O documento discute a transformação digital e como a cultura orientada a dados pode ajudar as organizações. Especificamente, (1) a inteligência artificial não trará benefícios sem mudanças nos processos, (2) a cultura orientada a dados permite que as empresas tenham uma visão mais precisa do negócio com base na análise de dados, e (3) a digitalização, digitalização e transformação digital diferem em seu escopo e objetivos.
1. Transformação Digital
• Artificial Intelligence will not deliver, without process change.
The global AI Agenda, MIT Technology Review, 2020
• O digital vem possibilitar fortes alterações em vários domínios, falando-se
hoje da transformação digital das empresas, através da utilização dessas
técnicas, mas com uma forte centralidade no consumidor, no cliente, mas
também nas pessoas, nos processos e até no propósito do negócio….
3. Cultura DATA DRIVEN – O que é?
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Uma metodologia que permite às organizações ter uma ideia mais precisa do seu negócio,
conferindo-lhes uma maior capacidade de aproveitamento de oportunidades e de antecipação de
tendências e problemas.
Atualmente, no ambiente corporativo, isso é feito por meio de ferramentas como Big Data, Inteligência
Artificial e Machine Learning, para obter insights a partir da recolha, cruzamento e interpretação de
dados do mercado.
Uma das diferenças fundamentais entre empresas data driven e organizações tradicionais é o uso dos
dados de forma integrada nos seus processos e operações.
4. Cultura DATA DRIVEN – O que é?
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Isso significa que as informações não ficam só armazenadas em computadores individuais, mas são
colocadas em um sistema centralizado – geralmente em nuvem, para que todos dentro da empresa
tenham acesso a qualquer instante.
Dessa forma, os resultados dependem menos da produtividade individual de cada colaborador e
passam a se basear na inteligência coletiva, o que garante mais agilidade à rotina empresarial.
13. Digitização, digitalização e transformação digital
Digitização Digitalização Transformação Digital
Foco
Objetivo
Atividade
Ferramentas
Dificuldade
Conversão de dados Criação de valor
Processamento de dados
Problemas técnicos Investimento Resistência à mudança
Computadores e
equipamento de conversão
Sistemas de informação e
equipamento eletrónico
Novas tecnologias digitais
(AI, robótica, etc.)
Conversão para formato digital de
docs em papel, fotos , filmes, etc
Criação de processos de trabalho
completamente digitais
Integração das tecnologias digitais
na estratégia, sistemas, processos,
produtos e serviços
Mudança da maneira como a
empresa funciona
Automação da gestão de
informação e dos processos
Mudança de formato
analógico para digital
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15.
16.
17. Business
dimension
From… To…
New value
Novo valor
A linear value chain, shareholder value
Uma cadeia de valor linear, valor para o acionista
Business models
Modelos de negócio
Digital channels for products
Canais digitais para os produtos
Operating models
Modelos operacionais
Hierarchical, isolated, on-premisse
Hierárquico, isolado, na premissa
Supply chain
Cadeia de fornecimento
Globalized, low-cost, just in time
Globalizado, baixo custo, na hora certa
Decision-making
Tomada de decisão
Manual, based on historical data
Manual, baseado no histórico
Finance/investments
Finanças/investimentos
New tech capabilities and growth
objectives
Novos recursos tecnológicos e objs de crescimento
Talent
Talento
Closing known skill gaps
Cobrindo lacunas de habilidades conhecidas
A dynamic value map, stakeholder value
Um mapa de valor dinâmico, valor para as partes interessadas
Data-led services or outcomes, digital ecosystems
Serviços ou resultados baseados em dados, ecossistemas digitais
Localized, resiliente, efficient, ethical
Localizada, resiliente, eficiente, ética
Predictive, real-time, intelligent, at the edge
Preditivo, em tempo real, inteligente, no limite
De-risking cost/revenue, finding new revenue, hitting ESG
targets
Reduzindo o risco de custo/receita, novas receitas, atingindo as metas
ESG
An elastic, rapidly upskilled digital workforce, talent-on-
demand models
Força de trabalho digital elástica e rapidamente formada, modelos de talentos
à medida e a pedido
Agile, Al-enhanced, platform-based
Ágil, otimizado para AI, baseado em plataforma
Uma cadeia de valor linear, valor para o acionista
Fonte: Digital transformation. Powering great reset, World Economic Forum, Jul2020
18. EDP – Energias de Portugal (exemplo)
https://www.edp.com/pt-pt/inovacao/transformacao-digital
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20. Inovação Disruptiva
• Christensen define Inovação Distuptiva como aquela que oferece produtos
mais acessíveis e cria um novo mercado de consumidores, pondo em causa
os líderes e os seus modelos de negócio até aí existentes.
