A escassez de água é um fator importante por detrás das recentes revoltas no Norte de África e Médio Oriente, e está a agravar-se em muitas partes do mundo devido às alterações climáticas, aumento populacional e sobre-exploração dos recursos hídricos. A China, Paquistão e Afeganistão enfrentam graves secas e inundações que ameaçam a produção alimentar, enquanto outros países como o Sudão, Tunísia e Egito sofrem de défice hídrico crónico
Artigo sobre o Cave e a luta contra a poluicao na Baixada Santista publicado ...Coletivo Alternativa Verde
1) O documento descreve uma catástrofe ambiental ocorrida em Cubatão em 1984 que matou centenas de pessoas após um derramamento de óleo e incêndio subsequente.
2) O Coletivo Alternativa Verde foi fundado em 1991 para lutar contra a poluição em Cubatão, mas enfrentou grandes dificuldades devido ao contexto local dominado pelas indústrias poluentes.
3) Apesar dos esforços do Coletivo Alternativa Verde em denunciar crimes ambientais e lutar contra o desenvolvimento des
Subsídio 4 por uma geopolítica da águapaulistaluna
1) O documento discute a crescente escassez de água potável no mundo e seus impactos geopolíticos.
2) Grandes reservas de água estão localizadas em regiões tropicais e subtropicais, mas também enfrentam problemas como falta de infraestrutura e monitoramento financeiro internacional.
3) A água tornou-se questão estratégica e de segurança para os Estados, e sua distribuição desigual já leva a conflitos em diversas regiões, como no Oriente Médio, África e Ásia Central.
O documento discute os principais problemas relacionados à água no Brasil e no mundo, incluindo a poluição de rios e represas por esgotos urbanos e rejeitos agrícolas e industriais, a escassez da água devido ao mau uso e destruição de mananciais, e as consequências da falta de cuidado com o meio ambiente, como a erosão e assoreamento que reduzem o volume de água.
O documento discute as geopolíticas da água e escassez hídrica, abordando tensões políticas em bacias hidrográficas compartilhadas como o Vale do Níger, Mesopotâmia e Subcontinente Indiano. Também menciona iniciativas da ONU para cooperação internacional sobre recursos hídricos.
O documento descreve o Vale do Ribeira, uma região no sudeste do Brasil com grande biodiversidade e patrimônio cultural ameaçados pela construção de barragens, especialmente a barragem de Tijuco Alto. O Movimento dos Ameaçados por Barragens luta há 25 anos contra esses projetos por seus impactos socioambientais, como inundar áreas, afetar comunidades e reduzir o regime hídrico do rio.
O documento discute os usos e problemas relacionados à água no mundo. A maior parte da água doce é utilizada na agricultura e na indústria, enquanto a população mundial depende de uma pequena fração de água doce disponível em rios e lagos. A escassez de água potável é um problema crescente devido ao crescimento populacional, urbanização, industrialização e contaminação da água. Conflitos também surgem em razão da disputa por recursos hídricos, especialmente em regiões áridas como o Ori
1) A escassez de água e a poluição estão criando uma nova forma de exclusão social chamada "exclusão hídrica", afetando bilhões de pessoas.
2) O acesso à água limpa é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, como reduzir a pobreza e a mortalidade infantil.
3) No Brasil, as desigualdades regionais e de renda resultam em que milhões de pessoas, principalmente os mais pobres, carecem de acesso
1) A água potável está distribuída de forma desigual no planeta e sua escassez é uma ameaça crescente.
2) Regiões como China, Índia, México e Chifre da África já enfrentam escassez aguda que pode levar a uma crise em 20-25 anos.
3) Disputas por recursos hídricos compartilhados já levaram a conflitos e ameaçam escalar, especialmente no Nilo, Eufrates e Ásia Central.
Artigo sobre o Cave e a luta contra a poluicao na Baixada Santista publicado ...Coletivo Alternativa Verde
1) O documento descreve uma catástrofe ambiental ocorrida em Cubatão em 1984 que matou centenas de pessoas após um derramamento de óleo e incêndio subsequente.
2) O Coletivo Alternativa Verde foi fundado em 1991 para lutar contra a poluição em Cubatão, mas enfrentou grandes dificuldades devido ao contexto local dominado pelas indústrias poluentes.
3) Apesar dos esforços do Coletivo Alternativa Verde em denunciar crimes ambientais e lutar contra o desenvolvimento des
Subsídio 4 por uma geopolítica da águapaulistaluna
1) O documento discute a crescente escassez de água potável no mundo e seus impactos geopolíticos.
2) Grandes reservas de água estão localizadas em regiões tropicais e subtropicais, mas também enfrentam problemas como falta de infraestrutura e monitoramento financeiro internacional.
3) A água tornou-se questão estratégica e de segurança para os Estados, e sua distribuição desigual já leva a conflitos em diversas regiões, como no Oriente Médio, África e Ásia Central.
O documento discute os principais problemas relacionados à água no Brasil e no mundo, incluindo a poluição de rios e represas por esgotos urbanos e rejeitos agrícolas e industriais, a escassez da água devido ao mau uso e destruição de mananciais, e as consequências da falta de cuidado com o meio ambiente, como a erosão e assoreamento que reduzem o volume de água.
O documento discute as geopolíticas da água e escassez hídrica, abordando tensões políticas em bacias hidrográficas compartilhadas como o Vale do Níger, Mesopotâmia e Subcontinente Indiano. Também menciona iniciativas da ONU para cooperação internacional sobre recursos hídricos.
O documento descreve o Vale do Ribeira, uma região no sudeste do Brasil com grande biodiversidade e patrimônio cultural ameaçados pela construção de barragens, especialmente a barragem de Tijuco Alto. O Movimento dos Ameaçados por Barragens luta há 25 anos contra esses projetos por seus impactos socioambientais, como inundar áreas, afetar comunidades e reduzir o regime hídrico do rio.
O documento discute os usos e problemas relacionados à água no mundo. A maior parte da água doce é utilizada na agricultura e na indústria, enquanto a população mundial depende de uma pequena fração de água doce disponível em rios e lagos. A escassez de água potável é um problema crescente devido ao crescimento populacional, urbanização, industrialização e contaminação da água. Conflitos também surgem em razão da disputa por recursos hídricos, especialmente em regiões áridas como o Ori
1) A escassez de água e a poluição estão criando uma nova forma de exclusão social chamada "exclusão hídrica", afetando bilhões de pessoas.
2) O acesso à água limpa é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, como reduzir a pobreza e a mortalidade infantil.
3) No Brasil, as desigualdades regionais e de renda resultam em que milhões de pessoas, principalmente os mais pobres, carecem de acesso
1) A água potável está distribuída de forma desigual no planeta e sua escassez é uma ameaça crescente.
2) Regiões como China, Índia, México e Chifre da África já enfrentam escassez aguda que pode levar a uma crise em 20-25 anos.
3) Disputas por recursos hídricos compartilhados já levaram a conflitos e ameaçam escalar, especialmente no Nilo, Eufrates e Ásia Central.
O documento discute como as mudanças climáticas estão ameaçando a segurança alimentar global, com eventos extremos como secas e furacões comprometendo a produção e disponibilidade de alimentos. O relatório do IPCC prevê que os impactos das mudanças climáticas na fome serão piores do que o esperado, com graves consequências nas próximas décadas. Embora muitos países não estejam preparados para esses impactos, os mais vulneráveis são os países pobres, que dependem grandemente da agricultura e pesca e têm pouca capacidade de
Impactos ambientais e conflitos de usuários de água para irrigação na Califon...Revista Cafeicultura
Impactos ambientais e conflitos de usuários de água para irrigação na Califonia.
Prof. Dr. Steve Deverel, Ph.D em Solos e Ciências Hídricas - Hidrofocus/ California Department of Water Resources
I) A humanidade faz parte de um universo em evolução e depende de uma Terra saudável para sua sobrevivência; II) A proteção do meio ambiente é um dever para assegurar a vitalidade da Terra e o bem-estar das gerações futuras.
O documento discute a crise hídrica no Brasil, seus impactos em diversos setores como elétrico, agricultura e saúde pública. Apresenta exemplos de como a escassez de água afeta regiões como o Nordeste e o rio São Francisco. Finalmente, sugere medidas para uso racional da água.
Cartilha água direito da terra e fonte da vidaLenildo Araujo
Este documento discute a crise hídrica no Brasil e suas causas. Ele descreve como a falta de água afeta milhões de brasileiros e setores como indústria e agricultura. Também argumenta que a crise é resultado da degradação ambiental e do modelo de desenvolvimento baseado em monoculturas e agronegócio, e não um fenômeno natural. Defende a adoção de uma nova ética no uso da água e alternativas de geração de energia sustentáveis.
Apesar de a Terra ser coberta em sua maioria por água, apenas uma pequena fração é doce e acessível para consumo humano. O crescimento populacional e o aumento do consumo colocam em risco o abastecimento de água doce no futuro. Soluções como redução de desperdícios e tratamento de esgotos são necessárias para evitar uma crise hídrica.
Ciencia hoje desenvolvimento e meio ambiente uma falsa incompatibilidadecarcara7
O documento discute a falsa incompatibilidade entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estudos mostram que não há relação estatística entre desmatamento e crescimento econômico e que a industrialização no Brasil não trouxe benefícios sustentados para a população. O desmatamento não é necessário para gerar empregos ou melhorar condições de vida e políticas ambientais não impedem o crescimento.
1) O documento discute a evolução da gestão dos recursos hídricos no Brasil, desde o pioneiro Código de Águas de 1934 até a criação da Agência Nacional de Águas em 1997. 2) A gestão foi marcada inicialmente por centralização no governo federal e foco no setor hidrelétrico, resultando em fragmentação. 3) A Constituição de 1988 e novas leis em 1997-2000 trouxeram mudanças como descentralização e bacia hidrográfica como unidade de gestão.
A humanidade utiliza na atualidade 50% da água doce do planeta. Em 40 anos utilizará 80%. A distribuição geográfica da água doce é desigual. Atualmente 1/3 da população mundial vive em regiões onde ela é escassa. O uso da água imprópria para o consumo é responsável por 60% dos doentes do planeta. Metade dos rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. Relatório da ONU sobre o uso da água confirma que, sem medidas contra o desperdício e a favor do consumo sustentável, o acesso à água potável e ao saneamento será ainda mais reduzido.
O documento discute a importância da água para a vida e os desafios globais relacionados à gestão da água. A crise da água é um dos maiores riscos globais e afeta o progresso econômico, a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável. Soluções baseadas na natureza, como reflorestamento e restauração de zonas húmidas, podem ajudar a melhorar a situação.
O texto descreve os movimentos políticos ocorridos no mundo árabe a partir de 2010, quando um tunisiano iniciou protestos contra o governo queimando o próprio corpo. Sites de redes sociais ajudaram a mobilizar manifestantes contra regimes autoritários na região do norte da África e Golfo Pérsico, difundindo ideias revolucionárias que levaram à queda do presidente egípcio Hosni Mubarak.
Reflexões sobre a questão das águas: o colapso hídricoCatarina Troiano
A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra. Este projeto tem por objetivo estimular a reflexão sobre a questão das águas e sua disponibilidade física versus a escassez econômica.
