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Produção de Redes de Cuidado para Atenção
Integral à Saúde da Pessoa em Situação de
Violência na Cidade de São Paulo
Autores: Fátima Madalena de Campos Lico; Betina Black Dalarmelino
– Carmen Tereza Gonçalves Trautwein – Escola Municipal de Saúde -
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS); Ruy Paulo D’ Elia
Nunes, Maria Lucia Aparecida Scalco – Coordenação de Vigilância em
Saúde - COVISA/SMS; Nelson Figueira Junior – Área Técnica de
Atenção Integral à Pessoa em Situação de Violência (SMS).
Introdução
A violência é um problema de grande magnitude que afeta as
diferentes camadas sociais e diferentes faixas etárias, devendo
ser compreendido dentro dos marcos históricos socioeconômicos,
políticos e culturais que vão determinar as desigualdades de poder nas
relações de gênero, raça/cor, etnia e outras.
Na saúde o atendimento da pessoa que sofre violência é um grande
desafio e envolve uma série de ações específicas de cuidado.
Destaca-se nesse estudo:
• Implantação da Linha de Cuidado de Atenção Integral à Pessoa em
Situação de Violência por meio de um processo de Educação Permanente
em Saúde (EPS)
• Período: agosto de 2016 a fevereiro de 2018.
Objeto da Experiência
Processo educativo para implantação da linha de cuidado e
construção da rede de atenção integral à saúde da pessoa em
situação de violência.
Objetivo
Descrever e analisar o processo de educação permanente que
envolveu os profissionais da saúde e a rede intersetorial, para a
implantação da linha de cuidado e construção da rede de atenção
integral à saúde da pessoa em situação de violência.
Metodologia
• Formação de um comitê executivo, responsável pela gestão e
condução de um curso de aprimoramento e do processo
educativo (2015).
• Estudo descritivo, do tipo relato de experiência de ações
educativas, fundamentado na estratégia educação permanente
e na metodologia da problematização;
• Foi desenvolvido a partir de ofertas teóricas, discussão de casos
e práticas de intervenção, com momentos de concentração e
dispersão nos territórios.
Estratégias Metodológicas
• Plenárias com especialista: evento semestral com 4 horas de
duração para subsidiar as discussões de casos e aprofundar as
diversas temáticas relacionadas à implantação da linha de cuidado.
• Rodas de debate: realizadas trimestralmente no estúdio da Escola
Municipal de Saúde e transmitidas pela TV Canal Profissional - São
Paulo Saudável, com participação dos profissionais dos Núcleos de
Prevenção de Violência dos serviços de saúde, enviando perguntas
ao vivo.
Estratégias Metodológicas
• Educação à distância (EAD): em complemento ao curso
presencial, utilizando a plataforma Moodle para disponibilização
de material didático e das avaliações.
• Narrativas: relatar ações, experiências, sentimentos e reações às
mudanças durante o processo em desenvolvimento.
• Plano de intervenção: implantar a linha de cuidado e fortalecer os
Núcleos de Prevenção de Violência na Atenção Primária à Saúde.
• Seminário: apresentar os planos de intervenção e a avaliação de
todo o processo.
Participantes
• Profissionais da Secretaria Municipal da Saúde da Cidade de São
Paulo (SMS): interlocutores da área de Atenção à Pessoa em
Situação de Violência, profissionais da área da Vigilância em
Saúde, dos Núcleos de Prevenção de Violências;
• Profissionais da Rede de proteção dos territórios das seis CRS de
Saúde.
Resultados
• Participaram do processo de EPS 1300 (mil e trezentos)
profissionais.
• Elaboração de projetos de intervenção intersetoriais.
• Fortalecimento de uma rede integrada de cuidado às pessoas em
situação de violência;
• Consolidação dos fluxos assistenciais; de vigilância, e competências
de cada um dos níveis do cuidado;
• Criação de espaços de diálogo estimulando iniciativas de promoção
de saúde e identificação de estratégias de proteção e de garantia de
direitos.
Análise Crítica
• A implantação da linha de cuidado ocorreu de forma diferente nas
Coordenadorias Regionais de Saúde, em função das especificidades
locais e subjetividades dos atores sociais envolvidos nesse processo.
• Possibilitou o protagonismo dos trabalhadores de saúde para
desenvolverem ações de prevenção, de assistência, de vigilância e de
promoção da autonomia das pessoas em situação de violência,
• Possibilitou a articulação intersetorial para definição de fluxos e
competências nos diferentes níveis da assistência.
Conclusão
Os processos de mudança nos serviços de saúde do SUS, a partir da
reorganização do processo de trabalho, deve ter como pressuposto
a educação permanente dos trabalhadores da saúde. É uma
estratégia eficaz para agregar novos conhecimentos às equipes, aos
diferentes atores do território e torná-los protagonistas dos
processos de produção de cuidado.
