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SETOR POS MATRIMONIO
O cuidado pastoral da família regularmente constituída
significa, em concreto, o empenho de todos os membros da
comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a
viver a sua nova vocação e missão. Para que a família se
transforme mais numa verdadeira comunidade de amor, é
necessário que todos os membros sejam ajudados e
preparados para as responsabilidades próprias diante dos
novos problemas que se apresentam para o serviço recíproco e
para a participação ativa na vida da família.
Acompanhar os esposos, para ajudá-los a crescerem na fé e
aprofundar-se no mistério do matrimônio cristão. Assim, serão
ajudados a ser felizes, ensinando-lhes a cultivar o amor, a
entrar em diálogo, a trocar delicadezas e atenções, a centrar
no lar todos os interesses da vida.
O setor Pós-matrimonial deverá desenvolver um trabalho
buscando o entrosamento com a equipe do batismo (pais e
padrinhos), grupos de terceira idade, grupos de crisma (pais de
crismandos) para melhor atender as necessidades de cada
família. Dentro deste setor, poderão ser desenvolvidos:
 Atendimento a grupos familiares (jovens recém-casados,
casados há mais tempo, grupos de reflexão para a educação
dos filhos, etc);
 Atendimento aos pais que pedem o batismo e crisma dos
filhos;
 Atendimento a dias de retiro ou dia de retiro com casais;
 Atendimento e assistência aos pais e padrinhos dos noivos.
Na ação pastoral para com as famílias, a Igreja deverá prestar
uma atenção especial para educá-las, a viver
responsavelmente o amor conjugal em relação, com as
exigências de comunhão e de serviço à vida, como também a
conciliar a intimidade da vida de casa com a obra comum e
generosa de edificar a Igreja e a sociedade humana.
“A força e o vigor da instituição matrimonial e familiar se
evidenciam igualmente: as profundas mudanças sociais
contemporâneas, não obstante as dificuldades a que dão
origem, manifestam muitas vezes, de várias maneiras, a
verdadeira índole dessa instituição” (Gaudium et Spes 47).
“A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser célula
primeira e vital da sociedade” (Apostolican Actuositatem –
Apostolado Leigo 11,3).
“A família é a primeira escola das virtudes sociais necessárias
às demais sociedades... É aí que os filhos fazem a primeira
experiência de uma sã sociedade humana... É através dela que
os filhos vão sendo introduzidos gradativamente na sociedade
civil e na Igreja” (Gaudium et Spes 3).
Setor Pós Matrimonial
O CASAMENTO
LEIAM! É IMPORTANTE CASAMENTO É PARA VIDA TODA... PEDIMOS A IRMÃ OU
IRMÃO QUE TENHA PACIÊNCIA AO LER, VÁ ATÉ O FINAL, VALE A PENA ESSA
REFLEXÃO. DEUS TE ABENÇÕE... Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar,
eu segurei sua mão e disse: "Tenho...
Setor Pós Matrimonial
Harmonia sexual entre o casal
Harmonia sexual entre o casal Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição
O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua
harmonia. A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O
sexo tem duas dimensões...
Os conflitos e discussões conjugais
Os conflitos e discussões conjugais Esses momentos poderão se tornar um campeonato de
hostilidades Os conflitos e as discussões em nossos relacionamentos são inevitáveis. Para
confirmar esta verdade não se necessita ser nenhum - “expert” no assunto. Já presenciamos
esses momentos até entre..
.
Filhos, uma bênção de Deus
Filhos, uma bênção de Deus Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? "A
Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da
bênção divina e da generosidade dos pais" (Catecismo da Igreja Católica - CIC § 2373). Certa
vez o Papa Paulo VI disse...
Ser pai hoje
Ser pai hoje Seu modo de ser vai influir na formação dos filhos Quando Deus escolheu José
para ser pai adotivo de Jesus, Ele queria que o Menino tivesse uma referência de família aqui
na terra. E uma referência excelente, é claro, tal o valor que o Pai Eterno dá à família e à figura
do pai. José,...
Se o casal não for unido, o lar não será feliz
Se o casal não for unido, o lar não será feliz A família começa no matrimônio; por isso a Igreja
exige do casal de noivos – no altar – um juramento de fidelidade até a morte, sem a qual a
família não tem sustentação. A infidelidade conjugal é a grande praga de nossos dias que vai
corroendo os...
O Poder do Diálogo no matrimônio
O Poder do Diálogo no matrimônio Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama A
última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in Veritate”, de 29 de junho de
2009, apresenta uma proposta de vida, na qual as pessoas devem viver a verdade. Esta
verdade deverá ser procurada,...
A felicidade mora no lar
A felicidade mora no lar Quem não está disposto ao sacrifício nunca saberá o que é felicidade
"Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles poucos que pude passar em minha
casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex presidente dos EUA). A maior alegria é
colhida, a cada dia, na..
.
O divórcio começa no coração
O divórcio começa no coração Casais, quebrem a dureza do coração As relações conjugais
estão em crise, pois cada pessoa quer a sua própria felicidade, e os casais, hoje, estão se
divorciando por qualquer motivo. A raíz do divórcio é a "dureza de coração". Mas hoje Jesus
quer falar para as famílias..
.
As sequelas da infidelidade
As sequelas da infidelidade A pessoa abandonada se sentirá sempre ferida Sabemos que, na
vivência da vida conjugal, nenhum dos cônjuges está completamente cego para as
imperfeições do outro. Por maior que seja o tempo de vida em comum, os defeitos da pessoa
com quem convivemos, assim como os...
"A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor",
"A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor", declara o Papa no Ângelus
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 27-12-2010, Gaudium Press) "O nascimento de toda
criança traz consigo alguma coisa deste mistério do nascimento de Jesus Cristo", declarou o
Santo Padre no Ângelus deste...
O que é o Setor Pós Matrimonial
O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de
todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua
nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade
de amor, é necessário que...
Harmonia sexual entre o casal
Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera
prostituição
O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua
harmonia. A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O
sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e pro criativa. A dimensão unitiva significa
que o sexo é um meio de unidade do casal. Mais do que nunca é no relacionamento sexual
que eles se tornam “uma só carne” . O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação
do seu amor; é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode haver
sexo sem profundo amor; ele só pode ser vivido no casamento, porque só no casamento existe
um compromisso de vida para toda a vida e a responsabilidade de assumir as suas
consequências, especialmente os filhos.
O que faz do sexo algo perigoso e desordenado é exatamente o seu uso fora de uma realidade
de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição: sexo
sem amor, sem compromisso. Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre
ela; não se importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome ou morrendo
de AIDS. Ela foi apenas um instrumento de prazer, que foi alugado por alguns instantes. É o
grande desvirtuamento de uma das realidades mais lindas criadas por Deus. Se ao criar todas
as coisas, “Deus viu que tudo era bom” (cf. Gen 1,10), também o sexo, já que foi feito com a
bela finalidade de gerar a vida e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança
não poderia ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos relações
sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que, no auge da celebração do amor do
casal, o filho fosse gerado, para que este não fosse apenas “carne da carne dos pais”, mas
“amor do seu amor”. A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo, há vinte
séculos, já dava orientação segura aos fiéis de Corinto sobre isso: "O marido cumpra o seu
dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o
marido. (I Cor 7, 3-5).
A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma forma o
marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao
outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois
retornais um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência"
Com essas orientações o apóstolo dos gentios mostra a legitimidade da vida sexual no
casamento e até pede que os casais não se abstenham dela por muito tempo, dizendo:
"Não vos recuseis um ao outro”. E pede que cada um “cumpra o seu dever” para com o
outro. Como não ver nessas palavras do apóstolo um pedido aos cônjuges, para que
satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz a guiar este relacionamento há
de ser sempre o amor e nunca o egoísmo.
Haverá épocas na vida do casal em que a relação sexual será impossível. Quando a esposa
está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto, quando passa por uma cirurgia, entre
outros. Nessas ocasiões, e em muitas outras, por bom senso, mas também por caridade para
com a esposa, o esposo há de respeitá-la.
O fato de o sexo ser legítimo no casamento,– e só no casamento –, não quer dizer que nele
"vale tudo" como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais
fazem estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais. A moral
católica se rege pela "lei natural", que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo
que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Será que, por
exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos ensina o seguinte: "Os atos com os quais os
cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira
verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos
se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (CIC, 2362; GS, 49). Tenho ouvido
esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o que elas não querem nem
aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma violência obrigá-las a isso. Aquilo que cada um
aceita, dentro das características psicológicas de cada um, não sendo uma violência à lei
natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal.
É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja a harmonia sexual; isto é, ambos
atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve se guiar exatamente pela orientação da esposa,
que saberá mostrar-lhe naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele. Não
é fácil, muitas vezes, o ajustamento sexual do casal; e, algumas vezes, precisa-se de anos
para que ele aconteça. Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o
outro, para ajudá-lo a superar as suas dificuldades. Mas tudo se resolve se houver esses
ingredientes.
Os conflitos e discussões conjugais
Esses momentos poderão se tornar um campeonato de
hostilidades
Os conflitos e as discussões em nossos relacionamentos são inevitáveis. Para confirmar esta
verdade não se necessita ser nenhum “expert” no assunto. Já presenciamos esses momentos
até entre pessoas que vivem uma relação de forte romantismo. Entretanto, a maneira como
lidamos com essas situações é que poderá sinalizar as consequências e o futuro das
passageiras desavenças dentro da vida conjugal.
Ninguém – tomado pelo calor de uma situação estressante – poderia, no auge de uma
discussão, externar ao cônjuge palavras de estímulo, como por exemplo: “Você é uma pessoa
com grandes qualidades, inteligente, sagaz, intrépida...” Pelo contrário, mesmo que a pessoa
tenha todas essas qualidades, essas virtudes seriam afogadas no mar de palavras pejorativas
em tais momentos.
Se não estivermos atentos, esses momentos conflituosos poderão se tornar um verdadeiro
campeonato para ver quem consegue ser mais hostil àquele com quem se relaciona. Muitas
vezes, tais discussões têm início com uma conversa aparentemente sem relevância, contudo,
dentro do casamento, não é raro saber que muitas dessas controvérsias resultaram em
atitudes abusivas em que a agressão física foi aplicada na tentativa de se estabelecer a razão.