O documento discute os problemas ambientais causados pelo aquecimento global, como a desertificação, escassez de recursos e migração em massa. Também menciona que as seguradoras devem fazer sua parte para promover a sustentabilidade, por exemplo, reduzindo prêmios para clientes com menor impacto ambiental.
O documento discute os imensos desafios relacionados aos recursos hídricos no mundo. Apenas 2,5% da água do planeta é doce e disponível para uso humano, mas a demanda por água vem crescendo rapidamente devido ao aumento populacional e da agricultura. Isso pode levar a conflitos por água entre países e dentro dos próprios países. Além disso, a falta de acesso à água potável e saneamento básico causa milhões de mortes a cada ano e é um grande problema de saúde pública
O documento discute a importância da água e os problemas relacionados à sua poluição e escassez. A maior parte da água do planeta está nos oceanos, mas apenas uma pequena parte é doce e disponível para consumo humano. A poluição constante da água por esgotos, lixo e produtos químicos coloca em risco o acesso a esse recurso essencial e gera doenças. É necessária uma gestão sustentável dos recursos hídricos e mudanças de hábitos para preservar a água doce.
O documento discute as relações entre urbanismo e desastres naturais. A falta de planejamento urbano adequado e a ocupação desordenada de áreas de risco levam a problemas socioambientais que ampliam os impactos dos desastres naturais. As ações humanas, como o desmatamento e construção em locais inapropriados, geram mais problemas do que os fenômenos naturais.
Atualidade Brasil - Agua - Blog do Prof. Marco Aurelio Gondim - www.mgondim.b...Marco Aurélio Gondim
O documento discute a situação da água no Brasil e no mundo, abordando tópicos como:
1) O consumo de água vem aumentando devido ao crescimento populacional, expansão agrícola e industrial;
2) A má distribuição e gestão de recursos hídricos já gera escassez em algumas regiões;
3) O saneamento básico é essencial para a saúde pública e qualidade de vida.
O documento discute a insustentabilidade do atual modelo de produção e consumo em massa que leva ao rápido esgotamento dos recursos naturais. Apresenta o marketing verde como uma oportunidade para empresas atenderem a demanda crescente por produtos ecológicos de um nicho de mercado também em expansão. Conclui que o consumo responsável é necessário para assegurar a qualidade de vida das gerações atuais e futuras em um planeta com recursos limitados.
acima da média. Por outro lado, os sectores da indústria e do outros 1,5 3,5
Este guia aborda a eficiência energética em Portugal, apresentando as principais fontes de energia, os impactos ambientais do consumo, a distribuição do consumo por setores e medidas para poupar energia na habitação, nos transportes e na produção de resíduos. O objetivo é ajudar a utilizar a energia de forma sustentável.
Este documento fornece informações sobre eficiência energética. Discute a importância da energia e as diferentes formas e fontes de energia. Também aborda os impactos do consumo de energia no ambiente e a necessidade de tornar o uso de energia mais eficiente para garantir um futuro sustentável.
Higiene e segurança no trabalho na construção civilmjmcreatore
Este documento aborda vários tópicos relacionados à higiene e segurança no trabalho em obras de construção civil, incluindo prevenção de acidentes em movimentação de terras, trabalhos de betão armado, aramadura, demolição, andaimes e cofragem. O foco é identificar riscos e estabelecer medidas de proteção coletiva.
Este documento descreve sete unidades curriculares (UC) relacionadas com diferentes áreas do conhecimento como equipamentos e sistemas técnicos, ambiente e sustentabilidade, saúde, gestão e economia, tecnologias de informação e comunicação, urbanismo e mobilidade e saberes fundamentais. Para cada UC são apresentados os saberes, competências e conteúdos de literacia que devem ser desenvolvidos.
O documento discute como as mudanças climáticas estão ameaçando a segurança alimentar global, com eventos extremos como secas e furacões comprometendo a produção e disponibilidade de alimentos. O relatório do IPCC prevê que os impactos das mudanças climáticas na fome serão piores do que o esperado, com graves consequências nas próximas décadas. Embora muitos países não estejam preparados para esses impactos, os mais vulneráveis são os países pobres, que dependem grandemente da agricultura e pesca e têm pouca capacidade de
Impactos ambientais e conflitos de usuários de água para irrigação na Califon...Revista Cafeicultura
Impactos ambientais e conflitos de usuários de água para irrigação na Califonia.
Prof. Dr. Steve Deverel, Ph.D em Solos e Ciências Hídricas - Hidrofocus/ California Department of Water Resources
I) A humanidade faz parte de um universo em evolução e depende de uma Terra saudável para sua sobrevivência; II) A proteção do meio ambiente é um dever para assegurar a vitalidade da Terra e o bem-estar das gerações futuras.
O documento discute a crise hídrica no Brasil, seus impactos em diversos setores como elétrico, agricultura e saúde pública. Apresenta exemplos de como a escassez de água afeta regiões como o Nordeste e o rio São Francisco. Finalmente, sugere medidas para uso racional da água.
Cartilha água direito da terra e fonte da vidaLenildo Araujo
Este documento discute a crise hídrica no Brasil e suas causas. Ele descreve como a falta de água afeta milhões de brasileiros e setores como indústria e agricultura. Também argumenta que a crise é resultado da degradação ambiental e do modelo de desenvolvimento baseado em monoculturas e agronegócio, e não um fenômeno natural. Defende a adoção de uma nova ética no uso da água e alternativas de geração de energia sustentáveis.
Apesar de a Terra ser coberta em sua maioria por água, apenas uma pequena fração é doce e acessível para consumo humano. O crescimento populacional e o aumento do consumo colocam em risco o abastecimento de água doce no futuro. Soluções como redução de desperdícios e tratamento de esgotos são necessárias para evitar uma crise hídrica.
Ciencia hoje desenvolvimento e meio ambiente uma falsa incompatibilidadecarcara7
O documento discute a falsa incompatibilidade entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Estudos mostram que não há relação estatística entre desmatamento e crescimento econômico e que a industrialização no Brasil não trouxe benefícios sustentados para a população. O desmatamento não é necessário para gerar empregos ou melhorar condições de vida e políticas ambientais não impedem o crescimento.
1) O documento discute a evolução da gestão dos recursos hídricos no Brasil, desde o pioneiro Código de Águas de 1934 até a criação da Agência Nacional de Águas em 1997. 2) A gestão foi marcada inicialmente por centralização no governo federal e foco no setor hidrelétrico, resultando em fragmentação. 3) A Constituição de 1988 e novas leis em 1997-2000 trouxeram mudanças como descentralização e bacia hidrográfica como unidade de gestão.
A humanidade utiliza na atualidade 50% da água doce do planeta. Em 40 anos utilizará 80%. A distribuição geográfica da água doce é desigual. Atualmente 1/3 da população mundial vive em regiões onde ela é escassa. O uso da água imprópria para o consumo é responsável por 60% dos doentes do planeta. Metade dos rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. Relatório da ONU sobre o uso da água confirma que, sem medidas contra o desperdício e a favor do consumo sustentável, o acesso à água potável e ao saneamento será ainda mais reduzido.
O documento discute a importância da água para a vida e os desafios globais relacionados à gestão da água. A crise da água é um dos maiores riscos globais e afeta o progresso econômico, a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável. Soluções baseadas na natureza, como reflorestamento e restauração de zonas húmidas, podem ajudar a melhorar a situação.
O texto descreve os movimentos políticos ocorridos no mundo árabe a partir de 2010, quando um tunisiano iniciou protestos contra o governo queimando o próprio corpo. Sites de redes sociais ajudaram a mobilizar manifestantes contra regimes autoritários na região do norte da África e Golfo Pérsico, difundindo ideias revolucionárias que levaram à queda do presidente egípcio Hosni Mubarak.
Reflexões sobre a questão das águas: o colapso hídricoCatarina Troiano
A ÁGUA constitui um elemento fundamental para o desenvolvimento do meio ambiente, por isso é um BEM INALIENÁVEL À VIDA, isto é, não pode ser vendida, não pode ser cedida, é um direito de todos os seres vivos do planeta Terra. Este projeto tem por objetivo estimular a reflexão sobre a questão das águas e sua disponibilidade física versus a escassez econômica.
O documento discute os problemas ambientais causados pelo aquecimento global, como a desertificação, escassez de recursos e migração em massa. Também menciona que as seguradoras devem fazer sua parte para promover a sustentabilidade, por exemplo, reduzindo prêmios para clientes com menor impacto ambiental.
O documento discute os imensos desafios relacionados aos recursos hídricos no mundo. Apenas 2,5% da água do planeta é doce e disponível para uso humano, mas a demanda por água vem crescendo rapidamente devido ao aumento populacional e da agricultura. Isso pode levar a conflitos por água entre países e dentro dos próprios países. Além disso, a falta de acesso à água potável e saneamento básico causa milhões de mortes a cada ano e é um grande problema de saúde pública
O documento discute a importância da água e os problemas relacionados à sua poluição e escassez. A maior parte da água do planeta está nos oceanos, mas apenas uma pequena parte é doce e disponível para consumo humano. A poluição constante da água por esgotos, lixo e produtos químicos coloca em risco o acesso a esse recurso essencial e gera doenças. É necessária uma gestão sustentável dos recursos hídricos e mudanças de hábitos para preservar a água doce.
O documento discute as relações entre urbanismo e desastres naturais. A falta de planejamento urbano adequado e a ocupação desordenada de áreas de risco levam a problemas socioambientais que ampliam os impactos dos desastres naturais. As ações humanas, como o desmatamento e construção em locais inapropriados, geram mais problemas do que os fenômenos naturais.
Atualidade Brasil - Agua - Blog do Prof. Marco Aurelio Gondim - www.mgondim.b...Marco Aurélio Gondim
O documento discute a situação da água no Brasil e no mundo, abordando tópicos como:
1) O consumo de água vem aumentando devido ao crescimento populacional, expansão agrícola e industrial;
2) A má distribuição e gestão de recursos hídricos já gera escassez em algumas regiões;
3) O saneamento básico é essencial para a saúde pública e qualidade de vida.
O documento discute a insustentabilidade do atual modelo de produção e consumo em massa que leva ao rápido esgotamento dos recursos naturais. Apresenta o marketing verde como uma oportunidade para empresas atenderem a demanda crescente por produtos ecológicos de um nicho de mercado também em expansão. Conclui que o consumo responsável é necessário para assegurar a qualidade de vida das gerações atuais e futuras em um planeta com recursos limitados.
acima da média. Por outro lado, os sectores da indústria e do outros 1,5 3,5
Este guia aborda a eficiência energética em Portugal, apresentando as principais fontes de energia, os impactos ambientais do consumo, a distribuição do consumo por setores e medidas para poupar energia na habitação, nos transportes e na produção de resíduos. O objetivo é ajudar a utilizar a energia de forma sustentável.
Este documento fornece informações sobre eficiência energética. Discute a importância da energia e as diferentes formas e fontes de energia. Também aborda os impactos do consumo de energia no ambiente e a necessidade de tornar o uso de energia mais eficiente para garantir um futuro sustentável.
