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Prezados Irmãos
É com muita satisfação que participo pela primeira vez de uma empreitada
desta envergadura, que é o XVIII JORNADA MAÇÔNICA DO ESTADO DE SÃO
PAULO. Só atitudes como esta é que permitiram que nossa secular
instituição possa cumprir com seus objetivos, portanto, é necessário,
ressaltar e parabenizar iniciativas desta natureza, através do aplauso aos
organizadores deste evento.
O segundo agradecimento que preciso fazer é ao nosso irmão José Renato
que me proporciona a oportunidade de ser útil. Ensinou-me um antigo
amigo e mais tarde vim confirmar em nossos ensinamentos, que não
podemos desperdiçar nenhuma oportunidade de sermos úteis. Com isso,
em tempo algum estou querendo dizer que aqui estou para ensinar algo,
muito pelo contrario. Aqui estou apresentando um ponto de vista, uma
forma que encontrei de entendimento deste assunto, para que com a ajuda
dos presentes possamos trocar ideias, de forma que cada um consiga
chegar às suas próprias conclusões e com isso provocar o crescimento de
cada um individualmente.
Meu entendimento sobre nossa Ordem está baseado na “Busca incessante
pela verdade”.
Acredito que nestes 30 anos de Maçonaria, cada vez isso fica mais claro,
que essa busca é como uma pilastra mestra da obra ou a pedra chave que
trava o arco que segura toda a obra.
Contudo, também percebi que essa busca pela verdade confere um sentido
singular a nossa ordem. Ela acaba não tendo uma posição fixa de

1
pensamento, ela não tem uma diretriz ideológica nem uma matriz que
estabeleça a direção da busca que devemos dar. Quem diz: A maçonaria
“acha que”..., está equivocado.
Essa aparente balbúrdia ideológica fruto de sermos eminentemente
heterogêneos na forma de ser e de pensar, nos fornece o grande
diferencial em que a Ordem está inserida.
Cada um tem as suas verdades estabelecidas e um procedimento individual
da busca dessa verdade.
A compreensão desse ponto, nos leva a duas conclusões: A primeira é que
em nosso diminuto tamanho perante a grandiosidade da vida, não permite
em tempo algum alcançar a verdade absoluta.
Nunca saberemos, eis a verdade, nos ensina nossos rituais.
Enquanto essa verdade for aceita pela nossa consciência, devemos aplicála e defendê-la. No entanto, quando percebemos que existe algo mais
abrangente, mais contundente ou mais lógico, não podemos hesitar em
aceitar a nova verdade, afinal “ter coragem” é exatamente aceitar uma
verdade que não estava dentro de nós.
O segundo ponto a ser observado é que na Maçonaria a busca é ponto
chave e basilar desta instituição e com isso estaremos o tempo todo
enfrentando contradições, oposições, posturas, etc. Despreparados,
desprevenidos, poderemos nos sentir rejeitados, inseguros. Nossa Ordem
nos põe a prova a todos os instantes, pois deveríamos saber distinguir o
real do aparente e isso não é fácil.

2
Para que tudo isso ocorra a Maçonaria proclama a bom som que não
“Devemos impor limites a livre investigação da Verdade”.
Raul Seixas, grande compositor brasileiro, diz em uma de suas músicas:
"-Faz o que tu queres
Há de ser tudo da Lei"
Isso é um fato: tudo é rigidamente CERTO.
O próprio Raul nos ensina em outra de suas músicas:
Não tem certo, não tem errado todo mundo tem razão. O ponto de
vista, esse é o ponto da questão.
Resumindo, temos na Ordem, uma sociedade na qual todos os tipos de
pensamentos são aceitos e isso gera também o grande problema da Ordem:
a Harmonia entre seus membros.
Essa variedade de pensamentos, de posições, que tem por objetivo o
entendimento de nossa vida gera a maior “desarmonia”, vaidades,
conflitos, cisões, turbulências e violências.
Embora os rituais também nos ensinem que para garantir a liberdade sem
impor limites na busca da verdade é exigido de todos a maior tolerância.
Somos humanos e como tal essa assertiva é muito negligenciada.
Vamos dar uma pausa e refletir sobre o que foi dito aqui até agora:

