Este documento discute possíveis articulações entre a estratégia de redução de danos em saúde pública e as contribuições da psicanálise no campo da clínica das toxicomanias. A redução de danos pode viabilizar modificações no imaginário em torno do uso de drogas e criar condições favoráveis para acolhimento e construção de demanda analítica no usuário. A psicanálise questiona consensos e ajuda a problematizar abordagens que agravam o sofrimento psíquico. Há desafios em equilibr
O documento discute vários transtornos psiquiátricos, incluindo depressão, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade como TAG, fobias e pânico, TOC e TEPT. Define os sintomas característicos de cada transtorno e discute suas causas e graus de severidade.
O documento discute condições oftálmicas e colírios. Ele fornece definições de colírios e instruções sobre como usá-los corretamente. Também descreve as doenças oculares mais comuns como terçol, pterígio, catarata, glaucoma crônico e agudo, degeneração macular senil e tracoma, discutindo seus sintomas e tratamentos.
O documento discute a importância da ética e das relações interpessoais no trabalho de um atendente de farmácia. Ele enfatiza a necessidade de competência técnica e interpessoal, com foco em habilidades como escuta ativa, comunicação clara e respeito à individualidade dos clientes. Também destaca a importância do trabalho em equipe, da colaboração e do foco no resultado.
Farmácia hospitalar a importância da farmácia hospitalarTCC_FARMACIA_FEF
O documento apresenta um trabalho de conclusão de curso sobre a importância da farmácia hospitalar. No resumo, é descrito que o TCC foi estruturado em três capítulos abordando os hospitais, a história da farmácia hospitalar e a realidade atual destas farmácias, incluindo suas funções, objetivos, sistemas de distribuição de medicamentos e organização. Por fim, conclui-se que é necessário buscar novas alternativas e pesquisas para novos tratamentos a fim de melhorar a saúde mundial.
O documento descreve as responsabilidades e qualificações de um auxiliar de farmácia. Um auxiliar de farmácia auxilia o farmacêutico na dispensação e organização de medicamentos, interpreta prescrições médicas, e auxilia clientes. Qualidades importantes incluem conhecimento de informática, habilidades de comunicação, dinamismo e apresentação pessoal apropriada.
Subsídio mel bromatologia do mel - caracterização do melInez Auad
O documento discute a composição do mel, incluindo:
1) Os principais açúcares presentes no mel são glicose e frutose, que contribuem com 85-95% do total.
2) A umidade é o segundo componente mais importante, sendo que valores acima de 18% podem levar à fermentação.
3) Outros componentes como enzimas, sais minerais e ácidos orgânicos conferem propriedades sensoriais e de qualidade ao mel.
O documento descreve a lenda do xadrez, onde o inventor Sessa pede como recompensa um grão de trigo na primeira casa do tabuleiro, dois na segunda e assim sucessivamente, dobrando a cada casa. Os cálculos mostraram que a quantidade total era de 18.446.744.073.709.551.615 grãos, um número extremamente grande. O documento também explica a potenciação e como ela pode representar esse cálculo de forma concisa.
O documento discute vários transtornos psiquiátricos, incluindo depressão, transtorno bipolar, transtornos de ansiedade como TAG, fobias e pânico, TOC e TEPT. Define os sintomas característicos de cada transtorno e discute suas causas e graus de severidade.
O documento discute condições oftálmicas e colírios. Ele fornece definições de colírios e instruções sobre como usá-los corretamente. Também descreve as doenças oculares mais comuns como terçol, pterígio, catarata, glaucoma crônico e agudo, degeneração macular senil e tracoma, discutindo seus sintomas e tratamentos.
O documento discute a importância da ética e das relações interpessoais no trabalho de um atendente de farmácia. Ele enfatiza a necessidade de competência técnica e interpessoal, com foco em habilidades como escuta ativa, comunicação clara e respeito à individualidade dos clientes. Também destaca a importância do trabalho em equipe, da colaboração e do foco no resultado.
Farmácia hospitalar a importância da farmácia hospitalarTCC_FARMACIA_FEF
O documento apresenta um trabalho de conclusão de curso sobre a importância da farmácia hospitalar. No resumo, é descrito que o TCC foi estruturado em três capítulos abordando os hospitais, a história da farmácia hospitalar e a realidade atual destas farmácias, incluindo suas funções, objetivos, sistemas de distribuição de medicamentos e organização. Por fim, conclui-se que é necessário buscar novas alternativas e pesquisas para novos tratamentos a fim de melhorar a saúde mundial.
O documento descreve as responsabilidades e qualificações de um auxiliar de farmácia. Um auxiliar de farmácia auxilia o farmacêutico na dispensação e organização de medicamentos, interpreta prescrições médicas, e auxilia clientes. Qualidades importantes incluem conhecimento de informática, habilidades de comunicação, dinamismo e apresentação pessoal apropriada.
Subsídio mel bromatologia do mel - caracterização do melInez Auad
O documento discute a composição do mel, incluindo:
1) Os principais açúcares presentes no mel são glicose e frutose, que contribuem com 85-95% do total.
2) A umidade é o segundo componente mais importante, sendo que valores acima de 18% podem levar à fermentação.
3) Outros componentes como enzimas, sais minerais e ácidos orgânicos conferem propriedades sensoriais e de qualidade ao mel.
O documento descreve a lenda do xadrez, onde o inventor Sessa pede como recompensa um grão de trigo na primeira casa do tabuleiro, dois na segunda e assim sucessivamente, dobrando a cada casa. Os cálculos mostraram que a quantidade total era de 18.446.744.073.709.551.615 grãos, um número extremamente grande. O documento também explica a potenciação e como ela pode representar esse cálculo de forma concisa.
Este documento fornece informações sobre tosse, incluindo suas causas, tipos, mecanismos e tratamentos. É descrito que a tosse é um reflexo desencadeado por estímulos nas vias respiratórias que serve para expelir corpos estranhos. Dois tipos principais são descritos: tosse seca e tosse produtiva, e várias causas como refluxo, fumar e medicamentos são explicadas. O tratamento inclui antitussígenos para tosse seca e expectorantes ou mucolíticos para tosse produt
O documento discute o conceito de Atenção Farmacêutica, definindo-a como a provisão responsável de cuidados relacionados a medicamentos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Detalha as atividades essenciais do farmacêutico na Atenção Farmacêutica, incluindo dispensação, consulta farmacêutica e seguimento farmacoterapêutico. Também discute a importância do planejamento para a implantação de serviços de Atenção Farmacêutica.
02 atendente de farmácia (farmacologia)Elizeu Ferro
A farmacologia é a ciência que estuda a interação de substâncias químicas com sistemas biológicos. Ela abrange o conhecimento sobre a composição, propriedades, efeitos e interações de medicamentos, assim como sua absorção, distribuição, metabolização e excreção pelo organismo. A farmacologia também examina a história e uso de substâncias farmacêuticas, além de dividir-se em várias áreas focadas em aspectos específicos como farmacocinética, farmacodinâmica e toxicologia.
A evolução da legislação brasileira sobre plantas medicinais e fitoterápicos ao longo do tempo, começando pela primeira Farmacopéia Brasileira em 1926 até o Decreto de 2006 estabelecendo a Política Nacional de Plantas Medicinais. Houve uma transição de exigências quase inexistentes para requisitos técnicos claros, e o reconhecimento da importância de regular o uso seguro e sustentável dessas plantas no país.
A poda das plantas para muitas pessoas é um mistério que provoca medo, pena das plantas e duvida. Existem uns princípios que podem dismistificar esta prática. Na Agrafloresta, a poda é uma das atividades para aumentar fertilidade no solo e a vitalidade das plantas. Aqui tem uns dos princípios da poda que podem ajudar.
O documento explica os diferentes tipos de frequência para analisar dados estatísticos, incluindo frequência absoluta, relativa e acumulada. Fornece exemplos passo a passo de como calcular cada tipo de frequência a partir de tabelas de dados sobre a estatura de alunos.