Higiene e segurança no trabalho na construção civilmjmcreatore
Este documento aborda vários tópicos relacionados à higiene e segurança no trabalho em obras de construção civil, incluindo prevenção de acidentes em movimentação de terras, trabalhos de betão armado, aramadura, demolição, andaimes e cofragem. O foco é identificar riscos e estabelecer medidas de proteção coletiva.
Este documento descreve sete unidades curriculares (UC) relacionadas com diferentes áreas do conhecimento como equipamentos e sistemas técnicos, ambiente e sustentabilidade, saúde, gestão e economia, tecnologias de informação e comunicação, urbanismo e mobilidade e saberes fundamentais. Para cada UC são apresentados os saberes, competências e conteúdos de literacia que devem ser desenvolvidos.
Este documento descreve o Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) em Portugal. O sistema fornece processos de RVCC para adultos que não completaram o ensino secundário reconhecerem e certificarem suas competências através de portfólios reflexivos e avaliações. O documento detalha os princípios, objetivos, processos, metodologias e avaliações do sistema RVCC.
1) O documento discute riscos emergentes e novas formas de prevenção num mundo de trabalho em mudança.
2) Novas tecnologias como nanotecnologias e biotecnologias trouxeram novos riscos aos trabalhadores, cujos efeitos precisam ser melhor compreendidos.
3) Mudanças organizacionais como trabalho precário também criaram novos riscos que exigem novas abordagens de prevenção.
Este documento discute as áreas de competência-chave na vida de uma pessoa, focando-se na área de Sociedade, Tecnologia e Ciência (STC). Apresenta sete unidades de competência nesta área, relacionadas a equipamentos e sistemas técnicos nos contextos doméstico, profissional e institucional. Fornece grelhas para a pessoa identificar suas competências nesta área com base em situações de vida.
Este documento fornece informações sobre um programa educacional oferecido pelo Centro Novas Oportunidades Escola Básica 2, 3 Padre Joaquim Maria Fernandes Sousel. O programa é dividido em três áreas de competência, incluindo STC (Sociedade, Tecnologia e Ciência). STC é composta por sete núcleos geradores, cada um abordado em quatro contextos diferentes. O documento fornece detalhes sobre o núcleo gerador de saúde, incluindo objetivos, tópicos a serem discutidos
1. O documento é um guia do consumidor que fornece informações sobre direitos dos consumidores em diferentes áreas como comprar casa, arrendar casa, comprar carro, viagens, garantias, compras, reclamações e resolução de conflitos.
2. Inclui seções sobre serviços públicos essenciais, comprar casa, arrendar casa, comprar carro, viagens, garantias, compras, livro de reclamações e resolução alternativa de litígios.
3. Tem como objetivo informar os consumidores sobre seus direitos e
O documento discute a relação entre clima e paisagem, explicando como o clima condiciona a formação das paisagens naturais e como o ser humano transformou essas paisagens ao longo do tempo. Também aborda a representação da paisagem na arte ao longo dos séculos, desde a sua introdução como fundo nas pinturas até se tornar um gênero autônomo no Renascimento.
Este documento discute consumo e eficiência energética, definindo eficiência energética como a relação entre a quantidade de energia usada para realizar uma tarefa e a quantidade disponível. Ele também descreve como etiquetas energéticas ajudam os consumidores a escolherem eletrodomésticos mais eficientes, poupando custos e protegendo o meio ambiente.
Este documento fornece orientações para a construção de um Portefólio Reflexivo de Aprendizagens (PRA) no processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). O PRA deve documentar as experiências e competências de um adulto de forma narrativa e reflexiva, sem índices rígidos. Ele deve mostrar como as aprendizagens ao longo da vida de uma pessoa se relacionam com as áreas-chave de competência, para validação das qualificações. O PRA é um documento dinâmico que promove
1. A autora nasceu em Lisboa em 1972 e mudou-se para o Cacém aos um ano de idade, onde fez as primeiras amizades.
2. Em 1976 nasceu a sua irmã Sílvia. A autora começou a frequentar a escola primária aos cinco anos no Cacém.
3. Em 2008 foi diagnosticada com insuficiência renal crónica e teve de começar tratamentos de hemodiálise.
Joana apresenta-se como uma jovem de 20 anos natural de Vidago, Portugal. Ela descreve sua infância rebelde brincando com os meninos e boas memórias daquela época. Atualmente estuda Ciências da Comunicação na universidade e gosta de ajudar os amigos, praticar voleibol e ser bombeira voluntária. Seu sonho é se tornar uma grande jornalista na Itália e ajudar os bombeiros voluntários de sua cidade natal.
O documento descreve o que é o percurso RVCC no ensino secundário, que permite o reconhecimento de competências adquiridas fora da escola. Inclui três áreas de competência-chave (Cidadania e Profissionalidade, Sociedade Tecnologia e Ciência, Cultura Língua e Comunicação) e explica que os candidatos devem apresentar um portfólio reflexivo e história de vida para demonstrar suas competências.
O documento discute a crise hídrica global, com escassez de água afetando 3,5 bilhões de pessoas até 2040 devido ao aumento da demanda e mudanças climáticas. A urbanização descontrolada prejudica os recursos hídricos locais. Soluções como melhor gestão dos recursos, tratamento de esgoto e novas políticas públicas são necessárias.
O documento discute a crise global da água e como isso afeta a pobreza, a saúde e o desenvolvimento sustentável. A escassez de água está aumentando devido ao crescimento populacional, mudanças climáticas e poluição, colocando bilhões em risco. Isso cria uma "exclusão hídrica" que precisa ser enfrentada para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio relacionados à água potável e saneamento.
O documento discute os problemas da poluição das águas e a falta de água doce no mundo. A poluição causada pelo ser humano está deteriorando rios, lagos e oceanos e colocando em risco o abastecimento de água. Mais de 3 bilhões de pessoas vivem sem acesso à água potável, o que causa doenças e mortes. Soluções como uso racional da água e proteção de mananciais são necessárias para garantir o acesso à água no futuro.
Roteiro de atividades do Ciclo Autoral de 27 até 31 de julho de 2020.escolacaiosergio
O documento discute a importância da água para a vida e a necessidade de seu uso consciente, especialmente durante a pandemia. A semana inclui atividades sobre o tema, como a relação entre água e coronavírus, o direito à água potável e arte que usa a água como tema.
O documento discute possíveis temas para abordar a crise hídrica no Brasil do século 21, apresentando 4 teses: 1) mau gerenciamento dos recursos hídricos; 2) uso não consciente da população; 3) crescimento urbano versus capacidade dos reservatórios; 4) poluição da água. Apresenta também repertório sociocultural e textos motivadores relacionados ao tema.
O documento discute os desafios globais relacionados à escassez de água doce e como isso afeta a segurança alimentar e meios de subsistência. Ele destaca a importância da água para a agricultura e como a má gestão dos recursos hídricos e as mudanças climáticas estão exacerbando a escassez de água em muitas regiões. Também enfatiza a necessidade de soluções inovadoras e cooperação entre setores para assegurar o acesso equitativo à água e sua gestão sustentável no futuro.
O documento discute a relação entre as mudanças climáticas e a disponibilidade de água. As mudanças climáticas estão afetando a disponibilidade de água em todo o mundo, com evidências de redução de neve nas montanhas e aumento de secas na América Latina. O documento pede mais apoio aos setores rurais e fornecedores comunitários de água na América Latina, que são importantes guardiões da água, para combater os efeitos das mudanças climáticas no abastecimento de água.
O documento discute a crise hídrica no Brasil, destacando como as políticas higienistas e a expansão da agropecuária afetam o acesso à moradia de pessoas em situação de rua, violando seus direitos constitucionais. A proposta é que o governo crie mais abrigos para garantir o direito à moradia.
O documento discute a poluição das águas, suas causas e consequências. A poluição das fontes de água doce, como rios e lagos, pode levar a falta de água em breve se não forem tomadas medidas. A poluição é principalmente causada por esgotos, lixos, dejetos industriais e mineração descontrolada, espalhando doenças e sobrecarregando sistemas de saúde.
O documento discute os desafios globais da escassez de água doce, com bilhões de pessoas enfrentando falta de água. A poluição está danificando rios e lagos, enquanto a exploração de lençóis freáticos e fóruns mundiais buscam soluções. Cada pessoa deve economizar água e evitar poluição para garantir o suprimento de água no futuro.
1) O documento discute o consumo e escassez de água doce no planeta, com foco nas atividades que mais consomem água e nas regiões mais afetadas pela escassez.
2) Nos últimos 15 anos, a oferta de água limpa disponível por habitante diminuiu 40% e o uso da água na agricultura deve aumentar nos próximos anos.
3) Cerca de 2 bilhões de pessoas vivem com falta de água em 34 países e esse número pode aumentar até 2025, enquanto a escassez de água já matou mais
Este documento discute a desertificação no mundo e em Portugal. Apresenta as causas da desertificação como o desmatamento, uso inadequado da terra e mudanças climáticas. Também descreve os impactos sociais, econômicos e ambientais da desertificação, incluindo a perda de biodiversidade e solo. O documento conclui que os esforços de conservação da água, como a barragem de Alqueva, são necessários para combater a desertificação em Portugal.
A escassez da água como causa de conflitos internos e internacionais no sécul...Fernando Alcoforado
Este documento discute a escassez global de água e seus impactos. Apenas 0,4% da água doce disponível está em rios e lagos para uso humano. A demanda por água está aumentando devido ao crescimento populacional, mas os recursos hídricos são limitados, levando a potenciais conflitos internos e entre países pelo controle da água. A falta de acesso à água potável causa milhões de mortes a cada ano.
O documento discute os principais problemas ambientais globais, como a poluição, a escassez de água doce e o aumento dos resíduos sólidos. Aponta que o crescimento populacional e o modelo de desenvolvimento atual levam ao mau uso e esgotamento dos recursos naturais. Também descreve as conferências globais sobre mudanças climáticas e a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, que estabelece responsabilidades compartilhadas no manejo do lixo.
O documento discute a crescente crise da água no mundo. A demanda por água aumentou seis vezes nos últimos 100 anos, enquanto a população quadruplicou, esgotando as reservas de água potável. Atualmente, 2 bilhões de pessoas sofrem com escassez de água e a ONU prevê que serão 4 bilhões em 25 anos. Conflitos internacionais sobre recursos hídricos, como entre Turquia, Síria e Iraque sobre o Eufrates, também estão aumentando.
O documento discute a crescente crise da água no mundo. A demanda por água aumentou seis vezes nos últimos 100 anos, enquanto a população quadruplicou, esgotando as reservas de água potável. Atualmente, 2 bilhões de pessoas sofrem com escassez de água e a ONU prevê que serão 4 bilhões em 25 anos. Conflitos internacionais sobre recursos hídricos, como entre Turquia, Síria e Iraque sobre o Eufrates, também estão aumentando.