3
A maçonaria incentiva a livre investigação da verdade. Isso gera uma
diversidade de posturas e de pensamentos que é nossa maior arma e que
torna a maçonaria a instituição singular que é. Contudo, essa mesma
diversidade gera a pedra em nosso sapato, causando desarmonia, causando
brigas e cisões.
Bem meus Irmãos, chegamos a uma encruzilhada. O que fazer? Como
resolver o impasse.
Como pode a Maçonaria incentivar a busca da verdade sem imposição de
limites e para isso exigir tolerância entre seus membros?
Esta é uma resposta simples. A Maçonaria não está preocupada em ensinar
algo. Aliás, como explicado, ela não pode ensinar, mas sim incentivar a
busca. O seu papel, portanto, é criar condições para que seus membros
tenham elementos suficientes para realizar essa busca.
Como isso ocorre? Através de um código moral de conduta, dos estudos dos
símbolos e claro da tolerância. Ela nos fornece ferramentas, não nos ensina
por onde devemos seguir, pois essa estrada é individual, só a pessoa
consegue encontrar seu próprio caminho. Relembrando Raul Seixas, tudo
está certo, o problema é como olhamos a questão.
Essas ferramentas normalmente são veladas e requerem estudos e muito
empenho para a seu efetivo efeito. A principal delas está sintetizada em
nosso dístico de Liberdade - Igualdade - Fraternidade. Reflitam quanto o
mundo seria melhor se pudéssemos aplicar estes ensinamentos. Outras
ferramentas nos são oferecidas para que possamos vislumbrar um modo de
alcançar um mundo melhor. Uma delas é a simbologia.

4
Esta apresentação tem como tema uma abordagem diferente
sobre Caim e Abel, personagens bíblicos, que protagonizam uma
"morte".
Durante o governo de Constantino, o império Romano passou por
um período de cristianização, a Igreja passou de tolerável a
protegida, suplantando o paganismo como religião costumeira. A
conversão de Constantino ao cristianismo, segundo o historiador
Paul Veyne, transformou por volta de 312 o trono do império
romano e a Igreja numa enorme força política.
Essa força política que passou a possuir a Igreja, lembrando que
quando falamos em Igreja falamos em "instituição" e não em
religião, durou mais de 1000 anos de domínio, pois possuía o
monopólio do "conhecimento".
Uma das formas mais marcantes do modus operandi da Igreja foi
o uso do "pecado", com a agravante de ser ela que determinava o
que era ou o que não era pecado.
O Bem se antepondo ao Mal e o Mal tentando destruir o Bem.
Posto isto precisamos também entender a Maçonaria como uma
instituição que busca o aprimoramento do ser humano e para tal
usa de símbolos, alegorias e lendas.

5
O termo símbolo, com origem no grego (sýmbolon), designa um
tipo de signo em que o significante (realidade concreta) representa
algo abstrato (religiões, nações, quantidades de tempo ou matéria,
etc.) por

força de

convenção,

semelhança ou continuidade

semântica (como no caso da cruz que representa o Cristianismo,
porque ela é uma parte do todo que é imagem do Cristo morto).
Sendo um signo, "símbolo" é sempre algo que representa outra
coisa (para alguém).
O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação,
encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas
vertentes do saber humano. Embora existam símbolos que são
reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos
dentro de um determinado grupo ou contexto (religioso, cultural,
etc.). Ele intensifica a relação com o transcendente.
A representação específica para cada símbolo pode surgir como
resultado de um processo natural ou pode ser convencionada de
modo a que o receptor (uma pessoa ou grupo específico de
pessoas) consiga fazer a interpretação do seu significado implícito
e atribuir-lhe determinada conotação.
Todas as sociedades humanas possuem símbolos que expressam
mitos, crenças, fatos, situações ou ideias, sendo umas das formas
de

representação

da

realidade.

De

acordo

com

Cornelius

Castoriadis e Gilbert Durand, é através da representação simbólica
que nos apropriamos do mundo.

6
Resumindo o apresentado até aqui, temos a Igreja (instituição)
estabelecendo como modus operandi o pecado. O bem em
oposição ao mal.
Temos a nossa Instituição que em busca dos seus objetivos utiliza
dos símbolos, que são algo que representam outra coisa, para
alguém, para um grupo ou mesmo uma sociedade.
A Bíblia é um dos elementos mais simbólicos que a humanidade
conhece, através de suas páginas são narrados fatos que são
"simbólicos" e suas representações ocultas se estudadas podem
revelar grandes ensinamentos.
Caim e Abel são um dos exemplos que podemos explorar.
O fato bíblico sobre Caim e Abel é narrado em Gênisis Cap: IV.
vers.: 1-26. Como é do conhecimento de todos, Caim e Abel são
filhos de Adão e Eva nos primórdios da humanidade. Abel era um
pastor de ovelhas e Caim lavrava a terra, era um agricultor. Certo
dia, levaram suas oferendas ao Senhor que atentou apenas às de
Abel. Caim se levanta contra seu irmão Abel e o mata. Junto ao
Senhor reconhece o erro e diz que quem o encontrar o matará. O
Senhor coloca então um sinal em Caim para que, quem o achasse
não o ferisse.
Isto é um símbolo. Como exemplo, podemos dizer que para os
católicos "Caim e Abel simbolizam a disputa de irmãos pela

