O documento discute alguns limites e possibilidades da utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas aulas de matemática, com base em entrevistas com 16 professores. As TIC podem minimizar a exclusão digital, motivar os alunos e facilitar a compreensão de conceitos matemáticos. No entanto, as primeiras experiências com TIC podem ser vistas como diversão pelos alunos, não atingindo os objetivos dos professores. Os professores ainda estão se adaptando ao uso das TIC, experimentando diferentes formas de aplicá-
Santana do Livramento - Dionara Teresinha da Rosa AragonCursoTICs
1) O documento discute as experiências de professores em formação inicial ao usar tecnologias digitais na educação matemática.
2) Analisou-se como as tecnologias impactaram suas práticas docentes, identificando pontos de resistência, ganhos pedagógicos e limites.
3) Concluiu que as tecnologias produziram novas maneiras de pensar e agir como professor de matemática.
A inserção das ti cs no ensino fundamental limites etarlison00
O documento discute a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no ensino fundamental, analisando como pode influenciar na mudança do perfil dos educadores. Aborda os limites e possibilidades da inserção das TICs no processo de ensino-aprendizagem e na construção do conhecimento. Defende que as TICs podem contribuir para uma melhoria da aprendizagem quando usadas de forma correta pelos professores como mediadores do processo.
Este documento discute como o sistema operacional dos computadores pode influenciar o desempenho dos professores ao utilizar as ferramentas de informática em sala de aula. A pesquisa foi realizada em escolas públicas de Itaqui-RS e encontrou que, embora os computadores tenham sido instalados, os professores não receberam treinamento adequado para usar o sistema operacional Linux neles, limitando sua capacidade de aproveitar totalmente a tecnologia no ensino.
1) O documento descreve uma pesquisa sobre como professores usam tecnologias educacionais em suas práticas pedagógicas. 2) Foi aplicado um questionário com três professores para investigar como eles integram tecnologias no contexto escolar e quais dificuldades enfrentam. 3) A pesquisa analisou como as novas tecnologias desafiam os professores a inovarem suas práticas e proporcionarem novas formas de ensinar e aprender.
1) O documento descreve uma pesquisa que avalia o uso de tecnologias digitais na formação inicial de professores de matemática.
2) Os resultados mostraram que os estagiários enfrentaram obstáculos para usar tecnologias digitais na educação escolar.
3) No entanto, o uso de tecnologias digitais pode ter oportunizado reflexões significativas sobre práticas docentes para os futuros professores.
A importância da formação de ProfessoresElisabete_25
O documento discute a importância da formação de professores no uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação. Aponta que a formação inicial de professores foca mais no domínio técnico das ferramentas do que em como integrá-las no ensino, e que a formação contínua é limitada. Conclui que o domínio de competências TIC é essencial para os professores usarem plataformas como a Moodle de forma efetiva.
1) O documento discute o uso do laboratório de informática em uma escola pública municipal, analisando seus limites e possibilidades no processo de ensino-aprendizagem.
2) É realizada uma pesquisa qualitativa em uma escola pública de Cachoeira do Sul para entender como ocorre a utilização do laboratório e como ele pode ser usado de forma efetiva.
3) Os resultados mostram que, embora existam limitações, o laboratório de informática pode ser uma ferramenta pedagógica eficiente se utilizado com uma metod
O documento discute:
1) A formação de professores para o uso de tecnologias de informação e comunicação e como estas estão sendo utilizadas nas séries iniciais do ensino fundamental;
2) Uma pesquisa sobre como os professores estão utilizando computadores e laboratórios de informática em escolas públicas.
3) Concepções sobre como a formação inicial de professores os prepara para o uso de tecnologias educacionais em sala de aula.
Santana do Livramento - Dionara Teresinha da Rosa AragonCursoTICs
1) O documento discute as experiências de professores em formação inicial ao usar tecnologias digitais na educação matemática.
2) Analisou-se como as tecnologias impactaram suas práticas docentes, identificando pontos de resistência, ganhos pedagógicos e limites.
3) Concluiu que as tecnologias produziram novas maneiras de pensar e agir como professor de matemática.
A inserção das ti cs no ensino fundamental limites etarlison00
O documento discute a inserção das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no ensino fundamental, analisando como pode influenciar na mudança do perfil dos educadores. Aborda os limites e possibilidades da inserção das TICs no processo de ensino-aprendizagem e na construção do conhecimento. Defende que as TICs podem contribuir para uma melhoria da aprendizagem quando usadas de forma correta pelos professores como mediadores do processo.
Este documento discute como o sistema operacional dos computadores pode influenciar o desempenho dos professores ao utilizar as ferramentas de informática em sala de aula. A pesquisa foi realizada em escolas públicas de Itaqui-RS e encontrou que, embora os computadores tenham sido instalados, os professores não receberam treinamento adequado para usar o sistema operacional Linux neles, limitando sua capacidade de aproveitar totalmente a tecnologia no ensino.
1) O documento descreve uma pesquisa sobre como professores usam tecnologias educacionais em suas práticas pedagógicas. 2) Foi aplicado um questionário com três professores para investigar como eles integram tecnologias no contexto escolar e quais dificuldades enfrentam. 3) A pesquisa analisou como as novas tecnologias desafiam os professores a inovarem suas práticas e proporcionarem novas formas de ensinar e aprender.
1) O documento descreve uma pesquisa que avalia o uso de tecnologias digitais na formação inicial de professores de matemática.
2) Os resultados mostraram que os estagiários enfrentaram obstáculos para usar tecnologias digitais na educação escolar.
3) No entanto, o uso de tecnologias digitais pode ter oportunizado reflexões significativas sobre práticas docentes para os futuros professores.
A importância da formação de ProfessoresElisabete_25
O documento discute a importância da formação de professores no uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação. Aponta que a formação inicial de professores foca mais no domínio técnico das ferramentas do que em como integrá-las no ensino, e que a formação contínua é limitada. Conclui que o domínio de competências TIC é essencial para os professores usarem plataformas como a Moodle de forma efetiva.
1) O documento discute o uso do laboratório de informática em uma escola pública municipal, analisando seus limites e possibilidades no processo de ensino-aprendizagem.
2) É realizada uma pesquisa qualitativa em uma escola pública de Cachoeira do Sul para entender como ocorre a utilização do laboratório e como ele pode ser usado de forma efetiva.
3) Os resultados mostram que, embora existam limitações, o laboratório de informática pode ser uma ferramenta pedagógica eficiente se utilizado com uma metod
O documento discute:
1) A formação de professores para o uso de tecnologias de informação e comunicação e como estas estão sendo utilizadas nas séries iniciais do ensino fundamental;
2) Uma pesquisa sobre como os professores estão utilizando computadores e laboratórios de informática em escolas públicas.
3) Concepções sobre como a formação inicial de professores os prepara para o uso de tecnologias educacionais em sala de aula.
1. O documento analisa o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em salas de aula em escolas.
2. Visa relatar de forma esclarecedora como as tecnologias estão invadindo as escolas, possibilitando novas perspectivas para o ensino-aprendizagem de forma integradora e qualificadora para alunos e professores.
3. Conclui que as escolas precisam ampliar cada vez mais o espaço para receber tecnologias em salas de aula, onde professores têm domínio
O documento discute o uso da informática educativa como auxílio para a resolução de problemas matemáticos. Analisa a realidade do uso da tecnologia nas salas de aula por meio de questionários com professores e alunos, apontando que, apesar das possibilidades da informática, sua aplicação na prática é limitada. Defende que a informática educativa é uma nova vertente para o ensino matemático que torna as aulas mais dinâmicas, mas requer estudos para melhor avaliar seus resultados.
Aplicações de Tecnologia em Ambiente Pré-Escolar - Algumas perguntas para nen...Henrique Santos
1) O documento discute a importância da formação contínua de educadores em tecnologia educativa para que possam usar as novas tecnologias de maneira efetiva no ensino.
2) Apesar das novas tecnologias fornecerem muita informação, cabe aos educadores continuar transmitindo os modelos sociais aceitáveis e orientar os alunos no uso dessas informações.
3) É essencial contextualizar as capacidades e competências dos professores, incluindo sua capacidade de avaliar situações educacionais, planejar ações e aplicar
O documento discute o ensino e aprendizagem da matemática com o uso de novas tecnologias. Ele apresenta que as tecnologias podem contribuir positivamente para a educação matemática, mas que alunos de escolas públicas ainda têm dificuldades com a disciplina. O estudo analisou como o processo de ensino e aprendizagem ocorre em escolas públicas e privadas de Uberaba utilizando questionários com professores e alunos.
Texto comunicação e tecnologia em supervisão pedagógica ...adrianafrancisca
1) O documento discute as tecnologias de comunicação e informação na supervisão pedagógica e formação de professores.
2) É analisado o uso da internet na educação no Brasil e Europa, reconhecendo que é ainda incipiente na prática pedagógica.
3) O texto argumenta que os professores precisam acompanhar os avanços tecnológicos e usar recursos multimídia para tornar o ensino mais prazeroso, embora a sociedade como um todo ainda esteja se adaptando às novas tecnologias
Santana do Livramento - Nara Fátima Oliveira dos SantosCursoTICs
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em uma escola pública com o objetivo de identificar as causas das dificuldades para inclusão de TIC e fornecer sugestões. A pesquisa envolveu questionários e entrevistas com professores, alunos e o monitor da sala de informática. Foi constatado que muitos alunos e professores não estão familiarizados com tecnologias. Os professores desconhecem a realidade tecnológica dos alunos e se sentem reticentes em usar TIC. Há necessidade
O documento discute a relação entre informática e educação matemática. Apresenta preocupações com o uso excessivo de tecnologia na escola e como isso pode afetar o desenvolvimento dos alunos. Também aborda os desafios econômicos em implementar computadores nas escolas e como a disponibilidade de novas mídias influencia a produção do conhecimento.
1) O documento discute o uso das tecnologias na educação e como os professores podem aproveitar recursos como computadores e a internet para melhorar o ensino.
2) É destacado que os professores precisam se atualizar sobre as novas tecnologias para motivarem os alunos, e que recursos online podem ser usados para apoiar o ensino presencial.
3) Ambientes virtuais de aprendizagem na internet podem ser úteis não só para o ensino a distância, mas também para complementar o ensino presencial e acompan
Este documento discute a introdução das tecnologias da informação no ensino público brasileiro. Primeiro, contextualiza os desafios enfrentados pelo ensino no Brasil e o potencial das TIC para auxiliar nessa situação de crise. Em seguida, descreve como as ações do poder público nem sempre correspondem aos objetivos propostos e como os professores nem sempre estão preparados para ensinar com novas tecnologias. Por fim, apresenta os objetivos da pesquisa, que é analisar como as escolas e professores percebem e usam as TIC no ensino
1) O documento discute as contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo de ensino e aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção de um professor.
2) Ele apresenta um breve histórico do desenvolvimento das TIC e sua importância no ambiente educacional, especialmente para promover a inclusão de estudantes com necessidades especiais.
