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Química da Água Subterrânea
As características químicas das águas 
subterrâneas refletem os meios por onde 
infiltram, guardando uma estreita relação com os 
tipos de rochas drenados e com os produtos das 
atividades humanas adquiridos ao longo de seu 
trajeto. Em áreas industrializadas encontra-se 
uma forte marca das atividades humanas na 
qualidade química das águas.
Propriedades Físicas 
• Temperatura: 
A temperatura da água subterrânea corresponde 
normalmente à temperatura média anual da região. 
Mas, sob certas condições geológicas, a água pode 
penetrar a centenas de metros, tornando-se aquecida 
nestas profundidades graças ao grau geotérmico da 
região, ascendendo então, principalmente, por falhas 
ou por diaclases profundas, com a temperatura 
bastante elevada.
• Cor 
Resulta da presença de substâncias dissolvidas 
na água, provenientes principalmente da lixiviação 
de matéria orgânica. Quando pura, e em grandes 
volumes, a água é azulada. Quando rica em ferro, é 
arroxeada. Quando rica em manganês, é preta e, 
quando rica em ácidos húmicos, é amarelada.
• Odor e sabor 
O odor e o sabor de uma água dependem dos 
sais e gases dissolvidos, são duas sensações que se 
manifestam conjuntamente, o que torna difícil sua 
separação. Em geral as águas subterrâneas são 
desprovidas de odor. Algumas fontes termais podem 
exalar cheiro de ovo podre devido ao seu conteúdo de 
H2S (gás sulfídrico). 
• Condutividade elétrica (CE) 
É a medida da facilidade da água em conduzir a 
corrente elétrica. É diretamente proporcional ao teor 
de sólidos dissolvidos sob a forma de íons.
• Turbidez 
Representa o grau de interferência que a água 
apresenta à passagem de luz, devido à presença de carga 
sólida em suspensão (silte, argila, colóides, matéria 
orgânica, etc.). 
• Dureza 
A dureza é definida como a dificuldade de uma água 
em dissolver (fazer espuma) sabão pelo efeito do cálcio, 
magnésio e outros elementos. Águas duras são 
inconvenientes porque o sabão não limpa eficientemente, 
aumentando seu consumo, e deixando uma película 
insolúvel sobre a pele, pias, banheiras e azulejos do 
banheiro.
• pH: 
É a medida da concentração de íons H+ na água. 
O balanço dos íons hidrogênio e hidróxido (OH-) 
determina quão ácida ou básica ela é. O pH das águas 
subterrâneas varia geralmente entre 5,5 e 8,5. 
• Sólidos Totais Dissolvidos (STD): 
Refere-se à concentração de íons dissolvidos 
presentes nas águas.
Composição Média da Crosta 
Continental 
SiO2 61,9 % Bário (Ba) 425mg/L 
TiO2 0,8 % Estrôncio (Sr) 375mg/L 
Al2O3 15,6 % Zircônio (Zr) 165mg/L 
Fe2O3 2,6 % Cobre (Cu) 55mg/L 
FeO 3,9 % Escândio (Sc) 22mg/L 
MnO 0,1 % Chumbo (Pb) 12,5mg/L 
MgO 3,1 % Urânio (U) 2,7mg/L 
CaO 5,7 % Mercúrio (Hg) 0,08mg/L 
Na2O 3,1 % Prata (Ag) 0,07mg/L 
K2O 2,9 % Ouro (Au) 0,004mg/L 
P2O5 0,3 %
• Ferro (Fe-) 
É um elemento persistentemente presente em 
quase todas as águas subterrâneas em teores abaixo de 
0,3mg/L. Suas fontes são minerais escuros (máficos) 
portadores de Fe: magnetita, biotita, pirita, piroxênios, 
anfibólios. 
• Flúor (F-) 
O flúor é um elemento que ocorre naturalmente e 
em pequenas quantidades nas águas naturais (0,1 a 
2,0mg/L). É produto do intemperismo de minerais no 
qual é elemento principal ou secundário: fluorita, 
apatita, flúor-apatita, turmalina, topázio e mica.
• Cálcio (Ca) 
É amplamente distribuído em rochas e solos, 
representa um dos principais elementos responsáveis 
pela dureza nas águas. As fontes geológicas são 
muitas, tendo como exemplos anortita. 