Principios do atendimento farmácia e drogariaLeonardo Souza
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a la invasión de Ucrania. El embargo prohibirá las importaciones marítimas de petróleo ruso a la UE y pondrá fin a las entregas a través de oleoductos dentro de seis meses. Esta medida forma parte de un sexto paquete de sanciones de la UE destinadas a aumentar la presión económica sobre Moscú y privar al Kremlin de fondos para financiar su guerra.
Este documento apresenta o Código de Ética da Profissão Farmacêutica no Brasil. Ele estabelece princípios como o exercício da profissão visando o benefício humano e ambiental, o sigilo profissional e a atualização contínua. Também define deveres como prestar assistência ao público, respeitar a autonomia do paciente e deveres de comunicação. Por fim, proíbe atos como experiências humanas não éticas e a recusa em prestar assistência quando necessário.
O documento discute alternativas naturais e sustentáveis para o controle de pragas e doenças no cultivo do café, evitando o uso indiscriminado de agrotóxicos. Ele apresenta práticas como adubação orgânica, plantio diversificado, controle biológico e manejo integrado de pragas. O documento também destaca os riscos dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente.
O documento apresenta diretrizes sobre a dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial no Brasil, definindo os tipos de receituário, validade, quantidades máximas para dispensação e requisitos de escrituração e armazenamento.
- A terceira geração do Romantismo brasileiro focou em temas abolicionistas, republicanos e liberais. Grandes pensadores como Castro Alves e Joaquim Nabuco disseminaram essas ideias através de sua poesia.
- As obras dessa geração utilizavam um estilo declamatório com vocativos e pontos de exclamação para enfatizar as mensagens antiescravidão.
- O poeta Castro Alves foi a figura mais importante por sua poesia poderosa sobre a abolição, como em "O Nav
O documento discute os principais conceitos de farmacocinética e farmacodinâmica, incluindo: (1) farmacocinética trata do que o corpo faz com a droga enquanto farmacodinâmica trata do que a droga faz com o corpo; (2) as vias de administração e seus efeitos sobre a absorção, metabolismo e biodisponibilidade; (3) os processos de distribuição, biotransformação, eliminação e meia-vida.
1) O documento discute as causas e dicas para evitar a ruptura de estoque em farmácias, incluindo processos não integrados, ausência de informações e automação, e parâmetros de estoque incorretos.
2) É recomendado gerenciar melhor os tempos de processos, buscar a cooperação de clientes, analisar as categorias de produtos, e realizar contagens e treinamentos periódicos com a equipe.
3) Uma boa gestão de estoque deve ser baseada em métricas como a Curva ABC e consider
O documento discute a história das farmácias e drogarias, definindo conceitos como saúde, medicamentos, farmácia x drogaria. Apresenta os profissionais e serviços das farmácias/drogarias e a importância dos manuais de boas práticas e procedimentos operacionais padrão para garantir a qualidade e segurança dos serviços.
O transtorno bipolar (TB) caracteriza-se por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alterando-se com episódios de euforia (também denominado mania).
1) O documento discute a aplicabilidade clínica de antibióticos, especificamente sobre beta-lactâmicos. 2) Beta-lactâmicos incluem penicilinas, cefalosporinas e carbapenêmicos, que agem inibindo a síntese da parede bacteriana. 3) Mecanismos de resistência bacteriana a beta-lactâmicos incluem produção de beta-lactamases e mutações nas proteínas de ligação à penicilina.
13 atendente de farmácia (calculos na farmacia)Elizeu Ferro
O documento fornece exemplos de cálculos comuns realizados em farmácias para determinar as quantidades corretas de medicamentos a serem administrados com base em prescrições médicas. Inclui cálculos para determinar volumes, porcentagens, doses baseadas no peso do paciente e quantidades necessárias para tratamentos.
1) O documento discute transtornos alimentares como anorexia, incluindo sua história, causas, sintomas e tratamentos.
2) A anorexia é mantida por crenças cognitivas distorcidas sobre peso e forma corporal que influenciam comportamentos de alimentação e eliminação.
3) A terapia familiar pode ser útil no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos alimentares, abordando problemas nas dinâmicas familiares.
O documento discute a inserção do psicólogo no Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), descrevendo suas principais áreas de atuação e evolução ao longo das décadas. Também aborda as demandas dos pacientes, modelos de atenção e tradições teóricas como a biomedicina, psicossomática e psicologia social no entendimento do processo saúde-doença.
1) O documento discute a atuação dos psicólogos no contexto da saúde pública no Brasil, especialmente após a Reforma Psiquiátrica.
2) A Reforma Psiquiátrica objetivava responder às questões sociais, políticas e clínicas da época e promover a recuperação da cidadania dos pacientes psiquiátricos.
3) No entanto, os cursos de psicologia não se prepararam adequadamente para a nova demanda, tendendo a repetir modelos clínicos privados nos serviços públicos
Este documento fornece informações sobre tosse, incluindo suas causas, tipos, mecanismos e tratamentos. É descrito que a tosse é um reflexo desencadeado por estímulos nas vias respiratórias que serve para expelir corpos estranhos. Dois tipos principais são descritos: tosse seca e tosse produtiva, e várias causas como refluxo, fumar e medicamentos são explicadas. O tratamento inclui antitussígenos para tosse seca e expectorantes ou mucolíticos para tosse produt
O documento discute o conceito de Atenção Farmacêutica, definindo-a como a provisão responsável de cuidados relacionados a medicamentos com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Detalha as atividades essenciais do farmacêutico na Atenção Farmacêutica, incluindo dispensação, consulta farmacêutica e seguimento farmacoterapêutico. Também discute a importância do planejamento para a implantação de serviços de Atenção Farmacêutica.
02 atendente de farmácia (farmacologia)Elizeu Ferro
A farmacologia é a ciência que estuda a interação de substâncias químicas com sistemas biológicos. Ela abrange o conhecimento sobre a composição, propriedades, efeitos e interações de medicamentos, assim como sua absorção, distribuição, metabolização e excreção pelo organismo. A farmacologia também examina a história e uso de substâncias farmacêuticas, além de dividir-se em várias áreas focadas em aspectos específicos como farmacocinética, farmacodinâmica e toxicologia.
A evolução da legislação brasileira sobre plantas medicinais e fitoterápicos ao longo do tempo, começando pela primeira Farmacopéia Brasileira em 1926 até o Decreto de 2006 estabelecendo a Política Nacional de Plantas Medicinais. Houve uma transição de exigências quase inexistentes para requisitos técnicos claros, e o reconhecimento da importância de regular o uso seguro e sustentável dessas plantas no país.
A poda das plantas para muitas pessoas é um mistério que provoca medo, pena das plantas e duvida. Existem uns princípios que podem dismistificar esta prática. Na Agrafloresta, a poda é uma das atividades para aumentar fertilidade no solo e a vitalidade das plantas. Aqui tem uns dos princípios da poda que podem ajudar.
O documento explica os diferentes tipos de frequência para analisar dados estatísticos, incluindo frequência absoluta, relativa e acumulada. Fornece exemplos passo a passo de como calcular cada tipo de frequência a partir de tabelas de dados sobre a estatura de alunos.
Principios do atendimento farmácia e drogariaLeonardo Souza
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a la invasión de Ucrania. El embargo prohibirá las importaciones marítimas de petróleo ruso a la UE y pondrá fin a las entregas a través de oleoductos dentro de seis meses. Esta medida forma parte de un sexto paquete de sanciones de la UE destinadas a aumentar la presión económica sobre Moscú y privar al Kremlin de fondos para financiar su guerra.
