A crescente preocupação com o tema e o aumento da conscientização por parte das organizações, interessadas em dar continuidade à exploração equilibrada dos recursos naturais, vêm gerando pressões no desenvolvimento de fiscalizações no mercado como um todo. Nesse sentido, é interessante entender o papel que as certificações e legislações exercem em iniciativas que são vinculadas à diminuição de impactos negativos das organizações no meio ambiente natural.
O Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental é um caso referente ao município de Belo Horizonte que se encaixa no contexto. Desenvolvido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em conjunto com o Comitê de Mudanças Climáticas e Ecoeficiência, o Programa “[...] possui por finalidade estimular a prática de processos mais sustentáveis no que diz respeito aos efluentes gerados, sejam sólidos, líquidos ou gasosos, ao tratamento e/ou reuso desses afluentes, à eficientização do consumo de água e energia e aos materiais de construção utilizados no setor da construção civil”. (COUTINHO, 2011).
Esse relatório de pesquisa contém na íntegra todos os resultados obtidos da segunda edição do estudo “O Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil”. A primeira
edição, realizada em 2012, contou com a participação de 172 organizações de todos os setores e regiões brasileiras. Na versão de 2014, 602 participantes foram contabilizados, representando mais de 400 empresas.
Relatório Acadêmico - Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil - 2014Lucas Amaral Lauriano
Avaliação que contou com a participação de 400 organizações brasileiras sobre a compreensão e incorporação da sustentabilidade no sistema de gestão empresarial. O relatório traz os resultados obtidos na íntegra, e reforça a mensagem de que o discurso das empresas é muito forte, mas não é acompanhado pela prática da sustentabilidade nos processos e atividades empresariais.
Considerando o cenário contemporâneo das organizações, em uma ótica voltada para as relações que as empresas constroem com a sociedade por meio de suas ações,este artigo analisa a atuação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) no campo da responsabilidade social e marketing social.
Objetivos:
Evolução do Conceito de Responsabilidade Social nas Organizações Empresariais;
Valores éticos nos ambientes empresariais;
Ações de responsabilidade social das empresas para com seus stakeholders.
Apresentar e discutir com os participantes sobre os reflexos das ações de responsabilidade social das organizações na sustentabilidade de seus negócios.
Célia de Oliveira de Santana
Doutora e Mestre pela PUC-SP (Tese doutorado sobre Responsabilidade Social Empresarial).
MBA e Pós MBA pela USP-SP
Graduada em Serviço Social, Administração e Direito.
Professor em cursos de graduação de Administração e Engenharia de Produção do Univem-Marília.
Leciona em cursos de graduação desde 1985.
Professor em cursos de pós-graduação: FGV-SP; Toledo de Presidente Prudente e Araçatuba; Reges de Dracena, Osvaldo Cruz e Ribeirão Preto; Unilins e Univem.
Leciona em cursos de pós-graduação desde 2000.
Atualmente faz parte da Empresa EDE - Estratégia de Desenvolvimento Empresarial e atua em consultoria (Administração Geral e Recursos Humanos)
Experiência de mais de 20 anos como executiva de Recursos Humanos.
Esse relatório de pesquisa contém na íntegra todos os resultados obtidos da segunda edição do estudo “O Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil”. A primeira
edição, realizada em 2012, contou com a participação de 172 organizações de todos os setores e regiões brasileiras. Na versão de 2014, 602 participantes foram contabilizados, representando mais de 400 empresas.
Relatório Acadêmico - Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil - 2014Lucas Amaral Lauriano
Avaliação que contou com a participação de 400 organizações brasileiras sobre a compreensão e incorporação da sustentabilidade no sistema de gestão empresarial. O relatório traz os resultados obtidos na íntegra, e reforça a mensagem de que o discurso das empresas é muito forte, mas não é acompanhado pela prática da sustentabilidade nos processos e atividades empresariais.
Considerando o cenário contemporâneo das organizações, em uma ótica voltada para as relações que as empresas constroem com a sociedade por meio de suas ações,este artigo analisa a atuação da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) no campo da responsabilidade social e marketing social.
Objetivos:
Evolução do Conceito de Responsabilidade Social nas Organizações Empresariais;
Valores éticos nos ambientes empresariais;
Ações de responsabilidade social das empresas para com seus stakeholders.
Apresentar e discutir com os participantes sobre os reflexos das ações de responsabilidade social das organizações na sustentabilidade de seus negócios.
Célia de Oliveira de Santana
Doutora e Mestre pela PUC-SP (Tese doutorado sobre Responsabilidade Social Empresarial).
MBA e Pós MBA pela USP-SP
Graduada em Serviço Social, Administração e Direito.
Professor em cursos de graduação de Administração e Engenharia de Produção do Univem-Marília.
Leciona em cursos de graduação desde 1985.
Professor em cursos de pós-graduação: FGV-SP; Toledo de Presidente Prudente e Araçatuba; Reges de Dracena, Osvaldo Cruz e Ribeirão Preto; Unilins e Univem.
Leciona em cursos de pós-graduação desde 2000.
Atualmente faz parte da Empresa EDE - Estratégia de Desenvolvimento Empresarial e atua em consultoria (Administração Geral e Recursos Humanos)
Experiência de mais de 20 anos como executiva de Recursos Humanos.
Objetivo
Compreender os princípios da Ética e Responsabilidade Social aplicados nas organizações.
Palestrante
Adm. Sérgio Gonçalves
Possui Graduação em Ciências Contábeis, Administração de Empresas e Direito. Pós Graduação em Recursos Humanos, Gestão Pública, Direito Ambiental, Direito do Trabalho, MBA em Administração, MBA em Logística, MBA em Negócios Internacionais, MBA em Marketing, Mestrado em Administração, Doutorando em Administração (Operações e Logística) pela UNIMEP - Piracicaba.
Atualmente é Professor e Coordenador do Curso de Administração da Faculdade Sudoeste Paulista Campus Tatuí e Campus Itapetininga. Professor de Logística Internacional e Gestão da Produção na FATEC Itapetininga e Professor de Logística na Faculdade FKB Itapetininga. Experiência na área de docência do ensino superior a mais de trinta anos.
Consultor Empresarial; Palestrante; Ex. Secretário de Saúde do Município de Itapetininga; Autor de mais de uma dezena de livros; Presidente da CPA - Comissão Permanente de Avaliação; Presidente do NDE - Núcleo Docente Estruturante; Homenageado por unanimidade pelos membros da Câmara Municipal de Itapetininga com o Titulo "Cidadão Itapetiningano", pelos relevantes serviços sociais prestados ao município.
