SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Baixar para ler offline
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC


               UNIDADE JABAQUARA


          Curso Técnico em Meio Ambiente




 PROGRAMA DE ANALISE E GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NUMA EMPRESA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NA REGIÃO
       DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO.




                   Dulce Pereira
                Giancarlo Trivellato
               Jenifer Bicudo Ribeiro
               Raquel Denise Marçal




                     São Paulo
                       2011


                         1
PROGRAMA DE ANALISE E GERENCIAMENTO AMBIENTAL
NUMA EMPRESA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS NA REGIÃO
DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO.


                          Dulce Pereira
                          Giancarlo Trivellato
                          Jenifer Bicudo Ribeiro
                          Raquel Denise Marçal


               BANCA EXAMINADORA


        __________________________________


        __________________________________


        __________________________________


        __________________________________


        __________________________________




              São Paulo ____/____/____


               Nota do Trabalho: ____




                         2
SUMÁRIO

I. Introdução................................................................................................... ....4
I. 1. Histórico da Empresa...............................................................................................7
I. 2. Alimentos Fabricados...............................................................................................7
I. 2. 1. Produção Objeto da Pesquisa..............................................................................8
II. Fluxograma..............................................................................................................9
III. Justificativa..........................................................................................................11
IV. Objetivos...............................................................................................................12
V. Metodologia...........................................................................................................13
VI. Revisão da Literatura ........................................................................................14
VI. 1. Licenciamento Ambiental.....................................................................................14
VI. 2. Licenças Necessárias........................................................................................15
2. LP/LI/LO....................................................................................................................16
2. Outorgas DAEE.........................................................................................................17
VI. 3. Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais (PGRA) .............................18
3. Descarga de Efluentes..............................................................................................19
3. Geração de Residuos Sólidos e Contidos................................................................20
3. Consumo de Energia................................................................................................21
3. Utilização da água....................................................................................................22
3. Disposição final de lixo de embalagens....................................................................22
3. Ruido / Odores..........................................................................................................23
3. Plano de contingência...............................................................................................24
VII. Resultado.............................................................................................................25
VIII. Conclusão..........................................................................................................26
IX. Anexos...................................................................................................................27
1. Anexo 01...................................................................................................................27
2. Anexo 02...................................................................................................................28
3. Anexo 03...................................................................................................................29
3. Anexo 04...................................................................................................................30
X. Bibliografia...........................................................................................................31




                                                                3
I. INTRODUÇÃO
  Há algumas décadas, a geração de poluentes pelas organizações era
entendida como uma consequência inevitável dos processos industriais, o que
gerou um grau de deteriorização ambiental acentuada em muitas regiões do
mundo. Este é um dos maiores problemas sociais, tendo em vista o bem estar
e a qualidade de vida do homem. À medida que os problemas ambientais se
intensificaram e a qualidade no setor produtivo ganhou consistência, notou-se
que o controle de impactos ambientais só seria efetivo por meio de um sistema
de gestão ambiental.
  Os impactos ambientais são gerados por produtos e processos. Os aspectos
ocorrem nas entradas, nas saídas e durante os processos. Nas saídas dos
processos podem estar os resíduos e as emissões. Aos poucos as empresas
estão de dando conta de que a geração de resíduos e emissões é sinônimo de
perdas econômicas significantes, o que afeta diretamente a competitividade.
  Para realização desse Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais
(PRGA), utilizou-se      uma   empresa   do segmento alimentício. Nela são
produzidos   alimentos    pré-fabricados, químicos, como pós instantâneos,
salgados e doces, vendidos em embalagens de papel.
  Buscou-se criar um Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais
(PRGA) adequado as necessidades constatadas, visando à melhoria contínua
nos processos e serviços, primando pela máxima dos 3R’s (reduzir, reutilizar e
reciclar), P+L, e demais práticas sustentáveis, buscando a excelência na
convivência com o meio ambiente.




                                         4
- Licenciamento Ambiental

  É definido, conceitualmente, como o procedimento administrativo pelo qual o
órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as
disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

 Cabe ser ressaltado que é a principal ferramenta que a sociedade possui
para controlar a manutenção da qualidade do meio ambiente, o que está
diretamente ligado com a saúde pública e com boa qualidade de vida para a
população.




- Gerenciamento Ambiental

  O gerenciamento ambiental é a ferramenta básica para alcançar os objetivos
citados e tem que ser considerado como uma prioridade corporativa, pelo
estabelecimento de políticas com programas e práticas que visem conduzir as
atividades empresariais de uma maneira ambientalmente sadia.

  Tais políticas com seus programas e práticas devem, por sua vez, se
integrar totalmente em todas as atividades, mesmo que aparentemente não
sejam relacionadas à produção especifica.




                                      5
- Plano de Ação e Controle de Resíduos

  Conforme redação dada pelo artigo 225 da Constituição Federal de 1988:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações”.


  Um dos objetivos do Plano de Ação e Controle de Resíduos é a redução e
destinação correta dos resíduos, melhoria da produtividade e da qualidade dos
alimentos de origem animal colocados à disposição da população brasileira, e
secundariamente, proporcionar à nação, condições de se adequar do ponto de
vista sanitário, às regras do comércio internacional de alimentos, preconizadas
pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e órgãos auxiliares (FAO, OIE e
WHO).
  O Plano contempla esforços no sentido de ofertar aos consumidores,
alimentos seguros e competitivos.




- Plano de Produção Mais Limpa

  Produção mais Limpa, conceitualmente, é a aplicação contínua de uma
estratégia ambiental integrada e preventiva a processos, produtos e serviços,
com a finalidade de aumentar a eficiência e reduzir riscos aos seres humanos e
ao meio ambiente. (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 1989)




                                       6
I. 1. HISTÓRICO DA EMPRESA


  Por razões de preservação industrial e a pedido da própria empresa, objeto
de estudo dessa pesquisa, seu nome será preservado, sendo adotado, por
conseguinte, a denominação fictícia de Gelatina Bom Sabor.
  Empresa que atua no ramo da produção de produtos alimentícios foi fundada
por dois engenheiros de alimentos com intuito de fabricar produtos semi
prontos que, para serem consumidos, passariam por alguma transformação.
  Irmãos, nascidos na Espanha, chegaram ao Brasil ainda crianças, com seus
pais em busca de trabalho e melhores condições de vida.
  Estudaram e se formaram na mesma paixão: engenharia química com
especialização em alimentos. Trabalharam em grandes multinacionais do ramo
alimentício, como Royal e Nestlé por mais de 15 anos, até que em 2000,
fundaram sua própria empresa, especializada em sobremesas e temperos em
pó em geral.




I. 2. Alimentos Fabricados


  A produção média anual é de 1.250t de fermento e leveduras;
1.350t de caldo para tempero; 23 t de pó para refresco; 680 t de gelatina e
derivados; 1.150t de pó preparado para “food service”; 1.425t de pó preparado
para sopa instantânea e 2.092t de pó preparado para achocolatado.




                                      7
I. 2. 1. Produção Objeto da Pesquisa

- A Gelatina

  O processo produtivo escolhido foi a fabricação de gelatina que é uma
substância orgânica nitrogenada, uma proteína coloidal, cujo valor principal
está na suas propriedades coagulativas, protetoras e adesivas. A água com
apenas 1% de gelatina de boa qualidade, em peso, forma uma geléia, ao se
esfriar. É pequena, talvez nula, a relação química ou física entre a gelatina e
outras substâncias. A gelatina animal é obtida pela hidrólise do colágeno – as
fibras brancas do tecido conetivos do corpo do animal, particularmente da pele,
dos ossos e dos tendões. (Shreve e Brink Jr, 2009).

  Gelatinas comestíveis disponíveis comercialmente possuem a seguinte
composição:
• 84 - 90% proteína
• 8 - 12% água
• 2 - 4% sais minerais


  Elas não contêm carboidratos, gorduras, colesterol ou purina e são livres de
qualquer tipo    de conservantes. Todas as gelatinas comestíveis estão
integralmente de acordo com os padrões bacteriológicos exigidos.