Este documento apresenta o Código de Ética da Profissão Farmacêutica no Brasil. Ele estabelece princípios como o exercício da profissão visando o benefício humano e ambiental, o sigilo profissional e a atualização contínua. Também define deveres como prestar assistência ao público, respeitar a autonomia do paciente e deveres de comunicação. Por fim, proíbe atos como experiências humanas não éticas e a recusa em prestar assistência quando necessário.
O documento discute alternativas naturais e sustentáveis para o controle de pragas e doenças no cultivo do café, evitando o uso indiscriminado de agrotóxicos. Ele apresenta práticas como adubação orgânica, plantio diversificado, controle biológico e manejo integrado de pragas. O documento também destaca os riscos dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente.
O documento apresenta diretrizes sobre a dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial no Brasil, definindo os tipos de receituário, validade, quantidades máximas para dispensação e requisitos de escrituração e armazenamento.
- A terceira geração do Romantismo brasileiro focou em temas abolicionistas, republicanos e liberais. Grandes pensadores como Castro Alves e Joaquim Nabuco disseminaram essas ideias através de sua poesia.
- As obras dessa geração utilizavam um estilo declamatório com vocativos e pontos de exclamação para enfatizar as mensagens antiescravidão.
- O poeta Castro Alves foi a figura mais importante por sua poesia poderosa sobre a abolição, como em "O Nav
O documento discute os principais conceitos de farmacocinética e farmacodinâmica, incluindo: (1) farmacocinética trata do que o corpo faz com a droga enquanto farmacodinâmica trata do que a droga faz com o corpo; (2) as vias de administração e seus efeitos sobre a absorção, metabolismo e biodisponibilidade; (3) os processos de distribuição, biotransformação, eliminação e meia-vida.
1) O documento discute as causas e dicas para evitar a ruptura de estoque em farmácias, incluindo processos não integrados, ausência de informações e automação, e parâmetros de estoque incorretos.
2) É recomendado gerenciar melhor os tempos de processos, buscar a cooperação de clientes, analisar as categorias de produtos, e realizar contagens e treinamentos periódicos com a equipe.
3) Uma boa gestão de estoque deve ser baseada em métricas como a Curva ABC e consider
O documento discute a história das farmácias e drogarias, definindo conceitos como saúde, medicamentos, farmácia x drogaria. Apresenta os profissionais e serviços das farmácias/drogarias e a importância dos manuais de boas práticas e procedimentos operacionais padrão para garantir a qualidade e segurança dos serviços.
O transtorno bipolar (TB) caracteriza-se por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alterando-se com episódios de euforia (também denominado mania).
1) O documento discute a aplicabilidade clínica de antibióticos, especificamente sobre beta-lactâmicos. 2) Beta-lactâmicos incluem penicilinas, cefalosporinas e carbapenêmicos, que agem inibindo a síntese da parede bacteriana. 3) Mecanismos de resistência bacteriana a beta-lactâmicos incluem produção de beta-lactamases e mutações nas proteínas de ligação à penicilina.
13 atendente de farmácia (calculos na farmacia)Elizeu Ferro
O documento fornece exemplos de cálculos comuns realizados em farmácias para determinar as quantidades corretas de medicamentos a serem administrados com base em prescrições médicas. Inclui cálculos para determinar volumes, porcentagens, doses baseadas no peso do paciente e quantidades necessárias para tratamentos.
1) O documento discute transtornos alimentares como anorexia, incluindo sua história, causas, sintomas e tratamentos.
2) A anorexia é mantida por crenças cognitivas distorcidas sobre peso e forma corporal que influenciam comportamentos de alimentação e eliminação.
3) A terapia familiar pode ser útil no tratamento de crianças e adolescentes com transtornos alimentares, abordando problemas nas dinâmicas familiares.
O documento discute a inserção do psicólogo no Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), descrevendo suas principais áreas de atuação e evolução ao longo das décadas. Também aborda as demandas dos pacientes, modelos de atenção e tradições teóricas como a biomedicina, psicossomática e psicologia social no entendimento do processo saúde-doença.
1) O documento discute a atuação dos psicólogos no contexto da saúde pública no Brasil, especialmente após a Reforma Psiquiátrica.
2) A Reforma Psiquiátrica objetivava responder às questões sociais, políticas e clínicas da época e promover a recuperação da cidadania dos pacientes psiquiátricos.
3) No entanto, os cursos de psicologia não se prepararam adequadamente para a nova demanda, tendendo a repetir modelos clínicos privados nos serviços públicos
A comudade terapêutica da integração à reinserção toxicodependentesDavid Iria
1) O documento discute a história e eficácia das comunidades terapêuticas no tratamento de dependentes de drogas.
2) As comunidades terapêuticas surgiram como resposta à ineficácia dos hospitais psiquiátricos e revelaram-se particularmente eficazes no tratamento da toxicodependência.
3) A primeira comunidade terapêutica em Portugal para dependentes foi criada em Coimbra em 1978 e tem tido bons resultados, com 60% dos pacientes a serem socialmente reinseridos.
O documento discute a articulação entre a redução de danos e saúde mental na perspectiva da atenção básica. Ele argumenta que a redução de danos deve ser entendida como uma estratégia de saúde pública no campo do uso de drogas, integrando a saúde mental e o programa saúde da família. A redução de danos visa minimizar os danos do uso de drogas ao invés de condená-lo, respeitando a subjetividade dos usuários e seus direitos.
O documento discute o conceito atual de saúde mental no Brasil e a reforma da lei de saúde mental de 2001. Ele descreve como o modelo de assistência mudou de um foco nos hospitais psiquiátricos para um atendimento comunitário e como isso afetou o papel dos enfermeiros. Também discute os desafios em expandir os serviços de saúde mental e melhorar o atendimento às pessoas com problemas de saúde mental.
O documento discute o conceito atual de saúde mental no Brasil e a reforma da lei de saúde mental de 2001. Ele descreve como o modelo de assistência mudou de um foco nos hospitais psiquiátricos para um atendimento comunitário e como isso afetou o papel dos profissionais de enfermagem. Também discute os desafios em expandir os serviços de saúde mental e melhorar o atendimento para os pacientes.
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Marta Elini Borges
1) O documento discute a evolução da Psicologia da Saúde no Brasil e a mudança para um novo paradigma biopsicossocial.
2) Argumenta-se que a Psicologia da Saúde surgiu da necessidade de promover a saúde de forma preventiva e de entender o processo saúde-doença como um fenômeno social e contextual.
3) Defende-se que a formação de psicólogos deve enfatizar a especificidade da ação no contexto da saúde pública brasileira e uma visão crítica do pap
O discurso do combate às drogas e suas ideologiasmulticentrica
O documento discute o discurso do "combate às drogas" e suas ideologias subjacentes. Ele argumenta que tal discurso adota uma abordagem moralista e repressiva, ignorando fatores sociais importantes. A análise do discurso é usada para revelar como tal discurso serve para manter certas estruturas de poder na sociedade ao invés de abordar a questão das drogas de forma objetiva.
O discurso do combate às drogas e suas ideologiasmulticentrica
O documento discute o discurso do "combate às drogas" e suas ideologias subjacentes. Ele argumenta que tal discurso adota uma abordagem moralista e repressiva, ignorando fatores sociais importantes. A análise do discurso é usada para revelar como tal discurso serve para manter certas estruturas de poder na sociedade ao invés de abordar a questão das drogas de forma objetiva.
O documento discute a relação entre psicanálise e uso de medicação a partir de um caso clínico. Defende que a prescrição de medicação pode ser considerada como um rearranjo necessário em situações clínicas difíceis, visando garantir condições para o desenvolvimento da subjetividade do paciente.
Este documento discute a importância da relação entre profissionais de saúde e pacientes para promover a saúde. Ele destaca que (1) essa relação é terapêutica quando estruturada corretamente, (2) a Atenção Primária é um local ideal para fortalecer os vínculos com pacientes, e (3) quatro pilares - acolhimento, escuta, suporte e esclarecimento - sustentam a ação terapêutica nessa relação.