A Problemática dos Transgenicos_Licao-sinteseJoão Soares
O documento discute a problemática dos transgênicos e a perda de biodiversidade global. Apresenta dados mostrando que até dois terços das espécies de plantas e animais podem estar extintas no final do século XXI, ameaçando a segurança alimentar e a saúde humana. Também destaca os riscos dos agrotóxicos e a necessidade de reduzir subsídios agrícolas que incentivam a sobre-exploração dos recursos naturais.
O documento discute a importância da água doce, os problemas crescentes com o suprimento de água doce devido ao aumento populacional e demanda industrial, e possíveis soluções como economia de água, tratamento de esgoto e construção de barragens.
1. O documento discute a crise global da água, com o suprimento de água fixo e crescente demanda devido ao aumento populacional e consumo.
2. Existem várias opções para resolver a escassez de água, como a conservação através da irrigação eficiente.
3. A irrigação eficiente tem o potencial de reduzir significativamente o uso de água na agricultura e paisagismo, mantendo produções saudáveis com menos água.
Este documento presenta un número de la revista +Aprendizajes dedicado al tema de la evaluación y el uso de datos. Incluye dos entrevistas a expertos internacionales sobre estos temas, así como artículos que exploran diferentes formas y enfoques de la evaluación educativa, como la evaluación de habilidades socioemocionales y el pensamiento computacional. El objetivo es mostrar distintas maneras de reconocer el aprendizaje de los estudiantes e identificar cómo mejorar a través de una visión más amplia de la evaluación.
Este documento discute os conceitos e processos de planeamento estratégico e gestão estratégica. Explica que o planeamento estratégico envolve fases como informação, formulação de alternativas, avaliação e decisão. Também discute a importância da missão, objetivos e análise SWOT no processo de planeamento estratégico. Explora como a análise do ambiente externo e capacidades internas podem levar ao desenvolvimento de vantagens competitivas e estratégias.
Um relatório analisou a baixa produtividade em Portugal, concluindo que embora a mão de obra seja um fator, a culpa não é apenas dela. A produtividade depende também da eficiência dos outros fatores produtivos, da capacidade de criar valor através de inovação, e do investimento em pesquisa. Aumentar a produtividade requer melhorar esses aspectos.
Este documento fornece um guia prático de gestão para a indústria têxtil e de vestuário portuguesa. Apresenta indicadores de referência e médias de valores para cada subsector, cobrindo áreas como gestão, marketing, recursos humanos e sustentabilidade. O objetivo é melhorar a competitividade das empresas, preparando-as para os desafios do mercado global.
Este documento apresenta um teste de filosofia para alunos do 10o ano com questões sobre lógica proposicional e argumentativa. O teste inclui questões de escolha múltipla, justificação de proposições, negação de proposições, identificação e refutação de conclusões de argumentos, análise da validade de argumentos e consistência de conjuntos de proposições.
1) O documento é um teste de filosofia para alunos do 10o ano sobre proposições, argumentos e teorias filosóficas.
2) O teste contém 17 questões de múltipla escolha e questões de resposta desenvolvida.
3) As questões abordam conceitos como proposições, argumentos válidos versus inválidos, reduções ao absurdo, consistência de teorias e identificação de ações.
Síntese dos resultados do inquérito à literacia financeiraMarilia Teixeira
Este documento apresenta os resultados preliminares de um inquérito sobre literacia financeira da população portuguesa realizado pelo Banco de Portugal em 2010. Os principais resultados incluem: (1) Cerca de 11% dos entrevistados não têm conta bancária, (2) Apenas cerca de 20% poupam regularmente de forma a planear despesas de médio/longo prazo, (3) Cerca de 40% dos entrevistados desconhecem as comissões associadas à sua conta bancária.
Este relatório do Conselho Nacional de Educação descreve a qualificação dos portugueses em 3 frases:
1) Apresenta dados sobre os níveis de qualificação da população portuguesa, taxas de escolaridade, acesso à educação em diferentes níveis e resultados acadêmicos.
2) Analisa a oferta educativa em Portugal, desde a educação infantil até ao ensino superior e formação ao longo da vida, e os apoios disponíveis.
3) Inclui recomendações do Conselho Nacional de Educação para melhorar a
Este documento fornece um resumo da estrutura e dinâmica das sociedades não financeiras em Portugal com base em dados de 2009. As principais conclusões são:
1) Cerca de 380 mil SNF no universo de referência, com predomínio de microempresas (87%) e concentração nos setores do comércio, indústrias transformadoras e construção.
2) As SNF demonstram resiliência com taxa de sobrevivência estimada de 85% nos primeiros 2 anos e 33% após 19 anos, variando por setor e dimensão
070523 economia 10_-_ficha_formativa_-_6_os_rendimentos_e_a_reparticaoMarilia Teixeira
Este documento resume um teste sobre economia realizado por alunos do 10o ano. Aborda tópicos como a formação e repartição de rendimentos, incluindo salários, lucros, juros e rendas. Também discute desigualdades salariais e de renda, mecanismos de redistribuição de renda pelo Estado, e sistemas de previdência social.
[1] O documento apresenta um teste diagnóstico com questões sobre conceitos demográficos e económicos como taxas de natalidade, mortalidade e crescimento populacional. [2] Inclui questões de escolha múltipla, verdadeiro/falso e interpretação de valores estatísticos. [3] Tem como objetivo avaliar os conhecimentos prévios dos alunos nestas matérias.
O inquérito avaliou os conhecimentos e comportamentos financeiros dos portugueses, mostrando que: (1) Apenas 20% poupam para o longo prazo; (2) Muitos não comparam taxas de juro; (3) Há lacunas nos conceitos financeiros básicos como a Euribor.
O inquérito avaliou os conhecimentos e comportamentos financeiros dos portugueses, mostrando que: (1) Apenas 20% poupam para o longo prazo; (2) Muitos não comparam taxas de juro; (3) Há lacunas nos conceitos financeiros básicos como a Euribor.
O documento descreve um artigo de jornal sobre inovação. O artigo é publicado em 24 de junho de 2010 na seção de investimento, inovação e PME de um jornal de negócios português semanal especializado. O artigo discute o que é necessário para uma empresa ser inovadora.
O documento é um artigo de jornal sobre inovação em empresas. Ele discute os fatores necessários para que empresas sejam inovadoras, como investimento, cultura organizacional e recursos humanos qualificados. O artigo foi publicado em 24 de junho de 2010 no jornal especializado em negócios "JORNAL DE NEGOCIOS".
1) O documento discute a história do Dia do Trabalhador em Portugal, notando que apenas após a Revolução dos Cravos em 1974 é que a comemoração passou a ser livre e feriado nacional.
2) Também descreve brevemente os direitos e deveres dos trabalhadores portugueses após a democracia, como jornada de 8 horas e benefícios como férias.
3) Menciona que a primeira celebração do Dia do Trabalhador após 1974 foi a maior manifestação da história de Portugal.
1. D
D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Sustentabilidade | Futuro | Cooperação
ÁG
UA
A VERDADEIRA
CRISE
CATARINA ALBUQUERQUE
Relatora da ONU para a Água
Direito à Água no Feminino
Portugal: até Quando?
30 Anos de uma Ideia Genial
REVISTA D | 1 | MARÇO ::: ABRIL 2011
1 | Capitulo
2. D | 0 | MAR ::: ABR 2010
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3. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Nesta Edição
tema D 06
A Verdadeira Crise
Portugal: até quando
Direito à Água no Feminimo
vox 15
CATARINA ALBUQUERQUE
Relatora da ONU para a Água
mundo 20
O Templo
O Caminho faz-se Caminhando
Brasil Inova na Cooperação Internacional
30 Anos de uma Ideia Genial
dias D 30
UN Photo — Martine Perret
Eventos | Cultura | Tendências | Ecologia
4. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Editorial
Para tod@s
Vítor Simões, Editor.
Quando as outrora serenas ruas de Dar voz a perspetivas novas ou mar-
Tunes se incendiaram com a auto- ginalizadas na habitual agenda noti-
imolação de um vendedor de fruta em ciosa; fazê-lo mostrando a voz dos
protesto pela apreensão arbitrária da excluídos, sem os vitimizar e apresen-
sua mercadoria, os líderes árabes e tar uma visão positiva, com soluções,
os dos países desenvolvidos ficaram para as necessidades do nosso
boquiabertos. Obama demorou se- tempo – esta é a nossa missão.
manas a acertar o discurso – e ainda A revista_D será uma plataforma
hoje as diplomacias ocidentais hesi- Digital para pensar o mundo real,
tam nas medidas a tomar, perante a que procura um Desenvolvimento
inaudita combustão social que defla- mais sustentável, com espaço para
gra em boa parte dos países árabes, o lucro mas também para os Direitos
alguns produtores de petróleo. políticos, económicos e sociais. Um
espaço comum.
O petróleo tem dado de comer a pou-
cos, nas terras do Norte de África e Neste primeiro número, focamo-nos
Médio Oriente. Mas tem estado tudo num combustível mais decisivo do
bem, desde que o combustível não que o petróleo para o futuro comum:
páre de correr para as economias dos a água. Os povos do Norte de África
países desenvolvidos e para as eco- e do Médio Oriente há muito que lhe
nomias emergentes. Mas, na verdade, dão o devido valor. Todos esperamos
este estado não serve. A surpresa de que os líderes mundiais, incluindo os
muitos governantes mundiais – e de nossos, ouçam mais o que dizem as
boa parte da imprensa – apenas con- pessoas nas ruas – e assegurem uma
firma o seu distanciamento em rela- distribuição justa deste e de outros
ção à realidade nas ruas. Mulheres, bens escassos.
jovens e pobres, tantas vezes excluí-
dos, decidiram tomar o seu futuro nas
mãos e demonstraram que manter
muitas vozes em silêncio é brincar
com o fogo.
4 | Editorial
5. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
UN Photo — Carl Purcell
5 | Capitulo
6. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
D | A água é transparente
tema D
ÁG A verdadeira
Crise
UA Inês Campos
Na base de muitas das razões que
explicam as recentes revoltas no
Magrebe e Médio Oriente está a
água, cuja escassez favorece a
pobreza. Noutros locais, o agrava-
mento das cheias é também fator
de instabilidade. As alterações
climáticas, o aumento da popula-
ção, a sobre-exploração de cam-
pos agrícolas e a contaminação
dos recursos hídricos são alguns
dos responsáveis por uma crise
global da água.
00
6 | Capitulo
tema D
7. D || 11 || MAR ::: ABR 2011
D MAR ::: ABR 2011
os conflitos e protestos no Médio
Oriente, em particular no Egito e
Tunísia, contra regimes autocráticos
foram em parte impulsionados
pelo novo aumento dos preços dos
produtos alimentares.
“Nunca vi uma seca assim” Um cenário bastante diferente
queixa-se Liu Baojin, um agricultor afligia o Paquistão há apenas 7
de Shandong, China, ouvido pelo meses, quando chuvas diluviais
Guardian vendo mais de um terço transformaram o rio Indus e os
das suas colheitas queimadas seus afluentes numa maré que
após quatro meses sem chover. matou cerca de 2.000 pessoas,
Apesar de ter recebido do governo produziu 20 milhões de desaloja-
uma compensação parcial pelos dos e cujos efeitos continuam a
danos, Baojin receia ter de aban- assombrar a vida quotidiana do
donar as suas terras e procurar país.
emprego na cidade.