• Alguns exemplos:
• Os Pc’s, ao substituírem os anteriores mainframes;
• Os telefones móveis, substituindo progressivamente os fixos;
• A Wikipedia, que veio substituir as anteriores enciclopédias;
• O Airbnb, face aos estabelecimentos hoteleiros tradicionais;
21. Inovação Disruptiva
• Alguns exemplos:
• A UBER, face aos táxis;
• O streaming da Netflix, face às empresas locadoras de vídeo;
• O Google, face a toda a anterior pesquisa manual.
25. A IA pode ser utilizada nas diversas fase de
relação com o potencial cliente:
• CONQUISTAS CLIENTES
• Na produção de conteúdos;
• Curadoria inteligente de conteúdos personalizados;
• Pesquisa por voz;
• Compra de Media programática.
26. A IA pode ser utilizada nas diversas fase de
relação com o potencial cliente:
• ATUAÇÃO
• Modelização da propensão à compra;
• Análises preditivas de comportamentos;
• Gerações de Leads;
• Definição de trargets.
27. A IA pode ser utilizada nas diversas fase de
relação com o potencial cliente:
• CONVERSÃO
• Preços dinâmicos;
• Personalização de sites e apps,
• Chatbots,
• Retargeting.
28. A IA pode ser utilizada nas diversas fase de
relação com o potencial cliente:
• ENVOLVIMENTO
• Estratégias preditivas de serviço a cliente;
• Automatização de marketing (determinação automática dos melhores momentos de
contacto; que conteúdos funcionam melhor);
• Emails dinâmicos.
29.
30.
31. A IA vai permitir, na era do Marketing Pós-Digital, interpretar posts e
interações nas redes sociais, gerando respostas em tempo real, ajustadas e
automáticas; a interatividade total com as pessoas com fluidez de
diálogo: as pessoas clicam, fazem perguntas, obtêm respostas; a
mensagem publicitária vai ser totalmente adaptada à pessoa em causa;
tudo será adaptável para o mobile; as mensagens comunicacionais
passarão a ser data-driven, permitindo a publicidade nativa; ambiente
conversacional interativo, com chatboxes; a atual relação pergunta-resposta
dos chatbots, entre humano e a máquina, é transformada numa
experiência exploratória, interativa e adaptável. Através do NLP, Natural
Language Processing, do Reconhecimento de Imagem e do Machine Learning
as máquinas vão compreender o contexto da linguagem, interpretar os
estados de espírito do interlocutor, em vez de unicamente o conteúdo.
(Carlos Manuel de Oliveira, 2020)
Notas do Editor
Antes de falarmos de e-consumidores, falemos um pouquinho sobre Transformação Digital.
A Inteligência Artificial não funcionará sem mudança de processo.
Algumas empresas já vêm a atravessar processos de transformação digital, nos últimos anos. Esta pressupõe que, antes de encetar uma presença online, ou reavaliando uma presença já existente, se pense toda a cadeia de valor, numa ótica desejavelmente assente no cliente e, daí, o redesenho de toda essa cadeia integrando os esquemas organizativos, os procedimentos administrativos e comerciais e a relação com o cliente e, daí, o redesenho de toda essa cadeia integrando os esquemas organizativos, os procedimentos administrativos e comerciais e a relação com o cliente, numa perspetiva integrada online e offline.
Data-Driven: Orientação por dados.