Um futuro incerto: Projetos e expectativas de familiares que convivem com pes...Simone Elisa Heitor
O documento discute a história da assistência psiquiátrica no Brasil e a reforma psiquiátrica, que visa o tratamento extra-hospitalar e a desinstitucionalização. Também aborda o papel crescente das famílias no cuidado com pacientes e as expectativas e sobrecargas enfrentadas por familiares cuidadores.
1. O documento discute como as doenças crônicas estão alterando o perfil de mortalidade no Brasil e como isso implica mudanças na agenda de saúde pública e na organização dos cuidados de saúde.
2. Ele explora as perspectivas ontológica, epistemológica e metodológica da antropologia da saúde para entender a experiência das doenças crônicas no cotidiano das pessoas.
3. Defende que a antropologia da saúde pode ensinar a construir novos saberes para lidar
Este prefácio discute a importância de pensar o tema das drogas com outras palavras, superando preconceitos. Apresenta a redução de danos como um modo de fazer que promove cuidado integral aos usuários de drogas de forma não proibicionista. Destaca experiências pioneiras no Brasil e a política nacional de 2003, que incorporou a redução de danos ao SUS.
O que é a psicologia aplicada?
A psicologia aplicada é um ramo da psicologia com objetivos específicos que faz uso de todas as descobertas e princípios científicos alcançados pela "árvore mãe", a psicologia
Este trabalho baseou-se na trajetória da luta antimanicomial e da reforma psiquiátrica no Brasil. Para chegarmos à delimitação do tema da pesquisa, foi preciso voltar no tempo e resgatar as principais informações sobre este movimento que trouxe mudanças significativas no que diz respeito aos tratamentos da saúde mental em nosso país. Tendo em vista que a principal meta dessa luta é a extinção de manicômios, hospitais psiquiátricos e a criação de formas adequadas para o tratamento de doenças mentais – como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) –, decidimos delimitar o tema e tratar da inclusão e segregação dos usuários dos CAPS da região metropolitana de São Paulo
Pesquisa Realizada Pelos Jornalistas:
Lucas Gonçalves
Natália Francisca
Aline Castro
Isabela Cavalcante
Este trabalho baseou-se na trajetória da luta antimanicomial e da reforma psiquiátrica no Brasil. Para chegarmos à delimitação do tema da pesquisa, foi preciso voltar no tempo e resgatar as principais informações sobre este movimento que trouxe mudanças significativas no que diz respeito aos tratamentos da saúde mental em nosso país. Tendo em vista que a principal meta dessa luta é a extinção de manicômios, hospitais psiquiátricos e a criação de formas adequadas para o tratamento de doenças mentais – como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) –, decidimos delimitar o tema e tratar da inclusão e segregação dos usuários dos CAPS da região metropolitana de São Paulo
O TRATAMENTO DOS PORTADORES DE TRANSTORNO MENTAL NO BRASIL – DA LEGALIZAÇÃO D...Rubens Junior
Este artigo tem como objetivo:
1) Traçar a trajetória histórico-cultural do tratamento de portadores de transtornos mentais no Brasil, desde a segregação em hospitais até o atual sistema comunitário e interdisciplinar.
2) Contrapondo as políticas públicas de saúde mental às ideologias sociais e políticas de cada época histórica.
3) Destacando a busca pela dignidade humana após a Constituição de 1988, tendo como base a efetivação dos direitos humanos.
1. O documento discute o papel do psicólogo no contexto hospitalar, compreendendo a importância de enxergar o paciente como um indivíduo com subjetividade.
2. Analisa a evolução histórica dos hospitais e como o psicólogo atua como mediador entre equipe e paciente, auxiliando na adaptação ao ambiente hospitalar.
3. Discutem a importância de o psicólogo dar voz ao paciente e compreender suas angústias dentro de uma abordagem biopsicossocial.
Este artigo discute o plantão psicológico como uma prática clínica da contemporaneidade que promove a escuta e o acolhimento do outro onde quer que esteja. A psicologia clínica tradicional não é mais adequada devido às novas demandas da sociedade, e o plantão psicológico oferece uma alternativa que atende melhor estas demandas, fornecendo apoio em momentos de crise. O plantão psicológico constitui uma prática ética que valoriza a singularidade do ser humano e seu contexto social.
Este documento discute possíveis articulações entre a estratégia de redução de danos em saúde pública e as contribuições da psicanálise na clínica das toxicomanias. Apresenta a redução de danos como uma estratégia clínica importante que viabiliza modificações no imaginário em torno do uso de drogas e cria condições favoráveis para o acolhimento do sujeito toxicômano. Também discute como a psicanálise pode questionar pressupostos que agravam o sofrimento psíquico dos usuários.
Política nacional de álcool e outras drogasmulticentrica
[1] O documento apresenta a política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, reconhecendo o problema como grave questão de saúde pública e a necessidade de superar o atraso histórico no enfrentamento do tema pelo SUS. [2] A política propõe uma abordagem ampliada e integrada do tema, considerando suas implicações sociais, psicológicas e econômicas, além de promover a descentralização dos serviços e a redução de danos. [3] As
Linha cuidado integral conceito como fazermulticentrica
1) O documento discute a proposta de organização da rede de saúde por meio de "Linhas do Cuidado Integral", que visam garantir a integralidade do cuidado ao usuário de forma segura e contínua através de todos os níveis de complexidade do sistema de saúde.
2) As linhas do cuidado devem ser organizadas com base nos projetos terapêuticos de cada usuário e garantir o acolhimento, vínculo e responsabilização dos profissionais pelo usuário durante todo o processo.
3) O documento propõe que
A cartilha apresenta as principais diretrizes para o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde na abordagem de usuários de álcool e outras drogas, com foco na estratégia de redução de danos:
1. A estratégia de redução de danos busca minimizar os danos do consumo de drogas sem necessariamente reduzir o consumo, priorizando a saúde e a qualidade de vida dos usuários.
2. As equipes de Saúde da Família, por atuarem próximas aos territórios e
1) A lei define o regime jurídico aplicável ao consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas em Portugal, incluindo a criação de comissões para processar contra-ordenações relacionadas ao consumo.
2) As comissões, compostas por médicos e outros especialistas, podem suspender processos se os consumidores aceitarem tratamento voluntário.
3) As sanções por consumo podem incluir advertências ou multas para não-dependentes, e tratamento obrigatório ou serviços comunitários para dependentes.
Linha cuidado integral conceito como fazermulticentrica
[1] O documento discute a proposta de organização da rede de saúde em Linhas do Cuidado Integral, que visam garantir fluxos assistenciais seguros e atender às necessidades dos usuários de forma integral.
[2] Linhas do Cuidado Integral incorporam ações preventivas, curativas e de reabilitação em todos os níveis de complexidade, desde a Atenção Básica até os serviços hospitalares, requerendo políticas de saúde e boas práticas profissionais.
[3] Sua organização requer pactuação entre gest
Política nacional de álcool e outras drogasmulticentrica
[1] O documento apresenta a política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, definindo diretrizes para prevenção, tratamento, redução de danos e intersetorialidade. [2] Ele discute o cenário atual do uso de álcool e drogas no Brasil e os desafios em estabelecer uma política nacional de saúde para esta área. [3] A política propõe a construção de uma rede de assistência comunitária e intersetorial focada na reabilitação e reinser
O documento apresenta dados sobre a rede de atenção psicossocial no Brasil entre 2002-2011. Destaca o crescimento contínuo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nesse período, chegando a 1742 CAPS em 2011. Apresenta também indicadores como a cobertura de CAPS por região e unidade da federação, variando de 0,25 a 1,27 CAPS/100.000 habitantes em 2011. Discute ainda desafios como a expansão de serviços para populações específicas e de atenção 24 horas.