14ª Pesquisa Nacional sobre Responsabilidade Social e Práticas Sustentáveis n...ADVB
O objetivo desta Pesquisa, é obter e fornecer informações mais precisas sobre a atuação das organizações em programas socialmente responsáveis, a evolução deste entendimento no contexto das empresas e do mercado e as tendências sobre o tema.
Com uma abrangência equilibrada em termos de amostra por região do país, as respostas recebidas garantiram, também, uma boa margem percentual de retorno deste universo, bem como do potencial de empresas por porte.
Além disto, incorporamos nesta edição duas seções importantes para análise dos dados incluídos na Pesquisa:
• o item “Tópicos em Destaque”; e
• o item “Tabela Comparativa”, que inclui uma avaliação entre 2011 e 2012, constituindo-se, assim, uma forma comparativa de avaliação dos dados.
Os resultados apresentados refletem a real importância que as empresas hoje dão à questão da responsabilidade social, entendendo-a como estratégica e, mais ainda, criando um relacionamento com os públicos que interage garantindo,
assim, um reflexo efetivo na imagem institucional das organizações.
Responsabilidade Social nas Organizações como uma ferramenta na Construção de...Mª Luisa Pires
Relacionar a responsabilidade corporativa como um factor identificador da sua identidade e cultura. Comunicar de forma positiva essa responsabilidade como uma organizações inserida num ecossistema.
Objetivo
O objetivo da palestra é oferecer alguns elementos básicos para o desenvolvimento de conhecimento crítico a respeito da ética e da responsabilidade social de modo a melhorar o processo de tomada de decisão nas Organizações.
Palestrante
Adm. Cleber Suckow Nogueira
Bacharel e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Pós-graduado MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Especialista Interdisciplinar em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e Especialista em Micropolítica da Gestão e Trabalho em Saúde pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor Titular do Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE). Membro dos Grupos de Excelência de Gestão de Instituições de Ensino Superior e Administração em Saúde do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Carreiras, Liderança e Competências da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).
Experiência de quase 20 anos na gestão pública, com atuação nos setores de saúde pública; gestão orçamentária; gestão de contratos; custos; planejamento estratégico; projetos; dentre outros. Ocupou os cargos de chefe de Departamento, Subsecretário de Gestão Administrativa, Secretário Executivo e Coordenador de Planejamento da Secretaria de Saúde Pública do município de Praia Grande. É pesquisador, consultor e palestrante de temas inerentes a liderança, gestão estratégica, administração pública e comportamento organizacional. Organizador e autor de livros e artigos sobre Administração.
Objetivo
Compreender os princípios da Ética e Responsabilidade Social aplicados nas organizações.
Palestrante
Adm. Sérgio Gonçalves
Possui Graduação em Ciências Contábeis, Administração de Empresas e Direito. Pós Graduação em Recursos Humanos, Gestão Pública, Direito Ambiental, Direito do Trabalho, MBA em Administração, MBA em Logística, MBA em Negócios Internacionais, MBA em Marketing, Mestrado em Administração, Doutorando em Administração (Operações e Logística) pela UNIMEP - Piracicaba.
Atualmente é Professor e Coordenador do Curso de Administração da Faculdade Sudoeste Paulista Campus Tatuí e Campus Itapetininga. Professor de Logística Internacional e Gestão da Produção na FATEC Itapetininga e Professor de Logística na Faculdade FKB Itapetininga. Experiência na área de docência do ensino superior a mais de trinta anos.
Consultor Empresarial; Palestrante; Ex. Secretário de Saúde do Município de Itapetininga; Autor de mais de uma dezena de livros; Presidente da CPA - Comissão Permanente de Avaliação; Presidente do NDE - Núcleo Docente Estruturante; Homenageado por unanimidade pelos membros da Câmara Municipal de Itapetininga com o Titulo "Cidadão Itapetiningano", pelos relevantes serviços sociais prestados ao município.
14ª Pesquisa Nacional sobre Responsabilidade Social e Práticas Sustentáveis n...ADVB
O objetivo desta Pesquisa, é obter e fornecer informações mais precisas sobre a atuação das organizações em programas socialmente responsáveis, a evolução deste entendimento no contexto das empresas e do mercado e as tendências sobre o tema.
Com uma abrangência equilibrada em termos de amostra por região do país, as respostas recebidas garantiram, também, uma boa margem percentual de retorno deste universo, bem como do potencial de empresas por porte.
Além disto, incorporamos nesta edição duas seções importantes para análise dos dados incluídos na Pesquisa:
• o item “Tópicos em Destaque”; e
• o item “Tabela Comparativa”, que inclui uma avaliação entre 2011 e 2012, constituindo-se, assim, uma forma comparativa de avaliação dos dados.
Os resultados apresentados refletem a real importância que as empresas hoje dão à questão da responsabilidade social, entendendo-a como estratégica e, mais ainda, criando um relacionamento com os públicos que interage garantindo,
assim, um reflexo efetivo na imagem institucional das organizações.
Responsabilidade Social nas Organizações como uma ferramenta na Construção de...Mª Luisa Pires
Relacionar a responsabilidade corporativa como um factor identificador da sua identidade e cultura. Comunicar de forma positiva essa responsabilidade como uma organizações inserida num ecossistema.
Objetivo
O objetivo da palestra é oferecer alguns elementos básicos para o desenvolvimento de conhecimento crítico a respeito da ética e da responsabilidade social de modo a melhorar o processo de tomada de decisão nas Organizações.
Palestrante
Adm. Cleber Suckow Nogueira
Bacharel e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Santos (UNISANTOS). Pós-graduado MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Especialista Interdisciplinar em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e Especialista em Micropolítica da Gestão e Trabalho em Saúde pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor Titular do Centro Universitário Monte Serrat (UNIMONTE). Membro dos Grupos de Excelência de Gestão de Instituições de Ensino Superior e Administração em Saúde do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Carreiras, Liderança e Competências da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).
Experiência de quase 20 anos na gestão pública, com atuação nos setores de saúde pública; gestão orçamentária; gestão de contratos; custos; planejamento estratégico; projetos; dentre outros. Ocupou os cargos de chefe de Departamento, Subsecretário de Gestão Administrativa, Secretário Executivo e Coordenador de Planejamento da Secretaria de Saúde Pública do município de Praia Grande. É pesquisador, consultor e palestrante de temas inerentes a liderança, gestão estratégica, administração pública e comportamento organizacional. Organizador e autor de livros e artigos sobre Administração.
Reflexões sobre o atual estágio da sustentabilidade das empresas brasileirasFundação Dom Cabral - FDC
Lucas Amaral, do Núcleo Petrobras de Sustentabilidade, fala sobre os sete aspectos da pesquisa “Estágio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras”, as conclusões e as perspectivas criadas pelo estudo.
