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Caminho para o desenvolvimento 
A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre 
as regiões com menor grau de desenvolvimento 
do País. Com a economia baseada na produção 
primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. 
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existentes eram todas privadas. 
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federais, além de mais de R$ 200 bilhões que 
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anos, com o investimento em educação chegando 
a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas 
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Unipampa, instalada em dez municípios, também 
começa a mudar. 
Afinal, como disse o presidente Lula, em 
Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou 
a criação de nossa universidade: “Atrás de 
uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade 
de desenvolvimento, vai a geração de 
emprego e vai a formação de gente pobre que 
nunca sonhou fazer uma universidade”. 
Nas próximas páginas contaremos a história 
da conquista e as transformações que a Unipam-pa 
está produzindo no Pampa Gaúcho.
Conquista que veio das ruas 
Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, 
de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, 
um longo caminho precisou ser percorrido. A 
ampla mobilização popular realizada entre os me-ses 
de abril e julho de 2005 em 23 municípios da 
Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 
70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. 
Tudo começou quando a direção da Univer-sidade 
da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando 
alternativas para enfrentar uma das piores 
crises da instituição em seus 50 anos de vida, 
procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando 
Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O 
professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou 
a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no 
dia 27 de fevereiro de 2005. 
Os dois entraram em campo e marcaram 
agenda com Tarso Genro, que era ministro da 
Educação. A Urcamp queria apoio para um plano 
de estabilização que possibilitasse encaminhar 
solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse 
captar recursos para um programa de inves-timentos 
que levassem à modernização. 
No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs 
duas medidas. A curto prazo, com apoio dos 
técnicos do MEC, a elaboração de um plano de 
captação de verbas juntos às agências oficiais de 
financiamento. A médio prazo, a mobilização para 
incluir a universidade no Plano de Expansão do 
Ensino Universitário, que começava a ser gestado 
pelo Governo Federal. 
As propostas foram apresentadas ao Conse-lho 
da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da 
Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois 
estava formada a Comissão de Mobilização. 
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aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 
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Mobilização tomou as cidades 
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os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. 
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foram realizados em toda a região, levando 
milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização 
da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior 
movimento popular já realizado na região. 
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O grande dia 
O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para 
a História da região. Nesta data, Lula, diante de 
aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na 
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Bagé se preparou e se enfeitou para receber 
as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios 
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pessoas que queriam ser protagonistas de uma 
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Federal para a região. 
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com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, 
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República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar 
a criação da Universidade Federal do Pampa. 
conquista que mudaria suas vidas, as vidas de 
suas cidades e a vida da região. 
Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo 
na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte 
municipal. O comércio e os bancos fecha-ram 
no início da tarde. 
O povo não se decepcionou. Lula anunciou, 
naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e 
região teriam uma universidade com campus em 
outros nove municípios. Foi uma grande festa que 
os que lá estavam até hoje não esquecem e nem 
esquecerão.
Do Brasil para...o Brasil 
Letícia Diniz, 17 anos, é o retra-to 
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o Brasil em busca do sonho de cursar 
uma universidade pública. Até 12 anos 
atrás, antes da expansão das univer-sidades 
federais e do Enem, jovens 
como ela viam o futuro esbarrando na 
falta de condições de ingressar numa 
faculdade privada. 
De Cerquilho, no interior de São 
Paulo, viajou 1,4 mil quilômetros até 
chegar em Santana do Livramento, 
na fronteira com o Uruguai, onde hoje 
estuda Relações Internacionais na Uni-versidade 
Federal do Pampa (Unipam-pa). 
A decisão de perseguir um ideal 
teve apoio total da mãe, com quem mo-rava, 
e do pai, que não vivia com ela. 
Ainda assim não foi fácil trocar 
de Estado e ir para uma cidade da qual 
Comércio foi um dos primeiros setores a sofrer impacto 
da Unipampa, diz empresário formado na universidade 
Nascido e criado em Santana do 
Livramento, o empresário do setor lojis-ta, 
Raed Shweiki, 36 anos, não tem ad-jetivos 
para explicar o quanto a Univer-sidade 
Federal do Pampa (Unipampa) 
influenciou na sua vida. 
