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Pensando sobre o
Desenvolvimento na Era
do Meio Ambiente
Texto de Ignacy Sachs,1998
Fellipe Manoel de Sousa França
Gustavo Mendes dos Santos Cardia
Ignacy Sachs
Ignacy Sachs (Varsóvia, 1927)
Economista polonês, naturalizado francês. Referenciado também
como ecossocioeconomista, por sua concepção de desenvolvimento
como uma combinação de crescimento econômico, aumento
igualitário do bem-estar social e preservação ambiental. (O termo
ecossocioeconomia foi cunhado por Karl William Kapp, economista de
origem alemã e um dos mais brilhantes inspiradores da ecologia
política nos anos 1970).Há mais de trinta anos Ignacy Sachs lançou
alguns dos fundamentos do debate contemporâneo sobre a
necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento, baseado na
convergência entre economia, ecologia, antropologia cultural e
ciência política. Suas ideias são hoje mais claramente compreendidas,
no cenário das mudanças climáticas e da crise social e política
mundial.
FONTE: PUC-SP
Mais sobre Ignacy Sachs ...
• Ignacy Sachs é hoje o principal economista mundial do eco-desenvolvimento. É o economista que, conjuntamente com Maurice
Strong e Marc Nerfin, ajudou a redigir a declaração final da Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, de 1972, a partir da
qual a proteção do ambiente se transformou em um problema e um objetivo mundial.
• Ignacy é um adepto da teoria econômica estruturalista do desenvolvimento.
• Sachs é um grande intelectual que rejeita a torre de marfim da universidade — da École des Hautes Études en Sciences
Sociales, onde ele ensina — e está sempre e vigorosamente mergulhado na prática. Nessa prática, ele está sempre na defesa de
seus ideais de liberdade, justiça social e defesa do meio ambiente; sempre utópico portanto, mas, também, sempre
pragmático; sempre envolvido em definir e participar de projetos de interesse econômico, social e ambiental viáveis que
fortaleçam os pobres, principalmente os camponeses, ou então encaminhem a solução dos grandes problemas globais como o
do efeito estufa.
• Ele é dotado de uma visão ampla e de um espírito crítico forte. Para ele a humanidade enfrenta hoje um impasse profundo.
Para Sachs (2009b: 6), estamos sentados sobre as ruínas de quatro paradigmas: “Com a invasão da Tchecoslováquia em 1968 e o
esmagamento de seu projeto de socialismo com rosto humano, o socialismo real começou sua agonia. A queda do muro de
Berlim em 1989 anunciou seu enterro. A descida aos infernos da Argentina marcou o fracasso do paradigma neoliberal
conhecido pelo nome de Consenso de Washington. Que dizer do crescimento econômico aprofundando as desigualdades? Foi o
caso do ‘milagre brasileiro’ na época dos generais e hoje é a China… Resta o paradigma socialdemocrata, que entrou em crise
ao renunciar a suas origens socialistas. A aceitação incondicional da economia de mercado é incompatível com a intenção
exibida de recusa da sociedade de mercado”.
FONTE: PUC-SP.
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Michel Sarres
Pensamento
cientifico
clássico em
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X
Ecologia
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diacrônica c/
sociedades
futuras.
Ecologização
do
pensamento.
Para além do desenvolvimento econômico.
• Durante a preparação para a conferencia de Estocolmo, duas
posições diametralmente opostas foram assumidas, pelos que
previam abundancia (Corncopianos) e pelos catastrofistas
(Malthusianos).
• No entanto durante o encontro de Founex 1971 e, mais tarde, na
conferencia de Estolcomo 1972, ambas as posições extremas
foram descartadas. Para darem lugar a uma nova alternativa, que
visava um crescimento econômico socialmente receptivo e,
implementado por métodos favoráveis ao meio ambiente.
Estolcomo 1972 Rio 1992
Desenvolvimento sustentável
Para além do Mercado
• O desenvolvimento sustentável é, evidentemente, incompatível
com o jogo sem restrições das forças do mercado.
• Ele define as perspectivas corretas para o redimensionamento das
economias mistas e, ao mesmo tempo, para a reabilitação do
planejamento.