O gerenciamento de riscos como ferramenta para governança corporativa em empr...erickarossana
O objetivo desse estudo é demonstrar como o gerenciamento de riscos pode auxiliar na melhoria da gestão nas empresas públicas federais, que encontra diversos obstáculos, em especial o conflito de interesses entre os seus stakeholders. Apesar de inúmeros controles por parte de órgãos governamentais sobre as estatais, existem ainda muitas lacunas a serem preenchidas quando os objetivos traçados pelo poder público não são atingidos, em especial no tocante a conhecer quais os eventos causaram o não atingimento. Essa situação reflete na qualidade da governança corporativa (GC).
Gestão da sustentabilidade no setor da construção - Versão PreliminarLucas Amaral Lauriano
No dia 14 de setembro de 2011 foi realizado o 1º encontro da Comunidade de Prática do CDSC com o tema de Gestão da Sustentabilidade no Setor da Construção. Este caderno de ideias tem como objetivo relatar o que foi apresentado e discutido no evento, que contou com a participação de doze representações de empresas associadas ao CDSC (Holcim e MASB), empresas convidadas (PROERG e Grupo Sant’Anna) e entidades representativas do governo e sociedade civil (CREA e ABCP).
A importância do Gerenciamento de riscos nas Organizações ContemporâneasDaniel Pacheco Mendes
Artigo publicado na Refas* de Fev/2018 (Revista desenvolvida, gerenciada e produzida pelos docentes e discentes da Faculdade "Dom Paulo Evaristo Arns" - Fatec Zona Sul).
O objetivo do presente artigo é apresentar o papel do gerenciamento de riscos dentro do modelo de governança corporativa apoiado no compliance, bem como, a integração entre as referidas partes. Além de destacar a importância do gerenciamento de riscos como uma ferramenta estratégica empresarial.
(*) O Portal de Publicações da Fatec Zona Sul foi concebido para difundir conhecimentos, pesquisas e trabalhos acadêmicos das áreas de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Logística, Gestão Empresarial, entre outras. Os formatos escolhidos para esses propósitos se concentram em revistas dotadas de artigos, resenhas, ensaios e estudos acadêmicos pautados por destacadas bases conceituais e por vivências práticas, permeadas por pesquisas realizadas pelos corpos docente e discente da instituição; e ainda, aceitando colaborações de outras fontes acadêmicas relevantes.
GESTÃO AMBIENTAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO: UM ESTUDO DE ESTRATÉGIAS DE VE...MaisoDias
Este artigo científico insere-se num tema que tem recebido crescente atenção. A questão a ser discutida gira em torno da credibilidade dos projetos ambientais executados nas organizações e de qual maneira os funcionários são engajados e conscientizados, levando em conta que se providências drásticas de cada ser humano em relação ao meio ambiente não forem executadas as próximas gerações não terão mais a possibilidade de terem uma ao seu dispor itens necessários para a existência humana. O artigo teve uma pesquisa de campo realizada com clientes da Madeserra, tendo como objetivo analisar o valor ambiental nas vendas de madeiras ecologicamente corretas, onde através de seu trabalho podem ajudar não somente a si, mas todo planeta.
CICLO DE VIDA DAS ORGANIZAÇÕES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO SETOR MET...Carlos A. K. Hoffmann
O presente estudo qualitativo apresenta como tema o Ciclo de Vida das organizações e o
empreendedorismo, tendo por objetivo identificar o atual Ciclo de Vida de uma
organização do setor metal-mecânico, o relacionamento desse estágio com o perfil
gerencial e empreendedor do fundador da empresa e sugerir ações de melhoria para
implementação na companhia. Esse objetivo foi buscado através de entrevistas junto aos
funcionários e aos diretores, da observação não-participante do pesquisador, da análise
de documentos contábeis e financeiros e da resposta de questionário por parte do
fundador. Em relação ao Ciclo de Vida das Organizações de Adizes (1998), concluiu-se
que a empresa se encontra no ciclo de Envelhecimento Precoce. Já para o perfil
gerencial e empreendedor do fundador, foi diagnosticado que, em resumo, ele é
centralizador, criativo, determinado e focado no papel (A)dministrar e (P)roduzir. Além
disso, considerando a forma de relacionamento entre o empreendedor e os funcionários,
foi constatada a forma direta e sem burocracia de comunicação na empresa, criando um
ambiente de liberdade. Por fim, foram feitas sugestões para melhorias na empresa
objetivando a passagem para o estágio da Plenitude.
Relatório setorial da pesquisa - Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil - 2012. O material analisa o estágio da gestão para a sustentabilidade no setor da construção em diversos aspectos.
Rumo à Integração da Sustentabilidade no Sistema de Gestão EmpresarialLucas Amaral Lauriano
Esse material apresenta mais algumas abordagens que podem ser utilizadas pelas organizações na compreensão e incorporação da sustentabilidade em seus sistemas de gestão. TBL mais desenvolvido, identificação de stakeholders relevantes e uma abordagem inserida no ciclo PDCA são os principais tópicos abordados no artigo.
Em um estudo de caso realizado no Vale do Bonfim, região serrana do Rio de Janeiro, buscou-se compreender quais são os principais desafios que envolvem o relacionamento do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNRNASO) com a comunidade local. A partir desse exemplo, este Caderno de Ideias tem como objetivo mostrar os principais desafios que o tema representa para as organizações.
Avaliando as diferenças regionais da gestão para a sustentabilidade no BrasilLucas Amaral Lauriano
Análise de resultados selecionados da pesquisa Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil - Edição 2014.
Na análise são identificadas diferenças regionais, entendendo que diferentes partes do Brasil lidam com a sustentabilidade em níveis diferentes de organização e estruturação.
DIFICULDADES NA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO ÓLEO DE ANDIROBA NA ILHA DAS CI...Lucas Amaral Lauriano
Resumo das atividades de campo realizadas na Ilha das Cinzas e São João do Jaburu (Pará/Amapá), pelo Mestrado em Práticas em Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ.
Avaliação que contou com a participação de 400 organizações brasileiras sobre a compreensão e incorporação da sustentabilidade no sistema de gestão empresarial. O relatório traz um resumo dos resultados obtidos, e reforça a mensagem de que o discurso das empresas é muito forte, mas não é acompanhado pela prática da sustentabilidade nos processos e atividades empresariais.
Highlights - Estado da Gestão para Sustentabilidade no Brasil - 2014Lucas Amaral Lauriano
Principais resultados do estudo Estado da Gestão para Sustentabilidade no Brasil, edição de 2014. A avaliação contou com a participação de 602 respondentes de mais de 400 organizações brasileiras, e os resultados sugerem que ainda há diferença significativa entre o discurso e a prática das organizações.
