Este documento descreve estratégias usadas pelo Ministério da Saúde brasileiro para comunicar com jovens entre 15 e 24 anos sobre prevenção de DSTs, HIV e hepatites. Uma dessas estratégias é a Revista AZT, que usa histórias reais de jovens vivendo com HIV para promover um diálogo sobre o assunto e ensinar lições de vida e superação.
O documento descreve a história de uma menina de 16 anos chamada L.F. que sofre de anorexia nervosa. L. começou a desenvolver a doença após ouvir comentários de amigas sobre seu peso e passou a ler blogs sobre emagrecimento. Isso levou a uma baixa autoestima e a uma obsessão em emagrecer cada vez mais, chegando a pesar apenas 45,5 kg. Apesar disso, L. ainda se vê como gorda e continua tentando perder peso, colocando sua saúde em risco.
Esse livro aborda o tema transtornos alimentares que acomete tantas mulheres por todo o mundo, muitas vezes de maneira quase que imperceptível. A ideia é mostrar como esses distúrbios podem exercer influência sobre sua vida, a ponto de te impedir de viver tudo aquilo que você nasceu para viver.
Os planos do Senhor são únicos para cada uma nós. Por isso, precisamos parar de nos comparar e de viver nos padrões desse mundo, para então alcançarmos a plenitude dos sonhos de Deus para nossas vidas.
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de SorrisosIgor Tibuski
O documento descreve a jornada de Igor Cristiano de Lima Tibuski com uma condição rara chamada "stiff skin syndrome" que causou atrofia em seu corpo desde a infância. Apesar de enfrentar dificuldades e preconceito, Igor nunca desistiu com o apoio incondicional de sua mãe e de amigos verdadeiros. Ele agora usa tratamentos como fisioterapia e equoterapia para viver uma vida plena.
O documento descreve a jornada de Igor Cristiano de Lima Tibuski com uma síndrome rara chamada "stiff skin syndrome" desde a infância. Ele passou por muitos médicos e tratamentos até ser diagnosticado corretamente aos 11 anos. Apesar das dificuldades físicas, Igor sempre lutou para viver uma vida normal, se formar na escola e cultivar amizades verdadeiras.
Este livro narra a história de Sarah, uma garota tímida que desenvolve vitiligo após passar por situações traumáticas na infância. O vitiligo é uma doença de pele que causa manchas brancas pelo corpo, e afeta profundamente a autoestima de Sarah. Ao longo da história, ela busca tratamentos médicos e psicológicos, e também ouve os relatos de outras pessoas com a mesma condição, para entender melhor a doença e conseguir aceitar sua aparência.
Palestra / Testemunho / Projeto Voluntário de Sorrisos.Igor Tibuski
[1] O documento conta a história de Igor Cristiano de Lima Tibuski, que nasceu com uma síndrome rara chamada "stiff skin syndrome" que causava atrofia em seus membros. [2] Sua mãe percorreu muitos médicos em busca de tratamento, até encontrar um especialista que diagnosticou corretamente a condição de Igor. [3] Apesar das dificuldades físicas, Igor teve uma vida ativa e formou laços de amizade verdadeiros que o ajudaram a enfrentar o precon
Testemunho Super-Ação / Voluntário de SorrisosIgor Tibuski
1) O documento conta a história de Igor Cristiano de Lima Tibuski, que nasceu com uma síndrome rara chamada "stiff skin syndrome" que causava atrofia em seus membros.
2) Sua mãe lutou incansavelmente por 11 anos para encontrar um diagnóstico, viajando por diversos estados e cidades até encontrar um médico que diagnosticou corretamente a condição de Igor.
3) Apesar das dificuldades físicas, Igor sempre manteve a determinação de viver normalmente e estudar,
1) O documento relata vários casos de comunicações psicográficas que forneceram conforto a famílias ao providenciar detalhes que apenas a pessoa falecida saberia.
2) Um caso mostra uma mensagem inocentando um amigo acusado de homicídio com detalhes que convenceram a justiça.
3) Outros casos descrevem mensagens de pessoas falecidas confortando seus familiares e relatando detalhes de suas vidas após a morte.
O documento descreve a história de uma menina de 16 anos chamada L.F. que sofre de anorexia nervosa. L. começou a desenvolver a doença após ouvir comentários de amigas sobre seu peso e passou a ler blogs sobre emagrecimento. Isso levou a uma baixa autoestima e a uma obsessão em emagrecer cada vez mais, chegando a pesar apenas 45,5 kg. Apesar disso, L. ainda se vê como gorda e continua tentando perder peso, colocando sua saúde em risco.
Esse livro aborda o tema transtornos alimentares que acomete tantas mulheres por todo o mundo, muitas vezes de maneira quase que imperceptível. A ideia é mostrar como esses distúrbios podem exercer influência sobre sua vida, a ponto de te impedir de viver tudo aquilo que você nasceu para viver.
Os planos do Senhor são únicos para cada uma nós. Por isso, precisamos parar de nos comparar e de viver nos padrões desse mundo, para então alcançarmos a plenitude dos sonhos de Deus para nossas vidas.
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de SorrisosIgor Tibuski
O documento descreve a jornada de Igor Cristiano de Lima Tibuski com uma condição rara chamada "stiff skin syndrome" que causou atrofia em seu corpo desde a infância. Apesar de enfrentar dificuldades e preconceito, Igor nunca desistiu com o apoio incondicional de sua mãe e de amigos verdadeiros. Ele agora usa tratamentos como fisioterapia e equoterapia para viver uma vida plena.
O documento descreve a jornada de Igor Cristiano de Lima Tibuski com uma síndrome rara chamada "stiff skin syndrome" desde a infância. Ele passou por muitos médicos e tratamentos até ser diagnosticado corretamente aos 11 anos. Apesar das dificuldades físicas, Igor sempre lutou para viver uma vida normal, se formar na escola e cultivar amizades verdadeiras.
Este livro narra a história de Sarah, uma garota tímida que desenvolve vitiligo após passar por situações traumáticas na infância. O vitiligo é uma doença de pele que causa manchas brancas pelo corpo, e afeta profundamente a autoestima de Sarah. Ao longo da história, ela busca tratamentos médicos e psicológicos, e também ouve os relatos de outras pessoas com a mesma condição, para entender melhor a doença e conseguir aceitar sua aparência.
Palestra / Testemunho / Projeto Voluntário de Sorrisos.Igor Tibuski
[1] O documento conta a história de Igor Cristiano de Lima Tibuski, que nasceu com uma síndrome rara chamada "stiff skin syndrome" que causava atrofia em seus membros. [2] Sua mãe percorreu muitos médicos em busca de tratamento, até encontrar um especialista que diagnosticou corretamente a condição de Igor. [3] Apesar das dificuldades físicas, Igor teve uma vida ativa e formou laços de amizade verdadeiros que o ajudaram a enfrentar o precon
Testemunho Super-Ação / Voluntário de SorrisosIgor Tibuski
1) O documento conta a história de Igor Cristiano de Lima Tibuski, que nasceu com uma síndrome rara chamada "stiff skin syndrome" que causava atrofia em seus membros.
2) Sua mãe lutou incansavelmente por 11 anos para encontrar um diagnóstico, viajando por diversos estados e cidades até encontrar um médico que diagnosticou corretamente a condição de Igor.
3) Apesar das dificuldades físicas, Igor sempre manteve a determinação de viver normalmente e estudar,
1) O documento relata vários casos de comunicações psicográficas que forneceram conforto a famílias ao providenciar detalhes que apenas a pessoa falecida saberia.
2) Um caso mostra uma mensagem inocentando um amigo acusado de homicídio com detalhes que convenceram a justiça.
3) Outros casos descrevem mensagens de pessoas falecidas confortando seus familiares e relatando detalhes de suas vidas após a morte.
O documento descreve a infância e adolescência da pessoa, incluindo seu nascimento de alto risco, habilidades precoces e episódios estranhos de ataques espirituais. A pessoa começou a sofrer ameaças e perseguições por parte de agentes desconhecidos que tentavam separá-la de seu namorado.
- Priscila Silva, Miss Brasil Senior 2019/2020: "A vida começa quando a gente quer". A mulher depois dos 40.
- Aprenda a diferenciar os sintomas entre resfriado comum e Covid-19
- O Pesadelo da Covid-19 no Brasil está longe de ser controlado (reportagem dos Médicos Sem Fronteiras
- O que os olhos veem, nem sempre é o que nos parece
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DO COVID 19 E ENQUANTO DURAREM AS DETERMINAÇÕES DA PREFEITURA DE MARICÁ NA PREVENÇÃO DA PANDEMIA.
Informativo Culturarteen, edição de junho de 2020, já circulando
-
Carolina Mayumi é uma perita criminal bióloga que ajuda a polícia a resolver crimes comparando material genético. Apesar de se chocar com alguns crimes, ela se sente feliz e satisfeita com seu trabalho por ajudar a prender criminosos e soltar pessoas presas injustamente.
Este documento aborda a temática da gravidez na adolescência e fornece orientações para professores. Os objetivos são: 1) desenvolver competências sobre contracepção de forma responsável; 2) compreender as consequências de uma interrupção da gravidez; 3) abordar mitos sobre fisiologia, contraceptivos e DSTs; 4) entender a contracepção como responsabilidade de ambos os sexos. As atividades sugeridas incluem a leitura e discussão de dois textos sobre gravidezes na adolescência.
Livro vol 1_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011Paulo Sérgio
Este documento contém mensagens de paz escritas por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) sobre como promover a paz e a não violência no mundo. As mensagens enfatizam a importância de respeitar os outros, rejeitar as drogas, e transmitir valores como amor, carinho e educação para as futuras gerações.