                                       8
II. FLUXOGRAMA




  Toda a matéria prima é recebida com um laudo do fornecedor, analisada
pelo laboratório interno e permanece em quarentena até ser liberada pelo
controle de qualidade. É instalado um controle de rastreabilidade com código
on line, para fácil acesso, onde posteriormente é gerado seu código
(fabricação, validade e lote). Segue-se a filosofia FIFO (first in, first out), para o
controle do vencimento.
   A dosagem dos ingredientes (Açúcar cristal, Amido e fécula de milho,
gelatinas e derivados, Citrato de sódio, Aromar e essências sintéticas, Ácido
Fumárico, Edulcorantes, Vitaminas e suplementos minerais para uso humano)
é realizada na dosimetria, em balanças de precisão, separadas por doces e
salgados. O controle de qualidade faz a conferência do peso dos ingredientes
para liberação, adicionando registro nos lotes.
  Através de um funil por gravidade, esses ingredientes passam por peneiras
(para contenção de riscos físicos), seguindo para o misturador, localizado no
andar   inferior.   Misturador   é   um   equipamento      onde    se   processa    a
homogenização dos ingredientes.



                                          9
No segundo subsolo, o produto final abastece o maquinário, seguindo para o
envasamento    sem nenhum contato       manual, em máquinas      de envase
individuais.
  Na máquina de envase, o pó pronto desce para a rosca dosadora, onde o
material é embalado em plástico filme e lacrado automaticamente, passando
por sensores de volume, os quais verificam o seu conteúdo final. Na sequência
é embalado em caixinhas de papelão, previamente impressos com seu
respectivo código.
  É encaminhado para um armazenamento prévio, dentro da indústria, onde
segundo FIFO, é realizada sua distribuição para os revendedores, que
disponibilizarão o produto para o consumidor.
    Em cada fase do processo é retirada uma amostra do lote, que segue para
analise de controle de qualidade em laboratório interno. Posteriormente uma
amostra é preparada como em casa, para avaliação de peso, pH, consistência
e umidade.
  O processo produtivo funciona 18 horas, de segunda à sexta-feira em três
turnos (6/12h, 12/18h e 18/00hs.)
  A higienização ocorre a cada final de turno e em alternação de sabores e
light, onde são registradas em planilhas e assinadas pelo controle de
qualidade.




                                      10
III. JUSTIFICATIVA


  A relevância deste trabalho decorre do fato de que as organizações ainda
apresentam dificuldades em estabelecer um programa de gerenciamento de
resíduos industriais de forma consistente e compatível com suas necessidades
econômicas, técnicas, ambientais e legais. Em muitos casos, os gestores
ainda não se deram conta da necessidade de tal programa bem organizado e
sistematizado, talvez porque os únicos custos dos resíduos apurados e
conhecidos na empresa sejam os de seu tratamento e disposição final.


  Buscou-se propor um plano de gerenciamento ambiental, aplicando a
metodologia de “Produção Mais Limpa”, primando pelo reduzir, reutilizar e
reciclar, além de aprimorar o plano de ação para a correta destinação dos
resíduos.   O foco principal de um programa de Produção Mais Limpa é a
redução do consumo de recursos naturais, principalmente uso de água e
energia.


  Desta forma, foi possível verificar em todas as etapas, os descartes finais de
resíduos, o uso de água e energia usada na fabricação do produto, assim como
ruídos causados pelas máquinas.




                                      11
IV. OBJETIVOS

  •Identificar, com base na legislação e resoluções, critérios para a priorização
de ações na prevenção da poluição e da adoção de tecnologias limpas;


  •Criar o plano de gerenciamento baseando-se no processo produtivo;


  •Propor procedimentos para um programa de Gerenciamento Ambiental a
empresa, a fim de promover a sua gestão e estimular a melhoria contínua do
seu desempenho e econômico;


  •Analisar as práticas ambientais já existentes e acrescentar novas ideias e
tecnologias que permita a melhoria nos processos industriais;


  •Expor a proposta de uma produção mais limpa e eliminar os resíduos gerados
pelo empreendimento;


  •Conhecer os trâmites necessários para o processo de licenciamento;


  •Controlar o volume e o destino dos resíduos gerados pela empresa e as
atividades envolvidas;


  •Identificar, com base na legislação aplicável, critérios para a redução e
tratamento de resíduos.




                                       12
V. METODOLOGIA


  Foram usados livros industriais, internet, acompanhamento de todo o
processo produtivo, como método para o desenvolvimento do projeto, desde a
chegada da matéria prima, até o produto final.
  A pesquisa incluiu também um levantamento da legislação aplicável a
tratamento e disposição final dos resíduos.
  Em seguida foi feita um trabalho in situ para conhecermos os processos
produtivos industriais da empresa escolhida, sua documentação e suas
licenças.




                                       13
VI. REVISÃO DA LITERATURA


VI. 1. Licenciamento Ambiental


  De acordo com a resolução CONAMA 237/97: “Licença Ambiental é o ato
administrativo pelo qual o Órgão Ambiental estabelece as condições, restrições
e medidas de controle ambiental que deverão ser             obedecidas pelo
empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e
operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos recursos ambientais
considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental.”
  Por meio da Resolução CONAMA 237/97, o CONAMA – Conselho Nacional
do Meio Ambiente estabeleceu como órgãos licenciadores, em níveis de
competência    federal   (IBAMA),   estadual   e   municipal   (depende    do
estado/município) para todo o território nacional, de acordo com a extensão do
impacto ambiental.




                                      14
VI. 2. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA




                        15
• Licença Prévia (LP) (ver anexo 01)
   Essa licença é emitida no começo, no planejamento de uma atividade ou
empreendimento    para   a   aprovação de sua localização e concepção,
confirmando a viabilidade ambiental e estipulando os requisitos básicos e
determinantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação.




  • Licença de Instalação (LI) (ver anexo 02)
   Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as
especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,
incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual
constituem motivos determinantes.




  • Licença de Operação (LO) (ver anexo 03)
   Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação
do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas
de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.




                                     16
•Outorgas DAEE (ver anexo 04)
   No Estado de São Paulo cabe ao DAEE o poder outorgante, por intermédio
do Decreto 41.258, de 31/10/96, de acordo com o artigo 7º das disposições
transitórias                da                   Lei                     7.663/91.
   Os recursos hídricos (águas superficiais e subterrâneas) constituem- se em
bens públicos que toda pessoa física ou jurídica tem direito ao acesso e
utilização, cabendo ao Poder Público a sua administração e controle.
   Se uma pessoa quiser fazer uso das águas de um rio, lago ou mesmo de
águas subterrâneas, terá que solicitar uma autorização, concessão ou licença
(Outorga) ao Poder Público. O uso mencionado refere-se, por exemplo, à
captação de água para processo industrial ou irrigação, ao lançamento de
efluentes industriais ou urbanos, ou ainda à construção de obras hidráulicas
como barragens, canalizações de rios, execução de poços profundos, etc.
   A outorga de direito de uso ou interferência de recursos hídricos é um ato
administrativo, de autorização ou concessão, mediante o qual o Poder Público
faculta ao outorgado fazer uso da água por determinado tempo, finalidade e
condição           expressa             no             respectivo                ato.
  Constitui-se num instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos,
essencial à compatibilização harmônica entre os anseios da sociedade e as
responsabilidades e deveres que devem ser exercidas pelo Poder concedente.




•Quem deve pedir outorga?
    Todo usuário que fizer uso ou interferência nos recursos hídricos das
seguintes                                                                     formas:
  - Na implantação de qualquer empreendimento que demande a utilização de
recursos        hídricos         (superficiais         ou           subterrâneos);
  - Na execução de obras ou serviços que possam alterar o regime
(barramentos,   canalizações,    travessias,     proteção    de      leito,     etc.);
  - Na execução de obras de extração de águas subterrâneas (poços
profundos);



                                      17
VI.   3.    PROGRAMA            DE   GERENCIAMENTO              DE   RISCOS
AMBIENTAIS (PGRA)


  Pode-se definir o estudo de riscos ambientais como um processo de
estimativa da probabilidade de ocorrência de um evento e a magnitude
provável de seus efeitos adversos, durante um período de tempo especificado.
  O Sistema de gerenciamento ambiental é uma estrutura ou método para
alcançar um desempenho sustentável em relação os objetivos estabelecidos e
atender às constantes mudanças na regulamentação, nos riscos ambientais e
nas pressões sociais, financeiras, econômicas e competitivas.
  Obter um sistema de gerenciamento ambiental é sempre interessante e
necessário, pois implanta boas práticas ambientais corretas na empresa,
trazendo inúmeros benefícios.
  Dependendo do porte da empresa, passa a ser necessária existir um setor
específico voltado a essas atividades e que cuide dos aspectos ambientais dos
produtos, serviços e processos industriais.