Inovação, industrialização e sustentabilidade - A solução habitacional PreconLucas Amaral Lauriano
A Precon Engenharia formulou uma solução habitacional com o objetivo de diminuir seus impactos ambientais, econômicos e sociais em todos os contextos e cenários possíveis em uma construção.
Principais tendências e ferramentas utilizadas pelas organizações na compreensão e incorporação dos pressupostos da sustentabilidade em seus sistemas de gestão.
Indicadores de Sustentabilidade no Desenvolvimento Imobiliário UrbanoLucas Amaral Lauriano
Levantamento realizado pela FDC em parceria com o Secovi-SP, no qual buscou-se mapear os principais indicadores utilizados na avaliação de cidades e empreedimentos imobilários urbanos em quesitos de sustentabilidade.
Tendências da Gestão para a Sustentabilidade no Setor da ConstruçãoLucas Amaral Lauriano
Apresentação realizada em encontro realizado pelo Centro de Desenvolvimento da Sustentabilidade na Construção da FDC, com o objetivo de apresentar as principais tendências da gestão para sustentabilidade no setor da construção brasileiro.
As empresas brasileiras possuem capacidades internas para lidar com os desafi...Lucas Amaral Lauriano
Material que avalia questões do estudo - Estado da Gestão para a Sustentabilidade no Brasil - 2012. A análise busca analisar até que ponto as organizações estão preparadas para lidar com os desafios que a sustentabilidade corporativa representa.
Governos Locais para a Sustentabilidade - O setor da construção e as regiões ...Lucas Amaral Lauriano
Reflexões acerca do papel do setor da construção na promoção da sustentabilidade urbana, especificamente nas regiões de Belo Horizonte e São Paulo, cidades nas quais foram realizados debates para entender os principais desafios que o setor enfrenta.
Governos Locais para a Sustentabilidade - O setor da construção e as regiões ...
Sustentabilidade e o Isomorfismo Institucional - O caso do programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental de Belo Horizonte
1. Gestão Estratégica do Suprimento e o Impacto no
Desempenho das Empresas Brasileiras
SUSTENTABILIDADE E O ISOMORFISMO INSTITUCIONAL: O Caso do Programa
de Certificação em Sustentabilidade Ambiental de Belo Horizonte
Lucas Amaral Lauriano, Eduarda Carvalhaes
CI1205
D
INTRODUÇÃO
iversas tentativas com o objetivo de direcionar o
comportamento das organizações, indivíduos e nações
para a sustentabilidade vêm ocorrendo. A definição
mais ampla de desenvolvimento sustentável nos diz
que é preciso satisfazer as necessidades atuais sem
comprometer as necessidades das gerações futuras.
(WCED, 1987). Como não é possível compreender
exatamente quais são as necessidades atuais e as
futuras, o conceito é considerado apenas um ponto de
partida para se pensar a sustentabilidade.
A crescente preocupação com o tema e o aumento
da conscientização por parte das organizações,
interessadas em dar continuidade à exploração
equilibrada dos recursos naturais, vêm gerando pressões
no desenvolvimento de fiscalizações no mercado como
um todo. Nesse sentido, é interessante entender o papel
que as certificações e legislações exercem em iniciativas
que são vinculadas à diminuição de impactos negativos
das organizações no meio ambiente natural.
O Programa de Certificação em Sustentabilidade
Ambiental é um caso referente ao município de Belo
Horizonte que se encaixa no contexto. Desenvolvido
pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em conjunto
com o Comitê de Mudanças Climáticas e Ecoeficiência,
o Programa
“[...] possui por finalidade estimular a prática de
processos mais sustentáveis no que diz respeito
aos efluentes gerados, sejam sólidos, líquidos
ou gasosos, ao tratamento e/ou reuso desses
afluentes, à eficientização do consumo de água e
energia e aos materiais de construção utilizados no
setor da construção civil”. (COUTINHO, 2011).
Além de entender as motivações para a criação desse
Programa, uma das possibilidades de análise desse caso
é buscar formular hipóteses relacionadas ao papel que
a certificação pode assumir no estímulo a determinado
padrão de comportamento das organizações. Objetiva-se
analisar neste estudo como o Programa de Certificação em
SustentabilidadeAmbiental de Belo Horizonte pode incitar
a homogeneização do comportamento das organizações
em nível local em prol da sustentabilidade.
Para tal, o arcabouço utilizado será o isomorfismo
institucional, com ênfase nas pressões informais
pressupostas pelo isomorfismo coercitivo. Essas
considerações teóricas serão feitas na próxima seção,
para que na seção três o Programa de Certificação
em Sustentabilidade Ambiental de Belo Horizonte seja
apresentado. Na seção quatro algumas considerações
acerca do papel da Certificação na promoção da
homogeneização comportamental das organizações
serão apontadas. Por fim, a seção cinco traz algumas
considerações finais.
O ISOMORFISMO
INSTITUCIONAL E A
SUSTENTABILIDADE
O isomorfismo é a tendência de homogeneização que
as organizações possuem na atualidade, e “[...] constitui
um processo de restrição que força uma unidade em
uma população a se assemelhar a outras unidades que
enfrentam o mesmo conjunto de condições ambientais.”
(DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.76).
2. 2Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
É possível utilizar o isomorfismo como uma interpretação
para que a sustentabilidade surja nas organizações.
Nesse sentido, deveria haver a homogeneização do
comportamento em prol da sustentabilidade em um
processo de isomorfismo institucional identificado em
três mecanismos: (DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.77).
Isomorfismo coercitivo••
Processos miméticos••
Pressões normativas••
O isomorfismo coercitivo resulta tanto de pressões
formais quanto de pressões informais exercidas
sobre as organizações por outras organizações
das quais elas dependem, e pelas expectativas
culturais da sociedade em que as organizações
atuam. (DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.77).
No setor da construção, por exemplo, é cada vez maior
o número de consumidores que exigem a eficiência no
consumo de água e energia das instalações prediais.
Esse comportamento faz com que as organizações
adotem medidas para que o desperdício dos recursos
seja minimizado.Apesar de ser uma pressão informal, as
construtoras adotam determinado padrão de construção
que está de acordo com essa pressão.
Por outro lado, o setor governamental também pode
incitar o processo de isomorfismo coercitivo, com a
criação de leis mais rigorosas e alinhadas com os
princípios de sustentabilidade. É importante lembrar que
as leis partem de iniciativas de profissionais conscientes
dentro do governo que enxergam a necessidade de
homogeneizar o comportamento das organizações para
que estas ajam de maneira mais sustentável.