7
primazia, pelo amor do Pai. É o amor de Deus que ambos tentam
conquistar".
Em contra partida o premio Nobel da Literatura José Saramago em
seu livro "Caim", apontando Deus como "autor intelectual do
crime, ao desprezar o sacrifício que Caim havia lhe oferecido".
Lembrem-se que a significância de um símbolo depende de quem
o interpreta. Mas vamos ao que interessa:
O que para nós maçons, mais especificamente no Grau de Mestre,
podemos interpretar dessa passagem bíblica, seria uma reflexão e,
principalmente, uma lição para o nosso aperfeiçoamento.
Este trabalho, que hora lhes apresento, está baseado nos estudos
de Max Heindel sobre a Maçonaria e o Catolicismo. Muita gente
pode não gostar deste "ponto de vista", alguns podem até se
espantar, mas, como livres investigadores da verdade devemos
estar atentos a tudo e, depois de refletirmos poderemos escolher
o melhor caminho. Cada um deve procurar confirmar as nossas
posições, usando a razão e seguindo o conselho de Paulo aos
Tessaloniceneses
"Examinai tudo, retende o bem". Tess, 5,21
Segundo o simbolismo existem dois caminhos na evolução: A
razão e a fé.

8
Este fato é simbolizado pela passagem dos anjos que se rebelam.
Segundo a Igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de
todos os Querubins. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque
entre todos os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou
orgulhoso de seu poder, que não aceitava servir a uma criação de
Deus, "O Homem", e revoltou-se. O Arcanjo Miguel liderou as
hostes de Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos
revoltosos; já os anjos leais a Deus o derrotaram e o expulsaram
do céu, juntamente com seus seguidores. Desde então, o mundo
vive esta guerra eterna entre Deus e o Diabo; de seu lado Lúcifer e
suas legiões tentam corromper o homem; do outro lado Deus, os
anjos, arcanjos, querubins e Santos travam batalhas diárias contra
as forças de Lúcifer.
Mas o nome também esconde uma multiplicidade de significados
alegóricos,

dos

quais

talvez

o

mais

importante

seja

sua

identificação com Manas, a Mente dual, a inteligência espiritual que
habita

em

todos

os

homens,

que

tanto

condescende

voluntariamente em cair na matéria como é o agente que foge por
si mesmo da animalidade e resgata-se para uma vida superior,
sendo ao mesmo tempo o Tentador e o verdadeiro Redentor
interno de cada um.
Ou seja, as hierarquias do Fogo, os espíritos de LUCIFER, buscam
proporcionar ao nosso espírito, aprisionado na forma (física), a luz
interna que permite ver e conhecer. Já as hierarquias da Água,
sujeitam

os

espíritos

desejosos

desenvolver a fé em Deus.

9

de

luz

e

conhecimento

a
Aos nossos primeiros pais, estava proibido de comer o fruto da
Árvore do Conhecimento. Diz-nos a Bíblia que Eva, seduzida pela
serpente, não só o comeu como induziu a Adão seguir-lhe o
exemplo. Eva após sua falta foi fulminada pela maldição de ter
seus filhos com dor e que a espécie humana ficaria sujeita a
morte.
Para

alguns

estudiosos

a

"arvore

do

conhecimento"

está

relacionada ao ato procriador, com isso dando a raça humana
consciência da sua existência. Contudo, teve a consequência (a
humanidade) de deixar de ser etérea para se "vestir com peles"
Genesis, 3,21, ou seja, simbolicamente o corpo físico oculta da sua
visão os deuses, que moram em reinos invisíveis. E, com essa
perda, o sofrimento humano tornou-se efetivamente muito grande.
Como vimos, existem duas correntes da evolução, também
existem no mundo dois grupos de pessoas.
O primeiro grupo descende deste espírito luciferino, da hierarquia
do fogo: São eles agressivos, progressistas, dotados de grande
iniciativa, mas rebeldes a toda a sujeição à autoridade, seja divina
ou humana. São pessoas que rejeitam admitir, seja o que for
unicamente pela fé. Demonstram tudo à luz da razão. Crêem mais
nas obras que na fé. Com sua força indomável e sua energia
inextinguível, tem conseguido transformar a aridez dos desertos
do mundo em jardins cheios de vida e beleza.

10
Lembrar que não existe o certo e o errado, tudo faz parte de um
plano evolutivo.
Assim os filhos de Caim, se esqueceram dos jardins celestes de
onde

foram

expulsos.

Perderam

a

visão

espiritual,

ficando

aprisionados ao corpo físico em cuja fronte foi colocado o sinal.
Terão simbolicamente que peregrinar como filhos pródigos até
encontrarem a porta do templo onde pedirão para receberem a
luz, onde aprenderão os métodos para edificarem um novo templo,
ou seja, um corpo etéreo para a alma para cobrir sua nudez
(espiritual). Receberá então a palavra para poder viajar para o
estrangeiro, ou seja, entrar nos mundos invisíveis e elevar-se até
o Grande Arquiteto do Universo, onde sob sua instrução chegará
aos altos graus. O passado dos filhos da viúva é de uma luta
permanente contra todas as condições adversas, e que seus
indomáveis e persistentes esforços, que as derrotas ocasionais não
conseguiram

fazer

esmorecer,

conduziram-no

às

vitórias

sucessivas contra todas as forças hostis.