Big data é um campo que trata de maneiras de analisar, extrair sistematicamente informações ou de outra forma lidar com conjuntos de dados que são muito grandes ou complexos para serem tratados por software de aplicativo de processamento de dados tradicional (Big data is a field that treats ways to analyze, systematically extract information from, or otherwise deal with data sets that are too large or complex to be dealt with by traditional data-processing application software).
Inteligência Artificial busca fazer com que as máquinas pensem como os seres humanos, ou seja, que possam analisar, raciocinar, aprender e decidir de maneira lógica e racional.
Machine Learning (do português, aprendizado de máquina) é uma metodologia para análise de dados baseada na automatização construtiva de modelos analíticos.
Esse subcampo da Inteligência Artificial (IA) coloca em prática a ideia de que máquinas e sistemas podem aprender de forma parcial ou totalmente autônoma a partir de grandes volumes de dados.
De forma resumida, blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas – como blocos de dados que formam uma corrente – daí o nome.
É esse sistema que permite o funcionamento e transação das chamadas criptomoedas, ou moedas digitais.
“uma rede que marca o tempo das transações, colocando-as em uma cadeia contínua no ‘hash’, formando um registro que não pode ser alterado sem refazer todo o trabalho”.
Basicamente, a tecnologia surgiu para que o bitcoin pudesse existir, mas as possibilidades de uso vão muito além das criptomoedas.
Blockchain é a mesma coisa que bitcoin?
Não. Blockchain é a tecnologia que possibilitou a criação da bitcoin e de outras criptomoedas, como Ether e Litecoin, mas ela pode ser usada para diversas outras aplicações.
Começar por estudar sobre o que é a transformação digital, Definir o ponto de partida e identificar as nossas lacunas.
Definir o objetivo, determinar o impacto no negócio e identificar soluções & parceiros.
E, implementar – Integração das novas tecnologias, de forma segura para atingir os obj de qualidade e performance.
Industria 3.0 = Revolução Técnico-Científica e Informacional | Acesso à informação | Agora a 4.0 é a digitalização com o objetivo da Automação de tarefas e Otimização de processos.
O que é preciso ter; Redes de alta conectividade (fibra otica e 5G para as empresas) + Convergencia entre todos os sistemas da cadeia de valor da empresa – integração total, senão não tiramos partido real da solução; e por último acesso a um ambiente cloud seguro (não chegam os servidores).
IOT = Internet of things?
RA=realidade aumentada
A transformação digital das organizações passa então a constituir uma oportunidade de reequacionar toda essa cadeia de valor, numa ótica de propiciar um serviço consistente ao cliente, sempre e quando o cliente o necessite, prestado da forma mais rentável possível.
Grandes empresas multinacionais, como a GM, Siemens, GE, entre outras e alguns dos países mais desenvolvidos, como a Alemanha ou os EUA, têm vindo a investir largamente não só na transformação digital, mas em tudo o que a nova era futura da Indústria 4.0 e do Mkt 5.0, virá a acrescentar à rentabilidade das empresas e ao serviço mais personalizado ao cliente.
Um estudo recente do MIT, Massachussets Institute of Technology, revela que as empresas que já atravessaram processos de transformação digital são 26% mais rentáveis que outras suas concorrentes.
Constituem condições de sucesso para a transformação digital das empresas a capacidade de propiciar experiências personalizadas aos seus clientes, qualquer que seja o canal usado, através da agilidade dos seus sistemas de informação, e a utilização de tecnologias residentes na cloud, devido à sua dinâmica, flexibilidade e rapidez de implementação e execução.
Muitas organizações em negócios tradicionais já digitizam documentos e digitalizam processos para melhorar a execução da estratégia, mas ainda são poucas as que promovem uma verdadeira transformação digital que impacte em todo o ciclo estratégico. Um novo modelo de negócio!
A transformação digital começa geralmente pelas áreas comerciais, onde os benefícios são mais notórios, e só avança mais tarde para as restantes áreas da empresa-
O World Economic Forum acaba de publicar um relatório no qual analisa os impactos produzidos a nível da empresa, antecipando alguns dos efeitos desejados e possíveis no ambiente pós-digital.