Formado em administração na 
segunda turma, uniu a oportunidade de 
fazer um curso gratuito e de qualidade 
e levar os conhecimentos para o comér-cio 
que dirige com a família. Frequentar 
uma faculdade pública na própria cida-de 
era algo inatingível oito anos atrás. 
Na fronteira com o Uruguai, a 
quase 500 quilômetros da Capital, en-trar 
em um curso superior gratuito em 
outra cidade era privilégio de poucos. 
Ao contrário de hoje, que existem bol-sas 
moradia, alimentação, instalação, e 
outras à disposição de alunos de baixa 
renda, não bastava apenas ser aprova-do 
no vestibular. 
Os cursos sempre foram de gra-ça, 
mas, no entanto, custos extras como 
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relacionados à faculdade, por 
exemplo, inviabilizavam o ingresso de 
quem teria que sair do interior. 
Para Shweiki, que chegou a ten-tar 
medicina algumas vezes, a Unipam-pa 
tem revolucionado e transformado a 
cidade do ponto de vista cultural e eco-nômico. 
Na percepção dele, os impac-tos 
imediatos aconteceram no comércio 
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ouvira falar. Concluindo o pri-meiro 
semestre, a saudade e a angús-tia 
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lado e deram lugar a uma certeza: “Es-tou 
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Na casa do estudante, a primei-ra 
dos dez campi, além dela têm outros 
24 meninos e meninas, mais ou menos 
da mesma idade, cujos objetivos são 
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um bom emprego e poder ajudar a fa-mília. 
No caldeirão de culturas mistu-rado 
ao regionalismo gaúcho, eles vão 
conhecendo pedaços de um País que 
lhes tem proporcionado experiências 
de cidadania jamais imaginadas. 
saram se expandir e se qualificar para 
atender à nova demanda. 
“Ganharam a cidade, a região, 
os próprios moradores e quem vem de 
fora. A troca de culturas, principalmente 
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chão. Os maiores reflexos serão percebi-dos 
daqui um tempo”, avalia. 
Fora Bagé, cujo perfil já mudou, 
nos outros nove campi entre 50 e 60% 
dos alunos ainda são de fora das ci-dades- 
sede e até mesmo do Estado. 
O Exame Nacional do Ensino Médio 
(Enem), substituto do vestibular, foi o 
responsável pela integração do Brasil 
como próprio Brasil. 
Universidades federais no inte-rior 
normalmente recebiam estudantes 
de regiões do entorno, o que não gerava 
modificações no ramo imobiliário e so-bretudo 
cultural.
Ajudar os pais a gerir melhor pequena propriedade 
Colegas de casa de estudante, Sandra Wilchen, 19 
anos, não veio de tão longe como Letícia. Saiu de Porto Xa-vier, 
no Noroeste do Estado, para estudar administração. Fi-lha 
de agricultores familiares, está no 5º semestre e pretende 
seguir carreira na área de finanças. 
Mesmo que não volte a morar no campo, quer con-tribuir 
na melhoria da gestão da pequena propriedade. Os 
pais não tiveram a mesma oportunidade. Estudaram só até 
a quarta série. 
Na época deles era comum fazer uma opção: estudar 
ou trabalhar. Como precisavam sobreviver e sustentar os três 
filhos, escolheram a segunda alternativa. Sandra está ciente 
da responsabilidade. 
Confiam tanto nela que a emanciparam aos 17 anos, 
depois de chegar em Livramento. “Para poder resolver as mi-nhas 
coisas na cidade sem precisar que eles fossem e vol-tassem 
a toda hora. Eles sabem que estou correndo atrás da 
minha vida, das coisas nas quais acredito. Tive todo o apoio, 
assim como também deram para meus dois irmãos”. 
Conexão Capital Federal/Santana do Livramento 
A integração dos alunos de outros estados com os 
gaúchos e a própria cidade já faz parte do dia a dia de Natan 
Bueno, 18 anos, outro morador da casa do estudante. 
Vindo de Brasília, na Capital Federal, não é só o aces-so 
à universidade que o permite continuar os estudos. O 
Governo Federal também lhe concede bolsa moradia, com 
a qual paga a casa. A ajuda de custo serve àqueles que se 
encaixam nas condições de baixa renda e são de fora do 
Estado ou de regiões distantes de onde residem e estudam. 