- Os riscos ambientais gerais são:
      •Emissões gasosas para a atmosfera;
      •Descarga de efluentes na água;
      •Geração de resíduos sólidos ou contidos;
      •Consumo de energia;
      •Utilização de água;
      •Manuseio e armazenamento de materiais;
      •Disposição final de lixo de embalagens;
      •Transporte de materiais e pessoas;
      •Ruído, odores e impacto visual da instalação;
      •Perturbação de habitat e ecossistemas
      •Plano de contingência.




                                        18
• Dos riscos citados anteriormente, estão relacionados à nossa empresa
in situ:




     •Descarga de efluentes:
Legislação – Decreto – Lei nº236/98
  Não tem efluentes resultantes dos processos produtivos, maquinários, porém
é utilizado um grande volume de água para lavagem dos maquinários e pátio,
nas trocas dos três turnos, gerando um grande volume de efluente com baixa
concentração de açúcar e corantes, que assim como todos os outros efluentes,
são despejados em fossa séptica, pois não existe encanamento de esgoto na
região. É feita a higienização, quinzenalmente, através de caminhão limpa-
fossa, por sucção dos rejeitos.


Proposta de melhoria: Apesar de estarem em processo de ampliação da
empresa, existe uma área que pode ser utilizada para a instalação de uma
ETE simples, com tratamento primário e secundário, biológico, acoplada
a uma cisterna para estocar essa água pós tratamento, buscando desta
maneira, reaproveitar o grande volume de água utilizada nas três
lavagens diárias, reutilizando-a nas descargas, regas de jardins, limpeza
de areas externas, pisos e sanitários. Com essa atitude, é possível ter
uma relevante diferença no consumo de água, gerando uma economia no
volume e custos (P+ L).
  Existem empresas especializadas em engenharia ambiental, que
desenvolvem projetos de ETE específicas para cada indústria, juntamente
com o plano de contingência.




                                      19
•Geração de resíduos sólidos ou contidos:
Lei – 12.305 – Política Nacional de Resíduos Sólidos
  Ocorre o descarte incorreto de todo resíduo proveniente da cozinha do
refeitório, sendo ele orgânico ou não orgânico, que é encaminhado para lixo
comum, de onde segue para aterro sanitário. Os resíduos provenientes da
produção têm a destinação correta, seguindo para reciclagem total. Os
recicláveis seguem para tratamento correto e a política adotada para
destinação dos residuos sólidos proveniente da fabricação da gelatina (gordura
e fibra animal) é o acondicionamento em bombonas e o encaminhamento duas
vezes por semana para uma indústria de produção de ração animal,
especificamente suínos, onde este resíduo é totalmente utilizado.


Proposta de melhoria: Os resíduos inorgânicos da cozinha devem ser
separados e destinados corretamente para reciclagem e os orgânicos
podem ser tratados em composteiras industriais ou domésticas na
própria empresa, dependendo da quantidade gerada, de onde forma-se
adubo para jardins e canteiros. Existe também a opção do uso de
secadores próprios, onde é efetuada a desidratação destes resíduos,
altamente nutritivos, possibilitando também o encaminhamento para
fabricação de ração animal.
  Com esse programa, é possível reduzir a produção de resíduos para
aterro em até 95% .




                                      20
•Consumo de energia;
Decreto – Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro.
  A produção e o consumo de energia têm um dos maiores de todos os
impactos sobre o ambiente. Apesar de nossa energia ser limpa, de
hidrelétricas, é possível substituí-la por painéis de energia solar.


Proposta de melhoria: Toda energia usada na empresa, é proveniente de
eletricidade, ou seja, hidrelétricas. Utilizando o programa P+ L, é possível
economizar 90% no consumo de energia elétrica e consequentemente,
obter essa redução na conta de luz, adotando paineis solares como
fontes geradoras de energia. O custo com a implantação de paineis
solares para geração total de energia em uma indústria ainda é inviável
financeiramente no Brasil, porém pode-se adotar um circuito de baixo
consumo, com sensores de presença, para lâmpadas e maquinários
econômicos, principalmente na area externa, permitindo assim uma
redução na conta de energia elétrica em torno de 10% . Adotando essa
estratégia sustentável, busca-se o retorno através do marketing verde, e
não da redução de custos com energia.




                                         21
•Utilização de água;
Decreto – Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro.
  O fornecimento de água, extraída da superfície ou subterrânea, tem um
impacto enorme, podendo resultar no abatimento severo dos níveis de água
subterrânea. A Bom Sabor utiliza água de poço profundo, extraída de lençol
freatico.

Proposta de melhoria: Uma alternativa para a economia de água é a troca
das torneiras comuns por torneiras com temporizadores e bico de ar, para
lavabos e pias dos vestiários e banheiros (automáticas, com redução de
até 85% no consumo) e com o bico de ar (uma pequena peneira, redução
de 15% ) na cozinha e refeitorios. É possível também a troca dos modelos
de descarga por redutoras, utilização da água produzida na ETE, antes
desperdiçada, para lavagens em geral, e como consequência, haveria
uma grande economia hídrica.




    •Disposição final de lixo de embalagens;
Decreto – Lei nº 366 - A/97
  A disposição final de embalagens usadas ou outros resíduos associados
constitui um dos problemas ambientais mais óbvios. Todas as empresas de
manufatura ou serviços precisam lidar com varias formas de embalagem, tais
como papel e papelão, plástico, vidro, madeira, metais e têxteis. Residuos
sólidos provêm da fração inaproveitável de materia prima, sobras, rejeitos e
resíduos de operações de processos, materiais de embalagens. Na Bom
Sabor, os resíduos gerados são perdas de papel cartão na produção durante o
envase e descarte de embalagem de matéria prima. São resíduos classe II,
inertes, armazenado em caçambas, de onde são retirados por empresa de
reciclagem.




                                     22
Proposta de melhoria: A empresa já desenvolve um excelente trabalho em
relação as suas embalagens, retrabalhando as laminadas, não tendo
desperdício, e os papeis e papelões são vendidos para empresa de
reciclagem. Não temos planos de melhoria, pois os métodos adotados já
são sustentáveis. As embalagens provenientes da materia prima são
dispostas nas caçambas, que seguem para usina de reciclagem.




     • Ruído:
Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro
Ruído é um problema bem relevante em toda a indústria.


Proposta de melhoria: No caso de ruídos, já são adotados Equipamentos
de Proteção Individual (EPI’s), como protetor auricular e abafador
auditivo, garantindo a saúde auditiva dos funcionários, não sendo
necessário nenhum outro cuidado. Pode-se isolar esses maquinários em
boxes vedados anti ruído, com portas de fácil acesso, garantindo sua
funcionalidade.




     •Odores
Lei nº 4.356 de 24 de Maio de 2006.
    Odor é um problema particular nas indústrias químicas e alimentícias.
Devido ao fato da produção de gelatina derivar de ossos e peles de animais,
tem um odor característico desagradável, além do cheiro enjoativo das
essências artificial de frutas, usadas na fabricação da gelatina. Como já falado
anteriormente, por ser uma indústria química alimentícia, tem entre os
principais passivos o odor adocicado das essências. A Bom Sabor adota o uso
de máscara na dosimetria, onde o produto é diretamente manuseado, e
mantêm exaustores e insufladores de ar, permanentemente ligados, buscando
diluir e minimizar esses odores.



                                       23
Proposta de melhoria: Como já são utiliz ados procedimentos para
dispersão do odor, propõe-se uma tampa protetora nos misturadores, que
faça a vedação durante a mistura, evitando a propagação das partículas
em suspensão.


    •Plano de contingência.
Cenários “pior caso” podem ser formulados para todos os tipos de negócios. É
tarefa da gerencia explorar todas oportunidades de incidente concebível e
adotar medidas apropriadas para minimizar o risco de que tais coisas
aconteçam.


Proposta de melhoria: Por não se tratar de uma empresa que envolve
maiores impactos ambientais, pelo fato de ser uma indústria alimentícia,
não tem um plano de contingência baseado em riscos ambientais, mas
adota o programa de segurança da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), com objetivo de fazer com que empregadores e
empregados trabalhem conjuntamente na tarefa de prevenir acidentes e
melhorar a qualidade do ambiente de trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a
promoção da saúde do trabalhador e do meio ambiente.