• Magnésio (Mg²+) 
O magnésio é um elemento cujo comportamento 
geoquímico é muito parecido com o do cálcio, é mais 
solúvel e mais difícil de precipitar quando comparado 
ao cálcio. É também responsável pela dureza nas 
águas. Um exemplo de mineral fonte é a biotita.
• Manganês (Mn+) 
É um elemento que acompanha o ferro em 
virtude de seu comportamento geoquímico. Ocorre em 
teores abaixo de 0,2mg/L. 
• Níquel (Ni) 
O teor de níquel nas águas está ao redor de 0,1 
mg/L. Concentrações superiores a 11,0 mg/L podem 
ser encontradas em áreas de mineração..
• Potássio (K+) 
O potássio é um elemento químico abundante na 
crosta terrestre, mas ocorre em pequena quantidade nas 
águas subterrâneas, pois é facilmente fixado pelas argilas 
e intensivamente consumido pelos vegetais. Nas águas 
subterrâneas seu teor médio é inferior a 10mg/L. 
• Sódio (Na) 
O sódio é um elemento químico quase sempre 
presente nas águas subterrâneas. Seus principais minerais 
fonte (feldspatos plagioclásios). Os sais formados nestes 
processos são muito solúveis. Nas águas subterrâneas o 
teor de sódio varia entre 0,1 e 100mg/L.
• Bário (Ba) 
O Bário é um elemento raro nas águas naturais, 
é encontrado em teores de 0,0007 a 0,9 mg/L. 
• Chumbo 
Apesar de não ser um elemento comum nas 
águas naturais, o chumbo tem sido responsável por 
sérios problemas de intoxicação, devido ao fato de 
que é introduzido facilmente no meio ambiente a 
partir de uma série de processos e produtos humanos. 
Segundo a Resolução 20 do CONAMA, o teor 
máximo de chumbo na água de abastecimento deve 
ser 0,05 mg/L.
• Cloretos (Cl-) 
O cloro está presente em teores inferiores a 
100mg/L. Forma compostos muito solúveis e tende a 
se enriquecer , junto com o sódio, a partir das zonas de 
recarga das águas subterrâneas. 
• Cobre (Cu) 
O cobre é um elemento que ocorre, em geral, em 
baixas concentrações na água subterrânea, devido sua 
pequena solubilidade. Nas águas superficiais são, 
normalmente, bem menores que 0,020 mg/L e nas 
águas subterrâneas é inferior a 1μg/L.
Acadêmica: Gisele da Fonseca 
2º ano – Geografia

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Química da água subterrânea

  • 1. Química da Água Subterrânea
  • 2. As características químicas das águas subterrâneas refletem os meios por onde infiltram, guardando uma estreita relação com os tipos de rochas drenados e com os produtos das atividades humanas adquiridos ao longo de seu trajeto. Em áreas industrializadas encontra-se uma forte marca das atividades humanas na qualidade química das águas.
  • 3. Propriedades Físicas • Temperatura: A temperatura da água subterrânea corresponde normalmente à temperatura média anual da região. Mas, sob certas condições geológicas, a água pode penetrar a centenas de metros, tornando-se aquecida nestas profundidades graças ao grau geotérmico da região, ascendendo então, principalmente, por falhas ou por diaclases profundas, com a temperatura bastante elevada.
  • 4. • Cor Resulta da presença de substâncias dissolvidas na água, provenientes principalmente da lixiviação de matéria orgânica. Quando pura, e em grandes volumes, a água é azulada. Quando rica em ferro, é arroxeada. Quando rica em manganês, é preta e, quando rica em ácidos húmicos, é amarelada.
  • 5. • Odor e sabor O odor e o sabor de uma água dependem dos sais e gases dissolvidos, são duas sensações que se manifestam conjuntamente, o que torna difícil sua separação. Em geral as águas subterrâneas são desprovidas de odor. Algumas fontes termais podem exalar cheiro de ovo podre devido ao seu conteúdo de H2S (gás sulfídrico). • Condutividade elétrica (CE) É a medida da facilidade da água em conduzir a corrente elétrica. É diretamente proporcional ao teor de sólidos dissolvidos sob a forma de íons.
  • 6. • Turbidez Representa o grau de interferência que a água apresenta à passagem de luz, devido à presença de carga sólida em suspensão (silte, argila, colóides, matéria orgânica, etc.). • Dureza A dureza é definida como a dificuldade de uma água em dissolver (fazer espuma) sabão pelo efeito do cálcio, magnésio e outros elementos. Águas duras são inconvenientes porque o sabão não limpa eficientemente, aumentando seu consumo, e deixando uma película insolúvel sobre a pele, pias, banheiras e azulejos do banheiro.
