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FLORA DA CAATINGA



Juliana Rodrigues de Sousa
Província das Caatingas

Argumentos para conferir onde predominam as formações
     caducifólias a condição de unidade florística.



        Acontecimentos paleoclimáticos
        Aspectos morfológicos
        Padrões vegetacionais
        Registros florísticos
Província das Caatingas
Sua originalidade está relacionada com a interação de um conjuto
                          de influências:


            • Paleoclimáticas
            • Estrutura geológica
            • Natureza litológica do substrato




  Entende-se o processo que modelam a compartimentação
  territorial - capaz de acomodar a vegetação particular com a
  respectiva caracterização florística.
Nordeste
                      Ambiente Geral

  Nordeste semi-árido, na depressão sertaneja; abrangendo 935
  000 km2 (Sampaio & Rodal, 2000); 58% do território do
  Nordeste e 11% do território nacional.

Estados: Ceará, Rio Grande do
Norte, Pernambuco, Paraíba,
Alagoas, Sergipe, Piauí, Bahia
e norte Minas Gerais .
No Ceará – 126 926 km2
(85% da área do estado).
Caatinga
Condição climática Azonal (Köppen BSh)
 Clima Nordeste – Exceção (faixas de latitudes similares).



                 Climatologia uma das mais
                    complexas do mundo
                  dependendo da posição
                   geográfica e do relevo.


Relevo: Níveis inferiores a 500m de altitude entre elevações de
800m a 1000m
Caatinga
Índice pluviométrico: 250 – 800mm anuais
  (raramente 1000mm – área serrana de fora);

  Estação chuvosa de 3 – 5 meses (irregulares, torrenciais,
   locais e de pouca duração); variabilidade entre regiões e
   entre os anos.
  Estação seca de 7 – 9 meses; forte insolação.

Temperatura: 230 - 290 C           (variações mensais e diárias –
 alcançam índices mais elevados)
Caatinga
  Influência predominante do clima pela elevada deficiência
  hídrica (evapotranspiração, distribuição, solos).


Intensidade e variação
do déficit hídrico
condicionam a
fisionomia e a flora
da Caatinga.

Processo de especiação
peculiar –Xérica Atual
                             chuvosa              seca
Caatinga
 Diversidade de padrões climáticos e modificações de
  topografia e solo – mosaico de tipos vegetacionais.

 Intensidade e variação do déficit hídrico condicionam a
  fisionomia e a flora da Caatinga (fauna).

 Flora particular – natureza eco-fisionômica de regiões
  com plantas xéricas.

                   Formações vegetacionais:

                   Caatinga        Carrasco
Caatinga
Vegetação xerófila            Deficiência hídrica (seco)


Fez selecionar uma vegetação característica – elementos
florísticos expressam morfologia, anatomia e um mecanismo
fisiológico


   Flora: adaptações seletivas aos respectivos ambientes.
     • Caducifolia – suspensão da fotossíntese, transpiração
                      • Quadro fenológico
       • Acumulação de nutrientes e água (subterrâneas)
Caatinga
                  Características
Vegetação garranchenta, espinhosa, com suculentas e afilas.

Vegetação xerófila é heterogênea na fisionomia e estrutura, e
uniforme na sua composição pelo conjunto de plantas
arbórea/arbustivas      associadas    com     bromeliáceas,
gramíneas e cactáceas.

Plantas lenhosas – identificadas quase 600 espécies do total
de 1.981 espécies de plantas.

Cada uma com suas características especiais (especializações;
fenologia; fisiologia; interações).
Flora

Plantas      com        diversas
propriedades que permitem viver
nessas condições (Adaptações
evolutivas).

Mantida         por       respostas
comportamentais       revela     um
compromentimento         fisiológico
diante      dos     condicionantes
ecológicos.
Flora
Dado um comando genético, os processos
biológicos      selecionaram    peculiaridades
adaptativas – tornar a flora compatível as
condições sujeitas as espécies.

            Ajustes ecológicos:

                  Morfológicos
                  Anatômicos
                  Fisiológicos
Ajustes ecológicos
 Morfológicos:

  Afilia;                                            Embiratanha

  Órgãos hipógeos tuberizados ou xilopódios;
  Folhas pequenas ou compostas;
  Plantas espinescentes ou aculeadas;
  Intumescência caulinar;
                                                       Cereus sp.
  Cladódios carnosos-suculentos.