Faz parte do Programa Auxílio Moradia, do Ministério da 
Educação (MEC).
Universidade em construção 
Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do 
o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, 
hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula 
inaugural da Unipampa, no município de Bagé, 
a universidade vem num constante processo de 
construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos 
equipamentos adquiridos. 
Mas ainda há um caminho a percorrer, que 
vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza 
do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, 
na verdade, uma universidade que se constrói na 
diversidade do Pampa, com interação para além 
dos dez municípios em que está instalada, pois 
desenvolve ações em todo o seu entorno. 
Somente entre os anos de 2009, época em 
que a Unipampa se desvinculou das Universida-des 
Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro 
semestre de 2014, já foram investidos R$ 
238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 
em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. 
A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 
em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no 
mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que 
dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da 
Unipampa. 
Os reflexos são sentidos de forma direta 
em todas as cidades em que estão instalados os 
campus da nova universidade. E não são apenas 
de ordem econômica. Lideranças empresariais e 
políticas atestam que houve grandes transforma-ções 
sociais e culturais nos municípios. 
Estrutura básica está montada 
A estrutura física básica da Uni-pampa 
já está montada. Prédios e la-boratórios, 
com equipamentos de pri-meira 
linha, funcionam a pleno. Neste 
momento, estão sendo montados os 
restaurantes universitários e já come-çaram 
a ser construídas as casas de 
estudantes. 
Quatro restaurantes já estão fun-cionando 
e, até o final do ano, come-çam 
a operar mais dois restaurantes, 
um em Bagé e outro em Dom Pedrito. 
Para o campus de Uruguaiana, que 
funciona em prédio adquirido da PUC, 
está em fase de contratação de empre-sa 
que servirá as refeições a preços 
subsidiados. 
As obras das casas dos estudan-tes 
já estão acontecendo. Cada cam-pus 
terá uma casa. Em Santana do 
Livramento, cidade onde a instituição 
não possui terreno, foi locado um imó-vel, 
que já está em funcionamento.
Cursos estão em fase de consolidação 
Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa 
saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam 
em 2006 para os atuais 63. Estes se 
encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram 
avaliados até agora obtiveram notas entre 4 
e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota 
máxima o 5. 
Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 
mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. 
Mas, ainda há espaço físico para abrigar 
novos estudantes. Para isso, é necessário obter 
sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério 
da Educação para aumentar a oferta de 
cursos noturnos. 
No horizonte da criação de novos, a univer-sidade 
trabalha com a perspectiva de montar cur-sos 
de Medicina e Direito. 
Cerca de 2.500 alunos formados 
A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores 
e 696 servidores, já formou 2.481 alunos 
desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 
727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a 
universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, 
devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente 
implantada, 12 mil estudantes. 
A instituição mantem 781 alunos bolsistas, 
sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão 
e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é 
de aproximadamente 190 mil exemplares, entre 
livros, periódicos e outras mídias. 
Em todas as unidades, funcionam 81 grupos 
de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 
cursos de especialização e a produção científica 
já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
A Unipampa é de todos e para todos 
Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos 
é do nosso envolvimento no processo que resultou na 
conquista de uma Universidade Federal para nossa região. 
Este era um sonho de nossa geração que se transformou 
em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, 
liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria 
e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o 
crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. 
Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro 
Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou 
conta da região estávamos convencidos de que esta 
era uma das mais importantes contribuições que podería-mos 
oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta 
certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, 
cientes do papel de homens públicos comprometidos 
com as transformações necessárias para que o Brasil e o 
Rio Grande avancem cada vez mais. 
Percorremos milhares de quilômetros viajando por 
23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, 
em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente 
Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores 
no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. 
Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o 
caminho era esse e que estávamos no rumo certo. 
No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos 
o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, 
vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça 
Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. 
Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os 
avanços já produzidos em menos de uma década, conversar 
com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos 
de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos 
de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za 
do que foi a conquista da Unipampa. 
Não devemos e nem podemos esquecer o apoio 
estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, 
na condição de ministro de Educação orientou os nossos 
passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância 
com a política do Governo Federal. Tarso é parte 
importante desta conquista. 
Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, 
reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente 
Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de 
diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos 
em educação uma alternativa para o desenvolvimento 
do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável 
por tudo isso. 
Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta 
Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que 
também sabe da importância da emancipação dos pobres 
e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a 
formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, 
é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para 
todos. 
Luiz Fernando Mainardi 
Deputado Estadual 
Paulo Pimenta 
Deputado Federal

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  • 1. Caminho para o desenvolvimento A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre as regiões com menor grau de desenvolvimento do País. Com a economia baseada na produção primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. Por isso, sofrem, ao longo das últimas décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do que deixavam suas cidades partiam em busca da formação acadêmica, já que as universidades ali existentes eram todas privadas. Por tudo isso, era um ambiente favorável para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais criadas pelos governos Lula/Dilma dentro do Programa de Expansão do Ensino Universitário. O Brasil mudou muito nos últimos anos. São sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas federais, além de mais de R$ 200 bilhões que serão destinados à educação nos próximos 10 anos, com o investimento em educação chegando a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas também puderam ser mais bem qualificadas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento e 6,8 milhões de inscritos. E a nossa região, a partir da conquista da Unipampa, instalada em dez municípios, também começa a mudar. Afinal, como disse o presidente Lula, em Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou a criação de nossa universidade: “Atrás de uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade de desenvolvimento, vai a geração de emprego e vai a formação de gente pobre que nunca sonhou fazer uma universidade”. Nas próximas páginas contaremos a história da conquista e as transformações que a Unipam-pa está produzindo no Pampa Gaúcho.
  • 2. Conquista que veio das ruas Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, um longo caminho precisou ser percorrido. A ampla mobilização popular realizada entre os me-ses de abril e julho de 2005 em 23 municípios da Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. Tudo começou quando a direção da Univer-sidade da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando alternativas para enfrentar uma das piores crises da instituição em seus 50 anos de vida, procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no dia 27 de fevereiro de 2005. Os dois entraram em campo e marcaram agenda com Tarso Genro, que era ministro da Educação. A Urcamp queria apoio para um plano de estabilização que possibilitasse encaminhar solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse captar recursos para um programa de inves-timentos que levassem à modernização. No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs duas medidas. A curto prazo, com apoio dos técnicos do MEC, a elaboração de um plano de captação de verbas juntos às agências oficiais de financiamento. A médio prazo, a mobilização para incluir a universidade no Plano de Expansão do Ensino Universitário, que começava a ser gestado pelo Governo Federal. As propostas foram apresentadas ao Conse-lho da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois estava formada a Comissão de Mobilização. O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
  • 3. Mobilização tomou as cidades A partir do primeiro ato, o movimento tomou os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios foram realizados em toda a região, levando milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior movimento popular já realizado na região. Diante das dificuldades legais e institucio-nais de federalização da Urcamp, a luta foi dire- O grande dia O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para a História da região. Nesta data, Lula, diante de aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, hoje considerada uma das maiores obras já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Bagé se preparou e se enfeitou para receber as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios e que estavam integradas ao movimento que superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. Era uma luta de todos e para todos. Mais de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando pessoas que queriam ser protagonistas de uma cionada para a conquista de uma Universidade Federal para a região. O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, data em que foi confirmada a ida do presidente da República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar a criação da Universidade Federal do Pampa. conquista que mudaria suas vidas, as vidas de suas cidades e a vida da região. Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte municipal. O comércio e os bancos fecha-ram no início da tarde. O povo não se decepcionou. Lula anunciou, naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e região teriam uma universidade com campus em outros nove municípios. Foi uma grande festa que os que lá estavam até hoje não esquecem e nem esquecerão.