O documento descreve a infância e início da vida mediúnica de Chico Xavier. Ele passou por uma infância difícil, sofrendo maus-tratos de sua madrinha. Mais tarde, encontrou consolo na Doutrina Espírita, sob a orientação do espírito Emmanuel. Chico Xavier desenvolveu suas faculdades mediúnicas sob a orientação rigorosa de Emmanuel, que o ensinou a servir humildemente através da psicografia.
O documento fornece três relatos de mensagens psicografadas que trouxeram conforto a famílias após a morte de entes queridos. As mensagens continham detalhes que apenas a pessoa falecida saberia, provando a continuidade da vida após a morte do corpo físico.
O documento fornece três relatos de mensagens psicografadas que trouxeram conforto a famílias após a morte de entes queridos. As mensagens continham detalhes que apenas a pessoa falecida saberia, provando a continuidade da vida após a morte do corpo físico.
1. A autora tem sonhos recorrentes desde a infância sobre a morte de Mary e sua família em outra vida. 2. Ela se lembra de detalhes como o chalé, os filhos e a rotina diária de Mary. 3. Essas memórias afetaram profundamente a personalidade da autora e seu senso de culpa e responsabilidade.
A autora descreve um livro que conta a história de uma mulher que sofreu a morte do pai e teve anorexia no passado, mas que agora é capaz de falar sobre seu sofrimento com força e emoção. Outra pessoa comenta que o livro é um testemunho sincero de como a autora conseguiu se libertar da anorexia apesar das sombras do passado.
(1) Nick Vujicic narra sua vida sem limites apesar de nascer sem braços e pernas e como um de seus vídeos no YouTube foi visto por milhões por mostrar sua felicidade e realizações; (2) Ele conta a reação inicial de choque e tristeza de seus pais ao seu nascimento, mas como com o tempo eles entenderam que Deus tinha um propósito para sua vida; (3) Apesar das dificuldades, Nick acredita que pode ter uma vida significativa e servir a Deus.
Este documento é uma entrevista com o jornalista Fernando Correia sobre seu livro mais recente "Piso 3, Quarto 313", no qual ele faz um relato emocionante sobre sua esposa Vera que sofre de Alzheimer há mais de uma década. Correia fala sobre os desafios de cuidar de alguém com a doença, seu sentimento de culpa inicial por não compreender Vera, e como escrever o livro o ajudou a encontrar paz. Ele também discute sua fé no Universo e solidariedade crescente com os outros.
I. O documento discute como a medicina moderna aumentou a expectativa de vida, mas também aumentou o medo da morte.
II. Explica que, no inconsciente, a morte é vista como um ato maligno de outra pessoa, não como algo natural, levando a sentimentos de culpa.
III. Discutem como rituais antigos em torno da morte, como chorar e se autoflagelar, podem ser formas primitivas de lidar com a culpa e raiva inconscientes sobre a morte de entes queridos.
A cura-atraves-de-vidas-passadas-brian- eissJomardasilva1
1. O documento descreve um livro sobre terapia de vidas passadas e como ela pode ajudar na cura de problemas físicos e mentais.
2. A terapia envolve hipnose para acessar memórias e experiências de vidas passadas que podem estar na origem dos problemas atuais.
3. Além de memórias passadas, a terapia também pode levar a experiências espirituais e místicas que transformam a vida dos pacientes.
A cura-atraves-de-vidas-passadas-brian- eissFabio med
O documento apresenta um resumo do livro "A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas" de Brian L. Weiss. O livro descreve casos de pacientes que, sob hipnose, relembraram vidas passadas e como esses eventos influenciaram problemas atuais, levando à cura através da terapia de regressão. O autor também relata experiências místicas e espirituais vividas pelos pacientes.
O documento resume 4 capítulos de um livro sobre saúde e vida. O capítulo 1 descreve a vida normal de José antes de ser diagnosticado com câncer. O capítulo 2 detalha sua experiência no hospital, onde faz amigos entre outras crianças doentes. O capítulo 3 descreve como José se recuperou e iniciou um projeto sobre saúde em sua escola. O capítulo 4 trata da importância da medicina preventiva.
O documento resume 4 capítulos de um livro sobre saúde e vida. O capítulo 1 descreve a vida normal de José antes de ser diagnosticado com câncer. O capítulo 2 detalha sua experiência no hospital, onde faz amigos entre outras crianças doentes. O capítulo 3 descreve como José se recuperou e iniciou um projeto sobre saúde em sua escola. O capítulo 4 trata da importância da medicina preventiva.
O documento discute a AIDS, enfatizando a importância da prevenção através do uso de preservativos e do tratamento gratuito disponibilizado pelo SUS. Também aborda os estigmas e preconceitos enfrentados pelas pessoas com HIV/AIDS e a necessidade de acolhimento, apoio psicológico e combate à discriminação.
A Morte É Um Dia que Vale a Pena Viver - Ana Claudia.pdfPauloCesarSilva45
Este documento é uma ficha técnica de um livro sobre cuidar de pessoas que estão morrendo. Ele descreve os direitos autorais, edição, revisão e dados de catalogação do livro. A introdução resume uma história da autora falando sobre morte em uma festa e como esse tema está se tornando mais aceito para discussão.
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordadoDboraSilva685094
A adolescência é uma fase importante de descoberta da sexualidade. O documento discute três pontos principais: 1) A importância da educação sexual adequada para adolescentes e diálogo entre pais e filhos sobre o assunto; 2) As transformações físicas e emocionais típicas da puberdade e pressões sociais enfrentadas; 3) Conselhos práticos para a primeira experiência sexual, enfatizando o consentimento, lubrificação e acolhimento de eventuais desconfortos ou problemas iniciais.
O documento discute a importância dos ciclos na vida humana. Aprendemos através de ciclos de acertos e erros até modificarmos nossa índole e iniciar um novo ciclo de aprendizado. A história humana também segue ciclos, com períodos de auge e decadência das manifestações mediúnicas. Atualmente iniciamos um novo ciclo espiritual de vivências mais responsáveis.
A história conta a jornada de uma adolescente que descobre ter HIV após a morte de sua mãe biológica. Ela lida com o preconceito dos colegas e dificuldade em fazer amigos. No final, revela que a história foi criada para conscientizar sobre a luta contra a AIDS no Dia Mundial.
O documento descreve a infância e adolescência da pessoa, incluindo seu nascimento de alto risco, habilidades precoces e episódios estranhos de ataques espirituais. A pessoa começou a sofrer ameaças e perseguições por parte de agentes desconhecidos que tentavam separá-la de seu namorado.
- Priscila Silva, Miss Brasil Senior 2019/2020: "A vida começa quando a gente quer". A mulher depois dos 40.
- Aprenda a diferenciar os sintomas entre resfriado comum e Covid-19
- O Pesadelo da Covid-19 no Brasil está longe de ser controlado (reportagem dos Médicos Sem Fronteiras
- O que os olhos veem, nem sempre é o que nos parece
EM RESPEITO E CUIDADO AOS NOSSOS LEITORES, PARA EVITAR O MANUSEIO EXCESSIVO DA VERSÃO IMPRESSA DO INFORMATIVO CULTURARTEEN, ESTAREMOS CIRCULANDO APENAS NA VERSÃO ON LINE DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DO COVID 19 E ENQUANTO DURAREM AS DETERMINAÇÕES DA PREFEITURA DE MARICÁ NA PREVENÇÃO DA PANDEMIA.
Informativo Culturarteen, edição de junho de 2020, já circulando
-
Carolina Mayumi é uma perita criminal bióloga que ajuda a polícia a resolver crimes comparando material genético. Apesar de se chocar com alguns crimes, ela se sente feliz e satisfeita com seu trabalho por ajudar a prender criminosos e soltar pessoas presas injustamente.
Este documento aborda a temática da gravidez na adolescência e fornece orientações para professores. Os objetivos são: 1) desenvolver competências sobre contracepção de forma responsável; 2) compreender as consequências de uma interrupção da gravidez; 3) abordar mitos sobre fisiologia, contraceptivos e DSTs; 4) entender a contracepção como responsabilidade de ambos os sexos. As atividades sugeridas incluem a leitura e discussão de dois textos sobre gravidezes na adolescência.
Livro vol 1_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011Paulo Sérgio
Este documento contém mensagens de paz escritas por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) sobre como promover a paz e a não violência no mundo. As mensagens enfatizam a importância de respeitar os outros, rejeitar as drogas, e transmitir valores como amor, carinho e educação para as futuras gerações.
O documento descreve a infância e início da vida mediúnica de Chico Xavier. Ele passou por uma infância difícil, sofrendo maus-tratos de sua madrinha. Mais tarde, encontrou consolo na Doutrina Espírita, sob a orientação do espírito Emmanuel. Chico Xavier desenvolveu suas faculdades mediúnicas sob a orientação rigorosa de Emmanuel, que o ensinou a servir humildemente através da psicografia.
O documento fornece três relatos de mensagens psicografadas que trouxeram conforto a famílias após a morte de entes queridos. As mensagens continham detalhes que apenas a pessoa falecida saberia, provando a continuidade da vida após a morte do corpo físico.
O documento fornece três relatos de mensagens psicografadas que trouxeram conforto a famílias após a morte de entes queridos. As mensagens continham detalhes que apenas a pessoa falecida saberia, provando a continuidade da vida após a morte do corpo físico.