Conhecendo as consequências da agressividade, é necessário lembrar e priorizar o respeito
merecido pela pessoa com quem se convive, especialmente, quando se está tomado pelo
estresse; pois as sequelas de uma discussão mal administrada poderão trazer profundas
feridas para a continuidade de um sadio relacionamento entre o casal.
As dificuldades financeiras e os desafios enfrentados dentro da vida familiar são os temas mais
atualizados nas conversas conjugais; entretanto, o casal pouco fala de si próprio. Sem
perceber, mesmo nos momentos em que os dois estão a sós, o teor da conversa esbarra
frequentemente nos problemas e raramente sobre a importância da presença do outro, de
modo a propiciar o namoro por meio das palavras, das manifestações de carinho, como o
abraço. Conversas propriamente relacionadas à vida do casal e que poderiam estimular o
entrosamento conjugal são, muitas vezes, esquecidas. E devido a esse distanciamento, pouco
a pouco os cônjuges começam a se tornar estranhos ou independentes dentro do
relacionamento em que a vida comum e solidária é o fundamento dessa relação.
A disposição para a retomada do diálogo – tal como se vivia na época do namoro – pode
evitar muitas futuras desavenças. Em outras ocasiões, ceder ao sacrifício, abrindo mão de
nossas pequenas riquezas, poderá ser um ato de bravura no momento da discussão, mas
acredito que o desejo de se moldar às exigências conjugais é a principal atitude para que se
consiga minimizar os conflitos.
Seria uma grande utopia acreditar que, em nossos relacionamentos, não teríamos discussões
e desavenças. Sabemos que o casamento não aconteceu apenas naquele dia em que
decidimos viver juntos, diante do sacerdote, mas se atualiza a cada novo dia, tendo como
bagagem as experiências de todos os outros dias transcorridos, que marcaram vitórias sobre
as dificuldades na companhia do cônjuge.
Filhos, uma bênção de Deus
Filhos, uma bênção de Deus
Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja?
"A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da
bênção divina e da generosidade dos pais" (Catecismo da Igreja Católica - CIC § 2373).
Certa vez o Papa Paulo VI disse a um grupo de casais:
"A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a
imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida". Isto é, doando a vida o casal humano se
torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face
da terra? Alguém disse certa vez, com muita razão, que "a primeira vitória de um homem foi ter
nascido".
Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que "ele é a única
criatura que Deus quis por si mesma" (GS, 24). Por isso o Catecismo da Igreja afirma que:
"Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os
próprios pais" (CIC § 2378).
Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? Ou será que "escapamos pela
tangente", dando a "nossa" desculpa? Lamentavelmente se estabeleceu entre nós, também
católicos, uma cultura "antinatalista". Por incrível que pareça "as preocupações da vida" (cf. Lc
12,22; Mt 6,19) sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste
mentalidade de "quanto menos filhos melhor". À luz do Cristianismo, essa é uma triste
mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida.
"A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a bênção
originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem.
Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca
dos esposos" (Familiaris Consortio, 28).
A situação social e cultural dos nossos tempos dificulta a compreensão dessa verdade.
Nasceu, assim, uma mentalidade contra a vida ("anti-life mentality"), como emerge de muitas
questões atuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos
e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento
demográfico para a qualidade da vida...
"Mas a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre
um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem
o mundo, a Igreja está do lado da vida" (Familiaris Consórtio, 30).
Muitos têm medo de não educar bem os filhos. Pois eu lhes digo que, com Deus, é possível
educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável e viva para os filhos com todas as
suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um Homem…
isto basta.
Há hoje uma mentira muito difundida - infelizmente aceita também por muitos católicos -
afirmando que a limitação da natalidade é o remédio necessário e "indispensável" para sanar
todos os males da humanidade. Não há civilização que possa se sustentar sobre uma falsa
ética que destrói o ser humano ou que impede o "seu existir". É ilógico, desumano e contra a
Lei de Deus, que, para salvar a humanidade seja necessário sacrificá-la em parte.
Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que
ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação. Vitor Hugo disse,
certa vez, que "um lar sem filhos é como uma colmeia sem abelhas"; acaba ficando sem a
doçura do mel.
Ser pai hoje
Ser pai hoje
Seu modo de ser vai influir na formação dos filhos
Quando Deus escolheu José para ser pai adotivo de Jesus, Ele queria que o Menino tivesse
uma referência de família aqui na terra. E uma referência excelente, é claro, tal o valor que o
Pai Eterno dá à família e à figura do pai. José, da casa de Davi, não foi escolhido somente por
isso. Ele tinha todas as qualidades para ser o pai de Jesus Cristo: homem temente a Deus,
honesto, trabalhador, digno, carinhoso, extremamente religioso, colocando somente a sua
confiança em Deus. Assumiu a situação mesmo antes de compreendê-la realmente, porque
tinha por Maria muito amor, respeito e sentimento de proteção.
O pai é importante na família porque seu exemplo, seu carinho, seu modo de ser vai influir
grandemente na formação do caráter dos filhos.
Sabemos que há pais descompromissados, que abandonam mãe e filhos, sem contribuir com o
seu amor, com o seu bom exemplo, com a sua responsabilidade. Mas estamos falando não
apenas do pai biológico, mas daquele pai amoroso, espelho do Pai do Céu, que gera, cria,
educa, ama, ensina, está sempre presente na vida do filho.
Deus nos dá o Espírito Santo para que saibamos vencer os obstáculos que o mundo nos
apresenta e que aparecem também quando não temos bons exemplos dentro do lar. Mas um
pai afetuoso, enérgico, cuidadoso, honrado traz a presença do Espírito Santo na sua família
porque ele é o amparo e a proteção de que a família necessita.
No mundo atual, cheio de consumismo, a mãe se vê na contingência de trabalhar fora para
ajudar nas despesas da casa. Entretanto, a proteção, não a proteção financeira somente, mas
a proteção moral, o apoio, a mão estendida do pai é imprescindível na vida de todo ser
humano.
Hoje é difícil ser um verdadeiro pai. A sociedade tem valorizado muito pouco a família. Os pais,
na ânsia de poder e riqueza, ou no afã de ganhar a vida para o sustento da família, se
esquecem do sustento espiritual, do bom exemplo, do companheirismo, da austeridade, os
quais, muitas vezes, se fazem necessários. Poucos são os pais que realmente dão uma
educação viva e atuante no campo da fé aos seus filhos, dando o exemplo da participação
dominical da Santa Missa e da vivência dos sacramentos. Os discursos emocionam, mas os
exemplos dos pais carregam os filhos para o seio da vida comunitária, eclesial e religiosa da
Igreja.
Que Deus abençoe os pais não apenas no dia que lhes é consagrado, mas em todos os dias
de sua existência e os faça mudar a realidade, trazendo seus filhos para uma vida responsável
e digna. Desta forma, os pais de amanhã serão mais presentes e o mundo será melhor. Que
São José, pai nutrício de Jesus Cristo, abençoe a todos os nossos pais
Se o casal não for unido, o lar não será feliz
Se o casal não for unido, o lar não será feliz
A família começa no matrimônio; por isso a Igreja exige do casal de noivos – no altar – um
juramento de fidelidade até a morte, sem a qual a família não tem sustentação. A infidelidade
conjugal é a grande praga de nossos dias que vai corroendo os lares.
Para fazer a vontade de Deus, a esposa deve ser fiel em tudo a seu esposo; viver para ele e
para seus filhos; nunca desejar outro homem e jamais ter intimidades com outro. Hoje vemos
alguns casamentos chegarem ao fim por causa de mulheres que conhecem outros homens
pela internet e acabam se apaixonando por eles. Para a mulher casada só deve existir um
homem a quem possa desejar: o seu esposo. Qualquer sentimento e desejo por outro é traição
e infidelidade conjugal.
Da mesma forma para o marido; não pode existir outra mulher em seus desejos a não ser a
sua esposa. São Paulo já falava claro sobre isso para ambos há dois mil anos.
"Considerando o perigo da incontinência, cada um tenha sua mulher, e cada mulher tenha seu
marido. O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a
esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao
seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua
esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para
vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente
Satanás por vossa incontinência" (I Cor 7,2-5).
Para fazer a vontade de Deus, marido e mulher devem buscar a cada dia chegar aonde Ele
quer que todo casal chegue: "Sereis uma só carne" (cf. Gn 2, 24); isto é, serem unidos. Que
nada os separe, que nada seja motivo de brigas: nem a moda, nem o dinheiro, nem os bens,
nem os parentes, nem a religião, nem os programas e passeios. Nada! Que tudo seja
combinado sem brigas e sem egoísmos, pois um casal egoísta é como duas bolas de bilhar: só
se encontram para se chocarem e se separarem.
Como diz a música do padre Zezinho:
"Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine por falta de amor
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
Que a família comece e termine sabendo aonde vai
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.
Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir e sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.
Que marido e mulher não se traiam nem traiam os seus filhos".
Se o casal não for unido, se não viver o amor de Deus, como Jesus ensinou e como São Paulo
também ensina na Carta aos Coríntios (cf. I Cor 13), o lar não será feliz, não haverá paz para
os filhos, e o desenvolvimento destes não será harmonioso. Muitos filhos não gostam do
próprio lar porque nele não há paz e amor. Como um jovem desse pode ser feliz?
O casal só viverá bem se cada um tiver Deus no coração; pois é a Sua graça que mata em nós
"a erva daninha" do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da arrogância, da prepotência, da
autossuficiência, do amor-próprio, da ganância, da ira, da inveja, preguiça, maledicência,
infidelidade, etc., e tudo o mais que destrói os casamentos.
É o amor de Deus e a Sua graça que darão ao casal a força da fé e da esperança nas horas
difíceis, a coragem nos grandes desafios da caminhada conjugal. Sem Deus Pai o casal não
terá bom diálogo, paciência, tolerância com os erros do outro, carinho a ser dado e resistência
contra os embates da vida.
São Pedro tem palavras de exortação aos esposos:
"Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à
palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento
de suas mulheres, ao observarem vossa vida casta e reservada... tende aquele ornato interior
e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão
precioso aos olhos de Deus... Do mesmo modo vós, ó maridos, comportai-vos sabiamente no
vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco... Tratai-as com todo
respeito para que nada se oponha às vossas orações" (I Pe 1, 1-7).
No casamento, o casal deve realizar a vontade do Altíssimo vivendo o mandamento:
"Deus os abençoou: 'Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a" (Gn 1,
28).