O documento relata a realização de uma oficina de trabalho para discutir o Plano Nacional de Inclusão das Ações de Saúde Mental na Atenção Básica. A oficina contou com a participação de representantes de secretarias municipais e estaduais de saúde, além de especialistas. O objetivo era obter subsídios para o plano nacional e identificar estratégias para problemas como o uso abusivo de álcool e drogas. Grupos discutiram questões como os principais problemas de saúde mental e como
Este documento resume a legislação sobre drogas no Brasil antes e depois da Lei 11.343/2006. A nova lei separa claramente o tratamento do usuário versus o traficante, aplicando penas alternativas para usuários e aumentando as penas para traficantes. Além disso, a lei estabelece o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas e incentiva iniciativas de prevenção e tratamento.
Reforma psiquiátrica e política de saúde mentalmulticentrica
Este documento descreve a história da Reforma Psiquiátrica no Brasil desde 1978, incluindo a crítica inicial do modelo hospitalocêntrico, a implantação gradual de uma rede extra-hospitalar a partir de 1992, e a consolidação da Reforma como política oficial do governo federal após a Lei 10.216 de 2001.
Este documento discute a necessidade de se construir uma política de saúde mental infanto-juvenil no Brasil em linha com os princípios do SUS. A assistência a crianças e adolescentes com problemas de saúde mental historicamente foi marcada pela institucionalização e ausência de uma abordagem comunitária. A Carta Magna de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente reconheceram esses grupos como sujeitos de direitos. Contudo, faltava uma política específica para a saúde mental infanto-juvenil. O
Este documento discute a dissertação de mestrado de Denis Roberto da Silva Petuco sobre o discurso em campanhas de prevenção ao uso de crack. O autor descreveu os enunciados das campanhas sem interpretações, focando na superfície discursiva. Um crítico alegou que o autor escondeu seu verdadeiro objetivo de desprezar a prevenção, mas o autor nega, afirmando que seu objetivo era descrever o discurso produzido, não julgar as campanhas.
Este documento propõe uma intervenção para melhorar a rede de assistência à saúde em Tramandaí, Rio Grande do Sul. A proposta inclui: 1) capacitar trabalhadores da saúde em saúde mental; 2) reapropriar capacidades dos trabalhadores para novas intervenções; 3) articular serviços de saúde para melhor fluxo de encaminhamentos. O objetivo geral é formar um fórum permanente de discussão de casos de saúde mental entre profissionais da rede.
O documento propõe uma intervenção para melhorar a rede de assistência à saúde do município de Tramandaí no Rio Grande do Sul. A proposta visa capacitar os trabalhadores dos serviços de saúde, articular melhor a rede de serviços, e criar um fórum permanente de discussão sobre saúde mental. O plano envolve formar um grupo de trabalho inicial e apresentar a proposta ao município.
O documento propõe uma intervenção para melhorar a rede de assistência à saúde do município de Tramandaí no Rio Grande do Sul. A proposta visa capacitar os trabalhadores dos serviços de saúde, articular melhor a rede de serviços, e criar um fórum permanente de discussão sobre saúde mental. O plano envolve formar um grupo de trabalho inicial com profissionais interessados e depois apresentar a proposta ao município.
Este documento discute a importância do acolhimento, vínculo e construção de projetos terapêuticos singulares com usuários de drogas. Ele enfatiza a necessidade de escuta ativa, confiança mútua e participação dos usuários no seu próprio tratamento. Além disso, destaca desafios como falta de recursos e preconceito, e estratégias como formação continuada e parcerias intersetoriais.
O documento descreve a rede de saúde do município de São Leopoldo, incluindo serviços de atenção básica, especializada e alta complexidade. Ele também discute os desafios em mudar a cultura local que vê a abstinência e internação como única solução para usuários de álcool e drogas, contrariando a política nacional de saúde. Finalmente, propõe ações para qualificar a rede e garantir atendimento integral conforme as diretrizes do SUS.
O documento descreve a rede de saúde do município de São Leopoldo, incluindo serviços de atenção básica, especializada e alta complexidade. Ele também discute os desafios em mudar a cultura local que vê a abstinência e internação como única solução para usuários de álcool e drogas, contrariando a política nacional de saúde. Finalmente, propõe ações para qualificar a rede e garantir atendimento integral conforme as diretrizes do SUS.
1. TEXTOS PSICANÁLISE E REDUÇÃO
DE DANOS: ARTICULAÇÕES
POSSÍVEIS?*
Marta Conte**
RESUMO
Este trabalho faz uma aproximação entre a estratégia da redução de danos e
as contribuições da psicanálise no campo da clínica das toxicomanias. Apre-
sentada como estratégia clínica, a redução de danos tem sua importância
pelo fato de viabilizar modificações no imaginário em torno do uso e do usuá-
rio de drogas e na forma de abordar o problema das drogas, criando condi-
ções de trabalho favoráveis ao acolhimento e à construção de uma demanda
analítica no sujeito toxicômano.
PALAVRAS-CHAVE: psicanálise, clínica das toxicomanias, redução de danos.
PSYCHOANALYSIS AND DAMAGE REDUCTION:
POSSIBLE ARTICULATIONS
ABSTRACT
This paper approximates the Harm Reduction strategy and the Psychoanalytic
contributions on the field of the Drug Abuse Clinic. Presented as a clinical
strategy, the Harm Reduction is important for being able to produce
modifications in the imaginary that surrounds the use and the drugs user as
well as the way to approach the drug problem, creating favorable working
conditions to the sheltering and constructing a new demand in the drug user
person.
KEYWORDS: psychoanalysis, drug abuse clinic, harm reduction.
*
Trabalho apresentado na Jornada Clínica da APPOA de 2003 “A direção da Cura nas Toxicoma-
nias: o sujeito em questão”, 17 e 18 de outubro de 2003.
**
Psicanalista, Sanitarista, Doutora em Psicologia Clínica pela PUC/SP, Professora da Escola de
Saúde Pública e Professora/Pesquisadora da UNISINOS. Autora do livro “ A Clínica Psicanalítica
com toxicômanos: o ‘corte & costura’ no enquadre institucional”, EDUNISC, 2003. E-mail:
martacon@portoweb.com.br 23
2. TEXTOS
E ste trabalho pretende fazer algumas aproximações entre a estratégia da
redução de danos em saúde pública e as contribuições da psicanálise no
campo da clínica das toxicomanias.
Do sujeito toxicômano muito se fala, mas pouco se escuta. Muito
freqüentemente não se escuta o toxicômano, porque há consensos em nossa
sociedade e, em geral, as diferentes instâncias que abordam a questão (es-
cola, serviços de saúde e a justiça) não se dispõem a questionar esses con-
sensos, resultando no ensurdecimento e no engessamento das possibilida-
des de escuta e de acolhimento digno. Não há muita disponibilidade para
ouvir sobre suas histórias, pois os toxicômanos estão investidos de um imagi-
nário que remete suas práticas ao gozo, à irresponsabilidade, à delinqüência
e à afronta aos hábitos e costumes. O sofrimento e o mal-estar que vivem,
muitas vezes, ficam invisíveis. A droga toma sentido na cena e assume um
poder que gera impotência. Se o toxicômano nos diz “eu sou o cara”, as vári-
as instâncias que o abordam confirmam esta posição na medida em que se
curvam ao poder mágico de potência da droga. O mais difícil frente a este
poderio das drogas é seguir apostando nos sujeitos com os quais trabalha-
mos.
A HETEROGENEIDADE DO CAMPO DAS TOXICOMANIAS
Cabe-nos perguntarmos qual o campo em que se situam as toxicoma-
nias.
Le Poulichet (1990) indica que as toxicomanias nos colocam em uma
encruzilhada temática: este fenômeno pertence ao campo sociológico, médi-
co, jurídico, psicológico, etnológico ou psicanalítico? Cada disciplina toma o
fenômeno para si e em nome de alguma verdade oferece soluções.