Obrigada!
fatimalico@gmail.com

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Produção de Redes de Cuidado para Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência na Cidade de São Paulo

  • 1. Produção de Redes de Cuidado para Atenção Integral à Saúde da Pessoa em Situação de Violência na Cidade de São Paulo Autores: Fátima Madalena de Campos Lico; Betina Black Dalarmelino – Carmen Tereza Gonçalves Trautwein – Escola Municipal de Saúde - Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS); Ruy Paulo D’ Elia Nunes, Maria Lucia Aparecida Scalco – Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA/SMS; Nelson Figueira Junior – Área Técnica de Atenção Integral à Pessoa em Situação de Violência (SMS).
  • 2. Introdução A violência é um problema de grande magnitude que afeta as diferentes camadas sociais e diferentes faixas etárias, devendo ser compreendido dentro dos marcos históricos socioeconômicos, políticos e culturais que vão determinar as desigualdades de poder nas relações de gênero, raça/cor, etnia e outras. Na saúde o atendimento da pessoa que sofre violência é um grande desafio e envolve uma série de ações específicas de cuidado. Destaca-se nesse estudo: • Implantação da Linha de Cuidado de Atenção Integral à Pessoa em Situação de Violência por meio de um processo de Educação Permanente em Saúde (EPS) • Período: agosto de 2016 a fevereiro de 2018.
  • 3. Objeto da Experiência Processo educativo para implantação da linha de cuidado e construção da rede de atenção integral à saúde da pessoa em situação de violência.
  • 4. Objetivo Descrever e analisar o processo de educação permanente que envolveu os profissionais da saúde e a rede intersetorial, para a implantação da linha de cuidado e construção da rede de atenção integral à saúde da pessoa em situação de violência.
  • 5. Metodologia • Formação de um comitê executivo, responsável pela gestão e condução de um curso de aprimoramento e do processo educativo (2015). • Estudo descritivo, do tipo relato de experiência de ações educativas, fundamentado na estratégia educação permanente e na metodologia da problematização; • Foi desenvolvido a partir de ofertas teóricas, discussão de casos e práticas de intervenção, com momentos de concentração e dispersão nos territórios.
  • 6. Estratégias Metodológicas • Plenárias com especialista: evento semestral com 4 horas de duração para subsidiar as discussões de casos e aprofundar as diversas temáticas relacionadas à implantação da linha de cuidado. • Rodas de debate: realizadas trimestralmente no estúdio da Escola Municipal de Saúde e transmitidas pela TV Canal Profissional - São Paulo Saudável, com participação dos profissionais dos Núcleos de Prevenção de Violência dos serviços de saúde, enviando perguntas ao vivo.
  • 7. Estratégias Metodológicas • Educação à distância (EAD): em complemento ao curso presencial, utilizando a plataforma Moodle para disponibilização de material didático e das avaliações. • Narrativas: relatar ações, experiências, sentimentos e reações às mudanças durante o processo em desenvolvimento. • Plano de intervenção: implantar a linha de cuidado e fortalecer os Núcleos de Prevenção de Violência na Atenção Primária à Saúde. • Seminário: apresentar os planos de intervenção e a avaliação de todo o processo.
  • 8. Participantes • Profissionais da Secretaria Municipal da Saúde da Cidade de São Paulo (SMS): interlocutores da área de Atenção à Pessoa em Situação de Violência, profissionais da área da Vigilância em Saúde, dos Núcleos de Prevenção de Violências; • Profissionais da Rede de proteção dos territórios das seis CRS de Saúde.
  • 9. Resultados • Participaram do processo de EPS 1300 (mil e trezentos) profissionais. • Elaboração de projetos de intervenção intersetoriais. • Fortalecimento de uma rede integrada de cuidado às pessoas em situação de violência; • Consolidação dos fluxos assistenciais; de vigilância, e competências de cada um dos níveis do cuidado; • Criação de espaços de diálogo estimulando iniciativas de promoção de saúde e identificação de estratégias de proteção e de garantia de direitos.
  • 10. Análise Crítica • A implantação da linha de cuidado ocorreu de forma diferente nas Coordenadorias Regionais de Saúde, em função das especificidades locais e subjetividades dos atores sociais envolvidos nesse processo. • Possibilitou o protagonismo dos trabalhadores de saúde para desenvolverem ações de prevenção, de assistência, de vigilância e de promoção da autonomia das pessoas em situação de violência, • Possibilitou a articulação intersetorial para definição de fluxos e competências nos diferentes níveis da assistência.
  • 11. Conclusão Os processos de mudança nos serviços de saúde do SUS, a partir da reorganização do processo de trabalho, deve ter como pressuposto a educação permanente dos trabalhadores da saúde. É uma estratégia eficaz para agregar novos conhecimentos às equipes, aos diferentes atores do território e torná-los protagonistas dos processos de produção de cuidado.