1. A autora tem sonhos recorrentes desde a infância sobre a morte de Mary e sua família em outra vida. 2. Ela se lembra de detalhes como o chalé, os filhos e a rotina diária de Mary. 3. Essas memórias afetaram profundamente a personalidade da autora e seu senso de culpa e responsabilidade.
A autora descreve um livro que conta a história de uma mulher que sofreu a morte do pai e teve anorexia no passado, mas que agora é capaz de falar sobre seu sofrimento com força e emoção. Outra pessoa comenta que o livro é um testemunho sincero de como a autora conseguiu se libertar da anorexia apesar das sombras do passado.
(1) Nick Vujicic narra sua vida sem limites apesar de nascer sem braços e pernas e como um de seus vídeos no YouTube foi visto por milhões por mostrar sua felicidade e realizações; (2) Ele conta a reação inicial de choque e tristeza de seus pais ao seu nascimento, mas como com o tempo eles entenderam que Deus tinha um propósito para sua vida; (3) Apesar das dificuldades, Nick acredita que pode ter uma vida significativa e servir a Deus.
Este documento é uma entrevista com o jornalista Fernando Correia sobre seu livro mais recente "Piso 3, Quarto 313", no qual ele faz um relato emocionante sobre sua esposa Vera que sofre de Alzheimer há mais de uma década. Correia fala sobre os desafios de cuidar de alguém com a doença, seu sentimento de culpa inicial por não compreender Vera, e como escrever o livro o ajudou a encontrar paz. Ele também discute sua fé no Universo e solidariedade crescente com os outros.
I. O documento discute como a medicina moderna aumentou a expectativa de vida, mas também aumentou o medo da morte.
II. Explica que, no inconsciente, a morte é vista como um ato maligno de outra pessoa, não como algo natural, levando a sentimentos de culpa.
III. Discutem como rituais antigos em torno da morte, como chorar e se autoflagelar, podem ser formas primitivas de lidar com a culpa e raiva inconscientes sobre a morte de entes queridos.
A cura-atraves-de-vidas-passadas-brian- eissJomardasilva1
1. O documento descreve um livro sobre terapia de vidas passadas e como ela pode ajudar na cura de problemas físicos e mentais.
2. A terapia envolve hipnose para acessar memórias e experiências de vidas passadas que podem estar na origem dos problemas atuais.
3. Além de memórias passadas, a terapia também pode levar a experiências espirituais e místicas que transformam a vida dos pacientes.
A cura-atraves-de-vidas-passadas-brian- eissFabio med
O documento apresenta um resumo do livro "A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas" de Brian L. Weiss. O livro descreve casos de pacientes que, sob hipnose, relembraram vidas passadas e como esses eventos influenciaram problemas atuais, levando à cura através da terapia de regressão. O autor também relata experiências místicas e espirituais vividas pelos pacientes.
O documento resume 4 capítulos de um livro sobre saúde e vida. O capítulo 1 descreve a vida normal de José antes de ser diagnosticado com câncer. O capítulo 2 detalha sua experiência no hospital, onde faz amigos entre outras crianças doentes. O capítulo 3 descreve como José se recuperou e iniciou um projeto sobre saúde em sua escola. O capítulo 4 trata da importância da medicina preventiva.
O documento resume 4 capítulos de um livro sobre saúde e vida. O capítulo 1 descreve a vida normal de José antes de ser diagnosticado com câncer. O capítulo 2 detalha sua experiência no hospital, onde faz amigos entre outras crianças doentes. O capítulo 3 descreve como José se recuperou e iniciou um projeto sobre saúde em sua escola. O capítulo 4 trata da importância da medicina preventiva.
O documento discute a AIDS, enfatizando a importância da prevenção através do uso de preservativos e do tratamento gratuito disponibilizado pelo SUS. Também aborda os estigmas e preconceitos enfrentados pelas pessoas com HIV/AIDS e a necessidade de acolhimento, apoio psicológico e combate à discriminação.
A Morte É Um Dia que Vale a Pena Viver - Ana Claudia.pdfPauloCesarSilva45
Este documento é uma ficha técnica de um livro sobre cuidar de pessoas que estão morrendo. Ele descreve os direitos autorais, edição, revisão e dados de catalogação do livro. A introdução resume uma história da autora falando sobre morte em uma festa e como esse tema está se tornando mais aceito para discussão.
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordadoDboraSilva685094
A adolescência é uma fase importante de descoberta da sexualidade. O documento discute três pontos principais: 1) A importância da educação sexual adequada para adolescentes e diálogo entre pais e filhos sobre o assunto; 2) As transformações físicas e emocionais típicas da puberdade e pressões sociais enfrentadas; 3) Conselhos práticos para a primeira experiência sexual, enfatizando o consentimento, lubrificação e acolhimento de eventuais desconfortos ou problemas iniciais.
O documento discute a importância dos ciclos na vida humana. Aprendemos através de ciclos de acertos e erros até modificarmos nossa índole e iniciar um novo ciclo de aprendizado. A história humana também segue ciclos, com períodos de auge e decadência das manifestações mediúnicas. Atualmente iniciamos um novo ciclo espiritual de vivências mais responsáveis.
A história conta a jornada de uma adolescente que descobre ter HIV após a morte de sua mãe biológica. Ela lida com o preconceito dos colegas e dificuldade em fazer amigos. No final, revela que a história foi criada para conscientizar sobre a luta contra a AIDS no Dia Mundial.
O documento discute as terapias propostas pelo Espiritismo e pela Psicologia para ansiedade e depressão. Apresenta a história de um jovem que busca entender o sofrimento humano e encontra um ancião carregando seu fardo emocional. Também discute terapias de vidas passadas e o papel do esquecimento. Recomenda focar no autoconhecimento, na oração, no passe e nos ensinamentos espíritas para lidar com ideias suicidas.
O documento discute a importância da educação sexual na escola para o desenvolvimento das crianças. Ele descreve uma dinâmica realizada com alunos do 3o ano sobre escolhas difíceis e como isso levantou debates sobre temas como drogas, gravidez precoce e doenças sexualmente transmissíveis. Também apresenta informações sobre concepção humana e HIV/AIDS.
1) Uma jovem de 17 anos chamada Patrícia, portadora do vírus da AIDS, escreveu uma carta aberta aos jovens antes de falecer;
2) Patrícia descreveu sua jornada do uso experimental de drogas leves para se tornar dependente química e contrair o vírus da AIDS;
3) O texto pede aos jovens que não sigam o mesmo caminho e se afastem das drogas.
Este documento discute o sofrimento de crianças com câncer e como um paciente de 11 anos ensinou ao médico sobre a vida e morte. A criança disse que não nasceu para esta vida e que um dia seu Pai verdadeiro viria buscá-la, trazendo consolo sobre a morte. Ela também deu a definição de saudade como "o amor que fica", deixando uma lição para o médico ser mais humano e valorizar o que é realmente importante.
Este documento discute o sofrimento de crianças com câncer e como um paciente de 11 anos ensinou ao médico sobre a vida e morte. A criança explicou que quando dormir, seu Pai virá buscá-la para sua verdadeira vida, e que a saudade é o amor que fica. A lição da criança ajudou o médico a ser mais humano e valorizar o que é realmente importante.
Este documento discute o sofrimento de crianças com câncer e como um paciente de 11 anos ensinou ao médico sobre a vida e morte. A criança explicou que quando dormir, seu Pai virá buscá-la para sua verdadeira vida, e que a saudade é o amor que fica. A lição da criança ajudou o médico a ser mais humano e valorizar o que é realmente importante.
Este documento discute a experiência de um médico oncologista que tratou crianças com câncer. Um de seus pacientes, uma menina de 11 anos, o impactou profundamente com sua maturidade e visão sobre a morte. Ela disse que não tinha medo de morrer porque iria "dormir e acordar na casa de seu Pai", e definiu saudade como "o amor que fica". Esta experiência ensinou ao médico a ser mais humano e valorizar o que é realmente importante na vida.
O documento fala sobre um cirurgião oncológico chamado Dr. Josh que começou a ter problemas em seu trabalho por se sentir desanimado com as queixas constantes dos pacientes e a dificuldade de curá-los. Uma amiga sugeriu que ele olhasse para os pacientes com novos olhos, procurando histórias que o inspirasse. A partir daí, ele passou a se interessar mais pelas forças internas dos pacientes e suas motivações, o que melhorou seu relacionamento com eles e seu trabalho.
O documento descreve a jornada de autodescoberta de uma mulher que começa a sentir atração por outra mulher. Ela frequenta aulas de espiritismo e passa por uma experiência que despertar sentimentos por sua professora, o que a deixa confusa devido a sua criação. Após meses de angústia, ela começa a aceitar essa parte de si mesma, com o apoio de amigos.
O documento discute os critérios de Barcelona e Milão para diagnóstico e inclusão em lista de transplante hepático de pacientes com hepatocarcinoma. Os critérios de Barcelona estabelecem padrões para diagnóstico da doença e os critérios de Milão definem quando um paciente com tumor único ou até três nódulos menores que 3cm são elegíveis para transplante. A nota técnica também descreve os pontos mínimos no MELD score para inclusão em lista de espera com base no tempo de espera.
O documento descreve o manual de orientações para pacientes em lista de espera para transplante de fígado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Ele explica os profissionais envolvidos no processo, as etapas antes, durante e depois do transplante, incluindo indicações, contraindicações e cuidados necessários.