3) O documento também discute a inclusão e hidrocefalia, definindo o que é hidrocefalia e traçando bre
Este documento descreve uma pesquisa sobre como professores de matemática vislumbram a inserção de tecnologias digitais em sua prática pedagógica ao ensinar estatística. A pesquisa incluirá entrevistas com professores e análise dos dados coletados sobre infraestrutura tecnológica e uso de tecnologias nas escolas. O objetivo é investigar como os professores veem o potencial das tecnologias digitais para melhorar o ensino da estatística.
1. O documento descreve um estudo de caso sobre o uso de tecnologias da informação e comunicação para melhorar as práticas pedagógicas em uma instituição sem fins lucrativos.
2. O estudo avaliou o uso de jogos educativos e objetos de aprendizagem em aulas de informática e comparou com aulas tradicionais.
3. Os resultados mostraram que as tecnologias da informação podem proporcionar uma melhor comunicação entre alunos e professores e aumentar o conhecimento dos alunos.
Este documento apresenta o modelo TPACK como um referencial teórico para fundamentar a formação de professores em tecnologia educativa. O modelo TPACK descreve o conhecimento de um professor como resultando da intersecção entre conhecimento de conteúdo, pedagógico e tecnológico. A aplicação deste modelo pode revolucionar a compreensão do desenvolvimento profissional de professores competentes em TIC.
Este trabalho teve como objetivo apresentar aos educadores as possibilidades dos Objetos Virtuais de Aprendizagem para melhorar o desenvolvimento dos conteúdos pelos alunos. Foi realizada uma oficina para os educadores experimentarem os OVAs, porém o projeto não foi adiante por motivos institucionais.
O documento discute a importância da avaliação e do uso de software educacional nas salas de aula. Primeiramente, aborda as metodologias de ensino tradicional e construtivista e os tipos de software educacional existentes. Em seguida, destaca a importância de avaliar o software educacional para verificar sua adequação ao contexto educacional e se ele atinge seus objetivos de ensino de forma eficaz.
Este documento discute o uso de tecnologias digitais como potencializadoras do processo de ensino-aprendizagem. Os professores entrevistados relatam que fazem pesquisas na internet para dinamizar suas aulas e que as tecnologias podem modificar a educação de forma positiva quando mediadas por professores. No entanto, destacam a necessidade de qualificação dos professores para integrar as tecnologias de forma efetiva.
As tecnologias no cotidiano escolar possibilidades de __articular o trabalh...Mayke Machado
O documento discute as possibilidades de integrar tecnologias no cotidiano escolar de forma a melhorar as práticas pedagógicas. Argumenta-se que é necessário que os professores se apropriem criticamente das tecnologias e utilizem recursos como computadores, softwares educativos e a internet para tornar as aulas mais estimulantes e promover a aprendizagem significativa. Também é importante que os professores recebam formação continuada para utilizar as tecnologias de forma efetiva no processo de ensino-aprendizagem.
O documento lista 19 mandamentos para programadores, incluindo dominar a linguagem de programação, o sistema operacional, testar o código, usar controle de versão, automatizar tarefas repetitivas e contribuir com projetos open source.
Cultura Organizacional estructura y funcionamientoFERMIN TORO
Este documento presenta la cultura organizacional, estructura y políticas de Grupo Zoom, una red de empresas de logística y servicios financieros en Venezuela. Describe sus valores como orientación al cliente, esfuerzo, mejoramiento continuo y cooperación. Explica que ofrecen servicios de envío nacional e internacional, transferencias electrónicas y agencias de viajes a través de varias empresas. También detalla su misión, visión, estructura organizativa y políticas de confidencialidad de información.
RED (análise crítica) Laura oliveira, Susana brilhante, P1Susana Brilhante
O documento resume uma crítica de um Recurso Educativo Digital (RED) sobre animais de quinta para crianças entre 3-6 anos. O RED usou PowerPoint, Hot Potatoes e outras ferramentas, mas faltou estratégias pedagógicas e feedback. Também foi inadequado à faixa etária, sem promover aprendizagem. Apenas teve boas imagens, mas no geral não respeitou características necessárias para REDs.
This document provides an overview and business plan for SudStream, a company developing innovative sink and shower attachments that dispense measured amounts of soap. The executive summary introduces the products, opportunity, and marketing strategy. Sections cover the company, products, market analysis, operations, management, risks, and financials. The target market is Generation X consumers interested in convenience and sustainability. Distribution will be through major retailers like Target initially. The plan outlines a path to profitability through effective marketing and sales.
1. O documento analisa o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em salas de aula em escolas.
2. Visa relatar de forma esclarecedora como as tecnologias estão invadindo as escolas, possibilitando novas perspectivas para o ensino-aprendizagem de forma integradora e qualificadora para alunos e professores.
3. Conclui que as escolas precisam ampliar cada vez mais o espaço para receber tecnologias em salas de aula, onde professores têm domínio
O documento discute o uso da informática educativa como auxílio para a resolução de problemas matemáticos. Analisa a realidade do uso da tecnologia nas salas de aula por meio de questionários com professores e alunos, apontando que, apesar das possibilidades da informática, sua aplicação na prática é limitada. Defende que a informática educativa é uma nova vertente para o ensino matemático que torna as aulas mais dinâmicas, mas requer estudos para melhor avaliar seus resultados.
Aplicações de Tecnologia em Ambiente Pré-Escolar - Algumas perguntas para nen...Henrique Santos
1) O documento discute a importância da formação contínua de educadores em tecnologia educativa para que possam usar as novas tecnologias de maneira efetiva no ensino.
2) Apesar das novas tecnologias fornecerem muita informação, cabe aos educadores continuar transmitindo os modelos sociais aceitáveis e orientar os alunos no uso dessas informações.
3) É essencial contextualizar as capacidades e competências dos professores, incluindo sua capacidade de avaliar situações educacionais, planejar ações e aplicar
O documento discute o ensino e aprendizagem da matemática com o uso de novas tecnologias. Ele apresenta que as tecnologias podem contribuir positivamente para a educação matemática, mas que alunos de escolas públicas ainda têm dificuldades com a disciplina. O estudo analisou como o processo de ensino e aprendizagem ocorre em escolas públicas e privadas de Uberaba utilizando questionários com professores e alunos.
Texto comunicação e tecnologia em supervisão pedagógica ...adrianafrancisca
1) O documento discute as tecnologias de comunicação e informação na supervisão pedagógica e formação de professores.
2) É analisado o uso da internet na educação no Brasil e Europa, reconhecendo que é ainda incipiente na prática pedagógica.
3) O texto argumenta que os professores precisam acompanhar os avanços tecnológicos e usar recursos multimídia para tornar o ensino mais prazeroso, embora a sociedade como um todo ainda esteja se adaptando às novas tecnologias
Santana do Livramento - Nara Fátima Oliveira dos SantosCursoTICs
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em uma escola pública com o objetivo de identificar as causas das dificuldades para inclusão de TIC e fornecer sugestões. A pesquisa envolveu questionários e entrevistas com professores, alunos e o monitor da sala de informática. Foi constatado que muitos alunos e professores não estão familiarizados com tecnologias. Os professores desconhecem a realidade tecnológica dos alunos e se sentem reticentes em usar TIC. Há necessidade
O documento discute a relação entre informática e educação matemática. Apresenta preocupações com o uso excessivo de tecnologia na escola e como isso pode afetar o desenvolvimento dos alunos. Também aborda os desafios econômicos em implementar computadores nas escolas e como a disponibilidade de novas mídias influencia a produção do conhecimento.
1) O documento discute o uso das tecnologias na educação e como os professores podem aproveitar recursos como computadores e a internet para melhorar o ensino.
2) É destacado que os professores precisam se atualizar sobre as novas tecnologias para motivarem os alunos, e que recursos online podem ser usados para apoiar o ensino presencial.
3) Ambientes virtuais de aprendizagem na internet podem ser úteis não só para o ensino a distância, mas também para complementar o ensino presencial e acompan
Este documento discute a introdução das tecnologias da informação no ensino público brasileiro. Primeiro, contextualiza os desafios enfrentados pelo ensino no Brasil e o potencial das TIC para auxiliar nessa situação de crise. Em seguida, descreve como as ações do poder público nem sempre correspondem aos objetivos propostos e como os professores nem sempre estão preparados para ensinar com novas tecnologias. Por fim, apresenta os objetivos da pesquisa, que é analisar como as escolas e professores percebem e usam as TIC no ensino
1) O documento discute as contribuições das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo de ensino e aprendizagem de uma criança com hidrocefalia a partir da percepção de um professor.
2) Ele apresenta um breve histórico do desenvolvimento das TIC e sua importância no ambiente educacional, especialmente para promover a inclusão de estudantes com necessidades especiais.
3) O documento também discute a inclusão e hidrocefalia, definindo o que é hidrocefalia e traçando bre
Este documento descreve uma pesquisa sobre como professores de matemática vislumbram a inserção de tecnologias digitais em sua prática pedagógica ao ensinar estatística. A pesquisa incluirá entrevistas com professores e análise dos dados coletados sobre infraestrutura tecnológica e uso de tecnologias nas escolas. O objetivo é investigar como os professores veem o potencial das tecnologias digitais para melhorar o ensino da estatística.
1. O documento descreve um estudo de caso sobre o uso de tecnologias da informação e comunicação para melhorar as práticas pedagógicas em uma instituição sem fins lucrativos.
2. O estudo avaliou o uso de jogos educativos e objetos de aprendizagem em aulas de informática e comparou com aulas tradicionais.
3. Os resultados mostraram que as tecnologias da informação podem proporcionar uma melhor comunicação entre alunos e professores e aumentar o conhecimento dos alunos.
Este documento apresenta o modelo TPACK como um referencial teórico para fundamentar a formação de professores em tecnologia educativa. O modelo TPACK descreve o conhecimento de um professor como resultando da intersecção entre conhecimento de conteúdo, pedagógico e tecnológico. A aplicação deste modelo pode revolucionar a compreensão do desenvolvimento profissional de professores competentes em TIC.
Este trabalho teve como objetivo apresentar aos educadores as possibilidades dos Objetos Virtuais de Aprendizagem para melhorar o desenvolvimento dos conteúdos pelos alunos. Foi realizada uma oficina para os educadores experimentarem os OVAs, porém o projeto não foi adiante por motivos institucionais.
O documento discute a importância da avaliação e do uso de software educacional nas salas de aula. Primeiramente, aborda as metodologias de ensino tradicional e construtivista e os tipos de software educacional existentes. Em seguida, destaca a importância de avaliar o software educacional para verificar sua adequação ao contexto educacional e se ele atinge seus objetivos de ensino de forma eficaz.
Este documento discute o uso de tecnologias digitais como potencializadoras do processo de ensino-aprendizagem. Os professores entrevistados relatam que fazem pesquisas na internet para dinamizar suas aulas e que as tecnologias podem modificar a educação de forma positiva quando mediadas por professores. No entanto, destacam a necessidade de qualificação dos professores para integrar as tecnologias de forma efetiva.