O livro mostra que nem tudo está à venda, ao mesmo tempo em que procura um
equilíbrio entre o mercado, o Estado e a sociedade civil, considerando as
instituições externas ao mercado como necessárias para fiscalizar e corrigir os
seus excessos e deficiências.
Robert Kuttner
• Subsídios bem dimensionados podem ter um importante papel na promoção de padrões
de aproveitamento de recursos sustentáveis. A maior parte dos subsidio está mal
direcionada.
• Deve ser evitada a atribuição de valores comerciais a esses recursos, assim como o
escopo de res communis deve ser ampliado para incluir os grandes blocos do
conhecimento tecnológico.
http://www.manutencaoesuprimentos.c
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Para além da separação Norte-Sul
• Os padrões de consumo do Norte abastado são insustentáveis. No Sul a reprodução
dos padrões em beneficio de uma pequena minoria resultou em uma apartação
social.
• Deveria ser responsabilidade ambiental do Norte a provisão dos recursos necessários
ao financiamento da transição do planeta para um desenvolvimento sustentável,
principalmente porque o total de recursos envolvidos é relativamente limitado.
• Seria suficiente que os países industrializados transferissem, por meio de assistência
social, 0,7% de seu PIB.
• A ONU tem tido um sucesso proeminente na promoção da
conscientização ambiental, incorporando-a ao conceito de
desenvolvimento multidimensional.
Nos 20 anos decorridos entre as conferencias de Estocolmo e a
do Rio, alcançou-se um substancial progresso em termos da
institucionalização do interesse pelo meio ambiente, como o
lançamento do Programa do Meio Ambiente da ONU e com o
avanço na proteção do meio ambiente global por uma serie de
tratados internacionais.
• Para concluir, precisamos retornar à economia politica, que é
diferente da economia, e a um planejamento flexível negociado e
contratual, simultaneamente aberto para as preocupações
ambientais e sociais.
É necessária uma combinação viável entre economia e ecologia, pois as ciências naturais
podem descrever o que é preciso para o mundo sustentável, mas compete às ciências
sociais a articulação das estratégias de transição rumo a este caminho.

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Pensando sobre o desenvolvimento na Era do Meio Ambiente

  • 1. Pensando sobre o Desenvolvimento na Era do Meio Ambiente Texto de Ignacy Sachs,1998 Fellipe Manoel de Sousa França Gustavo Mendes dos Santos Cardia
  • 2. Ignacy Sachs Ignacy Sachs (Varsóvia, 1927) Economista polonês, naturalizado francês. Referenciado também como ecossocioeconomista, por sua concepção de desenvolvimento como uma combinação de crescimento econômico, aumento igualitário do bem-estar social e preservação ambiental. (O termo ecossocioeconomia foi cunhado por Karl William Kapp, economista de origem alemã e um dos mais brilhantes inspiradores da ecologia política nos anos 1970).Há mais de trinta anos Ignacy Sachs lançou alguns dos fundamentos do debate contemporâneo sobre a necessidade de um novo paradigma de desenvolvimento, baseado na convergência entre economia, ecologia, antropologia cultural e ciência política. Suas ideias são hoje mais claramente compreendidas, no cenário das mudanças climáticas e da crise social e política mundial. FONTE: PUC-SP
  • 3. Mais sobre Ignacy Sachs ... • Ignacy Sachs é hoje o principal economista mundial do eco-desenvolvimento. É o economista que, conjuntamente com Maurice Strong e Marc Nerfin, ajudou a redigir a declaração final da Conferência das Nações Unidas de Estocolmo, de 1972, a partir da qual a proteção do ambiente se transformou em um problema e um objetivo mundial. • Ignacy é um adepto da teoria econômica estruturalista do desenvolvimento. • Sachs é um grande intelectual que rejeita a torre de marfim da universidade — da École des Hautes Études en Sciences Sociales, onde ele ensina — e está sempre e vigorosamente mergulhado na prática. Nessa prática, ele está sempre na defesa de seus ideais de liberdade, justiça social e defesa do meio ambiente; sempre utópico portanto, mas, também, sempre pragmático; sempre envolvido em definir e participar de projetos de interesse econômico, social e ambiental viáveis que fortaleçam os pobres, principalmente os camponeses, ou então encaminhem a solução dos grandes problemas globais como o do efeito estufa. • Ele é dotado de uma visão ampla e de um espírito crítico forte. Para ele a humanidade enfrenta hoje um impasse profundo. Para Sachs (2009b: 6), estamos sentados sobre as ruínas de quatro paradigmas: “Com a invasão da Tchecoslováquia em 1968 e o esmagamento de seu projeto de socialismo com rosto humano, o socialismo real começou sua agonia. A queda do muro de Berlim em 1989 anunciou seu enterro. A descida aos infernos da Argentina marcou o fracasso do paradigma neoliberal conhecido pelo nome de Consenso de Washington. Que dizer do crescimento econômico aprofundando as desigualdades? Foi o caso do ‘milagre brasileiro’ na época dos generais e hoje é a China… Resta o paradigma socialdemocrata, que entrou em crise ao renunciar a suas origens socialistas. A aceitação incondicional da economia de mercado é incompatível com a intenção exibida de recusa da sociedade de mercado”. FONTE: PUC-SP.