Um relatório recente de Michael
Os últimos meses de seca resul- Kugelman, investigador do
taram em centenas de hectares Woodrow Wilson International
queimados no maior produtor Center em Washington alerta
mundial de trigo. Agricultores para a crise de água iminente no
escavam poços improvisados Paquistão e para os seus efeitos
de água lamacenta e o governo imediatos na produção de alimen-
chinês entra com um pacote de tos. Segundo Kugelman, “muitas
um milhão de dólares em ajuda das terras agrícolas mais ricas da
de emergência para aliviar a seca nação são agora demasiado pan-
mais severa dos últimos 60 anos. tanosas ou salgadas para permitir
Segundo um alerta lançado em fe- boas colheitas”.
vereiro, a Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Ali- No vizinho Afeganistão, as es-
mentação (FAO) considera “a seca tatísticas são chocantes. Nas
UN Photo — Sophia Paris
atual da China um problema muito áreas rurais, estima-se que 80%
sério”, notando que 5.16 milhões dos afegãos bebem água contami-
de hectares de área afetada rep- nada e uma proporção semelhante
resentam dois terços da produção dos doentes internados em Cabul
de trigo do país. sofre de doenças causadas pela
poluição do ar e da água.
00 7 | Capitulo
tema D
8. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Um Recurso Escasso
Mas o problema da escassez de A falta de eficiência dos sistemas
água não se limita a países de- de irrigação, que permitem o des-
vastados por conflitos ou desas- perdício a grande escala é outra
tres naturais. Segundo as das principais causas da crise da
Nações Unidas, no ano 2000 água. Na China dá-nos o exem-
quase 510 milhões de pessoas plo dum país em que a falta deste
em 31 países eram afetadas por recurso é o principal problema
intenso stress hídrico ou grave ambiental: são precisas cerca de
escassez de água. Em 2025, este mil toneladas de água para pro-
número poderá chegar a 3 mil mi- duzir uma tonelada de trigo.
lhões de pessoas com menos de A escassez deste recurso tem por
1.700 m3 por ano (considerado o sua vez vindo a tornar os terrenos
volume mínimo de sobrevivência). cada vez menos produtivos, situa-
ção agravada com o impacto das
Apesar de parecer abundante, a alterações climáticas na qualidade
água doce é um recurso escasso: dos solos. O Sudão, a Tunísia, o
trata-se apenas de 0.3% do total Egito, o México e o Paquistão, são
de água no planeta e cerca de alguns dos países com um maior
2,5% destas reservas encontram- défice hídrico.
se inacessíveis em lençóis freáti-
cos, aquíferos e nas calotas po- Existem soluções, como o uso de
lares, entre outros locais remotos. sistemas de irrigação eficientes
No total, o planeta azul disponibi- gota a gota e de precisão e o cul-
liza cerca de 0,08% da sua água tivo de espécies que consumam
para os seres humanos, da qual menos água. A dessalinização
70% é usada na agricultura. Este será uma opção inevitável, ape-
cenário é pautado pela degrada- sar do processo consumir muita
ção da qualidade da água nos energia.
últimos 50 anos, devido a um
tratamento ineficiente de águas
e resíduos nos grandes centros
urbanos e industriais, assim como
ao uso de adubos químicos e
agrotóxicos em áreas de desen-
volvimento agrícola. A poluição
está, por isso, a roubar grande
parte das reservas de água exis-
tentes.
8 | tema D
9. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Guerra dos Cereais
A primeira vítima da falta de água tidores pelos fundos de matérias-
é a produção agrícola. A falta de primas leva os preços destes
água e os impactos climáticos bens a deixarem de ser definidos
em alguns dos maiores produ- apenas pelo balanço entre a oferta
tores globais, como o Canadá, e a procura. Os consumidores
a Austrália, a Rússia e a China, pagam mais pelos alimentos, não
já se fizeram sentir numa subida porque haja mais pessoas a con-
contínua dos preços do trigo nos sumir, mas porque se prevê que
últimos anos no mercado global. no futuro se vá consumir mais.
wNos países mais pobres, entre
60% a 25% da população gasta
entre 70% e 80% do seu escasso
rendimento em bens alimentares.
As convulsões sociais vividas em
Moçambique no verão passado Novas Dietas,
expressam bem o impacte social
deste tipo de inflação. Novos Desafios
Vários analistas consideram que Nas grandes potências emergentes como a Índia e a
os conflitos e protestos no Médio China – tradicionalmente países com uma dieta
Oriente, em particular no Egito e vegetariana ou sobretudo à base de cereais –, o au-
Tunísia, contra regimes autocráti- mento do rendimento per capita tem-se refletido num
cos foram em parte impulsionados maior consumo de lacticínios e carne.
pelo novo aumento dos preços
dos produtos alimentares. Estas mudanças de dieta redundam num efeito cres-
Estes países estão também entre cente consumo de cereais, por constituírem a dieta
aqueles que enfrentam uma crise alimentar dos animais. As novas dietas contribuem
de água iminente. A perspetiva não só para um aumento da procura de água – agra-
de fome, tal como a insatisfação vando o problema de escassez –, mas também para
perante recursos cada vez mais a subida das cotações das matérias-primas agrícolas.
escassos e pela desigualdade na
sua distribuição são exacerbados Neste novo milénio – e pela primeira vez na história
quando não é possível o exercício da Humanidade –, a necessidade de alimentar os
livre da cidadania. nove mil milhões de habitantes do planeta previstos
UN Photo — John Isaac
A especulação financeira tem tam- para 2050 exige que grande parte da população, so-
bém um papel preponderante no bretudo nos países de rendimento alto, altere os seus
aumento dos preços dos cereais. hábitos alimentares e padrões de consumo.
O interesse crescente dos inves-
Coordenadora da Objetivo2015,
UN Millennium Campaign Portugal.
9 | tema D
10. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Portugal:
até quando?
Inês Campos
As alterações climáticas vão pôr em causa a
disponibilidade de água em Portugal, caso não
se tomem de imediato medidas de adaptação.
Os portugueses terão, também aqui, de ser
mais poupados.
“Ao menos aqui corre água e da das águas superficiais e subter-
boa”, contava ao Diário de râneas são alguns dos efeitos
Notícias Armando Mosca. Forçado previstos das alterações climáticas
a deslocar-se a 25 km de Évora em Portugal.
para se abastecer de água, este
alentejano era o exemplo de um Apesar da relativa abundância de
fenómeno inesperado em Portugal: água no nosso país, a irregulari-
falta de água em pleno inverno. dade das temperaturas sazonais, a
Este inverno passado pode tornar- assimetria norte-sul na distribuição
se na nossa realidade comum num dos recursos, a dependência de
futuro próximo. Espanha nos rios internacionais e
diferentes necessidades regionais,
Menos chuva no sul, cheias no levam muitas vezes a situações de
norte, um aumento das temper- carência – por norma no verão. As
aturas médias sazonais e pertur- alterações climáticas vêm alterar,
bações no regime de escoamento para pior, este cenário.
10 | tema D
11. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
O aumento do nível do mar pode a água superficial disponível é de
conduzir à salinidade dos aquífe- 30,7 km3/ano e a recarga de água
ros costeiros e ao aumento de subterrânea é de 6,0 km3/ano – o
cheias e de secas. Espera-se que satisfaz por ora as necessi-
ainda uma diminuição da quali- dades médias de consumo do país
dade da água disponível, devido a (ver dados disponibilidade hídrica).
menor escoamento e ao aumento
da temperatura. A Estratégia Nacional de Adap-
tação às Alterações Climáticas
Segundo um estudo recente de in- considera que “as alterações
vestigadores do Instituto Superior climáticas não são algo que irá
Técnico, o sul do país será o mais ocorrer num futuro longínquo”. Em
afetado: zonas áridas, com pouca acréscimo, “todos os cenários,
vegetação e níveis reduzidos de preveem um aumento significativo
precipitação contrastam com da temperatura média em todas
zonas de relevo montanhoso no as regiões de Portugal até ao fim
Norte, em que um maior volume do século XXI”. Este quadro ex-
de precipitação enche os caudais ige medidas de adaptação e a
dos rios e lençóis freáticos. definição de estratégias e políticas
de gestão da água.
Atualmente, a disponibilidade de
água doce em circulação à su-
perfície ou nos aquíferos varia
de acordo com o volume da pre-
cipitação e a sua distribuição ao
UN Photo — John Isaac
longo do ano. A água utilizada
em Portugal ronda os cerca de 7
500 milhões m3/ano no conjunto
dos setores Agrícola, Industrial e
Urbano. Segundo dados do INE,
11 | tema D
12. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Direito à Água
no Feminino
Isabel Alonso Gomes
A organização indiana Tarun A 28 de julho de 2010, a Assem-
Bharat Sangh dá-nos um exemplo bleia Geral das Nações Unidas
concreto de como a melhoria do reconheceu o direito à água e
acesso à água conduz a progres- ao saneamento básico como um
sos significativos na qualidade de Direito Humano, essencial à vida
vida e empoderamento das mu- de todas as pessoas no planeta.
lheres. Através da construção de No texto apresentado a votação,
johads (estruturas tradicionais para a Assembleia Geral manifesta a
o armazenamento de água) em sua preocupação pelo facto de
várias comunidades do Rajastão – 884 milhões de pessoas não terem
e colocando uma ênfase particular acesso a água potável e de 2.6 mil
no papel das mulheres na gestão milhões não ter acesso a sanea-
dos recursos –, contribui para mento básico, resultando na morte
alterar a tradicional perceção da de 1.5 milhões de crianças por
mulher como “ignorante e inca- ano – um número superior ao das
paz”. crianças anualmente vítimas de
SIDA, malária e sarampo.
Em muitas sociedades, a água
constitui o âmago de muitas das
tarefas tradicionalmente atribuí-
das às mulheres: cozinhar, lavar e
limpar. Para além disso, o funcio-
namento biológico do corpo das
mulheres torna a água essencial
para a manutenção da sua digni-
dade.
12 | tema D
13. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
O compromisso assumido pelas Nações Unidas
para aumentar os esforços de garantir o acesso
universal a água limpa e saneamento básico é,
sobretudo, uma vitória para as mulheres.
Todos os anos, as mulheres dispen- frequentar a escola. Por fim, menos
dem mais de 200 milhões de horas mulheres morrerão de parto e os seus
no transporte de água – em muitos filhos serão mais saudáveis.
locais rurais em África é comum as
mulheres caminharem mais de 10 Para potenciar estes ganhos é, con-
km até à fonte de água mais próxima tudo, necessário envolver ativamente
e talvez o dobro durante a estação as mulheres nos programas de gestão
seca. Nesta como noutras áreas, as da água, garantir que a sua voz é
mulheres são as primeiras a sentir ouvida, não só para assegurar que as
as consequências das mudanças suas necessidades específicas são
climáticas: muitas mulheres afirmam atendidas, mas empoderando-as na
que as distâncias que têm que per- sua comunidade, enquanto respon-
correr até à água têm aumentado em sáveis pela gestão de recursos co-
virtude de esta se tornar mais es- muns.
cassa.