  São    necessárias   medidas     que     garantam   os   procedimentos   de
gerenciamento, inspeção e acompanhamento do PGRA da empresa, incluindo
o cronograma e o programa de treinamento.
  Por serem partes decisivas no processo, o gerenciamento ambiental deve
buscar conscientizar, educar, treinar e motivar empregados e diretoria,
adotando hábitos verdes, como por exemplo, utilização de canecas ao invés de
copos descartáveis em todos os setores, utilização de secadores de mão nos
banheiros, diminuição do uso de embalagens plásticas, para que haja uma
comunhão integral, atingindo o objetivo buscado.




                                      24
7. RESULTADO


  Segundo a documentação apresentado pela empresa, a licença de
Operação está vencida desde o inicio de 2010, sendo necessária sua
reformulação, a partir do momento em que, houve qualquer mudança no seu
processo produtivo, área de ocupação e em qualquer outra parte do
empreendimento, que venha descaracterizar a sua licença de operação já
existente, após ou durante a data do prazo. Torna-se necessário a renovação
da licença, redefini-la citando a nova realidade do empreendimento.
No caso da empresa in situ, vale salientar que a Licença de Operação não foi
renovada, por mudanças na legislação de embalagens, que ainda não foram
providenciadas pela empresa, devido à enorme reestruturação que se faz
necessária, porém buscam se atualizar o mais breve possível.


  Não desenvolveram um plano de gerenciamento ambiental, mas utilizam
técnicas de redução de água, luz e diminuição no uso da materia prima,
provavelmente visando diminuição de custos. Porém, com essas atitudes, se
obtêm uma produção mais limpa e eficiente, mas todo o processo de
funcionamento da empresa não segue um P+L, e adotando essa prática, daria
uma contribuição grande nos resultados finais, e até mesmo um Marketing
Verde, a partir do momento que caracterizaria essa redução como P+L.




                                      25
8. CONCLUSÃO


  Sempre que se desenvolve um PGRA, avalia-se o empreendimento em
vários ângulos, que até então, jamais haviam sido explorados.
  Nós como técnicos em meio ambiente, nos sentimos lisonjeados em poder
atuar, alterar, aplicar os conhecimentos adquiridos, em prol daquilo que cremos
ser possível na construção de uma sociedade economicamente viável,
socialmente justa e ambientalmente sustentável, retomando a rota ideal, que foi
abandonada por rotas onde era possível se obter maior retorno financeiro em
curto prazo.
  Atualmente, observa-se um crescente interesse das industrias em se
adequar,   se   ajustar   a   essas    questões      “ecologicamente   corretas”,
principalmente pela enorme quantidade de informações e constatações da
escassez de recursos, além da demanda crescente por adequação às
exigências do mercado . A Gelatina Bom Sabor demonstrou desde o primeiro
contato um grande interesse em modificar seus processos, dentro do que fosse
viável economicamente, buscando esse caminho.
  Com esse PGRA, será possível fazer alguns ajustes, tímidos a princípio,
porém um grande passo em relação à conscientização dos envolvidos,
possibilitando melhorias contínuas em longo prazo.




                                      26
9. ANEXOS

 • Anexo 01




              27
• Anexo 02




             28
• Anexo 03




             29
• Anexo 04




             30
10. BIBLIOGRAFIA


- Referências bibliográficas:


Barbieri, José    Carlos   Gerenciamento   empresarial ambiental: conceitos,
modelos e instrumentos/José Barbieri: -2. Edição. Atual e ampliada. – São
Paulo: Saraiva 2007


Almeida, Josimar Ribeiro de Gestão ambiental: planejamento, avaliação,
implantação, operação e verificação / Josimar Ribeiro de Almeida, Yara
Cavalcanti, Cláudia dos S. Melo. – Rio de Janeiro: Thex Ed., 2000.


Moura, Luiz Antônio Abdalla de Qualidade e gestão ambiental / Luiz Antônio
Abdalla de Moura. – 3 ed.- São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002.


Portugal, Gil de Engenharia Ambiental e Florestal – 1º edição – São Paulo:

Editora Morais, 2001.

www.licenciamentoambiental.eng.br

Resolução 307 CONAMA.




                                      31

Mais conteúdo relacionado

Destaque

Escrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Escrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_IntegradoEscrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Escrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_IntegradoSenac
 
Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II
 Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II
Tcc_Proj_FEFI_Modulo_IISenac
 
Como Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus Consultoria
Como Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus ConsultoriaComo Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus Consultoria
Como Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus ConsultoriaDialogus Consultoria
 
Slides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Slides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_IntegradoSlides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Slides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_IntegradoSenac
 
Procedimento Tratamento de Anomalias
Procedimento Tratamento de AnomaliasProcedimento Tratamento de Anomalias
Procedimento Tratamento de AnomaliasMarcos Abreu
 
Conceitos Não Conformidade
Conceitos Não ConformidadeConceitos Não Conformidade
Conceitos Não Conformidadeandrescaranti
 
ISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and Implementation
ISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and ImplementationISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and Implementation
ISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and Implementation Govind Ramu
 
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
Gestão da Segurança e Saúde no TrabalhoGestão da Segurança e Saúde no Trabalho
Gestão da Segurança e Saúde no TrabalhoEval Frans
 
Slides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL
Slides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTALSlides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL
Slides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTALSenac
 
Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial
Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial
Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial renato fabregat
 
Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?
Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?
Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?Teresa Dias Toledo Pitombo
 
Relatório de Análise e Solução de Problemas
Relatório de Análise e Solução de ProblemasRelatório de Análise e Solução de Problemas
Relatório de Análise e Solução de ProblemasRogério Souza
 
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTALPROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTALDayane Salvador
 
4 modelo de relatorio de processos.
4 modelo de relatorio de processos.4 modelo de relatorio de processos.
4 modelo de relatorio de processos.edilsoncampos
 
Iso 14001-ems-internal-audit-checklist-example ok
Iso 14001-ems-internal-audit-checklist-example okIso 14001-ems-internal-audit-checklist-example ok
Iso 14001-ems-internal-audit-checklist-example okAIC CONSULTORES SAC
 
Responsabilidade social e sustentabilidade
Responsabilidade social e sustentabilidadeResponsabilidade social e sustentabilidade
Responsabilidade social e sustentabilidadeALVARO RAMOS
 
Aula 4 ética e responsabilidade social animada
Aula 4   ética e responsabilidade social animadaAula 4   ética e responsabilidade social animada
Aula 4 ética e responsabilidade social animadaLuiz Siles
 

Destaque (20)

Escrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Escrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_IntegradoEscrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Escrito_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
 
Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II
 Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II
Tcc_Proj_FEFI_Modulo_II
 
Como Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus Consultoria
Como Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus ConsultoriaComo Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus Consultoria
Como Implantar a Responsabilidade Social nas Empresas - Dialogus Consultoria
 
Slides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Slides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_IntegradoSlides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
Slides_Tcc_modulo_5_Manual_de_Gestão_Integrado
 
Procedimento Tratamento de Anomalias
Procedimento Tratamento de AnomaliasProcedimento Tratamento de Anomalias
Procedimento Tratamento de Anomalias
 
Conceitos Não Conformidade
Conceitos Não ConformidadeConceitos Não Conformidade
Conceitos Não Conformidade
 
ISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and Implementation
ISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and ImplementationISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and Implementation
ISO 9001:2015 DIS Changes, Requirements and Implementation
 
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
Gestão da Segurança e Saúde no TrabalhoGestão da Segurança e Saúde no Trabalho
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
 
Relatório de acompanhamento de não conformidades
Relatório de acompanhamento de não conformidadesRelatório de acompanhamento de não conformidades
Relatório de acompanhamento de não conformidades
 
Slides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL
Slides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTALSlides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL
Slides_Modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL
 
Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial
Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial
Marketing Social, Responsabilidade Social, Sustentabilidade Empresarial
 
Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?
Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?
Responsabilidade Social agrega valor para as organizações?
 
Relatório de Análise e Solução de Problemas
Relatório de Análise e Solução de ProblemasRelatório de Análise e Solução de Problemas
Relatório de Análise e Solução de Problemas
 
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTALPROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
PROJETO DE RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL
 
Acao corretiva
Acao corretivaAcao corretiva
Acao corretiva
 
4 modelo de relatorio de processos.
4 modelo de relatorio de processos.4 modelo de relatorio de processos.
4 modelo de relatorio de processos.
 
