química das mulheres. Março 2004. Disponível em: http://www.agende.org.br/docs/File/dados_pesquisas/feminismo/Empoderamento%2 0-%20Ana%20Alice.pdf. Acesso em: 07/05/2011. COSTA, Paloma. FLISOL (Fórum Internacional de Software Livre) – Mulheres da Computação – Uma questão estratégica. 2010. Disponível em: https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:ZXT_4TrkKbUJ:femininolivre.files.wor dpress.com/2011/01/mulheres.pdf Acesso em: 02/04/2011. _______. FLISOL (Fórum Internacional de Software Livre) – Mulheres de TI. 2011. Disponível em: http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:GRWwJ1LN_bgJ:femininolivre.files.wor dpress.com/2011/01/palestra_mulheres_de_ti_flisol.pdf Acesso em: 25/04/2011. CORRÊA, Julia. Convergência Digital - Domínio de mulheres em TI é questão de tempo. 07/03/2008. Disponível em: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=12724&sid=4 6. Acesso em : 16/03/2011. DALMAZO, Luiza; CERIONI, Thais. Carreira / Gestão Profissional – Mercado de TI com um toque feminino. 08/03/2007. Disponível em: http://idgnow.uol.com.br/carreira/2007/03/08/idgnoticia.2007-03-08.7884036535/ Acesso em: 25/05/2011. CS. Foto 4. Department of Computer Science - Famous Women in Computer Science - Mark I. 2010. Disponível em: http://www.cs.bris.ac.uk/admissions/what_is_cs/FamousWomen.html. Acesso em: 15/06/2011. ENCYCLOPEDIA BRITANNICA. Foto 7. Hopper, Grace Murray: UNIVAC keyboard. Junho 2011. Disponível em: http://www.britannica.com/EBchecked/media/19211/Grace-Murray-Hopper-at- the-UNIVAC-keyboard-1960. Acesso em: 26/05/2011. FILADORO, Adriano. Artigonal - Aumenta a participação feminina na industria de TI. 03/03/2011. Disponível em: http://www.artigonal.com/ti-artigos/aumenta- participacao-feminina-na-industria-de-ti-4343907.html Acesso em: 02/04/2011. 14
  • 15. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação FRANCHON, Ana. Razón Y Palabra - Mulher e Tecnologia - A Assimilação e Utilização do Mundo Digital pelas Executivas da área de Comunicação do Santander Banespa. Março, 2005. Disponível em: http://www.razonypalabra.org.mx/anteriores/n43/afranchon.html Acesso em: 29/04/2011. I3E. Foto 1. Global History Network – Ada Lovelace. Agosto 2009. Disponível em: http://www.ieeeghn.org/wiki/index.php/Ada_Lovelace. Acesso em 26/05/2011. LIAMALEXANDER. Foto 2. Computing History Timeline - Grace Murray Hopper. 2007. Disponível em: http://www.liamalexander.com/lessons/students/computing_history/1950.html Acesso em: 26/05/2011. MELO, M. C. O. L. Gerência feminina nos setores industrial e bancário: o conservador internalizado versus o moderno em construção. In: ASSEMBLÉIA DO CONSELHO LATINO-AMERICANO DE ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO – CLADEA, 27., 2002, Porto Alegre. Anais Eletrônicos... Porto Alegre: UFRGS, 2002. 1 CD-ROM. Acesso em: 25/05/2011. MOORE, Doris Langley. Science Women – Ada Byron, Countess of Lovelace – 1977.Disponível em: http://www.sdsc.edu/ScienceWomen/lovelace.html Acesso em: 25/05/2011 OKA, Cristina. ROPERTO, Afonso. Informática – Origens do Processamento de Dados. Setembro, 2000. Disponível em: http://www.cotianet.com.br/bit/hist/ada.htm Acesso em: 16/03/2011. OLIVEIRA, Ivan de. InfoBrasil - Mulheres mais do que antenada. 2011. Disponível em: http://www.infobrasil.inf.br/noticia/mulheres-mais-do-que-antenadas. Acesso em: 22/03/2011. OLIVEIRA, Zuleica Lopes Cavalcanti de. BELCHIOR, João Raposo. Unisinos - Emprego em TICs e gênero no ramo de informática: uma primeira exploração. Janeiro/Abril 2009. Disponível em: http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/images/stories/Publicacoes/ciencias_s ociais_v45n1/art03_zuleica.pdf Acesso em: 16/03/2011. PLANT, Sadie. A mulher digital: O feminino e as novas tecnologias. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1999. Acesso em: 25/05/2011. 15
  • 16. Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação SCHWARTZ, Juliana. CASAGRANDE, Lindamir. LESZCZYNSKI, Sonia. CARVALHO, Marilia. Scielo - Mulheres na informática: quais foram as pioneiras? 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n27/32144.pdf Acesso em: 16/03/2011. SOUZA, Rosa Maria Borges Cardoso de. MELO, Marlene Catarina de Oliveira Lopes. Revistas UPS - Mulheres na gerência em tecnologia da informação: Análise de expressões de empoderamento. 03/02/2009. Disponível em: http://www.revistasusp.sibi.usp.br/pdf/rege/v16n1/v16n1a01.pdf Acesso em: 22/03/2011. UPDATEFREUD. Foto 6.Tecnologia e Internet - Como surgiu a expressão Bug. 2009. Disponível em: http://updatefreud.blogspot.com/2009/10/origem-da- palavra-bug.html. Acesso em: 15/06/2011. XIMENES, Felix. Google – Centro de Imprensa – Google lança Prêmio Brazil Women in Technology Award para inspirar estudantes. 2008. Disponível em: http://www.google.com.br/intl/pt-BR/press/pressrel/20080715_womentech.html. Acesso em: 23/06/2011. 16