2. Crise do Antigo Regime
Em 1789 a França atravessava uma grande crise . Nessa época a sociedade estava
dividida em 3 Estados. O primeiro Estado era formado pelo clero, que não pagava
impostos. Já o baixo clero vivia na miséria. O segundo Estado era formado pela
nobreza, que tinha amplos privilégios, inclusive de não pagar impostos. Já o terceiro
Estado era formado pelos burgueses e camponeses, que viviam na miséria. Devido à
grande, o rei convocou a Assembleia dos Estados Gerais. Porém, os três Estados
chegaram a um impasse. O primeiro e segundo Estado queriam que o terceiro Estado
pagasse impostos maiores, mas o terceiro estado recusou, falando que a nobreza
deveria pagar impostos também. Eles decidiram então fazer uma votação. Porém, o
primeiro e segundo estado queriam voto censitário, e o terceiro estado queria voto
por cabeça, chegando novamente a um impasse. O terceiro estado então, revoltado,
se retirou da Assembleia dos Estados Gerais e fundou sua própria assembleia, chamada
de Assembleia Nacional Constituinte. E assim começa a Revolução Francesa. Os
membros da Assembleia acusaram o rei Luís XVI de estar traindo a revolução. A família
real foi presa e a Assembleia elegeu a Convenção Nacional, assembleia eleita por voto
masculino. No dia 22 de setembro foi proclamada a República.
3. A Convenção Nacional
Após a proclamação da república, os revolucionários se dividiram em três:
Girondinos, que representavam a alta burguesia. Jacobinos que representavam a
baixa burguesia. E a planície, que representava a média e parte da alta
burguesia. Os Jacobinos, insatisfeitos com o trabalho dos Girondinos, tomaram o
poder e instauraram o período do Terror, onde muitos Girondinos morreram,
assim como qualquer um que discordasse da revolução. Os Girondinos, voltando
ao poder instauraram uma nova Constituição chamada de Diretório.
4. O Diretório
O poder executivo do Diretório foi escolhido por um Assembléia por meio do
voto censitário. Os cinco membros da alta burguesia que governavam o Diretório
chamaram um jovem general chamado Napoleão Bonaparte para governar no
Diretório também. Napoleão saiu do Egito, onde estava, e foi para a França.
Chegando lá, deu um golpe de estado chamado de Golpe de 18 Brumário, que
tirou todos os diretores do poder. Iniciava-se o império Napoleônico.
5. O Império Napoleônico
Depois do Golpe de 18 Brumário foi elaborada a nova Constituição, que
instaurava o Consulado como forma de governo, inaugurando a Era Napoleônica.
A Era Napoleônica foi dividida em dois períodos, o Consulado e o Império.
6. O Consulado
No Consulado, o poder Executivo era exercido por três cônsules. Napoleão,
como primeiro cônsul, tinha em mão amplos poderes. Napoleão promoveu a
reforma do Direito, elaborando o código Civil Napoleônico, o que consolidou as
conquistas da burguesia ocorridas na Revolução Francesa, como a laicização do
Estado, a propriedade privada, a liberdade econômica, o restabelecimento da
escravidão nas colônias. Com apoio da burguesia, Napoleão fez um plebiscito e se
tornou cônsul vitalício.
7. O Império
Napoleão fez realizar um novo plebiscito no qual 60% da população
confirmaram a instituição do regime político monárquico e ele se tornou
imperador da França. No plano interno houve incentivo à agricultura. No plano
externo Napoleão disputou contra a Inglaterra o poder político e econômico e
enfrentou a terceira coligação contra a França, formada pela Inglaterra, Áustria
e Rússia. Para derrotar a Inglaterra, Napoleão fez o Decreto de Berlim, fechando
todos os portos da Europa aos navios ingleses, com o objetivo de acabar com a
marinha inglesa e sua economia. Esse ato ficou conhecido como Bloqueio
Continental. Portugal não fechou seus portos à Inglaterra. Para manter o
bloqueio, Napoleão resolveu invadir Portugal. O príncipe regente, Dom João, com
apoio inglês transferiu a sede da Corte portuguesa para o Brasil. Agora a França
dominava toda a Europa, com exceção da Inglaterra.
8. O Fim do Império Napoleônico
Enquanto a Inglaterra intensificou seu comércio com as colônias nas Américas, quem
ficou prejudicado foi a França por causa da falta de produtos e alimentos. Devido a
isso, a Rússia rompeu o bloqueio. Napoleão então repreendeu a Campanha da Rússia,
formando um exército de quase 600 mil homens para invadir o país. Porém, quando
chegaram a Moscou, o czar russo Alexandre I havia evacuado a população e ateado
fogo na cidade, de modo que os franceses ficaram sem abrigo ou alimento. Napoleão
então resolveu recuar para a França, mas o frio matou a maioria de seus homens.
Graças à falha da Campanha da Rússia, os outros países europeus foram estimulados a
se rebelar contra o domínio francês. Foi formada uma nova coligação contra a França
formada pela Áustria, Rússia, Prússia e Inglaterra. Napoleão foi derrotado e abdicou o
trono. Luis XVIII foi convidado a retomar o poder. Napoleão foi mandado para a Ilha
Elba. Mas em 1815 conseguiu fugir, foi para a França e retomou o poder. Luis XVIII
fugiu para a Bélgica. Napoleão ficou apenas cem dias no governo, o que ficou
conhecido como o Governo dos Cem Dias. Foi definitivamente derrotado na Batalha de
Waterloo, na Bélgica. Aprisionado, foi deportado para a Ilha de Santa Helena, onde
faleceu em 1821