  • 6. Revolução Ambiental Revolução Ambiental Contrato Natural - Michel Sarres Pensamento cientifico clássico em queda Economia X Ecologia Solidariedade diacrônica c/ sociedades futuras. Ecologização do pensamento.
  • 7. Para além do desenvolvimento econômico. • Durante a preparação para a conferencia de Estocolmo, duas posições diametralmente opostas foram assumidas, pelos que previam abundancia (Corncopianos) e pelos catastrofistas (Malthusianos). • No entanto durante o encontro de Founex 1971 e, mais tarde, na conferencia de Estolcomo 1972, ambas as posições extremas foram descartadas. Para darem lugar a uma nova alternativa, que visava um crescimento econômico socialmente receptivo e, implementado por métodos favoráveis ao meio ambiente.
  • 8. Estolcomo 1972 Rio 1992 Desenvolvimento sustentável
  • 9. Para além do Mercado • O desenvolvimento sustentável é, evidentemente, incompatível com o jogo sem restrições das forças do mercado. • Ele define as perspectivas corretas para o redimensionamento das economias mistas e, ao mesmo tempo, para a reabilitação do planejamento. O livro mostra que nem tudo está à venda, ao mesmo tempo em que procura um equilíbrio entre o mercado, o Estado e a sociedade civil, considerando as instituições externas ao mercado como necessárias para fiscalizar e corrigir os seus excessos e deficiências. Robert Kuttner
  • 10. • Subsídios bem dimensionados podem ter um importante papel na promoção de padrões de aproveitamento de recursos sustentáveis. A maior parte dos subsidio está mal direcionada. • Deve ser evitada a atribuição de valores comerciais a esses recursos, assim como o escopo de res communis deve ser ampliado para incluir os grandes blocos do conhecimento tecnológico. http://www.manutencaoesuprimentos.c om.br/imagens/subsidios-agricolas.jpg https://ptesoterico.files.wordpress.co m/2011/10/subsidio_pyme.jpg http://www.ideembc.com/sys/im g/slider/agr.jpg
  • 12. • Os padrões de consumo do Norte abastado são insustentáveis. No Sul a reprodução dos padrões em beneficio de uma pequena minoria resultou em uma apartação social. • Deveria ser responsabilidade ambiental do Norte a provisão dos recursos necessários ao financiamento da transição do planeta para um desenvolvimento sustentável, principalmente porque o total de recursos envolvidos é relativamente limitado. • Seria suficiente que os países industrializados transferissem, por meio de assistência social, 0,7% de seu PIB.
  • 13. • A ONU tem tido um sucesso proeminente na promoção da conscientização ambiental, incorporando-a ao conceito de desenvolvimento multidimensional. Nos 20 anos decorridos entre as conferencias de Estocolmo e a do Rio, alcançou-se um substancial progresso em termos da institucionalização do interesse pelo meio ambiente, como o lançamento do Programa do Meio Ambiente da ONU e com o avanço na proteção do meio ambiente global por uma serie de tratados internacionais.
  • 14. • Para concluir, precisamos retornar à economia politica, que é diferente da economia, e a um planejamento flexível negociado e contratual, simultaneamente aberto para as preocupações ambientais e sociais. É necessária uma combinação viável entre economia e ecologia, pois as ciências naturais podem descrever o que é preciso para o mundo sustentável, mas compete às ciências sociais a articulação das estratégias de transição rumo a este caminho.