A lei de proibição de uso de sacolas plásticas pelos
estabelecimentos comerciais em diversas cidades
brasileiras é um exemplo. Em resposta direta à ordem
governamental,umcomportamentoqueoutrorafaziaparte
de uma realidade diferente do cotidiano é incorporado
na rotina dos indivíduos, seja enquanto cidadãos,
consumidores ou profissionais. O ambiente legal comum
afeta as organizações de diferentes maneiras, mas é
uma importante maneira de rotinizar o comportamento
organizacional em prol da sustentabilidade.
Há ainda um isomorfismo coercitivo mais sutil como nas
comunidades urbanas comprometidas com a democracia
participativa. (DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.78). Nesses
casos levam-se em consideração questões sociais, como
maior participação da sociedade no processo de tomada
de decisão, tentativas de diminuição da desigualdade e
inclusão social. As organizações inseridas nas cadeias
produtivas adotam então comportamentos que buscam
o alcance dos anseios da sociedade urbana.
Já o processo mimético surge quando as organizações
utilizam outras como modelo, seja pela falta de
compreensão das tecnologias organizacionais, “[...]
quando as metas são ambíguas ou o ambiente cria
uma incerteza simbólica.” (DIMAGGIO; POWELL,
2005, p.78).
Práticas que levam à sustentabilidade, adotadas pelas
organizações inseridas nas cadeias produtivas, são,
muitas vezes, parte de um processo de isomorfismo
mimético, já que o problema da sustentabilidade
perpassa por todas as características supracitadas.
O problema do excesso de gás carbônico na atmosfera,
por exemplo. Sabe-se que mudanças climáticas são
causadas por isso, mas existe uma incerteza com
relação ao que fazer e o que pode acontecer se nada
for feito para mitigar o problema. Além disso, muitas
organizações não compreendem as tecnologias
organizacionais que permitem a diminuição de emissão
de CO2 em suas atividades e, por isso, utilizam outras
organizações que já possuem esse processo em
andamento como exemplo.
Esse processo pode não ser eficiente, afinal, como saber
que a empresa que serve de modelo está no caminho
certo? Essas organizações servem “[...] como fonte
conveniente de práticas que a organização que a copia
pode imitar.” (DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.78). Nesses
casos, não é possível definir se aqueles que “copiam” são
indivíduos conscientes ou não, já que a consciência do
indivíduo pode estar direcionada somente com o cálculo
racional que visa ao lucro.
Por outro lado, é importante incentivar o processo
mimético de práticas que já são tidas como positivas para a
sustentabilidade,comoaquelasrelacionadascomagestão
responsável para a sustentabilidade (GRS). Quanto mais
comportamentos relacionados à GRS forem incorporados
na rotina dos indivíduos, maior é a consciência desses
atores sociais para a sustentabilidade.
De maneira geral, quanto mais ampla a população
de pessoas empregadas ou a quantidade de clientes
servidos por uma organização, maior a pressão
sentida pela organização para oferecer os programas e
oferecidos por outras organizações. Assim, tanto uma
força de trabalho experiente quanto uma ampla base
de clientes pode impulsionar o isomorfismo mimético.
(DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.79).
Supondo que uma grande empresa de empreendimentos
imobiliários adote práticas e posturas sustentáveis,
3. 3Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
como a utilização de materiais de baixo impacto, e essa
empresa seja reconhecida não somente dentro da cadeia
produtiva do setor, mas também pela sociedade, como
uma empresa com posturas adequadas, há a tendência
de que essas práticas incentivem outras empresas a
também adotar essa postura. O determinante para que
uma empresa catalise o processo mimético é o impacto
dessa organização e a percepção de outras de que a
organização a ser copiada é legítima e bem-sucedida.
(DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.79),
Por fim, as pressões normativas derivam principalmente
da profissionalização, entendendo esta
[...] como a luta coletiva de membros de uma profissão
para definir as condições e os métodos de seu trabalho,
para controlar a “produção dos produtores” (LARSON,
1977, p.49-52) e para estabelecer uma base cognitiva
e legitimação para a autonomia de sua profissão.
(DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.79).
Os profissionais dentro das organizações também estão
sujeitos aos processos miméticos e coercitivos, mas é
interessante observar os aspectos da profissionalização
que incentivam o isomorfismo: a educação formal
e a seleção de pessoal. (DIMAGGIO; POWELL,
2005, p.80). Com relação ao primeiro, é a essência
do processo de conscientização, já que pressupõe
que determinados conhecimentos e práticas serão
replicadas para os profissionais, que por sua vez fazem
parte da organização.
A educação para a sustentabilidade deve existir para
que os profissionais, ou futuros profissionais, saiam
das instituições de ensino preparados para aplicar os
conhecimentos apreendidos de maneira que todos
apresentem um comportamento homogêneo em relação
à sustentabilidade. Quando esses indivíduos atuam em
suas organizações dessa maneira, há a rotinização
desse comportamento.
O segundo aspecto se apresenta quando percebemos
que existe a reprodução da gestão. Os candidatos a
uma vaga são escolhidos, geralmente, a partir de um
mesmo grupo de atributos e universidades, tendendo
assim “[...] a enxergar os problemas da mesma maneira,
a considerar como normativamente sancionados e
legitimados os mesmos procedimentos, estruturas
e políticas e tomarão decisões de maneira similar.”
(DIMAGGIO; POWELL, 2005, p.80).Além disso, quando
consideramos a existência de profissionais conscientes
nas organizações, a contratação de aspirantes a
emprego também conscientes é facilitada.
Com esses três processos, o isomorfismo institucional
tende a ocorrer nas organizações, e a sustentabilidade
pode ser alcançada se pensarmos por esses processos.
Com isso não queremos dizer que todas as organizações
traçarão os mesmos planos e estratégias para a
sustentabilidade, e sim que elas tendem a incorporar a
sustentabilidade em seus sistemas de gestão.
Falar de sustentabilidade é incluir uma gama de
temas que variam imensamente de um elo a outro na
cadeia produtiva; assim, mesmo atuando em prol da
sustentabilidade, as empresas atuarão de maneiras
distintas. Asustentabilidade nas organizações deve estar
em coerência com as peculiaridades da organização, o
que, intuitivamente, nos leva à conclusão de que diversas
ações diferentes em prol da sustentabilidade surgirão.
PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO
EM SUSTENTABILIDADE
AMBIENTAL
O Programa de Certificação de Sustentabilidade
Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de
Belo Horizonte (SMM) foi marcado em 2006 pela criação
do Comitê de Mudanças Climáticas e Ecoeficiência. Este
tinha como objetivo o desenvolvimento de ações que
visavam à redução das emissões de gases poluentes,
contemplando a utilização de fontes renováveis de
energia, a melhoria da eficiência energética, o uso
racional de energia e a promoção da redução, reutilização
e reciclagem de resíduos. (COUTINHO, 2011).