É vontade de Deus que o casal cresça na convivência mútua; e o fermento desse crescimento
é o amor, a renúncia, a abnegação, sabendo cada um dizer "não" a si mesmo para dizer "sim"
ao outro. Por outro lado, a missão do casamento é gerar os filhos de Deus; os futuros cidadãos
do céu; por isso, um controle de natalidade baseado no egoísmo, no comodismo ou no medo
deve ser evitado.
A Igreja ensina aos casais que os filhos são uma bênção de Deus; o Catecismo da Igreja
Católica (CIC) diz que: "A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor
conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos
esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. A Igreja
'está ao lado da vida', e ensina que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão
da vida" (CIC § 2366 ).
07/09/2010 - 08h40
O Poder do Diálogo no matrimônio
O Poder do Diálogo no matrimônio
Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama
A última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in Veritate”, de 29 de junho de
2009, apresenta uma proposta de vida, na qual as pessoas devem viver a verdade. Esta
verdade deverá ser procurada, expressa e encontrada na caridade; e toda caridade precisa ser
compreendida, avaliada e praticada à luz da verdade. O Papa usa a expressão “ágape” para
falar de caridade e “logos” para dizer da verdade. E afirma que da verdade (logos) sai a palavra
dia-logos: diálogo, comunicação, comunhão. A comunhão é fruto do diálogo.
No matrimônio, o diálogo entre os cônjuges é a fonte para que o amor se alimente, cresça e
frutifique em obras na própria vida do casal e também frutos de transformação da sociedade. A
base do diálogo é e será sempre a verdade, mas a forma de se dizer a verdade precisa ser a
caridade, com respeito à outra pessoa. Vemos muitos casais em crises conjugais por causa da
falta de diálogo, por não expressarem livremente a sua opinião, causando sempre a depressão
no outro, que se sente sufocado por viver a partir da verdade do cônjuge, sem poder se dizer.
Eu diria até sem ser valorizado como pessoa. Por isso, o diálogo é fundamental no matrimônio.
O que seria, então, o diálogo? Arrisco afirmar que a base é a escuta; não o falar. Para se
aprender a dialogar com os outros é preciso aprender a ouvi-lo sem qualquer preconceito, sem
querer corrigi-lo ou interferir em sua fala. Toda pessoa precisa ser ouvida, precisa ter alguém
que a escute e dê atenção às suas aspirações, sofrimentos, anseios diários... Enfim, todos
precisamos que alguém nos acolha com amor e nos escute por um momento do dia. Acho este
o ponto essencial no diálogo: um fala e o outro escuta, depois o outro fala e o primeiro escuta.
O fruto do diálogo deverá ser o consenso, uma opinião comum.
Quando tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se comunicando com
quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então, interpretou a sua fala de forma errônea,
distorcendo aquilo que ouviu e reagindo de forma agressiva ou indeferente.
O centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo. Nele podemos
encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a importância do casal rezar juntos.
Quem reza junto consegue conversar e dialogar de forma madura, com respeito. Podemos até
discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa. Separe e
preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor.
A verdade dita sem amor torna-se agressiva e não produz o efeito de ajuda para a melhora do
outro. Se aprendermos a viver o diálogo pela verdade, mas ajustado ao amor de Deus,
poderemos ser mais felizes no nosso matrimônio. Leia a Encíclica do Papa Bento XVI.
Deus o abençoe!
A felicidade mora no lar
A felicidade mora no lar
Quem não está disposto ao sacrifício nunca saberá o que é felicidade
"Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles poucos que pude passar em minha
casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex presidente dos EUA).
A maior alegria é colhida, a cada dia, na família. Eu não trocaria por nada toda a vida que vivi
em meio aos meus familiares. A alegria de gerar os filhos, educá-los e conviver com eles faz a
nossa maior felicidade. Infelizmente, muitos estão enganados pensando que podem buscar a
felicidade fora do lar. Não faça isso. Faça a sua vida girar em torno de um lar, pois nada nos
faz tão felizes como aquilo que construímos com a nossa vida, com a nossa luta e com a nossa
dedicação.
A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode
deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada.
Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas
apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar.
O homem percorre o mundo à procura da felicidade, mas volta para casa e a encontra lá.
Leon Tolstói disse que “a verdadeira felicidade está na própria casa. Entre as alegrias puras da
família e o carinho da pessoa amada é que somos felizes”. Todo homem pode deixar para este
mundo uma grande herança: um seio familiar bem constituído. Terá, então, prestado um
grande serviço à pátria e a Deus.
Tudo isto nos ensina que não há autêntica e duradoura felicidade construída fora do lar. Até
quando nos deixaremos enganar, querendo buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto
de nós? A família é o nosso complemento, a base da sociedade. Nela somos um indivíduo
reconhecido e amado; não apenas um número de RG ou CPF.
É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado,
sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; e é
por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na
violência. Muitos estão no mundo do crime, porque não tiveram um lar.
Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações
arrasam com os casamentos e, consequentemente, com as famílias. Os filhos pagam o preço
da separação dos pais, sofrem com isto. Quando as famílias eram bem constituídas, não
haviam tantos jovens envolvidos com drogas e com a violência, com a homossexualidade e
depressão. Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir
famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, onde os esposos vivam a fidelidade conjugal e se
dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. É isso que dá felicidade ao homem e à mulher.
Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das
pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.
Ora, é preciso entender que não há, na face da Terra, algo mais nobre e belo que um homem e
uma mulher possam fazer do que gerar e educar um filho. Nada pode ser, nem de longe,
comparado à vida humana. Nem toda riqueza que há debaixo da terra vale uma só vida
humana, porque esta é criada à imagem e semelhança de Deus, dotada de inteligência,
liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. O que pode ser
comparado a isto?
Nada pode nos dar tanta satisfação do que ver seu filho nascer, ensiná-lo a andar, falar,
escrever e seguir o seu caminho neste mundo.
A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos cônjuges. Sem
fidelidade conjugal a família não se sustenta; e esta fidelidade tem um alto preço de renúncia
às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se
amar de verdade e viver um para o outro, absolutamente, sem se darem ao direito da menor
aventura fora do lar. Isto seria traição ao outro, aos filhos e a Deus.
Não permita que o seu lar se dissolva por causa de uma infidelidade de sua parte. A felicidade
tem um preço; na família, temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se
permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não
brinque com fogo.
A grande ameaça à família é a infidelidade conjugal. Muitos maridos e esposas traem os seus
cônjuges e trazem para dentro do lar sua infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isto não
compensa jamais. Não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se
você destruir a sua família estará destruindo a sua própria felicidade.
Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. Um poeta disse que
viu a mulher na mão do homem como uma harpa que ele não sabia tocar, e ouviu-o queixar-se,
porque os sons não eram melodiosos.
O casal precisa saber se perdoar, porque se um não perdoa o outro em suas pequenas falhas,
jamais desfrutará de suas grandes virtudes. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas
isto depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro,
ajudá-lo a crescer, a vencer seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da
própria renúncia. Quem não está disposto a este sacrifício nunca saberá o que é a felicidade
de um lar.
O casal precisa ser unido profundamente. Eles devem ser como uma só pessoa. A vida deles
deve ser vivida a dois: os mesmos planos, os mesmos projetos, os mesmos valores... Deve ser
com a união do café com leite, que ninguém mais pode separar.
Os rios Negro e Solimões se unem para formar o grande Amazonas, e ninguém mais os
separa; é assim que deve ser um casal, unidos por toda a vida. Mas isto tem um preço: a
renúncia de cada um para viver para o outro. Sem saber dizer não para nós mesmos, não
seremos capazes de dizer sim para o outro.
O homem não precisa trocar de mulher para ser feliz. É tão absurdo dizer que um homem não
pode amar a mesma mulher toda a sua vida, quanto dizer que um violonista precisa de
diversos violinos para tocar a mesma música. Se alguém não sabe tocar violino não adianta
trocá-lo.
Aprenda que a felicidade não é conquistar uma mulher diferente a cada dia, ou conquistar um
homem a cada dia; mas conquistar a mesma mulher ou o mesmo homem todos os dias.
A felicidade dos pais está na geração e na educação de seus rebentos; porque esta é uma
missão do casal, dada por Deus.
Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter
instrumentos para ser músico. Ser pai e ser mãe é muito mais do que gerar filhos, é educá-los
em todas as dimensões: física, racional, moral e espiritual.
Uma senhora me disse que os filhos saem da barriga da mãe e passam para a cabeça dela
para sempre. É verdade, os filhos são as âncoras que mantêm as mães agarradas à vida. Para
educá-los bem, os pais precisam, antes de tudo, de ter tempo para eles e saber conquistá-los;
sem isto, eles não os ouvirão e não seguirão seus conselhos. Mas eles devem ser
conquistados por aquilo que você é para eles; não aquilo que você dá para eles.
Cada filho é como um diamante que Deus nos entrega para ser lapidado com carinho. Não há
alegria maior para um homem do que encontrar alegria em seu filho. E este é a nossa imagem.
O filho é educado muito mais pelo exemplo dos pais do que por suas palavras.
O divórcio começa no coração
O divórcio começa no coração
Casais, quebrem a dureza do coração
As relações conjugais estão em crise, pois cada pessoa quer a sua própria felicidade, e os
casais, hoje, estão se divorciando por qualquer motivo.
A raíz do divórcio é a "dureza de coração". Mas hoje Jesus quer falar para as famílias que o
divórcio acontece, primeiramente, nos corações dos casais, para depois ir para o papel.
Vou contar-lhes uma história que ouvi, cujo autor é desconhecido:
O homem por detrás do balcão, olhava a rua de forma distraída, enquanto uma garotinha se
aproximava da loja, ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os seus olhos da cor do
céu, brilharam quando viu determinado objeto. Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de
turquesas azuis.
- É para minha irmã. Você pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou:
- Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós.
Colocou-o sobre o balcão, e feliz disse:
- Isto dá, não dá? (Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.)
- Sabe, continuou, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu
nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. Hoje é aniversário dela e tenho
certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
- O homem foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso
papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde.
- Tome! Disse para a garota. Leve com cuidado.
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de
cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já
conhecido embrulho desfeito e indagou:
- Este colar foi comprado aqui?
- Sim senhora.
- E quanto custou?
- Ah! Falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto
confidencial entre o vendedor e o freguês.
- A moça continuou: - Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. E esse colar é
verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele.
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à
jovem.
- Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha!
O silêncio encheu a pequena loja, e lágrimas rolaram pela face da jovem, enquanto suas mãos
tomavam o embrulho. Ela retornava ao lar emocionada...