Este relatório acentua a primazia do stakeholder value, dos ecossistemas digitais baseados em Inteligências Artificial, em mais eficientes e robustas cadeias de supply-side, em processos de decisão predictivos em tempo real, com uma força de trabalho digital skilled e com elevado talento e capacidade de adaptação à mudança permanente.
Segundo os Relatórios «Technology Vision 2019 e 2020», da Accenture, o mundo pós-digital vai ser caracterizado, em termos de tecnologia, pelas arquiteturas DARQ e SMAC, cuja integração vai constituir uma base crucial para o sucesso dos negócios e para a possibilidade do novo Marketing 5.0.
A DLT-Blockchain, a Realidade Aumentada, a Realidade Extendida e o Quantum Computing vão permitir a expansão de networks, pela eliminação de partes terceiras, visto que a conexão é feita P2P (Peer to Peer). A AR, XR e QC vão possibilitar a disrupção total dos negócios, múltiplas aplicações na área do marketing e a base para a criação de novos produtos e serviços, base de novas vantagens competitivas para as empresas que liderarem a implementação destas tecnologias,
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SMAC: As empresas têm os recursos de que precisam para entender os consumidores e parceiros, num nível mais profundo do que nunca.
A aplicação conjugada destas tecnologias vai permitir na era pós-digital fazer a integração total, só para dar um exemplo, no caso da Disney e do seu Wristband – um instrumento IoT (internet of things), que já possui um conjunto de funcionalidades de interação com os parques temáticos: o conhecimento das refeições preferidas do utilizador, que crianças venham ser visitadas por um dos personagens da sua preferência, serem fotografadas com esse herói, com a posterior publicação na sua rede social -, a interação com o sistema de reservas dos hotéis e restaurantes daqueles espaços lúdicos. Os temas da tecnologia e da Inteligência Artificial assumem um papel fundamental na área do marketing do futuro.
A era digital vem criar condições para a existência de inovações disruptivas em variados setores de atividade, através da possibilidade de criar novas soluções que requerem, na maioria dos casos, investimentos em tecnologia digital e brainware.
Tb a possibilidade de gerir grandes quantidades de dados, através do seu armazenamento na cloud, da Inteligência Artificial e da Realidade Aumentada, da Internet e, de um modo geral, do digital, veio permitir a criação de soluções disruptivas face às existentes, ou mesmo possibilitar novas soluções que as tecnologias anteriores não permitiam.
Contudo, são tb algumas grandes empresas existentes que têm capacidade técnica, de recursos e de inovação, e começas a aproveitar as grandes oportunidades com que se confrontam.
A evolução tecnológica e o digital são intraváveis e impulsionam novas soluções e novos processos produtivos, mais eficientes para as empresas, entregando mais valor para os consumidores.
Flexibilidade, adaptabilidade, agilidade, rapidez de resposta são as novas características indispensáveis para a sobrevivência no mundo atual e futuro dos negócios e da economia.
A questão fundamental da IA, no domínio do marketing, não é o de vir, eventualmente, a substituir o seu humano, mas significativamente aumentar a capacidade e a velocidade de decisão humana – aliás, em toda a sua plenitude comportamental -, com o objetivo, quanto ao marketing, de uma melhor personalização e diferenciação da oferta.
A British Airways criou em Londres um billboard que utiliza a combinação da IA e da geolocalização. Sempre que passa um avião da companhia no local, o outdoor automaticamente apresenta um anúncio da BA, com uma criança apontando para o céu, com a referência do destino da respetiva aeronave. Trata-se de uma forma inteligente de captar a atenção das pessoas que circulam.
A Walmart instalou numa loja em Nova Iorque, em 2019, o Intelligent Retail Lab, como base para o desenvolvimento e teste de novas tecnologias de retalho, baseadas em IA.
A novidade é a instalação numa loja operativa, na qual os clientes podem mesmo ver o data center, permitindo a interação e o teste num ambiente real. Soluções baseadas em algoritmos alertam quando as prateleiras necessitam de ser restabelecidas e se produtos perecíveis têm de ser retirados.