  • 4. Do Brasil para...o Brasil Letícia Diniz, 17 anos, é o retra-to da juventude que tem desbravado o Brasil em busca do sonho de cursar uma universidade pública. Até 12 anos atrás, antes da expansão das univer-sidades federais e do Enem, jovens como ela viam o futuro esbarrando na falta de condições de ingressar numa faculdade privada. De Cerquilho, no interior de São Paulo, viajou 1,4 mil quilômetros até chegar em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, onde hoje estuda Relações Internacionais na Uni-versidade Federal do Pampa (Unipam-pa). A decisão de perseguir um ideal teve apoio total da mãe, com quem mo-rava, e do pai, que não vivia com ela. Ainda assim não foi fácil trocar de Estado e ir para uma cidade da qual Comércio foi um dos primeiros setores a sofrer impacto da Unipampa, diz empresário formado na universidade Nascido e criado em Santana do Livramento, o empresário do setor lojis-ta, Raed Shweiki, 36 anos, não tem ad-jetivos para explicar o quanto a Univer-sidade Federal do Pampa (Unipampa) influenciou na sua vida. Formado em administração na segunda turma, uniu a oportunidade de fazer um curso gratuito e de qualidade e levar os conhecimentos para o comér-cio que dirige com a família. Frequentar uma faculdade pública na própria cida-de era algo inatingível oito anos atrás. Na fronteira com o Uruguai, a quase 500 quilômetros da Capital, en-trar em um curso superior gratuito em outra cidade era privilégio de poucos. Ao contrário de hoje, que existem bol-sas moradia, alimentação, instalação, e outras à disposição de alunos de baixa renda, não bastava apenas ser aprova-do no vestibular. Os cursos sempre foram de gra-ça, mas, no entanto, custos extras como transporte, alimentação, moradia, en-cargos relacionados à faculdade, por exemplo, inviabilizavam o ingresso de quem teria que sair do interior. Para Shweiki, que chegou a ten-tar medicina algumas vezes, a Unipam-pa tem revolucionado e transformado a cidade do ponto de vista cultural e eco-nômico. Na percepção dele, os impac-tos imediatos aconteceram no comércio e na prestação de serviços, que preci-nunca ouvira falar. Concluindo o pri-meiro semestre, a saudade e a angús-tia das primeiras semanas ficaram de lado e deram lugar a uma certeza: “Es-tou fazendo o que quero. Conheci pes-soas sensacionais que também vieram de longe. Ajudamos uns aos outros. Estou bem adaptada e contente com a universidade”, diz ela. Na casa do estudante, a primei-ra dos dez campi, além dela têm outros 24 meninos e meninas, mais ou menos da mesma idade, cujos objetivos são os mesmos: ter um diploma, conseguir um bom emprego e poder ajudar a fa-mília. No caldeirão de culturas mistu-rado ao regionalismo gaúcho, eles vão conhecendo pedaços de um País que lhes tem proporcionado experiências de cidadania jamais imaginadas. saram se expandir e se qualificar para atender à nova demanda. “Ganharam a cidade, a região, os próprios moradores e quem vem de fora. A troca de culturas, principalmente em regiões fronteiriças, ajuda a ampliar a visão de mundo para além do próprio chão. Os maiores reflexos serão percebi-dos daqui um tempo”, avalia. Fora Bagé, cujo perfil já mudou, nos outros nove campi entre 50 e 60% dos alunos ainda são de fora das ci-dades- sede e até mesmo do Estado. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), substituto do vestibular, foi o responsável pela integração do Brasil como próprio Brasil. Universidades federais no inte-rior normalmente recebiam estudantes de regiões do entorno, o que não gerava modificações no ramo imobiliário e so-bretudo cultural.
  • 5. Ajudar os pais a gerir melhor pequena propriedade Colegas de casa de estudante, Sandra Wilchen, 19 anos, não veio de tão longe como Letícia. Saiu de Porto Xa-vier, no Noroeste do Estado, para estudar administração. Fi-lha de agricultores familiares, está no 5º semestre e pretende seguir carreira na área de finanças. Mesmo que não volte a morar no campo, quer con-tribuir na melhoria da gestão da pequena propriedade. Os pais não tiveram a mesma oportunidade. Estudaram só até a quarta série. Na época deles era comum fazer uma opção: estudar ou trabalhar. Como precisavam sobreviver e sustentar os três filhos, escolheram a segunda alternativa. Sandra está ciente da responsabilidade. Confiam tanto nela que a emanciparam aos 17 anos, depois de chegar em Livramento. “Para poder resolver as mi-nhas coisas na cidade sem precisar que eles fossem e vol-tassem a toda hora. Eles sabem que estou correndo atrás da minha vida, das coisas nas quais acredito. Tive todo o apoio, assim como também deram para meus dois irmãos”. Conexão Capital Federal/Santana do Livramento A integração dos alunos de outros estados com os gaúchos e a própria cidade já faz parte do dia a dia de Natan Bueno, 18 anos, outro morador da casa do estudante. Vindo de Brasília, na Capital Federal, não é só o aces-so à universidade que o permite continuar os estudos. O Governo Federal também lhe concede bolsa moradia, com a qual paga a casa. A ajuda de custo serve àqueles que se encaixam nas condições de baixa renda e são de fora do Estado ou de regiões distantes de onde residem e estudam. Faz parte do Programa Auxílio Moradia, do Ministério da Educação (MEC).
