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Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS)

Autor: Elisio Carvalho Silva
Data: 13/01/2012

Introdução
Os sistemas instrumentados de segurança (SIS) são utilizados para permitir uma maior
segurança num equipamento ou sistema. Eles farão parte da camada de proteção para evitar
que o equipamento ou sistema culmine num evento acidental devido a sua operação. Quanto
melhores projetados e mantidos mais eficazes eles serão em prevenir acidente.
Para identificar e definir um SIS em um determinado equipamento ou processo é necessário
efetuar análise de risco, e daí fazer uma análise das camadas de proteção para saber se há
camadas suficientes para evitar um acidente e, se não houver, quanto de camada será
necessária para manter o equipamento ou sistema em condições seguras conforme os padrões
legais ou da empresa.
Variáveis que compõem na determinação de um SIS
As análises de risco e de camadas de proteção devem ser realizadas por um grupo
multidisciplinar com o propósito de identificar os riscos e camadas necessários para prevenir
um acidente. Quanto maior o risco, maior deverá ser a disponibilidade do SIS, ou seja, ficará
mais tempo operando adequadamente para atuar de forma segura. Inversamente, pode-se
dizer que será menor a sua probabilidade de falha em demanda (PFD). No intuito de atingir a
disponibilidade adequada, o grupo de análise deve ficar atento em relação aos seguintes
tópicos:
•
•
•
•
•
•
•

Falhas randômicas e sistêmicas (λ e λDF);
Intervalo de teste (T);
Causas comuns de falha (fator β);
Tempo médio de recuperação de um canal de SIS após apresentar problemas (MTTR);
Cobertura de detecção de falhas (CD);
Fração de falhas seguras (SFF); e
Tolerância de falhas do hardware (HFT).

Falhas randômicas
Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia.
e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br
As falhas randômicas (λ) serão consideradas constantes no tempo e poderão ser encontradas
em bancos de dados, informações do fabricante ou conforme histórico da unidade industrial.
As falhas para o cálculo do PFD médio (PFDavg) deverão ser as falhas perigosas não
detectadas, no entanto as falhas perigosas detectadas e que não levem o processo a um
estado seguro, também deverão ser consideradas para o cálculo do PFDavg. As falhas seguras
não devem entrar nos cálculos porque quando elas ocorrem, deixam o processo em um modo
seguro, portanto não permitirão eventos acidentais. Veja na Tabela 1 fórmula de cálculo de
PFDavg considerando apenas λDU e o intervalo de teste T.

Tabela 1 – Cálculo PFD para diversas arquiteturas
Fonte: Smith

Falhas sistêmicas
As falhas sistêmicas (λDF) são mais difíceis de serem determinadas, uma vez que estão muito
relacionadas às falhas de gestão, tais como: falha de projeto, falha de manutenção, erro na
avaliação de risco, erro na especificação, erro na instalação e comissionamento, erro no
gerenciamento de mudança, etc. as quais podem ser minimizadas por meio de um sistema de
gestão baseado na IEC 61511 ou ISA–84.01.
Intervalo de teste
O intervalo de teste deve ser definido conforme as boas práticas de engenharia,
recomendações do fabricante, procedimentos internos da empresa, histórico de operação,
restrições operacionais e necessidade da redução do risco. Importante salientar que o
intervalo de teste tem uma contribuição importante na composição do cálculo do PFDavg do
SIS e, conseqüentemente, na capacidade de prevenir o evento acidental. Por isso, é
fundamental fazer o balanço de todos os fatores a ele relacionado.
Causas comuns de falha
As causas comuns de falha (CCF – fator β) incluem eventos randômicos ou sistêmicos que
provocam falhas simultâneas em equipamentos múltiplos em sistemas redundantes (no caso
Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia.
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de SIS, arquitetura com votação diferente de 1oo1). Alguns autores consideram as seguintes
situações como causas comuns de falha:
•
•
•
•
•
•

Falha de calibração de sensores;
Obstrução de tomadas única de sensores redundantes;
Manutenção incorreta ou falta de manutenção;
Especificação errada;
Bypass indevido;
Estresse de componentes devido a temperatura, corrosividade do meio, etc.