Nesta pluralidade de interfaces que caracteriza o tema, penso que não
é possível pensar as toxicomanias no interior de um campo conceitual homo-
gêneo. E, para compor com os outros campos, é útil a perspectiva da
interdisciplinaridade ou da transdisciplinaridade, que permite, através de al-
guns pressupostos compartilhados, abordar o tema em sua complexidade,
sem reducionismos.
O campo das toxicomanias é heterogêneo tanto pelas disciplinas que
se ocupam delas como pelas diferentes relações de uso de drogas e diferen-
tes lugares que a droga ocupa na vida psíquica de cada toxicômano (como
defesa primária ou secundária). No próprio campo da psicanálise, as análises
sobre o tema se voltam à clínica dos sujeitos toxicômanos, mas também aos
imperativos sociais de consumo, assim como têm contribuído para proble-
matizar a forma como diferentes instâncias (a escola, a justiça, a FASE, FASC,
entre outras) consideram o sujeito em questão.
24
3. PSICANÁLISE E REDUÇÃO...
Há um discurso social do flagelo das drogas, de um imaginário em tor-
no do usuário e das drogas, sua periculosidade, sua responsabilidade sobre
a sustentação da rede de tráfico, enfim um discurso a propósito de uma enti-
dade autônoma e perversa que não se submeteria aos efeitos da escuta ana-
lítica (Conte, 2003a).
É preciso ter a dimensão deste entrecruzamento, para vislumbrar os
obstáculos e avanços, e rever pressupostos que possam efetivamente mar-
car este processo histórico e cultural, com contribuições que façam diferença
e auxiliem na perspectiva clínica e social que questione consensos e provo-
que o surgimento do sujeito nas toxicomanias.
É justamente este o ponto que nos interessa enfocar: como este imagi-
nário toca os psicanalistas e os profissionais da saúde pública?
A SAÚDE PÚBLICA E AS TOXICOMANIAS
A abordagem da saúde pública voltada para os dependentes de álcool
e outras drogas acompanhou os avanços promovidos pela reforma psiquiátri-
ca e pelo movimento da luta antimanicomial, o que significou o reconheci-
mento de direitos e deveres dos loucos e, junto a eles, os dos toxicômanos.
Neste sentido, passa-se a dar maior visibilidade ao sujeito toxicômano, como
um sujeito de direitos e colocam-se em debate aspectos fundamentais, como:
responsabilidade individual, responsabilidade penal, liberdade de escolha,
descriminalização, diversificação das modalidades de atendimento e de trata-
mento, objetivos dos tratamentos, direção do tratamento, qualificação na
interface da saúde e da lei, dispositivos intersetoriais (esporte, lazer, cultura,
trabalho), entre outros.
Historicamente, o movimento da reforma psiquiátrica deslocou a clínica
de um lugar central em relação à loucura e centrou-se na luta pela cidadania
dos loucos. Na saúde pública há predominantemente referências aos cuida-
dos psicossociais que visam a formas de auxílio para viver, como proposta de
transição entre a instituição total e o necessário trabalho para uma reinserção
social, onde o manejo de circunstâncias extraclínicas se faz necessário, como
nos indica Tenório (2001).
A confusão que pode ocorrer quando se mescla clínica e política defi-
ne-se na idéia de acesso aos direitos, que são entendidos como dever do
Estado. Ao invés do trabalho, que cria condições para que o sujeito venha a
exercitar o cuidado de si e a desejar um projeto de vida, o Estado impõe-lhe o
acesso a seus direitos como um dever.
Constato, assim, a necessidade de revisar esta secundarização da clí-
nica na saúde pública, para avançar para além das conquistas de direitos em
relação aos loucos e aos toxicômanos.
25
4. TEXTOS
A respeito disto, que relevância teve ou tem a psicanálise sobre a escu-
ta dos toxicômanos?
Muitos psicanalistas que trabalham na saúde pública estão comparti-
lhando suas práticas, potencialidades, limites e angústias, contribuindo com
este debate. Uma forte influência da psicanálise neste campo auxilia a
problematizar práticas de anulamento subjetivo, questionar os ideais de abs-
tinência e as formas de abordar as toxicomanias que agravam o sofrimento
psíquico e aumentam a vulnerabilidade frente ao gozo do Outro que aprisio-
na. Ao falar-se de abstinência na perspectiva psicanalítica, para a clínica das
toxicomanias, trata-se de remeter à posição que o próprio analista ocupa e
que coloca em jogo na direção do tratamento. Vários psicanalistas aprofun-
daram este tema, entre eles Melman (1992), Waks (1995) e Conte (2003a).
Fazendo esta primeira aproximação entre a reforma psiquiátrica e a
psicanálise, considera-se que há em comum a recusa ao achatamento do
sujeito a uma passividade que pede assistencialismo, ou a um sujeito-corpo
(orgânico e biológico), que pede solução medicamentosa, ou, ainda, a um
sujeito ideal, que apela por felicidade no reencontro com um objeto harmôni-
co, ao preço de não se envolver com seus conflitos psíquicos.
As diferenças ficam por conta da ética, dos objetivos das intervenções
e a quem se voltam. No campo da reforma psiquiátrica prioriza-se a ética do
cuidado, voltada especialmente a um sujeito psicossocial e de cidadania, vi-
sando, entre outros objetivos, à sustentabilidade da existência, o reconheci-
mento em uma reinserção social, como o resgate de direitos. Para a psicaná-
lise, o que rege é a ética do desejo, voltada ao sujeito do inconsciente, que,
no entanto, para ser acessado, precisa situar-se em relação a sua existência,
para vir a demandar algo.
Quanto às diferentes concepções, na clínica das toxicomanias, reco-
nhecem-se as primeiras formulações freudianas ligadas à regressão/fixação,
passando pela busca do prazer através do encontro com um objeto ideal e as
formulações quanto à defesa (contra a depressão, a psicose, as frustrações,
etc.), até chegar-se a uma concepção de um gozo insuportável, ao qual o uso
intensivo expõe o sujeito. Este gozo insuportável pode produzir o desapareci-
mento subjetivo, cuja proteção se dá através de inúmeros anteparos que os
toxicômanos passam a buscar, para fazerem frente a sua extrema fragilidade
a uma entrega ao gozo do Outro (por um fluxo contínuo, vampírico, sufocan-
te).
As conseqüências clínicas que podemos buscar nas contribuições psi-
canalíticas são contrárias à promessa de encontro com um objeto harmonio-
so, no lugar da dependência às drogas, ou ao fortalecimento de partes saudá-
veis do ego como direção do tratamento.
26
5. PSICANÁLISE E REDUÇÃO...
No entanto, a maioria das práticas dominantes (cognitivo-comporta-
mental, psiquiátrica e religiosa) reúnem-se na noção de objeto adequado em
uma equivalência com a abstinência das drogas, fortalecendo a instância da
vontade para colocar em prática um plano terapêutico que o sujeito recebe e
de que pouco participa, e sem tocar nas origens do conflito toxicomaníaco. A
noção freudiana de objeto perdido coloca-se em oposição a estas práticas
citadas, por caracterizar-se por uma relação profundamente conflitual do su-
jeito com seu mundo.
Foi com base na constatação da pouca eficácia dos tratamentos pela
abstinência e dos altos custos das políticas repressivas, com pouca
resolutividade, que a concepção da redução de danos passou a ser utilizada
em saúde pública.
REDUÇÃO DE DANOS
Ao trazer brevemente a história da redução de danos, situarei, tam-
bém, a surpresa e o desconhecimento com que nos defrontamos face a esta
experiência.
