1) O documento discute os efeitos negativos do neoliberalismo no Brasil, incluindo baixo crescimento econômico, privatizações, e desindustrialização.
2) A adesão ao neoliberalismo levou a déficits comerciais, desnacionalização da economia, e dependência de capitais externos.
3) As políticas neoliberais de abertura econômica enfraqueceram a indústria brasileira e contribuíram para a inflação e queda nos investimentos.
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasilFernando Alcoforado
1) Os governos do Brasil desde Collor em 1990 adotaram políticas neoliberais que privilegiaram os interesses do capital estrangeiro em detrimento dos interesses nacionais.
2) Isso resultou no crescente domínio do capital estrangeiro na economia brasileira e na desnacionalização de setores estratégicos.
3) A submissão aos interesses do capital estrangeiro ocorre porque o Brasil depende de capitais externos devido à alta dívida pública interna e externa.
1) O Brasil enfrenta ameaças como desequilíbrios nas contas externas, declínio no crescimento do PIB e poupança interna insuficiente que impedem seu desenvolvimento econômico. 2) A balança comercial brasileira está no maior déficit histórico e há risco de desequilíbrios nas contas externas se o cenário internacional não melhorar. 3) A taxa de crescimento do PIB vem declinando e é necessário elevar os investimentos públicos e privados para atingir taxas sustent
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
1) O Brasil enfrentará uma grave crise econômica em 2015 devido à aplicação do modelo neoliberal nas últimas décadas e à fraqueza do governo Dilma Rousseff.
2) O modelo neoliberal levou a estagnação econômica, aumento da dívida pública e vulnerabilidade externa.
3) A continuação deste modelo coincidirá com a tendência de depressão global, agravando a crise no Brasil.
Boletim 44 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica brasileira diante da crise internacional. A economia brasileira está enfrentando os efeitos da crise através da queda nas exportações, investimentos estrangeiros e aplicações financeiras. As medidas do governo para estimular o crédito e a demanda interna têm se mostrado insuficientes. A manutenção de altas taxas de juros e da meta fiscal limitam as ações anticíclicas do governo.
1. O documento critica o modelo econômico neoliberal adotado no Brasil desde 1990, apontando seus fracassos sociais e econômicos, como alto desemprego, desigualdade e endividamento público.
2. Defende a adoção inicial de um modelo desenvolvimentista controlado por 10 anos, seguido por uma social democracia inspirada nos países nórdicos, com planejamento estatal e participação popular.
3. Propõe medidas de emergência como auditoria da dívida e redução de juros, e
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
Os desastrosos governos neoliberais e antinacionais do brasilFernando Alcoforado
1) Os governos do Brasil desde Collor em 1990 adotaram políticas neoliberais que privilegiaram os interesses do capital estrangeiro em detrimento dos interesses nacionais.
2) Isso resultou no crescente domínio do capital estrangeiro na economia brasileira e na desnacionalização de setores estratégicos.
3) A submissão aos interesses do capital estrangeiro ocorre porque o Brasil depende de capitais externos devido à alta dívida pública interna e externa.
1) O Brasil enfrenta ameaças como desequilíbrios nas contas externas, declínio no crescimento do PIB e poupança interna insuficiente que impedem seu desenvolvimento econômico. 2) A balança comercial brasileira está no maior déficit histórico e há risco de desequilíbrios nas contas externas se o cenário internacional não melhorar. 3) A taxa de crescimento do PIB vem declinando e é necessário elevar os investimentos públicos e privados para atingir taxas sustent
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
1) O Brasil enfrentará uma grave crise econômica em 2015 devido à aplicação do modelo neoliberal nas últimas décadas e à fraqueza do governo Dilma Rousseff.
2) O modelo neoliberal levou a estagnação econômica, aumento da dívida pública e vulnerabilidade externa.
3) A continuação deste modelo coincidirá com a tendência de depressão global, agravando a crise no Brasil.
Boletim 44 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento discute a política econômica brasileira diante da crise internacional. A economia brasileira está enfrentando os efeitos da crise através da queda nas exportações, investimentos estrangeiros e aplicações financeiras. As medidas do governo para estimular o crédito e a demanda interna têm se mostrado insuficientes. A manutenção de altas taxas de juros e da meta fiscal limitam as ações anticíclicas do governo.
1. O documento critica o modelo econômico neoliberal adotado no Brasil desde 1990, apontando seus fracassos sociais e econômicos, como alto desemprego, desigualdade e endividamento público.
2. Defende a adoção inicial de um modelo desenvolvimentista controlado por 10 anos, seguido por uma social democracia inspirada nos países nórdicos, com planejamento estatal e participação popular.
3. Propõe medidas de emergência como auditoria da dívida e redução de juros, e
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
1) O Brasil adotou políticas neoliberais a partir de 1990 que facilitaram a entrada de capitais estrangeiros devido à falta de poupança interna. Isso levou à abertura do mercado brasileiro e dependência crescente de investimento estrangeiro.
2) De 1995 a 2010, o investimento estrangeiro direto no Brasil aumentou muito, indo de US$10 bilhões para US$70 bilhões, e o capital estrangeiro passou a dominar setores importantes da indústria brasileira.
3) A dívida públic
1) O documento discute as medidas econômicas do governo Michel Temer para lidar com a crise econômica no Brasil e sugere alternativas.
2) Argumenta que as medidas de Temer, como o congelamento de gastos por 20 anos, não resolverão o problema e aprofundarão a recessão.
3) Defende que é necessário reduzir drasticamente os juros e renegociar a dívida pública para retomar o crescimento.
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
O modelo econômico neoliberal em vigor no Brasil mostra claros sinais de esgotamento em 2015 agravado pelo ajuste econômico recessivo adotado pelo governo Dilma Rousseff. O modelo neoliberal implantado no Brasil contribuiu para o incremento de suas vulnerabilidades econômicas internas e externas. Ao invés de praticar o arrocho fiscal, que onera as famílias e as empresas e compromete o desenvolvimento do País, o governo Dilma Rousseff deveria reduzir os encargos com o pagamento da dívida pública alongando-a no tempo e também os gastos públicos ao mínimo necessário a fim de que disponha de poupança suficiente para investir na expansão da economia brasileira evitando sua estagnação. A principal medida que deveria ser adotada pelo governo Dilma Rousseff deveria consistir na substituição do modelo neoliberal em vigor por outro de caráter nacional desenvolvimentista de abertura seletiva da economia brasileira para promover o desenvolvimento do Brasil em novas bases. Só com a realização de mudanças efetivas na economia brasileira, Dilma Rousseff poderá evitar a queda de seu governo antes de concluir seu mandato.
A economia brasileira asfixiada pelo desastroso governo dilma rousseffFernando Alcoforado
O documento discute os problemas econômicos do Brasil sob o governo Dilma Rousseff, incluindo o alto desemprego, a recessão e a priorização dos interesses do sistema financeiro em detrimento da população e empresas. O autor argumenta que as políticas econômicas do governo, como o ajuste fiscal e altas taxas de juros, estão asfixiando a economia e podem levar o país à bancarrota.
1) O documento analisa a guinada neoliberal recente na política econômica brasileira, que levou o país à recessão e aumento do desemprego.
2) A política econômica implementada a partir de 2011 desacelerou o crescimento por meio de cortes no investimento público, em contraste com a estratégia anterior de estímulo à demanda.
3) Apesar da crise ter sido gerada internamente, o governo tentou culpar fatores externos, ignorando que o Brasil mantinha posição econômica sól
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
Em defesa de um novo modelo econômico nacional desenvolvimentista para supera...Fernando Alcoforado
1) O autor defende a adoção de um modelo econômico nacional desenvolvimentista para superar a crise atual no Brasil, em oposição ao modelo neoliberal atual.
2) O modelo neoliberal levou a estagnação econômica, aumento do déficit público e maior dependência externa.
3) O modelo desenvolvimentista proposto prioriza o crescimento econômico, a redução das desigualdades sociais e a soberania nacional.
O brasil rumo à depressão econômica e à mudança politica e socialFernando Alcoforado
O documento discute a situação econômica do Brasil, afirmando que o país está em estagflação com baixo crescimento e alta inflação. A política econômica atual do governo, focada em estimular o consumo, não está funcionando e pode levar o Brasil à depressão econômica. Além disso, a crise deve piorar os problemas sociais no país à medida que o desemprego e a perda de poder de compra aumentam.
O documento discute o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff em 2015, apresentando perspectivas a favor e contra. Havia metas de crescimento, arrecadação e reformas, porém o ajuste acabou gerando conflitos partidários e brigas por poder. Cortes em gastos podem afetar investimentos e empregos.
O Brasil tem usado instrumentos de política monetária para evitar os piores efeitos da crise mundial. A economia brasileira não pode mais viver dividida entre gastança e estabilidade, mas deve encontrar um equilíbrio. Apesar da crise, o Brasil continua participando ativamente da economia global por meio de exportações e importações.
A iminente explosão da dívida pública no brasil e suas graves consequênciasFernando Alcoforado
1) A dívida pública brasileira está aumentando rapidamente sob os governos FHC, Lula e Dilma devido às altas taxas de juros e à dependência de financiamento externo.
2) Para reduzir a dívida e aumentar os investimentos, o governo deve cortar gastos, reduzir juros, renegociar dívidas e aumentar poupança interna em vez de buscar capital estrangeiro.
3) Se não houver mudanças, a dívida pública poderá explodir e comprometer investimentos es
O documento discute a relação entre crescimento econômico, estrutura econômica e distribuição de renda em economias em desenvolvimento. Analisa experiências de países que tiveram forte crescimento na última década e os limites das interpretações sobre os fatores que estariam por trás desse crescimento. Aborda também a evolução da demanda e do padrão de consumo das famílias brasileiras entre 2003 e 2009.
1. O documento apresenta 50 indicadores econômicos e sociais do Brasil entre 2002 e 2013, comparando os governos de FHC com os governos do PT sob Lula e Dilma.
2. Os dados mostram melhorias significativas nos indicadores de renda, emprego, educação, saúde e redução da pobreza durante os governos do PT.
3. No entanto, o autor critica a análise de Moniz Bandeira, alegando que alguns dados foram apresentados de forma enganosa e que problemas como a dívida pública e a desindustrialização
1. O documento discute conceitos como PIB, IDH e desigualdade social usando índices como Gini. 2. Apresenta informações sobre os países do BRICS, incluindo crescimento econômico, IDH e recebimento de investimentos. 3. Discutem a importância dos BRICS na economia mundial e o potencial de crescimento desses países.
A incompetência gerencial do governo Michel Temer teve início com a adoção do Projeto de Emenda Constitucional (PEC 241) que estabeleceu o teto para o gasto público e aprofundou a recessão inaugurada durante o governo Dilma Rousseff colocando uma barreira na retomada do desenvolvimento do Brasil. Esta incompetência se manifesta, sobretudo, na falta de soluções para o déficit público que vem se acumulando e para o crescimento descontrolado da dívida pública, em grande medida resultante dos déficits público crescentes. A retomada do crescimento econômico só poderá ocorrer no Brasil desde que ao lado da redução do déficit público e da dívida pública interna, haja, também, uma redução drástica das taxas de juros praticadas pelo sistema financeiro nacional, não apenas da taxa Selic, mas também das taxas de juros praticadas pelos bancos que evidenciam a escorcha ou espoliação praticada pelo sistema financeiro brasileiro contra as empresas e as pessoas físicas.
O documento descreve os principais "apagões" que afetam a sociedade brasileira: 1) o declínio no crescimento econômico, 2) a poupança interna insuficiente, 3) a elevação da inflação, 4) o aumento da dívida pública, 5) a desindustrialização do país, e 6) o alto "Custo Brasil". Estes problemas resultam da ineficiência do governo federal, que gera desperdícios de recursos públicos.
O documento analisa o mercado de turismo no Brasil. Discute o crescimento econômico robusto e os megaeventos esportivos como transformadores do turismo no país. Também aborda fatores como demografia, classe social, poder de compra e infraestrutura que impulsionam o desenvolvimento do setor turístico.
Este artigo discute como o Brasil pode superar suas quatro crises atuais: 1) a crise econômica caracterizada pelo desemprego em massa e estagnação; 2) a crise política que ameaça a governabilidade; 3) a crise ética generalizada de corrupção; e 4) a crise de gestão pública. O autor argumenta que o modelo neoliberal adotado desde 1990 é responsável pelas crises e deve ser substituído por um modelo de desenvolvimento nacional que priorize os interesses do Brasil.