Coordenadora de campanhas na
As longas caminhadas para chegar Secção Portuguesa da Amnistia
até à água e para a transportar com- Internacional
portam sérios riscos para a saúde das
mulheres, seja devido ao peso que
carregam, aos acidentes de percurso
ou ao facto de serem as primei-
ras expostas a doenças e poluição
presentes na água. Estas viagens
também as tornam mais vulneráveis à
violência, especialmente em áreas de
conflito.
A melhoria do acesso a fontes de
água limpa terá impactos palpáveis
na qualidade de vida destas mu-
lheres. A diminuição do tempo pas-
sado a transportar água significa que
UN Photo — Olivier Chassot
as mulheres poderão dedicar-se a
atividades produtivas, à sua educa-
ção e ao lazer. Ficará reduzido o fardo
sobre as raparigas que, assim, terão
mais tempo e oportunidades para
13 | tema D
15. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Catarina
Albuquerque
Relatora da ONU para a Água
Entrevista de Inês Campos
Catarina Albuquerque foi a primeira perita independente
nomeada em 2008 pelas Nações Unidas como relatora da
água. Há poucos dias chegou de uma missão nos Estados
Unidos. Depois do Egipto, Bangladeche, Eslovénia e Japão,
confirmam-se as suas suspeitas: não existe um problema de
escassez na distribuição da água, mas sim de desigualdade.
Egipto, a Tunísia e no geral grande não tem acesso são as pessoas
parte do Médio Oriente, são países pobres, são os migrantes, as mi-
que associamos muito a zonas norias étnicas, os refugiados...as
desertas, com pouca água. Poderá pessoas ricas têm sempre acesso.
este factor estar também na ori- Há um padrão de exclusão que
afecta sempre as mesmas pes-
gem das actuais agitações sociais, soas. O que existe é um problema
à semelhança do aumento dos de falta de estabelecimento de
preços dos cereais? prioridades correctas por parte do
Não creio, para já acho que a poder político, de forma a asse-
questão vai muito para lá da dis- gurar que todos tenham acesso a
ponibilidade de água. Pode dizer- água.
me que o Egipto é um deserto.
Sim, é verdade que há países com
menos água do que outros. Mas
considero que os problemas a
que assistimos hoje de acesso a
água, não têm que ver com falta
de recursos, mas antes com uma
má distribuição dos recursos exis-
tentes. Não é por acaso que quem
15 | vox
16. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Então o governo interessa? Em É um efeito de bola de neve?
países democráticos com uma so-
É, sem dúvida.
ciedade civil mais activa este tipo
de problemas é menor?
Não acho que seja menor, mas Acredita no cenário, por vezes
uma sociedade civil activa con- falado, de guerras de água?
segue exercer uma maior e mel-
hor pressão sobre os decisores Essa questão irrita-me, porque
políticos e tem mais possibilidades é uma forma sensacionalista de
de conseguir boas decisões. No abordar o problema. Eu estive
Egipto, por exemplo, as informa- recentemente no Bangladeche e
ções sobre a qualidade da água é verdade que eles têm muitos
eram segredo de Estado há um problemas de acesso a água; mas
ano atrás, quando lá estive em se vão travar-se guerras de água,
missão. As pessoas não sabiam de cereais, de mais qualquer outra
se a água que bebiam era boa ou coisa, não sei... Sei que é preciso
má, não sabiam aonde se queixar, assegurar a todos o acesso equi-
a que portas é que iam bater... tativo a água de qualidade.
Há corrupção, as decisões são
tomadas de uma forma pouco
transparente – possivelmente não Qual seria a quantidade ideal de
são as melhores decisões para as consumo de água por pessoa -
pessoas. tem alguma estimativa?
Há várias estimativas, eu diria por
volta de 100 litros de água por
Nas missões que fez, encontrou pessoa/dia para beber, para coz-
nas zonas com problemas de falta inhar, para a higiene pessoal, para
de água também problemas de limparmos as nossas casas, etc..
acesso a outros serviços públicos Mas claro que podemos ir parar a
básicos? números completamente diferen-
Normalmente aquilo que encontro tes, que explodem qualquer das
nos países que visito é um padrão estimativas, se estivermos a ter
de negação sistemática de direi- em conta a água virtual. Isto é, a
água que importamos nas t-shirts
No Egito as informações tos para determinadas pessoas
que compramos feitas no Bangla-
– e são sempre as mesmas pes-
sobre a qualidade da soas. É verdade que aqueles sem deche...
água eram segredo de acesso a água ou saneamento são
quase sempre pobres: normal-
Estado. mente também não têm acesso a
uma habitação condigna, também
não realizam o seu direito à ali-
mentação na sua plenitude, tam-
As tarifas de água podem bém não têm um bom acesso à
educação – e depois, também não
ter em conta algumas usufruirão dos chamados direitos
desigualdades sociais civis e políticos.
16 | vox
18. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
É a isso que se chama de “pegada Mas mudanças de comportamen- tarifas, há muita discussão à volta
hídrica”? tos, como poupar água, são im- disto. Há quem diga que a água
portantes? devia ser gratuita; eu acho que a
Sim, pegada hídrica ou água vir- água deve ser paga, é um bem
tual...os tomates que importamos Claro que nós todos podemos precioso que deve ser estimado e
de Marrocos, as laranjas de Israel, fazer mais para poupar água. Uma a atribuição de um preço mais
etc.. Aí o nosso consumo de água das maneiras utilizadas por mui- elevado pode ter um efeito positi-
passa para milhares de litros por tos países são as tarifas de água vo. Quem tem dinheiro deve pagar
dia. progressivas. Isto é, se tenho um pelos excessos de consumo.
agregado familiar de “x” pessoas Quem não tem dinheiro não deve
presume-se que a quantidade de ser privado deste direito humano
E em relação ao desperdício – água que necessito para a rea- e o Estado – não só o Português,
como combatê-lo? lização do meu direito humano em qualquer país – deve adoptar
é “y”. Se utilizo mais do que “y”, medidas com vista a garantir que
Combater o desperdício é muito começo a pagar muitíssima mais
mais do que poupar água. Os as pessoas não são privadas do
água. Normalmente, há uma rela- acesso à água e ao saneamento
maiores consumidores de água ção directa entre maior consumo
não são as pessoas. Para a real- pelo facto de não terem dinheiro.
de água e maior disponibilidade
ização do direito humano à água económica, porque são as pes-
precisamos entre 3 a 5% do to- soas que têm jardins e piscinas
tal da água doce existente em A falta de acesso a água é um
que consomem mais. Acho que problema só dos países mais po-
todo o mundo; como vê, não é as tarifas de água podem ter em
muito... A agricultura utiliza 70% bres?
conta algumas desigualdades
da água disponível e desse bolo sociais. As minhas últimas três missões
outros 70% são utilizados para a foram a países desenvolvidos: um
produção de luxury foods, que são Estado membro da União Euro-
os ananases do Brasil, as man- E em Portugal? peia, a Eslovénia, o Japão e os Es-
gas da Costa Rica, as laranjas de tados Unidos e foram um choque,
Israel, a carne da Argentina, etc.. Sei que cá em Portugal o regu- um reality check...
Aí estamos a consumir loucuras lador para água quer mexer nas
de água e estamos a desperdiçar
muito.
18 | vox
19. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Um choque?
Nos Estados Unidos veio falar
comigo um sem-abrigo, chamava-
se Mike, de Sacramento, a capi-
tal da Califórnia, que vivia numa
tenda comprada no Wall-Mart. Vi-
vem vários assim em tendas... ora,
as casas de banho públicas foram
fechadas, é ilegal fazer as necessi-
dades na rua, aliás é considerado
um crime sexual. Estes senhores A falta de acesso à água é uma questão de falta de
sem-abrigo não têm qualquer vontade política e de exclusão deliberada para que
hipótese de ter acesso ao mínimo
saneamento, porque esse acesso determinadas pessoas não acedam a bens
lhes é vedado de propósito. Es- fundamentais que correspondem a direitos humanos.
tas três missões vieram confirmar
aquilo que eu sabia na teoria –
que a falta de acesso à água é
uma questão de falta de vontade
política e de exclusão deliberada
para que determinadas pessoas
não acedam a bens fundamen-
tais que correspondem a direitos
humanos. É claro que nos países
ricos a maior parte da população
tem acesso a água, mas encon-
trei várias pessoas – sem abrigo,
migrantes, pertencentes a etnias
– por exemplo na Eslovénia, a
etnia cigana – ou a minorias resi-
dentes nos países que visitei, que
são excluídas do acesso a água
potável e saneamento. Visto que a
esmagadora maioria da população
tem acesso, são claros casos de
descriminação contra estas pes-
soas.
19 | Capitulo
20. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
mundo
O Templo
Leopoldo H. Santana
Num templo budista na Tailândia, os monges
cuidam de pessoas contaminadas pelo vírus
da SIDA, uma doença ainda estigmatizante
naquele país. O desconhecimento e a falta de
recursos levam muitos familiares a abandonar
os doentes neste refúgio.
Periodismo Humano
Às cinco e meia da manhã, a luz do “Pouco a pouco foram chegando
amanhecer colora os campos de trigo mais doentes”, recorda o monge
que envolvem a estrada. No hori- Alonkot sobre as dificuldades dos
zonte, sobre a encosta íngreme de primeiros tempos. A população local
uma montanha, surge o grande buda não via com bons olhos tê-los por
branco que preside ao Wat (templo) perto, incomodados com a presença
Phrabat Namphu. Situado nos ar- daqueles excluídos. “Mas man-
redores de Lopburi, convivem ali os tivemos a nossa posição, resistimos,
monges theraveda de traje laranja e e continuámos a acolhê-los. Agora
uma das realidades mais dilacerantes muita gente entende e até vem visitar
da Tailândia. Na harmonia do lugar, os pacientes”, afirma. “O problema é
os seropositivos alvo de estigmas e que as pessoas temiam ser infetadas
tabus encontram uma compreensão pela doença, por isso os discrimina-
que lhes é negada num país que se vam. Grande parte do nosso trabalho
esforça por manter uma imagem sem tem sido fazê-los perceber a natureza
mácula. da doença”.
20 | mundo 00
21. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
O Caminho da
Educação
Numa sociedade onde a SIDA ainda
mata e em que os doentes escondem
as manchas nos seus corpos te-
mendo a rejeição das próprias famí-
lias, um monge, Alonkot Dikkapanya,
acolheu há 18 anos um homem que
sofria, sem tratamento ou solidarie-
dade. Tratou-o com devoção até ao
momento da sua morte e compreen-
deu então que tinha uma missão
especial a cumprir.
Um ano depois de Alonkot ter acol-
hido o primeiro paciente, começaram
a chegar de outros templos vários
monges para ajudar na tarefa. Após 3
anos, o templo já se ocupava de mais
de 200 doentes. “O desafio agora é
que as famílias não rejeitem os seus
familiares e se ocupem deles, creio
que daqui a uns dez anos vão aceitá-
los melhor”, prevê.