Você é capaz de tudo pela sua família? Você precisa dar tudo o que tem por ela. Para que
você se casou? Por que você está noivo? O que o motiva a se unir a esta mulher ou a este
homem?
Esposa, procure tempo para olhar dentro do olho do seu esposo e dizer que o ama. Isso não é
coisa de casal "novinho"; isso é característica de família. Espero que ninguém "morra" em sua
casa. Espero que você não durma do lado de um cadáver.
Se as coisas estão mal para sua família, opte por andar pelo verdadeiro caminho que é Jesus.
Ele grita ao nosso coração: "Sua família é boa, o seu casamento é bom". Deus acredita na sua
família, Deus acredita em você, na sua história. Deixe de ser tonto! Ande pela estrada certa e
não se esqueça de que o caminho é Jesus; se você quiser que sua família seja feliz, entregue-
a para Ele.
Casais, quebrem a dureza do coração, amem, porque ainda há tempo! Amem seus filhos
enquanto há tempo, porque eles vão crescer. Esse é o momento certo, tempo de dar atenção a
eles. Quebrem a dureza de coração! Peço-lhes hoje: voltem para suas casas sem medo, o
caminho é Jesus.
Há solução para sua família, e ela começa em seu coração. Não se desvie o caminho, pois,
você e sua casa são do Senhor".
As sequelas da infidelidade
As sequelas da infidelidade
A pessoa abandonada se sentirá sempre ferida
Sabemos que, na vivência da vida conjugal, nenhum dos cônjuges está completamente cego
para as imperfeições do outro. Por maior que seja o tempo de vida em comum, os defeitos da
pessoa com quem convivemos, assim como os nossos, sempre devem ser minimizados ou
erradicados, a fim de favorecer um ambiente harmonioso em família. A graça de um
relacionamento está na atitude do cônjuge de oferecer para o outro aquilo que ele tem de
melhor.
A atração recíproca que nos faz permanecer no compromisso não está na dependência física
de um para com o outro, nem no medo da solidão, tampouco nas cláusulas que regem as
condições de um acordo nupcial. Ainda assim, a sensação de descontentamento dentro de um
estado de vida pode acontecer e se tornar cada vez mais crônica quando as crises não são
observadas com a atenção necessária ou quando a denúncia de algo que não esteja a
contento por parte de um dos cônjuges é omitida. Em meio aos altos e baixos da vida a dois, o
casal deixa, ao agir dessa forma, de trabalhar naquilo que tem se despontado como um
problema.
Com o desprezo desses cuidados, facilmente os danos de um relacionamento conturbado
começam a aparecer em constantes brigas, falta de atenção, descaso e negligência nas coisas
que para o outro são importantes; e como consequência disso, o individualismo começa a
esvaziar a comunhão da vida do casal e da família.
De modo silencioso, o distanciamento, somado às divergências de opinião, vai induzir a pessoa
a acreditar que fez uma opção errada para sua vida e que as respostas para resolver as
insatisfações na vida conjugal estão na tentativa de viver uma nova experiência sentimental,
deixando para trás os anos de convivência familiar, e embarcando, assim, numa paixão fugaz
de um caso amoroso.
Todavia, um relacionamento extraconjugal não envolve planos a longo prazo e podemos
também notar que, nesse tipo de união, quase sempre as pessoas estão convictas da
superficialidade da relação. Consequentemente o "affaire" se dissipará na mesma intensidade
com que teve início. Por menor que seja a duração de um relacionamento superficial, em
muitos casos, as dores provocadas pela traição podem ser mais profundas do que se possa
imaginar.
Para a pessoa que foi abandonada, os sentimentos estarão sempre feridos; e como família,
seus membros se comportam como células de um organismo vivo, desse modo, as sequelas
da infidelidade não excluirão de seu alcance também os filhos.
A restauração de um relacionamento conjugal não se faz apenas com a volta física da pessoa
ao lar ou com o sustento de suas necessidades. Antes, será necessário conhecer e eliminar os
motivos que favoreceram as vias da traição.
Vale a pena considerar que a atitude de sair de casa para viver um relacionamento
extraconjugal só necessita do consentimento de quem se abre para esse fim. Então,
restabelecer os laços rompidos pela infidelidade deste será uma tarefa de difícil adaptação,
exigindo muito mais daquele que foi traído. Recompor a família das dores geradas pela traição
e viver o resgate do relacionamento vai impor ao casal dedicação, perdão e tempo.
Mais que gostar da companhia do cônjuge ao nosso lado ou sentir falta das crianças, por
exemplo, a beleza singular dos relacionamentos está na disposição de compartilhar vidas ao
percebermos na outra pessoa a reciprocidade de todas as nossas manifestações de carinho e
disposição para o compromisso em comum.
A criança é um dom e um milagre que deve ser
recebido no amor",
"A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor", declara o Papa no Ângelus
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 27-12-2010, Gaudium Press) "O nascimento de toda
criança traz consigo alguma coisa deste mistério do nascimento de Jesus Cristo", declarou o
Santo Padre no Ângelus deste domingo, 26, dedicado à Sagrada Família, cuja festa foi
celebrada no mesmo dia. Da janela de seu escritório privado, a uma Praça São Pedro repleta
de peregrinos e romanos, o pontífice fez também um apelo pela paz nas Filipinas, depois do
atentado à igreja católica na ilha de Jolo durante a primeira Missa de Natal.
No início da recitação, Papa Bento XVI pediu a todos que acolhessem cada criança do mundo,
aceitando-a como um dom e um milagre, sem concentrar-se nas comodidades exteriores. "A
estabilidade da vida se encontra na confiança na divina Providência", disse. "As crianças no
mundo necessitam do amor de seu pai e de sua mãe, como o pequeno Jesus que estava no
centro do afeto e das atenções de seus pais. A procriação humana não é um mero ato
reprodutivo, mas uma riqueza", afirmou.
Após dissertar sobre a Sagrada Família, o Santo Padre comentou a respeito os ataques contra
cristãos cometidos neste Natal nas Filipinas, na Nigéria e no Paquistão. "A feliz atmosfera do
Natal é entristecida pelas notícias de outras partes do mundo onde os cristãos experimentam
as provas de sua fé. O nosso mundo continua a ser marcado pela violência, especialmente
contra os discípulos de Cristo", disse o pontífice invocando as pessoas a abandonar a via do
ódio para encontrar soluções pacíficas aos conflitos.
Depois da oração, como todos os domingos, o Papa saudou os peregrinos também em língua
espanhola. "Convido as famílias cristãs a olhar com confiança o lar de Nazaré, cujo exemplo de
vida e comunhão nos alenta a enfrentar as precoupações e necessidades domésticas com
profundo amor e recíproca compreensão. A vocês e a vossas famílias reitero minha cordial
felicitação nestas festa de Natal", concluiu.
O que é o Setor Pós Matrimonial
O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de
todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua
nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade
de amor, é necessário que todos os membros sejam ajudados e preparados para as
responsabilidades próprias diante dos novos problemas que se apresentam para o serviço
recíproco e para a participação ativa na vida da família.
Acompanhar os esposos, para ajudá-los a crescerem na fé e aprofundar-se no mistério do
matrimônio cristão. Assim, serão ajudados a ser felizes, ensinando-lhes a cultivar o amor, a
entrar em diálogo, a trocar delicadezas e atenções, a centrar no lar todos os interesses da vida.
O setor Pós-matrimonial deverá desenvolver um trabalho buscando o entrosamento com a
equipe do batismo (pais e padrinhos), grupos de terceira idade, grupos de crisma (pais de
crismandos) para melhor atender as necessidades de cada família. Dentro deste setor,
poderão ser desenvolvidos:
 Atendimento a grupos familiares (jovens recém-casados, casados há mais tempo, grupos de
reflexão para a educação dos filhos, etc);
 Atendimento aos pais que pedem o batismo e crisma dos filhos;
 Atendimento a dias de retiro ou dia de retiro com casais;
 Atendimento e assistência aos pais e padrinhos dos noivos.
Na ação pastoral para com as famílias, a Igreja deverá prestar uma atenção especial para
educá-las, a viver responsavelmente o amor conjugal em relação, com as exigências de
comunhão e de serviço à vida, como também a conciliar a intimidade da vida de casa com a
obra comum e generosa de edificar a Igreja e a sociedade humana.
“A força e o vigor da instituição matrimonial e familiar se evidenciam igualmente: as profundas
mudanças sociais contemporâneas, não obstante as dificuldades a que dão origem,
manifestam muitas vezes, de várias maneiras, a verdadeira índole dessa instituição” (Gaudium
et Spes 47).
“A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser célula primeira e vital da sociedade”
(Apostolican Actuositatem – Apostolado Leigo 11,3).
“A família é a primeira escola das virtudes sociais necessárias às demais sociedades... É aí
que os filhos fazem a primeira experiência de uma sã sociedade humana... É através dela que
os filhos vão sendo introduzidos gradativamente na sociedade civil e na Igreja”
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Setor pos matrimonio 2015

  • 1. SETOR POS MATRIMONIO O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade de amor, é necessário que todos os membros sejam ajudados e preparados para as responsabilidades próprias diante dos novos problemas que se apresentam para o serviço recíproco e para a participação ativa na vida da família. Acompanhar os esposos, para ajudá-los a crescerem na fé e aprofundar-se no mistério do matrimônio cristão. Assim, serão ajudados a ser felizes, ensinando-lhes a cultivar o amor, a entrar em diálogo, a trocar delicadezas e atenções, a centrar no lar todos os interesses da vida. O setor Pós-matrimonial deverá desenvolver um trabalho buscando o entrosamento com a equipe do batismo (pais e padrinhos), grupos de terceira idade, grupos de crisma (pais de crismandos) para melhor atender as necessidades de cada família. Dentro deste setor, poderão ser desenvolvidos:  Atendimento a grupos familiares (jovens recém-casados, casados há mais tempo, grupos de reflexão para a educação dos filhos, etc);  Atendimento aos pais que pedem o batismo e crisma dos filhos;  Atendimento a dias de retiro ou dia de retiro com casais;  Atendimento e assistência aos pais e padrinhos dos noivos. Na ação pastoral para com as famílias, a Igreja deverá prestar uma atenção especial para educá-las, a viver responsavelmente o amor conjugal em relação, com as exigências de comunhão e de serviço à vida, como também a conciliar a intimidade da vida de casa com a obra comum e generosa de edificar a Igreja e a sociedade humana.
