O documento discute o conceito de generalização do particular, no qual conclusões sobre um grupo são tiradas a partir de observações de alguns membros. A generalização do particular foi desenvolvida por Aristóteles e envolve afirmar sobre todos algo observado em alguns, como por exemplo "todo jogador de basquete é alto" baseado na observação de um jogador. Embora útil para gerar hipóteses, a generalização precipitada deve ser evitada e as conclusões verificadas em mais casos.
2.
A primeira base teórica do conceito foi elaborada por Serge
Moscovici em 1961. Ele utilizou estudos na área de psicanálise
para chegar as suas conclusões. Para entender as relações
humanas, é necessário fazer uma análise do coletivo,
verificando assim a troca de conhecimentos que a representação
social é capaz de promover dentro do grupo.
Moscovici ainda afirmou nos seus estudos que existem duas
formas de representação social, a ancoragem e a objetivação. A
primeira faz referência às ideias abstratas que ganham um
formato real, já a segunda desenvolve novas imagens de um
assunto e é propicia a criação de novos conceitos a partir de um
assunto. É válido lembrar que o estudo da Representação social
se mostra importante para compreender o avanço da sociedade
e o comportamento do individuo inserido num grupo.
Representação Social -
Surgimento
3.
A representação social é um recurso muito
importante para se viver em sociedade, isso porque
ela engloba explicações, ideias e manifestações
culturais que caracterizam um determinado grupo.
A representação acontece a partir da interação dos
indivíduos e apesar do homem viver em um
ambiente, ele não perde os atributos típicos de sua
personalidade.
Conceito
4.
As representações sociais têm como uma de suas
finalidades tornar familiar algo não familiar, isto é,
classificar, categorizar e nomear novos
acontecimentos e ideias com as quais não tínhamos
tido contato anteriormente, possibilitando, assim, a
compreensão e manipulação desses novos
acontecimentos a partir de ideias, valores e teorias
preexistentes e internalizados por nós e amplamente
aceitas pela sociedade.
5.
As representações que fabricamos – de uma teoria
científica, de uma nação, de um objeto, etc. – são
sempre o resultado de um esforço constante de
tornar real algo que é incomum (não familiar), ou
que nos dá um sentimento de não familiaridade.
Através delas, superamos o problema e o integramos
em nosso mundo mental e físico, que é, com isso,
enriquecido e transformado. Depois de uma série de
ajustamentos, o que estava longe, parece ao alcance
de nossa mão; o que era abstrato torna-se concreto e
quase normal
6.
Generalização
do particular
Trata o específico
como exemplo de um
fenômeno geral.
Todos os alunos (as)
de uma determinada
turma são iguais
Generalização do Particular
7.
Também chamada de indução, consiste em afirmar
acerca de todos, aquilo que foi possível observar em
alguns. Ou seja, através de uma amostra definimos uma
teoria genérica, incluindo elementos que não faziam parte
dessa amostra/estudo. A indução faz a generalização, isto
é, cria proposições universais a partir de proposições
particulares. É, portanto, uma forma de raciocínio pouco
credível e muito mais susceptível de refutação. Esta
operação mental foi desenvolvida por Aristóteles.
Exemplo: Pedro joga basquete e é alto.
Portanto todo jogador de basquete é alto.
8.
Na pesquisa científica, a generalização é muito fecunda:
permite passar-se da observação de alguns casos particulares
para uma hipótese enunciando uma lei universal.
Entretanto, deve-se evitar generalizações precipitadas: a
generalização deve ser verificada pela aplicação em maior
número de casos particulares.
Rigorosamente, distingue-se a “ideia geral” (obtida a partir de
casos particulares) do “conceito universal” (cuja origem não é
empírica, mas racional): Max Scheler, por exemplo, conta que
saindo o Buda do palácio de seu pai, onde nunca tinha visto a
dor ou o sofrimento humano, e vendo um morto (sobre um
único caso particular) o conceito universal da
morte apresentou-se a seu espírito, a morte como fenômeno
humano universal.
A ideia geral é o resultado de uma abstração; o conceito
universal, o objeto de uma intuição.