Este manual fornece orientações sobre os cuidados de enfermagem necessários para pacientes candidatos a transplante hepático. Ele inclui fluxogramas para o pré-transplante e quando o paciente é chamado para o transplante, além de checklists para os diferentes estágios do processo cirúrgico e pós-operatório. O objetivo é instrumentalizar as equipes de enfermagem no fornecimento de uma assistência perioperatória holística a esses pacientes.
Este documento fornece informações sobre o processo de transplante de fígado no Paraná, incluindo (1) o que é a Central Estadual de Transplantes, (2) como se inscrever na fila de espera e os critérios de prioridade, e (3) como funciona a distribuição de órgãos.
Este documento fornece orientações para pacientes que aguardam um transplante de fígado. Ele explica o que é o fígado e por que um transplante pode ser necessário, orienta sobre como se preparar para o transplante, como funciona a lista de espera e quem compõe a equipe multidisciplinar de transplante.
Este documento apresenta um estudo sobre as informações fornecidas a pacientes e familiares sobre o processo de transplante de fígado. Foram entrevistados pacientes transplantados, em lista de espera e seus familiares, além de profissionais de saúde. A maioria dos participantes era do sexo masculino. Pacientes e familiares relataram ter informações insuficientes sobre diversos aspectos do transplante, como exames, fila de espera, cirurgia e pós-operatório. Os profissionais destacaram tópicos relacionados
Este documento apresenta uma tese de doutorado que investiga determinantes clínicos e laboratoriais da concentração sanguínea do fármaco tacrolimus nos quatro primeiros dias após transplante de fígado. O estudo analisa variáveis associadas à ocorrência de altas concentrações sanguíneas de tacrolimus e busca identificar um modelo para prever e individualizar a dose inicial do fármaco.
Transplante fígado
Sobre o autor: Cirurgião transplantador Luiz Fernando Veloso
Santa Casa / Montes Claros - MG
Nossos talentos
Cirurgião conquista título de Doutor
Os investimentos em crescimento pessoal e profissional, visando à melhoria constante da assistência prestada à comunidade consolidam a Santa Casa como o maior hospital da região, que possui em seu corpo clínico, profissionais éticos, comprometidos com a excelência do atendimento.
O cirurgião transplantador Luiz Fernando Veloso defendeu tese de doutorado na área de gastroenterologia pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. A tese intitulada “Determinantes clínicos e laboratoriais de concentração sanguínea do Tacrolimus nos quatro primeiros dias após o transplante de fígado” foi aprovada por unanimidade pela banca, formada por cinco examinadores.
A tese é fruto de estudos desenvolvidos por meio de convênio firmado entre a Universidade de Rennes, da França e UFMG, que resultou, no ano de 2006, numa dissertação de mestrado, e agora, na tese de doutorado.
De acordo com o médico, a conquista do título é fator determinante para a pesquisa e a prática científica, o que é essencial para o exercício da medicina baseada em evidências. “O desenvolvimento desses trabalhos contribui, significativamente, para a tomada de decisões relativas à concepção e aprimoramento de protocolos clínicos, o que resulta em maior eficiência e qualidade da assistência prestada à saúde da população”, conclui.
http://www.santacasamontesclaros.com.br/index.php/noticias/detalhe/67
1) O documento discute a farmacocinética do tacrolimus após transplante hepático, notando sua grande variabilidade devido à função hepática e fatores como absorção, metabolismo e distribuição.
2) Recomenda-se monitorar as concentrações sanguíneas de tacrolimus para determinar a dose adequada, especialmente nos primeiros dias após o transplante quando níveis inadequados são comuns.
3) O estudo objetiva avaliar o comportamento das concentrações sanguíneas, a relação entre dose e concentração, e a
1. O estudo avaliou os efeitos da solução salina hipertônica na reperfusão hepática em pacientes submetidos a transplante de fígado.
2. Os pacientes foram divididos em dois grupos, um que recebeu solução salina hipertônica e outro solução salina isotônica.
3. Os resultados mostraram que a solução salina hipertônica melhorou os parâmetros hemodinâmicos após a reperfusão hepática, reduzindo a incidência de síndrome pós-reperfus
This document describes a study examining hepatitis C virus (HCV) core antigen expression in liver tissue samples from liver transplant patients with either severe or mild recurrent HCV infection post-transplant. Liver samples were analyzed from 12 transplant recipients (6 with severe cholestatic hepatitis and 6 with mild recurrence) at three time points: pre-transplant, early post-transplant, and late post-transplant. HCV core antigen staining was stronger in the severe group, especially in explant samples. Serum HCV RNA levels were also higher in the severe group. The results suggest that strong HCV staining in explant samples may predict more severe recurrent disease post-transplant.
This document contains 47 references cited in Vancouver Style. The references are related to liver transplantation for chronic viral hepatitis and hepatitis C virus (HCV) infection, including HCV recurrence after liver transplantation, progression of fibrosis, viral dynamics, genotypes, treatment of rejection, and impact on graft survival. Many of the references are journal articles that describe clinical studies and outcomes of liver transplantation patients with HCV infection.
1. Uma alta carga viral no pós-transplante está associada a uma hepatite recorrente mais grave.
2. A divergência viral é maior em pacientes imunossuprimidos e está associada à gravidade da hepatite recorrente.
3. Marcadores histopatológicos no pós-transplante precoce podem prever a gravidade da hepatite recorrente.
O documento discute a evolução das quasispécies do vírus da hepatite C (VHC) após transplante hepático em pacientes com hepatite recorrente colestática grave versus leve. A pesquisa mostrou que pacientes com forma grave apresentaram rápida evolução e mutações nas quasispécies no pós-transplante precoce, continuando a evoluir com novas quasispécies por até 2 anos. Isso contrasta com estudos anteriores e sugere mecanismos diferentes de dano hepático nesses pacientes.
Este documento descreve os resultados de um estudo comparando as características clínicas, bioquímicas e virológicas de pacientes transplantados de fígado com hepatite recorrente grave e leve pelo vírus da hepatite C (VHC). Os pacientes com hepatite grave apresentaram maior divergência e complexidade viral logo após o transplante e ao longo do tempo, enquanto os pacientes com hepatite leve tiveram menor divergência inicial, mas maior diversidade viral tardia. Os níveis de VHC foram mais altos nos pacientes com hepatite
O documento descreve a população e os métodos de um estudo sobre recidiva da hepatite C após transplante hepático. A população foi composta por 134 pacientes transplantados com hepatite C que desenvolveram recidiva, divididos em dois grupos com base na gravidade da recidiva. Os métodos incluíram extração de RNA viral, genotipagem, análise de quasispécies e marcadores histológicos.
Avaliar se a complexidade e divergência viral e a expressão de antígenos virais no fígado estão relacionadas à gravidade da recorrência da hepatite C após transplante hepático, comparando indivíduos imunossuprimidos e imunocompetentes, e formas graves e leves da doença recorrente.
1. A hepatite C é uma causa comum de doença hepática crônica e leva a milhares de mortes por ano, sendo a principal causa de transplante de fígado.
2. A reinfecção pelo vírus da hepatite C no fígado transplantado é quase universal e pode ter um curso mais rápido, levando a cirrose em poucos anos.
3. Fatores como os níveis pré-transplante de vírus da hepatite C, o genótipo viral e a compatibilidade do sistema HLA entre doador e receptor
This document summarizes a thesis that studied severe recurrent cholestatic hepatitis after liver transplantation. The thesis hypothesized that immunosuppression after transplantation modifies hepatitis C virus (HCV) quasispecies evolution, contributing to disease severity. It aimed to measure changes in HCV complexity and divergence in transplant patients compared to controls and between patients with severe or mild recurrence. The thesis found that HCV divergence increased more in transplant patients, especially those with severe disease. It also found that strong HCV immunostaining in explanted livers predicted more severe recurrence.
(i) A recorrência da hepatite C pós-transplante hepático pode variar de leve a grave, denominada hepatite colestática; (ii) O estudo avaliou a evolução viral, histopatologia e imuno-expressão do antígeno core em pacientes com hepatite colestática grave versus leve; (iii) A divergência viral foi maior nos pacientes imunossuprimidos com hepatite colestática, apoiando a hipótese de que quasispécies mais patogênicas emergem nesses pacientes.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
3. 1
Para falar aos jovens na faixa etária de 15 a 24 é preciso
ousar na linguagem. Ainda mais quando o assunto é
espinhoso. Por isso, o Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde lança diversas
estratégias de comunicação para alcançar esse público.
Umas delas, a Revista AZT, foi pensada para dialogar
com os jovens sobre prevenção às DST, aids e hepatites,
por meio de relatos inspiradores da realidade de jovens
que passaram a enfrentar o vírus da aids. A AZT é uma
ferramenta para ser utilizada no ambiente escolar
e familiar ou simplesmente nas mãos de um jovem,
por trazer em si profundas vivências de superação de
dificuldades, aprendizado do respeito, busca de apoio
e redescoberta da sexualidade.
Os jovens que aqui contaram suas experiências com o
HIV/aids começaram a ver a vida de uma outra forma
pós-HIV. Perceberam o significado do preconceito,
aprenderam a rotina dos médicos e medicamentos e
também vivenciaram na pele a alegria da solidariedade.
A AZT traz as lições de vida de indivíduos que superaram
muita coisa ainda jovens. Pessoas que descobriram que
não estão sozinhas, que estão amparadas pela sociedade
e pelo Estado brasileiro. E é dessa forma que gostaríamos
que você, leitor, encarasse a leitura dessa revista, uma
motivação para que, diante de grandes desafios, você
possa superá-los e ir além nesse difícil e tortuoso caminho
de alguém que quis ser livre e sobreviver.