  • 2. “A força e o vigor da instituição matrimonial e familiar se evidenciam igualmente: as profundas mudanças sociais contemporâneas, não obstante as dificuldades a que dão origem, manifestam muitas vezes, de várias maneiras, a verdadeira índole dessa instituição” (Gaudium et Spes 47). “A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser célula primeira e vital da sociedade” (Apostolican Actuositatem – Apostolado Leigo 11,3). “A família é a primeira escola das virtudes sociais necessárias às demais sociedades... É aí que os filhos fazem a primeira experiência de uma sã sociedade humana... É através dela que os filhos vão sendo introduzidos gradativamente na sociedade civil e na Igreja” (Gaudium et Spes 3). Setor Pós Matrimonial O CASAMENTO LEIAM! É IMPORTANTE CASAMENTO É PARA VIDA TODA... PEDIMOS A IRMÃ OU IRMÃO QUE TENHA PACIÊNCIA AO LER, VÁ ATÉ O FINAL, VALE A PENA ESSA REFLEXÃO. DEUS TE ABENÇÕE... Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho... Setor Pós Matrimonial Harmonia sexual entre o casal Harmonia sexual entre o casal Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia. A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O sexo tem duas dimensões...
  • 3. Os conflitos e discussões conjugais Os conflitos e discussões conjugais Esses momentos poderão se tornar um campeonato de hostilidades Os conflitos e as discussões em nossos relacionamentos são inevitáveis. Para confirmar esta verdade não se necessita ser nenhum - “expert” no assunto. Já presenciamos esses momentos até entre.. . Filhos, uma bênção de Deus Filhos, uma bênção de Deus Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? "A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais" (Catecismo da Igreja Católica - CIC § 2373). Certa vez o Papa Paulo VI disse... Ser pai hoje Ser pai hoje Seu modo de ser vai influir na formação dos filhos Quando Deus escolheu José para ser pai adotivo de Jesus, Ele queria que o Menino tivesse uma referência de família aqui na terra. E uma referência excelente, é claro, tal o valor que o Pai Eterno dá à família e à figura do pai. José,... Se o casal não for unido, o lar não será feliz Se o casal não for unido, o lar não será feliz A família começa no matrimônio; por isso a Igreja exige do casal de noivos – no altar – um juramento de fidelidade até a morte, sem a qual a família não tem sustentação. A infidelidade conjugal é a grande praga de nossos dias que vai corroendo os...
  • 4. O Poder do Diálogo no matrimônio O Poder do Diálogo no matrimônio Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama A última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in Veritate”, de 29 de junho de 2009, apresenta uma proposta de vida, na qual as pessoas devem viver a verdade. Esta verdade deverá ser procurada,... A felicidade mora no lar A felicidade mora no lar Quem não está disposto ao sacrifício nunca saberá o que é felicidade "Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles poucos que pude passar em minha casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex presidente dos EUA). A maior alegria é colhida, a cada dia, na.. . O divórcio começa no coração O divórcio começa no coração Casais, quebrem a dureza do coração As relações conjugais estão em crise, pois cada pessoa quer a sua própria felicidade, e os casais, hoje, estão se divorciando por qualquer motivo. A raíz do divórcio é a "dureza de coração". Mas hoje Jesus quer falar para as famílias.. . As sequelas da infidelidade As sequelas da infidelidade A pessoa abandonada se sentirá sempre ferida Sabemos que, na vivência da vida conjugal, nenhum dos cônjuges está completamente cego para as imperfeições do outro. Por maior que seja o tempo de vida em comum, os defeitos da pessoa com quem convivemos, assim como os...
  • 5. "A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor", "A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor", declara o Papa no Ângelus Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 27-12-2010, Gaudium Press) "O nascimento de toda criança traz consigo alguma coisa deste mistério do nascimento de Jesus Cristo", declarou o Santo Padre no Ângelus deste... O que é o Setor Pós Matrimonial O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade de amor, é necessário que... Harmonia sexual entre o casal Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição O bom relacionamento sexual na vida do casal é de fundamental importância para a sua harmonia. A primeira necessidade é conhecer o sentido da vida sexual no plano de Deus. O sexo tem duas dimensões na vida conjugal: unitiva e pro criativa. A dimensão unitiva significa que o sexo é um meio de unidade do casal. Mais do que nunca é no relacionamento sexual que eles se tornam “uma só carne” . O ato sexual, para o casal, é a mais intensa manifestação do seu amor; é a celebração do amor no nível afetivo e sensitivo. Portanto, não pode haver sexo sem profundo amor; ele só pode ser vivido no casamento, porque só no casamento existe um compromisso de vida para toda a vida e a responsabilidade de assumir as suas consequências, especialmente os filhos. O que faz do sexo algo perigoso e desordenado é exatamente o seu uso fora de uma realidade de manifestação de amor. Se tirarmos o amor, o sexo se transforma em mera prostituição: sexo sem amor, sem compromisso. Aquele que usa da prostituta não tem responsabilidade sobre ela; não se importa se amanhã ela estará doente, desempregada, passando fome ou morrendo de AIDS. Ela foi apenas um instrumento de prazer, que foi alugado por alguns instantes. É o grande desvirtuamento de uma das realidades mais lindas criadas por Deus. Se ao criar todas as coisas, “Deus viu que tudo era bom” (cf. Gen 1,10), também o sexo, já que foi feito com a bela finalidade de gerar a vida e unir os esposos. Se ele fosse sujo, em si mesmo, a criança não poderia ser tão bela e inocente. Nossos filhos vieram ao mundo porque tivemos relações sexuais. Deus, na Sua sabedoria, quis assim; quis que, no auge da celebração do amor do casal, o filho fosse gerado, para que este não fosse apenas “carne da carne dos pais”, mas “amor do seu amor”. A Igreja sempre viu com olhos claros esta realidade. São Paulo, há vinte
  • 6. séculos, já dava orientação segura aos fiéis de Corinto sobre isso: "O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. (I Cor 7, 3-5). A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence a seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornais um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência" Com essas orientações o apóstolo dos gentios mostra a legitimidade da vida sexual no casamento e até pede que os casais não se abstenham dela por muito tempo, dizendo: "Não vos recuseis um ao outro”. E pede que cada um “cumpra o seu dever” para com o outro. Como não ver nessas palavras do apóstolo um pedido aos cônjuges, para que satisfaçam as legítimas aspirações do outro? É claro que a luz a guiar este relacionamento há de ser sempre o amor e nunca o egoísmo. Haverá épocas na vida do casal em que a relação sexual será impossível. Quando a esposa está grávida, já próximo de dar à luz, após o parto, quando passa por uma cirurgia, entre outros. Nessas ocasiões, e em muitas outras, por bom senso, mas também por caridade para com a esposa, o esposo há de respeitá-la. O fato de o sexo ser legítimo no casamento,– e só no casamento –, não quer dizer que nele "vale tudo" como se diz. Não somos animais irracionais; aliás, nem os animais irracionais fazem estrepolias em termos de sexo. Ao contrário, são extremamente naturais. A moral católica se rege pela "lei natural", que Deus colocou no mundo e no coração do homem. Aquilo que não está de acordo com a natureza, não está de acordo com a moral. Será que, por exemplo, o sexo oral ou anal estão de acordo com a natureza? Certamente não. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos ensina o seguinte: "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido" (CIC, 2362; GS, 49). Tenho ouvido esposas que se queixam dos maridos que as obrigam a fazer o que elas não querem nem aceitam no ato sexual. Neste caso, será uma violência obrigá-las a isso. Aquilo que cada um aceita, dentro das características psicológicas de cada um, não sendo uma violência à lei natural, pode ser vivido com liberdade pelo casal. É legítimo que o esposo prepare a esposa para que haja a harmonia sexual; isto é, ambos atingirem juntos o orgasmo. O esposo deve se guiar exatamente pela orientação da esposa, que saberá mostrar-lhe naturalmente o que ela precisa para chegar ao orgasmo com ele. Não é fácil, muitas vezes, o ajustamento sexual do casal; e, algumas vezes, precisa-se de anos para que ele aconteça. Também aí há de haver a paciência e a bondade de um para com o outro, para ajudá-lo a superar as suas dificuldades. Mas tudo se resolve se houver esses ingredientes. Os conflitos e discussões conjugais Esses momentos poderão se tornar um campeonato de hostilidades Os conflitos e as discussões em nossos relacionamentos são inevitáveis. Para confirmar esta verdade não se necessita ser nenhum “expert” no assunto. Já presenciamos esses momentos até entre pessoas que vivem uma relação de forte romantismo. Entretanto, a maneira como
  • 7. lidamos com essas situações é que poderá sinalizar as consequências e o futuro das passageiras desavenças dentro da vida conjugal. Ninguém – tomado pelo calor de uma situação estressante – poderia, no auge de uma discussão, externar ao cônjuge palavras de estímulo, como por exemplo: “Você é uma pessoa com grandes qualidades, inteligente, sagaz, intrépida...” Pelo contrário, mesmo que a pessoa tenha todas essas qualidades, essas virtudes seriam afogadas no mar de palavras pejorativas em tais momentos. Se não estivermos atentos, esses momentos conflituosos poderão se tornar um verdadeiro campeonato para ver quem consegue ser mais hostil àquele com quem se relaciona. Muitas vezes, tais discussões têm início com uma conversa aparentemente sem relevância, contudo, dentro do casamento, não é raro saber que muitas dessas controvérsias resultaram em atitudes abusivas em que a agressão física foi aplicada na tentativa de se estabelecer a razão. Conhecendo as consequências da agressividade, é necessário lembrar e priorizar o respeito merecido pela pessoa com quem se convive, especialmente, quando se está tomado pelo estresse; pois as sequelas de uma discussão mal administrada poderão trazer profundas feridas para a continuidade de um sadio relacionamento entre o casal. As dificuldades financeiras e os desafios enfrentados dentro da vida familiar são os temas mais atualizados nas conversas conjugais; entretanto, o casal pouco fala de si próprio. Sem perceber, mesmo nos momentos em que os dois estão a sós, o teor da conversa esbarra frequentemente nos problemas e raramente sobre a importância da presença do outro, de modo a propiciar o namoro por meio das palavras, das manifestações de carinho, como o abraço. Conversas propriamente relacionadas à vida do casal e que poderiam estimular o entrosamento conjugal são, muitas vezes, esquecidas. E devido a esse distanciamento, pouco a pouco os cônjuges começam a se tornar estranhos ou independentes dentro do relacionamento em que a vida comum e solidária é o fundamento dessa relação. A disposição para a retomada do diálogo – tal como se vivia na época do namoro – pode evitar muitas futuras desavenças. Em outras ocasiões, ceder ao sacrifício, abrindo mão de nossas pequenas riquezas, poderá ser um ato de bravura no momento da discussão, mas acredito que o desejo de se moldar às exigências conjugais é a principal atitude para que se consiga minimizar os conflitos. Seria uma grande utopia acreditar que, em nossos relacionamentos, não teríamos discussões e desavenças. Sabemos que o casamento não aconteceu apenas naquele dia em que decidimos viver juntos, diante do sacerdote, mas se atualiza a cada novo dia, tendo como bagagem as experiências de todos os outros dias transcorridos, que marcaram vitórias sobre as dificuldades na companhia do cônjuge.