Enquanto Caim, simbolicamente, se esforça para cultivar o solo
para conseguir que dois pés de ervas cresçam onde só um crescia,
tem

Abel,

simbolicamente,

não

se

interessando

e

nem

entusiasmado por coisa alguma. Contenta-se em apascentar os
rebanhos, que ofereciam o seu sustento e multiplicavam-se sem
trabalho e iniciativa. Essa dócil atitude era de agrado do Criador,
que desdenhava as oferendas de Caim, pois via nele seu próprio
instinto criador.

11
Caim mata Abel. O texto bíblico diz que: "Adão conheceu Eva de
novo e ela teve Set, que tinha as mesmas características de Abel e
as transmitiu aos seus descendentes. Até os dias de hoje os
descendentes de Set continuam à espera que Deus lhes dê tudo.
Vivem pela fé e não pela obras.
Os filhos de Caim adquiriram a sabedoria terrena e poder temporal
por meio de árduo e enérgico trabalho realizado no mundo. Sua
atividade foi determinante para o desenvolvimento das ciências e
das técnicas. Foram mestres na arte de governar. Os filhos de Set,
tomando o Senhor como guia tornaram-se condutores dessa
sabedoria divina e constituíram a classe sacerdotal.
Lembramos que "Sacerdote" não significa apenas religioso.
A animosidade entre Caim e Abel, perpetuou-se de geração em
geração, uma vez que os filhos de Caim, como governantes
temporais, querem aumentar o bem estar material da Humanidade
por meio de conquista do mundo terreno, enquanto os filhos de
Set da hierarquia da água, no seu papel de guias espirituais,
incentivam as pessoas ao abandono do mundo, considerado mal e
um vale de lágrimas, e a procurar o consolo em Deus.
Chegamos então a Lenda da Construção do Templo.
Salomão, descendente de Set, foi escolhido para edificar uma casa
em honra de Deus, o magnífico Templo de Salomão, assegurando-

12
se que através dele se expressasse a sublime espiritualidade de
uma vasta estirpe de descendentes divinamente guiados. Salomão,
por si só, era incapaz de dar forma concreta e material a esse
projeto. Precisou de Hiram, o rei de Tiro e descendente de Caim,
que nomeou Hirão Abiff para dirigir os operários.
A capacidade dos filhos de Caim para a realização de obras
terrenas era tão necessária para a construção do templo como era
o projeto espiritual dos descendentes de Set.
O Templo de Salomão simboliza o Corpo Humano onde evolui o
espírito individual ou ego. Não podemos ter medo de sujar as
mãos na árdua tarefa da construção do templo, e, nessa
construção há sempre um pormenor a ser acrescentado: a obra
nunca estará completa, pois ela é permanente.
É assim que os maçons trabalham, pois como filhos de Caim têm a
força da ação como sua maior ferramenta. Seus adeptos entram,
pobres, nus e cegos, pergunta-se o que desejam e a resposta é a
LUZ. Esse é o dever do Mestre, ensinar-lhes a trabalhar, torná-lo
um filho da luz e para isso serve o exemplo do Mestre Hiram Abiff.
Racionalizar a sua fé.
Foi durante esse período que as duas linhagens uniram suas forças
e se tivesse dado certo a história do mundo seria diferente. Foi a
primeira tentativa de união da fé e da razão.

13
Todos sabem o desfecho. Hiram Abiff é morto e a palavra é
perdida.
O Mestre está morto.
Com a morte do mestre e a palavra perdida podemos dizer que
chegamos ao AGORA.
Sim, meus Irmãos, essa é a nossa situação, estamos com o
mestre morto e a palavra perdida qual, portanto deve ser nosso
próximo passo, o que devemos fazer, como devemos agir?
As respostas continuam no simbolismo que nos cerca.
Existe uma regeneração que tem por objetivo restituir o homem ao
seu perdido estado espiritual e libertá-lo do corpo mortal em que
nos encontramos aprisionados. A morte transmutando-se então
em imortalidade.
Se os clérigos insistem sempre na necessidade da fé, enquanto os
estadistas dão mais importância e põem toda a sua confiança nas
obras. Faz-se necessário perceber que o ideal supremo reside na
possibilidade de a fé se manifestar por meio das obras.
Como filhos de Caim, temos que continuar na construção do
templo. Temos o preparo para o exercício da atividade política e da
criatividade

sócio

industrial,

caminhos

progresso material da humanidade.