Para Alonkot, a solução passa por
conseguir a aceitação familiar e por
manter os pacientes ativos, fazendo-
os sentir que apesar da doença po-
dem realizar um trabalho útil. Fala da
educação como o principal caminho
a seguir e alega que muitos seroposi-
UN Photo — Olivier Chassot
tivos sofrem por se verem abando-
nados. “O governo dá uma pensão
pequena a muitos dos doentes que
não podem trabalhar; mas não é
suficiente, nem para comer, nem para
pagar uma renda e muito menos para
medicamentos,” assegura.
21 | mundo
22. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Um Homem
de Sorte
Khemkhaeng Promma nasceu na No outro extremo da sala encontra-
província de Saraburi há 36 anos, se Kihipong Phuusaa, que veio da
onde vivia com os seus pais e três ir- capital Banguecoque, onde cresceu
mãos. Um sorriso tímido surge no seu e estudou. Kihipong tem 41 anos e
rosto quando recorda a infância. “Não começou a trabalhar como taxista
gostava de ir à escola, preferia ficar ainda muito jovem. “Gostava do trab-
a brincar no campo”, conta. Logo na alho porque não tinha chefes”, co-
adolescência começou a trabalhar menta. “Há um tempo atrás a minha
numa fábrica de cimento, mas as namorada tinha-me dito que estava
condições eram tão duras que aos 18 infetada” conta.
anos sofreu uma paralisia que o impe-
diu de caminhar durante quatro anos. Quando descobriu que era seroposi-
Depois deste período, recuperou as tivo não disse a ninguém, nem sequer
forças e chegou a servir como militar à família. Desde o seu divórcio dez
por dois anos, antes de começar a anos antes que não via a mulher e
trabalhar numa fábrica de plástico. a filha. Começou a beber, cada dia
Porém, quando contava já com 25 mais, enquanto ainda era capaz de
anos, optou por seguir um caminho manter o segredo, “até que já não
do qual não voltaria. “O meu coração podia conduzir nem beber mais.”
estava desfeito e um amigo ofereceu- Quando os vizinhos e colegas per-
me a provar ópio”, recorda. Depois ceberam o seu estado, começou
chegou a heroína. No princípio usava a sentir-se discriminado. “Eram os
uma vez por dia, mas logo passaram olhares, faziam-me sentir deprimido.
a ser duas e três... e nada mudou até Felizmente, uma das minhas vizinhas
descobrir umas manchas no corpo. trabalhava para um médico em Ban-
Tinha SIDA. A irmã que se encar- guecoque que conhecia este lugar,
regou-se dele; levou-o a vários hos- tenho sorte”.
pitais, a um templo onde se dizia que
usavam umas ervas curativas. Por fim
soube da existência do Wat Phrabat
A Cama Vazia
Namphu .
O Wat Phrabat Namphu divide a
sua atividade entre dois edifícios.
O edifício principal conta com 115
pacientes adultos, em situação mais
crítica. Num outro, situado a 85km
de Lopburi, residem 200 pessoas.
22 | mundo
23. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
São acolhidos tanto os afetados pela
SIDA como crianças que perderam
os pais devido à doença. As crianças
frequentam a escola, praticam de-
sportos e ocupam-se com diversas
atividades.
Atualmente, a maioria dos fundos
necessários para manter o projeto
humanitário do templo provém de
doações privadas tailandesas e es-
trangeiras. Uma pequena parte chega
do governo.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca
de meio milhão de tailandeses são
portadores do vírus da SIDA. Inicia-
tivas altruístas como as de Alonkot
Dikkapanyo representam a esper-
ança daqueles que sofrem a doença e
a exclusão social.
Kihipong está apenas há 20 dias no
templo, mas quer ficar forte o sufici-
ente para voltar a casa. “Por agora
estou bem aqui, mas quero voltar a
trabalhar e poder deixar esta cama
vazia”.
UN Photo — Olivier Chassot
23 | mundo
24. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
O Caminho Faz-se
Caminhando
Mariana Hancock
Para António*, professor voluntário
na escola da Missão dos Jesuítas da
Fonte Boa, prfovíncia moçambicana
de Tete, cedo se tornou evidente
a desigualdade entre o número de
rapazes e o de raparigas que fre-
quentavam um das poucas escolas
primárias de segundo grau (EP2) que
serviam a população rural dos distri-
tos de Angónia e de Tsangano, junto
à fronteira com o Malávi. “A partir de
uma certa idade, é comum as rapari-
gas deixarem de ir às aulas, o que,
geralmente, corresponde à altura
em que são “iniciadas, ou seja, por
ocasião da sua primeira menstrua-
ção”, constatou o professor. “naquela
região de Moçambique, assim como
em outras regiões, países e culturas,
as raparigas são valorizadas sobretu-
do enquanto mães e donas de casa”,
acrescenta.
Os alunos que vêm das escolas
primárias de primeiro grau (EP1) mais
próximas das suas aldeias chegam
à Missão a saber pouco ou nada de
Português. Para a maioria da popu-
lação rural, o Português é a segunda
língua, apenas falada na escola. Mui-
tas raparigas ficam pelo caminho.
24 | mundo
25. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Chegar até à Escola da Fonte Boa No momento de as famílias toma- Os desafios existentes em Moçam-
significa, na maioria das vezes, per- rem a decisão, com frequência os bique para se alcançar o ODM 3
correr vários quilómetros – o que, estudos dos rapazes são prioritários alargam-se ao ODM 2 – alcançar o
para uma rapariga, nem sempre é sobre os das raparigas, quer seja por ensino primário universal – com a
opção. A longa distância desde casa razões de segurança, financeiras – meta de todos os rapazes e raparigas
leva a que, quase sempre, as rapari- ou, simplesmente, pelo papel que a completarem um plano de estudos
gas a procurem lugar no internato mulher assume na família. Sobretudo de escolaridade primária até 2015.
feminino junto à escola. Essa é a úni- nas áreas rurais, o conflito entre a Segundo o Plano Estratégico de
ca forma de conseguirem prosseguir educação tradicional e a educação Educação e Cultura 2006-2010/11 do
os seus estudos. formal constitui ainda um desafio à governo moçambicano, entre 1999 e
escolarização das raparigas. O papel 2005 as matrículas no EP1 aumen-
social que lhes é tradicionalmente taram 65%. No entanto, as taxas de
reservado – o de mães e donas de conclusão do EP1 permaneceram
casa – torna-se incompatível com os baixas e o número de repetições e
estudos superiores, ao mesmo tempo desistências elevados, bem como a
que estereótipos de género, ainda baixa qualidade do ensino, continuam
por desconstruir, diminuem o nível de a ser dificuldades. Moçambique ne-
confiança e de autonomia das mul- cessita de 10 mil professores por ano,
heres. mas apenas 8.500 professores serão
contratados este ano, sobretudo no
De acordo com o Relatório de ensino básico. Apesar dos esforços
Moçambique sobre os Objetivos de do Programa de Construção Acelera-
Desenvolvimento do Milénio (ODM) da de Infraestruturas Escolares, 700
Internato Feminino da Missão de Fonte Boa, Moçambique. Fotos de Luís Mileu.
referente a 2008, prevê-se que a mil rapazes e raparigas vão continuar
paridade de género no EP1 seja a estudar ao relento durante este ano
atingida até 2015, embora os desafios letivo.
sejam maiores ao nível do EP2 e do
Secundário – o que põe em causa a Coordena em Portugal a Campanha
concretização de todas as metas con- Global pela Educação.
tidas no ODM 3 – promover a igual-
dade de género.
A existência de distritos em que a
percentagem de raparigas a frequen-
tar o EP2 está abaixo dos 45% justi-
Sobretudo nas áreas
fica uma maior atenção para medidas rurais, o conflito entre a
de combate ao abandono escolar das
raparigas. É o caso da construção de
educação tradicional e
mais escolas para reduzir as distân- a educação formal con-
cias percorridas ou ainda o equilíbrio stitui ainda um desafio
entre o número de professores e pro-
fessoras (face ao receio que muitos à escolarização das
pais sentem de enviar as suas filhas raparigas.
para ambientes predominantemente
masculinos).
25 | mundo
26. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Brasil Inova na
Cooperação Internacional
Sara Bernardes
Bancos de leite materno e produção de biocombustíveis
conjugada com a de alimentos – eis algumas das práti-
cas inovadoras da Cooperação Brasileira, que pela
primeira vez publicou um relatório de atividades. Tam-
bém nesta área, o Brasil está em forte crescimento.
“Foi o coração que mandou e Deus CBDI prefere pensar na cooperação A CBDI assume o compromisso de
que envio esse leite tão gostozinho como uma “troca entre semelhantes, contribuir para a promoção do de-
para eles”, diz Alice Shenk, uma das com mútuos benefícios e respon- senvolvimento global, com ênfase
doadoras do banco de leite de Nova sabilidades”, implementada em 70 na América Latina, África e Ásia. No
Friburgo, no estado do Rio de Ja- países, da América Latina até aos centro da sua atividade estão os Ob-
neiro. A exportação da rede brasileira países africanos lusófonos. A partilha jetivos de Desenvolvimento do Milé-
de bancos de leite materno para de conhecimentos e aprendizagens nio (ODM – lançados pelas Nações
22 países, na América Latina e nos vem assim mudar as regras do jogo Unidas em 2002, na sequência da
países Lusófonos Africanos, é talvez na hierarquia tradicional de doadores Cimeira do Milénio, em que chefes
o projeto mais inovador da Coopera- e beneficiários e estabelecer uma de Estado de cerca de 200 países
ção Brasileira para o Desenvolvim- parceria horizontal. se comprometeram a acabar com a
ento Internacional (CBDI). Esta prática pobreza e as suas principais causas
tem sido importante no combate à A maior economia emergente da até 2015.). Os ODM ligam-se, na es-
mortalidade infantil, pois além das América do Sul está a tornar-se um tratégia da CBDI, à partilha de tecno-
questões nutricionais e emocionais, importante doador internacional, logias e conhecimentos úteis para o
é através do leite materno que as tendo gasto um volume total nos combate às doenças graves como o
defesas naturais da mãe passam para últimos 5 anos de 1.250 mil milhões VIH/SIDA e a malária, a diminuição da
o filho. “Cada mamada é uma vacina” de euros. Entre 2005 e 2009, as suas mortalidade infantil e o desenvolvim-
– explica o médico Franz Novak, da contribuições aumentaram 129%, ento agrícola, entre outros.
rede brasileira de leite humano – con- dirigidas tanto a fundos multilaterais,
siderada pela Organização Mundial como à assistência técnica, bolsas de
de Saúde como a de maior qualidade estudo a estrangeiros e assistência
a nível mundial. humanitária, que no mesmo período
duplicou de 113 milhões de euros
Em vez de falar em “ajuda” e “doa- para 259 milhões.
