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QEBRANDO O SILÊNCIO
                        Surdez Educação e Inclusão
                               O Problema

A surdez é causada por uma falha na anatomia da orelha, ou seja, nos nervos
que captam e transmitem a sensação auditiva, e um pouco do mecanismo de
percepção do som.
  O surdo, por não conseguir construir o mecanismo de comunicação
  baseado na oralidade e escrita como representação do som vive uma
  espécie de isolamento como se fosse um estrangeiro em seu próprio pais.


No Brasil, em cada 1.000 recém-nascidos, 2 a 6 apresentam algum tipo de
perda auditiva.
 Na Escola o surdo tem dificuldade de alfabetizar-se em português e via de
 regra apresenta rendimento abaixo do esperado de acordo com os padrões
 estabelecidos. Muitas vezes pela simples falta de um diagnóstico precoce.

 Na Escola o surdo tem dificuldade de alfabetizar-se em português e via de
 regra apresenta rendimento abaixo do esperado de acordo com os padrões
 estabelecidos.
QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ
                                   Surdez Educação e Inclusão
                            Alternativas de Comunicação Com
                                             Surdos
Nos casos mais brandos de surdez, o uso de próteses auditivas é suficiente para suporte a uma
comunicação muito boa. Nos casos extremos de deficiência auditiva – a surdez, e em particular nos
surdos de nascença, a prótese também é útil pois perceberá a vibração em partes da cabeça de
determinados sons (especialmente os mais graves), o que contribui para sua orientação espacial.

       A comunicação com surdos profundos se dá principalmente através de dois modos:
        da língua brasileira de sinais (LIBRAS)
        da leitura labial.
LIBRAS
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma língua oficial do Brasil. Ela tem características bem diferentes do português e
possui estrutura gramatical própria. Os sinais são formados por meio da combinação de formas e de movimentos das
mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço.
A LIBRAS tem uma deficiência intrínseca: não é adequada para escrita, mas, através da tecnologia existente hoje, pode ser
gravada ou transmitida à distância através da televisão ou de técnicas digitais de processamento de imagem,
provavelmente associadas ao uso de computadores.
A regulamentação da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), através do decreto 5.626, de dezembro de 2005, é apontada por
especialistas como a principal responsável pela reviravolta no processo de inclusão das pessoas com deficiência auditiva. Esse
decreto tornou obrigatória a inclusão da Libras como disciplina curricular nos cursos de formação de professores para o
exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de fonoaudiologia.


Leitura Labial (Ou Orofacial)
Uma pessoa com deficiência auditiva é (pelo menos teoricamente) capaz de “ler” a posição dos lábios e até captar certos
sons que alguém está produzindo. Essa técnica se chama leitura labial e funciona melhor quando o interlocutor formula as
palavras com clareza.
Desta forma, um leitor labial adulto com muita prática consegue entender menos de 50% das palavras articuladas. O resto é
pura adivinhação. O surdo, não sabendo bem qual o assunto da conversa, terá imensa dificuldade de fazer a leitura labial.
QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ
                          Surdez Educação e Inclusão

                     Alternativas de Comunicação Com
                                   Surdos
A oralização
Consiste na habilidade do surdo em produzir sons. Essa produção, no caso de
pessoas que não ficaram surdas em tenra idade, é fácil (mesmo que com o passar
dos anos, a qualidade da fala diminua sensivelmente). o surdo que nunca escutou
vai provavelmente produzir uma fala muito precária e de difícil compreensão. As
conseqüências sociais da qualidade ruim da fala são um entrave à socialização da
criança e do adolescente numa classe convencional.

Closet Caption de TV
São fundamentais para a integração de um número imenso de pessoas.


As mensagens SMS dos telefones celulares e os sistemas de comunicação
instantânea de computador (sistemas de bate-papos como o MSN Messenger,
por exemplo) também são meios muito efetivos de comunicação entre surdos e
não surdos.
QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ

                         Surdez Educação e Inclusão

Avanços nas Tecnologias Voltadas para Uso de Pessoas com Deficiência
                             Auditiva

       O uso de computadores é de grande auxílio na oralização, na medida em que
 pode substituir inúmeros desses aparelhos especializados, com softwares de
 tratamento digital do som que é obtido por meio de um microfone. Tais programas
 realizam inúmeras transformações no som (por exemplo, associando frequências a
 cores, ou movendo objetos na tela com a voz, para dar o melhor feedback possível.
 Infelizmente, a maior parte destes programas são caríssimos, destinados a uso
 profissional por fonoaudiólogos apenas.

      Pesquisas em andamento como: o reconhecimento e a síntese de voz, a
 microeletrônica e a miniaturização dos equipamentos, além de técnicas sofisticadas
 de processamento de informação nos dão a certeza de que em poucos anos, haverá
 amplo suporte aos deficientes auditivos com diversos tipos de aparelhos e soluções
 tecnológicas.
QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ

                       Surdez Educação e Inclusão

                          Considerações Finais

     Os caminhos para tirar o surdo da bolha de isolamento no contexto da
escola exige que a mesma lance mão de todos os recursos disponíveis de
maneira organizada e estratégica, realizando diagnósticos precoces e
criteriosos, preparando os docentes e adotando as tecnologias disponíveis
para facilitação da comunicação e aprendizagem dos mesmos.