O documento faz um balanço crítico do primeiro ano do governo Dilma Rousseff, identificando problemas em diversas áreas como economia, investimento, educação e saúde. Segundo o texto, a economia continua sem rumo, o investimento patina, houve um retrocesso na industrialização e vários fiascos na educação. Na saúde, o financiamento federal caiu e programas lançados não saíram do papel.
Os nefastos efeitos do governo neoliberal de michel temer sobre o brasilFernando Alcoforado
A ofensiva neoliberal do governo Michel Temer visa colocar em prática o que os governos que lhe antecederam não conseguiram realizar na plenitude. Michel Temer quer restaurar o programa da década de 1990 nas novas condições históricas que foram criadas após o reformismo neoliberal implantado pelo PT. O ajuste fiscal, a redução nas políticas sociais e a política de privatizações fazem parte deste processo. Além de atentar contra a população com suas políticas antissociais, o governo Michel Temer compromete o futuro do País com sua política econômica recessiva que favorece apenas os banqueiros. O favorecimento aos banqueiros resulta do fato de a equipe econômica ter forte representação dos banqueiros no time liderado por Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda. Quando se avalia o déficit público de 2015, que alcançou R$ 620 bilhões, R$ 502 bilhões foram de juros que tem como principal beneficiário o sistema financeiro. Quando se analisa o déficit público em termos de porcentagem, se verifica que 82% são juros, 13% perda de arrecadação e apenas 5% aumento de despesa em relação a 2014.
O documento discute os modelos de desenvolvimento nacional no Brasil, comparando o modelo
desenvolvimentista implementado por Vargas com o modelo neoliberal implementado por Collor. O modelo
desenvolvimentista promoveu o crescimento através da industrialização e proteção da economia, enquanto o
modelo neoliberal fracassou em gerar crescimento sustentado e aumentou a dívida pública. O documento
defende a retomada de um modelo desenvolvimentista com abertura seletiva da economia.
1) O Brasil adotou políticas neoliberais a partir de 1990 que facilitaram a entrada de capitais estrangeiros devido à falta de poupança interna. Isso levou à abertura do mercado brasileiro e dependência crescente de investimento estrangeiro.
2) De 1995 a 2010, o investimento estrangeiro direto no Brasil aumentou muito, indo de US$10 bilhões para US$70 bilhões, e o capital estrangeiro passou a dominar setores importantes da indústria brasileira.
3) A dívida públic
1) O documento discute as medidas econômicas do governo Michel Temer para lidar com a crise econômica no Brasil e sugere alternativas.
2) Argumenta que as medidas de Temer, como o congelamento de gastos por 20 anos, não resolverão o problema e aprofundarão a recessão.
3) Defende que é necessário reduzir drasticamente os juros e renegociar a dívida pública para retomar o crescimento.
A rápida desaceleração da economia brasileira apresenta um duro desafio para o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) liderado por Dilma Rousseff. Entre 2011 e 2014, o crescimento econômico médio foi de apenas 2,1% ao ano, comparado com 4,4% no período 2004-2010.
A recente queda pode ser diretamente atribuída à política econômica implementada por Dilma no primeiro mandato (2011-14)1. Esta mudança na orientação da política economica procurou reduzir o papel direto do Estado na promoção da expansão da demanda agregada por meio de estímulos fiscais e a promoção da mudança estrutural pelo lado da oferta por intermédio do investimento público, uma estratégia que havia sido bastante exitosa até 2010. Porém, as políticas sociais inclusivas preocupadas com a redução da desigualdade continuaram em curso.
O modelo econômico neoliberal em vigor no Brasil mostra claros sinais de esgotamento em 2015 agravado pelo ajuste econômico recessivo adotado pelo governo Dilma Rousseff. O modelo neoliberal implantado no Brasil contribuiu para o incremento de suas vulnerabilidades econômicas internas e externas. Ao invés de praticar o arrocho fiscal, que onera as famílias e as empresas e compromete o desenvolvimento do País, o governo Dilma Rousseff deveria reduzir os encargos com o pagamento da dívida pública alongando-a no tempo e também os gastos públicos ao mínimo necessário a fim de que disponha de poupança suficiente para investir na expansão da economia brasileira evitando sua estagnação. A principal medida que deveria ser adotada pelo governo Dilma Rousseff deveria consistir na substituição do modelo neoliberal em vigor por outro de caráter nacional desenvolvimentista de abertura seletiva da economia brasileira para promover o desenvolvimento do Brasil em novas bases. Só com a realização de mudanças efetivas na economia brasileira, Dilma Rousseff poderá evitar a queda de seu governo antes de concluir seu mandato.
A economia brasileira asfixiada pelo desastroso governo dilma rousseffFernando Alcoforado
O documento discute os problemas econômicos do Brasil sob o governo Dilma Rousseff, incluindo o alto desemprego, a recessão e a priorização dos interesses do sistema financeiro em detrimento da população e empresas. O autor argumenta que as políticas econômicas do governo, como o ajuste fiscal e altas taxas de juros, estão asfixiando a economia e podem levar o país à bancarrota.
1) O documento analisa a guinada neoliberal recente na política econômica brasileira, que levou o país à recessão e aumento do desemprego.
2) A política econômica implementada a partir de 2011 desacelerou o crescimento por meio de cortes no investimento público, em contraste com a estratégia anterior de estímulo à demanda.
3) Apesar da crise ter sido gerada internamente, o governo tentou culpar fatores externos, ignorando que o Brasil mantinha posição econômica sól
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
Em defesa de um novo modelo econômico nacional desenvolvimentista para supera...Fernando Alcoforado
1) O autor defende a adoção de um modelo econômico nacional desenvolvimentista para superar a crise atual no Brasil, em oposição ao modelo neoliberal atual.
2) O modelo neoliberal levou a estagnação econômica, aumento do déficit público e maior dependência externa.
3) O modelo desenvolvimentista proposto prioriza o crescimento econômico, a redução das desigualdades sociais e a soberania nacional.
O brasil rumo à depressão econômica e à mudança politica e socialFernando Alcoforado
O documento discute a situação econômica do Brasil, afirmando que o país está em estagflação com baixo crescimento e alta inflação. A política econômica atual do governo, focada em estimular o consumo, não está funcionando e pode levar o Brasil à depressão econômica. Além disso, a crise deve piorar os problemas sociais no país à medida que o desemprego e a perda de poder de compra aumentam.
O documento discute o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff em 2015, apresentando perspectivas a favor e contra. Havia metas de crescimento, arrecadação e reformas, porém o ajuste acabou gerando conflitos partidários e brigas por poder. Cortes em gastos podem afetar investimentos e empregos.
O Brasil tem usado instrumentos de política monetária para evitar os piores efeitos da crise mundial. A economia brasileira não pode mais viver dividida entre gastança e estabilidade, mas deve encontrar um equilíbrio. Apesar da crise, o Brasil continua participando ativamente da economia global por meio de exportações e importações.
A iminente explosão da dívida pública no brasil e suas graves consequênciasFernando Alcoforado
1) A dívida pública brasileira está aumentando rapidamente sob os governos FHC, Lula e Dilma devido às altas taxas de juros e à dependência de financiamento externo.
2) Para reduzir a dívida e aumentar os investimentos, o governo deve cortar gastos, reduzir juros, renegociar dívidas e aumentar poupança interna em vez de buscar capital estrangeiro.
3) Se não houver mudanças, a dívida pública poderá explodir e comprometer investimentos es
O documento discute a relação entre crescimento econômico, estrutura econômica e distribuição de renda em economias em desenvolvimento. Analisa experiências de países que tiveram forte crescimento na última década e os limites das interpretações sobre os fatores que estariam por trás desse crescimento. Aborda também a evolução da demanda e do padrão de consumo das famílias brasileiras entre 2003 e 2009.
1. O documento apresenta 50 indicadores econômicos e sociais do Brasil entre 2002 e 2013, comparando os governos de FHC com os governos do PT sob Lula e Dilma.
2. Os dados mostram melhorias significativas nos indicadores de renda, emprego, educação, saúde e redução da pobreza durante os governos do PT.
3. No entanto, o autor critica a análise de Moniz Bandeira, alegando que alguns dados foram apresentados de forma enganosa e que problemas como a dívida pública e a desindustrialização
1. O documento discute conceitos como PIB, IDH e desigualdade social usando índices como Gini. 2. Apresenta informações sobre os países do BRICS, incluindo crescimento econômico, IDH e recebimento de investimentos. 3. Discutem a importância dos BRICS na economia mundial e o potencial de crescimento desses países.
A incompetência gerencial do governo Michel Temer teve início com a adoção do Projeto de Emenda Constitucional (PEC 241) que estabeleceu o teto para o gasto público e aprofundou a recessão inaugurada durante o governo Dilma Rousseff colocando uma barreira na retomada do desenvolvimento do Brasil. Esta incompetência se manifesta, sobretudo, na falta de soluções para o déficit público que vem se acumulando e para o crescimento descontrolado da dívida pública, em grande medida resultante dos déficits público crescentes. A retomada do crescimento econômico só poderá ocorrer no Brasil desde que ao lado da redução do déficit público e da dívida pública interna, haja, também, uma redução drástica das taxas de juros praticadas pelo sistema financeiro nacional, não apenas da taxa Selic, mas também das taxas de juros praticadas pelos bancos que evidenciam a escorcha ou espoliação praticada pelo sistema financeiro brasileiro contra as empresas e as pessoas físicas.
O documento descreve os principais "apagões" que afetam a sociedade brasileira: 1) o declínio no crescimento econômico, 2) a poupança interna insuficiente, 3) a elevação da inflação, 4) o aumento da dívida pública, 5) a desindustrialização do país, e 6) o alto "Custo Brasil". Estes problemas resultam da ineficiência do governo federal, que gera desperdícios de recursos públicos.
O documento analisa o mercado de turismo no Brasil. Discute o crescimento econômico robusto e os megaeventos esportivos como transformadores do turismo no país. Também aborda fatores como demografia, classe social, poder de compra e infraestrutura que impulsionam o desenvolvimento do setor turístico.
Este artigo discute como o Brasil pode superar suas quatro crises atuais: 1) a crise econômica caracterizada pelo desemprego em massa e estagnação; 2) a crise política que ameaça a governabilidade; 3) a crise ética generalizada de corrupção; e 4) a crise de gestão pública. O autor argumenta que o modelo neoliberal adotado desde 1990 é responsável pelas crises e deve ser substituído por um modelo de desenvolvimento nacional que priorize os interesses do Brasil.
O documento faz um balanço crítico do primeiro ano do governo Dilma Rousseff, identificando problemas em diversas áreas como economia, investimento, educação e saúde. Segundo o texto, a economia continua sem rumo, o investimento patina, houve um retrocesso na industrialização e vários fiascos na educação. Na saúde, o financiamento federal caiu e programas lançados não saíram do papel.
Os nefastos efeitos do governo neoliberal de michel temer sobre o brasilFernando Alcoforado
A ofensiva neoliberal do governo Michel Temer visa colocar em prática o que os governos que lhe antecederam não conseguiram realizar na plenitude. Michel Temer quer restaurar o programa da década de 1990 nas novas condições históricas que foram criadas após o reformismo neoliberal implantado pelo PT. O ajuste fiscal, a redução nas políticas sociais e a política de privatizações fazem parte deste processo. Além de atentar contra a população com suas políticas antissociais, o governo Michel Temer compromete o futuro do País com sua política econômica recessiva que favorece apenas os banqueiros. O favorecimento aos banqueiros resulta do fato de a equipe econômica ter forte representação dos banqueiros no time liderado por Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda. Quando se avalia o déficit público de 2015, que alcançou R$ 620 bilhões, R$ 502 bilhões foram de juros que tem como principal beneficiário o sistema financeiro. Quando se analisa o déficit público em termos de porcentagem, se verifica que 82% são juros, 13% perda de arrecadação e apenas 5% aumento de despesa em relação a 2014.
O documento discute os modelos de desenvolvimento nacional no Brasil, comparando o modelo
desenvolvimentista implementado por Vargas com o modelo neoliberal implementado por Collor. O modelo
desenvolvimentista promoveu o crescimento através da industrialização e proteção da economia, enquanto o
modelo neoliberal fracassou em gerar crescimento sustentado e aumentou a dívida pública. O documento
defende a retomada de um modelo desenvolvimentista com abertura seletiva da economia.
O documento discute os modelos de desenvolvimento nacional no Brasil, comparando o modelo
desenvolvimentista implementado por Vargas com o modelo neoliberal implementado por Collor. O autor
argumenta que o modelo neoliberal levou a estagnação econômica e dívida, enquanto o modelo
desenvolvimentista promoveu crescimento. Ele defende a adoção de um novo modelo
desenvolvimentista com abertura seletiva e foco em investimento produtivo.