O projetista pode utilizar as Tabelas D.1 a D.5 do anexo D da IEC 61508 parte 6 para estimar o
valor de β. Observe que as tabelas são aplicadas apenas para hardware, não incluindo
software por ser mais difícil de modelar falhas sistêmicas.
Tempo médio de recuperação de um canal de SIS após apresentar problemas (MTTR)
O MTTR é importante porque poderá ocorrer uma segunda falha não detectada num segundo
canal enquanto o primeiro está em manutenção devido a uma falha detectada (λDD) conforme
mostra o segundo termo da Equação 1. Por isso, é fundamental que a manutenção seja mais
breve possível para que o MTTR seja mínimo e tenha pouca influência no PFDavg do SIS. Se o
tempo de manutenção for longo, a probabilidade de falha do SIS aumentará uma vez que a
redundância do sistema reduziu. Em geral, esse termo é desprezível porque o MTTR é muito
pequeno. Veja Equação 1 para uma configuração 1oo2:

Equação 1 – cálculo do PFDavg para configuração 1oo2
Fonte- ISA-TR84.00.02-2002 - Part 2

Cobertura de detecção de falhas
A cobertura de detecção de falha ajudará a melhorar o PFDavg de um SIS porque reduzirá as
falhas não detectadas. Isso significa que os componentes do SIS terão a capacidade de
detectar algumas falhas perigosas e colocar o equipamento ou sistema no modo seguro.
Lembre-se que para o cálculo do PFDavg as falhas perigosas não detectadas têm uma maior
influência no resultado.
λDD=CD*λD
λDU=(1-CD)*λD onde:
λDD = falha perigosa detectada
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λDU = falha perigosa não detectada
CD = fator de cobertura de detecção de falha
λD = falha perigosa
Observe que quanto maior for o CD menor será a falha perigosa não detectada. Isso significa
que à proporção que aumenta CD, poderá economizar em outras ações relacionadas ao SIS, por
exemplo, poderá aumentar o intervalo de teste. CD é sempre um valor entre 0 e 1.
Fração de falhas seguras (SFF)
As falhas seguras detectáveis (λSD) e não detectáveis (λSU) assim como a falha perigosa
detectável levam a uma parada segura do processo. Porém a falha perigosa não detectável não
proporciona uma parada segura porque não se saberá quando o SIS estará em falha. Daí a
necessidade de saber qual essa fração de falha, conforme mostra a equação abaixo, para
ajudar na determinação do nível de integridade de segurança (SIL) do SIS.
SFF=λSD+λSU+λDD/λSD+λSU+λDD+λDU
Quanto maior o SFF maior será o SIL como mostra as Tabelas 2 e 3, que coincidem com a
numeração da tabela da IEC-61508-2. O SFF está representado na coluna “safe failure fraction
of an element”.

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As duas tabelas são para funções de segurança diferentes:
•
•

Tabela 2 para funções de segurança tipo A: relays, solenóides, boosters pneumáticos,
válvulas. Para esses equipamentos os modos de falha são bem definidos.
Tabela 3 para funções de segurança tipo B, ou seja, para qualquer produto inteligente
com um microprocessador ou com circuito de aplicação integrado específico
complexo: sensores inteligentes, sistemas eletrônicos de controle. Esses equipamentos
têm projeto complexo e pouca história de falhas o que pode levar a falhas sistêmicas.

Tolerância de falhas do hardware (HFT)
A tolerância de falha do hardware permite que um sistema ou equipamento continue
operando de forma segura mesmo ocorrendo falhas de um ou mais hardware ou software. Por
exemplo, um arquitetura com votação 1oo2 tem HFT de 1, ou seja, permite que haja uma falha
de um canal e o processo ou equipamento continue operando de forma segura. Já uma
arquitetura de 1oo3 possui HFT de 2. Observe que quanto maior o HFT, maior será o SIL. O HFT
está representado na coluna de “hardware fault tolerance” das Tabelas 2 e 3. Com o SFF, HFT e
o tipo do equipamento será possível definir rapidamente qual o SIL.
Outra maneira de calcular o SIL é por meio de fórmulas simplificadas tal como mostrado na
Equação 1. Calcula-se o PFDavg de cada elemento do SIS e daí soma os PFDs e então
encontrará o PFDavg total do SIS. Com esse PFavg total vai na Tabela 4 e define o SIL.