Dirceu Greco
Diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Apresentação
7. Viver para contar
O que você faria se abrisse um envelope, e dentro dele
encontrasse um papel, e nesse papel estivesse escrito “HIV” e
“positivo”? Pois os autores destas crônicas sentiram, primeiro,
o mundo ruir diante das duas palavras contidas no envelope,
mas respiraram fundo e fizeram a coisa certa: escolheram viver.
Viver e, agora, contar.
Neste número 2 da AZT, você vai conhecer oito jo-
vens que vivem e convivem com aids. Vencedores do segundo
concurso “Vidas em Crônica”, eles saíram de vários lugares do
Brasil para participar em Brasília de duas oficinas simultâneas,
de literatura e artes plásticas. Durante três dias, entraram em
contato com diferentes técnicas narrativas e de ilustração. O
resultado está aqui. Com vocês, em palavras e imagens:
Jene Khelly, que com apenas sete anos de idade tomou
para si a responsabilidade de salvar a mãe – e salvou. Maria,
que mudou sua vida e encontrou João. Carina, que aprendeu
a contar histórias dos outros, até criar coragem para contar a
sua. Bela, que relata o aprendizado com esse “vírus mutável e
que realmente muda tudo por dentro e por fora”. Pablyto, que
não tem HIV no sangue, mas tem no coração: há cinco anos
encontrou o amor da sua vida, e ele tem aids, e isso não tem
importância. Ariel, que dois anos depois de abrir o envelope
aprendeu a ver o vírus como “um divisor de águas, um portão
separando um lugar de outro, uma fase de outra, uma vida de
outra”. Marina, que depois de definhar, perder os cabelos e
quase morrer de aids, tristeza e angústia, hoje vê no espelho
uma moça bonita, amada e feliz. Eduardo, um psicólogo ainda
jovem, mas que já se sente realizado, porque trabalha com ado-
lescentes soropositivos, e “todos têm planos e perspectivas, e
nenhum deles pensa em se entregar ao vírus”.
Estas são as histórias de oito jovens que decidiram não
se entregar. Ou melhor: que decidiram se entregar à vida.
José Rezende Jr.
13. 11
Esta história não foi contada
pelos irmãos Grimm, tampouco
pelo Chico Buarque. Esta é a
minha história. Talvez ela tenha
alguns pontos em comum com
os contos de fadas e a canção,
como as presenças de uma bruxa
malvada e da pergunta: o que é
que a vida vai fazer de mim?
João e Mariapor Maria
14. 12
Pois é, a bruxa malvada foi a aids, e eu é quem não sa-
bia o que fazer da vida. Fui pega de surpresa, como a maioria
das mulheres, visto que ainda hoje muitas não se percebem
em risco. Não! As mulheres não são burras; a história da aids,
sim, é que foi um engano. A “peste gay” ou os tais “grupos de
risco” nunca existiram: a aids, desde o início, atingiu homens e
mulheres, mas demoramos a perceber. Para voltar à minha his-
tória, um exemplo dessas mulheres que achavam que aids era
coisa de gay ou de gente promíscua, irei direto ao momento da
descoberta, que já começou mal, porque o exame foi entregue
ao meu pai. Ora! Eu era maior de idade, por que não o entrega-
ram a mim? Mais um desses enganos.
Quando meu pai chegou com o resultado foi como se eu
já soubesse que era positivo, mas acho que é normal a gente se
preparar para o pior, na tentativa de sofrer menos. Só não sei
se ajudou, porque aquele momento foi tão desconcertante...
As lágrimas escorriam sem parar e mil coisas passavam pela
minha cabeça, tantas dúvidas e a certeza de que a vida não se-
ria a mesma. Nos olhos do meu pai, da minha mãe e também
da minha irmã, um desespero que eu nunca tinha visto. De um
lado, eles tentando me acalmar; do outro, eu tentando me con-
trolar para não desesperá-los ainda mais. O clima em casa era
de tristeza e a impressão que eu tinha é que eles estavam com
um pouco de pena de mim, mas não era isso, era preocupação,
era falta de informação sobre a doença. Eles não sabiam que é
possível levar uma vida normal e viver bem, como eu vivo hoje,
mesmo sendo portadora do HIV. Naquele instante, a solução
encontrada por mim foi colocar a cabeça no travesseiro e apa-
gar a luz. Eu não queria ver ninguém e nem falar com ninguém,
o que eu queria era poder controlar os meus pensamentos,
queria esvaziar a cabeça para aliviar a dor. E entre lágrimas,
suspiros e alguns calmantes, eu buscava tranquilidade bem no
fundo de mim mesma, tranquilidade essa que eu já duvidava
existir – mas que encontrei.
Fiquei tão arrasada e tão indignada ao mesmo tempo...
Pensava: “Como pude vacilar assim?”. Eu que sempre fui uma
pessoa informada, que sabia o que era aids, que sabia como evi-
tar... Mas aconteceu. Sofri muito e sofri calada, porque esse é
15. 13
o tipo de coisa que não dá para sair gritando por aí. O precon-
ceito existe e o pior é que ele existe dentro da gente... E como
dói admitir isso. Aos poucos fui me libertando, até perceber
que o preconceito é uma doença muito pior do que a aids, mas
o bom é que para esse mal existe a cura. E a cura é sermos mais
humanos, mais tolerantes. Com o tempo eu fui me acostuman-
do e passei a me olhar de um jeito diferente, afinal de contas a
minha vida não se resumia a um vírus, eu era e sou muito mais
do que isso. E foi assim que eu percebi o quanto gostava de
viver e o quanto é bom estar vivo para poder ir atrás dos nossos
sonhos. Então eu decidi que não ia chorar pelos cantos e iria
fazer coisas que nunca tinha feito. Aprendi a nadar, pratiquei
ioga e passei treinar mais corrida, meu esporte preferido: em
pouco tempo corri duas meias-maratonas. Além disso, troquei
um emprego de que não gostava por outro muito melhor; deci-
di fazer outra faculdade, e também passei a ser mais atenciosa
com as pessoas – até mesmo com aquelas que eu não conhecia.
No entanto, mesmo diante das mudanças e dos planos,
algo me entristecia: achava que nunca mais teria um namo-
rado. Eu tinha 26 anos, era jovem e bonita e mesmo com os
conselhos do médico dizendo que mais cedo ou mais tarde eu
encontraria alguém, eu não acreditava. Achava que pelo menos
nesse sentido o mundo havia acabado: “Ninguém quer namo-
rar uma pessoa que tem HIV”. Mas a gente se engana e é aí que
entra o João nesta história. Apenas um ano depois de me des-
cobrir soropositiva eu conheci o João, que por sinal não tem
16. 14
HIV. Nessa época, eu já cursava Ciências Sociais e estava feliz
da vida, como nunca havia estado. Momentos de tristeza todo
mundo tem, e por que não eu? Somos todos iguais. Mas seria
tão maravilhoso se fosse simples assim: o príncipe encantado
apareceu e eles viveram felizes para sempre. Não, o príncipe
poderia virar sapo quando eu contasse que era soropositiva. E
foi aí que o drama começou.
O tempo foi passando, eu fui me apaixonando e aque-
la sensação de estar enganando alguém surgiu. Eu precisava
contar para ele que era soropositiva, mas tinha medo de per-
dê-lo, nós estávamos tão felizes... Dia e noite eu conversava
com quem soubesse da minha situação e eram tantas opiniões
diferentes: conta logo, não conta, espera mais para contar, é
certo, é errado, é tão difícil... E foi mesmo, cheguei a pensar
em desistir e terminar o namoro antes de contar para o João.
Era como se a cada dia o peso sobre mim aumentasse. Eu fui
ficando triste, com dores de cabeça, insônia, enxaqueca. Os
exames que mediam minha imunidade, antes ótimos, ficavam
cada vez piores. E o médico dizia: “Desse jeito você vai mor-
rer de angústia e não de aids, é melhor contar o quanto antes,
vai terminar por quê? Sem saber no que vai dar?”. Nesse meio
tempo, o João já me achava uma pessoa estranha, volta e meia
dizia: “Nossa, você é tão esquisita, fala umas coisas que eu não
entendo...”. Um dia conversávamos por telefone e ele me per-
guntou se eu tinha algo para contar e eu disse que sim, mas não
por telefone. E ficou combinado que no dia seguinte nos en-
contraríamos na faculdade para conversar. Foi uma noite que
durou uma década; eu mal preguei os olhos. Quando chegou a
hora, minhas pernas me puxavam para trás, eu me sentia fraca,
parecia que ia desmaiar. Era tudo ou nada, mas me livraria da-
17. 15
quele peso. E estávamos lá, nós dois frente a frente, eu senta-
da e ele em pé me perguntando aonde iríamos para conversar.
Mas onde é que se conta uma coisa dessas para alguém? Em
casa? Não, não queria que ninguém me visse aos prantos. Em
um bar? Não, para todos ao redor ouvirem a minha história e
o chororô? E, então, sugeri que buscássemos o carro no esta-
cionamento. A ideia era que no caminho eu pensasse em algum
local. Mas não deu tempo. Aquilo tudo foi me consumindo de
tal forma que quando entrei no carro eu logo comecei a falar.
E falei, falei até os soluços não deixarem mais. Foi horrível: eu
ali me desmanchando e ele colado no banco do carro, com os
olhos arregalados. Mas o João é educado e foi assim que ele
reagiu: me fez um carinho e algumas perguntas e sugeriu que
tomássemos um café. Durante o café, o silêncio já previsto e
um medo imenso de que tudo acabasse ali. Mas não acabou.