Ações Preventivas e Corretivas
Ações Preventivas e Corretivas Ações Preventivas e Corretivas
Ações Preventivas e Corretivas
 
Iso 14001-ems-internal-audit-checklist-example ok
Iso 14001-ems-internal-audit-checklist-example okIso 14001-ems-internal-audit-checklist-example ok
Iso 14001-ems-internal-audit-checklist-example ok
 
Responsabilidade social e sustentabilidade
Responsabilidade social e sustentabilidadeResponsabilidade social e sustentabilidade
Responsabilidade social e sustentabilidade
 
Aula 4 ética e responsabilidade social animada
Aula 4   ética e responsabilidade social animadaAula 4   ética e responsabilidade social animada
Aula 4 ética e responsabilidade social animada
 

Semelhante a Tcc_modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL

Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos   Polliana MouraEstudo de impacto ambiental de produtos   Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana MouraRicardo Souza
 
Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...
Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...
Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...Graziella Coutinho
 
Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01
Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01
Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01Pueblo Peçanha
 
Excelência em sms na petrobras
Excelência em sms na petrobrasExcelência em sms na petrobras
Excelência em sms na petrobrasPaulo H Bueno
 
Estudo de Sistema de Gestão Ambiental - Natura
Estudo de Sistema de Gestão Ambiental - NaturaEstudo de Sistema de Gestão Ambiental - Natura
Estudo de Sistema de Gestão Ambiental - NaturaJomara Vitoriano
 
Green Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeGreen Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeManuel Garcia Garcia
 
Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...
Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...
Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...Gabriela Chevarria
 
Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002
Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002
Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002Hawston Pedrosa
 
Planejamento, gestão ambiental e agronegócio
Planejamento, gestão ambiental e agronegócioPlanejamento, gestão ambiental e agronegócio
Planejamento, gestão ambiental e agronegócioSilene Barreto
 
Futurua trends renato final 1
Futurua trends renato final 1Futurua trends renato final 1
Futurua trends renato final 1voandrade
 
PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA PÚBLICA -...
PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA  PÚBLICA -...PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA  PÚBLICA -...
PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA PÚBLICA -...Elisane Almeida Pires
 

Semelhante a Tcc_modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL (20)

Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos   Polliana MouraEstudo de impacto ambiental de produtos   Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana Moura
 
Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...
Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...
Atualizacao das-boas-praticas-de-fabricacao-bpf-e-procedimentos-operacionais-...
 
Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01
Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01
Prof. Pueblo Peçanha - Gestão ambiental slide 01
 
Excelência em sms na petrobras
Excelência em sms na petrobrasExcelência em sms na petrobras
Excelência em sms na petrobras
 
Gestão Ambiental
Gestão AmbientalGestão Ambiental
Gestão Ambiental
 
Aproducao
AproducaoAproducao
Aproducao
 
Plano de sgi
Plano de sgiPlano de sgi
Plano de sgi
 
Gestao ambiental
Gestao ambientalGestao ambiental
Gestao ambiental
 
CV Federico Kladt DQ
CV Federico Kladt DQCV Federico Kladt DQ
CV Federico Kladt DQ
 
Trabalho da aline
Trabalho da alineTrabalho da aline
Trabalho da aline
 
Estudo de Sistema de Gestão Ambiental - Natura
Estudo de Sistema de Gestão Ambiental - NaturaEstudo de Sistema de Gestão Ambiental - Natura
Estudo de Sistema de Gestão Ambiental - Natura
 
Green Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeGreen Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística Verde
 
Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...
Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...
Pré Implantação do Sistema de Gestão Ambiental em uma indústria de beneficiam...
 
Manual de indicadores ambientais firjan
Manual de indicadores ambientais firjanManual de indicadores ambientais firjan
Manual de indicadores ambientais firjan
 
Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002
Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002
Livreto CPRH- Fazendo educação e vivendo a gestão ambiental. recife cprh-2002
 
Relatório de Sustentabilidade - Ecometano
Relatório de Sustentabilidade - EcometanoRelatório de Sustentabilidade - Ecometano
Relatório de Sustentabilidade - Ecometano
 
Planejamento, gestão ambiental e agronegócio
Planejamento, gestão ambiental e agronegócioPlanejamento, gestão ambiental e agronegócio
Planejamento, gestão ambiental e agronegócio
 
Futurua trends renato final 1
Futurua trends renato final 1Futurua trends renato final 1
Futurua trends renato final 1
 
Agricultura resiliente
Agricultura resilienteAgricultura resiliente
Agricultura resiliente
 
PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA PÚBLICA -...
PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA  PÚBLICA -...PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA  PÚBLICA -...
PROJETO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL PARA UMA EMPRESA DE LIMPEZA PÚBLICA -...
 

Mais de Senac

Kuttner
KuttnerKuttner
KuttnerSenac
 
Keppe motor
Keppe motorKeppe motor
Keppe motorSenac
 
Brindes verdes
Brindes verdesBrindes verdes
Brindes verdesSenac
 
Banner
BannerBanner
BannerSenac
 
Educação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto Curumim
Educação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto CurumimEducação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto Curumim
Educação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto CurumimSenac
 
Aquecimento Global UFABC
Aquecimento Global UFABCAquecimento Global UFABC
Aquecimento Global UFABCSenac
 

Mais de Senac (6)

Kuttner
KuttnerKuttner
Kuttner
 
Keppe motor
Keppe motorKeppe motor
Keppe motor
 
Brindes verdes
Brindes verdesBrindes verdes
Brindes verdes
 
Banner
BannerBanner
Banner
 
Educação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto Curumim
Educação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto CurumimEducação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto Curumim
Educação Ambiental - TCC Modulo I - Projeto Curumim
 
Aquecimento Global UFABC
Aquecimento Global UFABCAquecimento Global UFABC
Aquecimento Global UFABC
 