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Tabela 4- Cálculo do SIL e RRF
Fonte- IEC 61508-1

Também pode-se calcular o SIL por meio de árvores das falhas e da análise de Markov.
Conclusão
O projeto de um sistema instrumentado de segurança é fundamental para garantir a sua
eficácia em relação à prevenção de acidente. Do contrário, não se poderá garantir que a
probabilidade de falha em demanda estará compatível com o nível de risco encontrado nas
análises e haverá uma pseudo-proteção o que pode se transformar num acidente e causar
grandes prejuízos materiais, ambientais e/ou humanos para a empresa.
Além do projeto adequado, é preciso mantê-lo íntegro por meio de inspeções e testes
periódicos a fim de garantir que ele funcionará bem por todo o seu ciclo de vida.
Adicionalmente, deve-se efetuar auditorias periódicas com o propósito de verificar se todos os
requisitos de segurança do ciclo de vida do SIS estão sendo cumpridos conforme proposto pela
IEC 61508 ou IEC 61511/ISA84.01. Importante lembrar que a IEC 61511 e ISA 84.01 foram
editadas especificamente para processos industriais.
Referências
CCPS/AIChE. Guidelines for Safe and Reliable Instrumented Protective Systems. New Jersey:
John Wiley & Sons, 2007.
IEC 61511. Functional Safety – Safety Instrumented Systems for the process Industry Sector,
Partes 1-3. Geneva 20, Switzerland, 2003
IEC 61508. Functional Safety of Electrical/Electronic/Programmable Electronic Safety-Related
Systems, Partes 1-7. Management Centre: Avenue Marnix 17, B - 1000 Brussels: BSI Standards
Publication, 2010.
ISA-TR84.00.02. Safety Instrumented Functions (SIF)-Safety Integrity Level (SIL) Evaluation
Techniques Part 2: Determining the SIL of a SIF via Simplified Equations. Research Triangle
Park, North Carolina 27709, 2002.
SMITH, David. Reliability, Maintainability and Risk – Practical Methods for Engineers.
Butterworth-Heinemann: Elsevier Ltd, 8th edition, 2011.
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SIS Segurança