As tecnologias no cotidiano escolar possibilidades de __articular o trabalh...Mayke Machado
O documento discute as possibilidades de integrar tecnologias no cotidiano escolar de forma a melhorar as práticas pedagógicas. Argumenta-se que é necessário que os professores se apropriem criticamente das tecnologias e utilizem recursos como computadores, softwares educativos e a internet para tornar as aulas mais estimulantes e promover a aprendizagem significativa. Também é importante que os professores recebam formação continuada para utilizar as tecnologias de forma efetiva no processo de ensino-aprendizagem.
O documento lista 19 mandamentos para programadores, incluindo dominar a linguagem de programação, o sistema operacional, testar o código, usar controle de versão, automatizar tarefas repetitivas e contribuir com projetos open source.
Cultura Organizacional estructura y funcionamientoFERMIN TORO
Este documento presenta la cultura organizacional, estructura y políticas de Grupo Zoom, una red de empresas de logística y servicios financieros en Venezuela. Describe sus valores como orientación al cliente, esfuerzo, mejoramiento continuo y cooperación. Explica que ofrecen servicios de envío nacional e internacional, transferencias electrónicas y agencias de viajes a través de varias empresas. También detalla su misión, visión, estructura organizativa y políticas de confidencialidad de información.
RED (análise crítica) Laura oliveira, Susana brilhante, P1Susana Brilhante
O documento resume uma crítica de um Recurso Educativo Digital (RED) sobre animais de quinta para crianças entre 3-6 anos. O RED usou PowerPoint, Hot Potatoes e outras ferramentas, mas faltou estratégias pedagógicas e feedback. Também foi inadequado à faixa etária, sem promover aprendizagem. Apenas teve boas imagens, mas no geral não respeitou características necessárias para REDs.
This document provides an overview and business plan for SudStream, a company developing innovative sink and shower attachments that dispense measured amounts of soap. The executive summary introduces the products, opportunity, and marketing strategy. Sections cover the company, products, market analysis, operations, management, risks, and financials. The target market is Generation X consumers interested in convenience and sustainability. Distribution will be through major retailers like Target initially. The plan outlines a path to profitability through effective marketing and sales.
Dumisani Mkhabela is a 26-year-old South African man currently studying an Advanced Certificate in Pharmacy Technical Support at Nelson Mandela Metropolitan University. He has experience working in pharmacies through externships at Clicks Pharmacy and Daveyton Main Clinic, where his responsibilities included stock management and dispensing under supervision. In his personal statement, he emphasizes skills in communication, teamwork, and adaptability. In his free time, he enjoys staying informed through reading news and social media, as well as maintaining a healthy lifestyle through exercise.
How to Develop a Response to Intervention ModelAmy Robertson
Schools need a way to identify struggling students so they can intervene immediately to alter the course of action for students. Learn the 10 steps to developing an RTI model at your school with this eBook.
El método de casos es una estrategia educativa basada en estudios de casos reales que coloca al participante en una situación realista para que analice problemas y desarrolle habilidades para resolverlos de forma sistemática. El propósito es que los estudiantes desarrollen habilidades para resolver problemas profesionales. Un caso típico incluye una descripción narrativa de eventos de la vida real con información básica que conduzca a la toma de decisiones y soluciones. El método requiere la participación activa del estudiante y el docente j
Este documento clasifica los signos de acuerdo a tres criterios: 1) su relación con el emisor en términos de voluntariedad, intencionalidad e intervención; 2) su grado de especificidad y función-signo según Barthes; 3) el canal físico y órgano receptor humano como olfativo, táctil, gustativo, visual y auditivo. También distingue entre signos naturales involuntarios y signos convencionales arbitrarios creados para comunicar según una convención establecida.
A expansão do PHP no governo brasileiroFlávio Lisboa
O documento descreve o uso crescente de PHP no governo brasileiro para disponibilizar dados públicos e melhorar a comunicação e gestão governamental. Ele também apresenta o Portal do Software Público Brasileiro, que hospeda diversos softwares livres desenvolvidos para órgãos governamentais e disponíveis para uso da iniciativa privada.
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O documento discute a importância do uso das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ensino na Escola de Referência em Ensino Médio Justa Barbosa de Sales. Ele destaca a necessidade de capacitar professores no uso pedagógico das TICs para motivar os alunos na aprendizagem e atender as demandas da sociedade moderna. O objetivo é integrar as TICs no ensino de forma criativa usando diferentes estratégias.
Este documento descreve uma pesquisa sobre as competências e habilidades de tutores presenciais em um curso de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). O documento apresenta a metodologia da pesquisa qualitativa realizada por meio de questionários com tutores presenciais. Os resultados descrevem as principais ferramentas e habilidades utilizadas por tutores presenciais de TICs em seu trabalho.
Utilização das tic por parte dos professores de uma escola do ensino básico e...João Piedade
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado sobre a utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) por professores de uma escola do ensino básico e secundário em Portugal. O estudo analisa o grau de proficiência dos professores no uso das TIC, os índices de utilização das TIC, e como fatores como formação, equipamentos, e características pessoais e profissionais influenciam o uso das TIC. O objetivo é compreender melhor como maximizar o potencial pedagógico das TIC
Santana do Livramento - Maria Francisca Ilha Hardem NevesCursoTICs
Este documento descreve uma pesquisa sobre o uso do computador para potencializar a prática pedagógica de professores de uma escola rural. Foi realizada uma palestra para orientar os professores sobre inclusão digital e disponibilizados materiais digitais. Uma pesquisa com questionário identificou que os professores não usam a sala de computadores para fins pedagógicos. A conclusão é que capacitação contínua pode ajudar os professores a explorar melhor as ferramentas digitais e enriquecer seu ensino.
A pesquisa analisou a relação entre o curso "Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC" e as práticas dos professores em sala de aula com computadores. Os professores foram questionados sobre não usarem computadores em práticas inovadoras. Após observação e questionários, concluiu-se que os professores valorizam o curso, mas precisam de mais treinamento para se sentirem seguros em usar computadores nas aulas.
O documento discute a importância do conhecimento da tecnologia para gestores escolares. Inicialmente, aborda como a tecnologia pode ser usada para sistematizar processos educacionais em vez de substituir professores. Também discute desafios da educação a distância, como a necessidade de alfabetização digital. Finalmente, destaca como as TIC podem ser usadas para comunicação, colaboração e inovação na escola.
A Sociedade Conectada - Caminhos para Formação de Professorescidacandine
O trabalho toma por base a realidade da sociedade tecnológica atual que gera necessidade de mudanças nas diversas esferas educacionais, principalmente no trabalho do professor para lidar com as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação).
Esta realidade social sinaliza para a exigência de se repensar práticas docentes, que tradicionalmente privilegiam a comunicação oral em detrimento da construção coletiva do conhecimento. São apresentadas recomendações para o uso pedagógico das redes de computadores na formação de professores, ressaltando a necessidade de um novo paradigma educacional.
As inovações tecnológicas e os sistemas educacionais: os impactos, limites, d...Mauricio Maulaz
O documento discute as inovações tecnológicas nos sistemas educacionais, incluindo seus impactos, limites, desafios e perspectivas. Aborda como as novas tecnologias podem tornar o aprendizado mais atraente para os alunos, mas requerem adaptações dos métodos de ensino. Também destaca exemplos como o uso de robótica nas escolas para desenvolver habilidades técnicas e criativas dos estudantes.
Este documento discute a integração das tecnologias de informação e comunicação na educação brasileira. Analisa os estágios de apropriação do uso pedagógico das TIC por professores, baseado na pesquisa ACOT. Também examina o Programa Um Computador por Aluno em uma escola pública no Tocantins, concluindo que o programa promoveu o uso das TIC em sala de aula e mudanças no currículo.
O documento apresenta uma avaliação do uso das TIC como ferramentas de ensino-aprendizagem em um curso técnico. A pesquisa constatou que os alunos têm acesso constante às TIC há algum tempo, mas usam apenas parcialmente seu potencial. As mídias sociais são vistas como lazer em vez de contribuir para o aprendizado. A maioria dos alunos avalia positivamente o uso das TIC pelos professores para tornar as aulas mais dinâmicas.
O documento descreve um projeto sobre a inserção de tecnologias de informação e comunicação em uma escola. Ele inclui uma introdução, metodologia, constatação da realidade atual, considerações finais e sugestões para trabalhos futuros. O projeto analisou como os professores estão se apropriando das TICs em seu trabalho pedagógico e identificou que é necessário mais capacitação e uso inovador das tecnologias.
O documento discute o uso pedagógico de mídias na escola, como prática inovadora. Ele descreve como as novas tecnologias podem promover aprendizagens significativas e a necessidade dos professores se atualizarem no uso dessas ferramentas. Relata também a experiência de um curso de formação sobre o uso de TIC na educação.
Este documento discute a importância da formação docente no uso de quadros interativos multimédia. Os autores realizaram uma formação para professores sobre como usar quadros interativos de forma eficaz e recolheram dados através de questionários e entrevistas. Os resultados mostraram que os professores consideram os quadros importantes para suas práticas e que estão motivados a usar esses recursos, mas precisam de mais formação para se sentirem mais proficientes.
ARTIGO 5 TECNOLOGIA EDUCAÇÃO E INCLUSÃO DÁ PARA INOVAR EM UM CENÁRIO EDUCACIO...SimoneHelenDrumond
O documento discute o potencial das tecnologias da informação e comunicação para inovar na educação, mesmo em cenários com demandas básicas urgentes. Apresenta os benefícios das TICs para melhorar o ensino e a aprendizagem, como atividades diferenciadas e apoio a professores e alunos. Também discute a importância da formação de professores e da adoção de políticas públicas para inserir as tecnologias de forma a beneficiar todos os estudantes.
18 ARTIGO TECNOLOGIA EDUCAÇÃO E INCLUSÃO DÁ PARA INOVAR EM UM CENÁRIO EDUCAC...SimoneHelenDrumond
O documento discute o potencial das tecnologias da informação e comunicação (TICs) para inovar na educação, mesmo em cenários com demandas básicas urgentes. Defende que as TICs podem enriquecer as práticas pedagógicas, fornecer apoio a professores e alunos, e possibilitar novas formas de aprendizagem. Também destaca a importância da formação de professores e de políticas públicas para integrar as TICs de maneira benéfica no sistema educacional.
Este documento resume uma pesquisa sobre as potencialidades e dificuldades no uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) em uma escola estadual em Dilermando de Aguiar. A pesquisa identificou que as TIC podem potencializar a aprendizagem dos alunos, mas que há desafios como falta de manutenção dos equipamentos e necessidade de treinamento dos professores. A conclusão é que as TIC devem ser usadas de forma planejada e contextualizada para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.