Nestes termos a Prefeitura de Belo Horizonte atua
então, dentro de sua competência e de acordo com o
Art. 9 do projeto de lei n˚1518/2011, com o intuito de
incentivar e facilitar práticas ambientais sustentáveis
dentro do âmbito da construção civil. Assim sendo,
ela possui como dever promover ações e campanhas
de educação ambiental, orientar e fiscalizar os
agentes envolvidos no processo. Além de ser de sua
competência definir as áreas destinadas à disposição
final de resíduos e efetuar o cadastramento das áreas
públicas e privadas que possam ser utilizadas para
recebimento, armazenamento ou triagem de materiais
destinados à reutilização ou a reciclagem.
4. 4Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
A partir de seu decreto, o Comitê passou a incentivar
diversas iniciativas e trabalhos que visavam a ações em
prol da sustentabilidade. Em seu histórico podem ser
listadas a participação no projeto REDE ELO do ICLEI1
,
desde 2006; a participação no projeto PoliCS do ICLEI,
desde 2008; a elaboração e a publicação do documento
“Diretrizes sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência
em Belo Horizonte”, em dezembro de 2008; a aprovação
da Deliberação Normativa n˚ 66, em 2009; a elaboração
do Inventário dos Gases de Efeito Estuda do Município
de Belo Horizonte, concluído em 2009, e a concepção do
Programa de Certificação de SustentabilidadeAmbiental,
de 2009 a 2011. (MORAVIA, 2011).
Apesar das várias contribuições do Comitê para as
iniciativas sustentáveis do município, este artigo
pretende abordar o viés do Programa de Certificação em
Sustentabilidade Ambiental em empreendimentos.
O Programa pretende, além de lançar diretrizes que
incentivem a mitigação dos impactos ambientais
negativos causados pelas construções existentes
e em licenciamento no município, valorizar os
empreendimentos que buscam a diminuição desses
impactos e, ao mesmo tempo, mostrar aos consumidores
que empreendimentos de baixo impacto são opções
atrativas economicamente. Essa política pública é
resultante de discussões do Comitê Municipal de
Mudanças Climáticas e Ecoeficiência (CMMCE) e
também fará parte de um Programa de sustentabilidade
para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. (MORAVIA,
2011, slide 4).
Tendo como base legal a Deliberação Normativa n˚
66/2009 do Conselho Municipal de Meio Ambiente
(COMAM), o Programa visa à implementação de
processos ambientais tendo como base quatro temas
da sustentabilidade ligados ao meio ambiente: a água,
a energia, os resíduos e as emissões atmosféricas.
Seguindo as dimensões trabalhadas, foram estabelecidos
então os objetivos específicos, que são, respectivamente,
a redução do consumo de água incentivando a
eficientização, a prática de utilização de água de chuva e
a reciclagem; a redução do consumo de energia elétrica
buscando a eficientização, a utilização de aquecedores
solares e a geração de energia; a redução e reciclagem
de resíduos sólidos; e, por fim, redução, neutralização,
e/ou a compensação das emissões de gases de efeito
estufa. (COUTINHO, 2011).
1
O ICLEI é Associação democrática internacional de governos
locais e organizações governamentais de diferentes esferas,
que assumiram um compromisso com o desenvolvimento
sustentável. O Primeiro Congresso Mundial do ICLEI na
América Latina ocorrerá dos dias 14 a 17 de junho de 2012,
em Belo Horizonte.
A partir da demarcação dos processos sustentáveis
ligados a cada tema, foram criados três tipos de
Categorias de Certificações, ou três tipos de Selos
Verdes, que classificam os empreendimentos. O Selo
Bronze é destinado a empreendimentos que atenderam
apenas um tema sustentável, o Selo Prata é designado
a empreendimentos que atenderam dois temas e o Selo
Ouro a empreendimentos que atenderam, no mínimo,
três temas.
Figura 1: Selos de Certificação de Sustentabilidade.
Fonte: MORAVIA, 2011.
A Certificação será facultada a todos as edificações
regularmente licenciadas no município, sendo estas
“públicas e privadas, residenciais, comerciais e/ou
industriais, que adotarem medidas que contribuam para a
redução do consumo de água, de energia, das emissões
e da geração de resíduos sólidos”. (MORAVIA, 2011).
A análise feita para indicar os resultados de cada
dimensão será baseada na entrega de dois resultados,
dependendo do valor alcançado em cada tópico
avaliado. Os empreendimentos que conseguirem atingir
o índice esperado ganharão o Selo de Certificação de
Sustentabilidade. Aqueles que não obtiverem o índice,
mas que alcançarem uma redução significativa, ou seja,
uma redução menor que a prevista pelo Programa,
ganharão o certificado de Boas Práticas.
Com isso, no que diz respeito à dimensão da Água,
só será destinado à certificação de resultado o
empreendimento que conseguir redução maior ou igual
de 30%. Aqueles que obtiverem redução menor do que
30% e maior ou igual 20% receberão a certificação de
Boas Práticas. (COUTINHO; LOTT, 2011).
Na categoria de Energia, o empreendimento só
receberá o resultado de certificação se fizer redução
do consumo energético maior ou igual a 25%. E
receberá o certificado de Boas Práticas se conseguir
5. 5Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
redução menor do que 25% e maior ou igual a 20%.
(COUTINHO; LOTT, 2011).
Já na dimensão das Emissões Atmosféricas, o
certificado de resultado dependerá da categoria do
empreendimento. Após reconhecida a sua categoria,
se o mesmo obtiver compensação e neutralização das
emissões atmosféricas de no mínimo 80%, ganhará
o Selo de Certificação. Nessa categoria não existe
o certificado de Boas Práticas por possuir um índice
almejado bastante elevado, devido à alta apreensão no
que se refere às emissões de gases de efeito estufa.
(COUTINHO; LOTT, 2011).
Por fim, na dimensão de Resíduos, a certificação será
entregue àqueles que reduzirem no mínimo 30% dos
resíduos, reciclarem no mínimo 70% e executarem
um índice de reaproveitamento e/ou compostagem
de resíduos de no mínimo 50%. O certificado de Boas
Práticas ambientais será entregue aos empreendimentos
que conseguirem uma redução de no mínimo 15%
dos resíduos, apresentarem um índice de reciclagem
mínimo de 40% e tiverem reaproveitado e/ou levado
à compostagem no mínimo 20% dos resíduos.
(COUTINHO; LOTT, 2011).
Como o Programa não possui a obrigatoriedade em
seus termos, os empreendedores interessados na
certificação que já possuem edificações licenciadas,
ou até mesmo que estão sujeitos a licenciamento
ambiental, devem “apresentar à SMM a Declaração
de Intenções, acompanhada do projeto preliminar que
contemple as diretrizes estabelecidas” (COUTINHO,
2011) pela deliberação da Certificação. Ao se inscrever,
o empreendedor pode ainda optar por todas as
categorias ou somente pelas que lhe interessa passar
pelo critério de análise.