As estratégias de redução de danos tiveram origem na Inglaterra, em
1926, com o Relatório Rolleston, elaborado por uma comissão interministerial,
presidida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceu o direito dos médicos
ingleses de prescreverem opiáceos a adictos dessas drogas, entendendo esse
ato como tratamento, e não como gratificação à adição. A prescrição era feita
como manejo da síndrome de abstinência em tratamentos com objetivo de
cura, após inúmeras tentativas ineficazes de tratamento pela abstinência, e
quando ficasse demonstrado que o paciente não conseguiria manter vida
normal e produtiva sem uma dose mínima de droga administrada regularmen-
te (Manual de Redução de Danos, 2001).
Outras iniciativas se desenvolveram com o advento da Aids, já a partir
dos anos 80, com o objetivo de prevenção. Junto com a implantação de pro-
gramas de redução de danos (PRD) em vários países (Bélgica, Austrália,
Alemanha, Suíça, França, Canadá e Brasil) surgiram outras modalidades, que
visavam regulamentar o uso de drogas em coffee-shops (locais, horários, ti-
pos de drogas permitidas), além da prescrição médica de metadona ou hero-
ína, implantação de abrigos, centros de urgência, narcossalas, máquinas que
fornecem seringas e auxílio na busca de emprego.
Pesquisas constatam, em vários países, que ocorreu a estabilização
no número de dependentes, diminuiu a infecção pelo Hiv e baixou a mortali-
dade entre os usuários (Europa, Reino Unido, Austrália e Brasil).
Desde 1989, o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça passaram
a orientar a implantação destes programas, financiados pelo Banco Mundial.
27
6. TEXTOS
O primeiro Programa de Redução de Danos no Brasil surgiu em Salva-
dor, em março de 1995. Acompanhando estes programas, várias leis foram
sancionadas para legitimar a prática da redução de danos em vários outros
estados e municípios.
No Rio Grande do Sul, o primeiro Programa de Redução de Danos foi
em Porto Alegre, em 1996. Hoje são desenvolvidos programas em 23 municí-
pios. Outra realidade que se configura é a migração do uso de drogas injetáveis
para o uso do crack. Isto tem exigido assessoramento, estudo e trocas de
experiência, para o acolhimento destes toxicômanos.
A redução de danos, que no princípio estava voltada para a prevenção
de doenças de transmissão sanguínea entre usuários de drogas injetáveis, e
que, pela natureza de seus propósitos, chegou a ser identificada apenas como
prática de trocas de seringas, progressivamente passou a ser vista pela es-
sência de seus princípios: o respeito aos usuários de drogas, sua demanda e
seu tempo.
O que melhor caracteriza o conceito de redução de danos é a flexibili-
dade no contrato com o usuário. Significa estabelecer vínculo, facilitar o aces-
so a informações e orientações, estimular a ida ao serviço de saúde, utilizan-
do propostas diversificadas e construídas com cada usuário e sua rede soci-
al. Considera-se o que é pedido e as possibilidades para compor um acompa-
nhamento, com combinações em comum acordo, chamado de plano de ação
terapêutico.
A redução de danos nos levou mais próximos da voz dos usuários em
condições de exclusão, problematizando fatores de risco, como: os imperati-
vos sociais de consumo, a influência da publicidade, que referenda identida-
des estandartizadas, de parecer ser, o rompimento de laços, o moralismo, o
preconceito social e a criminalização.
Através da redução de danos, tem sido possível retomar um olhar e um
desejo de investimento voltados aos sujeitos toxicômanos, contrapondo-se à
rigidez das exigências por uma sociedade livre de drogas. A redução de da-
nos, apresentada como uma estratégia em saúde pública, tem sua importân-
cia como contribuição ao campo social pelo fato de questionar consensos
colocados de antemão em torno do usuário e das drogas, por reconhecer
diferentes relações de uso de drogas, uma vez que há a disposição a escutar
quem permanece envolvido com as drogas, e propõe um diálogo com outras
instâncias, permeando-as.
A redução de danos permite uma mobilidade que nos coloca em outra
forma de relação com o social, servindo-nos, muitas vezes, de referência, de
ponte, entre o sujeito e o laço social do qual está apartado. Lembra o trabalho
do acompanhante terapêutico.
28
7. PSICANÁLISE E REDUÇÃO...
São várias as formas de estar orientado pela redução de danos. O tra-
balho do redutor de danos é ativo, isto é, ele vai ao campo, ao local onde o
usuário utiliza drogas em grupos, brets. Insere-se no grupo e orienta o uso
limpo, além de acolher diferentes pedidos de encaminhamento para testagem,
consultas, documentos, relação com a justiça, etc.
Quanto à redução de danos entre profissionais de saúde, tenta marcar
uma diferença com a posição médica, acompanhando os toxicômanos, me-
nos pelo ideal de saúde e mais por aquilo que é viável para o paciente. Pro-
põem-se esquemas de proteção, sem necessariamente exigir abstinência, a
não ser que o uso intenso apresente situações de risco de vida.
O que parece ser um recurso valioso é que as estratégias de redução
de danos permitem diálogo maior com diferentes instâncias, ressituando o
debate sobre as drogas pautado pela ética, pelo respeito à subjetividade, en-
tre outros. Por exemplo, quando um juiz se referencia pela redução de danos
consegue fazer interlocução com uma equipe interdisciplinar e problematizar
caso a caso, inclusive a situação dos usuários ou dependentes que fazem
pequenos tráficos para sustentar o uso, sem compulsoriamente enquadrá-los
no art. 12 – tráfico de drogas, crime hediondo.
Uma constatação bastante produtiva na perspectiva da redução de
danos e da psicanálise foi analisar a extensão do que ocorria nas trocas entre
redutores de danos e usuários. O que iniciou pela troca de seringas tomou
significações de laço. Junto com a troca de seringas, os usuários, ao senti-
rem-se investidos, passaram a trocar olhares, cuidados, investimentos, pedi-
dos de informações e outros. Estas trocas permitem, muitas vezes, a entrada
de um terceiro, que rompe com a relação dual, intensa, exclusiva e mortífera
com as drogas. Um circuito libidinal/pulsional se restabelece e se atualiza,
respaldado por uma remontagem fantasmática. Neste ponto, o redutor de danos
se presentifica, há um maior cuidado com o toxicômano por esta vulnerabilidade
na relação mortífera com o Outro. Recoloca-se o Sujeito barrado em relação
ao objeto a.
Na clínica psicanalítica, a redução de danos tem uma contribuição, es-
pecialmente em relação às toxicomanias mais graves, que se apresentam
com uma desorganização psíquica significativa e perdas em vários aspectos
de vida. Nestas toxicomanias, o amparo ao sujeito de cidadania, psicossocial
ou de direitos, anda junto com o trabalho sobre as condições do psiquismo,
por isto a importância da interdisciplinaridade.
Nas situações de maior miséria subjetiva empresta-se nosso desejo
para que o toxicômano tenha por que reconstruir sua existência, constituindo
um campo de troca e reduzindo danos conseqüentes da relação mortífera
com a droga e com o grande Outro.
29
8. TEXTOS
Para além do atendimento individual, são necessárias as entrevistas
com familiares, o acompanhamento terapêutico, a inclusão em atividades
diversificadas, e outros esquemas de proteção, que são construídos a partir
das demandas dos pacientes, de acordo com suas necessidades e interes-
ses.
Quanto à abordagem da abstinência, há uma aproximação entre a re-
dução de danos e a clínica psicanalítica, na reafirmação da importância da
abstinência do lado do analista, dos nossos ideais, permitindo a escuta do
sujeito toxicômano, auxiliando-o, na direção do tratamento, a posicionar-se
em relação ao cuidado de si, ao cuidado dos outros, de seus atos e ao mundo
em que vive.
Algo nos surpreendeu na aproximação com esta realidade que as pes-
quisas constatam: o dependente de drogas, quando orientado sem precon-
ceitos, consegue assumir o cuidado de si, de forma responsável no uso de
drogas. Dentre os usuários de drogas injetáveis, 60% pararam de comparti-
lhar agulhas e seringas, apesar de não deixarem de usar drogas injetáveis.