Tcc_modulo_4_LICENCIAMENTO_AMBIENTAL

  • 1. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC UNIDADE JABAQUARA Curso Técnico em Meio Ambiente PROGRAMA DE ANALISE E GERENCIAMENTO AMBIENTAL NUMA EMPRESA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NA REGIÃO DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Dulce Pereira Giancarlo Trivellato Jenifer Bicudo Ribeiro Raquel Denise Marçal São Paulo 2011 1
  • 2. PROGRAMA DE ANALISE E GERENCIAMENTO AMBIENTAL NUMA EMPRESA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS NA REGIÃO DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Dulce Pereira Giancarlo Trivellato Jenifer Bicudo Ribeiro Raquel Denise Marçal BANCA EXAMINADORA __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ __________________________________ São Paulo ____/____/____ Nota do Trabalho: ____ 2
  • 3. SUMÁRIO I. Introdução................................................................................................... ....4 I. 1. Histórico da Empresa...............................................................................................7 I. 2. Alimentos Fabricados...............................................................................................7 I. 2. 1. Produção Objeto da Pesquisa..............................................................................8 II. Fluxograma..............................................................................................................9 III. Justificativa..........................................................................................................11 IV. Objetivos...............................................................................................................12 V. Metodologia...........................................................................................................13 VI. Revisão da Literatura ........................................................................................14 VI. 1. Licenciamento Ambiental.....................................................................................14 VI. 2. Licenças Necessárias........................................................................................15 2. LP/LI/LO....................................................................................................................16 2. Outorgas DAEE.........................................................................................................17 VI. 3. Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais (PGRA) .............................18 3. Descarga de Efluentes..............................................................................................19 3. Geração de Residuos Sólidos e Contidos................................................................20 3. Consumo de Energia................................................................................................21 3. Utilização da água....................................................................................................22 3. Disposição final de lixo de embalagens....................................................................22 3. Ruido / Odores..........................................................................................................23 3. Plano de contingência...............................................................................................24 VII. Resultado.............................................................................................................25 VIII. Conclusão..........................................................................................................26 IX. Anexos...................................................................................................................27 1. Anexo 01...................................................................................................................27 2. Anexo 02...................................................................................................................28 3. Anexo 03...................................................................................................................29 3. Anexo 04...................................................................................................................30 X. Bibliografia...........................................................................................................31 3
  • 4. I. INTRODUÇÃO Há algumas décadas, a geração de poluentes pelas organizações era entendida como uma consequência inevitável dos processos industriais, o que gerou um grau de deteriorização ambiental acentuada em muitas regiões do mundo. Este é um dos maiores problemas sociais, tendo em vista o bem estar e a qualidade de vida do homem. À medida que os problemas ambientais se intensificaram e a qualidade no setor produtivo ganhou consistência, notou-se que o controle de impactos ambientais só seria efetivo por meio de um sistema de gestão ambiental. Os impactos ambientais são gerados por produtos e processos. Os aspectos ocorrem nas entradas, nas saídas e durante os processos. Nas saídas dos processos podem estar os resíduos e as emissões. Aos poucos as empresas estão de dando conta de que a geração de resíduos e emissões é sinônimo de perdas econômicas significantes, o que afeta diretamente a competitividade. Para realização desse Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais (PRGA), utilizou-se uma empresa do segmento alimentício. Nela são produzidos alimentos pré-fabricados, químicos, como pós instantâneos, salgados e doces, vendidos em embalagens de papel. Buscou-se criar um Programa de Gerenciamento de Riscos Ambientais (PRGA) adequado as necessidades constatadas, visando à melhoria contínua nos processos e serviços, primando pela máxima dos 3R’s (reduzir, reutilizar e reciclar), P+L, e demais práticas sustentáveis, buscando a excelência na convivência com o meio ambiente. 4
  • 5. - Licenciamento Ambiental É definido, conceitualmente, como o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. Cabe ser ressaltado que é a principal ferramenta que a sociedade possui para controlar a manutenção da qualidade do meio ambiente, o que está diretamente ligado com a saúde pública e com boa qualidade de vida para a população. - Gerenciamento Ambiental O gerenciamento ambiental é a ferramenta básica para alcançar os objetivos citados e tem que ser considerado como uma prioridade corporativa, pelo estabelecimento de políticas com programas e práticas que visem conduzir as atividades empresariais de uma maneira ambientalmente sadia. Tais políticas com seus programas e práticas devem, por sua vez, se integrar totalmente em todas as atividades, mesmo que aparentemente não sejam relacionadas à produção especifica. 5
  • 6. - Plano de Ação e Controle de Resíduos Conforme redação dada pelo artigo 225 da Constituição Federal de 1988: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Um dos objetivos do Plano de Ação e Controle de Resíduos é a redução e destinação correta dos resíduos, melhoria da produtividade e da qualidade dos alimentos de origem animal colocados à disposição da população brasileira, e secundariamente, proporcionar à nação, condições de se adequar do ponto de vista sanitário, às regras do comércio internacional de alimentos, preconizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) e órgãos auxiliares (FAO, OIE e WHO). O Plano contempla esforços no sentido de ofertar aos consumidores, alimentos seguros e competitivos. - Plano de Produção Mais Limpa Produção mais Limpa, conceitualmente, é a aplicação contínua de uma estratégia ambiental integrada e preventiva a processos, produtos e serviços, com a finalidade de aumentar a eficiência e reduzir riscos aos seres humanos e ao meio ambiente. (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 1989) 6
  • 7. I. 1. HISTÓRICO DA EMPRESA Por razões de preservação industrial e a pedido da própria empresa, objeto de estudo dessa pesquisa, seu nome será preservado, sendo adotado, por conseguinte, a denominação fictícia de Gelatina Bom Sabor. Empresa que atua no ramo da produção de produtos alimentícios foi fundada por dois engenheiros de alimentos com intuito de fabricar produtos semi prontos que, para serem consumidos, passariam por alguma transformação. Irmãos, nascidos na Espanha, chegaram ao Brasil ainda crianças, com seus pais em busca de trabalho e melhores condições de vida. Estudaram e se formaram na mesma paixão: engenharia química com especialização em alimentos. Trabalharam em grandes multinacionais do ramo alimentício, como Royal e Nestlé por mais de 15 anos, até que em 2000, fundaram sua própria empresa, especializada em sobremesas e temperos em pó em geral. I. 2. Alimentos Fabricados A produção média anual é de 1.250t de fermento e leveduras; 1.350t de caldo para tempero; 23 t de pó para refresco; 680 t de gelatina e derivados; 1.150t de pó preparado para “food service”; 1.425t de pó preparado para sopa instantânea e 2.092t de pó preparado para achocolatado. 7
  • 8. I. 2. 1. Produção Objeto da Pesquisa - A Gelatina O processo produtivo escolhido foi a fabricação de gelatina que é uma substância orgânica nitrogenada, uma proteína coloidal, cujo valor principal está na suas propriedades coagulativas, protetoras e adesivas. A água com apenas 1% de gelatina de boa qualidade, em peso, forma uma geléia, ao se esfriar. É pequena, talvez nula, a relação química ou física entre a gelatina e outras substâncias. A gelatina animal é obtida pela hidrólise do colágeno – as fibras brancas do tecido conetivos do corpo do animal, particularmente da pele, dos ossos e dos tendões. (Shreve e Brink Jr, 2009). Gelatinas comestíveis disponíveis comercialmente possuem a seguinte composição: • 84 - 90% proteína • 8 - 12% água • 2 - 4% sais minerais Elas não contêm carboidratos, gorduras, colesterol ou purina e são livres de qualquer tipo de conservantes. Todas as gelatinas comestíveis estão integralmente de acordo com os padrões bacteriológicos exigidos. 8