O presidente Lula disse no seu discurso de posse em 2003 que ele venceu as eleições porque a esperança (do povo) venceu o medo (da mudança). No entanto, ao assumir o governo, o presidente Lula e sua equipe demonstraram que o medo de enfrentar as verdadeiras causas dos problemas nacionais se sobrepôs à esperança do povo de realizar as mudanças exigidas para a promoção do progresso econômico e social do Brasil porque deu continuidade à política econômica neoliberal do governo FHC. Ao invés de mobilizar a sociedade civil organizada para junto com o governo elaborar e executar um plano nacional de desenvolvimento capaz de romper com os entraves ao progresso econômico e social do Brasil que correspondesse aos verdadeiros interesses da maioria do povo brasileiro, os governos do PT, de Lula e Dilma Rousseff, decidiram manter o modelo econômico neoliberal inaugurado no governo Collor do qual resultou crescente dependência do País de capitais externos e baixo crescimento econômico.
1) Os governos Lula e Dilma Roussef continuaram as políticas neoliberais dos governos anteriores e aumentaram a dependência do Brasil em relação ao capital estrangeiro.
2) Esses governos falharam em promover o crescimento econômico sustentável e a inclusão social através da geração de empregos.
3) Eles também fracassaram nos planos político e moral ao se envolverem em escândalos de corrupção.
Controlar o sistema financeiro para evitar a débâcle econômica no brasilFernando Alcoforado
Qualquer pessoa entendida em economia sabe que em um quadro de estagnação econômica que afeta o Brasil no momento, o crescimento econômico só se realiza desde que o governo eleve seus gastos para compensar a queda do consumo e do investimento. Quem formulou este ensinamento foi o grande economista John Maynard Keynes em meados do século XX. A tese defendida pelo governo Michel Temer de que precisa primeiro reduzir o gasto do governo para depois promover o crescimento econômico é totalmente irracional sob a ótica Keynesiana. Além disso, faz chantagem com a população ao afirmar que a alternativa é o corte de gastos do governo ou o aumento de impostos. Trata-se de um fato lamentável o governo Michel Temer pretender solucionar a crise econômica do Brasil que se agrava a cada dia com a adoção do ajuste fiscal que reduz o gasto público e tende a aprofundar o processo de estagnação econômica do País.
Será inevitável o impeachment de Dilma Rousseff não apenas devido aos crimes de responsabilidade fiscal que praticou, mas também, pelo conjunto da obra devastadora sobre a economia brasileira que ela e Lula realizaram nos 13 anos de governos do PT. O balanço de 13 anos dos governos do PT indica o descompromisso de ambos os governantes com as grandes lutas do povo brasileiro levadas avante nos últimos 50 anos, numa incoerência histórica traidora. Esta incoerência ocorreu, sobretudo, nos planos econômico e moral. A incoerência no plano econômico se manifesta no fato de ambos os governos terem dado continuidade à política neoliberal e antinacional dos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso seguindo o que estabeleceu o Consenso de Washington na década de 1990. No plano moral, institucionalizou-se a corrupção sistêmica nos governos do PT que contribuíram para levar a Petrobras e o País à bancarrota.
1) O Brasil enfrentará uma grave crise econômica em 2015 devido à aplicação do modelo neoliberal nas últimas décadas e à fraqueza do governo Dilma Rousseff.
2) O modelo neoliberal levou a estagnação econômica, aumento da dívida pública e vulnerabilidade externa.
3) A continuação deste modelo coincidirá com a tendência de depressão global, agravando a crise no Brasil.
A política econômica durante o governo lula (2003 2010) cenários, resultad...Gabriel Morais
O documento descreve a política econômica adotada pelo governo Lula entre 2003-2010, comparando-a com a política anterior do governo FHC. No início, Lula adotou uma estratégia semelhante à de FHC, com foco em estabilidade macroeconômica e responsabilidade fiscal. Porém, ao longo do tempo, o governo Lula implementou algumas mudanças e programas de distribuição de renda.
O documento discute a estratégia econômica do governo brasileiro de reduzir gastos públicos para promover o crescimento. O autor argumenta que esta estratégia é irracional segundo a teoria keynesiana e que o governo deveria elevar gastos para estimular a economia. Além disso, defende o controle do fluxo de capitais e redução das taxas de juros para incentivar o investimento e combater a estagnação econômica.
O documento discute a recessão econômica profunda no Brasil e as razões para acreditar que o país esteja caminhando para uma depressão. Aponta que erros de políticas neoliberais e a inação do governo Temer estão piorando a situação, levando a queda na produção, investimentos e consumo, além de aumento no desemprego. Defende que é necessária a superação do atual modelo econômico, sistema político e forma de gestão pública para que o Brasil possa sair da crise.
1) O documento discute cenários futuros para o Brasil considerando os sistemas político, administrativo, econômico, social e capitalista mundial.
2) Para cada sistema, são considerados cenários de referência que mantêm o status quo e cenários alternativos que propõem mudanças.
3) Um cenário alternativo proposto é uma nova constituinte para reformar os sistemas político e administrativo e adotar um modelo econômico nacional-desenvolvimentista.
Urge a construção de uma nova alternativa de poder no brasilFernando Alcoforado
A falta de condições políticas para realizar as mudanças econômicas que atendam os interesses da nação e garantam a governabilidade dos atuais detentores do poder está comprometida porque o governo Dilma Rousseff já demonstrou não reunir força política, não possuir competência suficiente e não ter liderança para propor à nação um projeto nacional de desenvolvimento que contribua para reverter a situação atual. O tempo conspira contra o governo Dilma Rousseff cuja tendência é a de piora da situação atual e de queda na aceitação de seu governo por parte da população brasileira. Todo este conjunto de fatores pode contribuir para que haja o crescimento do movimento pelo impeachment de Dilma Rousseff. Diante desta perspectiva, a nação brasileira tem que construir uma nova alternativa de poder no Brasil com a constituição de um novo partido que seja a antítese dos partidos que ocuparam o poder após o regime militar e demonstram serem incapazes de promover o desenvolvimento econômico e social do país em benefício da grande maioria de sua população, além de muitos deles serem coniventes com a corrupção sistêmica que toma conta das instâncias de poder nacional.
Como a maioria dos demais países latino americanos, a economia brasileira foi
muito atingida pela duas mais importantes mudanças nas condições externas que
afetaram o continente desde 1980, a saber, a interrupção (e mesmo a reversão) dos
fluxos internacionais de capital para a região depois da moratória mexicana em 1982 e a
retomada destes fluxos nos anos 90 1 . O primeiro destes choques - combinado com
recessão mundial, deterioração dos termos de troca para as commodities e um aumento
sem precedentes nas taxas de juros internacionais ocorridos nos anos oitenta - levou o
Brasil a uma década de estagnação 2 e taxas de inflação altas e persistentes que levaram
adicionalmente, ao progressivo desmantelamento de um bem sucedido regime de
industrialização liderado pelo Estado.
A abrupta retomada dos fluxos de capital para a América Latina recentemente nos
anos noventa foi decisiva para a recuperação econômica e a dramática redução e
estabilização da taxa de inflação, esta última obtida no Brasil com o Plano Real aplicado
em 1994, que foi baseado na desindexação da economia e (mais crucialmente) no rígido
controle da taxa nominal de câmbio.
Este artigo tem por objetivo apresentar as estratégias que permitiriam solucionar um dos maiores flagelos vividos pela população brasileira na história do Brasil que é o desemprego em massa. No Brasil, enquanto a economia se deteriora desde 2014, o desemprego alcançou 12 milhões de trabalhadores desempregados e 4,8 milhões de desalentados em 2021. A situação do desemprego se agravou a partir de 2014 quando houve um crescimento vertiginoso da taxa de desemprego. O desemprego em massa registrado no Brasil tem como principal causa o fato de o País estar estagnado economicamente de 2011 a 2020. A estagnação econômica do Brasil se explica pela queda do investimento na economia brasileira a partir de 1990. A queda no investimento na economia brasileira tem como principais responsáveis os governantes do Brasil que adotaram desde 1990 o modelo econômico neoliberal que produziu resultados desastrosos para a economia brasileira ao apresentar baixas taxas de crescimento e de investimento e elevada taxa de desemprego.
Para eliminar o desemprego, é preciso reativar a economia brasileira com o abandono do desastroso modelo econômico neoliberal e sua substituição pelo modelo nacional desenvolvimentista com o governo se tornando agente ativo do processo de desenvolvimento promovendo a reativação da economia brasileira, incentivando o desenvolvimento da economia o social e solidária e da economia criativa para gerarem empregos e aumentando os investimentos em educação para preparar e atualizar continuamente as pessoas para o mercado de trabalho atual e futuro. A reativação da economia requereria a execução de obras públicas de infraestrutura para gerar emprego imediato, o desenvolvimento da economia social e solidária para promover atividades econômicas voltadas para a maximização da geração de emprego e não da maximização do lucro e o desenvolvimento da economia criativa para promover atividades econômicas baseadas na criatividade, no conhecimento e na informação para gerar emprego em 13 diferentes áreas: 1) arquitetura; 2) publicidade; 3) design; 4) artes e antiguidades; 5) artesanato; 6) moda; 7) cinema e vídeo; 8) televisão; 9) editoração e publicações; 10) artes cênicas; 11) rádio; 12) softwares de lazer; e, 13) música. Por sua vez, a reestruturação do sistema de educação do Brasil tem um papel fundamental no sentido de preparar e atualizar trabalhadores em todos os níveis para o mercado de trabalho. Quanto mais preparado e atualizado estiver o trabalhador maiores são as chances dele obter o emprego e se manter nele.
O MODELO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DE QUE O BRASIL PRECISA Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo demonstrar a necessidade de o povo brasileiro repelir nas próximas eleições a todos os candidatos à Presidência da República, aos governos de Estado e ao parlamento estadual e nacional que buscam a manutenção do modelo econômico neoliberal que, desde 1990, vem comprometendo o desenvolvimento econômico e social do País haja vista ser ele o principal responsável por levar o Brasil à bancarrota econômica e à devastação social na atualidade. A globalização econômica neoliberal teve seu início a partir da década de 1990 quando o modelo econômico neoliberal foi imposto no mundo e beneficiou largamente o grande capital, impôs limites restritivos à ação do Estado nacional, sacrificou a produção local em favor dos produtos importados, privatizou ativos do setor público que foram vendidos a preços aviltantes e dizimou os direitos trabalhistas. No Brasil, o modelo econômico neoliberal foi adotada como alternativa ao modelo econômico nacional desenvolvimentista inaugurado com a Revolução de 1930 pelo governo Getúlio Vargas que chegou a um fim melancólico no governo Ernesto Geisel em 1979 com a falência do Estado brasileiro e a estagnação da economia brasileira na década de 1980. O modelo econômico neoliberal implantado a partir de 1990 agravou ainda mais o panorama econômico e social do Brasil ao contribuir para o enfraquecimento do papel do Estado na economia e propiciar maior abertura do mercado nacional ao capital estrangeiro. Os fatos ocorridos de 1930 até o presente momento demonstram que o modelo nacional desenvolvimentista fracassou no Brasil porque seu processo de desenvolvimento não foi sustentável, mas o neoliberalismo que o substituiu fracassou mais ainda ao desmantelar a economia brasileira de 1990 até o momento atual, torná-la extremamente dependente do exterior e contribuir para produzir a maior devastação social já registrada no País.
O documento descreve a falência do modelo econômico neoliberal no Brasil, que levou a estagnação econômica, dívida pública e desemprego. Também aponta a falência do sistema político marcado por corrupção e a falência do modelo de gestão pública ineficiente. Defende a substituição desses modelos por alternativas nacionais desenvolvimentistas.