  • 8. Filhos, uma bênção de Deus Filhos, uma bênção de Deus Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? "A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja veem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais" (Catecismo da Igreja Católica - CIC § 2373). Certa vez o Papa Paulo VI disse a um grupo de casais: "A dualidade de sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida". Isto é, doando a vida o casal humano se torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra? Alguém disse certa vez, com muita razão, que "a primeira vitória de um homem foi ter nascido". Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que "ele é a única criatura que Deus quis por si mesma" (GS, 24). Por isso o Catecismo da Igreja afirma que: "Os filhos são o dom mais excelente do Matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais" (CIC § 2378). Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? Ou será que "escapamos pela tangente", dando a "nossa" desculpa? Lamentavelmente se estabeleceu entre nós, também católicos, uma cultura "antinatalista". Por incrível que pareça "as preocupações da vida" (cf. Lc 12,22; Mt 6,19) sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste mentalidade de "quanto menos filhos melhor". À luz do Cristianismo, essa é uma triste mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida. "A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem. Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos" (Familiaris Consortio, 28).
  • 9. A situação social e cultural dos nossos tempos dificulta a compreensão dessa verdade. Nasceu, assim, uma mentalidade contra a vida ("anti-life mentality"), como emerge de muitas questões atuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida... "Mas a Igreja crê firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida" (Familiaris Consórtio, 30). Muitos têm medo de não educar bem os filhos. Pois eu lhes digo que, com Deus, é possível educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável e viva para os filhos com todas as suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um Homem… isto basta. Há hoje uma mentira muito difundida - infelizmente aceita também por muitos católicos - afirmando que a limitação da natalidade é o remédio necessário e "indispensável" para sanar todos os males da humanidade. Não há civilização que possa se sustentar sobre uma falsa ética que destrói o ser humano ou que impede o "seu existir". É ilógico, desumano e contra a Lei de Deus, que, para salvar a humanidade seja necessário sacrificá-la em parte. Jamais a mulher poderá se realizar mais em outra vocação do que na maternidade. É aí que ela coopera de maneira mais extraordinária com Deus na obra da criação. Vitor Hugo disse, certa vez, que "um lar sem filhos é como uma colmeia sem abelhas"; acaba ficando sem a doçura do mel. Ser pai hoje Ser pai hoje Seu modo de ser vai influir na formação dos filhos Quando Deus escolheu José para ser pai adotivo de Jesus, Ele queria que o Menino tivesse uma referência de família aqui na terra. E uma referência excelente, é claro, tal o valor que o Pai Eterno dá à família e à figura do pai. José, da casa de Davi, não foi escolhido somente por isso. Ele tinha todas as qualidades para ser o pai de Jesus Cristo: homem temente a Deus, honesto, trabalhador, digno, carinhoso, extremamente religioso, colocando somente a sua
  • 10. confiança em Deus. Assumiu a situação mesmo antes de compreendê-la realmente, porque tinha por Maria muito amor, respeito e sentimento de proteção. O pai é importante na família porque seu exemplo, seu carinho, seu modo de ser vai influir grandemente na formação do caráter dos filhos. Sabemos que há pais descompromissados, que abandonam mãe e filhos, sem contribuir com o seu amor, com o seu bom exemplo, com a sua responsabilidade. Mas estamos falando não apenas do pai biológico, mas daquele pai amoroso, espelho do Pai do Céu, que gera, cria, educa, ama, ensina, está sempre presente na vida do filho. Deus nos dá o Espírito Santo para que saibamos vencer os obstáculos que o mundo nos apresenta e que aparecem também quando não temos bons exemplos dentro do lar. Mas um pai afetuoso, enérgico, cuidadoso, honrado traz a presença do Espírito Santo na sua família porque ele é o amparo e a proteção de que a família necessita. No mundo atual, cheio de consumismo, a mãe se vê na contingência de trabalhar fora para ajudar nas despesas da casa. Entretanto, a proteção, não a proteção financeira somente, mas a proteção moral, o apoio, a mão estendida do pai é imprescindível na vida de todo ser humano. Hoje é difícil ser um verdadeiro pai. A sociedade tem valorizado muito pouco a família. Os pais, na ânsia de poder e riqueza, ou no afã de ganhar a vida para o sustento da família, se esquecem do sustento espiritual, do bom exemplo, do companheirismo, da austeridade, os quais, muitas vezes, se fazem necessários. Poucos são os pais que realmente dão uma educação viva e atuante no campo da fé aos seus filhos, dando o exemplo da participação dominical da Santa Missa e da vivência dos sacramentos. Os discursos emocionam, mas os exemplos dos pais carregam os filhos para o seio da vida comunitária, eclesial e religiosa da Igreja. Que Deus abençoe os pais não apenas no dia que lhes é consagrado, mas em todos os dias de sua existência e os faça mudar a realidade, trazendo seus filhos para uma vida responsável e digna. Desta forma, os pais de amanhã serão mais presentes e o mundo será melhor. Que São José, pai nutrício de Jesus Cristo, abençoe a todos os nossos pais Se o casal não for unido, o lar não será feliz
  • 11. Se o casal não for unido, o lar não será feliz A família começa no matrimônio; por isso a Igreja exige do casal de noivos – no altar – um juramento de fidelidade até a morte, sem a qual a família não tem sustentação. A infidelidade conjugal é a grande praga de nossos dias que vai corroendo os lares. Para fazer a vontade de Deus, a esposa deve ser fiel em tudo a seu esposo; viver para ele e para seus filhos; nunca desejar outro homem e jamais ter intimidades com outro. Hoje vemos alguns casamentos chegarem ao fim por causa de mulheres que conhecem outros homens pela internet e acabam se apaixonando por eles. Para a mulher casada só deve existir um homem a quem possa desejar: o seu esposo. Qualquer sentimento e desejo por outro é traição e infidelidade conjugal. Da mesma forma para o marido; não pode existir outra mulher em seus desejos a não ser a sua esposa. São Paulo já falava claro sobre isso para ambos há dois mil anos. "Considerando o perigo da incontinência, cada um tenha sua mulher, e cada mulher tenha seu marido. O marido cumpra o seu dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com o marido. A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao seu marido. E da mesma forma o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa. Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente Satanás por vossa incontinência" (I Cor 7,2-5). Para fazer a vontade de Deus, marido e mulher devem buscar a cada dia chegar aonde Ele quer que todo casal chegue: "Sereis uma só carne" (cf. Gn 2, 24); isto é, serem unidos. Que nada os separe, que nada seja motivo de brigas: nem a moda, nem o dinheiro, nem os bens, nem os parentes, nem a religião, nem os programas e passeios. Nada! Que tudo seja combinado sem brigas e sem egoísmos, pois um casal egoísta é como duas bolas de bilhar: só se encontram para se chocarem e se separarem. Como diz a música do padre Zezinho: "Que nenhuma família comece em qualquer de repente Que nenhuma família termine por falta de amor Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
  • 12. Que a família comece e termine sabendo aonde vai E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor E que os filhos conheçam a força que brota do amor. Que marido e mulher tenham força de amar sem medida Que ninguém vá dormir sem pedir e sem dar seu perdão Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida Que a família celebre a partilha do abraço e do pão. Que marido e mulher não se traiam nem traiam os seus filhos". Se o casal não for unido, se não viver o amor de Deus, como Jesus ensinou e como São Paulo também ensina na Carta aos Coríntios (cf. I Cor 13), o lar não será feliz, não haverá paz para os filhos, e o desenvolvimento destes não será harmonioso. Muitos filhos não gostam do próprio lar porque nele não há paz e amor. Como um jovem desse pode ser feliz? O casal só viverá bem se cada um tiver Deus no coração; pois é a Sua graça que mata em nós "a erva daninha" do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da arrogância, da prepotência, da autossuficiência, do amor-próprio, da ganância, da ira, da inveja, preguiça, maledicência, infidelidade, etc., e tudo o mais que destrói os casamentos. É o amor de Deus e a Sua graça que darão ao casal a força da fé e da esperança nas horas difíceis, a coragem nos grandes desafios da caminhada conjugal. Sem Deus Pai o casal não terá bom diálogo, paciência, tolerância com os erros do outro, carinho a ser dado e resistência contra os embates da vida. São Pedro tem palavras de exortação aos esposos: "Vós, também, ó mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Se alguns não obedecem à palavra, serão conquistados, mesmo sem a palavra da pregação, pelo simples procedimento de suas mulheres, ao observarem vossa vida casta e reservada... tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus... Do mesmo modo vós, ó maridos, comportai-vos sabiamente no vosso convívio com as vossas mulheres, pois são de um sexo mais fraco... Tratai-as com todo respeito para que nada se oponha às vossas orações" (I Pe 1, 1-7). No casamento, o casal deve realizar a vontade do Altíssimo vivendo o mandamento:
  • 13. "Deus os abençoou: 'Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a" (Gn 1, 28). É vontade de Deus que o casal cresça na convivência mútua; e o fermento desse crescimento é o amor, a renúncia, a abnegação, sabendo cada um dizer "não" a si mesmo para dizer "sim" ao outro. Por outro lado, a missão do casamento é gerar os filhos de Deus; os futuros cidadãos do céu; por isso, um controle de natalidade baseado no egoísmo, no comodismo ou no medo deve ser evitado. A Igreja ensina aos casais que os filhos são uma bênção de Deus; o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que: "A fecundidade é um dom, um fim do matrimônio, porque o amor conjugal tende a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. A Igreja 'está ao lado da vida', e ensina que qualquer ato matrimonial deve estar aberto à transmissão da vida" (CIC § 2366 ). 07/09/2010 - 08h40 O Poder do Diálogo no matrimônio O Poder do Diálogo no matrimônio Muitas vezes, as pessoas se fecham para quem se ama A última Encíclica do Santo Padre, o Papa Bento XVI, “Caritas in Veritate”, de 29 de junho de 2009, apresenta uma proposta de vida, na qual as pessoas devem viver a verdade. Esta verdade deverá ser procurada, expressa e encontrada na caridade; e toda caridade precisa ser compreendida, avaliada e praticada à luz da verdade. O Papa usa a expressão “ágape” para falar de caridade e “logos” para dizer da verdade. E afirma que da verdade (logos) sai a palavra dia-logos: diálogo, comunicação, comunhão. A comunhão é fruto do diálogo. No matrimônio, o diálogo entre os cônjuges é a fonte para que o amor se alimente, cresça e frutifique em obras na própria vida do casal e também frutos de transformação da sociedade. A base do diálogo é e será sempre a verdade, mas a forma de se dizer a verdade precisa ser a
  • 14. caridade, com respeito à outra pessoa. Vemos muitos casais em crises conjugais por causa da falta de diálogo, por não expressarem livremente a sua opinião, causando sempre a depressão no outro, que se sente sufocado por viver a partir da verdade do cônjuge, sem poder se dizer. Eu diria até sem ser valorizado como pessoa. Por isso, o diálogo é fundamental no matrimônio. O que seria, então, o diálogo? Arrisco afirmar que a base é a escuta; não o falar. Para se aprender a dialogar com os outros é preciso aprender a ouvi-lo sem qualquer preconceito, sem querer corrigi-lo ou interferir em sua fala. Toda pessoa precisa ser ouvida, precisa ter alguém que a escute e dê atenção às suas aspirações, sofrimentos, anseios diários... Enfim, todos precisamos que alguém nos acolha com amor e nos escute por um momento do dia. Acho este o ponto essencial no diálogo: um fala e o outro escuta, depois o outro fala e o primeiro escuta. O fruto do diálogo deverá ser o consenso, uma opinião comum. Quando tudo isso não acontece, as pessoas acabam se fechando e não se comunicando com quem ama, porque este não soube ouvi-la ou, então, interpretou a sua fala de forma errônea, distorcendo aquilo que ouviu e reagindo de forma agressiva ou indeferente. O centro do diálogo é a busca da verdade, e a verdade é Jesus Cristo. Nele podemos encontrar o ponto de unidade para o diálogo, por isso a importância do casal rezar juntos. Quem reza junto consegue conversar e dialogar de forma madura, com respeito. Podemos até discordar da opinião dos outros, mas é sempre bom separar o fato da pessoa. Separe e preserve sempre a pessoa; discuta opiniões. Toda discussão tem de ter como base o amor. A verdade dita sem amor torna-se agressiva e não produz o efeito de ajuda para a melhora do outro. Se aprendermos a viver o diálogo pela verdade, mas ajustado ao amor de Deus, poderemos ser mais felizes no nosso matrimônio. Leia a Encíclica do Papa Bento XVI. Deus o abençoe! A felicidade mora no lar A felicidade mora no lar Quem não está disposto ao sacrifício nunca saberá o que é felicidade "Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles poucos que pude passar em minha casa, no seio de minha família" (Tomas Jefferson, ex presidente dos EUA). A maior alegria é colhida, a cada dia, na família. Eu não trocaria por nada toda a vida que vivi em meio aos meus familiares. A alegria de gerar os filhos, educá-los e conviver com eles faz a nossa maior felicidade. Infelizmente, muitos estão enganados pensando que podem buscar a
  • 15. felicidade fora do lar. Não faça isso. Faça a sua vida girar em torno de um lar, pois nada nos faz tão felizes como aquilo que construímos com a nossa vida, com a nossa luta e com a nossa dedicação. A realidade que mais nos aproxima da ideia do paraíso é o nosso lar. Um homem não pode deixar ao mundo uma herança melhor do que uma família bem criada. Alguém disse que o mundo oferece aos homens e aos pássaros mil lugares para pousar, mas apenas um ninho. Um homem que não for feliz no lar, dificilmente o será em outro lugar. O homem percorre o mundo à procura da felicidade, mas volta para casa e a encontra lá. Leon Tolstói disse que “a verdadeira felicidade está na própria casa. Entre as alegrias puras da família e o carinho da pessoa amada é que somos felizes”. Todo homem pode deixar para este mundo uma grande herança: um seio familiar bem constituído. Terá, então, prestado um grande serviço à pátria e a Deus. Tudo isto nos ensina que não há autêntica e duradoura felicidade construída fora do lar. Até quando nos deixaremos enganar, querendo buscar a felicidade tão longe, se ela está bem junto de nós? A família é o nosso complemento, a base da sociedade. Nela somos um indivíduo reconhecido e amado; não apenas um número de RG ou CPF. É no seio da família que cada pessoa faz a experiência própria do que seja amar e ser amado, sem o que jamais será feliz. Quando a família se destrói, a sociedade toda corre sério risco; e é por isso que temos hoje tantos jovens delinquentes envolvidos nas drogas, na bebida e na violência. Muitos estão no mundo do crime, porque não tiveram um lar. Sem dúvida, a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família. As separações arrasam com os casamentos e, consequentemente, com as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais, sofrem com isto. Quando as famílias eram bem constituídas, não haviam tantos jovens envolvidos com drogas e com a violência, com a homossexualidade e depressão. Mais do que nunca o mundo precisa de homens e mulheres dispostos a constituir famílias sólidas, edificadas pelo matrimônio, onde os esposos vivam a fidelidade conjugal e se dediquem de corpo e alma ao bem dos filhos. É isso que dá felicidade ao homem e à mulher. Infelizmente, uma mentalidade consumista, egoísta e comodista toma conta do mundo e das pessoas cada vez mais, impedindo-as de terem filhos e famílias sólidas.
  • 16. Ora, é preciso entender que não há, na face da Terra, algo mais nobre e belo que um homem e uma mulher possam fazer do que gerar e educar um filho. Nada pode ser, nem de longe, comparado à vida humana. Nem toda riqueza que há debaixo da terra vale uma só vida humana, porque esta é criada à imagem e semelhança de Deus, dotada de inteligência, liberdade, vontade, consciência, capacidade de amar, cantar, sorrir e chorar. O que pode ser comparado a isto? Nada pode nos dar tanta satisfação do que ver seu filho nascer, ensiná-lo a andar, falar, escrever e seguir o seu caminho neste mundo. A felicidade do lar está também no relacionamento saudável, fiel e amoroso dos cônjuges. Sem fidelidade conjugal a família não se sustenta; e esta fidelidade tem um alto preço de renúncia às tentações do mundo, mas produz a verdadeira felicidade. Marido e mulher precisam se amar de verdade e viver um para o outro, absolutamente, sem se darem ao direito da menor aventura fora do lar. Isto seria traição ao outro, aos filhos e a Deus. Não permita que o seu lar se dissolva por causa de uma infidelidade de sua parte. A felicidade tem um preço; na família, temos de pagar o preço da renúncia ao que é proibido. Não se permita a menor intimidade com outra pessoa que não seja o seu esposo ou sua esposa. Não brinque com fogo. A grande ameaça à família é a infidelidade conjugal. Muitos maridos e esposas traem os seus cônjuges e trazem para dentro do lar sua infelicidade própria e a dos filhos. Saiba que isto não compensa jamais. Não destrua em pouco tempo aquilo que foi construído em anos de luta. Se você destruir a sua família estará destruindo a sua própria felicidade. Marido e mulher precisam viver um para o outro e ambos para os filhos. Um poeta disse que viu a mulher na mão do homem como uma harpa que ele não sabia tocar, e ouviu-o queixar-se, porque os sons não eram melodiosos. O casal precisa saber se perdoar, porque se um não perdoa o outro em suas pequenas falhas, jamais desfrutará de suas grandes virtudes. A felicidade do casal pode ser muito grande, mas
  • 17. isto depende de que ambos vivam a promessa do amor conjugal. Amar é construir o outro, ajudá-lo a crescer, a vencer seus problemas. Amar é construir alguém querido com o preço da própria renúncia. Quem não está disposto a este sacrifício nunca saberá o que é a felicidade de um lar. O casal precisa ser unido profundamente. Eles devem ser como uma só pessoa. A vida deles deve ser vivida a dois: os mesmos planos, os mesmos projetos, os mesmos valores... Deve ser com a união do café com leite, que ninguém mais pode separar. Os rios Negro e Solimões se unem para formar o grande Amazonas, e ninguém mais os separa; é assim que deve ser um casal, unidos por toda a vida. Mas isto tem um preço: a renúncia de cada um para viver para o outro. Sem saber dizer não para nós mesmos, não seremos capazes de dizer sim para o outro. O homem não precisa trocar de mulher para ser feliz. É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a sua vida, quanto dizer que um violonista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música. Se alguém não sabe tocar violino não adianta trocá-lo. Aprenda que a felicidade não é conquistar uma mulher diferente a cada dia, ou conquistar um homem a cada dia; mas conquistar a mesma mulher ou o mesmo homem todos os dias. A felicidade dos pais está na geração e na educação de seus rebentos; porque esta é uma missão do casal, dada por Deus. Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser músico. Ser pai e ser mãe é muito mais do que gerar filhos, é educá-los em todas as dimensões: física, racional, moral e espiritual. Uma senhora me disse que os filhos saem da barriga da mãe e passam para a cabeça dela para sempre. É verdade, os filhos são as âncoras que mantêm as mães agarradas à vida. Para educá-los bem, os pais precisam, antes de tudo, de ter tempo para eles e saber conquistá-los; sem isto, eles não os ouvirão e não seguirão seus conselhos. Mas eles devem ser conquistados por aquilo que você é para eles; não aquilo que você dá para eles.
