O documento discute o racismo no futebol brasileiro, como a legislação esportiva aborda questões raciais e o papel do esporte no combate ao racismo. Relata o aumento de casos de racismo nos últimos anos, com 67 casos em 2019, e mais de 50 casos em 2020 mesmo com paralisação do futebol. Em 2022, já foram registrados 24 casos, igualando o total de 2021.
1. Racismo no reporte e no
futebol
Alunos
Vítor Gabriel
Lucas Rian
Rodrigo
Francisco
João Neto
2. O papel do esporte no
combate ao preconceito
Nos ambientes esportivos se vende
a ideia de que todos são iguais. De
que todos recebem o mesmo
tratamento. De que todos são
respeitados. Não é bem assim.
Ao longo dos anos, o preconceito
esteve e ainda está presente nos
ambientes esportivos. A
participação da mulher e do negro
no esporte, a orientação sexual do
e da atleta são alguns dos
preconceitos históricos, sociais e
culturais que precisam ser
vencidos. O que tem sido feito para
combatê-lo e para que todos
possam ser tratados com respeito e
exercer seus direitos? Por causa
dele, homens e mulheres tiveram
suas carreiras interrompidas ou
precisaram suportar serem
humilhados até o fim delas. Mas há
quem teve e tem coragem para
enfrentar a homofobia, o racismo e
todo tipo de preconceito.
3. Racismo no futebol: como a legislação esportiva aborda
as questões raciais?
O futebol, o mais popular dos esportes
brasileiros, paixão nacional, poderia ser
exemplo de total alegria no País se não
fosse, por diversas vezes, palco de
preconceitos e racismo, por parte de
torcedores, jogadores, técnicos,
equipes, mídias, árbitros, enfim, os
ataques podem vir de qualquer lado.
Continuam a ocorrer mesmo em uma
época em que tantos movimentos
antirracistas são criados e disseminados
em todo o País.
4. Casos de racismo no futebol crescem nos últimos anos
Em três anos, as denúncias mais
que dobraram. Foram de 20, em
2014, para 43, em 2017. O auge
foi em 2019, quando 67 casos
foram relatados.
Houve uma queda em 2020, por
causa da paralisação do futebol.
No ano passado, mesmo sem os
números de todos os estados,
mais de 50 denúncias foram
Mesmo com dezenas de câmeras e
microfones na direção do gramado e
da arquibancada, atos racistas dentro
dos estádios têm sido frequentes. Hoje
em dia, no entanto, a exposição tem
sido fundamental no combate a esse
tipo de violência.
Aranha protagonizou um dos casos de
maior repercussão no futebol
brasileiro. Em 2014, o então goleiro do
Santos denunciou um xingamento
racista que veio da torcida do Grêmio.
5. Papel do esporte na luta contra o racismo
O Lei em Campo informou as mudanças no Regulamento Geral de Competições do ano d
2022 que passará a considerar de extrema gravidade condutas discriminatórias praticada
por membro de qualquer poder do Clube em partidas de competições coordenadas pela
CBF.
É de extrema relevância que o esporte atue como mais um canal na luta contra todas as
formas de discriminação. O futebol, por exemplo, está inserido no cotidiano de muitas
pessoas, as notícias ao entorno dessa modalidade estão em destaque em muitos veículos
e possuem grandee influência de massas.
6.
7. Casos de racismo no futebol em 2022 já igualam todo ano de
2021 no Brasil, aponta relatório
Além do aumento gradual nos casos de racismo, que subiram de 31 para 64 entre 2020 e
2021, a edição deste ano traz ainda 24 situações de LGBTfobia, 15 de machismo e outras
seis de xenofobia. Os dados correspondem ao período de 1˚ de janeiro a 31 de dezembro,
e são levantados através de súmulas das partidas, reportagens e registros de Boletim de
Ocorrência.
"Quando iniciamos a elaboração do relatório, lá em 2014, tinha-se a ideia de que o racismo
no futebol brasileiro eram apenas casos isolados, não algo estrutural. De lá para cá, a
gente consegue assegurar para a sociedade que não, os casos de racismo não são
esporádicos e eles não são isolados, eles acontecem com muita frequência. Quando a
gente traz os dados e os desdobramentos desses casos, a gente está mostrando, por
exemplo, se houve punição ou não", disse Marcelo, que deu sua opinião sobre o aumento
observado entre 2020 e 2021.
8. Dos 124 casos que envolvem o futebol; 74 dizem respeito à discriminação racial
(soma total de casos ocorridos no Brasil, 64, e no exterior, 10); 25 envolvem
LGBTfobia (soma total de casos ocorridos no Brasil, 24, e no exterior, 01); 15
machismo; 10 xenofobia (soma total de casos ocorridos no Brasil, seis, e no exterior,
quatro).
Dos 74 casos que dizem respeito à discriminação racial no futebol (64 Brasil +10
Exterior), em 48 deles as vítimas são atletas; em 03 as vítimas são árbitros; em 10 as
vítimas são torcedores; em seis deles os prejudicados são funcionários dos estádios
ou algum membro da comissão técnica dos clubes; em um caso a vítima foi um
membro familiar do atleta; em dois as vítimas foram ex-atletas, em dois as vítimas
foram integrantes da imprensa esportiva e em dois deles os ofendidos foram um
jogador de e-sport e os modelos negros de uma campanha publicitária no lançamento
de uniforme do clube.
Números de casos de racismo no futebol