Dilma roussef x aecio neves no 2 turno das eleicoes presidenciaisRoberto Rabat Chame
O documento discute as eleições presidenciais brasileiras no segundo turno entre Dilma Roussef e Aécio Neves. Ambos os candidatos apoiam políticas econômicas neoliberais, como privatizações e abertura de mercado. Embora o PT tenha se oposto a privatizações no passado, o governo Dilma as implementou. Já as políticas sociais do PT, como o Bolsa Família, são vistas como insuficientes para promover inclusão social devido ao baixo crescimento econômico. Aécio Neves pode se difer
Dilma roussef x aécio neves no 2º turno das eleições presidenciaisFernando Alcoforado
O 2º turno das eleições presidenciais colocará frente à frente o petismo representado pela candidata Dilma Roussef e o antipetismo representado pelo candidato Aécio Neves. São poucas as diferenças entre ambos os candidatos e de seus partidos no que diz respeito à política econômica nitidamente neoliberal que segue o que estabeleceu o Consenso de Washington na década de 1990 (disciplina fiscal, juros de mercado, câmbio flutuante, abertura comercial, liberalização do investimento estrangeiro direto, privatização das estatais, desregulamentação das leis econômicas e trabalhistas). Dois fatores diferiam, entretanto, o PT do PSDB: a rejeição da política de privatização e a defesa da redução das desigualdades sociais pelo primeiro.No entanto, a política de privatização de empresas estatais combatida pelo PT nos seus primórdios está sendo levada avante pelo governo Dilma Roussef que chegou ao absurdo de entregar 60% do petróleo do campo de Libra da camada pré-sal ao capital estrangeiro. A denominada parceria pública privada (PPP) posta em prática pelo atual governo não é nada mais nada menos do que a nova denominação dada ao processo de privatização de portos, aeroportos, rodovias, etc. Por sua vez, a redução das desigualdades sociais defendida pelo governo Dilma Roussef se realizou com a concessão de “esmolas” a 50 milhões de brasileiros pobres através do programa Bolsa Família com recursos do Tesouro que não promoveu a verdadeira inclusão social da população pobre que só ocorreria com sua inserção ao mercado de trabalho como consequência do crescimento do PIB, isto é, do aumento da riqueza nacional. No entanto, a taxa média de crescimento do PIB de 2011 a 2013 foi de apenas 2 % ao ano bem abaixo da taxa de 5% ao ano necessária à geração de emprego e renda no Brasil.
As soluções para as crises que ameaçam o futuro do brasilFernando Alcoforado
1. O documento discute as crises econômica, política, de gestão, ética e moral que ameaçam o Brasil e propõe soluções. 2. Para a crise econômica, propõe substituir o modelo neoliberal por um desenvolvimentista com controle cambial e de capitais. 3. Para a crise política, defende uma nova Constituinte para substituir o presidencialismo por parlamentarismo e aumentar a participação popular.
Semelhante a Os nefastos efeitos do neoliberalismo sobre o brasil e como superá los (20)
Este artigo tem por objetivo demonstrar que o povo brasileiro vive o inferno representado pelas catástrofes políticas, econômicas, sociais e ambientais que estão conduzindo o País a um desastre humanitário sem precedentes em sua história de gigantescas proporções. A catástrofe política no Brasil poderá ocorrer com o fim do processo democrático resultante da escalada do fascismo na sociedade pela ação do presidente Jair Bolsonaro que busca colocar em prática sua proposta de governo tipicamente fascista baseada no culto explícito da ordem, na violência de Estado, em práticas autoritárias de governo, no desprezo social por grupos vulneráveis e fragilizados e no anticomunismo. Soma-se à catástrofe política, a catástrofe econômica caracterizada pela estagnação da economia brasileira que amarga uma recessão em 2020 agravada pela pandemia do novo coronavirus porque o PIB caiu 4,1% em relação ao de 2019, a menor taxa da série histórica, iniciada em 1996, bem como com a taxa de desemprego em patamar recorde de 14,8 milhões de pessoas em busca de emprego no País. A catástrofe social se manifesta no fato de o governo Bolsonaro nada fazer para reduzir as taxas de desemprego reativando a economia, atuar em prejuízo dos interesses dos trabalhadores promovendo medidas contra os direitos sociais da população e contribuir para o número elevado de infectados e mortos pelo coronavirus no Brasil ao sabotar o combate ao vírus. Finalmente, a catástrofe ambiental se manifesta no fato de o governo Bolsonaro contribuir para a inação de órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização contra as agressões ao meio ambiente, abrir caminho para atividades de mineração, agricultura, pecuária e madeireira na Floresta Amazônica e afastar o Brasil do Acordo do Clima de Paris.
Cet article vise à démontrer que le peuple brésilien vit l'enfer représenté par les catastrophes politiques, économiques, sociales et environnementales qui conduisent le pays à une catastrophe humanitaire sans précédent dans son histoire aux proportions gigantesques. La catastrophe politique au Brésil pourrait survenir avec la fin du processus démocratique résultant de l'escalade du fascisme dans la société par l'action du président Jair Bolsonaro, qui cherche à mettre en pratique sa proposition de gouvernement typiquement fasciste. fondée sur le culte explicite de l'ordre, la violence d'État, les pratiques gouvernementales autoritaires, le mépris social pour les groupes vulnérables et fragiles et l'anticommunisme. Outre la catastrophe politique, la catastrophe économique caractérisée par la stagnation de l'économie brésilienne après une récession en 2020, aggravée par la nouvelle pandémie de coronavirus, car le PIB a baissé de 4,1% par rapport à 2019, le taux le plus bas du série historique, commencée en 1996, ainsi qu'avec le taux de chômage à un niveau record de 14,8 millions de personnes à la recherche d'un emploi dans le pays.La catastrophe sociale se manifeste par le fait que le gouvernement Bolsonaro ne fait rien pour réduire les taux de chômage en réactivant la économique, agissant au détriment des intérêts des travailleurs, promouvant des mesures contre les droits sociaux de la population et contribuant au nombre élevé de personnes infectées et tuées par le coronavirus au Brésil en sabotant la lutte contre le virus. Enfin, la catastrophe environnementale se manifeste par le fait que le gouvernement Bolsonaro contribue à l'inaction des agences gouvernementales chargées de surveiller les agressions contre l'environnement, ouvrant la voie aux activités minières, agricoles, d'élevage et d'exploitation forestière dans la forêt amazonienne et retirant le Brésil de l'Accord de Paris sur le climat.
Cet article a pour objectif de présenter et d'analyser le rapport du Groupe d'experts intergouvernemental sur l'évolution du climat (GIEC), agence liée à l'ONU, rendu public le 9 août 2021 à travers lequel il montre l'ensemble des connaissances acquises depuis la publication de son précédent rapport en 2014 sur le climat de la planète Terre. 234 auteurs de 66 pays ont examiné plus de 14 000 études scientifiques et leur travail a été reçu avec plus de 78 000 commentaires et observations de chercheurs et d'experts qui travaillant pour les 195 gouvernements auxquels ce travail est destiné. Ce rapport révèle une connaissance approfondie du climat passé, présent et futur de la Terre. Le résumé de ce rapport est à lire dans l'article Selon le GIEC, le changement climatique est irréversible, mais peut encore être corrigé disponible sur le site <https://www.sciencesetavenir.fr/nature-environnement/climat/selon-le-giec-le-changement-climatique-s-accelere-est-irreversible-mais-peut-etre-corrige_156431>. Alors que peut-on faire pour éviter cette catastrophe climatique ? La solution est de réduire de moitié les émissions mondiales de gaz à effet de serre d'ici 2030 et de zéro émission nette d'ici le milieu de ce siècle pour arrêter et éventuellement inverser la hausse des températures. La réduction à zéro des émissions nettes consiste à réduire autant que possible les émissions de gaz à effet de serre en utilisant les technologies propres et les énergies renouvelables, ainsi que comme capter et stocker le carbone, ou l'absorber en plantant des arbres. Très probablement, le monde ne réussira pas à empêcher d'autres changements climatiques en raison de l'absence d'un système de gouvernance mondiale capable d'empêcher l'augmentation du réchauffement climatique et le changement climatique catastrophique résultant de l'impuissance de l'ONU.
AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL E SEUS IMPACTOS SOBRE A SAÚDE HU...Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar os impactos do aquecimento global e da consequente mudança climática sobre a saúde humana e as soluções que permitam evitar suas maléficas consequências contra a humanidade. Para alcançar este objetivo, é necessário promover uma transformação profunda da sociedade atual que tem sido extremamente destruidora das condições de vida do planeta. Diante disso, é imprescindível que seja edificada uma sociedade sustentável substituindo o atual modelo econômico dominante em todo o mundo por outro que leve em conta o homem integrado com o meio ambiente, com a natureza, ou seja, o modelo de desenvolvimento sustentável. Foi analisado o Acordo de Paris com base na COP 21 organizada pela ONU através do qual 195 países e a União Europeia definiram como a humanidade lutará contra o aquecimento global nas próximas décadas, bem como foi analisada literatura relacionada com o aquecimento global e a mudança climática para extrair as conclusões que apontam como substituir o modelo de desenvolvimento atual pelo modelo de desenvolvimento sustentável.
GLOBAL WARMING, GLOBAL CLIMATE CHANGE AND ITS IMPACTS ON HUMAN HEALTHFernando Alcoforado
This article aims to present the impacts of global warming and the consequent global climate change on human health and the solutions to avoid its harmful consequences against humanity. In order to achieve this goal, it is necessary to promote a profound transformation of current society, which has been extremely destructive of the planet's living conditions. Therefore, it is essential to build a sustainable society, replacing the current dominant economic model throughout the world with one that takes into account man integrated with the environment, with nature, that is, the model of sustainable development. The Paris Agreement was analyzed based on the COP 21 organized by the UN through which 195 countries and the European Union defined how humanity will fight global warming in the coming decades, as well as was analyzed literature related to global warming and climate change to extract the conclusions that point out how to replace the current development model with the sustainable development model.
LE RÉCHAUFFEMENT CLIMATIQUE, LE CHANGEMENT CLIMATIQUE MONDIAL ET SES IMPACTS ...Fernando Alcoforado
Cet article a pour objectif de présenter les impacts du réchauffement climatique et du changement climatique qui en découle sur la santé humaine et les solutions pour éviter ses conséquences néfastes contre l'humanité. Pour atteindre cet objectif, il est nécessaire de promouvoir une transformation profonde de la société d'aujourd'hui qui a été extrêmement destructrice des conditions de vie sur la planète. Il est donc essentiel de construire une société durable, en remplaçant le modèle économique actuel dominant à travers le monde par un autre qui prenne en compte l'homme intégré à l'environnement, à la nature, c'est-à-dire le modèle de développement durable. L'Accord de Paris a été analysé sur la base de la COP 21 organisée par l'ONU à travers laquelle 195 pays et l'Union européenne ont défini comment l'humanité luttera contre le réchauffement climatique dans les prochaines décennies, ainsi que a été analysée la littérature liée au réchauffement climatique et au changement climatique pour extraire les conclusions qui indiquent comment remplacer le modèle de développement actuel par le modèle de développement durable.
Cet article a trois objectifs : 1) démontrer qu'il y a un changement drastique du climat de la Terre grâce au réchauffement climatique, qui contribue à la survenue d'inondations dans les villes aux effets de plus en plus catastrophiques ; 2) proposer des mesures pour lutter contre le changement climatique mondial ; et 3) proposer des mesures pour préparer les villes à faire face à des événements météorologiques extrêmes. Récemment, des inondations se sont produites qui exposent la vulnérabilité des villes d'Europe et de Chine aux conditions météorologiques les plus extrêmes. Après les inondations qui ont fait des morts en Allemagne, en Belgique et en Chine, le message a été renforcé que des changements importants sont nécessaires pour préparer les villes à faire face à des événements similaires à l'avenir. Les gouvernements doivent admettre que les infrastructures qu'ils ont construites dans le passé pour les villes, même à une époque plus récente, sont vulnérables à ces phénomènes météorologiques extrêmes. Pour faire face aux inondations qui deviendront de plus en plus fréquentes, les gouvernements doivent agir simultanément dans trois directions : la première est de lutter contre le changement climatique mondial ; le second est de préparer les villes à faire face à des événements météorologiques extrêmes et le troisième est de mettre en œuvre une société durable aux niveaux national et mondial.
This article has three objectives: 1) to demonstrate that there is a drastic change in the Earth's climate thanks to global warming, which is contributing to the occurrence of floods in cities that are increasingly catastrophic in their effects; 2) propose measures to combat global climate change; and 3) propose measures to prepare cities to face extreme weather events. Recently, floods have occurred that expose the vulnerability of cities in Europe and China to the most extreme weather. After the floods that killed people in Germany, Belgium and China, the message was reinforced that significant changes are needed to prepare cities to face similar events in the future. Governments need to admit that the infrastructure they built in the past for cities, even in more recent times, is vulnerable to these extreme weather events. To deal with the floods that will become more and more frequent, governments need to act simultaneously in three directions: the first is to combat global climate change; the second is to prepare cities to face extreme weather events and the third is to implement a sustainable society at the national and global levels.