Isto assinala o quanto é fundamental desenvolver políticas sociais e de inves-
timento voltadas aos usuários e/ou dependentes de drogas.
Apresento, a seguir, recortes da análise de um caso clínico atendido
em consultório, para ressaltar uma escuta que não se prenda ao
fenomenológico do mundo das drogas e que, através de pontuações e cons-
truções, utilizando a metáfora da arqueologia, vise resgatar os “fragmentos
da vida infantil que faz buraco na biografia” (Melman, 1992, p. 30).
A construção, obra do psicanalista, é sempre inexata, nos diz Melman
(1992), podendo ser uma intervenção útil do psicanalista, pois auxilia a des-
velar os significantes que entrelaçam a história de um sujeito e não apenas a
história do consumo de drogas (padrão, modalidade, etc).
CASO LUIZ
Quando Luiz chega para atendimento, solicita que eu não menospreze
a dimensão das drogas em sua vida. Veio de uma experiência na qual um
profissional havia lhe proposto falar de outras coisas a centrar-se na sua ex-
periência com as drogas. Como, naquela proposta, não havia sido dado o
devido valor ao lugar que a droga ocupava em sua vida e ao rombo que a
droga cobria, não se engajou.
Luiz relata em análise que resolveu denunciar à polícia os pontos de
tráfico que conhecia, e levou esta informação ao conselho do bairro, que pas-
sou a freqüentar depois que interrompeu o uso de drogas. A decorrência de
seu ato foi a prisão de vários traficantes. Sentiu-se culpado, no início, pois
entre esses traficantes havia pessoas com princípios, com as quais estabele-
30
9. PSICANÁLISE E REDUÇÃO...
cia boa relação. Mas depois referiu sentir-se aliviado, podendo transitar na
rua sem ser abordado, três ou quatro vezes na mesma quadra, como ocorria
anteriormente.
A droga, em sua vida, pode ser compreendida como um significante no
real que transpõe a droga-família para seu consumo de drogas intenso. O
que caracteriza a relação com as drogas são os mesmos significantes que
caracterizam sua relação tóxica com a família: destruição, invasão, subservi-
ência. Seu projeto de vida escorre-lhe pelas mãos, tanto mais as drogas lhe
ficam acessíveis. Ganha e perde por suas andanças, que o distanciam estra-
tegicamente de sua família. No entanto, mantinha-se ligado às demandas e
as respondia com prontidão, para não correr o risco de ficar fora. A mensa-
gem familiar era de que todos tinham que viver de forma miserável, ligados ao
ilícito, infelizes.
Diz que se via preso à droga e agora consegue se ver em outro plano.
Reconsidera seu potencial, questiona-se sobre o que tem de interessante. Se
antes as pessoas se aproximavam por causa das drogas, agora se pergunta
intrigado: O que as atrai a mim? De uma posição denegrida e de desistência
frente à vida, passa a ampliar suas relações e a assumir seus compromissos,
sustentando desejos de diferentes ordens.
Na medida em que a droga foi escutada como um significante que se
refere ao âmbito das relações familiares e pelo fato de se aceitar a droga
como uma questão para Luiz, ele conseguiu deslizar de uma relação dual,
passando a tomar distância não só da droga, mas dos traficantes e, também,
dos imperativos da família.
DIÁLOGO E QUESTIONAMENTOS
A redução de danos, como concepção que flexibiliza as abordagens
voltadas ao sujeito envolvido com as drogas, não promete um objeto harmô-
nico ou a recuperação de um sujeito ideal. Ao contrário, valoriza a singulari-
dade e o tempo do sujeito, não impondo ideais pré-formatados ou impossíveis.
Para a redução de danos, a direção do tratamento é resultante de um
processo, que inicia muito antes de o sujeito chegar ao tratamento propria-
mente dito, já que a aproximação dos redutores de danos com esta popula-
ção vulnerável trabalha as condições da existência que permitirão ao sujeito
toxicômano demandar tratamento, ou outras formas de auxílio, ou inclusão
social. Este trabalho preliminar tenta recuperar a palavra, a história, as mar-
cas e a memória do sujeito toxicômano, reconhecendo sua existência e escu-
tando suas queixas, necessidades e demandas.
Um problema que esta concepção pode oferecer é de deixar o sujeito
mais livre ainda do que se encontra, sem sinalizadores que sirvam de obstá-
31
10. TEXTOS
culo a uma entrega alienada. No entanto, a proximidade e a pouca exigência
inicial dos redutores de danos com os toxicômanos facilita o vínculo, porque
respeita a distância que o toxicômano precisa manter com o Outro, para não
se sentir invadido. Há um grande cuidado, também, em não cair em uma
apologia ao uso de drogas, mesmo que muitos pratiquem a redução de danos
nestes termos.
A escuta analítica tem uma importante função na clínica das toxicoma-
nias e, para efetivar esta função, precisa-se reconhecer as especificidades
quanto à linguagem, à transferência, ao sintoma e ao gozo implicados. Esta
escuta pode abrir vias, escavar algo entre a necessidade e a demanda que
vislumbre um lugar para o sujeito (Conte, 2003).
Considerando as especificidades citadas, ressalta-se a importância de
o trabalho analítico estar articulado a uma equipe interdisciplinar, além da
flexibilidade da posição do analista e da importância em referenciar outros
recursos de suporte, na direção do tratamento das toxicomanias.
Talvez um dos problemas sobre o qual se possa refletir aqui é a difícil
vinculação do toxicômano em análise, sem o trabalho preliminar sobre a de-
manda. É justamente antes que o sujeito emerja que há um trabalho prelimi-
nar que pode estar compreendido no campo da psicanálise e como responsa-
bilidade do analista. Isto, porque o paciente coloca, muito freqüentemente, a
princípio, uma tentativa de reconciliação com o uso de drogas, para recuperar
o bom uso destas. Este convite pode ser escutado como não-engajamento ao
tratamento ou como um pacto perverso. Ao recusar a formulação inicial desta
demanda, como seria possível trabalhar um deslizamento resistencial e sinto-
mático?
Para finalizar esta tentativa de aproximação, interessou-me, especial-
mente, evidenciar que está presente tanto nas formulações da psicanálise
como na redução de danos a tentativa de implicação do sujeito toxicômano
em seu discurso, em seus atos e no laço social – enfim na direção do trata-
mento. Reduzir danos subjetivos auxilia a romper com o ideal de cura sem, no
entanto, decretar ausência de cura como pressuposto.
Na medida em que a redução de danos passou a circular no âmbito
público como uma diretriz, propôs um amplo debate, como assinalei, especi-
almente refletindo sobre a forma de acesso ao tratamento, não como um de-
ver, mas como uma escolha. Esta discussão tem ressituado a potencialidade
do trabalho em rede, resultando em maior disponibilidade dos profissionais
da saúde pública para uma clínica ampliada com toxicômanos.
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11. PSICANÁLISE E REDUÇÃO...
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e Aids. Manual de redu-
ção de danos. Brasília: 2001.
CONTE, Marta. A Clínica Psicanalítica com toxicômanos: o “corte & costura” no enqua-
dre institucional. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003a.
CONTE, Marta. Necessidade demanda e desejo: os tempos lógicos na direção do
tratamento nas toxicomanias. Revista da APPOA, ano 11, n. 24, maio 2003.
LE POULICHET, Sylvie. Toxicomanías y psicoanálisis; las narcoses del deseo. Buenos
Aires: Amorrortu Editores, 1990.
MELMAN, Charles. Alcooolismo, delinquência e toxicomania; uma outra forma de go-
zar. São Paulo: Escuta,1992.
TENÓRIO. Fernando. A psicanálise e a clínica da reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro:
Rios Ambiciosos, 2001.
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PUC/SP, abril. 1995. (Trabalho apresentado no II Congresso de Psicopatologia Fun-
damental da PUC/SP).
33