EDU670_1_2 - TEMA 02 - Novos papéis para os atores do cenário educacional.pdfssusere9b125
O documento discute os novos papéis dos professores, estudantes e instituições de ensino no contexto do uso das tecnologias digitais na educação. A integração das tecnologias deve ser compreendida como uma evolução dos processos de ensino e aprendizagem para auxiliar os estudantes em um contexto cada vez mais conectado. Isso exige novas atitudes dos professores como mediadores do conhecimento, estudantes mais autônomos e instituições com investimentos em infraestrutura e formação de professores.
O documento discute as tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação. Argumenta que as TIC não são neutras e não necessariamente melhoram a aprendizagem se não houver mudanças nas concepções de ensino. Também apresenta sete axiomas para que as TIC se tornem um motor de inovação pedagógica, incluindo infraestrutura tecnológica, enfoque construtivista e questionamento do senso pedagógico comum.
O documento discute (1) o abismo digital entre professores e alunos em relação ao uso de tecnologias, (2) como as redes sociais podem ser usadas de forma eficiente no ensino-aprendizagem, e (3) a necessidade de professores se adaptarem ao papel de facilitadores na construção do conhecimento em uma sociedade da informação.
Este documento discute o uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC) no ensino fundamental, especificamente nos três primeiros anos. Ele descreve como três professoras utilizam as TIC em suas salas de aula e investiga as contribuições do uso de TIC no processo de aprendizagem dos alunos. O documento também aborda como as práticas pedagógicas podem ser apoiadas pelo uso apropriado de TIC.
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
livro para professor da educação de jovens e adultos analisarem- do 4º ao 5º ano.
Livro integrado para professores da eja analisarem, como sugestão para ser adotado nas escolas que oferecem a educação de jovens e adultos.
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Ti cs
1. Revista Eletrônica de Educação, v. 8, n. 2, p. 101-119, 2014.ISSN 1982-7199 | DOI: http://dx.doi.org/10.14244/19827199729
A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação
nas aulas de Matemática: Limites e possibilidades
Utilization of information and communication technology
in mathematics classes: Limits and possibilities
Reginaldo Fernando Carneiro1
Universidade Federal de Juiz de Fora, UFJF, Brasil
Cármen Lúcia Brancaglion Passos2
Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, Brasil
Resumo
A utilização das tecnologias nas aulas de Matemática pode promover mudanças na dinâmica
da sala de aula e também nas formas de ensinar e de aprender os conteúdos. Para tanto, os
professores precisam compreender e ter clareza das possibilidades e também dos limites
das tecnologias. Nesse contexto, este artigo busca discutir alguns limites e possibilidades da
utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC – nas aulas de Matemática,
sob a ótica de 16 professores. Esta pesquisa, de natureza qualitativa, utilizou questionários e
entrevistas semiestruturadas para a produção de dados. A análise dos dados evidenciou que
as TIC podem minimizar a exclusão digital e despertar nos alunos o interesse e a motivação
para aprender Matemática. Podem ainda facilitar a compreensão dos conteúdos, como a
visualização em Geometria, e desenvolver a criatividade e a imaginação. Identificamos
diferentes formas de utilização nos comentários dos professores, sendo que, em regra, essas
práticas não exploraram toda a potencialidade das tecnologias. Além disso, as primeiras
experiências com as TIC podem ser vistas pelos alunos como diversão e, dessa forma,
os objetivos do professor podem não ser alcançados. Assim, os professores estão ainda
caminhando pela zona de conforto, mas eles parecem estar em um movimento de tatear,
testar, experimentar e explorar as TIC nas aulas de Matemática.
Palavras-chave: Tecnologias da Informação e Comunicação, Limites, Possibilidades,
Ensino e aprendizagem da Matemática.
Abstract
The use of technology in mathematics classes can promote changes in the classroom dynamics
and in the forms of teaching and learning the contents. To this end, teachers need to clearly
understand the possibilities and limits of technology. In this context, this article discusses
some limits and possibilities for the use of Information and Communication Technologies -
ICT in mathematics classes from the perspective of 16 teachers. This qualitative research used
questionnaires and semi-structured interviews for data production. Data analysis revealed
that ICT can minimize digital exclusion and awaken students’ interest and motivation to
learn mathematics; it can also facilitate the understanding of contents, such as viewing
geometry, and develop creativity and imagination. From the teachers’ comments, we identified
different ways of using ICT. As a rule, these practices have not explored the full potential of
1 Doutor em Educação pela Universidade Federal de São Carlos. Docente da UFJF. E-mail: reginaldo_carneiro@yahoo.com.br
2 Professora do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação
da UFSCar. E-mail: carmen@ufscar.br
Artigo
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technology. Additionally, the first experiences with ICT can be seen by students as fun, and
thus teachers’ goals may not be achieved. Therefore, teachers are still walking in the comfort
zone, but they seem to be in a movement of feeling, testing, experimenting, and exploring
ICT in mathematics classes.
Keywords: Information and Communication Technology, Limits, Possibilities, Teaching
and learning of mathematics.
Introdução
Este artigo se inspira na pesquisa de mestrado do primeiro autor que investigou as
contribuições da Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de São Carlos
– UFSCar – e as vivências dos professores em início de carreira ao introduzirem e
utilizarem as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC – em suas aulas.
As TIC, neste artigo, são tanto os computadores, as calculadoras, a Internet,
como também os vídeos que podem ser utilizados para o ensino e aprendizagem da
matemática.
O objetivo deste texto é discutir alguns limites e possibilidades da utilização das
TIC nas aulas de matemática, a partir de questionários e entrevistas realizadas com
16 professores, podendo nos dar indícios da relação do professor com as tecnologias,
de práticas bem sucedidas e também de dificuldades que podem ser enfrentadas
nesse contexto.
Neste artigo, inicialmente trazemos os aportes teóricos sobre as TIC que deram
suporte à análise dos dados. Em seguida, fazemos uma breve descrição das estraté-
gias metodológicas que, decorrentes da natureza qualitativa da pesquisa, permitiram
investigar essa temática. Ainda, discutimos aspectos relativos à utilização das TIC
nas aulas de matemática, refletindo sobre alguns limites e possibilidades e, por fim,
apresentamos algumas considerações sobre as discussões.
A utilização das TIC na Educação
No início das discussões sobre a introdução dos computadores na escola, muitos
professores mostravam resistência porque pensavam que, assim como em outros
ramos de atividade, seriam substituídos por essas máquinas. Contudo, estudos
apontaram que, ao contrário, o papel do professor nesse ambiente é de fundamental
importância, porque somente a introdução dos computadores nas escolas não
provoca mudanças nas práticas docentes enraizadas e no processo de ensino e de
aprendizagem. Segundo Ponte (2000), esse papel não se deve apenas à relação afetiva
e emocional que o professor estabelece com o aluno, mas também à negociação e
renegociação de significados que realiza com ele.
O professor precisa participar de forma ativa do processo de construção do conheci-
mento do aluno, sendo um mediador, motivador e orientador da aprendizagem. Dessa
forma, segundo Ribeiro (2005, p. 94), “a máquina precisa do pensamento humano
para se tornar auxiliar no processo de aprendizado”.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN – (BRASIL, 1998, p. 140) também
compartilham essa ideia e postulam que para que inovações ocorram “a tecnologia
deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a construção de
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conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos
e professores”.
Assim, a simples instalação de equipamentos de informática, de TVs e de aparelhos
de DVD na escola e acesso à internet, por modismo, não é sinônimo de um ensino de
boa qualidade. Pelo contrário, esses recursos podem continuar camuflando práticas
convencionais.
Uma discussão que merece destaque quando se fala em tecnologias na Educação
é a razão pela qual elas devem ser utilizadas na escola pelos estudantes.
Um dos argumentos para a inserção das TIC na Educação defende o uso de recursos
tecnológicos na escola para preparar os alunos para o mercado de trabalho. Esse é
sem dúvida um fator importante na sociedade em que vivemos, visto que muitas
empresas estão substituindo sua mão-de-obra por computadores e saber manusear
essa ferramenta tornará os alunos melhor preparados para assumir essas funções,
mas não deve ser a razão principal, pois a escola tem outras funções. Então, colocamos
um questionamento: qual a importância de os estudantes terem acesso e aprenderem
a utilizar as TIC na escola?
Para responder a essa questão, nos apoiamos em Borba e Penteado (2001, p. 16),
que explicitam que “uma visão mais ampla de educação deve subordiná-la à noção de
cidadania, [...] devemos lutar para que a noção sobre o que é cidadania inclua os deveres
e direitos não subordinados aos interesses apenas das grandes corporações”. Ainda
segundo esses autores, o acesso às TIC deve ser um direito e as pessoas precisam ser
alfabetizadas tecnologicamente, o que não significa apenas ter cursos de informática.
Nesse sentido, a escola deve assumir a responsabilidade para tentar diminuir o
abismo existente entre os que estão e os que não estão conectados, ou seja, aqueles
que têm acesso às TIC e a maioria da população brasileira, que ainda não tem.
Se essa instituição, que todos em idade escolar têm obrigatoriedade de frequentar
por exigência da Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996), não promover o acesso
às tecnologias, as camadas mais desfavorecidas da população poderão não ter essa
oportunidade. Assim, além da exclusão causada pelas desigualdades sociais, uma
nova forma de exclusão surgirá: a exclusão digital.
Apropriamo-nos, neste texto, da visão de que a utilização das diversas ferramentas
tecnológicas deve ocorrer em todas as disciplinas que fazem parte do currículo escolar,
com o objetivo de modificar o processo de ensino e de aprendizagem. Assim, haveria
uma integração da TIC à Educação e, nesse sentido, para Coscarelli (2005, p. 32),
“(...) a informática deveria ser um recurso auxiliar da aprendizagem, um elemento
que deveria integrar e reunir as diversas áreas do conhecimento”.
Concordamos com essa perspectiva, porque com o uso das TIC integrado às
diversas disciplinas, os estudantes também estarão aprendendo, por exemplo, a
utilizar o processador de texto, a planilha eletrônica e a Internet, ao mesmo tempo
em que haverá uma alteração da dinâmica da aula e também das formas de ensinar
e de aprender.
A partir do exposto, é fundamental o papel do professor nesse contexto de utilização
das TIC nas aulas de matemática. De acordo com Elorza (2012), o uso das tecnologias
ainda apresenta características do ensino tradicional em que o professor transmite
informações e os alunos recebem e reproduzem e que, portanto, não explora toda
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sua potencialidade. Contudo, o professor deve ser colocado diante de um processo
reflexivo e que redimensiona sua função docente.
Ainda para a autora é preciso que o professor dê novo significado a sua prática
de sala de aula por meio da mediação que deve considerar três aspectos: o processo
tecnológico, o processo pedagógico e o processo formativo. O primeiro refere-se às
potencialidades encontradas na tecnologia que será utilizada. O processo pedagógico
está relacionado à maneira que as atividades são desenvolvidas e que objetivos querem
ser alcançados. Por fim, o formativo é o processo de desenvolvimento da atividade e
inclui a recriação e redefinição dos procedimentos de uso dos instrumentos utilizados.