  • 9. II. FLUXOGRAMA Toda a matéria prima é recebida com um laudo do fornecedor, analisada pelo laboratório interno e permanece em quarentena até ser liberada pelo controle de qualidade. É instalado um controle de rastreabilidade com código on line, para fácil acesso, onde posteriormente é gerado seu código (fabricação, validade e lote). Segue-se a filosofia FIFO (first in, first out), para o controle do vencimento. A dosagem dos ingredientes (Açúcar cristal, Amido e fécula de milho, gelatinas e derivados, Citrato de sódio, Aromar e essências sintéticas, Ácido Fumárico, Edulcorantes, Vitaminas e suplementos minerais para uso humano) é realizada na dosimetria, em balanças de precisão, separadas por doces e salgados. O controle de qualidade faz a conferência do peso dos ingredientes para liberação, adicionando registro nos lotes. Através de um funil por gravidade, esses ingredientes passam por peneiras (para contenção de riscos físicos), seguindo para o misturador, localizado no andar inferior. Misturador é um equipamento onde se processa a homogenização dos ingredientes. 9
  • 10. No segundo subsolo, o produto final abastece o maquinário, seguindo para o envasamento sem nenhum contato manual, em máquinas de envase individuais. Na máquina de envase, o pó pronto desce para a rosca dosadora, onde o material é embalado em plástico filme e lacrado automaticamente, passando por sensores de volume, os quais verificam o seu conteúdo final. Na sequência é embalado em caixinhas de papelão, previamente impressos com seu respectivo código. É encaminhado para um armazenamento prévio, dentro da indústria, onde segundo FIFO, é realizada sua distribuição para os revendedores, que disponibilizarão o produto para o consumidor. Em cada fase do processo é retirada uma amostra do lote, que segue para analise de controle de qualidade em laboratório interno. Posteriormente uma amostra é preparada como em casa, para avaliação de peso, pH, consistência e umidade. O processo produtivo funciona 18 horas, de segunda à sexta-feira em três turnos (6/12h, 12/18h e 18/00hs.) A higienização ocorre a cada final de turno e em alternação de sabores e light, onde são registradas em planilhas e assinadas pelo controle de qualidade. 10
  • 11. III. JUSTIFICATIVA A relevância deste trabalho decorre do fato de que as organizações ainda apresentam dificuldades em estabelecer um programa de gerenciamento de resíduos industriais de forma consistente e compatível com suas necessidades econômicas, técnicas, ambientais e legais. Em muitos casos, os gestores ainda não se deram conta da necessidade de tal programa bem organizado e sistematizado, talvez porque os únicos custos dos resíduos apurados e conhecidos na empresa sejam os de seu tratamento e disposição final. Buscou-se propor um plano de gerenciamento ambiental, aplicando a metodologia de “Produção Mais Limpa”, primando pelo reduzir, reutilizar e reciclar, além de aprimorar o plano de ação para a correta destinação dos resíduos. O foco principal de um programa de Produção Mais Limpa é a redução do consumo de recursos naturais, principalmente uso de água e energia. Desta forma, foi possível verificar em todas as etapas, os descartes finais de resíduos, o uso de água e energia usada na fabricação do produto, assim como ruídos causados pelas máquinas. 11
  • 12. IV. OBJETIVOS •Identificar, com base na legislação e resoluções, critérios para a priorização de ações na prevenção da poluição e da adoção de tecnologias limpas; •Criar o plano de gerenciamento baseando-se no processo produtivo; •Propor procedimentos para um programa de Gerenciamento Ambiental a empresa, a fim de promover a sua gestão e estimular a melhoria contínua do seu desempenho e econômico; •Analisar as práticas ambientais já existentes e acrescentar novas ideias e tecnologias que permita a melhoria nos processos industriais; •Expor a proposta de uma produção mais limpa e eliminar os resíduos gerados pelo empreendimento; •Conhecer os trâmites necessários para o processo de licenciamento; •Controlar o volume e o destino dos resíduos gerados pela empresa e as atividades envolvidas; •Identificar, com base na legislação aplicável, critérios para a redução e tratamento de resíduos. 12
  • 13. V. METODOLOGIA Foram usados livros industriais, internet, acompanhamento de todo o processo produtivo, como método para o desenvolvimento do projeto, desde a chegada da matéria prima, até o produto final. A pesquisa incluiu também um levantamento da legislação aplicável a tratamento e disposição final dos resíduos. Em seguida foi feita um trabalho in situ para conhecermos os processos produtivos industriais da empresa escolhida, sua documentação e suas licenças. 13
  • 14. VI. REVISÃO DA LITERATURA VI. 1. Licenciamento Ambiental De acordo com a resolução CONAMA 237/97: “Licença Ambiental é o ato administrativo pelo qual o Órgão Ambiental estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.” Por meio da Resolução CONAMA 237/97, o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente estabeleceu como órgãos licenciadores, em níveis de competência federal (IBAMA), estadual e municipal (depende do estado/município) para todo o território nacional, de acordo com a extensão do impacto ambiental. 14
  • 15. VI. 2. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA 15
  • 16. • Licença Prévia (LP) (ver anexo 01) Essa licença é emitida no começo, no planejamento de uma atividade ou empreendimento para a aprovação de sua localização e concepção, confirmando a viabilidade ambiental e estipulando os requisitos básicos e determinantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação. • Licença de Instalação (LI) (ver anexo 02) Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivos determinantes. • Licença de Operação (LO) (ver anexo 03) Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. 16
  • 17. •Outorgas DAEE (ver anexo 04) No Estado de São Paulo cabe ao DAEE o poder outorgante, por intermédio do Decreto 41.258, de 31/10/96, de acordo com o artigo 7º das disposições transitórias da Lei 7.663/91. Os recursos hídricos (águas superficiais e subterrâneas) constituem- se em bens públicos que toda pessoa física ou jurídica tem direito ao acesso e utilização, cabendo ao Poder Público a sua administração e controle. Se uma pessoa quiser fazer uso das águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas, terá que solicitar uma autorização, concessão ou licença (Outorga) ao Poder Público. O uso mencionado refere-se, por exemplo, à captação de água para processo industrial ou irrigação, ao lançamento de efluentes industriais ou urbanos, ou ainda à construção de obras hidráulicas como barragens, canalizações de rios, execução de poços profundos, etc. A outorga de direito de uso ou interferência de recursos hídricos é um ato administrativo, de autorização ou concessão, mediante o qual o Poder Público faculta ao outorgado fazer uso da água por determinado tempo, finalidade e condição expressa no respectivo ato. Constitui-se num instrumento da Política Estadual de Recursos Hídricos, essencial à compatibilização harmônica entre os anseios da sociedade e as responsabilidades e deveres que devem ser exercidas pelo Poder concedente. •Quem deve pedir outorga? Todo usuário que fizer uso ou interferência nos recursos hídricos das seguintes formas: - Na implantação de qualquer empreendimento que demande a utilização de recursos hídricos (superficiais ou subterrâneos); - Na execução de obras ou serviços que possam alterar o regime (barramentos, canalizações, travessias, proteção de leito, etc.); - Na execução de obras de extração de águas subterrâneas (poços profundos); 17
  • 18. VI. 3. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS (PGRA) Pode-se definir o estudo de riscos ambientais como um processo de estimativa da probabilidade de ocorrência de um evento e a magnitude provável de seus efeitos adversos, durante um período de tempo especificado. O Sistema de gerenciamento ambiental é uma estrutura ou método para alcançar um desempenho sustentável em relação os objetivos estabelecidos e atender às constantes mudanças na regulamentação, nos riscos ambientais e nas pressões sociais, financeiras, econômicas e competitivas. Obter um sistema de gerenciamento ambiental é sempre interessante e necessário, pois implanta boas práticas ambientais corretas na empresa, trazendo inúmeros benefícios. Dependendo do porte da empresa, passa a ser necessária existir um setor específico voltado a essas atividades e que cuide dos aspectos ambientais dos produtos, serviços e processos industriais. - Os riscos ambientais gerais são: •Emissões gasosas para a atmosfera; •Descarga de efluentes na água; •Geração de resíduos sólidos ou contidos; •Consumo de energia; •Utilização de água; •Manuseio e armazenamento de materiais; •Disposição final de lixo de embalagens; •Transporte de materiais e pessoas; •Ruído, odores e impacto visual da instalação; •Perturbação de habitat e ecossistemas •Plano de contingência. 18
  • 19. • Dos riscos citados anteriormente, estão relacionados à nossa empresa in situ: •Descarga de efluentes: Legislação – Decreto – Lei nº236/98 Não tem efluentes resultantes dos processos produtivos, maquinários, porém é utilizado um grande volume de água para lavagem dos maquinários e pátio, nas trocas dos três turnos, gerando um grande volume de efluente com baixa concentração de açúcar e corantes, que assim como todos os outros efluentes, são despejados em fossa séptica, pois não existe encanamento de esgoto na região. É feita a higienização, quinzenalmente, através de caminhão limpa- fossa, por sucção dos rejeitos. Proposta de melhoria: Apesar de estarem em processo de ampliação da empresa, existe uma área que pode ser utilizada para a instalação de uma ETE simples, com tratamento primário e secundário, biológico, acoplada a uma cisterna para estocar essa água pós tratamento, buscando desta maneira, reaproveitar o grande volume de água utilizada nas três lavagens diárias, reutilizando-a nas descargas, regas de jardins, limpeza de areas externas, pisos e sanitários. Com essa atitude, é possível ter uma relevante diferença no consumo de água, gerando uma economia no volume e custos (P+ L). Existem empresas especializadas em engenharia ambiental, que desenvolvem projetos de ETE específicas para cada indústria, juntamente com o plano de contingência. 19