  • 1. Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS) Autor: Elisio Carvalho Silva Data: 13/01/2012 Introdução Os sistemas instrumentados de segurança (SIS) são utilizados para permitir uma maior segurança num equipamento ou sistema. Eles farão parte da camada de proteção para evitar que o equipamento ou sistema culmine num evento acidental devido a sua operação. Quanto melhores projetados e mantidos mais eficazes eles serão em prevenir acidente. Para identificar e definir um SIS em um determinado equipamento ou processo é necessário efetuar análise de risco, e daí fazer uma análise das camadas de proteção para saber se há camadas suficientes para evitar um acidente e, se não houver, quanto de camada será necessária para manter o equipamento ou sistema em condições seguras conforme os padrões legais ou da empresa. Variáveis que compõem na determinação de um SIS As análises de risco e de camadas de proteção devem ser realizadas por um grupo multidisciplinar com o propósito de identificar os riscos e camadas necessários para prevenir um acidente. Quanto maior o risco, maior deverá ser a disponibilidade do SIS, ou seja, ficará mais tempo operando adequadamente para atuar de forma segura. Inversamente, pode-se dizer que será menor a sua probabilidade de falha em demanda (PFD). No intuito de atingir a disponibilidade adequada, o grupo de análise deve ficar atento em relação aos seguintes tópicos: • • • • • • • Falhas randômicas e sistêmicas (λ e λDF); Intervalo de teste (T); Causas comuns de falha (fator β); Tempo médio de recuperação de um canal de SIS após apresentar problemas (MTTR); Cobertura de detecção de falhas (CD); Fração de falhas seguras (SFF); e Tolerância de falhas do hardware (HFT). Falhas randômicas Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia. e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br
  • 2. As falhas randômicas (λ) serão consideradas constantes no tempo e poderão ser encontradas em bancos de dados, informações do fabricante ou conforme histórico da unidade industrial. As falhas para o cálculo do PFD médio (PFDavg) deverão ser as falhas perigosas não detectadas, no entanto as falhas perigosas detectadas e que não levem o processo a um estado seguro, também deverão ser consideradas para o cálculo do PFDavg. As falhas seguras não devem entrar nos cálculos porque quando elas ocorrem, deixam o processo em um modo seguro, portanto não permitirão eventos acidentais. Veja na Tabela 1 fórmula de cálculo de PFDavg considerando apenas λDU e o intervalo de teste T. Tabela 1 – Cálculo PFD para diversas arquiteturas Fonte: Smith Falhas sistêmicas As falhas sistêmicas (λDF) são mais difíceis de serem determinadas, uma vez que estão muito relacionadas às falhas de gestão, tais como: falha de projeto, falha de manutenção, erro na avaliação de risco, erro na especificação, erro na instalação e comissionamento, erro no gerenciamento de mudança, etc. as quais podem ser minimizadas por meio de um sistema de gestão baseado na IEC 61511 ou ISA–84.01. Intervalo de teste O intervalo de teste deve ser definido conforme as boas práticas de engenharia, recomendações do fabricante, procedimentos internos da empresa, histórico de operação, restrições operacionais e necessidade da redução do risco. Importante salientar que o intervalo de teste tem uma contribuição importante na composição do cálculo do PFDavg do SIS e, conseqüentemente, na capacidade de prevenir o evento acidental. Por isso, é fundamental fazer o balanço de todos os fatores a ele relacionado. Causas comuns de falha As causas comuns de falha (CCF – fator β) incluem eventos randômicos ou sistêmicos que provocam falhas simultâneas em equipamentos múltiplos em sistemas redundantes (no caso Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia. e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br
  • 3. de SIS, arquitetura com votação diferente de 1oo1). Alguns autores consideram as seguintes situações como causas comuns de falha: • • • • • • Falha de calibração de sensores; Obstrução de tomadas única de sensores redundantes; Manutenção incorreta ou falta de manutenção; Especificação errada; Bypass indevido; Estresse de componentes devido a temperatura, corrosividade do meio, etc. O projetista pode utilizar as Tabelas D.1 a D.5 do anexo D da IEC 61508 parte 6 para estimar o valor de β. Observe que as tabelas são aplicadas apenas para hardware, não incluindo software por ser mais difícil de modelar falhas sistêmicas. Tempo médio de recuperação de um canal de SIS após apresentar problemas (MTTR) O MTTR é importante porque poderá ocorrer uma segunda falha não detectada num segundo canal enquanto o primeiro está em manutenção devido a uma falha detectada (λDD) conforme mostra o segundo termo da Equação 1. Por isso, é fundamental que a manutenção seja mais breve possível para que o MTTR seja mínimo e tenha pouca influência no PFDavg do SIS. Se o tempo de manutenção for longo, a probabilidade de falha do SIS aumentará uma vez que a redundância do sistema reduziu. Em geral, esse termo é desprezível porque o MTTR é muito pequeno. Veja Equação 1 para uma configuração 1oo2: Equação 1 – cálculo do PFDavg para configuração 1oo2 Fonte- ISA-TR84.00.02-2002 - Part 2 Cobertura de detecção de falhas A cobertura de detecção de falha ajudará a melhorar o PFDavg de um SIS porque reduzirá as falhas não detectadas. Isso significa que os componentes do SIS terão a capacidade de detectar algumas falhas perigosas e colocar o equipamento ou sistema no modo seguro. Lembre-se que para o cálculo do PFDavg as falhas perigosas não detectadas têm uma maior influência no resultado. λDD=CD*λD λDU=(1-CD)*λD onde: λDD = falha perigosa detectada Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia. e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br