Este artigo tem três objetivos: 1) demonstrar que está havendo uma mudança drástica no clima da Terra graças ao aquecimento global que está contribuindo para a ocorrência de inundações nas cidades que se repetem de forma cada vez mais catastrófica em seus efeitos; 2) propor medidas para combater a mudança climática global; e, 3) propor medidas visando preparar as cidades para enfrentar eventos climáticos extremos. Recentemente, ocorreram enchentes que expõem a vulnerabilidade das cidades da Europa e da China ao clima mais extremo. Depois das enchentes que mataram pessoas na Alemanha, Bélgica e China foi reforçada a mensagem de que são necessárias mudanças significativas para preparar as cidades para enfrentar eventos similares no futuro. Os governos precisam admitir que a infraestrutura que construíram no passado para as cidades, mesmo em tempos mais recentes, é vulnerável a esses eventos de clima extremo. Para lidar com as inundações que serão cada vez mais frequentes, os governos precisam agir simultaneamente em três direções: a primeira consiste em combater a mudança climática global; a segunda consiste em preparar as cidades para enfrentar eventos extremos no clima e a terceira consiste em implantar uma sociedade sustentável nas esferas nacional e global.
CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE SÃO AS ESCOLHAS DO POVO BRASILEIRO NAS ELEIÇÕES DE 2022 Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo demonstrar que as eleições de 2022 são decisivas para o futuro do Brasil porque que o povo brasileiro terá que decidir entre os valores da civilização e da democracia ou os da barbárie e do fascismo defendidos pelos candidatos à Presidência da República. É preciso observar que a Civilização é considerada o estágio mais avançado que uma sociedade humana pode alcançar do ponto de vista político, econômico, social, cultural, científico e tecnológico. O contrário de civilização é a Barbárie que é a condição daquilo que é selvagem, cruel, desumano e grosseiro, ou seja, quem ou o que é tido como bárbaro que atenta contra o progresso político, econômico, social, cultural, científico e tecnológico. A barbárie sempre se caracterizou ao longo da história da humanidade por grupos que usam a força e a crueldade para alcançar seus objetivos.
CIVILISATION OU BARBARIE SONT LES CHOIX DU PEUPLE BRÉSILIEN AUX ÉLECTIONS DE ...Fernando Alcoforado
Cet article vise à démontrer que les élections de 2022 sont décisives pour l'avenir du Brésil car le peuple brésilien devra trancher entre les valeurs de civilisation et de démocratie ou celles de barbarie et de fascisme défendues par les candidats à la Présidence de la République. Il convient de noter que la civilisation est considérée comme le stade le plus avancé qu'une société humaine puisse atteindre d'un point de vue politique, économique, social, culturel, scientifique et technologique. Le contraire de la civilisation est la barbarie, qui est la condition de ce qui est sauvage, cruel, inhumain et grossier, c'est-à-dire qui ou ce qui est considéré comme barbare qui attaque le progrès politique, économique, social, culturel, scientifique et technologique. La barbarie a toujours été caractérisée tout au long de l'histoire de l'humanité par des groupes qui utilisent la force et la cruauté pour atteindre leurs objectifs.
CIVILIZATION OR BARBARISM ARE THE CHOICES OF THE BRAZILIAN PEOPLE IN THE 2022...Fernando Alcoforado
This article aims to demonstrate that the 2022 elections are decisive for the future of Brazil because the Brazilian people will have to decide between the values of civilization and democracy or those of barbarism and fascism defended by candidates for the Presidency of the Republic. It should be noted that Civilization is considered the most advanced stage that a human society can reach from a political, economic, social, cultural, scientific and technological point of view. The opposite of civilization is Barbarism, which is the condition of what is savage, cruel, inhuman and coarse, that is, who or what is considered barbaric that attacks political, economic, social, cultural, scientific and technological progress. Barbarism has always been characterized throughout human history by groups that use force and cruelty to achieve their goals.
COMO EVITAR A PREVISÃO DE STEPHEN HAWKING DE QUE A HUMANIDADE SÓ TEM MAIS 100...Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar o que foi dito pelo falecido cientista Stephen Hawking que afirmou em 2018 que a espécie humana poderia ser levada à extinção em 100 anos e que, devido a isto, forçaria os seres humanos a saírem da Terra, bem como demonstrar que as ameaças de extinção da espécie humana citadas por Hawking podem ser enfrentadas sem que haja a necessidade de fuga de seres humanos da Terra.
COMMENT ÉVITER LA PRÉVISION DE STEPHEN HAWKING QUE L'HUMANITÉ N'A QUE 100 ANS...Fernando Alcoforado
Cet article vise à présenter ce qu'a dit le regretté scientifique Stephen Hawking qui a déclaré en 2018 que l'espèce humaine pourrait être amenée à l'extinction dans 100 ans et que, de ce fait, il forcerait les êtres humains à quitter la Terre, ainsi que démontrer que les menaces d'extinction de l'espèce humaine citées par Hawking peuvent être affrontées sans que les êtres humains aient besoin de s'échapper de la Terre.
Today the French Revolution is commemorated, which was a dividing mark in the history of humanity, starting the contemporary age. It was such an important event that its ideals influenced many movements around the world.
On commémore aujourd'hui la Révolution française, qui a marqué l'histoire de l'humanité en commençant l'ère contemporaine. C'était un événement si important que ses idéaux ont influencé de nombreux mouvements à travers le monde.
Hoje é comemorada a Revolução Francesa que foi um marco divisório da história da humanidade dando início à idade contemporânea. Foi um acontecimento tão importante que seus ideais influenciaram vários movimentos ao redor do mundo.
O TARIFAÇO DE ENERGIA É SINAL DE INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO FEDERAL NO PLANEJAM...Fernando Alcoforado
O documento discute a incompetência do governo federal brasileiro no planejamento do setor elétrico nacional que levou à crise energética atual. A estiagem histórica reduziu a produção de hidrelétricas, forçando o uso de termelétricas mais caras e aumentos nas tarifas de energia. O governo sabia dos riscos da estiagem mas não tomou medidas preventivas, ameaçando racionamentos.
LES RÉVOLUTIONS SOCIALES, LEURS FACTEURS DÉCLENCHEURS ET LE BRÉSIL ACTUELFernando Alcoforado
Cet article vise à analyser les facteurs déclencheurs des révolutions sociales qui se sont produites tout au long de l'histoire de l'humanité et à évaluer la possibilité de leur occurrence dans le Brésil contemporain.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZILFernando Alcoforado
This article aims to analyze the triggering factors of social revolutions that have occurred throughout human history and assess the possibility of their occurrence in contemporary Brazil.
SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
Os nefastos efeitos do neoliberalismo sobre o brasil e como superá los
1. OS NEFASTOS EFEITOS DO NEOLIBERALISMO SOBRE O BRASIL E
COMO SUPERÁ-LOS
Fernando Alcoforado*
David Harvey, geógrafo britânico, professor da City University of New York, afirma
que; 1) o neoliberalismo é, em princípio, a política econômica que defende a tese de que
o bem-estar humano pode avançar mais com a liberalização do empreendedorismo
individual e a existência de uma estrutura institucional caracterizada por empresas
privadas fortes, livre mercado e livre comércio; 2) o papel do Estado neoliberal é o de
criar e preservar uma estrutura institucional apropriada a tais práticas garantindo, por
exemplo, a qualidade e integridade da moeda, além de dispor de estrutura militar, de
defesa, policial e legal, entre outras funções, requeridas para assegurar os direitos da
propriedade privada e garantir pela força, se necessário, o funcionamento dos mercados;
3) a intervenção do Estado no mercado deve ocorrer em nível mínimo (HARVEY,
David. A brief history of neoliberalism. New York: Oxford University Press, 2007).
David Harvey acrescenta que o neoliberalismo propõe a desregulamentação,
privatizações e a retirada do Estado de muitas áreas de atendimento social. Quase todos
os países do mundo aderiram voluntariamente ou sob pressões coercitivas ao
neoliberalismo a partir da década de 1990. Até mesmo a China, que com Mao Zedong
tentou edificar a sociedade socialista, aderiu ao neoliberalismo sob a liderança de Deng
Xiaop-ing ao institucionalizar o chamado “socialismo de mercado” que representa a
construção de uma economia de mercado capitalista que incorpora, segundo David
Harvey, elementos neoliberais com o controle centralizado do Estado. Com o abandono
do projeto socialista, a introdução do neoliberalismo e a institucionalização do
capitalismo de estado na China, a proteção social dos trabalhadores que existia na época
de Mao Zedong deixou de existir.
Os fatores que desencadearam o neoliberalismo no mundo foram, de um lado, a crise
do sistema capitalista mundial com o declínio do processo de acumulação do capital
em escala mundial agravada com a triplicação dos preços de petróleo, literalmente o
combustível do capitalismo, em 1973 e de novo em 1979, quando houve também um
enorme aumento nas taxas de juros americanas, que causou, na década de 1980, a
chamada “crise da dívida externa” nos países capitalistas periféricos. A crise do
sistema capitalista mundial se deu em várias escalas: política, economia, vida social,
externa e internamente em todos os países. Toda a crise era demonstrada através do
aumento do desemprego, da queda nos níveis de investimento e da redução da
lucratividade do capital, da crise fiscal dos estados nacionais, etc. A resposta para
isso foi o neoliberalismo com base no qual foram adotadas novas ideologias, novas
formas de administração, de gerenciamento e de produção. De outro lado, o fim da
União Soviética e do sistema socialista do Leste Europeu contribuiu também para
que vários países que adotaram o socialismo na Rússia e no Leste Europeu, bem
como alguns que adotavam o Estado de Bem Estar Social na Europa Ocidental como
contraponto capitalista ao sistema socialista o substituísse pelo modelo neoliberal.
O neoliberalismo tem como princípios básicos: 1) mínima participação do Estado nos
rumos da economia nacional; 2) política de privatização de empresas estatais; 3) pouca
intervenção do governo no mercado de trabalho; 4) livre circulação de capitais
internacionais e ênfase na globalização; 5) abertura da economia para a entrada de
multinacionais; 5) adoção de medidas contra o protecionismo econômico; 6)
1
2. desburocratização do Estado com a adoção de leis e regras econômicas mais
simplificadas para facilitar o funcionamento economia; 7) diminuição do tamanho do
Estado para torná-lo mais eficiente; 8) não interferência do Estado nos preços de
produtos e serviços que devem ser determinados pelo mercado com base na lei da oferta
e procura; 9) controle da inflação pelo Estado através de políticas monetárias com base
em metas de inflação; 10) adoção pelo Estado da política de câmbio flutuante; e, 11)
obtenção de superávit fiscal para pagamento da dívida pública.
A prática vem demonstrando a inviabilidade do modelo econômico no Brasil
inaugurado pelo presidente Fernando Collor em 1990 e mantido pelos presidentes
Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Roussef. O baixo
crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal
durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo
neoliberal implantado no País. Não apenas FHC deixou um legado econômico
comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também
responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo
econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do
Brasil.
Tanto quanto o governo FHC, os governos do PT de Lula e Dilma Roussef mantiveram
o modelo neoliberal que contribuiu para provocar uma verdadeira devastação na
economia brasileira de 2002 a 2014 configurada: 1) no crescimento econômico pífio e
descontrole da inflação; 2) nos gargalos existentes na infraestrutura econômica e social;
3) na desindustrialização da economia brasileira; 4) na explosão da dívida pública
interna e externa, na desnacionalização da economia brasileira e no agravamento da
crise financeira do setor público; 5) no fracasso da política social governamental e na
superação das desigualdades regionais; 6) no agravamento da situação do meio
ambiente; e, 7) na retomada da política de privatização.
1. O neoliberalismo e seu impacto sobre as contas externas, a desnacionalização
2
da economia brasileira e o crescimento econômico
No período recente, durante o governo Dilma Roussef, o Brasil apresentou déficit na
balança comercial de 2007 a 2013. O comércio exterior brasileiro registrou déficit de
US$ 1,177 bilhão em outubro de 2014, o pior para este mês desde 1998. O balanço de
pagamentos em conta corrente composto pelo saldo da balança comercial, balança de
serviços e transferências unilaterais passou a ser deficitário de 2007 a 2013
acompanhando a queda na balança comercial do Brasil. As causas do déficit no balanço
de pagamentos do Brasil foram as remessas de lucros e dividendos pelas empresas
multinacionais que veem crescendo de forma extraordinária nos últimos anos, sobretudo
a partir da crise mundial de 2008 quando as matrizes estrangeiras passaram a se socorrer
das finanças de suas filiais, transformando-se num custo adicional que obriga o Brasil a
ajudá-las a enfrentar a crise econômica mundial. Estas remessas, nos últimos anos,
superaram em muito o valor das remessas de juros da dívida externa. O resultado disso
tudo é a desnacionalização da economia brasileira, que é o grande problema que
fragiliza as contas externas do país.
