2. Província das Caatingas
Argumentos para conferir onde predominam as formações
caducifólias a condição de unidade florística.
Acontecimentos paleoclimáticos
Aspectos morfológicos
Padrões vegetacionais
Registros florísticos
3. Província das Caatingas
Sua originalidade está relacionada com a interação de um conjuto
de influências:
• Paleoclimáticas
• Estrutura geológica
• Natureza litológica do substrato
Entende-se o processo que modelam a compartimentação
territorial - capaz de acomodar a vegetação particular com a
respectiva caracterização florística.
4. Nordeste
Ambiente Geral
Nordeste semi-árido, na depressão sertaneja; abrangendo 935
000 km2 (Sampaio & Rodal, 2000); 58% do território do
Nordeste e 11% do território nacional.
Estados: Ceará, Rio Grande do
Norte, Pernambuco, Paraíba,
Alagoas, Sergipe, Piauí, Bahia
e norte Minas Gerais .
No Ceará – 126 926 km2
(85% da área do estado).
5. Caatinga
Condição climática Azonal (Köppen BSh)
Clima Nordeste – Exceção (faixas de latitudes similares).
Climatologia uma das mais
complexas do mundo
dependendo da posição
geográfica e do relevo.
Relevo: Níveis inferiores a 500m de altitude entre elevações de
800m a 1000m
6. Caatinga
Índice pluviométrico: 250 – 800mm anuais
(raramente 1000mm – área serrana de fora);
Estação chuvosa de 3 – 5 meses (irregulares, torrenciais,
locais e de pouca duração); variabilidade entre regiões e
entre os anos.
Estação seca de 7 – 9 meses; forte insolação.
Temperatura: 230 - 290 C (variações mensais e diárias –
alcançam índices mais elevados)
7.
8.
9. Caatinga
Influência predominante do clima pela elevada deficiência
hídrica (evapotranspiração, distribuição, solos).
Intensidade e variação
do déficit hídrico
condicionam a
fisionomia e a flora
da Caatinga.
Processo de especiação
peculiar –Xérica Atual
chuvosa seca
10. Caatinga
Diversidade de padrões climáticos e modificações de
topografia e solo – mosaico de tipos vegetacionais.
Intensidade e variação do déficit hídrico condicionam a
fisionomia e a flora da Caatinga (fauna).
Flora particular – natureza eco-fisionômica de regiões
com plantas xéricas.
Formações vegetacionais:
Caatinga Carrasco
11. Caatinga
Vegetação xerófila Deficiência hídrica (seco)
Fez selecionar uma vegetação característica – elementos
florísticos expressam morfologia, anatomia e um mecanismo
fisiológico
Flora: adaptações seletivas aos respectivos ambientes.
• Caducifolia – suspensão da fotossíntese, transpiração
• Quadro fenológico
• Acumulação de nutrientes e água (subterrâneas)
12. Caatinga
Características
Vegetação garranchenta, espinhosa, com suculentas e afilas.
Vegetação xerófila é heterogênea na fisionomia e estrutura, e
uniforme na sua composição pelo conjunto de plantas
arbórea/arbustivas associadas com bromeliáceas,
gramíneas e cactáceas.
Plantas lenhosas – identificadas quase 600 espécies do total
de 1.981 espécies de plantas.
Cada uma com suas características especiais (especializações;
fenologia; fisiologia; interações).
13. Flora
Plantas com diversas
propriedades que permitem viver
nessas condições (Adaptações
evolutivas).
Mantida por respostas
comportamentais revela um
compromentimento fisiológico
diante dos condicionantes
ecológicos.
14. Flora
Dado um comando genético, os processos
biológicos selecionaram peculiaridades
adaptativas – tornar a flora compatível as
condições sujeitas as espécies.
Ajustes ecológicos:
Morfológicos
Anatômicos
Fisiológicos
15. Ajustes ecológicos
Morfológicos:
Afilia; Embiratanha
Órgãos hipógeos tuberizados ou xilopódios;
Folhas pequenas ou compostas;
Plantas espinescentes ou aculeadas;
Intumescência caulinar;
Cereus sp.
Cladódios carnosos-suculentos.
Imburana de cheiro
16. Ajustes ecológicos
Anatômicos
Cascas finas e lisas;
Lignificação precoce e intensa;
Estrutura radicial – acumulação de reservas nutritivas;
Grande número de estômatos.
17. Ajustes ecológicos
Fisiológicos
Diminuição da perda de água (diminuição da superfície
exposta das folhas);
Germinação rápida das espécies;
Alta velocidade de brotamento e de floração;
Intensa atividade clorofiliana;
Funcionamento estomático, regulando a transpiração;
Caducifolia na estação seca;
Revestimento de cera nas folhas (muitas).
20. Variações fisionômicas
• Caatinga arbórea - arbustiva.
• Registros de caatinga, carrasco, agreste,
seridó, carirís velhos, curimataú, cerrado e
matas secas.
• Complexidade Vantajoso
– Caatinga arbórea e arbustiva.
21. Caatinga Arbórea
• Alta com três estratos:
– Arbóreo (8-12m de altura)
– Arbustivo / sub-arbustivo
(2-5m)
– Herbáceo (anual)
Reveste encostas serranas úmidas / sun-úmidas
(serras secas entre 400 e 600m de altitude)
22. Caatinga Arbustiva
• Padrão generalizado, mais baixa (ação predatória).
• Composta por dois estratos:
– Arbustivo / sub-arbustivo (2-5m)
- (raros exemplares arbóreos)
– Herbáceo (anual)
Denso: Cobre solos arenoso com
pouca profundidade.
Aberto: solos rasos e duros.
Alguns espaços apresentam padrões campestres com extrato
herbáceo rico em gramíneas, pelas rústicas condições de
solo (ex.: Inhamuns).
23. Carrasco
• Individualizado como tipo próprio – formações arbustivo-
arborescentes, estacionais, caducifólias, deciduais ou semi-
caducifólias em terrenos sedimentares.
• Tem uma origem natural – processo de sucessão ajustando
ao ambiente semi-árido, em sintonia com as alterações
climáticas.
• Mantém o equilíbrio ecológico mais ou menos permanente,
com fisionomia e composição florística constantes, numa
condição de clímax edáfico.
24. Carrasco
• Componentes evidenciados pela condição
ecológica e corpo florístico exclusivo.
• Componentes com formas esclerofílicas
cactáceas) e mesofilícas (caducifólias ou
semicaducifólias).
– Heteromorfismo das plantas, folhas coriáceas,
cactáceas.
– Em geral arbustiva densa.