Este documento descreve as sub-regiões do Nordeste brasileiro, incluindo a Zona da Mata, o Agreste e o Sertão. Ele também discute o clima semi-árido da região, sua hidrografia com foco na bacia do Rio São Francisco, e aspectos do relevo, vegetação e projetos de irrigação.
3. SUB-REGIÕES NORDESTE
• ZONA DA MATA – estende-se ao longo do
litoral do RN até o sul da BA.
• É a região de maior povoamento e onde se
situam as duas principais metrópoles
regionais do Nordeste – Salvador e Recife.
• Na agricultura, o domínio é dos grandes
latifúndios divididos em zona açucareira, zona
cacaueira e Recôncavo Baiano.
4. SUB-REGIÕES NORDESTE
• AGRESTE – área de transição entre a Zona da
Mata e o Sertão.
• Pratica-se a policultura comercial em pequenas
propriedades
• Os pequenos proprietários transformam-se em
mão de obra temporária na Zona da Mata, onde
são conhecidos de bóias-frias ou corumbás.
• Principais centros urbanos: Feira de Santana- BA
e Caruarú – PE.
5. SUB-REGIÕES NORDESTE
• SERTÃO – é a mais extensa das sub-regiões, possui uma
clima semi-árido e a vegetação xerófila – caatinga.
• Atividade dominante é a pecuária bovina extensiva.
• Agricultura comercial no vale médio do Rio São
Francisco,com irrigação para lavoura de
arroz,uvas, melão, melancia, cacau, manga e maracujá nos
brejos ou pés de serra.
• Brejos ou pés de serra é o nome que se dá aos vales úmidos
por onde as massas oceânicas conseguem penetrar trazendo
umidade as suas encostas.
• O desenvolvimento urbano dessa região é fraco e incompleto.
• A principal cidade é Fortaleza e outras como
Juazeiro, Petrolina.
6. SUB-REGIÕES NORDESTE
• MEIO-NORTE – formado pelo Maranhão e
Piauí, também é uma região de transição
entre o Sertão e a Amazônia.
• Prevalecem atividades ligadas ao extrativismo
de babaçu e da carnaúba (MATA DOS COCAIS).
• Agricultura de arroz,algodão e cana.
7. CLIMA
• Tropical semi-árido
• Caracteriza-se pelas temperaturas elevadas e chuvas
escassas e irregulares.
• Período chuvoso no Nordeste – seco – é denominado pelo
sertanejo de “inverno”.
• A baixa e irregular quantidade de chuvas deve-se a dois
fatores:
• de uma área de encontro ou ponto final de quatro
sistemas atmosféricos – Ec, Ta, Ea e Pa, quando essas
massas de ar atingem a região, já perderam grande parte
de sua umidade.
• A presença do Planalto da Borborema – barreira natural da
passagem da massa de ar quente e úmida vinda do oceano.
8. SECA
• Algumas regiões do Sertão sofrem o processo de
desertificação.
• A presença de rochas cristalinas(impermeáveis) e solos rasos
dificulta a formação de lençol freático em algumas
áreas, acentuando o problema da seca.
• Um dos mitos - secas constituem a principal causa do atraso
econômico.
• Na realidade, a pobreza regional é muito mais bem explicada
pelas causas históricas e sociais.
• Reais causas – estrutura fundiária, agricultura para
exportação, governos controlados pela elite, baixos
salários, baixa escolaridade, baixa produtividade nas
atividades econômicas.
• A seca é só um agravante.
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10. HIDROGRAFIA
• BACIA DE SÃO FRANCISCO- é um rio perene, pois sua
nascente fica na Serra da Canastra - MG, alimentando
todo percurso do rio, mesmo em época de estiagem.
• Economicamente é utilizado para navegação e
construção de usinas hidrelétricas como a de PAULO
AFONSO e SOBRADINHO.
• A maioria de seus afluentes são temporários.
• Recebe outros nomes como RIO DOS CURRAIS, RIO DA
UNIDADE NACIONAL e RIO NILO BRASILEIRO.
• Outros rios da região –
JAGUARIBE, ACARAÚ, APODI, PIRANHAS, CAPIBARIBE, e
tc
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12. RELEVO
• Predomínio de depressões interplanálticas como a
Depressão Sertaneja e a de São Francisco.
• Relevos: PLANALTO DA BORBOREMA , CHAPADA
DIAMANTINA, ESPIGÃO MESTRE, CHAPADA DAS
MANGABEIRAS, ARARIPE, GRANDE, IBIAPABA, APODI, etc.
• Presença de inselbergs, que são morros residuais,
compostos normalmente por rochas cristalinas.
• Solo pouco profundos, devido a escassez das chuvas e ao
predomínio do intemperismo físico. Apesar disso apresenta
boa quantidade de minerais básico, úteis a agricultura. O
que dificulta é a falta de água, problema que poderia ser
resolvido com a prática de técnicas adequadas de irrigação.
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14. VEGETAÇÃO
• CAATINGA – caa -mata / tinga – braco.
• É heterogênea, quanto ao aspecto e a sua composição vegetal.
• Em algumas áreas forma-se uma mata rala ou aberta, com muitos
arbustos e pequenas árvores, tais como juazeiro, aroeira, baraúna,
etc.
• Em outras áreas, o solo apresenta quase descoberto, proliferando
os vegetais xerófilos, como as cactáceas – mandacaru, facheiro,
xique-xique, coroa de frade, etc. e as bromélias – macambira.
• É uma vegetação caducifólia, perdem suas folhas na época de seca,
para evitar a evapotranspiração.
• Os brejos são as mais importantes áreas do Sertão, pois tem maior
umidade, localizadas em encostas de serras ou vales fluviais.
• As cabeceiras são formadas pelos olhos d’água – minas.
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16. PROJETOS
• IRRIGAÇÃO – principalmente nas cidades
vizinhas e separadas pelo Rio São
Francisco, Petrolina – PE e Juazeiro – BA.
• Transposição do Rio São Francisco –
favorecendo alguns rios nos estados do
Ceará, Rio Grande do Norte e abastecer
açudes nos estados de Pernambuco e da
Paraíba.