Consideramos que a reflexão sobre essas práticas do professor é que pode se
tornar catalisadora de mudanças e, dessa forma, redimensionando seu papel. Assim,
esses três processos mencionados devem estar intimamente relacionados de forma
a funcionarem todos em plena harmonia, por exemplo, se a atividade elaborada pelo
professor não fizer emergir toda a potencialidade do meio tecnológico pode ser que
o processo formativo não ocorra de forma satisfatória.
Para Cannone, Robayna e Medina (2008), a utilização das tecnologias se torna
um desafio ao professor, pois elas modificam tanto a maneira de ensinar quanto a
seleção dos conteúdos e sua adequação aos meios tecnológicos. Para dar conta dessas
demandas, os resultados desse estudo evidenciaram que os professores ressaltaram a
necessidade de formação específica, pois não sabem como atuar nessa nova realidade.
A formação inicial e/ou continuada precisa atender às exigências advindas do avanço
tecnológico, cada vez mais rápido.
Embora muito já tenha sido feito para equipar as escolas com tecnologias, sua utili-
zação ainda é tímida. Isso pode ser explicado pelo fato de que tal uso faz com que o
professor deixe a chamada zona de conforto, “onde quase tudo é conhecido, previsível
e controlável”, e caminhe em direção à zona de risco, que “aparece principalmente
em decorrência de problemas técnicos e da diversidade de caminhos e dúvidas que
surgem quando os alunos trabalham com um computador.” (BORBA; PENTEADO,
2001, p. 55). O professor deve estar preparado para enfrentar muitos imprevistos,
questões e dúvidas às quais poderá não saber responder, muito mais que em aulas
sem as tecnologias. Segundo esses autores (2001, p. 55):
Por mais que o professor seja experiente é sempre possível que uma combinação de
teclas e comandos leve a uma situação nova que, por vezes, requer um tempo mais
longo de análise e compreensão. Muitas dessas situações necessitam de exploração
cuidadosa ou até mesmo de discussão com outras pessoas.
Na zona de risco, a dinâmica da sala de aula é profundamente alterada. Os alunos
não estão mais sentados em carteiras uma atrás da outra; normalmente têm que traba-
lhar em equipe, devido ao número reduzido de computadores; o silêncio, normalmente
exigido pelo professor na sala de aula, também não é mais possível; e as possibilidades
de elaboração de conhecimentos são muito diferentes das produzidas em aulas sem
as TIC, porque o estudante é um participante ativo desse processo.
Assim, existe necessidade da formação contínua do professor, pois as TIC permitem
novas formas de abordar os conteúdos, o que requer um maior domínio da matéria,
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assim como o conhecimento técnico, pois uma combinação de teclas pode levar a um
resultado inesperado pelo docente. Para Ponte (2000, p. 76):
Tal como o aluno, o professor acaba por ter de estar sempre a aprender. Desse
modo, aproxima-se dos seus alunos. Deixa de ser a autoridade incontestada do
saber para passar a ser, muitas vezes, aquele que menos sabe (o que está longe de
constituir uma modificação menor do seu papel profissional).
Professor e aluno tornam-se atores cooperativos e, dessa forma, desenvolvem-se
e constroem novos conhecimentos. A relação professor-aluno toma uma dimensão
diferente daquela que ocorre normalmente na sala de aula, em que o professor é a
autoridade e o detentor do conhecimento, pois, em dado momento em que o professor
não domina certo conhecimento referente às tecnologias, o aluno, que domina, passa
a ter mais autoridade.
Nesse contexto, Canavarro (1994) apresenta uma classificação da forma de
utilização dos computadores por professores de matemática. Essa classificação é
apresentada a seguir:
1) Elemento de motivação para aumentar o interesse dos alunos pelas aulas. No
entanto, deve haver um cuidado, porque, segundo Borba e Penteado (2001),
a motivação, apesar de haver somente indícios, pode ser passageira e, então,
as aulas com as tecnologias se tornariam tão monótonas quanto às com giz e
quadro negro.
2) Elemento de modernização, por fazer parte dos diversos âmbitos da socie-
dade. A modernização das escolas com a introdução das tecnologias como um
modismo não é argumento suficiente para que isso ocorra, apesar de ser uma
verdade incontestável o fato de que o computador já faz parte do cotidiano das
pessoas.
3) Elemento de facilitação para realizar tarefas que podem ser feitas manual-
mente, como cálculos e construção de gráficos. O computador pode economi-
zar muito tempo do professor na realização de suas tarefas rotineiras, como
preparação de provas e, no processo de ensino e aprendizagem, pode auxiliar
na visualização dos sólidos geométricos que são difíceis de serem representa-
dos no quadro, por exemplo.
4) Elemento de mudança para criar novas dinâmicas educativas, ou seja, para
realizar tarefas que seriam difíceis de fazer sem o computador, provocando
inovações no processo de ensino e aprendizagem. Assim, o objetivo principal
é promover novas formas de ensinar e aprender, podendo criar situações que
seriam impossíveis de realizar sem essa máquina.
Ponte (2000, p. 75) afirma que:
As TIC poderão ajudar na aprendizagem de muitos conteúdos, recorrendo a técnicas
sofisticadas de simulação e de modelação cognitiva baseadas na inteligência artifi-
cial. No entanto, não me parece que será desse modo que elas vão marcar de forma
mais forte as instituições educativas, mas sim pelas possibilidades acrescidas que
trazem de criação de espaços de interacção e comunicação, pelas possibilidades
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alternativas que fornecem de expressão criativa, de realização de projectos e de
reflexão crítica.
Destacamos que todas essas formas de utilização do computador podem ser
focadas pelo professor sendo que cada uma delas tem seu limite e sua potenciali-
dade, sendo essencial que o docente tenha claro seu objetivo, tenha conhecimentos
técnicos profundos do software utilizado, conheça seus limites e potencialidades,
planeje com muito cuidado as atividades a serem desenvolvidas, tente prever algumas
dificuldades dos alunos e tenha compreensão das possibilidades de abordar aquele
conteúdo matemático.
Assim, as TIC são mais uma ferramenta que podem auxiliar no ensino e na apren-
dizagem da matemática, desde que utilizadas com compreensão pelo professor do
que se pretende com elas.
Os caminhos percorridos no desenvolvimento da pesquisa
Iniciamos a pesquisa de mestrado, de natureza qualitativa, localizando os formados
do curso de Licenciatura em Matemática no período de 2002 a 2006 e, de posse dessa
lista, tentamos encontrar seus e-mails. A escolha desse período foi motivada pela
mudança curricular então operada, em que foram incluídas disciplinas que tinham
como objetivo possibilitar o contato dos futuros professores com as tecnologias no
ensino de matemática.
Conseguimos 130 endereços eletrônicos dos egressos do curso e enviamos a estes
um primeiro questionário, com o intuito de verificar quantos ex-alunos atuavam como
professores e quais utilizavam as TIC em suas aulas.
Esse questionário foi elaborado de forma a facilitar a resposta pelos ex-alunos. Por
esse motivo, foi enviado no corpo do e-mail e constituiu-se de questões que buscaram
informações sobre: o nível de ensino em que atuavam; o tempo que lecionavam; se
exerciam essa atividade em escola particular ou pública; se suas escolas tinham sala
de informática; se utilizavam algum tipo de tecnologia (computador, calculadora, TV,
etc.); com que frequência o faziam e quais as dificuldades encontradas.
Procuramos aumentar o percentual de respostas, utilizando a recomendação
proposta por Laville e Dionne (1999, p. 186) para a elaboração do questionário, isto
é, “um questionário curto, atraente em sua apresentação, com questões simples e
claras (o que não exclui obrigar o interrogado a refletir), um modo de resposta fácil
de compreender”.
Recebemos o retorno de 57 ex-alunos do curso de Licenciatura em Matemática.
Desse número, 27 formados atuavam no magistério e, desses, 22 docentes disseram
que utilizavam as TIC em suas aulas. Esses 22 professores participaram de um segundo
momento, no qual, com um questionário aberto, tentamos apreender: o que pensavam
em relação às TIC na Educação; como foram seus cursos de formação inicial no que
se refere às tecnologias; quais delas utilizavam em suas aulas e como o faziam; e se
aceitariam participar da próxima fase da pesquisa, concedendo-nos uma entrevista.
Dos e-mails enviados a esses 22 docentes, recebemos a resposta de 16 pessoas
que também se disponibilizaram a conceder-nos uma entrevista semiestruturada.
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Escolhemos a entrevista, porque, de acordo com Lüdke e André (1986, p. 34),
“permite correções, esclarecimentos e adaptações que a tornam sobremaneira eficaz
na obtenção das informações desejadas”.
As entrevistas buscaram ampliar as informações obtidas com o questionário, apre-
ender as contribuições das disciplinas da Licenciatura em Matemática para a utilização
das TIC e os conhecimentos docentes proporcionados pelo curso, assim como aspectos
referentes à prática dos participantes com as tecnologias: como era o planejamento
das aulas, como foram as experiências dos professores, quais dificuldades, como era
o comportamento dos alunos e se havia alguma mudança na forma de aprender. As
entrevistas, com duração de trinta minutos à uma hora, foram gravadas em áudio,
em seguida transcritas e enviadas aos participantes para possíveis modificações. A
entrevista de T1 foi realizada pela Internet utilizando o software Messenger devido
à impossibilidade de ser concretizada pessoalmente.
Os participantes desta investigação são identificados, neste texto, pela inicial
dos seus nomes e números, como por exemplo, L1, R2. Além disso, indicamos se os
excertos pertencem aos questionários ou as entrevistas.
Considerando as características da pesquisa qualitativa, a organização e a catego-
rização dos dados, em um primeiro momento, foram guiadas por critérios flexíveis e
definidos de acordo com o objetivo da investigação, estabelecendo padrões de análise.
Depois disso, essas categorias foram mais bem definidas e realizamos uma análise
mais profunda dos dados, que foi subsidiada pelo referencial teórico, objetivando a
construção de interpretações e explicações que respondessem a questão da pesquisa.
Esse processo de análise exigiu várias leituras dos dados, o cruzamento de informações
que a princípio pareciam desconexas, a interpretação de respostas, dentre outros.
Limites e possibilidades da utilização das TIC nas aulas de matemática
A partir do exposto, trazemos uma discussão sobre alguns limites e possibilidades
enfrentadas pelos professores de matemática na utilização das TIC. Para tanto,
discutimos aspectos relacionados à importância da utilização das TIC no ensino e
na aprendizagem da matemática, as formas de utilização das tecnologias e as possi-
bilidades de aprendizagem da matemática com as TIC.
A importância da utilização das TIC nas aulas de matemática
Os participantes da pesquisa explicitaram a importância da utilização das TIC nas
aulas de matemática. Cinco professores ressaltaram que esse uso pode proporcionar o
acesso dos alunos às tecnologias que fazem parte do cotidiano das pessoas. Trazemos
alguns excertos que evidenciam esse aspecto:
A utilização da tecnologia nas salas de aula é imprescindível. O dia a dia dos jovens
está intimamente ligado a tecnologia, ao MP3, a fotografia digital, ao celular, ao
computador, inclusive, dentro do ambiente escolar, etc. (Questionário, R5).