ção”, o primeiro relatório oficial da
26 | mundo
27. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
A multiculturalidade do Brasil, a sua Na cooperação multilateral é dado
experiência com desafios agrícolas especial destaque ao Fundo de
em climas áridos ou tropicais – como Convergência Estrutural e de Forta-
o cultivo de cacau ou de algodão – e lecimento Institucional do Mercosul
inovações ao nível da microeconomia, (FOCEM), integrado no âmbito do blo-
tais como iniciativas de economia co económico regional MERCOSUL,
solidária – baseada no cooperativis- que representa cerca de 30% das
mo e associativismo – são facilmente contribuições do país. Este organismo
transportáveis para os países mais conta com um fundo anual de 100
pobres. milhões de dólares e visa financiar
programas para reduzir as assimetrias
Na área da cooperação técnica, entre os Estados Membros do bloco
distingue-se a partilha de tecnologias regional.
agrícolas para a produção de ca-
cau e a proteção da biodiversidade, O Brasil já conseguiu atingir várias
implementadas na Colômbia, Congo metas dos Objetivos de Desenvolvi-
e Equador. Outro destaque vai para a mento do Milénio. À semelhança de
difusão da agroenergia, com técnicos países como a Índia, África do Sul
UN Photo — Jerry Frank
brasileiros no terreno a mostrarem e Turquia, o esforço de cooperação
como harmonizar a produção de bio- internacional desta nação pode fazer
combustíveis com a de alimentos. a diferença, até ao ano 2015, entre
No plano bilateral, o Brasil atua em muitos milhões ou poucos milhares
mais de 70 países, com impacto de pobres no mundo.
maior na América Latina – que recebe
76,27% dos fundos bilaterais – e
nos países lusófonos africanos, que
recebem 16,41%.
27 | mundo
28. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
30 Anos de
Uma Ideia Genial
Alexandre Coutinho
O Grameen Bank do Bangladesh foi pio- Na última década, o Grameen Bank
neiro na criação de um sistema bancário começou a limitar a sua expansão no
Bangladesh, decidido a concentrar as
baseado no mutualismo, na confiança, suas atenções sobre as famílias que
participação e criatividade, concedendo já beneficiam dos seus empréstimos.
Muhammad Yunus, fundador da insti-
microcréditos aos mais pobres dos po- tuição e Prémio Nobel da Paz 2006,
bres. O sistema globalizou-se e o funda- reconhece que o ritmo de crescimen-
dor do Grameen quer levar o microcrédi- to abrandou nos últimos dois anos.
“Por duas razões:”, explica. “temos
to até 100 milhões de famílias. 2,5 milhões de famílias titulares de
empréstimos e o nosso desejo é de
vê-los ultrapassar o limiar da pobreza.
“É realizável!”, afirma com entu- do país, com mais de 8,3 milhões de Um terço, já o conseguiu e outro
sismo Muhammad Yunus, fundador membros e 2565 balcões, cobrindo terço está quase e os restantes estão
do Grameen. “Em 1976, quando um total de 81.377 aldeias do Bangla- no bom caminho. Vamos concentrar-
emprestei 27 dólares a 42 pessoas, desh. Entre os empréstimos de maior mo-nos nestas pessoas, em vez de
se tivesse feito uma conferência de sucesso, destaque para a construção nos expandirmos cada vez mais. A
imprensa nessa tarde para anunciar de casas – já foram financiadas outra razão, é que já há outras orga-
que, passados 34 anos, teria conce- 687.754 habitações – e as chamadas nizações que concedem microcrédito
dido 10.259 milhões de dólares (7543 telephone ladies que, com os seus e ainda há lugar para mais”.
milhões de euros) você saía da sala telemóveis, desempenham o papel de
a chamar-me maluco. Mas essa é a telefones públicos em muitas aldeias. Yunus aponta para um período, entre
realidade presente. Na época, a pala- Hoje, são 396.733! cinco e 15 anos, como o tempo ne-
vra microcrédito nem sequer existia. cessário para uma família que ben-
Não é difícil passar, de 20 para 100 As mulheres são as clientes princi- eficia do microcrédito ultrapassar o
milhões de famílias. Vamos tentar o pais do Grameen e são também a limiar da pobreza. “Queremos reduzir
nosso melhor e mesmo que não seja grande maioria da população pobre. este tempo para um máximo de dez
possível chegar aos 100 milhões, Mas demonstram que apostar nos anos e depois, progressivamente,
chegaremos a 50 ou a 60 milhões”. mais pobres compensa: o retorno para oito ou sete anos”, prevê.
dos créditos (no valor médio de 123
Atualmente, o Grameen Bank (o “ban- dólares (90 euros) é surpreendente: No âmbito internacional, Muham-
co da aldeia”, em Bangla) é a maior 97,38%. mad Yunus defende que a dívida
instituição financeira no mundo rural dos países em desenvolvimento não
28 | mundo
29. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Photos — Grameen Bank.
Por cá
deveria ser perdoada sem contra- Em Portugal, apenas existe uma soais, a ANDC trabalha em
partidas. Propõe, em alternativa, a instituição regida pelos mesmos parceria com o Instituto do Em-
criação de fundos de microcrédito. princípios do Grameen Bank, prego e Formação Profissional
“Defendo um perdão com condições.
a Associação Nacional do Di- (IEFP) e com bancos como o
Significa que o dinheiro tem de ser
pago pelo país em causa, através reito ao Crédito (ANDC). Em dez Millennium (desde 1999), a Caixa
da criação de um fundo colocado anos de atividade, o volume de Geral de Depósitos (desde 2005)
à disposição das organizações de crédito concedido já se eleva a e o Banco Espírito Santo (desde
microcrédito e em benefício do seu mais 6,5 milhões euros, situan- 2006) – que financiam os em-
próprio povo – frisa – o facto de um do-se a média dos empréstimos préstimos concedidos.
país credor prescindir de receber a em 6000 euros. Ao todo, foram
dívida não significa que desista do
aprovados 1433 projetos, até ao A área do vestuário é a mais
dinheiro e que este possa ser gasto
de qualquer maneira”. final de janeiro de 2011, respon- representada (12,2%), seguindo-
sáveis pela criação de 1812 se as atividades ligadas à ali-
postos de trabalho. mentação (11,8%); os cafés e
Dirigida a pessoas que não têm pastelarias (8,5%); o artesanato
crédito junto da banca comer- e a decoração (8,1%); e a con-
cial, mas que querem desen- strução (4,7%). A taxa de sobre-
volver uma atividade económica vivência destes negócios, até à
concreta para a qual reúnem data, é de 75,9%.
condições e capacidades pes-
Jornalista e coautor do livro
“Microcrédito em Portugal – Uma
Nova Oportunidade”.
29 | mundo
30. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
dias D
A Natureza Merece
Entre a Europa e a África, a Ria reverte para ações de recuperação
Formosa é a paisagem natural mais e conservação da biodiversidade do
precisosa do Algarve. Representa um local. Por fim, a primavera também
equilíbrio tão precário quanto perene, é saudada no Porto, onde Serralves
dentro das duras regras da natureza. oferece um amplo programa de
Este oásis de águas calmas só sub- atividades de sensibilização ambi-
siste graças a um sistema arenoso ental: Habitar Serralves ajuda-nos a
de ilhas-barreira, também ele um criar micro-habitats nos nosso jardins
caso ímpar de sobrevivência face a ou hortas urbanas; Água no Parque
condições adversas. O sistema lagu- toma a água como fio condutor de
nar da Ria Formosa é composto por um percurso de recolha de amostras
cinco ilhas-barreiras: Barreta, Culatra, para depois analisar à lupa e, por fim,
Armona, Tavira, Cabanas. Começan- Animais na Quinta leva-nos de (re)
do pela Armona, o percurso leva-nos encontro às galinhas, ao burro ou à
pela paisagem e pela história deste vaca – que, afinal, existem para além
lugar único. Mais a Norte, a natureza do supermercado e da televisão.
também se deixa ver no Parque
Natural Sintra-Cascais, onde durante
séculos a Quinta do Pisão foi palco
de atividades agrossilvo-pastoris.
Vale a pena visita guiada até à capela,
às eiras e aos fornos do século XVI,
passando pela gruta de Porto Côvo,
utilizada pelos homens pré-históricos
como necrópole. O valor da entrada
OLHÃO Passeios Ria Formosa 2ª a Dom. 10h30-16h30
WEB Natura-Algarve
QUINTA DO PISÃO - Pisão de Cima (Cascais) Percurso 19
de Março WEB CascaisNatura
PORTO PROGRAMA FAMÍLIAS EM SERRALVES
WEB Serralves
30 | dias D
31. D | 1 | MAR ::: ABR 2011
Água para Todos
Não será por certo uma coincidência
que a capital da Andaluzia – região
fortemente afetada pela escassez
de água – receba nesta primavera a
terceira edição do congresso inter-
nacional Smallwat.Enquanto a maior
porção da Humanidade se concentra
em cidades, restam as comunidades
mais pequenas, muitas vezes rurais,
onde o saneamento básico perman- Cultivar Ideias Beber Com Estilo
ece um desfio ou mesmo uma mira-
gem. Cientistas e responsáveis políti- O trânsito corre frenético na Avenida O design não resolve tudo, mas…
cos de todo o mundo irão, pois, afluir Almirante Reis, em Lisboa; mas no quase. Para quem ainda encontra na
a Sevilha para debater o progresso número 152 o ritmo é mais calmo e aparência “farmacêutica” dos tradi-
em relação a duas importantes metas chegam-nos propostas de um estilo cionais jarros de filtragem de água
que expiram no ano 2015: a Diretiva de vida mais saudável. Tudo começou uma intransponível barreira à sua
Quadro da Água (União Europeia) e o com o Restaurante Bem-Me-Quer, aquisição, recomendamos Ovopur.
Objetivo do Milénio 7 (Nações Uni- que funciona em baixo, enquanto Inspirado, garantem os autores, na
das). que ao cimo das escadas encontra- tradição artesanal chinesa, este filtro
mos a loja de alimentos biológicos sofisticado à base de cerâmica tem
e ecologia urbana, produzidos em um design que impede que a água,
Portugal. Carne à parte, temos todos uma vez filtrada, estagne. Para além
os produtos da época. Cenouras, de ser bonito e ecológico, também
maçãs, batatas e tangerinas, entre tem valor social: parte dos lucros
outros, podem adquirir-se no local revertem para várias causas ligadas
ou encomendar-se para entrega ao ao ambiente.
domicílio em forma de cabaz. Mais do
que comida para o estômago, quer-se WEB Aquaovo
alimentar a mente, com propostas no-
vas em oficinas de permacultura para
SEVILHA 25 a 28 ABR Sevilha crianças ou de cosntrução de jardins
WEB Smallwat2011 comestíveis. Sim, porque é de cultivar
ideias que se trata.
LISBOA Avenida Almirante Reis, 152.
WEB BioDiverCidades
TLM 966237047
E Agora?
Bom, foi assim que tudo começou. Para entender muitas das raízes da crise
que hoje vivemos, dissecando o colapso do sistema financeiro subprime norte-
americano, é fundamental ver o documentário Inside Job, de Charles Ferguson.
O realizador expressa uma esperança: “que depois de vermos este filme, todos
concordemos na importância de restaurar a honestidade e a estabilidade do
PORTO Arrábida Shopping Sala 20
noso sistema financeiro e de responsabilizar aqueles que o destruíram”.
Muitos milhões de dólares depois, outros tantos dramas humanos, a pergunta WEB SonyClassics
que fica é: e agora?
31 | dias D