Ele foi capaz de entender e de superar o preconceito, o medo
ou qualquer outro sentimento que o afastasse de mim. Eu fui
para casa leve. Aquela conversa tirou de mim um peso que não
tem medida, e em pouco tempo a vida voltou ao normal.
A história não acabou, mas esse episódio teve um final
feliz. O namorado que era impossível apareceu e estamos mui-
to felizes; a segunda faculdade que estava tão distante também
aconteceu. Além disso, atuo como voluntária em uma ONG
que presta assistência a famílias com crianças soropositivas.
Eu posso até dizer que sou um exemplo de perseverança para
as mulheres que participam dessa ONG. Hoje me sinto mais
forte, mais humana. E depois de tantos altos e baixos, a única
coisa que eu posso dizer é que tudo é possível. Só não é possí-
vel deixarmos de sonhar, de sorrir e, principalmente, de amar-
mos a nós mesmos.
20. 18
Remédios
que curam o
preconceito
por Marina Sophia
Em 1996, eu tinha três anos de idade. Naquele período
estava doente, debilitada e perdendo peso. Todos achavam
que eu tinha câncer. Uma tia me levou ao médico, foram fei-
tos vários exames e um deles comprovou que eu estava com
o HIV. Logo após a descoberta, começaram as internações,
que duraram até os 14 anos.
As minhas lembranças da infância estão ligadas à soli-
dão dos quartos de hospitais. Não conhecia detalhes da mi-
nha doença. Apenas parecia que definhava, os cabelos caíam
e estava cada vez mais magra. Nessa fase tinha aversão a espe-
lhos. A minha imagem era uma mistura de tristeza e angústia.
Temia ver a sombra da morte que se aproximava.
Acho que todo o medo era fruto do preconceito da
minha família. O desconhecimento sobre a doença fez com
que me isolassem, não deixando que brincasse com meus
primos, separando e marcando o meu copo, prato e talhe-
res. Toda essa segregação fazia do quarto, mais uma vez, o
meu único refúgio.
Na casa dos meus avós, utilizei o mesmo dormitório
em que minha mãe havia permanecido antes de morrer com
o vírus da aids. Fui a única dos quatro irmãos que contraiu o
HIV. Cheguei a sentir raiva da minha mãe, mas ela se foi há
14 anos e hoje sei que também sofreu com o preconceito que
é, sem dúvida, a pior doença, pois provoca feridas na alma.
21. 19
Até os 10 anos de idade, alternei a minha estadia entre a
casa dos meus avós e os hospitais. Depois desse período, mi-
nha família me entregou para uma instituição que cuidava de
portadores do HIV, alegando que tomar conta de mim era algo
trabalhoso. Essa experiência de rejeição fez com que eu per-
desse a confiança nas pessoas que me cercavam.
Esse quadro começou a mudar quando conheci uma vo-
luntária que me ajudou a ver um outro lado da vida: a aceitação
de quem sou eu. Hoje faço parte de uma grande família que
convive com crianças e jovens soropositivos. Somos unidos e
cuidamos uns dos outros.
Hoje o espelho não é mais o vilão. Pelo contrário, adoro
me arrumar, usar maquiagem e cuidar do meu cabelo. Acho
que sou uma garota vaidosa. Gosto de acessar a internet, ir ao
cinema e conversar com as colegas da escola. Fico feliz quan-
do recebo a visita da minha irmã e das minhas primas. É bom
manter o vínculo com familiares que me amam como sou.
A última vez que estive internada, há alguns anos, os mé-
dicos acharam que eu não sobreviveria, pois os meus pulmões
quase não funcionavam; contudo, me foi dada uma segunda
vida, que agarrei com todas as forças. Por enquanto, só posso
afirmar que a maior das minhas vitórias é olhar para as pessoas
sem medo e, sobretudo, olhar para mim mesma e ver que sou
capaz, amada e feliz.
25. 23
Liguei o rádio na “Voz do Brasil” e ouvi a
notícia do concurso “Vidas em Crônica”.
Seria minha oportunidade de escrever
a respeito de um assunto que ainda
gera incalculáveis sentimentos ruins e
provoca tantos julgamentos, mas que
faz parte da minha história, da minha
vida; faz parte de mim.
Muito além...por Bela
26. 24
Confesso que senti um misto de contentamento e de medo.
Feliz, por poder fazer o que amo: escrever para alguém. Temente,
pensando no fato de vencer o concurso e de alguma forma ter a
necessidade de expor minha imagem perante uma sociedade ainda
engessada pelo preconceito.Venci mais um fantasma, e estou aqui
para contar um breve resumo da minha história. Uma história que
mudou muito desde que, há oito anos, fui diagnosticada soroposi-
tiva -- e que hoje, aos 28 anos de idade, ainda me faz temer certas
coisas, mas também me faz lutar por outras.
Primeiro, o desespero; depois o medo, a revolta, a descrença
e o grande vazio diante de minha nova condição. Dentro do enve-
lope, junto com o resultado do exame, uma “bagagem” muito pe-
sada, que teria que carregar pelo resto da vida. Um vírus mutável e
que realmente muda tudo por dentro e por fora, inclusive o modo
de sentir, viver e aprender. Como se não bastassem as transforma-
ções físicas que mais cedo ou mais tarde virão, ele traz arraigado
em sua existência um histórico de julgamentos e preconceitos que
infelizmente perdura até hoje. Preconceito que, da forma mais fria
e desumana, insiste em pesar ainda mais sobre o estado psicológi-
co do portador do vírus. Criado com bases em opiniões infunda-
das, egoístas e julgadoras, como se mais nada tivesse razão de ser,
senão a própria falsa convicção.
Como eu gostaria de expor minha situação aos quatro can-
tos do mundo, em rede internacional, e poder dizer do fundo da
minha alma o quanto somos vulneráveis, o quanto somos huma-
nos, e o quanto nos esquecemos disso. Mas na mesma proporção
dessa vontade, eu sinto dentro de mim a impotência, talvez pelo
fato de ser apenas uma em meio a bilhões de pessoas, muitas delas
inflexíveis. Ou talvez seja simplesmente porque tenho a certeza de
que não conseguimos mudar uma opinião alheia quando o próprio
dono da opinião não quer que ela mude. Cada um tem seu tempo,
cada um tem seus amores e suas dores.
27. 25
Apesar de algumas mudanças inevitáveis, não modifiquei
meus valores e convicções depois que descobri minha soro-
logia; ao contrário, me sinto mais forte diante das dores da
vida. Parece uma vacina, um antídoto que me fortalece espiri-
tualmente. Penso que na vida teremos sempre dois caminhos a
seguir, e o mais belo nem sempre será o melhor. Muitas vezes
teremos que enfrentar tempestades antes de sentir o calor do
sol no rosto; teremos que tropeçar em grandes pedras, para
molhar os pés na água límpida de uma cachoeira.
A vida é mesmo um presente, sem direito a devolução ou
troca, um presente que nos foi dado sem que merecêssemos
tanto; nos resta agradecer, e a melhor forma para isso é sim-
plesmente fazendo, ou pelo menos tentando fazer, o melhor
para as pessoas e para nós mesmos.
E esta sou eu, uma garota bela e jovem, cheia de sonhos,
otimista, extremamente confiante na evolução da espécie hu-
mana. Isso não mudou, continuo assim, são características que
felizmente ninguém poderá mudar se eu não permitir. Graças a
Deus, nossos princípios e valores são verdadeiramente nossos,
e inabaláveis diante dos furacões de negativismos.
Claro, não sou perfeita, deito e choro, às vezes inces-
santemente, até que uma parte da minha dor saia pelos meus
olhos, ou pelo menos lave um pouco minha alma diante disso
tudo. Sofro também por outros vazios resultantes dessa situa-
ção (história para outro momento), mas que também enfrento
e refaço todos os dias, para que não sejam mais fortes do que
os bons acontecimentos.
Continuo acreditando na vida. Creio que um dia, em
algum momento dessa existência, tudo será mais leve, e o
ser humano poderá dar uma chance a si mesmo, uma chan-
ce de simplesmente ver as coisas de outra forma. Perceber
que uma sorologia não faz uma pessoa melhor ou pior; não
é o físico que a transforma num ser superior ou inferior. Ao
contrário, somos aprendizes nessa jornada, somos volúveis e
abertos às mudanças. Muito além do corpo físico, está nossa
capacidade de amar, de respeitar e de aprender uns com os
outros nessa grande viagem. Tudo, com certeza, vem para
nos amadurecer e nos transformar em seres mais evoluídos,
capazes de compreender o verdadeiro mistério da vida.
Torço por isso, luto por isso, espero por isso!
39. 37
Minha relação com o HIV
começou há quatro anos e de
lá para cá não vivo no mundo
das pessoas “normais”.
40. 38
Pelo menos em minha cidade, as pessoas ainda têm pre-
conceito em relação à doença, o que acabou me colocando,
involuntariamente, em um mundo à parte.
Bem antes disso, há uns oito anos, tive um relacionamen-
to. O namoro não andava bem, por vários motivos. Após uns 15
dias sem nos falarmos, por causa de uma briga, resolvi procurá-
-lo e descobri que ele estava hospitalizado. Meningite, foi o
que disseram. Tentei visitá-lo, mas não foi permitido.
Nesses dias precisei fazer exames de rotina e consta-
tei que estava infectada pelo HIV. Senti um enorme vazio,
acompanhado de uma sensação de impotência nunca antes
vivenciada. Lembro, como se fosse hoje, do medo que ex-
perimentei ao ter de contar aos meus pais. Incrivelmente,
não fui rejeitada; pelo contrário, tive apoio e carinho na-
quele momento difícil.