  • 20. •Geração de resíduos sólidos ou contidos: Lei – 12.305 – Política Nacional de Resíduos Sólidos Ocorre o descarte incorreto de todo resíduo proveniente da cozinha do refeitório, sendo ele orgânico ou não orgânico, que é encaminhado para lixo comum, de onde segue para aterro sanitário. Os resíduos provenientes da produção têm a destinação correta, seguindo para reciclagem total. Os recicláveis seguem para tratamento correto e a política adotada para destinação dos residuos sólidos proveniente da fabricação da gelatina (gordura e fibra animal) é o acondicionamento em bombonas e o encaminhamento duas vezes por semana para uma indústria de produção de ração animal, especificamente suínos, onde este resíduo é totalmente utilizado. Proposta de melhoria: Os resíduos inorgânicos da cozinha devem ser separados e destinados corretamente para reciclagem e os orgânicos podem ser tratados em composteiras industriais ou domésticas na própria empresa, dependendo da quantidade gerada, de onde forma-se adubo para jardins e canteiros. Existe também a opção do uso de secadores próprios, onde é efetuada a desidratação destes resíduos, altamente nutritivos, possibilitando também o encaminhamento para fabricação de ração animal. Com esse programa, é possível reduzir a produção de resíduos para aterro em até 95% . 20
  • 21. •Consumo de energia; Decreto – Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro. A produção e o consumo de energia têm um dos maiores de todos os impactos sobre o ambiente. Apesar de nossa energia ser limpa, de hidrelétricas, é possível substituí-la por painéis de energia solar. Proposta de melhoria: Toda energia usada na empresa, é proveniente de eletricidade, ou seja, hidrelétricas. Utilizando o programa P+ L, é possível economizar 90% no consumo de energia elétrica e consequentemente, obter essa redução na conta de luz, adotando paineis solares como fontes geradoras de energia. O custo com a implantação de paineis solares para geração total de energia em uma indústria ainda é inviável financeiramente no Brasil, porém pode-se adotar um circuito de baixo consumo, com sensores de presença, para lâmpadas e maquinários econômicos, principalmente na area externa, permitindo assim uma redução na conta de energia elétrica em torno de 10% . Adotando essa estratégia sustentável, busca-se o retorno através do marketing verde, e não da redução de custos com energia. 21
  • 22. •Utilização de água; Decreto – Lei nº 178/2006, de 5 de Setembro. O fornecimento de água, extraída da superfície ou subterrânea, tem um impacto enorme, podendo resultar no abatimento severo dos níveis de água subterrânea. A Bom Sabor utiliza água de poço profundo, extraída de lençol freatico. Proposta de melhoria: Uma alternativa para a economia de água é a troca das torneiras comuns por torneiras com temporizadores e bico de ar, para lavabos e pias dos vestiários e banheiros (automáticas, com redução de até 85% no consumo) e com o bico de ar (uma pequena peneira, redução de 15% ) na cozinha e refeitorios. É possível também a troca dos modelos de descarga por redutoras, utilização da água produzida na ETE, antes desperdiçada, para lavagens em geral, e como consequência, haveria uma grande economia hídrica. •Disposição final de lixo de embalagens; Decreto – Lei nº 366 - A/97 A disposição final de embalagens usadas ou outros resíduos associados constitui um dos problemas ambientais mais óbvios. Todas as empresas de manufatura ou serviços precisam lidar com varias formas de embalagem, tais como papel e papelão, plástico, vidro, madeira, metais e têxteis. Residuos sólidos provêm da fração inaproveitável de materia prima, sobras, rejeitos e resíduos de operações de processos, materiais de embalagens. Na Bom Sabor, os resíduos gerados são perdas de papel cartão na produção durante o envase e descarte de embalagem de matéria prima. São resíduos classe II, inertes, armazenado em caçambas, de onde são retirados por empresa de reciclagem. 22
  • 23. Proposta de melhoria: A empresa já desenvolve um excelente trabalho em relação as suas embalagens, retrabalhando as laminadas, não tendo desperdício, e os papeis e papelões são vendidos para empresa de reciclagem. Não temos planos de melhoria, pois os métodos adotados já são sustentáveis. As embalagens provenientes da materia prima são dispostas nas caçambas, que seguem para usina de reciclagem. • Ruído: Decreto-Lei n.º 292/2000, de 14 de Novembro Ruído é um problema bem relevante em toda a indústria. Proposta de melhoria: No caso de ruídos, já são adotados Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como protetor auricular e abafador auditivo, garantindo a saúde auditiva dos funcionários, não sendo necessário nenhum outro cuidado. Pode-se isolar esses maquinários em boxes vedados anti ruído, com portas de fácil acesso, garantindo sua funcionalidade. •Odores Lei nº 4.356 de 24 de Maio de 2006. Odor é um problema particular nas indústrias químicas e alimentícias. Devido ao fato da produção de gelatina derivar de ossos e peles de animais, tem um odor característico desagradável, além do cheiro enjoativo das essências artificial de frutas, usadas na fabricação da gelatina. Como já falado anteriormente, por ser uma indústria química alimentícia, tem entre os principais passivos o odor adocicado das essências. A Bom Sabor adota o uso de máscara na dosimetria, onde o produto é diretamente manuseado, e mantêm exaustores e insufladores de ar, permanentemente ligados, buscando diluir e minimizar esses odores. 23
  • 24. Proposta de melhoria: Como já são utiliz ados procedimentos para dispersão do odor, propõe-se uma tampa protetora nos misturadores, que faça a vedação durante a mistura, evitando a propagação das partículas em suspensão. •Plano de contingência. Cenários “pior caso” podem ser formulados para todos os tipos de negócios. É tarefa da gerencia explorar todas oportunidades de incidente concebível e adotar medidas apropriadas para minimizar o risco de que tais coisas aconteçam. Proposta de melhoria: Por não se tratar de uma empresa que envolve maiores impactos ambientais, pelo fato de ser uma indústria alimentícia, não tem um plano de contingência baseado em riscos ambientais, mas adota o programa de segurança da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), com objetivo de fazer com que empregadores e empregados trabalhem conjuntamente na tarefa de prevenir acidentes e melhorar a qualidade do ambiente de trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador e do meio ambiente. São necessárias medidas que garantam os procedimentos de gerenciamento, inspeção e acompanhamento do PGRA da empresa, incluindo o cronograma e o programa de treinamento. Por serem partes decisivas no processo, o gerenciamento ambiental deve buscar conscientizar, educar, treinar e motivar empregados e diretoria, adotando hábitos verdes, como por exemplo, utilização de canecas ao invés de copos descartáveis em todos os setores, utilização de secadores de mão nos banheiros, diminuição do uso de embalagens plásticas, para que haja uma comunhão integral, atingindo o objetivo buscado. 24
  • 25. 7. RESULTADO Segundo a documentação apresentado pela empresa, a licença de Operação está vencida desde o inicio de 2010, sendo necessária sua reformulação, a partir do momento em que, houve qualquer mudança no seu processo produtivo, área de ocupação e em qualquer outra parte do empreendimento, que venha descaracterizar a sua licença de operação já existente, após ou durante a data do prazo. Torna-se necessário a renovação da licença, redefini-la citando a nova realidade do empreendimento. No caso da empresa in situ, vale salientar que a Licença de Operação não foi renovada, por mudanças na legislação de embalagens, que ainda não foram providenciadas pela empresa, devido à enorme reestruturação que se faz necessária, porém buscam se atualizar o mais breve possível. Não desenvolveram um plano de gerenciamento ambiental, mas utilizam técnicas de redução de água, luz e diminuição no uso da materia prima, provavelmente visando diminuição de custos. Porém, com essas atitudes, se obtêm uma produção mais limpa e eficiente, mas todo o processo de funcionamento da empresa não segue um P+L, e adotando essa prática, daria uma contribuição grande nos resultados finais, e até mesmo um Marketing Verde, a partir do momento que caracterizaria essa redução como P+L. 25
  • 26. 8. CONCLUSÃO Sempre que se desenvolve um PGRA, avalia-se o empreendimento em vários ângulos, que até então, jamais haviam sido explorados. Nós como técnicos em meio ambiente, nos sentimos lisonjeados em poder atuar, alterar, aplicar os conhecimentos adquiridos, em prol daquilo que cremos ser possível na construção de uma sociedade economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente sustentável, retomando a rota ideal, que foi abandonada por rotas onde era possível se obter maior retorno financeiro em curto prazo. Atualmente, observa-se um crescente interesse das industrias em se adequar, se ajustar a essas questões “ecologicamente corretas”, principalmente pela enorme quantidade de informações e constatações da escassez de recursos, além da demanda crescente por adequação às exigências do mercado . A Gelatina Bom Sabor demonstrou desde o primeiro contato um grande interesse em modificar seus processos, dentro do que fosse viável economicamente, buscando esse caminho. Com esse PGRA, será possível fazer alguns ajustes, tímidos a princípio, porém um grande passo em relação à conscientização dos envolvidos, possibilitando melhorias contínuas em longo prazo. 26
  • 27. 9. ANEXOS • Anexo 01 27
  • 31. 10. BIBLIOGRAFIA - Referências bibliográficas: Barbieri, José Carlos Gerenciamento empresarial ambiental: conceitos, modelos e instrumentos/José Barbieri: -2. Edição. Atual e ampliada. – São Paulo: Saraiva 2007 Almeida, Josimar Ribeiro de Gestão ambiental: planejamento, avaliação, implantação, operação e verificação / Josimar Ribeiro de Almeida, Yara Cavalcanti, Cláudia dos S. Melo. – Rio de Janeiro: Thex Ed., 2000. Moura, Luiz Antônio Abdalla de Qualidade e gestão ambiental / Luiz Antônio Abdalla de Moura. – 3 ed.- São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002. Portugal, Gil de Engenharia Ambiental e Florestal – 1º edição – São Paulo: Editora Morais, 2001. www.licenciamentoambiental.eng.br Resolução 307 CONAMA. 31