14

que

impulsionam

o
Porém, à medida que a humanidade progride, o corpo vital
evidenciará cada vez mais a sua positividade e o desejo do
crescimento espiritual.
Devemos estar com o Templo acabado, porque então na hora da
redenção, as duas correntes se unirão e estará tudo pronto para
que apareça aquele que exercerá o duplo ofício de Rei e Sacerdote.
Como no exemplo de nosso Mestre Hiram Abif, através dos cinco
pontos de perfeição ou ainda os cinco pontos da amizade
renasceremos e nos tornaremos imortais.
Obrigado! ! !
Antonio Carlos Barbosa Guimarães, MM
Loja Giuseppe Verdi, 3.610
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  • 1. Prezados Irmãos É com muita satisfação que participo pela primeira vez de uma empreitada desta envergadura, que é o XVIII JORNADA MAÇÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Só atitudes como esta é que permitiram que nossa secular instituição possa cumprir com seus objetivos, portanto, é necessário, ressaltar e parabenizar iniciativas desta natureza, através do aplauso aos organizadores deste evento. O segundo agradecimento que preciso fazer é ao nosso irmão José Renato que me proporciona a oportunidade de ser útil. Ensinou-me um antigo amigo e mais tarde vim confirmar em nossos ensinamentos, que não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade de sermos úteis. Com isso, em tempo algum estou querendo dizer que aqui estou para ensinar algo, muito pelo contrario. Aqui estou apresentando um ponto de vista, uma forma que encontrei de entendimento deste assunto, para que com a ajuda dos presentes possamos trocar ideias, de forma que cada um consiga chegar às suas próprias conclusões e com isso provocar o crescimento de cada um individualmente. Meu entendimento sobre nossa Ordem está baseado na “Busca incessante pela verdade”. Acredito que nestes 30 anos de Maçonaria, cada vez isso fica mais claro, que essa busca é como uma pilastra mestra da obra ou a pedra chave que trava o arco que segura toda a obra. Contudo, também percebi que essa busca pela verdade confere um sentido singular a nossa ordem. Ela acaba não tendo uma posição fixa de 1
  • 2. pensamento, ela não tem uma diretriz ideológica nem uma matriz que estabeleça a direção da busca que devemos dar. Quem diz: A maçonaria “acha que”..., está equivocado. Essa aparente balbúrdia ideológica fruto de sermos eminentemente heterogêneos na forma de ser e de pensar, nos fornece o grande diferencial em que a Ordem está inserida. Cada um tem as suas verdades estabelecidas e um procedimento individual da busca dessa verdade. A compreensão desse ponto, nos leva a duas conclusões: A primeira é que em nosso diminuto tamanho perante a grandiosidade da vida, não permite em tempo algum alcançar a verdade absoluta. Nunca saberemos, eis a verdade, nos ensina nossos rituais. Enquanto essa verdade for aceita pela nossa consciência, devemos aplicála e defendê-la. No entanto, quando percebemos que existe algo mais abrangente, mais contundente ou mais lógico, não podemos hesitar em aceitar a nova verdade, afinal “ter coragem” é exatamente aceitar uma verdade que não estava dentro de nós. O segundo ponto a ser observado é que na Maçonaria a busca é ponto chave e basilar desta instituição e com isso estaremos o tempo todo enfrentando contradições, oposições, posturas, etc. Despreparados, desprevenidos, poderemos nos sentir rejeitados, inseguros. Nossa Ordem nos põe a prova a todos os instantes, pois deveríamos saber distinguir o real do aparente e isso não é fácil. 2
  • 3. Para que tudo isso ocorra a Maçonaria proclama a bom som que não “Devemos impor limites a livre investigação da Verdade”. Raul Seixas, grande compositor brasileiro, diz em uma de suas músicas: "-Faz o que tu queres Há de ser tudo da Lei" Isso é um fato: tudo é rigidamente CERTO. O próprio Raul nos ensina em outra de suas músicas: Não tem certo, não tem errado todo mundo tem razão. O ponto de vista, esse é o ponto da questão. Resumindo, temos na Ordem, uma sociedade na qual todos os tipos de pensamentos são aceitos e isso gera também o grande problema da Ordem: a Harmonia entre seus membros. Essa variedade de pensamentos, de posições, que tem por objetivo o entendimento de nossa vida gera a maior “desarmonia”, vaidades, conflitos, cisões, turbulências e violências. Embora os rituais também nos ensinem que para garantir a liberdade sem impor limites na busca da verdade é exigido de todos a maior tolerância. Somos humanos e como tal essa assertiva é muito negligenciada. Vamos dar uma pausa e refletir sobre o que foi dito aqui até agora: 3