  • 7. • pH: É a medida da concentração de íons H+ na água. O balanço dos íons hidrogênio e hidróxido (OH-) determina quão ácida ou básica ela é. O pH das águas subterrâneas varia geralmente entre 5,5 e 8,5. • Sólidos Totais Dissolvidos (STD): Refere-se à concentração de íons dissolvidos presentes nas águas.
  • 8. Composição Média da Crosta Continental SiO2 61,9 % Bário (Ba) 425mg/L TiO2 0,8 % Estrôncio (Sr) 375mg/L Al2O3 15,6 % Zircônio (Zr) 165mg/L Fe2O3 2,6 % Cobre (Cu) 55mg/L FeO 3,9 % Escândio (Sc) 22mg/L MnO 0,1 % Chumbo (Pb) 12,5mg/L MgO 3,1 % Urânio (U) 2,7mg/L CaO 5,7 % Mercúrio (Hg) 0,08mg/L Na2O 3,1 % Prata (Ag) 0,07mg/L K2O 2,9 % Ouro (Au) 0,004mg/L P2O5 0,3 %
  • 9. • Ferro (Fe-) É um elemento persistentemente presente em quase todas as águas subterrâneas em teores abaixo de 0,3mg/L. Suas fontes são minerais escuros (máficos) portadores de Fe: magnetita, biotita, pirita, piroxênios, anfibólios. • Flúor (F-) O flúor é um elemento que ocorre naturalmente e em pequenas quantidades nas águas naturais (0,1 a 2,0mg/L). É produto do intemperismo de minerais no qual é elemento principal ou secundário: fluorita, apatita, flúor-apatita, turmalina, topázio e mica.
  • 10. • Cálcio (Ca) É amplamente distribuído em rochas e solos, representa um dos principais elementos responsáveis pela dureza nas águas. As fontes geológicas são muitas, tendo como exemplos anortita. • Magnésio (Mg²+) O magnésio é um elemento cujo comportamento geoquímico é muito parecido com o do cálcio, é mais solúvel e mais difícil de precipitar quando comparado ao cálcio. É também responsável pela dureza nas águas. Um exemplo de mineral fonte é a biotita.
  • 11. • Manganês (Mn+) É um elemento que acompanha o ferro em virtude de seu comportamento geoquímico. Ocorre em teores abaixo de 0,2mg/L. • Níquel (Ni) O teor de níquel nas águas está ao redor de 0,1 mg/L. Concentrações superiores a 11,0 mg/L podem ser encontradas em áreas de mineração..
  • 12. • Potássio (K+) O potássio é um elemento químico abundante na crosta terrestre, mas ocorre em pequena quantidade nas águas subterrâneas, pois é facilmente fixado pelas argilas e intensivamente consumido pelos vegetais. Nas águas subterrâneas seu teor médio é inferior a 10mg/L. • Sódio (Na) O sódio é um elemento químico quase sempre presente nas águas subterrâneas. Seus principais minerais fonte (feldspatos plagioclásios). Os sais formados nestes processos são muito solúveis. Nas águas subterrâneas o teor de sódio varia entre 0,1 e 100mg/L.
  • 13. • Bário (Ba) O Bário é um elemento raro nas águas naturais, é encontrado em teores de 0,0007 a 0,9 mg/L. • Chumbo Apesar de não ser um elemento comum nas águas naturais, o chumbo tem sido responsável por sérios problemas de intoxicação, devido ao fato de que é introduzido facilmente no meio ambiente a partir de uma série de processos e produtos humanos. Segundo a Resolução 20 do CONAMA, o teor máximo de chumbo na água de abastecimento deve ser 0,05 mg/L.
  • 14. • Cloretos (Cl-) O cloro está presente em teores inferiores a 100mg/L. Forma compostos muito solúveis e tende a se enriquecer , junto com o sódio, a partir das zonas de recarga das águas subterrâneas. • Cobre (Cu) O cobre é um elemento que ocorre, em geral, em baixas concentrações na água subterrânea, devido sua pequena solubilidade. Nas águas superficiais são, normalmente, bem menores que 0,020 mg/L e nas águas subterrâneas é inferior a 1μg/L.
  • 15. Acadêmica: Gisele da Fonseca 2º ano – Geografia