Após acontecimentos racistas com o jogador do Londrina E.C. foi criado juntamente com a equipe de atendimento a idea de uma ação contra os atos racistas no futebol.
2. Pioneirismo preto no Futebol
Início do Séc. XIX
O futebol chega ao Brasil por
Charles Miller, como um esporte de elite.
Mesmo com a abolição da escravatura,
os negros não poderiam jogar.
1905
Na formação de um time com somente
operários de fábricas, o Bangu entra em
campo com Francisco Carregal, se tornando
o primeiro jogador negro do Brasil.
1917
Em resposta a inclusão social nos
jogos do Bangu, o Diário Oficial Carioca
promulga a Lei do Amadorismo,
onde indiretamente proibia pobres
e pretos a jogar futebol.
1919
O atleta negro Arthur Friedenreich é
considerado o primeio herói do futebol, sendo
o autor do gol que deu o primeiro título à
Seleção Brasileira no exterior, o Sul-Americano.
3. Racismo na atualidade
2004
A FIFA cria o Código de Ética proibindo
“dirigentes, jogadores e agentes de agir de
forma discriminatória em relação a etnia, raça,
cultura, política, religião, gênero ou idioma”
2005
Durante a partida no Morumbi da Libertadores de
2005, entre o São Paulo e o time argentino Quilmes,
o atacante Grafite foi alvo de insultos racistas pelo
jogador Desábato, sendo o mesmo levado até a
delegacia, ficando dois dias presos e pagado uma
fiança de 10 mil reais para voltar ao seu País.
2014
Enquanto o brasileiro Daniel Alves jogava entre o
Barcelona e Villarreal pelo Campeonato Espanhol, ele foi
alvo de racismo quando os torcedores começaram a
jogar em sua direção, bananas. Ao se deparar com a
situação, o jogador acabou comendo uma e no fim da
partida desabafou contando que desde que tinha
chegado a Espanha, sofria racismo.
2014
Durante o jogo da Copa do Brasil de 2014
entre Grêmio e Santos, o goleiro Aranha foi
chamado de “macaco” por torcedores do
time gaúcho. O STJD puniu o Grêmio com a
exclusão do clube na Copa do Brasil.
4. Caso Celsinho
Durante a transmissão da partida entre Londrina e Goiás, o narrador
e um comentarista da Rádio Bandeirantes de Goiânia usaram
termos racistas ao se referir a Celsinho e seu cabelo.
A dupla pediu desculpas nas redes sociais e foram afastadas da emissora.
17/JUL/2021
Em menos de 6 dias, Celsinho foi alvo mais uma vez de racismo, enquanto
acontecia o jogo entre o Remo e o Londrina, o narrador Cláudio Guimarães,
da Rádio Clube do Pará ofendeu o cabelo do jogador com frases racistas.
Cláudio foi demitido na mesma noite e também pediu desculpas publicamente.
Na partida do dia seguinte, Celsinho e outros jogadores do Londrina se
ajoelharam e fizeram um gesto antirracista, antes do início do jogo.
23/JUL/2021
5. Caso Celsinho
Após o jogo contra o Brusque, o meia Celsinho afirmou ao quarto
árbitro que recebeu ofensas racistas da equipe técnica do clube
adversário durante o jogo. O time catarinense rebateu as acusações
do jogador no domingo, dizendo que Celsinho “é conhecido por se
envolver neste tipo de episódio”. Contudo na segunda-feira, foi
publicada uma nova nota pedindo desculpas ao meia, informando
que a nota anterior havia sido um "momento infeliz".
O Brusque sofreu perda de pontos na tabela do Brasileirão, além de
pagar uma multa para o STJD e a suspensão do conselheiro
acusado pelas ofensas racistas.
28/AGO/2021
8. Logo
A logo foi pensada na imagem do Celcinho, o
jogador que inspirou toda esta ação, portanto
foi buscado representar a silhueta do jogador,
mas também a imagem das pessoas negras.
Uma das principais acusações sofridas pelo
atleta foi a respeito de seu cabelo, visto que,
o cabelo afro é uma característica física
muito forte das pessoas negras sendo,
consequentemente, muito desrespeitado.
9. Nomes das camisas
Nossa ideia é de trocar os nomes dos jogadores escritos no
uniforme, de forma com que cada um deles represente uma
pessoa negra que faça parte da história do futebol.
A campanha seria lançada no jogo entre Vila Nova e Londrina em
20/11, Dia da Consciência Negra.
11. Ideia 1
Camisa simples com a logo da campanha em preto nas duas mangas,
juntamente do nome do atleta que sofreu racismo.
12. Ideia 2
Camisa com as mangas pretas, e nelas a logo da campanha em branco, com o
nome do atleta que sofreu racismo.
13. Ideia 3
Camisa metade em preto e cinza e metade nas cores do Londrina, com a logo
da campanha em branco nas duas mangas e o nome do atleta que sofreu
racismo.
14. VIRE ESSE JOGO
Durante os meses de julho e agosto o meia atacante do Londrina Esporte Clube, Celsinho, sofreu
diversos ataques racistas em meio a transmissões e partidas do Campeonato Brasileiro da Série B.
O Londrina EC acredita que não devemos nos calar frente ao preconceito, o que aconteceu com
Celsinho e com outros incontáveis jogadores e jogadoras de futebol pretos no mundo é reflexo de uma
sociedade e história extremamente racistas.
A ação VIRE ESSE JOGO, projeto do Londrina Esporte Clube com os Núcleos Multicom da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, é um chamado para virarmos o jogo contra o racismo. Em
homenagem a grandes personalidades pretas do futebol brasileiro e a grandes jogadores que,
infelizmente, já foram discriminados pela sua cor de pele, esse projeto nasceu com o objetivo de levar
a conscientização contra o racismo para as mais diversas áreas do futebol.
Já marcamos muitos gols, mas o jogo ainda não acabou.
#NuncaNosCalaremos
Londrina EC
Manifesto
15. Celsinho
Tinga
Aranha
Dentinho e Taison
Grafite
Daniel Alves
Roberto Carlos
Hulk
Paulão
Obina
Michel Bastos
Lula Pereira
Arouca
Gerson
Everton Luiz
Douglas Tanque
Allano
Jefferson Victor Machado Ambrósio
Neymar
Em homenagem a:
E a tantos outros jogadores que
sofreram racismo em campo.