A finalização prevista para a implementação do projeto
coincide, propositalmente, com a Copa do Mundo FIFA
Brasil 2014, pois procura atender os requisitos propostos
pela FIFApara realização do Programa Green Goal, como
já mencionado. Esse projeto estabelece procedimentos
para o licenciamento ambiental dos empreendimentos
hoteleiros, que possuírem uma área superior a 6.000
m², a se instalarem no município de Belo Horizonte.
(COUTINHO, 2011).
O licenciamento contará com duas etapas: a primeira
terá uma fase conjunta de Licença Prévia e Licença
de Implantação, em que deverão ser apresentados os
Estudos de Impacto Ambiental (EIA), juntamente com
o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e o Plano de
Controle Ambiental (PCA); e a segunda será a Licença
de Operação. (COUTINHO, 2011).Ainda como requisito
do Programa, os empreendimentos deverão preocupar-
se em utilizar tecnologias de baixo impacto ambiental
que beneficiem tanto o meio ambiente quanto os seus
consumidores. Ao final, o Projeto contará com um
guia de segmentos econômicos sustentáveis – bares,
restaurantes, shopping centers, estádios, hotéis etc. -
que, além de ajudarem na conscientização da sociedade,
também trarão reconhecimento e valorização para esses
empreendimentos envolvidos.
Os trabalhos do Programa de Certificação de
Sustentabilidade Ambiental já tiveram início com a
realização de um primeiro workshop sobre a iniciativa,
em setembro de 2011. Sediado no Centro Mineiro de
Referência em Resíduos, em Belo Horizonte, o evento
contou com um público de construtores, consultores e
profissionais de diversos órgãos e empresas interessados
no Programa. Nele foram apresentadas iniciativas
ligadas a empreendimentos sustentáveis que estão
em processo de execução. Também foi apresentado
o que há de alta tecnologia no mercado que envolve a
mitigação de impactos ambientais. Essa etapa é uma
importante forma de mostrar as boas práticas existentes
no mercado, o que pode incentivar a homogeneização
comportamental das organizações, como veremos na
próxima seção.
Apesar de todas essas ações apresentadas no
Workshop serem iniciativas próprias de empreendedores
sensibilizados e conscientizados com a importância
de se pensar nos impactos ambientais negativos
das organizações, o Programa de Certificação em
SustentabilidadeAmbiental provoca novos e mais diretos
incentivos ligados à sustentabilidade, além de também
incentivar a consciência em prol da sustentabilidade na
sociedade e no setor da construção civil no município.
Para a compreensão dos efeitos que a certificação pode
incitar na cadeia produtiva do setor da construção de
Belo Horizonte, o isomorfismo institucional oferece uma
análise interessante, realizada a seguir
O PAPEL DA CERTIFICAÇÃO
NA PROMOÇÃO DA
SUSTENTABILIDADE
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo
Horizonte pode exercer o isomorfismo coercitivo na
medida em que compreendemos que a Certificação
em Sustentabilidade Ambiental, apesar de não ser uma
pressão formal, gera uma mobilização informal para
sua adoção.
6. 6Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
As organizações que a adotarem possuirão algumas
vantagens, como destaque mercadológico durante
a Copa do Mundo de 2014, advindo do alinhamento
com o Programa Green Goal, da FIFA, que reconhece
as atitudes voltadas para a diminuição de impactos
negativos das ações humanas no planeta; com a
adoção da certificação há ainda ganhos econômicos,
ao diminuir gastos com energia, água, materiais e
resíduos. Além disso, vantagens mais subjetivas
podem ser mencionadas, como atrelar a imagem da
organização à da sustentabilidade e responsabilidade
social empresarial.
As vantagens supracitadas não beneficiam somente as
organizações, mas também os consumidores, já que os
gastos de água e energia serão menores, diminuindo o
custo da utilização das instalações. Esses fatores podem
gerar uma pressão informal dos consumidores, que
preferirão esse tipo de estabelecimento aos outros.
A Certificação em Sustentabilidade Ambiental pode
afetar campos organizacionais diversos, apesar de todos
estarem relacionados de maneira direta ou indireta com o
setor da construção. Compreende-se aqui como campos
organizacionais unidades de análise que associam a
sociedade e as organizações, permitindo compreender
como as mudanças nos comportamentos dos atores
sociais se relacionam com as organizações e suas
atividades e processos. (DIMAGGIO, 1986).
As organizações inseridas nesses campos, como vimos,
respondem a atitudes de outras organizações também
inseridas nesses campos. (DIMAGGIO; POWELL, 2005).
As respostas das organizações àquelas que já estão
em vias de certificação podem gerar um movimento de
homogeneização comportamental. Nesse sentido, além
de observar as pressões advindas dos consumidores e
do governo, é possível analisar também um processo
mimético que a certificação pode causar.
Alguns exemplos mostrados durante os eventos
organizados pela Prefeitura de Belo Horizonte são
bastante ilustrativos. O projeto de um hotel de Belo
Horizonte, um empreendimento tradicional e de grande
porte da cidade, já se destaca há dez anos pela sua
eficiência no consumo energético, e é um bom exemplo
de iniciativa que serve para inspirar e influenciar a
conscientização do setor. O hotel possui desde o seu
projeto inicial a necessidade de diminuir o consumo
energético, adequando o sistema de ar-condicionado
juntamente com o sistema de aquecimento de água.
(PEIXOTO; TELLO, 2011).
É interessante observar que o investimento para a
adaptação de dois sistemas para o melhor atendimento
do empreendedor gerou economia de energia tanto para
a climatização quanto para o aquecimento de água,
trazendo ganhos constantes para o hotel no longo prazo.
(PEIXOTO; TELLO, 2011). Ainda é importante ressaltar
que, nessa mesma rede de hotéis, existe outra edificação
que possui um porte três vezes menor, mas consome
mais gás por não ter um sistema alternativo de consumo
de energia.
Outros projetos apresentados como o recém-construído
edifício sede da FIEMG, que possui nível de eficiência
A certificado pelo PROCEL Edifica2
e o projeto de
um shopping local, que, além de possuir um sistema
alternativo de água, implementou um sistema de
captação de água de chuva, servem também de modelo
para empreendedores que desejam agregar valor tanto
econômico quando ambiental para seus segmentos.