  • 18. Cada filho é como um diamante que Deus nos entrega para ser lapidado com carinho. Não há alegria maior para um homem do que encontrar alegria em seu filho. E este é a nossa imagem. O filho é educado muito mais pelo exemplo dos pais do que por suas palavras. O divórcio começa no coração O divórcio começa no coração Casais, quebrem a dureza do coração As relações conjugais estão em crise, pois cada pessoa quer a sua própria felicidade, e os casais, hoje, estão se divorciando por qualquer motivo. A raíz do divórcio é a "dureza de coração". Mas hoje Jesus quer falar para as famílias que o divórcio acontece, primeiramente, nos corações dos casais, para depois ir para o papel. Vou contar-lhes uma história que ouvi, cujo autor é desconhecido: O homem por detrás do balcão, olhava a rua de forma distraída, enquanto uma garotinha se aproximava da loja, ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrina. Os seus olhos da cor do céu, brilharam quando viu determinado objeto. Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. - É para minha irmã. Você pode fazer um pacote bem bonito? O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e lhe perguntou: - Quanto dinheiro você tem? Sem hesitar, ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão, e feliz disse: - Isto dá, não dá? (Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.) - Sabe, continuou, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que morreu nossa mãe, ela cuida da gente e não tem tempo para ela. Hoje é aniversário dela e tenho certeza que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos olhos dela.
  • 19. - O homem foi para o interior da loja. Colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita verde. - Tome! Disse para a garota. Leve com cuidado. Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo. Ainda não acabara o dia, quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e indagou: - Este colar foi comprado aqui? - Sim senhora. - E quanto custou? - Ah! Falou o dono da loja. O preço de qualquer produto da minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o freguês. - A moça continuou: - Mas minha irmã somente tinha algumas moedas. E esse colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele. O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e o devolveu à jovem. - Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha! O silêncio encheu a pequena loja, e lágrimas rolaram pela face da jovem, enquanto suas mãos tomavam o embrulho. Ela retornava ao lar emocionada... Você é capaz de tudo pela sua família? Você precisa dar tudo o que tem por ela. Para que você se casou? Por que você está noivo? O que o motiva a se unir a esta mulher ou a este homem? Esposa, procure tempo para olhar dentro do olho do seu esposo e dizer que o ama. Isso não é coisa de casal "novinho"; isso é característica de família. Espero que ninguém "morra" em sua casa. Espero que você não durma do lado de um cadáver. Se as coisas estão mal para sua família, opte por andar pelo verdadeiro caminho que é Jesus. Ele grita ao nosso coração: "Sua família é boa, o seu casamento é bom". Deus acredita na sua família, Deus acredita em você, na sua história. Deixe de ser tonto! Ande pela estrada certa e não se esqueça de que o caminho é Jesus; se você quiser que sua família seja feliz, entregue- a para Ele.
  • 20. Casais, quebrem a dureza do coração, amem, porque ainda há tempo! Amem seus filhos enquanto há tempo, porque eles vão crescer. Esse é o momento certo, tempo de dar atenção a eles. Quebrem a dureza de coração! Peço-lhes hoje: voltem para suas casas sem medo, o caminho é Jesus. Há solução para sua família, e ela começa em seu coração. Não se desvie o caminho, pois, você e sua casa são do Senhor". As sequelas da infidelidade As sequelas da infidelidade A pessoa abandonada se sentirá sempre ferida Sabemos que, na vivência da vida conjugal, nenhum dos cônjuges está completamente cego para as imperfeições do outro. Por maior que seja o tempo de vida em comum, os defeitos da pessoa com quem convivemos, assim como os nossos, sempre devem ser minimizados ou erradicados, a fim de favorecer um ambiente harmonioso em família. A graça de um relacionamento está na atitude do cônjuge de oferecer para o outro aquilo que ele tem de melhor. A atração recíproca que nos faz permanecer no compromisso não está na dependência física de um para com o outro, nem no medo da solidão, tampouco nas cláusulas que regem as condições de um acordo nupcial. Ainda assim, a sensação de descontentamento dentro de um estado de vida pode acontecer e se tornar cada vez mais crônica quando as crises não são observadas com a atenção necessária ou quando a denúncia de algo que não esteja a contento por parte de um dos cônjuges é omitida. Em meio aos altos e baixos da vida a dois, o casal deixa, ao agir dessa forma, de trabalhar naquilo que tem se despontado como um problema. Com o desprezo desses cuidados, facilmente os danos de um relacionamento conturbado começam a aparecer em constantes brigas, falta de atenção, descaso e negligência nas coisas
  • 21. que para o outro são importantes; e como consequência disso, o individualismo começa a esvaziar a comunhão da vida do casal e da família. De modo silencioso, o distanciamento, somado às divergências de opinião, vai induzir a pessoa a acreditar que fez uma opção errada para sua vida e que as respostas para resolver as insatisfações na vida conjugal estão na tentativa de viver uma nova experiência sentimental, deixando para trás os anos de convivência familiar, e embarcando, assim, numa paixão fugaz de um caso amoroso. Todavia, um relacionamento extraconjugal não envolve planos a longo prazo e podemos também notar que, nesse tipo de união, quase sempre as pessoas estão convictas da superficialidade da relação. Consequentemente o "affaire" se dissipará na mesma intensidade com que teve início. Por menor que seja a duração de um relacionamento superficial, em muitos casos, as dores provocadas pela traição podem ser mais profundas do que se possa imaginar. Para a pessoa que foi abandonada, os sentimentos estarão sempre feridos; e como família, seus membros se comportam como células de um organismo vivo, desse modo, as sequelas da infidelidade não excluirão de seu alcance também os filhos. A restauração de um relacionamento conjugal não se faz apenas com a volta física da pessoa ao lar ou com o sustento de suas necessidades. Antes, será necessário conhecer e eliminar os motivos que favoreceram as vias da traição. Vale a pena considerar que a atitude de sair de casa para viver um relacionamento extraconjugal só necessita do consentimento de quem se abre para esse fim. Então, restabelecer os laços rompidos pela infidelidade deste será uma tarefa de difícil adaptação, exigindo muito mais daquele que foi traído. Recompor a família das dores geradas pela traição e viver o resgate do relacionamento vai impor ao casal dedicação, perdão e tempo. Mais que gostar da companhia do cônjuge ao nosso lado ou sentir falta das crianças, por exemplo, a beleza singular dos relacionamentos está na disposição de compartilhar vidas ao percebermos na outra pessoa a reciprocidade de todas as nossas manifestações de carinho e disposição para o compromisso em comum.
  • 22. A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor", "A criança é um dom e um milagre que deve ser recebido no amor", declara o Papa no Ângelus Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 27-12-2010, Gaudium Press) "O nascimento de toda criança traz consigo alguma coisa deste mistério do nascimento de Jesus Cristo", declarou o Santo Padre no Ângelus deste domingo, 26, dedicado à Sagrada Família, cuja festa foi celebrada no mesmo dia. Da janela de seu escritório privado, a uma Praça São Pedro repleta de peregrinos e romanos, o pontífice fez também um apelo pela paz nas Filipinas, depois do atentado à igreja católica na ilha de Jolo durante a primeira Missa de Natal. No início da recitação, Papa Bento XVI pediu a todos que acolhessem cada criança do mundo, aceitando-a como um dom e um milagre, sem concentrar-se nas comodidades exteriores. "A estabilidade da vida se encontra na confiança na divina Providência", disse. "As crianças no mundo necessitam do amor de seu pai e de sua mãe, como o pequeno Jesus que estava no centro do afeto e das atenções de seus pais. A procriação humana não é um mero ato reprodutivo, mas uma riqueza", afirmou. Após dissertar sobre a Sagrada Família, o Santo Padre comentou a respeito os ataques contra cristãos cometidos neste Natal nas Filipinas, na Nigéria e no Paquistão. "A feliz atmosfera do Natal é entristecida pelas notícias de outras partes do mundo onde os cristãos experimentam as provas de sua fé. O nosso mundo continua a ser marcado pela violência, especialmente contra os discípulos de Cristo", disse o pontífice invocando as pessoas a abandonar a via do ódio para encontrar soluções pacíficas aos conflitos. Depois da oração, como todos os domingos, o Papa saudou os peregrinos também em língua espanhola. "Convido as famílias cristãs a olhar com confiança o lar de Nazaré, cujo exemplo de vida e comunhão nos alenta a enfrentar as precoupações e necessidades domésticas com
  • 23. profundo amor e recíproca compreensão. A vocês e a vossas famílias reitero minha cordial felicitação nestas festa de Natal", concluiu. O que é o Setor Pós Matrimonial O cuidado pastoral da família regularmente constituída significa, em concreto, o empenho de todos os membros da comunidade eclesial local em ajudar o casal a descobrir e a viver a sua nova vocação e missão. Para que a família se transforme mais numa verdadeira comunidade de amor, é necessário que todos os membros sejam ajudados e preparados para as responsabilidades próprias diante dos novos problemas que se apresentam para o serviço recíproco e para a participação ativa na vida da família. Acompanhar os esposos, para ajudá-los a crescerem na fé e aprofundar-se no mistério do matrimônio cristão. Assim, serão ajudados a ser felizes, ensinando-lhes a cultivar o amor, a entrar em diálogo, a trocar delicadezas e atenções, a centrar no lar todos os interesses da vida. O setor Pós-matrimonial deverá desenvolver um trabalho buscando o entrosamento com a equipe do batismo (pais e padrinhos), grupos de terceira idade, grupos de crisma (pais de crismandos) para melhor atender as necessidades de cada família. Dentro deste setor, poderão ser desenvolvidos:  Atendimento a grupos familiares (jovens recém-casados, casados há mais tempo, grupos de reflexão para a educação dos filhos, etc);  Atendimento aos pais que pedem o batismo e crisma dos filhos;  Atendimento a dias de retiro ou dia de retiro com casais;  Atendimento e assistência aos pais e padrinhos dos noivos. Na ação pastoral para com as famílias, a Igreja deverá prestar uma atenção especial para educá-las, a viver responsavelmente o amor conjugal em relação, com as exigências de comunhão e de serviço à vida, como também a conciliar a intimidade da vida de casa com a obra comum e generosa de edificar a Igreja e a sociedade humana.
  • 24. “A força e o vigor da instituição matrimonial e familiar se evidenciam igualmente: as profundas mudanças sociais contemporâneas, não obstante as dificuldades a que dão origem, manifestam muitas vezes, de várias maneiras, a verdadeira índole dessa instituição” (Gaudium et Spes 47). “A família recebeu diretamente de Deus a missão de ser célula primeira e vital da sociedade” (Apostolican Actuositatem – Apostolado Leigo 11,3). “A família é a primeira escola das virtudes sociais necessárias às demais sociedades... É aí que os filhos fazem a primeira experiência de uma sã sociedade humana... É através dela que os filhos vão sendo introduzidos gradativamente na sociedade civil e na Igreja” Procurar no site