A desnacionalização da economia brasileira avança através dos investimentos diretos
em fusões e aquisições de empresas nacionais (que representam mais de 50% dos
investimentos externos diretos). Esta situação criou um círculo vicioso: a cobertura do
3. déficit em conta corrente é feita através dos dólares que entram na forma de
investimentos estrangeiros, mas o resultado objetivo do ingresso de capitais estrangeiros
acaba sendo a expansão do passivo externo e da desnacionalização, permitindo o
crescimento das receitas do capital estrangeiro remetidas às matrizes. Portanto, além de
contribuírem para a desnacionalização da economia brasileira, o déficit do balanço de
pagamentos em conta corrente aumentou ainda mais a dependência do Brasil de capitais
externos com a demanda crescente de investimentos estrangeiros diretos.
Enquanto ocorria o agravamento das contas externas do Brasil e o avanço do processo
de desnacionalização acontecia também baixíssimo crescimento econômico. A taxa
média de crescimento do PIB do Brasil no período FHC (1998/2002) foi de um valor
pífio de 2,3% ao ano, o crescimento econômico do País durante o governo Lula
(2003/2010) foi também pífio de 3,6% ao ano o mesmo ocorrendo com o governo
Dilma Roussef quando o Brasil cresceu menos ainda (1,45% de 2010 a 2013) e se prevê
que terá crescimento zero em 2014.
O crescimento econômico do Brasil de 1994 a 2013 tem evidenciado um desempenho
insatisfatório pelo fato de não apresentar, de forma sustentável, taxas acima de 5% ao
ano necessárias à geração de emprego e renda no Brasil. A taxa média de crescimento
de 2010 a 2013 foi de 1,45% ao ano. O mercado financeiro prevê crescimento da
economia brasileira de 0,24% em 2014, a menor estimativa desde 2009. A queda no
crescimento econômico do Brasil resulta do déficit crescente nas transações de bens e
serviços com o resto do mundo, da dificuldade de investir em infraestrutura, da inflação
acima da meta exigindo aumento na taxa de juros para conter o consumo e da dívida
pública elevada.
2. O neoliberalismo e a política de privatização no Brasil
A política de privatização de empresas estatais combatida pelo PT durante o governo
Fernando Henrique Cardoso e suspensa durante o governo Lula está sendo levada
avante pelo governo Dilma Roussef que chegou ao absurdo de entregar 60% do petróleo
do campo de Libra da camada pré-sal ao capital estrangeiro. A denominada parceria
pública privada (PPP) posta em prática pelo atual governo não é nada mais nada menos
do que a nova denominação dada ao processo de privatização de portos, aeroportos,
rodovias, etc. A política de privatização é, portanto, um dos legados dos governos FHC
e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil.
3. O neoliberalismo e seus efeitos sobre a desindustrialização do Brasil
A abertura da economia brasileira inaugurada durante o governo Collor e aprofundada
pelos governos Itamar Franco e FHC e mantida pelos governos Lula e Dilma Roussef
contribuiu para o grande fluxo de capitais externos ao Brasil traduzido nos
investimentos estrangeiros diretos. O grande volume de investimento estrangeiro direto,
a entrada excessiva de dólares atraídos pelas altas taxas de juros Selic, as maiores do
mundo, adotadas pelo Banco Central do Brasil e a política cambial de câmbio flutuante
contribuíram para a sobrevalorização do real em relação ao dólar afetando a
competitividade da indústria brasileira no mercado externo e em relação aos produtos
importados. Após um período de grande expansão de 1947 a 1985, a participação da
indústria brasileira na formação do PIB tem sido declinante configurando um quadro de
3
4. desindustrialização que apresentou em 2013 participação equivalente à registrada em
1956 quando o governo Juscelino Kubitichek lançou seu Plano de Metas.
A abertura da economia brasileira a partir de 1990 agravou ainda mais a situação da
indústria brasileira que perdeu competitividade devido também aos entraves
representados pelo Custo Brasil (elevado déficit público, taxas de juros reais elevadas.
elevado “spread” bancário, altíssima carga tributária, altos custos trabalhistas, elevados
custos do sistema previdenciário, legislação fiscal complexa e ineficiente, alto custo da
energia elétrica, infraestrutura precária e falta de mão de obra qualificada). A
fragilização da indústria brasileira foi decisiva para que a metade do investimento
estrangeiro direto realizado no Brasil fosse destinada à aquisição de muitas delas,
desnacionalizando-as.
4. O neoliberalismo e seus efeitos sobre a queda nos investimentos e a elevação da
4
inflação no Brasil
A poupança pública e privada, que em 2013 correspondeu a 14,4% do PIB, deveria ser
da ordem de 25% do PIB para viabilizar o crescimento econômico de 5% ao ano. O
investimento privado (15% do PIB) tem sido insuficiente devido ao Custo Brasil. Por
sua vez, o investimento público é também insuficiente (-1,4% do PIB) devido ao
excessivo comprometimento do orçamento da República com os gastos públicos de
custeio sempre crescentes e o pagamento de juros e amortização da dívida pública
interna. A dificuldade do Brasil de investir em infraestrutura decorre da insuficiência da
poupança pública e privada.
A incompetência na gestão e a insuficiência de recursos para investimento em
infraestrutura têm sido os principais fatores responsáveis pela lastimável situação em
que se encontram os setores de transporte e energia elétrica do Brasil. Quanto à
infraestrutura de transportes no Brasil, apesar da enorme costa e dos rios navegáveis,
60% das cargas nacionais são transportadas pelas rodovias quando se sabe que
percursos longos (acima de 150 km), o meio de transporte mais econômico é a ferrovia.
O Brasil possui 1,7 milhão de quilômetros de rodovias muitas delas em péssimo estado,
e apenas 200 mil km pavimentados (11% do total). A malha ferroviária brasileira tem
cerca de 30 mil km que, além de sucateada e pequena, tem bitola dos trilhos diferente de
uma região para outra o que impossibilita um trem de se deslocar entre as regiões do
país.
O Brasil tem apenas 19 mil km de sistema dutoviário e 14 mil km do modal hidroviário.
Quanto aos portos do Brasil, estima-se que o custo de movimentação de cargas no porto
mais eficiente seja de US$ 13 por tonelada, enquanto a média mundial é de US$ 7,00. O
frete no Brasil atinge 35% do preço final do produto para exportação, graças à enorme
participação do modal rodoviário para o transporte até os portos. Em pelo menos dez
importantes aeroportos do país, a demanda por pousos e decolagens é maior do que a
infraestrutura disponível. Isso significa dizer que há mais aviões para pousar ou decolar
do que capacidade para liberá-los. Em síntese, a situação da infraestrutura de transporte
do Brasil é lastimável.
A infraestrutura de energia do Brasil só não entrou em colapso porque é pífio o
crescimento econômico do Brasil que está diante da perspectiva da ameaça de “black
outs” ou apagões no fornecimento de eletricidade e de elevação desmesurada da tarifa
5. de energia elétrica em 2015. Levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Infra
Estrutura (CBIE) revela um dado alarmante quanto à dificuldade que o sistema elétrico
nacional tem para atender às necessidades do país. Desde janeiro de 2011, até o dia 4 de
fevereiro de 2014, foram registrados 181 apagões. O risco de um racionamento de
energia é apenas um dos problemas que se acumulam na área energética do Brasil nos
últimos anos e que não se restringem ao setor elétrico. O risco de racionamento de
eletricidade poderá ocorrer porque está aumentando a probabilidade de sua ocorrência
haja vista que já passou do limite de 5% que é considerado aceitável.
Uma das razões alegadas pelo governo federal para as vicissitudes pelas quais passa o
setor elétrico é o de que o Brasil está enfrentando uma das piores estiagens da história.
Com isso, os reservatórios das hidrelétricas, as maiores geradoras de energia no país,
caíram ao nível mais baixo desde 2001. Ocorre que nem a seca nem o aumento do
consumo deveriam surpreender o governo porque o sistema elétrico brasileiro deveria
ser dimensionado para enfrentar esse tipo de evento extremo. As medidas adotadas para
baixar a conta de energia em 2012 provocaram sério desarranjo no setor elétrico porque
o governo federal baixou o preço da energia num momento em que o consumo subia e a
oferta não o acompanhava devido à queda na geração hidrelétrica. Esta situação obrigou
o governo federal a acionar as usinas termelétricas de custo extremamente elevado para
evitar o racionamento de eletricidade no Brasil, fato este que redundará em uma tarifa
de eletricidade extremamente elevada em 2015.
Os elevados gastos públicos de custeio do governo federal fazem com que não haja
recursos orçamentários disponíveis para investimento em infraestrutura. Os
investimentos necessários em portos (R$ 42,9 bilhões), ferrovias (R$ 130,8 bilhões) e
rodovias (R$ 811,7 bilhões) totalizam R$ 985,4 bilhões. Acrescentando este valor aos
investimentos necessários a hidrovias e portos fluviais (R$ 10,9 bilhões), aeroportos (R$
9,3 bilhões), setor elétrico (R$ 293,9 bilhões), petróleo e gás (R$ 75,3 bilhões),
saneamento básico (R$ 270 bilhões) e telecomunicações (R$ 19,7 bilhões) totalizam R$
1.664,5 bilhões. Por sua vez, o setor de saúde requer investimentos de R$ 83 bilhões por
ano, o setor de educação precisa de investimento de R$ 16,9 bilhões/ano para obter
educação de qualidade no Brasil e o de habitação popular requer R$ 160 bilhões para
eliminar o déficit. O total de investimento em infraestrutura econômica (energia,
transportes e comunicações) e social (educação, saúde, saneamento básico e habitação)
corresponde a R$ 1.924,4 bilhões, isto é, quase R$ 2 trilhões.
Com o consumo crescendo mais do que a capacidade de produção do País, aumentam os
preços internos alimentando a taxa de inflação, que foi de 5,91% em dezembro de 2013
e atingiu 6,746% em setembro de 2014, e incrementa a demanda de compras de
produtos importados dela resultando o aumento do déficit nas transações com o exterior.
O governo tem déficit e dívidas crescentes o que implica inflação e juros altos ou
crescentes. Note-se que taxas de juros em alta beneficiam os credores da dívida pública
que embolsam 5,5% do PIB que o governo paga em juros por ano que equivale a 11
Bolsas Família. A inflação se encontra não apenas bem acima da meta (4,5%) e nos
últimos meses tem ultrapassado o limite máximo de tolerância (6,5 %).
A tendência declinante na taxa básica da economia (Selic) registrada de 2003 a 2013
está sendo revertida no momento atual com a decisão do governo federal de elevá-la
para combater a inflação. A taxa Selic atual é de 11,25%. O aumento da taxa Selic
impacta negativamente sobre o montante da dívida pública interna bem como sobre o
5
6. dispêndio com o pagamento de juros e amortizações que se elevam em prejuízo da
economia brasileira. O governo continua gastando cada vez mais do que arrecada
acumulando dívidas que estão entre as maiores do mundo emergente. A dívida bruta do
Brasil evoluiu de R$ 153 bilhões para R$ 661 bilhões no governo Fernando Henrique
Cardoso, de R$ 881 bilhões para R$ 1,6 trilhões no governo Lula e de R$ 1,78 trilhões
para R$ 2,4 trilhões até o presente momento no governo Dilma Roussef.
5. O neoliberalismo e seus efeitos sobre a elevação das dívidas interna e externa e
6
a insuficiência de recursos públicos no Brasil
Uma das consequências das mais graves do baixo crescimento econômico que se
registra no Brasil desde a introdução do modelo neoliberal é o incremento do déficit
público, fato este que faz com que se inviabilize a capacidade do governo de
desenvolver em todos os seus níveis políticas públicas de investimentos nas suas áreas
básicas de atuação (saúde, educação, seguridade social, infraestrutura, segurança, etc.).
É preciso que se observe que o déficit público no Brasil é o resultado da conjunção de
quatro fatores: 1) o incremento da dívida pública interna associada à venda de títulos
públicos para controlar a inflação com a redução do meio circulante decorrente da
entrada vultosa de capitais externos; 2) os custos financeiros associados ao pagamento
do serviço da dívida pública interna; e, 3) o nível insuficiente das receitas públicas
devido ao baixo crescimento da economia brasileira.
Os maiores gastos do governo brasileiro previstos para 2013 foram com juros e
amortizações da dívida que correspondiam a 43,98% do orçamento. Além do elevado
dispêndio com o pagamento do serviço da dívida pública, as altas taxas de juros Selic
adotadas pelo Banco Central do governo federal, a quinta maior em toda a economia
mundial, bem como o crescente déficit do setor público contribuem decisivamente para
o continuado aumento da dívida pública no Brasil. O governo do Brasil refinancia um
quarto de sua dívida todos os anos, outra extravagância mundial. O crédito do governo
do Brasil é, pois, ruim e está piorando. Mantida a tendência de destinar mais recursos
para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, haverá menos recursos
disponíveis pelo governo (federal, estaduais e municipais) para investir na infraestrutura
econômica e social.
Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu o governo brasileiro em 1994, a dívida
pública federal que somava cerca de R$ 108,8 bilhões saltou para R$ 658 bilhões em
2002, enquanto durante o governo Lula a dívida pública que era de R$ 658 bilhões em
2002 evoluiu para R$ 1,562 trilhão em 2010. Em 2014, a dívida pública alcançou R$
2,4 trilhões durante o governo Dilma Roussef. Se não houver uma reversão da tendência
de evolução da dívida pública interna e da política de pagamento de juros e
amortizações, o desequilíbrio entre a demanda e a disponibilidade de recursos para
atender as necessidades do Brasil em infraestrutura econômica e social se acentuará com
o decurso do tempo em detrimento da população e do setor produtivo nacional. Para o
governo brasileiro dispor de recursos para investimento em infraestrutura econômica e
social, terá de renegociar com os bancos nacionais e estrangeiros (credores de 55% da
dívida pública), fundos de investimento (credores de 21% da dívida pública), fundos de
pensão (credores de 16% da dívida pública) e empresas não financeiras (credores de 8%
da dívida pública) a redução dos gastos com o pagamento do serviço da dívida
alongando o prazo de pagamento dos juros e amortizações da dívida pública.
7. Além da dívida pública interna, constata-se a existência também de uma volumosa
dívida externa no montante de US$ 523,7 bilhões em agosto de 2014 superando os
US$379 bilhões das reservas internacionais do Brasil. Há uma percepção errônea por
parte da população de que a dívida externa acabou baseada na propaganda oficial que
divulgou tê-la zerado. A dívida externa se estabilizou de 1997 a 2005. De 2005 a 2010,
a dívida externa voltou a crescer significativamente evoluindo de US$ 190 bilhões em
2006 para US$ 350 bilhões em 2010 até alcançar US$ 523,7 bilhões em agosto de 2014
segundo o Banco Central.
O fato de que quase metade do orçamento da União ser destinado ao pagamento de
juros e amortizações das dívidas interna e externa com tendência de crescer nos
próximos anos resultará na incapacidade cada vez maior do governo brasileiro em todos
os seus níveis (federal, estadual e municipal) de investir na solução dos problemas de
infraestrutura econômica e social e de promover o desenvolvimento do País. Esta
situação fará com que o governo brasileiro seja obrigado a atrair capitais externos
aumentando ainda mais sua dependência em relação ao exterior. Em outras palavras,
além de ter como consequência a desnacionalização da economia brasileira com a
adoção desta medida, afetará profundamente o desenvolvimento do Brasil que não
contará com os recursos necessários a seu crescimento econômico e à superação de suas
profundas desigualdades regionais e sociais.
6. O neoliberalismo e as desigualdades regionais e sociais do Brasil
O Brasil ainda apresenta desigualdades regionais acentuadas porque é muito
concentrado, tanto populacional quanto economicamente. Em relação à população, três
estados do Sudeste representam mais de 40% do total de habitantes do país: São Paulo
(21,63%), Minas Gerais (10,67%) e Rio de Janeiro (8,38%). O Brasil ainda concentra
boa parte de sua população e economia no Sudeste. A participação do PIB por região,
entre 1995 e 2009, não teve grandes mudanças. O Sudeste participava com 59,1% do
PIB do país em 1995, e hoje tem 55,3% do total. O Nordeste teve um leve aumento, de
12% para 13,5%, e o Sul continuou no mesmo patamar: 16,2% em 1995 e 16,5% em
2009. A concentração também é perceptível quando se olha mais a fundo o papel da
indústria. O Estado de São Paulo tem 43% das indústrias de transformação do país,
seguido por Minas Gerais, com 5,6%, e Rio de Janeiro, com 6,6%. Da mesma maneira,
quase metade das indústrias de grande porte (49,08%) também se localiza no Sudeste do
Brasil. (CALDEIRA, João Paulo. O retrato da desigualdade regional no Brasil.
Disponível no website http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-retrato-da-desigualdade-
7
regional-no-brasil).
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Brasil conseguiu
reduzir a desigualdade entre Estados e entre as Regiões do País, de 1995 a 2008, no que
se refere à participação no Produto Interno Bruto (PIB) e no PIB per capita das unidades
federativas. O IPEA afirma que essa tendência foi sutil e não provocou mudança
substancial no padrão de distribuição da atividade econômica no País. Com base em
dados do IBGE, o estudo do IPEA aponta que a Região Sudeste perdeu participação na
composição do PIB nacional. Em 1995, os quatro Estados do Sudeste respondiam por
59,1% do PIB. Em 2008, caiu para 56% - apesar disso, apenas São Paulo e Rio de
Janeiro são responsáveis por 45% do PIB do País. O maior crescimento ocorreu na
Região Nordeste, que passou de 12% em 1995 para 13,1% em 2008 sua participação no
PIB nacional. A Região Centro-Oeste passou de 8,4% para 9,2% no mesmo período; o
8. Norte de 4,2% para 5,1%; e o Sul, de 16,2% para 16,6% (ESTADO DE S. PAULO.
Desigualdades Regionais no Brasil. Disponível no website http://desenvolvimento-regional-
8
sustentavel.blogspot.com.br/2011/04/desigualdades-regionais-no-brasil.html).
Além de não ter realizado grandes avanços na superação das desigualdades regionais, as
desigualdades sociais voltaram a crescer no Brasil de acordo com informação do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que mostrou que a miséria subiu no
Brasil em 2013. É a primeira vez que isso acontece em dez anos. Entre 2012 e 2013,
houve aumento de 3,68% no número de pessoas abaixo da linha da pobreza - passaram
de 10.081.225 em 2012 para 10.452.383 no ano passado. O fracasso dos governos Lula
e Dilma Roussef no plano social se traduz no fato de não ter promovido a verdadeira
inclusão social da população pobre com sua inserção ao mercado de trabalho como
consequência do crescimento do PIB, isto é, do aumento da riqueza nacional. Houve
uma falsa inclusão social porque ela se realizou com a concessão de “esmolas” a 50
milhões de brasileiros pobres através do programa Bolsa Família com recursos do
Tesouro. O fracasso dos governos do PT no plano social é materializado, também, no
fato de a verdadeira taxa de desemprego corresponder a 20,8% da população
economicamente ativa ao contrário da taxa oficial de 5,3% do IBGE e dos 10,5% do
DIEESE registrados em outubro de 2012.
A taxa oficial de desempregados é baixa porque vários desempregados ficaram de fora
do cálculo do índice como é o caso dos beneficiários do Bolsa Família. Uma prova
flagrante de que a taxa de desemprego é elevada reside no fato de o gasto público com
seguro-desemprego subir sem parar no Brasil. O lógico seria o gasto público com o
seguro desemprego ser o mínimo possível com a ocorrência de baixas taxas de
desemprego. Esta contradição só existe porque a taxa oficial de desemprego está errada,
subdimensionando a quantidade de gente efetivamente sem emprego no Brasil. O
governo federal está fraudando os dados oficiais de emprego com carteira assinada.
Somando o crescente seguro-desemprego com o crescente gasto do Bolsa Família,
pode-se concluir que há muitos brasileiros, cada vez mais, dependendo de esmolas
estatais para se manter.
Por sua vez, a precariedade dos serviços públicos de educação, saúde, transporte público
e moradia fazem com que o Brasil se posicione no último lugar no mundo como
provedor desses serviços públicos de baixa qualidade à população. Para completar a
grave situação social do Brasil constata-se a existência de elevada criminalidade em que
o País apresenta os maiores índices em todo o mundo com uma taxa anual de
aproximadamente 22 homicídios a cada 100.000 habitantes enquanto os Estados Unidos
e a França, considerados exemplos, registram 6 e 0,7 assassinatos, respectivamente.
Devido à insuficiência de recursos financeiros, o governo federal, Estados e Municípios
enfrentarão nos próximos anos grave crise financeira em que muitos deles serão levados
à falência. Este problema se soma à crise de gestão do setor público em todos os níveis
(federal, estadual e municipal) devido à ineficiência e ineficácia de suas estruturas
organizacionais que contribuem para a geração de desperdícios de recursos públicos de
toda ordem. Esta situação só será superada com a realização da reforma do Estado e da
Administração Pública do Brasil que contribua para a implantação de um modelo de
gestão eficiente e eficaz para o Estado brasileiro baseado na racionalização dos
processos de trabalho. Os efeitos dessas medidas seriam a redução dos custos de
operação do Estado e, consequentemente, da carga tributária sobre os contribuintes.
9. 7. O neoliberalismo e o aumento das reservas internacionais no Brasil
As reservas internacionais deram um salto significativo de US$ 15 bilhões em 1990
para US$ 40 bilhões em 1994 e outro grande salto de US$ 30 bilhões em 2001 para US$
180 bilhões em 2009 e US$ 370 bilhões em junho de 2013. A progressão recente do
saldo negativo no balanço de pagamentos em conta corrente causa preocupação porque
sua evolução a médio e longo prazo pode tornar insustentável o financiamento do déficit
em conta corrente com recursos externos contribuindo, desta forma, para a redução das
reservas internacionais que passariam a ser utilizadas para a cobertura deste déficit. O
Brasil possui 370 bilhões de dólares em reservas internacionais, mas pode precisar
recorrer a elas nos próximos meses se os investidores externos perderem fé no
crescimento econômico do País que apresenta queda em sua evolução recente e
deixarem de investir no Brasil.
8. Conclusões sobre os efeitos do neoliberalismo no Brasil
A análise do exposto nos itens anteriores permite identificar a devastação produzida
sobre a economia brasileira pelo modelo neoliberal introduzido pelo governo Fernando
Collor em 1990 cujo balanço é extremamente negativo sob todos os ângulos. A
estagnação atual da economia brasileira em que se encontra no momento se acentuará
nos próximos anos devendo ocorrer simultaneamente com a elevação das taxas de
inflação das quais resultará o fenômeno da estagflação. Muito provavelmente, crescerá
o déficit no balanço de pagamentos devido à queda na receita de exportação e ao
aumento das remessas de lucros e dividendos pelas empresas multinacionais que
cresceram de forma extraordinária nos últimos anos, superando em muito o valor das
remessas de juros da dívida externa.
Tanto quanto a entrada de dólares para cobertura do déficit no balanço de pagamentos, o
investimento direto estrangeiro, por sua vez, tende a também a cair devido à provável
queda no crescimento da economia brasileira. Nenhum investidor externo investiria no
Brasil com uma economia estagnada como se encontra no momento. A estagnação da
economia brasileira fará com que haja também queda da arrecadação do governo em
todos os níveis fazendo com que não haja recursos públicos para investimento em
quantidade suficiente para investir na infraestrutura econômica e social, bem como para
manter os programas sociais de transferência de renda como o “Bolsa Família”.
A manutenção do modelo neoliberal no Brasil se traduzirá no aprofundamento da
desnacionalização do que ainda resta do patrimônio público no Brasil e,
consequentemente, em maior subordinação do País em relação ao exterior. Os
resultados estão aí: crescimento econômico pífio, inflação acima da meta, desequilíbrios
externos, estagnação da produtividade e, agora também retrocesso no campo das
conquistas sociais. Um governo seriamente comprometido com a defesa da soberania
nacional, o progresso do Brasil e o bem-estar-social de sua população tem que,
necessariamente, repelir este cenário substituindo o modelo econômico neoliberal pelo
modelo nacional desenvolvimentista de abertura seletiva e controlada da economia
nacional que tornaria certamente o País menos vulnerável ao ataque de capitais externos
especulativos com o governo exercendo um efetivo controle da economia, além de
propiciar a retomada do desenvolvimento nacional.
9
10. Um sistema dinâmico como o sistema econômico de um país como o Brasil quando está
sujeito a “flutuações” como ocorre no momento é levado a um ponto de bifurcação a
partir do qual o sistema evolui; 1) para um novo estágio que representa sua
reestruturação possibilitando a superação dos problemas existentes; ou, 2) entra em
colapso. Em síntese, no ponto bifurcação, o sistema tem que ser reestruturado ou entrará
em colapso. Esta é a situação vivida pela economia de muitos países, inclusive a do
Brasil, que, após a crise que eclodiu em 2008 nos Estados Unidos e se espraiou pelo
planeta, não foi objeto de reestruturação de seu sistema econômico pelo governo
brasileiro.