Voltei a procurar meu namorado, buscando encontrar
explicações para o que vivia. Dessa vez conseguimos conver-
sar, mas ele agiu friamente, reafirmando sua meningite. Não se
abalou com a notícia de que eu estava com aids e respondeu,
ironicamente, que, se meus pais não me expulsaram de casa,
não tinha com o que me preocupar.
Depois de um tempo me procurou, convidando-me para
sair. Nessa ocasião, admitiu que era soropositivo e que havia
me infectado. Mas nem tudo estava às claras, ainda. Uma se-
mana depois um rapaz veio até mim e falou que tinha encon-
tros sexuais com meu namorado, havia um ano e meio.
Terminamos o romance, obviamente, mas não me recu-
perei do baque. A partir desse momento, nunca mais conse-
gui me relacionar com ninguém. Não posso esconder minha
41. 39
situação, não posso fazer o que fizeram comigo, por mais que
eu esteja ressentida com o mundo. Só que, toda vez que co-
nheço uma pessoa e conto sobre o meu drama, ela desapare-
ce. É como se eu fosse amaldiçoada.
O sorriso só voltou a fazer parte do meu rosto há cerca de
um ano. Após concluir um curso sobre contação de histórias,
fui contratada pela biblioteca pública da minha cidade para a
função de contadora. A emoção, a sensibilidade e a humanida-
de que a literatura proporciona fizeram com que me sentisse
viva outra vez. E tenho a chance de passar isso aos ouvintes das
minhas contações. Nem é preciso dizer que o que mais gosto
de contar são histórias sobre preconceito e discriminação. É
a forma que encontrei de ajudar, nem que seja um pouquinho
só. É a minha pequena vingança contra o que passei, contra a
ignorância da qual fui e continuo sendo vítima. É minha reden-
ção, minha forma de mudar o mundo.
Não foi nada fácil escrever estas linhas. Não é simples fa-
lar desse problema, me expor, assim, desse jeito. Mas agora, ao
finalizar o texto, percebo também o poder catártico da escrita.
Sinto-me mais pura e mais leve agora.
45. 43
Olá! Eu sou a Jhene
Kelly, tenho 16 anos e
vou contar uma história.
Vocês podem pensar o
que quiserem. Podem até
achar que é apenas um
conto de fadas, mas eu
já vou avisando: para
mim, é um milagre.
46. 44
A história começa no dia 16 de março de 2002. Parecia um dia
comum, cheio daquelas alegrias simples de criança. Meu irmão e eu
nem imaginávamos o que estava por vir, quando vovó chegou do mé-
dico e disse que nossa mãe estava muito, muito doente. Passamos
dois dias aos prantos, até que parei pra pensar que mãinha não preci-
sava de lágrimas, mas sim de muito amor, carinho e, acima de tudo, da
família unida. Eu tinha sete anos; meu irmão Jhonathan, cinco. Não
entendíamos bem o que era HIV, aids... Mas sabíamos que mãinha
precisaria muito de nós dali em diante.
Os dias iam passando e ela cada vez mais doente, sentindo mui-
tas dores. Para nosso desespero, os próprios “amigos’’ que iam vê-la
faziam da visita uma despedida. Diziam: “Que pena... Tão jovem...
Mas vai tranquila, porque Deus precisa de você lá no céu’’. A única
coisa que mãinha respondia era: “Quero morrer, não aguento mais
tanta dor, Deus, me leva de uma vez!”.
Até que um dia eu chamei o Jhonathan no quarto, coloquei ele
sentadinho na minha cama e disse: “Agora somos só eu, você e vó.
Nós sempre estivemos do lado de mãinha e não vai ser agora que
vamos abandoná-la. Você tá comigo?’’. Fiquei muito feliz quando ele,
com cinco aninhos, disse com toda a certeza do mundo: “Pode contar
comigo pro que der e vier!’’.
Ao passar dos dias, começamos a notar que ela estava melho-
rando. Já não ouvíamos aquela frase terrível: nossa mãinha chorando,
dizendo que queria ir embora logo porque não aguentava mais. Ela
estava se acostumando com os remédios, mas o organismo às vezes
ainda os rejeitava. Quando nossa vó saía pra trabalhar, eu e Jhonathan
ficávamos responsáveis pelos medicamentos, pra não passar da hora.
Colocávamos os comprimidos em sua boca e cuidávamos pra que ela
não vomitasse.Agente sempre dizia: “Mãinha, a senhora consegue!”.
Quando pensávamos que estava tudo bem, ela contraiu uma
doença oportunista e todo o sofrimento começou novamente.
Mãinha, que pesava 53 quilos, passou a pesar 40. Ficamos muito
tristes, mas não desistimos, nem deixamos mais nenhum “amigo”
dizer que Deus queria ela no céu. A frase que ela mais ouvia era:
“Mãinha, a senhora consegue’’.
47. 45
Depois de seis meses, mãinha já estava andando, comendo, to-
mando os remédios sozinha. Nossas esperanças iam se multiplicando,
mas nós sabíamos que ela ainda ia precisar de muita saúde e coragem
para enfrentar o mundo lá fora, um mundo injusto e preconceituoso.
Primeiro, eu, Jhonathan e vó nos fechamos com ela no nosso mun-
do, onde só existia amor, carinho, fé e esperança. Depois, quando
já estávamos mais fortes, saímos caminhando pelo resto do mundo,
tentando conquistá-lo aos pouquinhos, levando o amor, o carinho, a
fé e a esperança que existiam no nosso mundo. E quem deu o maior
exemplo foi mãinha: assim que sarou, saiu pela cidade, batendo de
porta em porta, contando o que tinha acontecido com ela e o que
cada um precisava fazer para não passar pelo mesmo sofrimento.
Conviver com mãinha é o maior orgulho que tenho. Ela sem-
pre diz: “O coquetel de medicamentos é a gasolina, eu sou o carro:
tenho que me abastecer todos os dias”. Mãinha se cuida, sabe que não
pode exagerar em algumas coisas, e nós respeitamos o seu espaço. Ela
compra prestobarba de cores diferentes, já sabemos que o rosa é de
mãinha, e assim também nos cuidamos.
Mãinha é guerreira, anda bonita, enche a casa de alegria, pare-
ce mais irmã do que mãe; é amiga, companheira, me orienta no que
preciso. Eu sei que tudo o que aconteceu em nossas vidas seria, para
muita gente, motivo de desistência, ou de vergonha. Mas não para
nós. Somos felizes por não tê-la abandonado. Ela nos ensinou que
a vida foi feita para ser vivida e não sofrida; que nada é o fim, mas
apenas um novo começo. E sempre diz, olhando bem nos olhos da
gente: ‘’Abeleza da vida é como o sol, brilha mesmo em dia nublado’’.
Hoje, seguindo o exemplo de mãinha, eu e Jhonathan fazemos
parte da Comissão Jovem DST/Aids do município, que forma ado-
lescentes multiplicadores. Sabemos que não conquistamos TODO o
mundo, mas, graças a ela, aquele mundo de amor, carinho, fé e espe-
rança já não cabe só na nossa casa.
E este é o meu conto de fadas favorito. Mais do que isso: o meu
milagre favorito.
51. 49
Meu nome é Jeferson, e a história que
vou contar começa em 2002, um ano
de mudanças e novas esperanças.
Descobri que era soropositivo e que
iria viver com o vírus pelo resto de
minha vida. Não foi fácil aceitar
essa companhia indesejável, mas
já que ela estava ali, correndo nas
minhas veias, não tive escolha. Passei
a pesquisar sobre o HIV e a tentar
aceitar meu novo “companheiro”.
Disse a ele que seríamos bons amigos.
Meu coração,
minha vida...
por Jeferson e Pablyto
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A princípio fiquei muito preocupado com o que minha
família e meus amigos iriam pensar. Fiz várias perguntas a mim
mesmo: por que comigo? Como vai ser agora, para namorar e
trabalhar? Será que posso ter uma vida normal?
Não tive como reagir de imediato, minha cabeça estava
confusa e meu corpo acabou adoecendo. Passei por momentos
ruins, emagreci muito, fiz vários exames, fiquei internado. Per-
di meu trabalho, meu chão, mas nunca deixei que o HIV me
dominasse por inteiro. Ele estava em meu corpo, mas quem o
comanda sou eu. Basta acreditar, ter fé e ir em frente.
Resisti e logo me recuperei. Tive o apoio da minha famí-
lia, dos amigos. Senti que tudo o que estava ocorrendo comigo
era passageiro, serviria para crescer. Jamais pensei em desistir.
Apesar do corpo frágil, minha cabeça estava boa. Mas me falta-
va algo muito importante: o amor. Queria namorar, mas tinha
medo de não encontrar alguém que aceitasse minha condição
de soropositivo. O tempo foi passando, e busquei primeiro o
trabalho; precisava de uma ocupação, algo que traria minha
autoestima de volta. O namorado teria que ficar pra depois.
No próprio hospital onde faço tratamento surgiu a opor-
tunidade de um trabalho voluntário. Foi um presente, e agra-
deço sempre às pessoas que me deram essa chance. Cresci,
aprendi, e hoje posso repassar para outros minha experiência
de vida, mostrar a eles que viver com HIV é possível e que
tudo depende de como queremos conduzir nossas vidas.