  • 4. λDU = falha perigosa não detectada CD = fator de cobertura de detecção de falha λD = falha perigosa Observe que quanto maior for o CD menor será a falha perigosa não detectada. Isso significa que à proporção que aumenta CD, poderá economizar em outras ações relacionadas ao SIS, por exemplo, poderá aumentar o intervalo de teste. CD é sempre um valor entre 0 e 1. Fração de falhas seguras (SFF) As falhas seguras detectáveis (λSD) e não detectáveis (λSU) assim como a falha perigosa detectável levam a uma parada segura do processo. Porém a falha perigosa não detectável não proporciona uma parada segura porque não se saberá quando o SIS estará em falha. Daí a necessidade de saber qual essa fração de falha, conforme mostra a equação abaixo, para ajudar na determinação do nível de integridade de segurança (SIL) do SIS. SFF=λSD+λSU+λDD/λSD+λSU+λDD+λDU Quanto maior o SFF maior será o SIL como mostra as Tabelas 2 e 3, que coincidem com a numeração da tabela da IEC-61508-2. O SFF está representado na coluna “safe failure fraction of an element”. Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia. e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br
  • 5. As duas tabelas são para funções de segurança diferentes: • • Tabela 2 para funções de segurança tipo A: relays, solenóides, boosters pneumáticos, válvulas. Para esses equipamentos os modos de falha são bem definidos. Tabela 3 para funções de segurança tipo B, ou seja, para qualquer produto inteligente com um microprocessador ou com circuito de aplicação integrado específico complexo: sensores inteligentes, sistemas eletrônicos de controle. Esses equipamentos têm projeto complexo e pouca história de falhas o que pode levar a falhas sistêmicas. Tolerância de falhas do hardware (HFT) A tolerância de falha do hardware permite que um sistema ou equipamento continue operando de forma segura mesmo ocorrendo falhas de um ou mais hardware ou software. Por exemplo, um arquitetura com votação 1oo2 tem HFT de 1, ou seja, permite que haja uma falha de um canal e o processo ou equipamento continue operando de forma segura. Já uma arquitetura de 1oo3 possui HFT de 2. Observe que quanto maior o HFT, maior será o SIL. O HFT está representado na coluna de “hardware fault tolerance” das Tabelas 2 e 3. Com o SFF, HFT e o tipo do equipamento será possível definir rapidamente qual o SIL. Outra maneira de calcular o SIL é por meio de fórmulas simplificadas tal como mostrado na Equação 1. Calcula-se o PFDavg de cada elemento do SIS e daí soma os PFDs e então encontrará o PFDavg total do SIS. Com esse PFavg total vai na Tabela 4 e define o SIL. Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia. e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br
  • 6. Tabela 4- Cálculo do SIL e RRF Fonte- IEC 61508-1 Também pode-se calcular o SIL por meio de árvores das falhas e da análise de Markov. Conclusão O projeto de um sistema instrumentado de segurança é fundamental para garantir a sua eficácia em relação à prevenção de acidente. Do contrário, não se poderá garantir que a probabilidade de falha em demanda estará compatível com o nível de risco encontrado nas análises e haverá uma pseudo-proteção o que pode se transformar num acidente e causar grandes prejuízos materiais, ambientais e/ou humanos para a empresa. Além do projeto adequado, é preciso mantê-lo íntegro por meio de inspeções e testes periódicos a fim de garantir que ele funcionará bem por todo o seu ciclo de vida. Adicionalmente, deve-se efetuar auditorias periódicas com o propósito de verificar se todos os requisitos de segurança do ciclo de vida do SIS estão sendo cumpridos conforme proposto pela IEC 61508 ou IEC 61511/ISA84.01. Importante lembrar que a IEC 61511 e ISA 84.01 foram editadas especificamente para processos industriais. Referências CCPS/AIChE. Guidelines for Safe and Reliable Instrumented Protective Systems. New Jersey: John Wiley & Sons, 2007. IEC 61511. Functional Safety – Safety Instrumented Systems for the process Industry Sector, Partes 1-3. Geneva 20, Switzerland, 2003 IEC 61508. Functional Safety of Electrical/Electronic/Programmable Electronic Safety-Related Systems, Partes 1-7. Management Centre: Avenue Marnix 17, B - 1000 Brussels: BSI Standards Publication, 2010. ISA-TR84.00.02. Safety Instrumented Functions (SIF)-Safety Integrity Level (SIL) Evaluation Techniques Part 2: Determining the SIL of a SIF via Simplified Equations. Research Triangle Park, North Carolina 27709, 2002. SMITH, David. Reliability, Maintainability and Risk – Practical Methods for Engineers. Butterworth-Heinemann: Elsevier Ltd, 8th edition, 2011. Rua Dr. José Peroba, 275, Edf. Metrópolis Empresarial, sala 610. Stiep - Salvador – Bahia. e-mail: ecsconsultorias@ecsconsultorias.com.br