                                                Imburana de cheiro
Ajustes ecológicos
 Anatômicos

  Cascas finas e lisas;
  Lignificação precoce e intensa;
  Estrutura radicial – acumulação de reservas nutritivas;
  Grande número de estômatos.
Ajustes ecológicos
 Fisiológicos

   Diminuição da perda de água (diminuição da superfície
    exposta das folhas);
   Germinação rápida das espécies;
   Alta velocidade de brotamento e de floração;
   Intensa atividade clorofiliana;
   Funcionamento estomático, regulando a transpiração;
   Caducifolia na estação seca;
   Revestimento de cera nas folhas (muitas).
Seleção taxonômica
• Endemismos genéricos:
  – Auxemma; Cranocarpus; Patagonula; Fraunhofera;
    Myracrodruon; Cavanillesia.


• Endemismos genéricos:
Seleção taxonômica




    Bromelia laciniosa

                           Cereus jamacaru




Neoglaziovia variegada   Melocactus bahiensis   Pilosocereus pachycladus
Variações fisionômicas

• Caatinga arbórea - arbustiva.

• Registros de caatinga, carrasco, agreste,
  seridó, carirís velhos, curimataú, cerrado e
  matas secas.

• Complexidade           Vantajoso
  – Caatinga arbórea e arbustiva.
Caatinga Arbórea

• Alta com três estratos:
  – Arbóreo (8-12m de altura)
  – Arbustivo / sub-arbustivo
  (2-5m)
  – Herbáceo (anual)



  Reveste encostas serranas úmidas / sun-úmidas
    (serras secas entre 400 e 600m de altitude)
Caatinga Arbustiva
• Padrão generalizado, mais baixa (ação predatória).

• Composta por dois estratos:
   – Arbustivo / sub-arbustivo (2-5m)
   - (raros exemplares arbóreos)
   – Herbáceo (anual)

   Denso: Cobre solos arenoso com
   pouca profundidade.
   Aberto: solos rasos e duros.

   Alguns espaços apresentam padrões campestres com extrato
     herbáceo rico em gramíneas, pelas rústicas condições de
     solo (ex.: Inhamuns).
Carrasco
• Individualizado como tipo próprio – formações arbustivo-
  arborescentes, estacionais, caducifólias, deciduais ou semi-
  caducifólias em terrenos sedimentares.

• Tem uma origem natural – processo de sucessão ajustando
  ao ambiente semi-árido, em sintonia com as alterações
  climáticas.

• Mantém o equilíbrio ecológico mais ou menos permanente,
  com fisionomia e composição florística constantes, numa
  condição de clímax edáfico.
Carrasco
• Componentes evidenciados pela              condição
  ecológica e corpo florístico exclusivo.

• Componentes        com formas esclerofílicas
  cactáceas) e mesofilícas (caducifólias ou
  semicaducifólias).

   – Heteromorfismo das plantas,    folhas   coriáceas,
     cactáceas.
   – Em geral arbustiva densa.
Interações
• Fauna/Fauna

• Fatores abióticos (condicionantes)

• Importância da conservação
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Flora da Caatinga