9. Como superar a crise atual no Brasil
O modelo econômico nacional desenvolvimentista de abertura seletiva da economia
brasileira deveria contemplar a adoção imediata da renegociação do pagamento dos
juros da dívida externa e da dívida interna pública do país visando a redução dos
encargos para elevar a poupança pública para investimento. Deveria ser adotada em
curto prazo uma política econômica que priorize: 1) a redução drástica do gasto público
de custeio; 2) o controle do fluxo de entrada e saída de capitais para evitar a evasão de
divisas e restringir o acesso de capitais especulativos no país; 3) a redução acentuada
das taxas de juros para incentivar os investimentos nas atividades produtivas; 4) a
importação seletiva de matérias-primas e produtos essenciais do exterior para reduzir os
dispêndios em divisas do país; 5) a adoção da política de câmbio fixo em substituição à
de câmbio flutuante em vigor para proteger a indústria nacional e controlar a inflação;
6) a reintrodução da reserva de mercado em áreas consideradas estratégicas para o
desenvolvimento nacional; 7) a reestatização de empresas estatais privatizadas
consideradas estratégicas para o desenvolvimento nacional; e, 8) a adoção de uma
política tributária capaz de assegurar os recursos de que o Estado necessitaria para
investir em educação, saúde, previdência social e nos setores de infraestrutura, entre
outros e onerar o mínimo possível a população e os setores produtivos.
A médio prazo, deveria ser adotada a política econômica que contribua para: 1) o
aumento da poupança pública e privada visando elevar as taxas de investimento da
economia brasileira; 2) a realização de investimentos estrangeiros preferencialmente nas
áreas voltadas para as exportações e naquelas em que as empresas nacionais não tiverem
condições de suprir o mercado interno; 3) a maximização das exportações brasileiras
para expandir as receitas de divisas do país e alavancar o crescimento da economia
nacional; 4) a concessão de incentivos fiscais para a atração de investimentos privados
em regiões menos desenvolvidas do Brasil; 5) o incentivo e reforço das atividades de
pesquisa e desenvolvimento e do sistema educacional do País; e, 6) a redução das
desigualdades sociais contemplando a adoção de medidas que contribuam para o
atendimento das necessidades básicas da população em termos de alimentos, vestuário,
habitação, serviços de saúde e emprego, e uma melhor qualidade de vida. Todo este
conjunto de medidas deveria ser posto em prática com base na planificação da atividade
econômica nacional que assegure o crescimento econômico e o desenvolvimento do
país em bases sustentáveis.
Com o modelo econômico nacional desenvolvimentista de abertura seletiva da
economia, o governo brasileiro deveria adotar uma política capaz de superar o mais
rápido possível os entraves atuais representados pela dependência tecnológica em
relação ao exterior. Este desafio só será superado se o governo federal desenvolver
muito esforço e determinação ao lado dos setores produtivos nacionais, centros de P&D
10
11. e Universidades no sentido de desenvolverem tecnologia própria substitutiva de
importações e/ou importarem tecnologia oriunda de países com os quais sejam feitas
alianças estratégicas em bases soberanas. Cabe observar que o modelo econômico
nacional desenvolvimentista de abertura seletiva da economia é a antítese do modelo
neoliberal porque privilegia os interesses nacionais e não os do mercado.
Os objetivos e estratégias requeridas de imediato para superação das vulnerabilidades
atuais na economia brasileira são as seguintes:
Objetivo 1: Reverter o declínio no saldo da balança comercial
Estratégias: a) Adotar a política de substituição de importações para reduzir os
dispêndios com a aquisição de insumos, matérias primas, produtos e serviços no
exterior; e, b) Estabelecer o câmbio fixo como política cambial para o governo exercer o
controle do comércio exterior reduzindo os gastos com importações e aumentando as
receitas de exportações.
Objetivo 2: Reduzir o déficit no balanço de pagamentos em conta corrente
Estratégias: a) Adotar a política de substituição de importações produzindo
internamente o que é importado; b) Restringir a remessa de lucros e dividendos de
empresas estrangeiras; e, c) Limitar os gastos de brasileiros em viagens internacionais.
Objetivo 3: Reduzir a dependência de capitais externos para investimento
Estratégias: a) Aumentar a poupança pública renegociando com os credores da dívida
pública o alongamento do prazo de pagamento de juros e amortização; b) Ampliar o
superávit fiscal reduzindo o gasto de custeio do governo e a taxa de juros Selic para
diminuir os encargos com o pagamento da dívida pública; e, c) Elevar a poupança do
setor privado nacional reduzindo a carga tributária, as taxas de juros Selic e o “spread”
bancário.
Objetivo 4: Substituir a política de câmbio flutuante pelo câmbio fixo
Estratégia: Adotar o câmbio fixo para o governo exercer o controle do comércio
exterior substituindo a política de câmbio flutuante que é baseada nas leis de mercado e
depende quase que exclusivamente, de variáveis que não estão sob o controle
governamental, como o crescimento da economia mundial atentando contra o
desenvolvimento nacional.
Objetivo 5: Reduzir os encargos com o pagamento da dívida externa
Estratégia: Alongar o prazo de pagamento dos juros e amortização da dívida externa
renegociando com os credores para o governo dispor de recursos para investimento.
Objetivo 6: Elevar a taxa de crescimento econômico
Estratégias: a) Elaborar planos de investimentos abrangendo todas as regiões do País
para aproveitamento dos recursos naturais existentes nos campos energético
(hidrelétricas, usinas eólicas, usinas solares, biomassa, pré-sal), mineral, agropecuário e
11
12. industrial; b) Elevar a poupança do setor público reduzindo os gastos públicos e o
dispêndio com o pagamento das dívidas interna e externa; c) Combater a inflação
incentivando o investimento público e privado no aumento da produção de bens e
serviços no Brasil em condições de atender a demanda e adotando o câmbio fixo para
evitar a inflação com a importação de matérias primas, insumos e produtos; d) Adotar a
política de substituição de importações produzindo internamente o que é importado; e)
Atrair capitais externos para investimento condicionado à geração de saldos na balança
comercial; f) Estruturar os eixos de desenvolvimento do País integrando
economicamente entre si os polos de crescimento e desenvolvimento nacional; e, g)
Estruturar o estado brasileiro em rede com uma profunda reforma do Estado e da
Administração Pública no Brasil.
Objetivo 7: Reduzir os encargos com o pagamento da dívida pública interna
Estratégias: a) Reduzir a taxa Selic; e, b) Alongar o prazo de pagamento dos juros e de
amortização da dívida pública renegociando com seus credores (bancos nacionais e
estrangeiros, fundos de investimento, fundos de pensão e empresas não financeiras) para
o governo brasileiro dispor de recursos para investimento.
Objetivo 8: Elevar a poupança governamental para investimento em
infraestrutura
Estratégias: a) Alongar o prazo de pagamento dos juros e amortização da dívida
pública interna renegociando com seus credores (bancos nacionais e estrangeiros,
fundos de investimento, fundos de pensão e empresas não financeiras) para o governo
brasileiro dispor de recursos para investimento; b) Alongar o prazo de pagamento dos
juros e amortização da dívida externa renegociando com os credores para o governo
dispor de recursos para investimento; c) Reduzir ao máximo os gastos públicos de
custeio para o governo dispor de superávit fiscal necessário ao pagamento do serviço
das dívidas interna e externa e de recursos para investimento em infraestrutura
econômica (energia, transporte e comunicações) e social (educação, saúde, saneamento
básico e habitação).
Objetivo 9: Reverter o processo de desindustrialização do Brasil
Estratégias: a) Promover a queda da carga tributária para a indústria; b) Adotar
adequada dotação de recursos de infraestrutura estabelecendo programas eficazes de
eliminação dos gargalos existentes; c) Aumentar a produtividade da indústria com a
elevação de seus níveis de eficiência e eficácia e o fortalecimento de suas cadeias
produtivas; d) Superar os gigantescos problemas da educação do Brasil em todos os
níveis; e) Desenvolver os recursos de conhecimento adotando programas para
implantação de centros de P & D, novas instituições de ensino, aquisição de tecnologia
e atração de cérebros do exterior; f) Incentivar as ligações entre as cadeias produtivas
das empresas e seus fornecedores com a eliminação de lacunas existentes; e, g)
Combater a competição predatória dos produtos importados com a restrição ou
limitação de sua entrada no mercado nacional.
Objetivo 10: Reverter o processo de desnacionalização da economia brasileira
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13. Estratégias: a) Adotar medidas de política macroeconômica e industrial voltadas para a
proteção da empresa brasileira no confronto contra a empresa estrangeira instalada no
Brasil e contra produtos importados; e, b) Adotar como política governamental
privilegiar compras de bens e serviços de empresas brasileiras no mercado interno.
Objetivo 11: Reduzir o Custo Brasil
Estratégias: a) Combater a corrupção endêmica no setor público brasileiro com a
realização de uma reforma política e uma reforma do estado e da administração pública
através de uma Assembleia Constituinte exclusiva; b) Reduzir ou eliminar o déficit
público; c) Adotar medidas para reduzir as taxas de juros reais, o “spread” bancário, os
custos trabalhistas, os custos do sistema previdenciário e os custos da energia elétrica;
d) Simplificar a legislação fiscal; e) Solucionar os problemas da infraestrutura
relacionados com os apagões do setor elétrico e saturação de portos, aeroportos, estradas
e ferrovias; f) Adotar medidas para obter maior qualificação da mão de obra; g) Reduzir
drasticamente a carga tributária diminuindo os gastos de custeio do governo e os
encargos com a dívida pública com a diminuição dos juros Selic e realizando uma
profunda reforma do estado e da administração pública no Brasil; h) Efetuar a redução
drástica da dívida pública com a diminuição das taxas de juros Selic; i) Eliminar o
gargalo logístico com incentivos aos investimentos públicos e privados na infraestrutura
de energia, transportes e comunicações; e, j) Implantar estrutura organizacional em rede
no estado brasileiro para elevar os níveis de eficiência e eficácia da administração
pública no Brasil.
Objetivo 12: Reduzir as desigualdades regionais do Brasil
Estratégias: a) Adotar políticas governamentais de incentivos fiscais e financeiros para
desconcentrar a economia brasileira promovendo investimentos em todas as regiões do
Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste; b) Recuperar a capacidade de
investimento do governo brasileiro não apenas para investir na infraestrutura das regiões
menos desenvolvidas, mas também proporcionar incentivos fiscais para que o setor
privado se sinta atraido a nelas investir; e, c) Realizar uma reforma do Estado e da
Administração Pública no Brasil que contribua para a constituição de estruturas de
desenvolvimento regional que tenham como papel fundamental integrar as ações dos
governos federal, estaduais e municipais na promoção do desenvolvimento econômico,
social e ambiental.
Objetivo 13: Reduzir as desigualdades sociais e superar os problemas ambientais
do País
Estratégias: a) Fortalecer as organizações da sociedade civil a fim de que possam
pressionar os detentores do poder econômico e o governo para fazerem concessões de
natureza social que se traduzam na melhoria da distribuição de renda do Brasil,
contemplando, também, sua participação no delineamento de políticas governamentais
de desenvolvimento nacional; b) Investir na melhoria da infraestrutura de educação,
saúde e saneamento básico e do sistema de transporte público; c) Elevar a oferta de
moradias populares para atender as demandas da sociedade; d) Adotar a política de
prevenção e combate à criminalidade provendo a maioria da população brasileira dos
meios mínimos de sobrevivência como emprego, educação, saúde e moradia, bem como
reestruturando a polícia e a justiça para exercerem o combate ao crime sem o uso
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14. desproporcional da violência; e, e) Adotar medidas capazes de prevenir e mitigar as
diversas formas de agressão ao meio ambiente em todo o território nacional.
Objetivo 14: Melhorar a gestão do setor público em todos os níveis (federal,
estadual e municipal)
Estratégias: a) Elaborar planos de desenvolvimento global, regional, estadual,
municipal e setorial com a participação das diversas instâncias de governo após
auscultar os parlamentos nos seus níveis federal, estadual e municipal, bem como a
sociedade civil; b) Implantar um modelo de gestão eficiente e eficaz para o Estado
brasileiro baseado na racionalização dos processos de trabalho; c) Estruturar o Estado
brasileiro em rede apoiado em modernos sistemas informáticos e de telecomunicações
que permitam a centralização da gestão e o controle de todos os processos; e, d) Fazer
com que os governos federal e estaduais assumam funções normativas e de
planejamento global, regional e setorial em bases integradas, enquanto as prefeituras
municipais, órgãos de desenvolvimento regional e empresas estatais e públicas fariam a
parte executiva também de forma articulada.
Fernando Alcoforado, 74, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.
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