  • 4. A maçonaria incentiva a livre investigação da verdade. Isso gera uma diversidade de posturas e de pensamentos que é nossa maior arma e que torna a maçonaria a instituição singular que é. Contudo, essa mesma diversidade gera a pedra em nosso sapato, causando desarmonia, causando brigas e cisões. Bem meus Irmãos, chegamos a uma encruzilhada. O que fazer? Como resolver o impasse. Como pode a Maçonaria incentivar a busca da verdade sem imposição de limites e para isso exigir tolerância entre seus membros? Esta é uma resposta simples. A Maçonaria não está preocupada em ensinar algo. Aliás, como explicado, ela não pode ensinar, mas sim incentivar a busca. O seu papel, portanto, é criar condições para que seus membros tenham elementos suficientes para realizar essa busca. Como isso ocorre? Através de um código moral de conduta, dos estudos dos símbolos e claro da tolerância. Ela nos fornece ferramentas, não nos ensina por onde devemos seguir, pois essa estrada é individual, só a pessoa consegue encontrar seu próprio caminho. Relembrando Raul Seixas, tudo está certo, o problema é como olhamos a questão. Essas ferramentas normalmente são veladas e requerem estudos e muito empenho para a seu efetivo efeito. A principal delas está sintetizada em nosso dístico de Liberdade - Igualdade - Fraternidade. Reflitam quanto o mundo seria melhor se pudéssemos aplicar estes ensinamentos. Outras ferramentas nos são oferecidas para que possamos vislumbrar um modo de alcançar um mundo melhor. Uma delas é a simbologia. 4
  • 5. Esta apresentação tem como tema uma abordagem diferente sobre Caim e Abel, personagens bíblicos, que protagonizam uma "morte". Durante o governo de Constantino, o império Romano passou por um período de cristianização, a Igreja passou de tolerável a protegida, suplantando o paganismo como religião costumeira. A conversão de Constantino ao cristianismo, segundo o historiador Paul Veyne, transformou por volta de 312 o trono do império romano e a Igreja numa enorme força política. Essa força política que passou a possuir a Igreja, lembrando que quando falamos em Igreja falamos em "instituição" e não em religião, durou mais de 1000 anos de domínio, pois possuía o monopólio do "conhecimento". Uma das formas mais marcantes do modus operandi da Igreja foi o uso do "pecado", com a agravante de ser ela que determinava o que era ou o que não era pecado. O Bem se antepondo ao Mal e o Mal tentando destruir o Bem. Posto isto precisamos também entender a Maçonaria como uma instituição que busca o aprimoramento do ser humano e para tal usa de símbolos, alegorias e lendas. 5
  • 6. O termo símbolo, com origem no grego (sýmbolon), designa um tipo de signo em que o significante (realidade concreta) representa algo abstrato (religiões, nações, quantidades de tempo ou matéria, etc.) por força de convenção, semelhança ou continuidade semântica (como no caso da cruz que representa o Cristianismo, porque ela é uma parte do todo que é imagem do Cristo morto). Sendo um signo, "símbolo" é sempre algo que representa outra coisa (para alguém). O "símbolo" é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano. Embora existam símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto (religioso, cultural, etc.). Ele intensifica a relação com o transcendente. A representação específica para cada símbolo pode surgir como resultado de um processo natural ou pode ser convencionada de modo a que o receptor (uma pessoa ou grupo específico de pessoas) consiga fazer a interpretação do seu significado implícito e atribuir-lhe determinada conotação. Todas as sociedades humanas possuem símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou ideias, sendo umas das formas de representação da realidade. De acordo com Cornelius Castoriadis e Gilbert Durand, é através da representação simbólica que nos apropriamos do mundo. 6
  • 7. Resumindo o apresentado até aqui, temos a Igreja (instituição) estabelecendo como modus operandi o pecado. O bem em oposição ao mal. Temos a nossa Instituição que em busca dos seus objetivos utiliza dos símbolos, que são algo que representam outra coisa, para alguém, para um grupo ou mesmo uma sociedade. A Bíblia é um dos elementos mais simbólicos que a humanidade conhece, através de suas páginas são narrados fatos que são "simbólicos" e suas representações ocultas se estudadas podem revelar grandes ensinamentos. Caim e Abel são um dos exemplos que podemos explorar. O fato bíblico sobre Caim e Abel é narrado em Gênisis Cap: IV. vers.: 1-26. Como é do conhecimento de todos, Caim e Abel são filhos de Adão e Eva nos primórdios da humanidade. Abel era um pastor de ovelhas e Caim lavrava a terra, era um agricultor. Certo dia, levaram suas oferendas ao Senhor que atentou apenas às de Abel. Caim se levanta contra seu irmão Abel e o mata. Junto ao Senhor reconhece o erro e diz que quem o encontrar o matará. O Senhor coloca então um sinal em Caim para que, quem o achasse não o ferisse. Isto é um símbolo. Como exemplo, podemos dizer que para os católicos "Caim e Abel simbolizam a disputa de irmãos pela 7