A cada dia percebemos que tal conhecimento [das tecnologias] se torna mais e mais
necessário. Sem dúvida, o domínio e a familiaridade com essas tecnologias serão
necessárias para exercermos nossa cidadania. (Questionário, V) (grifos nossos).
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Podemos perceber a preocupação dos professores participantes da pesquisa em
proporcionar a seus estudantes o contato com as tecnologias, pois muitas delas fazem
parte do cotidiano das pessoas. No excerto acima V destacou o conhecimento tecnoló-
gico como sendo uma forma de constituição da cidadania, aspecto esse apontado por
Borba e Penteado (2001). Os autores defendem o acesso à tecnologia como um direito
do aluno que deve ser proporcionado pela escola. Eles afirmam que essa constituição
não se obtém com a promoção de cursos de informática, mas com a tecnologia inserida
“em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos,
entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais, etc.” (p. 17).
Assim, as TIC devem perpassar todas as disciplinas que fazem parte do currículo e
não apenas uma ou outra, como apontado pela literatura. Em matemática, a utilização
das tecnologias auxilia na formação do cidadão, por exemplo, no sentido de construir
um gráfico para interpretação do contexto que o gerou, simular uma situação que
pode levar o estudante a refletir sobre aspectos sociais, entre outros.
Podemos fazer um paralelo com a questão da leitura na escola, que não compete
apenas ao professor de língua portuguesa, mas a todas as disciplinas e assim, concor-
damos com Guedes e Souza (2006, p. 15), que sinalizam que “ler e escrever são tarefas
da escola, questões para todas as áreas, por serem habilidades indispensáveis para
a formação do aluno na sociedade atual” e a utilização das tecnologias também deve
ser vista dessa forma.
Para quatro professores participantes da pesquisa, a importância da utilização
das TIC está na possibilidade de promover uma melhor e mais fácil compreensão
dos conteúdos matemáticos.
Muito importante, principalmente em Geometria, pois se torna fácil ao aluno ter
visualização e a aplicação dos conceitos trabalhados. (Questionário, E2).
O uso de calculadoras, computadores, vídeos e filmes ajudam a demonstrar o que
muitas vezes é muito abstrato para os alunos. (Questionário, L2).
Concordamos com os professores sobre a importância da visualização e que as
tecnologias podem permitir que aspectos abstratos possam ser melhor compreendidos.
Assim, é uma possibilidade de distanciar-se do que Lima (1998) denomina de peda-
gogia do treinamento, em que o docente explica o conteúdo, resolve alguns exemplos
no quadro, propõe que os alunos façam uma enorme lista de exercícios e depois avalia.
Esses quatro momentos – mostrar o conceito, mostrar seu funcionamento, treinar e
avaliar – caracterizam a aprendizagem do saber fazer, que, “por não implicar pensa-
mento, acontece simplesmente pela manipulação das regras da operacionalidade do
conceito, do treinamento no mecanismo algorítmico” (LIMA, 1998, p. 99).
Verificamos também o auxílio das TIC para o ensino de geometria no que concerne
à visualização de figuras tridimensionais que, muitas vezes, são difíceis de serem
desenhadas no quadro negro podendo, ao serem desenhadas no plano, induzir o
estudante a pensar que se referem a figuras bidimensionais. Por isso, existem alguns
softwares que podem diminuir essa dificuldade.
Serrazina e Matos (1996, p. 270) ressaltam que a visualização é o “conjunto de
capacidades relacionadas com a forma como os alunos percepcionam o mundo que
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os rodeia e a sua capacidade de interpretar, modificar e antecipar transformações
dos objetos”. Dessa forma, a utilização da tecnologia pode auxiliar os alunos a desen-
volverem noções espaciais que os levarão a modificar a forma de se relacionar com
o mundo.
Assim, apesar de os participantes não trazerem exemplos de novas maneiras de
ensinar e aprender e, por isso, não apresentarem toda potencialidade das TIC, os
excertos apontam para o aspecto da visualização que também é importante para a
compreensão conceitual. Está implícita na fala de E2 a dificuldade que, em geral os
alunos possuem, em “ler” o que as representações bidimensionais de objetos tridi-
mensionais traduzem e que essa dificuldade poderia ser superada com o recurso das
tecnologias.
Três professores destacaram que a utilização das tecnologias pode despertar o
interesse e também motivar os estudantes a aprenderem matemática:
Você pode tirar proveito dessas tecnologias para te ajudar a trabalhar algum
conteúdo que você está ensinando em sala de aula, como motivação, para os
próprios alunos porque eles adoram (Entrevista, L1).
Acho importantíssima a utilização de novas tecnologias, uma vez que elas têm o
poder de chamar atenção do aluno, tornam a aula mais interessante, e o professor
pode explorar melhor o conteúdo a ser dado. (Questionário, R1).
As novas gerações desde pequeno já lidam com as novas tecnologias, preci-
samos “lincar” as novas tecnologias ao nosso cotidiano escolar, para despertar
o interesse do aluno pela escola e principalmente para o estudo da Matemática.
(Questionário, T1) (grifos nossos).
Para L1 e R1, as TIC podem fazer com que os alunos tenham mais motivação para
aprender determinado conteúdo e também tornar as aulas de matemática mais inte-
ressantes, como Canavarro (1994) também observou em sua pesquisa. Já de acordo
com T1, a importância das TIC não está restrita apenas às aulas de matemática: elas
podem fazer com que os jovens se interessem mais pela escola, de modo geral.
Ressaltamos que tornar as aulas mais interessantes pode ser uma forma de
despertar no aluno a motivação para aprender matemática, mas o professor precisa
ter um trabalho que esteja sempre voltado a esse propósito, como indicado por Borba
e Penteado (2001), e cuidar que isso não aconteça apenas em aulas esporádicas, como
nos sugere a prática do professor R4, que costuma “utilizá-la [a tecnologia] para
quebrar a rotina do ensino tradicional, mas não substituí-lo” (Questionário).
A utilização das TIC para motivar e tornar as aulas mais interessantes pode ter
também o efeito discutido por Borba e Penteado (2001): fazer com que essas aulas se
tornem tão monótonas quanto as com giz e lousa.
Buscando não cair nessa falácia, Ponte, Oliveira e Varandas (2003) indicam que o
professor, em vez de agir como simples transmissor de conteúdos e de informações,
com controle quase total sobre as situações em que os alunos são receptores passivos,
precisa criar situações desafiantes, apoiar, motivar, propor explorações, de modo que
seus estudantes levantem conjecturas, testem hipóteses e eles próprios cheguem às
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suas conclusões. Dessa forma, a motivação usada como catalisador inicial para o
estudo dos conteúdos matemáticos pode levar ao gosto, ao interesse e ao prazer pela
matemática.
A resposta de E4 evidenciou que as tecnologias podem ajudar no desenvolvimento
da imaginação e da criatividade, destacando que as TIC não substituem o raciocínio:
“Se usadas para incentivar a imaginação e a criatividade, as ferramentas tecno-
lógicas são bastante úteis no ensino de matemática. Acho que uma ressalva a ser
feita é que a tecnologia não substitui o pensamento, eles têm que caminhar juntos”
(Questionário).
Dessa forma, E4 apontou a perspectiva em que as tecnologias são importantes,
mas somente a sua introdução nas escolas não provoca mudanças nas práticas
docentes enraizadas e no processo de ensino e de aprendizagem; por isso, o papel do
professor nesse ambiente é fundamental, e permite, segundo Ponte (2000, p. 77), que
os docentes de “(re)transmissores de conteúdos, passam a ser co-aprendentes com
os seus alunos, com os seus colegas, com outros actores educativos e com elementos
da comunidade em geral”. Nesse cenário, professor e aluno se tornam atores coope-
rativos no processo de ensino e de aprendizagem e, dessa forma, se desenvolvem e
constroem novos conhecimentos.
A partir dos excertos apresentados sobre a importância das tecnologias nas aulas
de matemática, podemos verificar que algumas afirmações são genéricas, por exemplo,
quando comentam sobre demonstrar o que é abstrato para o aluno, explorar melhor
o conteúdo e incentivar a imaginação e a criatividade. Não podemos apreender, a
partir do exposto, como de fato esses aspectos poderiam ser abordados em sala de
aula. Nesse sentido, concordamos com Ponte (1992, p. 25) que essas manifestações
podem “sofrer influência significativa do que no discurso social e profissional é tido
como adequado”.
Diferentes formas de utilização das TIC
Identificamos que cinco participantes utilizaram as tecnologias na perspectiva
que Canavarro (1994) denominou de elemento de facilitação. Os trechos a seguir
explicitam essa maneira de uso das TIC.
É um auxílio muito grande para facilitar e agilizar os cálculos, mas noto que
muitos recorrem à calculadora, pois não sabem fazer as operações básicas sem
esse auxílio. (Questionário, L2).
O computador eu utilizei para apresentar um trabalho sobre o sistema de nume-
ração egípcio no Power Point. Eu falava e eles teclavam para avançar a tela,
porque aqui [na escola] não tem o projetor. (Entrevista, R1).
Podemos observar que os estudantes de L2 utilizavam a calculadora exclusivamente
para fazer cálculos, pois não conseguiam realizar as operações aritméticas. Assim,
o uso apenas facilitava a realização das operações. Segundo R1, o software de apre-
sentação Power Point foi utilizado para que os alunos fossem acompanhando suas
explicações sobre o sistema numérico egípcio na tela do computador, pois a escola
não possuía projetor multimídia.
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Nesses excertos podemos perceber duas perspectivas diferentes. Os alunos de
L2 utilizaram a tecnologia para realizar procedimentos que poderiam ser feitos sem
ela, pois eles não compreendiam os algoritmos das operações e, por isso, usaram a
calculadora para conferir resultados. Já no caso de R1, apesar de haver outras possi-
bilidades como, por exemplo, a apresentação impressa do sistema de numeração aos
alunos, o professor optou por utilizar o computador para que seus alunos pudessem
acompanhar as discussões a respeito do sistema de numeração egípcio, tendo acesso
às imagens disponibilizadas pelo docente.
Assim, a aula sobre o sistema de numeração egípcio apenas foi possível devido a
utilização do computador. Apesar disso, é preciso ter clareza que a TIC, nesse caso,
foi apenas usada como suporte para a exposição do conteúdo da mesma maneira que
ocorre na sala de aula tradicional.
Verificamos também que quatro professores apresentaram comentários com
algumas características da utilização como elemento de mudança. Observamos
indícios dessa perspectiva em diferentes trechos das respostas aos questionários e
também nas entrevistas, mas, para exemplificar, trouxemos apenas os excertos abaixo.
As tecnologias, desde que utilizadas de maneira adequada, podem contribuir
muito nas aulas de matemática, não só tornando as aulas mais interessantes,
mas também proporcionando manipulações e discussão que talvez não fossem
possíveis sem o uso da tecnologia. (Questionário, L1).