  • 1. FLORA DA CAATINGA Juliana Rodrigues de Sousa
  • 2. Província das Caatingas Argumentos para conferir onde predominam as formações caducifólias a condição de unidade florística. Acontecimentos paleoclimáticos Aspectos morfológicos Padrões vegetacionais Registros florísticos
  • 3. Província das Caatingas Sua originalidade está relacionada com a interação de um conjuto de influências: • Paleoclimáticas • Estrutura geológica • Natureza litológica do substrato Entende-se o processo que modelam a compartimentação territorial - capaz de acomodar a vegetação particular com a respectiva caracterização florística.
  • 4. Nordeste Ambiente Geral Nordeste semi-árido, na depressão sertaneja; abrangendo 935 000 km2 (Sampaio & Rodal, 2000); 58% do território do Nordeste e 11% do território nacional. Estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Piauí, Bahia e norte Minas Gerais . No Ceará – 126 926 km2 (85% da área do estado).
  • 5. Caatinga Condição climática Azonal (Köppen BSh) Clima Nordeste – Exceção (faixas de latitudes similares). Climatologia uma das mais complexas do mundo dependendo da posição geográfica e do relevo. Relevo: Níveis inferiores a 500m de altitude entre elevações de 800m a 1000m
  • 6. Caatinga Índice pluviométrico: 250 – 800mm anuais (raramente 1000mm – área serrana de fora); Estação chuvosa de 3 – 5 meses (irregulares, torrenciais, locais e de pouca duração); variabilidade entre regiões e entre os anos. Estação seca de 7 – 9 meses; forte insolação. Temperatura: 230 - 290 C (variações mensais e diárias – alcançam índices mais elevados)
  • 7.
  • 8.
  • 9. Caatinga Influência predominante do clima pela elevada deficiência hídrica (evapotranspiração, distribuição, solos). Intensidade e variação do déficit hídrico condicionam a fisionomia e a flora da Caatinga. Processo de especiação peculiar –Xérica Atual chuvosa seca
  • 10. Caatinga  Diversidade de padrões climáticos e modificações de topografia e solo – mosaico de tipos vegetacionais.  Intensidade e variação do déficit hídrico condicionam a fisionomia e a flora da Caatinga (fauna).  Flora particular – natureza eco-fisionômica de regiões com plantas xéricas.  Formações vegetacionais: Caatinga Carrasco
  • 11. Caatinga Vegetação xerófila Deficiência hídrica (seco) Fez selecionar uma vegetação característica – elementos florísticos expressam morfologia, anatomia e um mecanismo fisiológico Flora: adaptações seletivas aos respectivos ambientes. • Caducifolia – suspensão da fotossíntese, transpiração • Quadro fenológico • Acumulação de nutrientes e água (subterrâneas)
  • 12. Caatinga Características Vegetação garranchenta, espinhosa, com suculentas e afilas. Vegetação xerófila é heterogênea na fisionomia e estrutura, e uniforme na sua composição pelo conjunto de plantas arbórea/arbustivas associadas com bromeliáceas, gramíneas e cactáceas. Plantas lenhosas – identificadas quase 600 espécies do total de 1.981 espécies de plantas. Cada uma com suas características especiais (especializações; fenologia; fisiologia; interações).
  • 13. Flora Plantas com diversas propriedades que permitem viver nessas condições (Adaptações evolutivas). Mantida por respostas comportamentais revela um compromentimento fisiológico diante dos condicionantes ecológicos.
  • 14. Flora Dado um comando genético, os processos biológicos selecionaram peculiaridades adaptativas – tornar a flora compatível as condições sujeitas as espécies.  Ajustes ecológicos:  Morfológicos  Anatômicos  Fisiológicos
  • 15. Ajustes ecológicos  Morfológicos: Afilia; Embiratanha Órgãos hipógeos tuberizados ou xilopódios; Folhas pequenas ou compostas; Plantas espinescentes ou aculeadas; Intumescência caulinar; Cereus sp. Cladódios carnosos-suculentos. Imburana de cheiro
  • 16. Ajustes ecológicos  Anatômicos Cascas finas e lisas; Lignificação precoce e intensa; Estrutura radicial – acumulação de reservas nutritivas; Grande número de estômatos.
  • 17. Ajustes ecológicos  Fisiológicos Diminuição da perda de água (diminuição da superfície exposta das folhas); Germinação rápida das espécies; Alta velocidade de brotamento e de floração; Intensa atividade clorofiliana; Funcionamento estomático, regulando a transpiração; Caducifolia na estação seca; Revestimento de cera nas folhas (muitas).
  • 18. Seleção taxonômica • Endemismos genéricos: – Auxemma; Cranocarpus; Patagonula; Fraunhofera; Myracrodruon; Cavanillesia. • Endemismos genéricos:
  • 19. Seleção taxonômica Bromelia laciniosa Cereus jamacaru Neoglaziovia variegada Melocactus bahiensis Pilosocereus pachycladus
  • 20. Variações fisionômicas • Caatinga arbórea - arbustiva. • Registros de caatinga, carrasco, agreste, seridó, carirís velhos, curimataú, cerrado e matas secas. • Complexidade Vantajoso – Caatinga arbórea e arbustiva.
  • 21. Caatinga Arbórea • Alta com três estratos: – Arbóreo (8-12m de altura) – Arbustivo / sub-arbustivo (2-5m) – Herbáceo (anual) Reveste encostas serranas úmidas / sun-úmidas (serras secas entre 400 e 600m de altitude)
  • 22. Caatinga Arbustiva • Padrão generalizado, mais baixa (ação predatória). • Composta por dois estratos: – Arbustivo / sub-arbustivo (2-5m) - (raros exemplares arbóreos) – Herbáceo (anual) Denso: Cobre solos arenoso com pouca profundidade. Aberto: solos rasos e duros. Alguns espaços apresentam padrões campestres com extrato herbáceo rico em gramíneas, pelas rústicas condições de solo (ex.: Inhamuns).
  • 23. Carrasco • Individualizado como tipo próprio – formações arbustivo- arborescentes, estacionais, caducifólias, deciduais ou semi- caducifólias em terrenos sedimentares. • Tem uma origem natural – processo de sucessão ajustando ao ambiente semi-árido, em sintonia com as alterações climáticas. • Mantém o equilíbrio ecológico mais ou menos permanente, com fisionomia e composição florística constantes, numa condição de clímax edáfico.
  • 24. Carrasco • Componentes evidenciados pela condição ecológica e corpo florístico exclusivo. • Componentes com formas esclerofílicas cactáceas) e mesofilícas (caducifólias ou semicaducifólias). – Heteromorfismo das plantas, folhas coriáceas, cactáceas. – Em geral arbustiva densa.
  • 25. Interações • Fauna/Fauna • Fatores abióticos (condicionantes) • Importância da conservação