  • 8. primazia, pelo amor do Pai. É o amor de Deus que ambos tentam conquistar". Em contra partida o premio Nobel da Literatura José Saramago em seu livro "Caim", apontando Deus como "autor intelectual do crime, ao desprezar o sacrifício que Caim havia lhe oferecido". Lembrem-se que a significância de um símbolo depende de quem o interpreta. Mas vamos ao que interessa: O que para nós maçons, mais especificamente no Grau de Mestre, podemos interpretar dessa passagem bíblica, seria uma reflexão e, principalmente, uma lição para o nosso aperfeiçoamento. Este trabalho, que hora lhes apresento, está baseado nos estudos de Max Heindel sobre a Maçonaria e o Catolicismo. Muita gente pode não gostar deste "ponto de vista", alguns podem até se espantar, mas, como livres investigadores da verdade devemos estar atentos a tudo e, depois de refletirmos poderemos escolher o melhor caminho. Cada um deve procurar confirmar as nossas posições, usando a razão e seguindo o conselho de Paulo aos Tessaloniceneses "Examinai tudo, retende o bem". Tess, 5,21 Segundo o simbolismo existem dois caminhos na evolução: A razão e a fé. 8
  • 9. Este fato é simbolizado pela passagem dos anjos que se rebelam. Segundo a Igreja católica, Lúcifer era o mais forte e o mais belo de todos os Querubins. Então, Deus lhe deu uma posição de destaque entre todos os seus auxiliares. Segundo a mesma, ele se tornou orgulhoso de seu poder, que não aceitava servir a uma criação de Deus, "O Homem", e revoltou-se. O Arcanjo Miguel liderou as hostes de Deus na luta contra Lúcifer e suas legiões de anjos revoltosos; já os anjos leais a Deus o derrotaram e o expulsaram do céu, juntamente com seus seguidores. Desde então, o mundo vive esta guerra eterna entre Deus e o Diabo; de seu lado Lúcifer e suas legiões tentam corromper o homem; do outro lado Deus, os anjos, arcanjos, querubins e Santos travam batalhas diárias contra as forças de Lúcifer. Mas o nome também esconde uma multiplicidade de significados alegóricos, dos quais talvez o mais importante seja sua identificação com Manas, a Mente dual, a inteligência espiritual que habita em todos os homens, que tanto condescende voluntariamente em cair na matéria como é o agente que foge por si mesmo da animalidade e resgata-se para uma vida superior, sendo ao mesmo tempo o Tentador e o verdadeiro Redentor interno de cada um. Ou seja, as hierarquias do Fogo, os espíritos de LUCIFER, buscam proporcionar ao nosso espírito, aprisionado na forma (física), a luz interna que permite ver e conhecer. Já as hierarquias da Água, sujeitam os espíritos desejosos desenvolver a fé em Deus. 9 de luz e conhecimento a
  • 10. Aos nossos primeiros pais, estava proibido de comer o fruto da Árvore do Conhecimento. Diz-nos a Bíblia que Eva, seduzida pela serpente, não só o comeu como induziu a Adão seguir-lhe o exemplo. Eva após sua falta foi fulminada pela maldição de ter seus filhos com dor e que a espécie humana ficaria sujeita a morte. Para alguns estudiosos a "arvore do conhecimento" está relacionada ao ato procriador, com isso dando a raça humana consciência da sua existência. Contudo, teve a consequência (a humanidade) de deixar de ser etérea para se "vestir com peles" Genesis, 3,21, ou seja, simbolicamente o corpo físico oculta da sua visão os deuses, que moram em reinos invisíveis. E, com essa perda, o sofrimento humano tornou-se efetivamente muito grande. Como vimos, existem duas correntes da evolução, também existem no mundo dois grupos de pessoas. O primeiro grupo descende deste espírito luciferino, da hierarquia do fogo: São eles agressivos, progressistas, dotados de grande iniciativa, mas rebeldes a toda a sujeição à autoridade, seja divina ou humana. São pessoas que rejeitam admitir, seja o que for unicamente pela fé. Demonstram tudo à luz da razão. Crêem mais nas obras que na fé. Com sua força indomável e sua energia inextinguível, tem conseguido transformar a aridez dos desertos do mundo em jardins cheios de vida e beleza. 10
  • 11. Lembrar que não existe o certo e o errado, tudo faz parte de um plano evolutivo. Assim os filhos de Caim, se esqueceram dos jardins celestes de onde foram expulsos. Perderam a visão espiritual, ficando aprisionados ao corpo físico em cuja fronte foi colocado o sinal. Terão simbolicamente que peregrinar como filhos pródigos até encontrarem a porta do templo onde pedirão para receberem a luz, onde aprenderão os métodos para edificarem um novo templo, ou seja, um corpo etéreo para a alma para cobrir sua nudez (espiritual). Receberá então a palavra para poder viajar para o estrangeiro, ou seja, entrar nos mundos invisíveis e elevar-se até o Grande Arquiteto do Universo, onde sob sua instrução chegará aos altos graus. O passado dos filhos da viúva é de uma luta permanente contra todas as condições adversas, e que seus indomáveis e persistentes esforços, que as derrotas ocasionais não conseguiram fazer esmorecer, conduziram-no às vitórias sucessivas contra todas as forças hostis. Enquanto Caim, simbolicamente, se esforça para cultivar o solo para conseguir que dois pés de ervas cresçam onde só um crescia, tem Abel, simbolicamente, não se interessando e nem entusiasmado por coisa alguma. Contenta-se em apascentar os rebanhos, que ofereciam o seu sustento e multiplicavam-se sem trabalho e iniciativa. Essa dócil atitude era de agrado do Criador, que desdenhava as oferendas de Caim, pois via nele seu próprio instinto criador. 11