Era uma atividade para observar regularidade de algumas operações, tipo a
multiplicação por onze, e outras várias, então eles tinham que fazer a conta,
eram cinco contas, por exemplo, onze vezes quinze, onze vezes dezesseis, onze
vezes... e eles tinham que fazer as três primeiras e as outras duas eles teriam
que concluir, assim, como que seria sem a calculadora, porque tinha uma regu-
laridade. (Entrevista, R1).
Poderiam ajudar muito no desenvolvimento da aprendizagem, tanto ao iniciar
um conceito como para desenvolver e ver aplicações dele, além de oferecer a
oportunidade de fazer construções ou visualizações de situações que demorariam
muito ou não seriam possíveis, se tivéssemos que construir na lousa ou com lápis
e caderno. (Questionário, T2).
No exceto de R1, a presença da tecnologia revela-se fundamental para o sucesso
da atividade investigativa proposta. Assim é que as TIC podem integrar o processo
de ensino e de aprendizagem, oferecendo novas possibilidades de abordagens dos
conteúdos. O professor R1 solicitou a seus alunos que observassem regularidades a
partir de tabuadas, e a calculadora foi muito importante, como a escola não tinha
esse equipamento para todos os alunos, ele utilizou essa ferramenta no computador.
A falta desse recurso tecnológico na escola poderia impossibilitar essa aula, o que
R1 não permitiu e, além disso, a atividade proposta não levou os alunos a utilizarem
a calculadora para resolver cálculos ou conferir resultados. Na perspectiva de Lopes
(1997), os alunos de R1 se libertaram da parte enfadonha, repetitiva e pouco criativa
12. 112 Carneiro RF, Passos CLB
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de se fazer cálculos através de algoritmos, deixando a atenção para encontrar relações
entre as variáveis da investigação/exploração matemática proposta pelo professor.
A calculadora foi fundamental nessa atividade proposta por R1, pois, como
evidenciam os PCN (BRASIL, 1998), esse recurso favorece a busca e percepção de
regularidades, além de possibilitar o desenvolvimento de estratégias para resolver
problemas por estimular a investigação de hipóteses.
Como elemento de mudança, o uso das tecnologias pode promover que os estu-
dantes levantem e explorem hipóteses, formulem ideias, encontrem soluções e
cheguem às suas próprias conclusões. Ponte, Brocardo e Oliveira (2003) explicam
que no desenvolvimento de uma atividade exploratória-investigativa, o professor
tem um papel decisivo, pois é ele quem responde às questões colocadas pelos alunos.
Observamos nos excertos de L1 e R1 que há intencionalidade deles em colocar os
alunos em um movimento de investigação na sala de aula.
Os professores propuseram situações desafiantes para a investigação, de modo a
auxiliar o aluno na construção de conceitos matemáticos, entretanto, não ficou explí-
cita a continuidade da atividade no eixo exploratório-investigativo de modo que os
alunos percebessem o que eles próprios fizeram. O uso da investigação matemática na
sala de aula com a utilização das TIC pode ser uma maneira de possibilitar aos alunos
a proposição de problemas, partindo-se de uma situação ou questão aberta. Lamonato
e Passos (2011, p.65) destacam que o “docente, em uma aula investigativa, assume
diversos papéis: desafiar os alunos, avaliar o progresso destes, levá-los a raciocinar
matematicamente, apoiar o trabalho dos estudantes e promover reflexões, fornecer e
recordar informações”. Porém, se não houver apoio do professor, a exploração iniciada
pode não prosseguir para as demais etapas.
Nesse caso, a introdução da TIC e de tarefas de caráter exploratório-investigativas
será mais um desafio para o professor: ele terá que aprender a realizar tarefas abertas,
não diretivas, a levantar hipóteses e a discutir e a argumentar com seus alunos.
Para tanto, o professor deve estar preparado para enfrentar os diferentes impre-
vistos que as tecnologias impõem, pois questões e dúvidas surgirão nessas aulas,
como destacado por Borba e Penteado (2001, p. 55), citados anteriormente. Com as
tarefas exploratório/investigativa acontece o mesmo. O professor precisa estar aberto
para o imprevisto.
Assim, o professor precisa estar em constante formação para caminhar pela zona
de risco, pois as tecnologias e as tarefas exploratório/investigativas podem promover
novas formas de abordar os conteúdos e fazem com que a imprevisibilidade, a inse-
gurança e as dúvidas apareçam com maior frequência. Por isso, o docente precisa ver
seus estudantes como parceiros no processo de ensino e de aprendizagem e, portanto,
estar sempre aprendendo. Dessa forma, segundo Ponte (2000), o professor deixa de
ser a autoridade incontestada do saber para ser, muitas vezes, aquele que menos sabe,
aproximando-se dos seus alunos.
Nessa perspectiva, professor e aluno passam a ser atores cooperativos no processo
de ensino e de aprendizagem da matemática, desenvolvendo-se e construindo novos
conhecimentos.
Encontramos também dois professores que usavam as tecnologias como elemento
de motivação. R3 utilizou “vídeos, onde, com a ajuda de uma pessoa (monitor),
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passamos um vídeo e comentamos sem maiores problemas” (Questionário). R4
utilizou vídeos matemáticos que estavam disponíveis na Internet e, normalmente,
exibia-os e solicitava alguma atividade como, por exemplo, responder a um questio-
nário ou elaborar um texto. “A última vez que passei um vídeo foi sobre o Número
de Ouro para a 8ª série e pedi aos alunos que fizessem um texto sobre o assunto;
os trabalhos ficaram muito bons, sinal que o vídeo ensina também” (Questionário).
A Internet é um facilitador de acesso a uma grande quantidade de vídeos dispo-
níveis sobre matemática e educação matemática. Contudo, o professor precisa ter
algum cuidado ao utilizá-los: a fonte que o disponibilizou deve ser idônea, o objetivo
para seu uso deve estar claro, uma análise prévia do vídeo deve ser realizada pelo
docente. Nesse sentido, F comentou que durante uma determinada disciplina do curso
de Licenciatura em Matemática foram analisados vídeos e essa ação foi importante
em sua formação, porque alguns deles, que ele considerava muito bons, enfatizavam
apenas a memorização, na contramão do que preconizamos.
Nesse caso, pode-se perceber que a Licenciatura ofereceu ao professor a possibili-
dade de analisar criticamente TIC e, dessa forma, não utilizá-las indiscriminadamente,
sem saber como, por que e para quê, ou seja, como modismo, pois computadores e
vídeos de diferentes naturezas estão disponíveis em muitas escolas.
Importante destacar ainda que existem inúmeros vídeos educacionais e que muitos
outros são lançados todos os dias no mercado, ou mesmo disponibilizados pelo seu
autor no site YouTube3
, de modo que ter essa capacidade de analisar e distinguir o
que é de boa qualidade é fundamental para o professor.
A utilização das tecnologias para motivar e tornar as aulas mais interessantes
pode despertar nos estudantes o gosto pela matemática tornando a aprendizagem
mais prazerosa e podendo mostrar a beleza dessa ciência. No entanto, deve-se ter o
cuidado para que as TIC, com o tempo, não tornem a aula tão monótona e desinte-
ressante como as com giz e quadro negro, como já discutido.
Nos relatos de R1 estão presentes situações com características de diferentes
maneiras de utilização das TIC: elemento de mudança e elemento de facilitação. Esse
professor, baseado nos objetivos que queria alcançar e nos conteúdos matemáticos
que estava ensinando, utilizou as tecnologias de diferentes formas, o que aponta que
todas elas podem ser usadas se os docentes tiverem compreensão do porque, como
e quando utilizá-las.
Assim, nos excertos discutidos nessa seção fica evidente que as tecnologias são
ainda muito usadas de forma que o professor tenha maior controle sobre o que pode
acontecer na sala de aula, buscando evitar imprevistos que podem ocorrer quando
ele se aventura pela zona de risco.
Por que os professores enfatizam essas formas de utilização? Uma hipótese que
pode ser levantada é que, por se sentirem inseguros em situações que sairão da zona
de conforto ou ainda nas quais, muitas vezes, os alunos dominam melhor que eles
as tecnologias e, portanto, terão que assumir, em alguns casos, que não sabem, eles
preferem domesticar as TIC (BORBA; PENTEADO, 2001), como uma maneira de ter
maior controle dos acontecimentos da aula, não modificando a forma como ensinam.
3 YouTube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. www.youtube.
com.
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A aprendizagem da matemática com as TIC
Os excertos dos professores sobre a aprendizagem da matemática com as tecnolo-
gias apontam dois aspectos principais: a utilização das TIC faz com que os estudantes
tenham mais facilidade para aprender os conceitos matemáticos e; a demonstração de
mais interesse e gosto pelas aulas. Verificamos também que um participante destacou
a possibilidade de compreender que a matemática não é apenas a memorização de
fórmulas e outro revelou que, no início da utilização, as tecnologias podem ser vistas
como diversão pelos estudantes.
Seis docentes explicitaram que os alunos gostam das aulas em que fazem o uso das
tecnologias e se interessam por elas, pois, participam mais ativamente das atividades
propostas. Os trechos a seguir exemplificam essa afirmação:
Esses recursos se mostram interessantes para as crianças e, na maioria das vezes,
se concentram mais e participam mais ativamente das atividades. Elas [crianças]
geralmente se empolgam mais quando você dá uma atividade diferente e o compu-
tador pra elas realmente é uma coisa assim muito chamativa. (Entrevista, L1).
Há uma grande diferença quando se utiliza novos recursos. Além de atrair o
interesse do aluno, o conteúdo pode ser mais bem explorado e a aprendizagem
torna-se mais completa. (Questionário, R1).
As tecnologias são sempre bem vistas pelos alunos e o estímulo é um ponto favo-
rável, haja vista que muitos alunos são desestimulados a estudar matemática
(Questionário, V) (grifos nossos).
L1 indicou que as TIC tornam as aulas mais interessantes e os alunos estão abertos
a sua utilização para a aprendizagem da matemática, empolgando-se com essas aulas
diferentes, fora da rotina comum da escola. Essa motivação faz com que eles parti-
cipem de forma mais efetiva dessas aulas. Nessa mesma perspectiva, os depoimentos
de R1 e V demonstraram que os estudantes gostam dessas aulas e que participam
mais e, por isso, o emprego das TIC torna-se um estímulo ao aprendizado. Novamente
surge a questão das aulas com as TIC estimularem o interesse e a motivação que,
como já discutido, podem, com o tempo, se tornarem monótonas.
Alémdisso,R1apontouqueosconteúdospodem ser maisbem explorados,tornando
a aprendizagem mais completa. Apesar de o professor não ter explicitado o que
compreende por tornar a aprendizagem mais completa, essa afirmação pode estar
relacionada às potencialidades que as tecnologias colocam à disposição do professor,
permitindo que os conceitos matemáticos possam ser explorados e ensinados de
forma diferente, ampliando o leque de possibilidades e de situações que favorecem a
aprendizagem e permitem, dessa forma, que os conteúdos possam ser mais explorados.
