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GERENCIAMENTO DE RISCOS - RESERVAS DE CONTINGÊNCIA – PARTE 1
Por Alexandre Lyra –PMP
alyra@prasys.com.br
Consultor em Gerenciamento de Projetos, Riscos e Construtibilidade.
1
Definições gerais
As reservas de contingência, às vezes chamadas de reservas de tempo ou buffers no cronograma
ou reservas de contingência nos custos do projeto, servem como provisões para compensar as
variabilidades no cronograma ou nos custos do projeto.
As reservas de contingência são estimadas nas respectivas linhas de base do projeto, alocadas
para riscos identificados e para os quais são desenvolvidas respostas de contingência ou
mitigadoras. Podem ser uma quantidade especificada da duração ou do custo da atividade, do
pacote de trabalho ou do projeto, a qual é retida para fins de controle de gerenciamento e são
reservadas para trabalhos inesperados que estão contidos no escopo do projeto. Destacamos que
mudanças nas especificações podem gerar aumento de trabalho e que aumento de trabalho não
significa aumento de escopo. Mudanças de escopo podem representar aumento ou redução das
entregas do projeto. No caso de aumento de escopo, os respectivos riscos devem ser
identificados e incluídos nos registros de riscos para o efetivo gerenciamento. Se houver redução
de escopo, os riscos correspondentes devem ser eliminados dos registros.
As reservas de contingência estão associadas a riscos "conhecidos-desconhecidos" que podem
ser estimadas para justificar esta quantidade de retrabalho desconhecida.
Por exemplo, o produto de uma atividade que deve ser submetida a um teste, se não aprovado,
pode provocar a repetição do trabalho, o qual pode ser antecipada como uma reserva de
contingencia, ainda que a quantidade desse retrabalho seja desconhecida. As reservas de
contingência podem ser estimadas para considerar esta quantidade de retrabalho desconhecida.
As contingências e os métodos utilizados para estima-las devem estar claramente identificadas
na documentação do projeto. As reservas para contingências são parte dos requisitos da linha de
base e dos requisitos gerais do projeto. Elas podem ser separadas das atividades individuais e
agregadas em buffers no cronograma ou como reservas de contingências no orçamento das
atividades.
Além disso, a reserva de contingência pode ser estimada através da análise qualitativa com base
no seu Valor Esperado (VE) em um número fixo, ou uma porcentagem da duração ou do custo
estimado da atividade, um número especificado de períodos de trabalho, ou pode ser
desenvolvida através do uso de métodos de análise quantitativa, como a simulação de Monte
Carlo.
Estimativa da contingência pela análise qualitativa
Análise quantitativa utiliza uma matriz de impacto de risco com base no valor do impacto do
risco nos objetivos do projeto e na probabilidade de ocorrência do evento de risco. Esta matriz
de impacto de risco quantifica o valor monetário ou tempo que o projeto está para perder ou
ganhar, por causa do risco. O que o projeto precisa é de uma reserva para imprevistos que irá
aliviar as despesas dos riscos se eles viessem a ocorrer. A tabela a seguir ilustra como é
calculada a reserva de contingência qualitativa.
Tabela 6 Exemplo de matriz de impacto quantitativo de risco
GERENCIAMENTO DE RISCOS - RESERVAS DE CONTINGÊNCIA – PARTE 1
Por Alexandre Lyra –PMP
alyra@prasys.com.br
Consultor em Gerenciamento de Projetos, Riscos e Construtibilidade.
2
Risco Probabilidade
(%)
Impacto Valor Esperado (VME) do
risco
Falha nos equipamentos 10 -$5.000 -$500
Falta de mão de obra especializada 90 -
$80.000
-$72.000
Mudanças nas especificações 20 +10
dias
+2 dias
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equipamentos
70 -$2.000 -$1.400
Desconto do fornecedor (oportunidade) 80 $1.000 $800
Reservas de contingência necessária $73.100; 2 dias
Estimativa da contingência pela análise quantitativa
Por exemplo, na simulação de Monte Carlo mostrada na figura a seguir, obtivemos as seguintes
informações:
- Data determinística (do cronograma CPM); 02/Abril/2002 com probabilidade de 13%;
- Data com probabilidade aceitável de 80%; 14/Maio/2002;
Nestas condições, caso nenhuma ação para a redução das incertezas do cronograma seja
planejada ou executada, para que possamos ter um cronograma com maior grau de
confiabilidade (80%), teríamos de ter uma reserva de contingencia do cronograma de 42 dias.
Figura 1 Estabelecimento da reserva de contingência do cronograma pela simulação de Monte Carlo.

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  • 2. GERENCIAMENTO DE RISCOS - RESERVAS DE CONTINGÊNCIA – PARTE 1 Por Alexandre Lyra –PMP alyra@prasys.com.br Consultor em Gerenciamento de Projetos, Riscos e Construtibilidade. 2 Risco Probabilidade (%) Impacto Valor Esperado (VME) do risco Falha nos equipamentos 10 -$5.000 -$500 Falta de mão de obra especializada 90 - $80.000 -$72.000 Mudanças nas especificações 20 +10 dias +2 dias Infraestrutura para instalar os equipamentos 70 -$2.000 -$1.400 Desconto do fornecedor (oportunidade) 80 $1.000 $800 Reservas de contingência necessária $73.100; 2 dias Estimativa da contingência pela análise quantitativa Por exemplo, na simulação de Monte Carlo mostrada na figura a seguir, obtivemos as seguintes informações: - Data determinística (do cronograma CPM); 02/Abril/2002 com probabilidade de 13%; - Data com probabilidade aceitável de 80%; 14/Maio/2002; Nestas condições, caso nenhuma ação para a redução das incertezas do cronograma seja planejada ou executada, para que possamos ter um cronograma com maior grau de confiabilidade (80%), teríamos de ter uma reserva de contingencia do cronograma de 42 dias. Figura 1 Estabelecimento da reserva de contingência do cronograma pela simulação de Monte Carlo.