As iniciativas escolhidas como referência podem gerar
um efeito de isomorfismo institucional incitado por um
processo mimético. Vimos que essa situação decorre
ou da boa imagem que a organização possui dentro
do campo organizacional em que atua ou da expertise
envolvida nesse processo, a qual não é compartilhada
por outras organizações. (DIMAGGIO; POWELL, 2005).
Nas duas situações, o empreendimento em questão pode
se enquadrar. Por um lado, o hotel e o shopping possuem
uma imagem tradicional, que lhe conferem uma boa
imagem em seus setores; por outro, os gestores desses
empreendimentos possuem expertise nas tecnologias
utilizadas para diminuição do uso de energia e de água,
por já trabalharem com esse tipo de processo.
Outras organizações que também queiram aplicar a
eficiência energética e de uso de água naturalmente
recorrerão aos exemplos, configurando o processo
mimético descrito por Dimaggio e Powell (2005). No
exemplo do hotel, o campo organizacional composto
pelos hotéis é consolidado, mas isso não impede que
as inovações dentro desse campo surjam. O que as
considerações teóricas relacionadas ao isomorfismo nos
mostram é que, uma vez que a inovação de uma dessas
organizações é comprovadamente bem-sucedida, a
tendência é que outras organizações também passem a
adotá-la, fazendo com que esse seja o comportamento
esperado por elas. (DIMAGGIO; POWELL, 2005).
Se o comportamento esperado dos hotéis for o de
implantar sistemas de eficiência energética e de uso
da água no longo prazo, é possível correlacionar o
isomorfismo institucional com a sustentabilidade, na
medida em que os novos comportamentos esperados
2
“O Programa Nacional de Eficiência Energética em
Edificações – PROCEL EDIFICA foi instituído em 2003 pela
ELETROBRÁS/PROCEL e atua de forma conjunta com o
Ministérios de Minas e Energia, o Ministério das Cidades, as
universidades, os centros de pesquisa e entidades das áreas
governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento,
além do setor da construção civil.” (ELETROBRAS, 2011).
7. 7Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
dessas organizações visam à utilização equilibrada dos
recursos naturais e diminuição dos impactos negativos
dos hotéis no meio ambiente.
Da mesma forma, uma das explicações possíveis para
a homogeneização comportamental das organizações
é a eliminação de organizações que não satisfaçam
as condições esperadas pelo mercado. (DIMAGGIO;
POWELL, 2005). Ao considerar que a certificação
exerce uma pressão informal para a sua adoção, por
um lado, e as organizações que a adotam são bem-
sucedidas na diminuição de gastos e alinhamento com
os pressupostos da sustentabilidade, organizações
que não satisfazem a essas condições podem perder
vantagens competitivas no longo prazo, desaparecendo
do mercado. (DIMAGGIO; POWELL, 2005).
Apesar de ser arriscado afirmar que a competição por si
só elimina organizações que não seguem determinado
comportamento, é possível observar que, mesmo dentro
dessa hipótese, há uma mudança no comportamento das
organizações em prol da sustentabilidade.
Nesse caso, é interessante observar que o isomorfismo
é muitas vezes difuso, pois o que ocorre é um processo
mimético, coercitivo e uma pressão normativa ao
mesmo tempo. A tipologia utilizada é interessante
para identificarmos como ocorre a mudança rumo
ao isomorfismo, mas na prática é extremamente
complicado separar os três processos. (DIMAGGIO;
POWELL, 2005),
Com o programa de certificação, o que ocorre é o incentivo
eoreconhecimentodeorganizaçõesquepossuampráticas
voltadas ao desenvolvimento sustentável e à diminuição
de impactos ambientais de suas atividades. Mais do que
isso, a certificação se torna uma vantagem comparativa
daquelas organizações que a adotam, ao legitimar as
suas boas práticas. É esperado que a certificação incite
um movimento de isomorfismo institucional no longo prazo
em prol da sustentabilidade, isto é, as organizações agem
de maneira semelhante para buscar a certificação, e, ao
mesmo tempo, o que ocorre é o uso racional de recursos
e conscientização, tanto desses profissionais quanto dos
consumidores e cidadãos.
Em uma escala mais ampla, o processo de isomorfismo
pode surgir também em outras cidades e regiões
metropolitanas. Com a percepção das boas práticas
adotadas pela prefeitura de Belo Horizonte com a
certificação, outros municípios tendem a se conscientizar
e realizar um movimento de mimetismo.As possibilidades
são muitas, mas o escopo utilizado nesse trabalho não
nos permite avançar para além da questão local. É
necessário, contudo, realizarmos algumas considerações
finais relacionadas a esse processo, o que é feito na
próxima seção.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Programa de Certificação em Sustentabilidade
Ambiental de empreendimentos realizado pela prefeitura
de Belo Horizonte é um passo importante para o
desenvolvimento sustentável da região, em um primeiro
momento, e em escala mais ampla, se considerarmos
uma situação em longo prazo.
É importante contextualizar o que queremos dizer e quem
deve agir para que o desenvolvimento sustentável ocorra
e a teoria do Isomorfismo Institucional nos oferece uma
tipologia bastante simples e ao mesmo tempo robusta. O
caso analisado poderia ser replicado em diversos outros
âmbitos, local, regional, estadual ou mesmo nacional. O
objetivo desse artigo foi o de introduzir o pensamento
da homogeneização comportamental das organizações
e como ele se relaciona com a sustentabilidade,
levando em consideração o caso da Certificação em
Sustentabilidade Ambiental.
Uma questão que não foi abordada no artigo é o próprio
fato de que a certificação criada pela Prefeitura de Belo
Horizonte é um processo de isomorfismo mimético,
já que a ideia é mesclar diversas outras certificações
nacionais e internacionais em um selo alinhado a estas
já consagradas certificações.
O assunto tratado neste artigo não está de nenhuma
maneira esgotado. Reflexões sobre o papel do
consumidor consciente e as mudanças em seu estilo
de vidas e maneira de pensar são desdobramentos
da nossa discussão inicial. Ainda, uma possibilidade
para futuras pesquisas é acompanhar esse processo e
observar se o que realmente ocorre é a homogeneização
comportamental das organizações em prol da
sustentabilidade, incitado por políticas públicas como
a tratada no artigo.
Compreender o papel do Estado enquanto promotor
da sustentabilidade e do isomorfismo é bastante
interessante. No caso focamos apenas uma iniciativa,
mas temos a noção de que esse movimento não é linear,
como foi mostrado. Existe uma pluralidade de ações
sendo tomadas pelo Estado na regulação e delimitação
da atuação das organizações que podem ser indutoras
de um processo mais amplo do desenvolvimento
sustentável, e o Programa de Certificação em
Sustentabilidade Ambiental de empreendimentos é
apenas uma dessas ações.
8. 8Caderno de Ideias - Nova Lima - 2012 - CI 1205
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