  • 6. Universidade em construção Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula inaugural da Unipampa, no município de Bagé, a universidade vem num constante processo de construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos equipamentos adquiridos. Mas ainda há um caminho a percorrer, que vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, na verdade, uma universidade que se constrói na diversidade do Pampa, com interação para além dos dez municípios em que está instalada, pois desenvolve ações em todo o seu entorno. Somente entre os anos de 2009, época em que a Unipampa se desvinculou das Universida-des Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro semestre de 2014, já foram investidos R$ 238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da Unipampa. Os reflexos são sentidos de forma direta em todas as cidades em que estão instalados os campus da nova universidade. E não são apenas de ordem econômica. Lideranças empresariais e políticas atestam que houve grandes transforma-ções sociais e culturais nos municípios. Estrutura básica está montada A estrutura física básica da Uni-pampa já está montada. Prédios e la-boratórios, com equipamentos de pri-meira linha, funcionam a pleno. Neste momento, estão sendo montados os restaurantes universitários e já come-çaram a ser construídas as casas de estudantes. Quatro restaurantes já estão fun-cionando e, até o final do ano, come-çam a operar mais dois restaurantes, um em Bagé e outro em Dom Pedrito. Para o campus de Uruguaiana, que funciona em prédio adquirido da PUC, está em fase de contratação de empre-sa que servirá as refeições a preços subsidiados. As obras das casas dos estudan-tes já estão acontecendo. Cada cam-pus terá uma casa. Em Santana do Livramento, cidade onde a instituição não possui terreno, foi locado um imó-vel, que já está em funcionamento.
  • 7. Cursos estão em fase de consolidação Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam em 2006 para os atuais 63. Estes se encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram avaliados até agora obtiveram notas entre 4 e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota máxima o 5. Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. Mas, ainda há espaço físico para abrigar novos estudantes. Para isso, é necessário obter sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério da Educação para aumentar a oferta de cursos noturnos. No horizonte da criação de novos, a univer-sidade trabalha com a perspectiva de montar cur-sos de Medicina e Direito. Cerca de 2.500 alunos formados A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores e 696 servidores, já formou 2.481 alunos desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente implantada, 12 mil estudantes. A instituição mantem 781 alunos bolsistas, sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é de aproximadamente 190 mil exemplares, entre livros, periódicos e outras mídias. Em todas as unidades, funcionam 81 grupos de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 cursos de especialização e a produção científica já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
  • 8. A Unipampa é de todos e para todos Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos é do nosso envolvimento no processo que resultou na conquista de uma Universidade Federal para nossa região. Este era um sonho de nossa geração que se transformou em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou conta da região estávamos convencidos de que esta era uma das mais importantes contribuições que podería-mos oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, cientes do papel de homens públicos comprometidos com as transformações necessárias para que o Brasil e o Rio Grande avancem cada vez mais. Percorremos milhares de quilômetros viajando por 23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o caminho era esse e que estávamos no rumo certo. No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os avanços já produzidos em menos de uma década, conversar com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za do que foi a conquista da Unipampa. Não devemos e nem podemos esquecer o apoio estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, na condição de ministro de Educação orientou os nossos passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância com a política do Governo Federal. Tarso é parte importante desta conquista. Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos em educação uma alternativa para o desenvolvimento do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável por tudo isso. Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que também sabe da importância da emancipação dos pobres e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para todos. Luiz Fernando Mainardi Deputado Estadual Paulo Pimenta Deputado Federal