Minha saúde estava boa. Meus exames estavam contro-
lados. Todos os dias aprendia um pouco mais que a vida é boa
e que estamos aqui para fazer a diferença. Mas ainda faltava o
53. 51
amor. Eu precisava dividir minhas conquistas, alegrias e tris-
tezas com alguém. Sempre gostei de viajar e ir ao cinema, e
acompanhado é bem melhor. Saía com meus amigos e minha
família, mas sentia falta de um namorado.
Foi quando o amor entrou em minha vida. Nós nos co-
nhecemos por acaso, na rua, perto do hospital onde trabalho.
Nossos olhos se cruzaram e paramos pra conversar por alguns
minutos. Trocamos telefones. Ele me ligava quase todos os
dias, mandava mensagens. Mas eu havia decidido que não leva-
ria aquilo adiante. Ele era bem mais novo, e eu ficava pensan-
do: “Imagina falar para um rapaz de 19 anos que tenho HIV!
Ele vai sair correndo e nunca mais vai querer me ver!”. Tive
medo. Não queria passar por isso.
Mas um belo dia ele enviou uma mensagem: queria me
encontrar. Aceitei o convite e o levei à festa de aniversário de
um grande amigo meu. Nosso encontro foi divertido, passa-
mos praticamente o dia inteiro juntos. Há muito tempo não
tinha algo assim em minha vida. Decidi que iria esperar um
pouco para ver no que ia dar. Eu estava interessado, mas com
medo de me decepcionar, de sofrer com o preconceito e, claro,
decepcioná-lo também.
Saímos algumas vezes, mas nada muito sério. Sentia sua
falta e queria estar com ele mais vezes. Finalmente, depois de
dois meses, tomei a decisão de contar sobre o HIV. Não queria
mais adiar esse assunto. Liguei várias vezes nesse dia, e mar-
camos um encontro. Lembro-me perfeitamente de tudo o que
conversamos, mas a partir de agora quem vai contar a história
para vocês é ele: o meu amor.
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Meu nome é Pablyto, e eu não
tenho HIV no sangue, mas tenho no
coração. Quando digo isso, algumas
pessoas se assustam. Mas é a pura
verdade. Namoro há cinco anos e
meu parceiro é soropositivo. E isso
nunca nos separou. Pelo contrário:
nos uniu ainda mais.
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Começamos a namorar em 2005. Eu estava com 19 anos
e ele com 30. Com dois meses de namoro conversamos sobre o
HIV. Ele foi falando aos poucos, fazendo rodeios, até que eu dis-
se: “Você quer me dizer que tem aids, é isso?”. Ele ficou mudo,
surpreso com minha reação. Dei-lhe um grande abraço e disse:
“Isso não vai mudar nada, vamos ser felizes do mesmo jeito”.
Na verdade, eu não sabia nada sobre ele, mas já conhecia
pela internet o que era o HIV. Foi tranquilo para mim, não
apenas porque o amo, mas por conhecer o assunto. As pessoas
que não conhecem o HIV são as que mais têm preconceito, e
isso prejudica muito quem vive com o vírus. Eu sempre digo
que graças ao HIV pude abrir mais meu coração e ver a vida
com outros olhos. Conheci pessoas maravilhosas. Pessoas que
me ensinaram o verdadeiro valor da vida, pessoas que com as
barreiras conseguem construir um castelo de sonhos, esperan-
ças e realizações. Eu e meu companheiro vivemos super bem.
Somos pessoas participativas e estamos sempre procurando
repassar aos outros o que vivemos.
Viver e conviver com o HIV não é fácil, mas é enfren-
tando as dificuldades que alcançamos os melhores resultados.
Precisamos mostrar a todos que viver com o vírus é possível, e
que a vida é bem mais gostosa sem preconceitos. Nossas famí-
lias se conhecem e se respeitam. Somos um casal normal, que
trabalha, estuda, briga, se respeita e se ama muito.
O HIV está entre nós, mas aprendemos juntos a convi-
ver com ele. Aprendemos também a brincar com coisa séria
para tornar a vida mais fácil e mais doce, mas lembrando sem-
pre que a prevenção é o melhor remédio – juntamente com o
amor, esse sentimento que não tolera preconceito.
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Um jovem
psicólogo no
mundo do HIV
por Eduardo
Aprendi muito com as pessoas que
vivem com HIV/aids; suas mais
diversas formas de enfrentamento,
olhares, perspectivas, sonhos por
vezes estremecidos – mas cada um
buscando sempre fomentar a vida.
60. 58
Minha incursão no mundo do HIV/aids deu-se, a princí-
pio, totalmente ao acaso. Um ano antes, eu havia sido aprovado
num concurso público em minha cidade, para o cargo de psicó-
logo. Somente no momento da nomeação, avisaram-me que eu
trabalharia no ambulatório do Programa Municipal de DST e
Aids. De súbito, fui acometido por um misto de preocupação
(meus conhecimentos teóricos sobre o assunto eram irrisórios)
e dúvidas quanto ao tipo de trabalho que me esperava. Lembro-
-me de que comecei a ler e salvar tudo o que encontrava na in-
ternet sobre o assunto, mas o tempo não foi suficiente para essa
empreitada, pois o dia de iniciar minhas atividades estava perto.
Para aumentar minha insegurança, ao mesmo tempo, uma
tia descobriu-se soropositiva. Hoje ela está bem, graças ao tra-
tamento com antirretroviral, mas, naquele momento, o fato
deixou meus familiares em polvorosa. Desespero e raiva eram
os sentimentos expressos pelos meus parentes. No entanto, o
que me fez titubear, logo no início do meu trabalho, foi ver o
olhar de uma criança infectada. Uma criança que sequer podia
se responsabilizar por suas atitudes. Fui buscar supervisão com
professores experientes, participei de eventos e congressos. Pre-
cisava aprender e entender, mais e mais.
O tempo passa, as coisas se transformam, o conhecimen-
to se amplia e hoje, há mais de um ano trabalhando no Progra-
ma com psicoterapia individual e em grupos, percebo o quanto
outrora eu era ignorante sobre as condições atuais de vida de
uma pessoa soropositiva. Também pude constatar que muitos
dos que se complicavam psicologicamente não tinham esclare-
cimentos claros sobre suas reais possibilidades, não conseguin-
do compatibilizar o fato de ser soropositivo com seus desejos
e projetos de vida.
Com persistência, juntamente com minha equipe multi-
profissional, conseguimos organizar um grupo de adolescentes
e jovens soropositivos. E é impressionante ver a força e o empe-
nho deles, tanto nas discussões, quanto nas ações. Eles próprios
tecem uma participação ativa, e até mesmo o vínculo com a equi-
pe do Programa vem melhorando gradativamente, bem como
a adesão ao tratamento como um todo. Antes desse trabalho,
convivíamos com queixas de não adesão aos antirretrovirais e de
ausência de adolescentes e jovens no Programa.Apágina está sen-
do virada.Vê-los se apropriando corretamente das reais condições
do diagnóstico do HIV/aids, e fazê-los sujeitos do seu próprio pro-
jeto e desejo de ser, é de suma importância para todos nós.
61. 59
Ao mesmo tempo, temos auxiliado aqueles que não sa-
biam de sua sorologia a enfrentarem a revelação, e nos colo-
camos como suporte para toda a família. A partir daí, eles são
integrados ao grupo de adolescentes e jovens soropositivos e
encontram no protagonismo dos demais a possibilidade de
melhor lidar com a situação. Essa iniciativa é recente e muito
temos a avançar, mas já é gratificante vê-los com uma outra
atitude frente ao diagnóstico.
Todas as atividades propostas foram e são pensadas em
conjunto com os adolescentes e jovens, e o trabalho sempre ob-
jetiva viabilizar o projeto de vida de cada um. Hoje, me sinto
feliz em dizer que alguns deles estão se tornando líderes e mul-
tiplicadores, e se engajando no trabalho da equipe técnica do
Programa. Mais do que isso, todos têm planos e perspectivas – e
nenhum deles pensa em se entregar ao vírus. Já temos nossa pri-
meira jovem que se inscreveu no ENEM, como caminho para
chegar ao ensino superior, fato que outrora talvez fosse impossí-
vel para alguém que nasceu soropositiva.
Trabalhar com essas pessoas é uma nova forma de me
apropriar da vida. A cada sorriso, a cada abraço, a cada olhar
ou a cada lágrima, sempre faço alguma coisa do que fizerem de
mim, como diria meu bom filósofo e psicólogo Sartre.
Dessa forma, sigo meu trabalho, meu dia a dia, ciente de
que não sou mais o Eduardo lá de trás e de que também não
serei o de hoje no amanhã. Cada protagonista soropositivo que
conheci me fez mudar um pouquinho. Para melhor.
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Produção e Execução
Vigilância, Informação e Pesquisa do
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
do Ministério da Saúde
Realização
Dario Almeida Noleto
José Rezende Jr.
Taty Fonseca
Oficinas de Textos
José Rezende Jr.
Oficinas de arte
Fábio Oliveira “Crânio“ (www.flickr.com/cranioartes)
Ricardo Akeni (www.flickr.com/ricardo_akn)
Tiffani Gyatso (www.tiffanihr.com)
Revisão
Angela Gasperin Martinazzo
Telma Sousa
Projeto gráfico e diagramação
Taty Fonseca
Fotografia
Magda Fernanda
Produção
Alexsandro Almeida
Ana Luiza Paiva Gomes
Ana Luisa Nepomuceno Silva
Barbara Graner
Dedé Mendes
Fernanda Almeida
Hércules Barros
Letícia Alves Borges
Márcia Uchoa
Nara Vieira
Nelson dos Ramos Correia
Renato de Oliveira Fernandes
Salete Saionara Barbosa