1. Gerenciamento e Controle da
Poluição Ambiental
Profa. Lígia Rodrigues Morales
Introdução à Coleta e Tratamento
Objetivos
Reconhecer os
parâmetros físico-
químicos das águas e dos
efluentes
Aprender os conceitos
utilizados em coleta e
tratamento de efluentes
O processo natural
Na natureza, o solo, as águas e a atmosfera têm a
capacidade de se autodepurar.
O homem passou a interferir na natureza, utilizando
seus recursos e gerando resíduos.
Estes resíduos, lançados no ambiente natural,
passam por longos processos de depuração e
decomposição.
2. A necessidade de
tratar os resíduos
Mas a velocidade e quantidade de efluentes gerados
pelo homem é muito maior do que a capacidade da
natureza em tratar e incorporar estes resíduos.
Em especial, pelo aumento da população e
consequente aumento do volume de material
descartado.
Surge, então, a necessidade de dispor e tratar estes
resíduos e efluentes.
Fatores de influência
A implantação de uma rede coletora de esgotos
planejada é um processo complexo, que deve
considerar diferentes fatores
Tamanho da comunidade
Volume de efluentes gerados e o potencial de
crescimento desta população
Fatores de influência
Composição da comunidade (residencial, comercial,
industrial, mista)
Topografia do terreno
Interferências de águas pluviais
Localização e dimensionamento das ETEs
3. Quantidade de Esgoto
Quais são os fatores que podem interferir na
quantidade de esgoto produzido em um cidade?
Hábitos e condições socioeconômicas
Estado de conservação dos aparelhos sanitários e
vazamentos de torneiras
Existência ou não de ligações clandestinas de
águas pluviais na rede de esgoto
In Braga et.al. 2005. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Pag 120
Quantidade de Esgoto
Quais são os fatores que podem interferir na
quantidade de esgoto produzido em um cidade?
Construção, estado de conservação e manutenção
das redes de esgoto, que implicam em maior ou
menor infiltração
Clima
Pressão e qualidade da água distribuída
Custo e medição da água distribuída
In Braga et.al. 2005. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Pag 120
Por que tratar o esgoto?
Por que tratar os esgotos produzidos?
Preservar o Meio Ambiente
Os esgotos degradam os corpos d’água e podem
levar a:
•exaustão do OD e morte de organismos aeróbicos
•escurecimento e aparecimento de maus odores
•formação de espumas
•ricos em matéria orgânica, podem levar à
eutrofização
4. Por que tratar o esgoto?
Proteger a saúde pública
•os esgotos podem conter muitos organismos
patogênicos (vírus, vermes, bactérias, protozoários)
•os esgotos podem contaminar a água, alimentos,
utensílios domésticos, mãos, o solo
•a disposição inadequada dos esgotos ainda é a
principal causa de altos índices de mortalidade infantil
•perda da qualidade da água, conferindo odor e gosto
desagradáveis
Intervalo
Parâmetros Físico-Químicos
Os principais parâmetros utilizados para análise de
água e efluentes são:
Temperatura
pH
Condutividade elétrica
Oxigênio Dissolvido (OD)
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Cor
Turbidez
Dureza
5. Parâmetros Físico-Químicos
Temperatura
•solubilidade de gases
•velocidade de reações químicas
•atividade biológica
pH
•mede a acidez do meio
•sua escala varia de 0 a 14: ácido, alcalino, neutro
•solubilidade de substâncias
•reações químicas
Parâmetros Físico-Químicos
Dureza
•presença de sais alcalinos terrosos e outros metais
•leva à formação de sais insolúveis
•impede a formação de espumas
Parâmetros Físico-Químicos
Condutividade elétrica
•capacidade de conduzir corrente elétrica
•presença de compostos ionizáveis (sais)
Oxigênio Dissolvido (OD)
•quantidade de O2 dissolvido
•sofre interferência da fotossíntese, respiração e
decomposição (organismos vivos)
6. Parâmetros Físico-Químicos
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
•oxigênio dissolvido consumido pela oxidação
biológica
•indicador da presença de matéria orgânica
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
•oxigênio necessário para a oxidação química da
matéria orgânica
•indica a presença de efluentes industriais
Parâmetros Físico-Químicos
Cor
•presença de substâncias dissolvidas
•verdadeira e aparente (cor e turbidez)
Turbidez
•resistência à passagem de luz
•presença de material em suspensão
Tipo de tratamento
O tratamento de efluentes pode ser:
Centralizado
•ocorre em grandes estações de tratamento
•necessitam de rede coletora eficiente e bem
implantada
Descentralizado
•ocorre em sistemas de tratamento compactos
como em vilas, condomínios, indústrias
7. Tipo de tratamento
Mais diferenças:
Centralizado
•custam muito caro, pois dependem da construção da
estação de tratamento e das redes coletoras
Descentralizado
•por tratar volumes menores de esgoto, custam
menos
•menor volume de esgoto, menor DBO e microbiota,
o que facilita o reuso e lançamento nos cursos d'água
Intervalo
Sistema de Tratamento
de Efluentes
O sistema de tratamento de efluentes pode ser
dividido nas seguintes etapas:
Pré-tratamento
Tratamento primário
Tratamento secundário
Tratamento terciário ou pós-tratamento
8. Pré-Tratamento
No pré-tratamento ou tratamento preliminar ocorre:
a retirada do material mais grosso, flutuantes e
pesados
uso de caixas de gradeamento, caixas de areia e
tanques de equalização
Tratamento Primário
No tratamento primário ocorre:
remoção da matéria orgânica decantável, remoção
de espumas, óleos e graxas, sólidos em suspensão
aplicação de:
•Tanque de equalização
•Flotação ou flutuação
•Coagulação ou floculação
Decantador Primário
Após
gradeamen
to, efluente
segue para
sedimentar
o lodo
9. Lodo
Após
gradeamento
, efluente
segue para
sedimentar o
lodo
Lagoa de Estabilização
(Tanque de aeração)
Aeração
promove
reações
químicas
(decomposiçã
o)
Tratamento Secundário
No tratamento secundário ocorre:
Retirada da matéria orgânica dissolvida e parte da
matéria orgânica decantável
Por meio de:
• processos aeróbicos ou
•processos anaeróbicos:
10. Tratamento Secundário
Processos Aeróbicos:
•Lodos ativados
•Lagoas de estabilização
•Filtros biológicos
•Rotor de contato ou Biodisco
Processos Anaeróbicos:
•Digestão
•Lagoas anaeróbicas (a qual possuem muitas
variações)
Decantador Secundário
Após
gradeamento
, efluente
segue para
sedimentar o
lodo
Decantador Secundário
Água
pronta
para
reuso,
mas não
potável
11. Tratamento Terciário
No tratamento terciário ou pós-tratamento ocorre:
Remoção de poluentes em excesso
Remoção de organismos patogênicos
Por meio de:
•Lagoas de maturação
•Uso de substâncias químicas (cloração,
ozonização)
•Radiação ultravioleta
Boa semana!
Profa. Lígia Rodrigues Morales
Referência de imagens:
Todas as imagens pertencem ao banco de imagens.
Fotos de arquivo pessoal – gentilmente cedidas pelo Prof. Ms. Luiz Rogério Mantelli