  • 12. Caim mata Abel. O texto bíblico diz que: "Adão conheceu Eva de novo e ela teve Set, que tinha as mesmas características de Abel e as transmitiu aos seus descendentes. Até os dias de hoje os descendentes de Set continuam à espera que Deus lhes dê tudo. Vivem pela fé e não pela obras. Os filhos de Caim adquiriram a sabedoria terrena e poder temporal por meio de árduo e enérgico trabalho realizado no mundo. Sua atividade foi determinante para o desenvolvimento das ciências e das técnicas. Foram mestres na arte de governar. Os filhos de Set, tomando o Senhor como guia tornaram-se condutores dessa sabedoria divina e constituíram a classe sacerdotal. Lembramos que "Sacerdote" não significa apenas religioso. A animosidade entre Caim e Abel, perpetuou-se de geração em geração, uma vez que os filhos de Caim, como governantes temporais, querem aumentar o bem estar material da Humanidade por meio de conquista do mundo terreno, enquanto os filhos de Set da hierarquia da água, no seu papel de guias espirituais, incentivam as pessoas ao abandono do mundo, considerado mal e um vale de lágrimas, e a procurar o consolo em Deus. Chegamos então a Lenda da Construção do Templo. Salomão, descendente de Set, foi escolhido para edificar uma casa em honra de Deus, o magnífico Templo de Salomão, assegurando- 12
  • 13. se que através dele se expressasse a sublime espiritualidade de uma vasta estirpe de descendentes divinamente guiados. Salomão, por si só, era incapaz de dar forma concreta e material a esse projeto. Precisou de Hiram, o rei de Tiro e descendente de Caim, que nomeou Hirão Abiff para dirigir os operários. A capacidade dos filhos de Caim para a realização de obras terrenas era tão necessária para a construção do templo como era o projeto espiritual dos descendentes de Set. O Templo de Salomão simboliza o Corpo Humano onde evolui o espírito individual ou ego. Não podemos ter medo de sujar as mãos na árdua tarefa da construção do templo, e, nessa construção há sempre um pormenor a ser acrescentado: a obra nunca estará completa, pois ela é permanente. É assim que os maçons trabalham, pois como filhos de Caim têm a força da ação como sua maior ferramenta. Seus adeptos entram, pobres, nus e cegos, pergunta-se o que desejam e a resposta é a LUZ. Esse é o dever do Mestre, ensinar-lhes a trabalhar, torná-lo um filho da luz e para isso serve o exemplo do Mestre Hiram Abiff. Racionalizar a sua fé. Foi durante esse período que as duas linhagens uniram suas forças e se tivesse dado certo a história do mundo seria diferente. Foi a primeira tentativa de união da fé e da razão. 13
  • 14. Todos sabem o desfecho. Hiram Abiff é morto e a palavra é perdida. O Mestre está morto. Com a morte do mestre e a palavra perdida podemos dizer que chegamos ao AGORA. Sim, meus Irmãos, essa é a nossa situação, estamos com o mestre morto e a palavra perdida qual, portanto deve ser nosso próximo passo, o que devemos fazer, como devemos agir? As respostas continuam no simbolismo que nos cerca. Existe uma regeneração que tem por objetivo restituir o homem ao seu perdido estado espiritual e libertá-lo do corpo mortal em que nos encontramos aprisionados. A morte transmutando-se então em imortalidade. Se os clérigos insistem sempre na necessidade da fé, enquanto os estadistas dão mais importância e põem toda a sua confiança nas obras. Faz-se necessário perceber que o ideal supremo reside na possibilidade de a fé se manifestar por meio das obras. Como filhos de Caim, temos que continuar na construção do templo. Temos o preparo para o exercício da atividade política e da criatividade sócio industrial, caminhos progresso material da humanidade. 14 que impulsionam o
  • 15. Porém, à medida que a humanidade progride, o corpo vital evidenciará cada vez mais a sua positividade e o desejo do crescimento espiritual. Devemos estar com o Templo acabado, porque então na hora da redenção, as duas correntes se unirão e estará tudo pronto para que apareça aquele que exercerá o duplo ofício de Rei e Sacerdote. Como no exemplo de nosso Mestre Hiram Abif, através dos cinco pontos de perfeição ou ainda os cinco pontos da amizade renasceremos e nos tornaremos imortais. Obrigado! ! ! Antonio Carlos Barbosa Guimarães, MM Loja Giuseppe Verdi, 3.610 GOSP - GOB 15