Cinco professores ressaltaram ser uma forma de possibilitar a aprendizagem
significativa dos conceitos matemáticos.
Os alunos gostam muito, e percebo avanços na aprendizagem que não ocorreriam
numa aula usual, apesar das dificuldades práticas de planejamento da aula e
organização do ambiente. (Questionário, A2).
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Quando você faz a utilização de alguma tecnologia em que mostra a aplicação
de um conteúdo numa situação real, ela tem um resultado melhor do que quando
você simplesmente faz um, mostra como fazer a mesma coisa numa sala de
informática. (Entrevista, F).
Quando eles estão vendo a matéria no computador, eu acho que têm uma melhor
memorização, eles memorizam mais facilmente e vão lembrar mais da matéria,
“Ah, a gente viu no computador isso!”. Agora, se falar do que a gente viu na sala,
talvez eles não vão lembrar do que viram; como foi uma aula comum, eles acabam
apagando da memória, mas uma que seja mais diferente eles acabam memori-
zando mais. (Entrevista, R1). (grifos nossos).
De acordo com A2 e F, aulas com as tecnologias possibilitam que ocorram apren-
dizagens que podem não acontecer em uma aula com giz e quadro negro. O docente
R1 comentou que a memorização dos conteúdos estudados nessas aulas é muito mais
eficiente do que em aulas comuns.
Entendemos a memorização de procedimentos e algoritmos como uma etapa
importante, mas o ensino e a aprendizagem da matemática não devem apenas ficar
restritos a esse momento, que deve enfatizar a justificativa e a compreensão dos
processos. Contudo, essa perspectiva não possibilita explorar as potencialidades das
tecnologias fazendo com que sua utilização seja reduzida a aspectos que não exigem
sua presença para que os alunos memorizem procedimentos, fórmulas e algoritmos.
A2 também indicou que é difícil o planejamento das aulas e a organização do
ambiente ao usar as TIC. Isso ocorre devido a mudanças na dinâmica da aula. Penteado
(1999, p. 303) destaca que esse novo cenário afeta
A forma como os alunos e professor se comportam na sala de aula e a forma como
se comunicam entre si. O professor se vê diante de situações novas (os alunos
também) em relação ao que usualmente está acostumado a enfrentar, exigindo
estratégias diferentes. Essa nova organização do espaço físico não precisa estar
necessariamente vinculada ao uso de computadores, mas um tal uso parece implicar
uma mudança na distribuição dos alunos e dos demais componentes presentes na
sala de aula.
Para tanto, é preciso que o professor esteja disposto a enfrentar situações desconhe-
cidas e, por isso, ele estará se aventurando pela zona de risco (BORBA; PENTEADO,
2001) onde não é possível mais ter o controle e a previsão do que acontecerá. Não
estamos afirmando que em sala de aula não há espaço para a imprevisibilidade, mas
que isso pode ocorrer com maior frequência quando se utiliza as TIC devido a essa
alteração da dinâmica da aula.
Além disso, F apontou que, no início da utilização das tecnologias, os alunos
podem ver aquela aula apenas como diversão, e os objetivos do professor podem
não ser alcançados. “É sempre complicado no início para que eles [alunos] deixem
de enxergar o computador como um brinquedo, e o vejam de forma a concluir o
seu objetivo de aula. Algumas vezes o objetivo não é atingido satisfatoriamente”.
(Entrevista) (grifo nosso).
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Relacionar a utilização do computador nas aulas de matemática ao entretenimento
e à diversão descaracterizará a verdadeira função das tecnologias no ensino, qual seja,
promover um ambiente inovador para que seja possível proporcionar a aprendizagem
de conteúdos que seriam mais difíceis de ensinar sem esse recurso. Como postulam
os PCN (BRASIL, 1998), essas ferramentas devem enriquecer o ambiente educacional
e promover a elaboração de conhecimentos de forma ativa, crítica e criativa por parte
dos alunos.
Além disso, o docente precisa saber que, com o tempo, os estudantes deixarão
de ver o computador como diversão e empenhar-se-ão na realização das atividades
propostas. Por isso, caso o professor não alcance os objetivos nas primeiras experi-
ências, não deve deixar de utilizar as TIC. Para que isso aconteça, ele deve ter clareza
dos seus objetivos e também de qual tecnologia usar para alcançá-los.
Ainda, a professora S comentou que, nas aulas com as TIC, os estudantes são
levados a perceber que estudar matemática não é apenas a memorização de fórmulas.
“Quando utilizamos estes recursos, os alunos são trazidos à realidade, fazem uma
conexão com o mundo lá fora e acabam vendo que a matemática não é só decorar
fórmulas, que a matemática está presente em tudo, nas coisas mais simples” (Ques-
tionário).
Assim, as TIC permitem que conteúdos matemáticos sejam abordados de outras
formas, fazendo com que os alunos deixem de ver a matemática como uma disciplina
em que é preciso apenas memorizar fórmulas, procedimentos e algoritmos e tenham
uma visão diferente.
No entanto, é preciso ter cuidado com essa perspectiva de relacionar os conteúdos
matemáticos com a realidade, pois quando o professor trabalha com aquilo que ele
considera fazer parte da realidade do aluno corre o risco de reduzir a matemática
a seu aspecto utilitarista (CHACÓN, 2000) e, desconsiderar os conteúdos que não
podem ser relacionados de alguma forma ao cotidiano, ou seja, se o docente não vê a
presença de um conteúdo na realidade do estudante não o ensinará por entender que
não terá utilidade prática. Essa visão utilitarista da matemática precisa ser superada
e é importante destacar que alguns conteúdos matemáticos podem ser trabalhados
a partir de situações do dia a dia e propiciar a construção de significados, porém em
muitos casos essa construção também ocorre no próprio contexto da matemática.
Determinada situação pode parecer pertencer ao cotidiano dos alunos para o
professor e, por isso, fará com que eles se interessem e se motivem a resolvê-la, mas
na prática isso pode não acontecer, ou seja, quando proposta para os alunos pode não
ser um problema para eles que não se sentirão desafiados a resolvê-lo. Dessa forma,
uma situação do dia a dia para o docente nem sempre será para o estudante.
Algumas considerações
Com o objetivo de apresentar algumas discussões sobre limites e possibilidades
da utilização das TIC nas aulas de matemática, trouxemos diferentes aspectos que
emergiram das respostas a questionários e também de entrevistas de 16 professores
participantes da pesquisa.
Segundo os professores, as tecnologias possibilitam que os estudantes, prin-
cipalmente aqueles de classes econômicas menos favorecidas, tenham contato e
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aprendam a manusear essas ferramentas que fazem parte de diferentes âmbitos da
sociedade, colaborando para a constituição de cidadãos. Além disso, da escola é a
responsabilidade de minimizar a exclusão digital que pode ocorrer devido à falta de
conhecimentos das TIC pelos alunos.
Também as tecnologias permitem despertar nos estudantes o interesse e a
motivação para aprender matemática, podendo auxiliar a desfazer a imagem dessa
disciplina como apenas memorização de fórmulas, algoritmos e procedimentos que
são aplicados de forma mecânica. Ainda, elas podem auxiliar e facilitar a compreensão
dos conteúdos matemáticos e desenvolver a imaginação e a criatividade.
Verificamos que os professores apresentaram diferentes formas de utilização
que podem ser enquadradas como elemento de facilitação, elemento de motivação e
elemento de mudança. Alguns professores comentaram sobre práticas que envolveram
formas variadas de uso da tecnologia. Assim, esses excertos podem dar indícios de
que eles refletiram sobre a forma de utilização e o objetivo que queriam alcançar,
apesar de serem práticas muito domesticadas que não exploravam toda a potencia-
lidade das TIC.
Foram apresentados aspectos, pelos docentes, que indicaram que os alunos tiveram
uma participação mais ativa em aulas com as tecnologias e que poderiam possibilitar
a aprendizagem mais significativa dos conceitos, evidenciando que a matemática não
se reduz apenas à memorização de fórmulas, procedimentos e algoritmos.
Além disso, F indicou as TIC podem ser vistas, nas primeiras experiências dos
alunos, como entretenimento e diversão e, esse fato pode fazer com que os objetivos
predeterminados pelo docente não sejam alcançados. Isso pode ocorrer devido a
ser um ambiente no qual os estudantes não estão familiarizados e manuseando um
software ou a Internet que contém imagens, sons, animações que podem desviar a
atenção dos conteúdos matemáticos.
A partir do exposto, percebemos que a relação dos professores com as tecnologias
está ainda muito pautada em práticas que buscam controlar e evitar imprevistos nas
aulas, além de apresentar aspectos do ensino convencional em que o docente transmite
informações e os alunos as recebem de forma passiva.
As discussões realizadas neste artigo evidenciam algumas características dessas
práticas com as TIC nas aulas de matemática que parecem fazer parte da zona de
conforto: exposição e memorização do conteúdo, facilitação dos cálculos, exibição
de um vídeo e resposta a um questionário, além da dificuldade em planejamento da
aula e organização do ambiente.
Os relatos dos professores apontaram que eles buscam inserir algum tipo de tecno-
logia em suas aulas, mas parece estarem em um movimento inicial de tatear, testar,
experimentar e explorar, ou seja, eles estão ainda caminhando pela zona de conforto
e poderão chegar à zona de risco. Esse movimento de sair da zona de conforto para
caminhar pela zona de risco não é um processo fácil e demanda apoio e segurança
para enfrentar os desafios que essa prática impõe e que pode ser conseguida com a
formação contínua, a participação em grupos de estudos, etc.
Além disso, algumas afirmações presentes nos questionários e também nas entre-
vistas são muito genéricas e não permitem apreender de fato como os participantes
utilizavam as tecnologias em suas aulas. Contudo, elas apresentaram aspectos já
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evidenciados pela literatura da área e indicaram o uso da tecnologia de forma a
continuar na zona de conforto. Então questionamos: o curso de Licenciatura em
Matemática tem contribuído para que professor use as TIC em suas aulas?
Esse curso, à época da produção de dados, havia passado recentemente por
uma reestruturação do seu currículo em que foram inseridas algumas disciplinas
que tinham como objetivo auxiliar o futuro professor a utilizar as tecnologias em
sua prática. Contudo, pelo exposto, apenas as disciplinas, apesar de ser um grande
avanço, não são suficientes para que essa prática seja efetiva no sentido de explorar
as potencialidades das TIC. É preciso haver também mudanças na forma como essas
disciplinas são desenvolvidas, pois é necessário formar os professores da mesma
forma que se espera que eles atuem (MERCADO, 2002).
Dessa forma, os aspectos aqui apresentados vão ao encontro de pesquisas já
desenvolvidas e, por isso, outros estudos se fazem necessários com vistas a buscar
compreender como as TIC podem ser utilizadas de maneira a modificarem o ensinar
e o aprender matemática e como é esse aventurar-se do professor pela zona de risco.
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Recebido em 30/01/2013. Aprovado, para publicação, em 09/09/2013