     A título de ilustração, enviamos endereço de vídeo produzido a partir do
trabalho de duas professoras da Pública do Município de São Vicente com uso
de tecnologias:
     http://www.youtube.com/watch?v=tAeeU9QDhFw

     Elaboração:
     "Bárbara Fernanda da Silva Souza"
     "Claudia Regina Bachi"
     "Francisco Claudemir Simões"
     "Paulo Sergio Paixão"

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  • 1. QEBRANDO O SILÊNCIO Surdez Educação e Inclusão O Problema A surdez é causada por uma falha na anatomia da orelha, ou seja, nos nervos que captam e transmitem a sensação auditiva, e um pouco do mecanismo de percepção do som. O surdo, por não conseguir construir o mecanismo de comunicação baseado na oralidade e escrita como representação do som vive uma espécie de isolamento como se fosse um estrangeiro em seu próprio pais. No Brasil, em cada 1.000 recém-nascidos, 2 a 6 apresentam algum tipo de perda auditiva. Na Escola o surdo tem dificuldade de alfabetizar-se em português e via de regra apresenta rendimento abaixo do esperado de acordo com os padrões estabelecidos. Muitas vezes pela simples falta de um diagnóstico precoce. Na Escola o surdo tem dificuldade de alfabetizar-se em português e via de regra apresenta rendimento abaixo do esperado de acordo com os padrões estabelecidos.
  • 2. QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ Surdez Educação e Inclusão Alternativas de Comunicação Com Surdos Nos casos mais brandos de surdez, o uso de próteses auditivas é suficiente para suporte a uma comunicação muito boa. Nos casos extremos de deficiência auditiva – a surdez, e em particular nos surdos de nascença, a prótese também é útil pois perceberá a vibração em partes da cabeça de determinados sons (especialmente os mais graves), o que contribui para sua orientação espacial. A comunicação com surdos profundos se dá principalmente através de dois modos:  da língua brasileira de sinais (LIBRAS)  da leitura labial. LIBRAS A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é uma língua oficial do Brasil. Ela tem características bem diferentes do português e possui estrutura gramatical própria. Os sinais são formados por meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço. A LIBRAS tem uma deficiência intrínseca: não é adequada para escrita, mas, através da tecnologia existente hoje, pode ser gravada ou transmitida à distância através da televisão ou de técnicas digitais de processamento de imagem, provavelmente associadas ao uso de computadores. A regulamentação da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), através do decreto 5.626, de dezembro de 2005, é apontada por especialistas como a principal responsável pela reviravolta no processo de inclusão das pessoas com deficiência auditiva. Esse decreto tornou obrigatória a inclusão da Libras como disciplina curricular nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de fonoaudiologia. Leitura Labial (Ou Orofacial) Uma pessoa com deficiência auditiva é (pelo menos teoricamente) capaz de “ler” a posição dos lábios e até captar certos sons que alguém está produzindo. Essa técnica se chama leitura labial e funciona melhor quando o interlocutor formula as palavras com clareza. Desta forma, um leitor labial adulto com muita prática consegue entender menos de 50% das palavras articuladas. O resto é pura adivinhação. O surdo, não sabendo bem qual o assunto da conversa, terá imensa dificuldade de fazer a leitura labial.
  • 3. QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ Surdez Educação e Inclusão Alternativas de Comunicação Com Surdos A oralização Consiste na habilidade do surdo em produzir sons. Essa produção, no caso de pessoas que não ficaram surdas em tenra idade, é fácil (mesmo que com o passar dos anos, a qualidade da fala diminua sensivelmente). o surdo que nunca escutou vai provavelmente produzir uma fala muito precária e de difícil compreensão. As conseqüências sociais da qualidade ruim da fala são um entrave à socialização da criança e do adolescente numa classe convencional. Closet Caption de TV São fundamentais para a integração de um número imenso de pessoas. As mensagens SMS dos telefones celulares e os sistemas de comunicação instantânea de computador (sistemas de bate-papos como o MSN Messenger, por exemplo) também são meios muito efetivos de comunicação entre surdos e não surdos.
  • 4. QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ Surdez Educação e Inclusão Avanços nas Tecnologias Voltadas para Uso de Pessoas com Deficiência Auditiva O uso de computadores é de grande auxílio na oralização, na medida em que pode substituir inúmeros desses aparelhos especializados, com softwares de tratamento digital do som que é obtido por meio de um microfone. Tais programas realizam inúmeras transformações no som (por exemplo, associando frequências a cores, ou movendo objetos na tela com a voz, para dar o melhor feedback possível. Infelizmente, a maior parte destes programas são caríssimos, destinados a uso profissional por fonoaudiólogos apenas. Pesquisas em andamento como: o reconhecimento e a síntese de voz, a microeletrônica e a miniaturização dos equipamentos, além de técnicas sofisticadas de processamento de informação nos dão a certeza de que em poucos anos, haverá amplo suporte aos deficientes auditivos com diversos tipos de aparelhos e soluções tecnológicas.
  • 5. QEBRANDO AS BARREIRAS DA SURDEZ Surdez Educação e Inclusão Considerações Finais Os caminhos para tirar o surdo da bolha de isolamento no contexto da escola exige que a mesma lance mão de todos os recursos disponíveis de maneira organizada e estratégica, realizando diagnósticos precoces e criteriosos, preparando os docentes e adotando as tecnologias disponíveis para facilitação da comunicação e aprendizagem dos mesmos. A título de ilustração, enviamos endereço de vídeo produzido a partir do trabalho de duas professoras da Pública do Município de São Vicente com uso de tecnologias: http://www.youtube.com/watch?v=tAeeU9QDhFw Elaboração: "Bárbara Fernanda da Silva Souza" "Claudia Regina Bachi" "Francisco Claudemir Simões" "Paulo Sergio Paixão"